9/3/2015 Editor: José Anacleto Dutra de Resende Júnior Editores associados: Rodrigo Ribeiro Vieiralves Paulo Henrique Pereira Conte Acesse: http://www.sburj.org.br/cursos.php 1 9/3/2015 Horário das apresentações Palestrantes sugeridos pelos Chefes do Departamento Epidemiologia, Fatores de Risco, Propedêutica básica 19:00 - 09:15 Luiz Carlos Miranda Tumor de próstata localizado 19:15 - 19:30 Felipe Lott Tumor de próstata localmente avançado 19:30 - 19:45 Gustavo R Bechara Uro-Oncologia 4 Módulo XII: Próstata e Testículo Próstata Tumor de próstata alto risco/metastático: 19:45 - 20:00 Novas perspectivas Discussão Testículo Epidemiologia, Fatores de Risco, Propedêutica básica 20:15 - 20:30 José Anacleto D Resende Jr Tumores Estágio I A-B e II A-B 20:30 - 20:45 José Anacleto D Resende Jr Tumores Estágio IIC e IIIA-B-C 20:45 - 21:00 Leonardo Abreu Câncer de Próstata Epidemiologia Etiopatogenia - carcinogênese Diagnóstico - prognóstico Luiz Carlos D. Miranda- TiSBU – Hucff / Ufrj 2 9/3/2015 Tipos de câncer mais incidentes estimados para 2014,exceto pele não melanoma, na população brasileira Nº de casos FONTE: Instituto Nacional do Câncer – INCA/MS Introdução/ Fundamentos Teóricos/ Objetivos/ Pacientes e Métodos Resultados/ Discussão/ Conclusão Epidemiologia Fatores de Risco Idade Etnia História familiar.....Ação genética Ação Androgênica 3 9/3/2015 Fatores de risco : Idade (anos) Risco de desenvolvimento de câncer de próstata < 40 1 : 19.000 40 a 59 1 : 45 60 a 79 1:7 Idade National Cancer Institute www.cancer.gov Fatores de risco : Etnia • Asiáticos - 28 / 100.000 • Americanos – 280 / 100.000 • 60% são afro-americanos • Europa – maior incidência em países escandinavos • Brasil – 27,7 / 100.000 (Ministério da Saúde) 4 9/3/2015 Fatores de risco : História Familiar Grupo de risco Risco relativo para câncer de próstata PAI com diagnóstico em qualquer idade 2,2 (95% CI, 1.9 – 2.5) IRMÃO com diagnóstico em qualquer 3,4 (95% CI, 3.0 – 3.8) idade DOIS OU MAIS PARENTES DE PRIMEIRO GRAU 5,1 (95% CI, 3.3 – 7.8) Zeegers MP, Cancer 97 (8); 1894-903, 2003 Carcinogênese Genes Relacionados Gene HPC1 localização 1q24-25 Característica PcaP 1q42,2-43 Aparecimento precoce, fenótipo desconhecido, estrutura indefinida HPCX Xq-27-28 Fenótipo desconhecido, estrutura e funções indefinidas, não relacionado ao receptor andrógeno CAPB 1p36 Perda freqüente da heterozigose em TU do SNC, estrutura e funções desconhecidas HPC2 1q42, 2-43 Aparecimento precoce da doença, outras características desconhecidas Aparecimento precoce, TU de alto grau e estádios avançados ao diagnóstico, muitos acometidos na mesma família 5 9/3/2015 Carcinogênese Ação dos genes do câncer exposição prolongada aos carcinógenos fatores epigenéticos Carcinogênese Falha na apoptose e reguladores celulares + Ação Androgênica Expansão Clonal 6 9/3/2015 Carcinogênese Ação Androgênica CAP desenvolve-se em epitélio androgênio dependente Androgênios poderiam induzir crescimento tumoral, pelas vias: Circulação androgênica Enzimas de metabolização (redutase, aromatase, hidroxi-esteróide desidrogenase, sulfatase) Níveis androgênicos intra-prostáticos Polimorfismo de receptores androgênicos Carcinogênese Invasão vascular --- metástase óssea 7 9/3/2015 Detecção do Câncer de Próstata PSA Exame digital da próstata RM –Estudo de difusão e perfusão PCA3 Biópsia Valor médio do PSA x Idade sem evidência de câncer 36.000 pacientes, acompanhados por 12 anos Pacientes de baixo risco Pacientes de alto risco PSA total (ng/ml) Idade (anos) Idade PSA (ng/ml) Risco preditor de câncer < 0,7 40 < 0,9 50 60 0,7 – 2,5 0,9 – 2,5 1,3 – 2,5 14x 7x 1,3 40 50 < 60 1,7 70 2,1 80 Risco preditor > história familiar e toque suspeito Urology – 2006 – 67:316 8 9/3/2015 Correlação do PSA com a Biópsia da Próstata 18.000 pacientes acompanhados por 7 anos A elevação do PSA está diretamente ligada ao câncer de próstata – p < 0,001 PSA (ng/ml) Biópsia + (%) Até 0,5 6,6 0,6 a 1,0 1,1 a 2,0 2,1 a 3,0 3,1 a 4 10 17 24 27 J. Nate.Cancer Inst. 2006; 98: 1521 Valor do PSA e a agressividade do câncer Velocidade de elevação do PSA > 0,35 ng / ml / ano - risco de morte por câncer de próstata em 15 anos 5x maior > 2 ng / ml / ano – risco de morte 10x maior independente do tratamento Escala de Gleason 7 ou > 7 PSA < 2 ng/ml – <10 % dos casos com G > 7 PSA entre 2 e 4 ng/dl – 20% com G > 7 PSA > 20 ng / dl maior chance metástase á distância J. Nate. Cancer Inst. 2006; 98:1521 9 9/3/2015 PCA 3 RNA do crom. 9q22-21 expressa PCA3 66 – 100 x + no CAP x HPB Valor de 35 .. Sensibilidade = 48 % Especificidade = 78 % J Urol 191 (6 ) jun 2014 . Maior estudo em BX inicial já publicado. Melhor preditor que o PSA Valores elevados …..CAP … mais agressivo Exame Digital da Próstata Corte sagital da pelve masculina 10 9/3/2015 Magnetic Resonance Imaging Guided Prostate Biopsy in Men With Repeat Negative Biopsies and Increased Prostate Specific Antigen J Urol Vol. 183, 520-528, February 2010 Biopsia da próstata 11 9/3/2015 Exame Histopatológico Histopathologic type More than 95% of all prostate carcinomas are referred to as acinar, microacinar, usual, or conventional type. Several variants of PCa have been described including neuroendocrine differentiation, ductal, mucinous, signet ring cell–like, sarcomatoid carcinoma, adenosquamous, and other cancers (some deceptively benign looking). Although relatively uncommon, these variants have prognostic and therapeutic importance. A novel morphologic classification of PCa with neuroendocrine differentiation (NE) was recently published NE differentiation is implicated in hormonal escape, androgen receptor (AR) independence, and resistance to AR antagonist enzalutamide [12]. Transdifferentiation from a prostate epithelial luminal cell type to a NE-like phenotype is a complex multifactorial process that is considered the result of suppressing androgen levels [13]. However, the prognostic significance of NE differentiation in typical PCa is controversial. As suggested by Sargos et al, ‘‘The exploration of the different pathways implicated in the neuroendocrine differentiation of prostate cancers is essential for the comprehension of castration-resistance mechanisms’’ [14]. 12 9/3/2015 Graduação de Gleason Gleason DF. Histologic grading of prostate cancer: a perspective. Human Pathol 1992;23:273-9. Escore de Gleason Gleason DF. Histologic grading of prostate cancer: a perspective. Human Pathol 1992;23:273-9. Somatório da observação dos 2 achados mais frequentes nas lâminas . = (2)+(2)=4 =3 (3)+(5) =8 =5 13 9/3/2015 Current Histopathologic and Molecular Characterisations of Prostate Cancer: Towards Individualised Prognosis and Therapies Matteo Santoni a, Marina Scarpelli b, Roberta Mazzucchelli b, Antonio Lopez-Beltran c, Liang Cheng d, Jonathan I. Epstein e, Stefano Cascinu a, Alberto Briganti f, James W. Catto g, Francesco Montorsi f,h, Rodolfo Montironi A Contemporary Prostate Cancer Grading System: A Validated Alternative to the Gleason Score Jonathan I. Epstein a,*, Michael J. Zelefsky b, Daniel D. Sjoberg b, Joel B. Nelson c, Lars Egevad The Johns Hopkins Medical Institutions, ; b Memorial Sloan Kettering Cancer Center, USA; c University of Pittsburgh Medical Center; d Karolinska Institute, Stockholm, Sweden; e Cleveland Clinic, Cleveland, Fig. 1 – Recurrence-free progression following radical prostatectomy stratified by prostatectomy grade. Green line: Gleason score =6 Orange line: Gleason score 3 + 4 Dark blue line: Gleason score 4 + 3, Red line: Gleason score 8 Purple line: Gleason score 9 14 9/3/2015 Table 4 – Histologic definition of new grading system Grade group 1 (Gleason score 3 + 3 = 6): Only individual discrete well-formed glands Grade group 2 (Gleason score 3 + 4 = 7): Predominantly wellformed glands with lesser component of poorly formed/fused/cribriform glands Grade group 3 (Gleason score 4 + 3 = 7): Predominantly poorly formed/ fused/cribriform glands with lesser component of wellformed glands Grade group 4 (Gleason score 8) - Only poorly formed/fused/cribriform glands or - Predominantly well-formed glands and lesser component lacking glands yy - Predominantly lacking glands and lesser component of well-formed glands yy Grade group 5 (Gleason scores 9–10): Lack of gland formation (or with necrosis) with or without poorly formed/fused/cribriform glands Propostas recentes para fatores de prognóstico •Biologia Molecular (na peça de BX ) •Deleção de DNA mitocondrial • Performance Clínica ( ASAP = alto índice de mtDNA ) Sensibilidade 84% Especificidade 54% •Valor Preditivo negativo de 91% Robinson K . Jun (2010) Prost. Canc Prost Disease 15 9/3/2015 Propostas mais recentes para fatores de prognóstico Hipótese : Fenótipo letal ( clone ) pode não ser detectado pela BX Contrôle biomolecular : Imunohistoquímica ERG -- PTEN -- p53 -- Ki 67 ERG : indicador precoce de progressão da doença P53 : Supressor tumoral --acúmulo nuclear PTEN : perda da expressão combate ao tumor mutação patogênica = lesões de alto grau Ki 67 : proliferação celular Clin Cancer Res 18 : 5471-78 2012 A mutação SPOP em 10 a 15 % com prevalencia estável no curso do CAP As mutações e deleções em PTEN e TP 53 aumentam em frequencia com a progressào do CAP O clone de fenótipo letal se caracteriza pela presença nas células de mutação nestes 3 gens Barbieri , Demichelis . Rubin The Lethal Clone in Prostate Cancer: Redefining the Index European Urology, Vol 66 1, Sept 2014, P 395-397 16 9/3/2015 A forte expressão de NFkB : Fator de crescimento Nuclear e DAD : anti apoptótico Na invasão perineural são indicativos de : Aumento da Recidiva Bioquímica Clara associação com fenótipo de cancer de Próstata mais agressivo Invasão Neoplásica Perineural Ki 67 (marcador de proliferação celular ) muito aumentado na infiltração perineural ao contrário da Apoptose , muito diminuida 17 9/3/2015 Brief Correspondence MicroRNA Expression Profile of Primary Prostate Cancer Stem Cells as a Source of Biomarkers and Therapeutic Targets Jayant K. Rane a, Mauro Scaravilli b, Antti Ylipa¨a¨ b,c, Davide Pellaca Obrigado ! 18 9/3/2015 Images of cases diagnosed as Gleason score 6 prior to 2005 from Johns Hopkins Hospital, Henry Ford Hospital, University of California San Francisco, or Baylor College of Medicine (modified from Ross et al [17]). (A) Gleason pattern 4 with glomeruloid glands. (B) Gleason pattern 4 with medium-sized rounded cribriform gland. Associated small glands of pattern 3. (C) Gleason pattern 4 with poorly formed and fused glands. (D) Gleason pattern 4 with . irregular cribriform gland with adjacent Gleason pattern 3 Fig. 1 – (A) The vertical bars represent the biopsy cores and their locations in relation to the prostate drawing in the background. The bars in orange represent the positive cores (ie, biopsies with cancer) including the extension of cancer. The prostate in the background is subdivided into zones according to the guidelines of multiparametric magnetic resonance imaging (mpMRI) evaluation. The red area with the number 5 inside represents an area identified as ‘‘Clinically significant cancer is highly likely to be present’’ (Prostate Imaging Reporting and Data System [PIRAD] score 5). A combination of bars with an indication of cancer-positive cores, including the extent, and a drawing of the prostate with the results of an mpMRI evaluation, when available, is what should be sent to clinicians. (B) Radical prostatectomy specimen processed with the wholemount technique. The dotted areas represent the location of the cancer foci. There are two cancer foci. The index nodule (dominant nodule) is present in the body of the prostate, right side, in two consecutive whole-mount sections. It shows the features of a significant cancer (Gleason score 3 + 4 = 7; volume: 0.9 ml). It corresponds to the mpMRI area identified as PI-RAD score 5 in (A). The additional nodule is in the opposite side of the prostate; it is present in one whole-mount section only and shows the features of an insignificant cancer (Gleason score 3 + 3 = 6; volume: 0.4 ml). (C) Prostate map graphically representing the whole mount sections and the location of the two tumour foci, one already identified by mpMRI and both detected with the prostate biopsies and characterised histologically. The tumour focus in red corresponds to the significant cancer (index tumour) and the green to the insignificant cancer. Such a prostate map is sent to clinicians together with the pathology report that includes the macroscopic and microscopic evaluations as well as a summary of the analysis, as seen in Table 1. L = left side of the prostate gland; R = right side of prostate gland. 19 9/3/2015 Tratamento da Doença Localizada Active surveillance Prostatectomia radical Radioterapia NCCN Guidelines 2015 Princípios de Active surveillance e Observação AS = Monitoramento ativo com intervenção em caso de Progressão Obs= ação paliativa para sintomas AS = Doença de muito baixo risco ( G < 6 … PSA <10 ) Expectativa de vida : 20 anos ..se <10 anos = Observação Monitoramento PSA ( 6/6 meses ) EDR / ano Biópsia : se PSA sobe e Bx negativa = ( RM ) FIM do AS se BX = G>4 ou > vol tumor lâmina NCCN Guidelines 2015 www.nccn.org/patients 20 9/3/2015 CAP de muito baixo risco ( T1c ) Gleason < 6 …< 3 lâminas <50%…. PSA < 10… dPSA < 0,15 ng/mL / g Expectativa de vida > 20 anos = AS… PR ….RxT 10 a 20 = … AS…(Tratamento ) <10 anos = …… Observação NCCN Guidelines 2015 CAP baixo risco ( T1 –T2a ) Expectativa de vida : > 10 anos …AS…. PR RxT < 10 anos Observação CAP Risco intermediário T2b T2c Gleason 7 PSA > 10 < 20 > 10 anos …PR + LDN Rxt + ADT < 10 anos Rxt + ADT Observaçào NCCN Guidelines 2015 21 9/3/2015 JNCI 2010 july 7 Observed and expected all-cause mortality for patients in the National Prostate Cancer Register (NPCR) of Sweden Follow-up Study. A) Patients who were treated with surveillance. B) Patients who were treated with radical prostatectomy. C) Patients who were treated with radiation therapy. Error bars = 95% confidence intervals Mortalidade próstata cancer específica J Natl Cancer Inst. 2010 July 7;102(13):950-958 22 9/3/2015 Câncer de próstata localizado Felipe Lott Staff Urologia UERJ e INCa Especialista em Uro-Oncologia – INCa Mestre em Urologia – UERJ Doutorando - UERJ • Definição (NCCN 2013) – cT1-T3a, N0-X, M0 23 9/3/2015 T1 - Tumor clinicamente não avaliável,não palpável,não visível por imagem T1a - Tumor com achado histológico incidental < 5% do tecido ressecado T1b Tumor com achado histológico incidental > 5% do tecido T1c - Tumor identificado por biópsia ressecado com agulha(p. ex.:⇑ PSA) T2 - Tumor confinado à próstata T2a - Tumor envolve um lobo T2b - Tumor em mais da metade de um lobo T2c - Tumor envolve ambos os lobos PSA < que 4ng/ml 80% doença confinada PSA entre 4 e 10 ng/ml 66% tumor localizado PSA > que 10 ng/ml 50% doença além da próstata PSA > que 20 ng/ml linfonodos positivos em 20% PSA > que 50 ng/ml linfonodos positivos em 75% 24 9/3/2015 Terapias • PTR • RXT externa – – – – IMRT Conformacional 3D Estereotáxica Prótons • • • • • Crioterapia WW AS ADT HIFU • Braquiterapia • Classificação de D’Amico – Baixo risco – Risco intermediário – Risco alto 25 9/3/2015 • Classificação risco de recorrência (NCCN 2013) – Risco muito baixo – Risco baixo – Risco intermediário – Risco alto 26 9/3/2015 • RNM – Melhor método para estadiamento – RNM + contraste dinâmico AJR Am J Roentgenol. 2014 Mar;202(3):W270-6. doi: 10.2214/AJR.13.11333. Diffusion-weighted MRI as a predictor of extracapsular extension in prostate cancer. Kim CK1, Park SY, Park JJ, Park BK. • AS – PSA – Gleason – Baixo volume • < 0,2ml (Epstein), < 0,5ml (Stamey), < 1,3ml (ERSPC) – PSAd < 15% – 1-2 fragmentos com até 50% de acometimento Active Surveillance: patient selectuion. Laurence Klotz. Curr Opin Urol. 2013 May;23(3):239-44. 27 9/3/2015 AS • Como fazer? – PSA • PSAv • PSADT – TR – Re-Bx – RNM WW x PTR PIVOT SPCG-4 12 x 15 anos Idade < 65? PSA > 10? Evidência moderada para ↓ de prog para Mx N Engl J Med 2012;367:203-13. 28 9/3/2015 Raj Satkunasivam, Girish S. Kulkarni, Alexander R. Zlotta, Robin Kalnin, John Trachtenberg, Neil E. Fleshner, Robert J. Hamilton, Michael A. S. Jewett¶ and Antonio Finelli†,** Pathological, Oncologic and Functional Outcomes of Radical Prostatectomy Following Active Surveillance. The Journal of Urology. Vol. 190. July 2013. • PTR x RXT 29 9/3/2015 Terapias • RXT x RXT + ADT – Baixa evidência para OS, PCSM e mortalidade global • RXT x Crioterapia 30 9/3/2015 Artigos instigantes • Estudo retrospectivo 1734 pcs PTR e RXT Artigos instigantes 31 9/3/2015 Câncer de próstata localizado Felipe Lott Staff Urologia UERJ e INCa Especialista em Uro-Oncologia – INCa Mestre em Urologia – UERJ Doutorando - UERJ EDUCAÇÃO CONTINUADA – MÓDULO XII: PRÓSTATA E TESTÍCULO PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? 32 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? EPIDEMIOLOGIA Figura 1. Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2014 por sexo, exceto pele não melanoma (INCA/2014). INCA – Instituto Nacional do Câncer. Ministério da Saúde. PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CLASSIFICAÇÃO Muito baixo Baixo Risco Intermediário Alto Risco Muito Alto Risco PSA ≤ 10 ng/ml PSA 10-20 ng/ml, PSA > 20 ng/ml, Gleason < 7 Gleason ≤ 7, Gleason > 7 cT1-2a cT2b cT2c-3a T1-T2a T2b-T2c T3a PSA < 10 ng/ml Gleason ≤ 6 Gleason = 7 PSA Gleason 8-10 5 PSAD < 0.15 ng PSA < 10 ng/ml 10-20 ng/dl PSA >20 ng/ml > 4 fragmentos risco D'Amico T3b-T4 T1c Gleason ≤ 6 NCCN < 3 fragmentos + Gleason primário com gleason 8-10 na Bx CAPRA score EAU <3 3-5 6-10 PSA < 10 ng/ml PSA 10-20 ng/dl PSA > 20 ng/ml Gleason < 7 Gleason 7 Gleason > 7 cT1c cT2b-2c cT3a 33 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? 20-35% CAP SÃO CLASSIFICADOS COMO DE ALTO RISCO COM BASE NOS CRITÉRIOS DE D’AMICO: PSA > 20 NG / ML, GS> 8, OU ESTÁGIO CLÍNICO AVANÇADO (> CT3) . Shao YH ey alJ Natl Cancer Inst 2009 Sep;101(18):1280-3. PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? O TRATAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALMENTE AVANÇADO PERMANECE CONTROVERSO Prostatectomia radical ? Radioterapia + Hormonioterapia 34 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? HORMONIOTERAPIA + RADIOTERAPIA PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? Conclusão: O tratamento hormonal adjuvante durante três anos + radioterapia aumenta a sobrevida global no câncer de próstata localizado de alto risco ou localmente avançado. 35 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? HORMONIOTERAPIA + RADIOTERAPIA + QUIMIOTERAPIA PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? 36 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? Lancet Oncol 2015; 16: 787–94 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? NENHUM ESTUDO PROVOU A SUPERIORIDADE DO TRATAMENTO COMBINADO EM RELAÇÃO A PROSTATECTOMIA RADICAL. 37 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? O CONTROLE LOCAL OBTIDO ATRAVÉS DA PROSTATECTOMIA RADICAL REDUZ SIGNIFICATIVAMENTE O RISCO DE METÁSTASE A DISTÂNCIA. PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALMENTE AVANÇADO: CT3 38 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALMENTE AVANÇADO: > cT3 T1: Tumor não identificável ao toque T2: Tumor confinado a próstata T3: Tumor se estende além da cápsula prostática T4: Tumor fixo e acomete estruturas adjacentes Clinical Practice Guidelines: Evidence-based information and recommendations for the management of localised prostate cancer, A report of the Australian Cancer Network Working Party on Management of Localised Prostate Cancer, NHMRC, Oct 2002. PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? 39 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? Results: Freedom from local or systemic disease at 5, 10, and 15 years after RP for cT3 disease was 85%, 73% and 67%; the respective cancer specific survival rates were 95%, 90% and 79%. The mean time to adjuvant therapy after RP was not significantly different between men with cT3 and cT2 disease (4.0 and 4.3 years). Conclusion: RP as part of a multimodal treatment strategy for patients with cT3 disease offers cancer control and survival rates approaching those achieved for cT2 disease. Pathological grade, ploidy and margin status are all significant predictors of outcome after RP. Complications and incontinence rates in patients with cT3 disease mirror those after RP for cT2 disease. Ward JF et al. BJU Int. 2005 Apr;95(6):751-6. PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALMENTE AVANÇADO: cT3 POSITIVO Embora ainda controverso, é cada vez mais evidente que a cirurgia tem um lugar no tratamento da doença localmente avançada (1). Nenhum estudo provou a superiorida do tratamento combinado em relação PR (2). Ward JF et al / Hsu CY et al (3, 4): • “Overstaging” cT3 ocorre em 13-27% dos casos. • Sobrevida livre de recorrência bioquímica em 5, 10 e 15 anos: 45-62%, 43-51% e 38-49%, respectivamente. • Sobrevida câncer específica em 5, 10 e 15 anos: 90-99%, 85-92% e 62-84%, respectivamente. • Sobrevida global em 5 e 10 anos: 90-96% e 76-77%, respectivamente. 1. Gerber GS et al. Eur Urol 1997;32(4):385-90. 2. Bolla M et al. Lancet 2002 Jul;360(9327):103-6. 3. Ward JF et al. BJU Int 2005 Apr;95(6): 751-6. 4. Hsu CY et al. Eur Urol 2007 Jan;51(1):121-8. 40 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALMENTE AVANÇADO: cT3 NEGATIVO O tratamento cirúrgico para cT3 tem sido tradicionalmente desencorajado: risco aumentado de margens cirúrgicas +, linfonodos + e / ou recidiva à distância (1, 2). “Contaminação" pela utilização adicional RXT adjuvante ou HT na maioria das séries que avaliaram os resultados da PR na doença de alto risco. Joniau S et al (3): • Estudos demonstraram taxas de margens + 33,5-66% e linfonodos + 7,9-49%. Ward JP et al / Hsu CY et al (4, 5): • 56-78% dos doentes tratados primeiramente por cirurgia, eventualmente, necessitam de RXT adjuvante/salvamento ou HT. 1. Fallon B et al. Urol Clin North Am 1990 Nov;17(4):853-66. 2. Boccon-Gibod L et al. Int J Clin Pract 2003 Apr;57(3):187-94. 3. Joniau S et al. Eur Urol 2007 Feb;51(2):388-96. 3. Ward JF et al. BJU Int 2005 Apr;95(6): 751-6. 4. Hsu CY et al. Eur Urol 2007 Jan;51(1):121-8. PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALMENTE AVANÇADO: GLEASON 8-10 41 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALMENTE AVANÇADO: GLEASON 8-10 Clinical Practice Guidelines: Evidence-based information and recommendations for the management of localised prostate cancer, A report of the Australian Cancer Network Working Party on Management of Localised Prostate Cancer, NHMRC, Oct 2002. PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? 42 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? Results: In The overall biochemical failure rate was 38% (41% if the final GS was ≥ 8 and 32% if it was 7). For those with a GS of ≥ 8 in the RP specimen, 20% (11/54) were organconfined; If the final GS was 7, 52% (13/25) were organ-confined. In the univariate analysis, significant risk factors for recurrence were PSA ≥ 20 ng/mL, EPE, SVI, a positive surgical margin and tumour volume. Conclusion: RP is a reasonable treatment option for patients with a prostate biopsy GS of ≥ 8 and clinical stage T1–2. These patients have a high chance of remaining diseasefree if their PSA level is 20 ng/mL. Patients with a pretreatment biopsy GS of ≥ 8 should be counselled about the potential differences between the biopsy and the RP specimen GS. Monoharan M et al. BJU Int. 2003 Oct;92(6):539-44. PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALMENTE AVANÇADO: GLEASON 8-10 POSITIVO Shao YH et al (1): • 26-31% CaP pouco diferenciados (Gleson 8-10) estão confinados a próstata e apresentam bom prognóstico após PR. Johansson JE et al (2): • 45% CaP Gleason 8-10 à biópsia apresentam “downgrading” para Gleason ≤ 7 no histopatológico após PR. Monoharan M et al / Grossfeld GD et al (3, 4): • 1/3 dos pacientes Gleason 8 cT1c apresentaram “downgrading” no histopatológico após PR. • Sobrevida livre de recorrência bioquímica em 5, 10 anos: 35-51% e 24-39%, respectivamente. • Sobrevida câncer específica em 5, 10, 15 anos: 96%, 84-88% e 66%, respectivamente. 1. Shao YH et al. J Natl Cancer Inst 2009 Sep;101(18):1280-3. 2. Johansson JE et al. Acta Oncol 1991; 30(2):221-3. 3. Manoharan M et al. BJU Int 2003;92(6):539-544. 4. Grossfeld GD et al. J Urol 2003 Jan;169:157-163. 43 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALMENTE AVANÇADO: GLEASON 8-10 NEGATIVO Fallon B et al / Boccon-Gibald L et al (1, 2): • O tratamento cirúrgico CaP Gleason 8-10 tem sido tradicionalmente desencorajado: risco aumentado de margens cirúrgicas +, linfonodos + e / ou recidiva à distância (1, 2). 1. Fallon B et al. Urol Clin North Am 1990 Nov;17(4):853-66. 2. Boccon-Gibod L et al. Int J Clin Pract 2003 Apr;57(3):187-94. PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALMENTE AVANÇADO: PSAT > 20 ng/ml 44 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? Gontero P et al. BJU Int.2011 Oct;108(7):1093-100. Conclusion: Ten-year cancer-specific survival, while showing significant reduction with increasing PSA values intervals, remain relatively high even for PSA levels > 100 ng/mL. As part of a multimodal treatment strategy, RP may therefore be an option, even in selected patients with prostate cancer whose PSA level is > 100 ng/mL. 45 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALMENTE AVANÇADO: PSAT > 20 ng/ml POSITIVO PR exclusiva (monoterapia) no tratamento CaP com PSA > 20: Spahn M et al. (1): • Sobrevida câncer específica em 10, e 15 anos: 90%, 85%, respectivamente. Gontero P et al. (2) : • Sobrevida câncer específica quando PSA > 100 ng/ml, 50.1 – 100 ng/ml, 20.1 – 50 ng/ml: 80%, 85% e 91%, respectivamente. Pacientes submetidos à cirurgia como terapia inicial dentro de uma abordagem multimodal, apresentaram: • Sobrevida livre de recidiva bioquímica em 5, 10 e 15 anos: 40-63%, 25-48% e 25%, respectivamente. • Sobrevida câncer específica em 5, 10 e 15 anos: 93-97%, 83-91% e 71-78%, respectivamente 1. Spahn M et. Eur Urol 2010 Jul;58(1):1-7. 2. Gontero P et al. BJU Int 2011 Oct;108(7):1093-100. PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALMENTE AVANÇADO: PSAT > 20 ng/ml NEGATIVO PR exclusiva (monoterapia) no tratamento CaP com PSA > 20: Yossepowitch O et al. (1): • Recidiva bioquímica em 5 e 10 anos: 44 e 53% respectivamente. D’Amico AV et al. (2): • Recidiva bioquímica em 5 anos: 50% Spahn M et al. (3): • Redução significativa da sobrevida câncer específica no CaP cT3, Gleason 8-10 e PSA > 20. 1. Yossepowitch O et al. J Urol 2007 Aug;178(2):493-9. 2. D’Amico AV et al. J Clin Oncol 1999 Jan;17(1):168-72.3. Spahn M et al. Eur Urol 2010 Jul;58(1):17;discussion 10-1. 46 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTA TA LOCALMENTE AVANÇADO: “VERY-HIGH-RISK PROSTATE CANCER” PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? 47 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? Surveillance Epidemiology and End Results (SEER) PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALMENTE AVANÇADO: “VERY-HIGH-RISK PROSTATE CANCER” POSITIVO Johnstone PA et al. (1): • Mostrou em 72 pacientes submetidos PR para a doença cT4 uma melhor sobrevida do que aqueles que receberam HT ou radioterapia isolada, e uma sobrevida semelhante aos homens que receberam terapia combinada (1). Gontero P et al (2): PR CaP de muito alto risco (T3-T4 N0-N1, N1, M1a) X PR CaP localizada (2). • Sobrevida global em 7 anos: 76,9% e 90,2% nos grupos doença avançada e localizada respectivamente. •Sobrevida câncer específica em 7 anos: 88,4% e 99,3% nos grupos doença avançada e localizada respectivamente. 1. Johnstone PA et al. Cancer 2006 Jun;106:2603 9. 2.. Gontero P et al. Eur Urol 2007 Apr;51(4):922-9. 48 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALMENTE AVANÇADO: “VERY-HIGH-RISK PROSTATE CANCER” NEGATIVO Gontero P et al (1): PR CaP de muito alto risco (T3-T4 N0-N1, N1, M1a) X PR CaP localizada. • A morbidade cirúrgica (transfusão sanguínea, tempo operatório e linfocele) foi maior nos pacientes com doença avançada. 1. Gontero P et al. Eur Urol 2007 Apr;51(4):922-9. PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? 49 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA METASTÁTICO: N + PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA METASTÁTICO Conclusion: Clinical lymph node-positive (N+) disease will mostly be followed by systemic disease progression, and all patients with significant N+ disease ultimately fail treatment. Nevertheless, the combination of RP and early adjuvant HT in pN+ PCa has been shown to achieve a 10-year CSS rate of 80%. 50 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA METASTÁTICO: M + PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CÂNCER DE PRÓSTATA METASTÁTICO Conclusion: Cytoreductive radical prostatectomy is feasible in well selected men with metastatic prostate cancer who respond well to neoadjuvant androgen deprivation therapy. These men have a long life expectancy, and cytoreductive radical prostatectomy reduces the risk of locally recurrent prostate cancer and local complications. Cytoreductive radical prostatectomy might be a treatment option in the multimodality management of prostate cancer with minimal osseous metastases. 51 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? 52 9/3/2015 PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? CONCLUSÃO PROSTATECTOMIA NA DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA. POR QUE OPERAR? 10-30% CaP alto risco (cT3) são pT2 Melhor controle local Prevenção de complicações locais tardias A morbidade não é superior CaP T1-T2 Possibilidade de Rxt e/ou HT adjuvante/salvamento EDUCAÇÃO CONTINUADA – MÓDULO XII: PRÓSTATA E TESTÍCULO Tumores do testículo 53 9/3/2015 TUMORES DO TESTÍCULO Tumores malignos do testículos – 1% de todas as neoplasias do sexo masculino. 5.000 novos casos ao ano GERMINATIVOS x NÃO GERMINATIVOS www.anacletoresende.com.br TUMORES DO TESTÍCULO GERMINATIVOS TIPOS E FREQÜÊNCIA Seminomas Clássicos ou puros – 80% Anaplásicos – 10% Espermatocíticos – 10% 45% a 50% Não Seminomatosos 35% a 45% Carcinoma embrionário 15%-20% Teratocarcinoma 20%-25% Teratoma 8%-10% Coriocarcinoma 1% Saco vitelino Adulto - 1% Criança - 80% www.anacletoresende.com.br 54 9/3/2015 TUMORES DO TESTÍCULO NÃO GERMINATIVOS TIPOS E FREQÜÊNCIA Primários Células de Leydig Células de Sertoli Sarcomas 1-3% 0.5- 1% 1-2% Secundários Linfomas Metástases 6-8% ---www.anacletoresende.com.br CÂNCER DE TESTÍCULO EPIDEMIOLOGIA • Faixa etária – 15 a 34 anos • 3ª causa de morte neste grupo etário • 10x mais freqüentes em brancos • População rural mais comum •Lado direito mais comum (criptorquia) www.anacletoresende.com.br 55 9/3/2015 CÂNCER DE TESTÍCULO Etiologia Criptorquia • 50X > indivíduos normais • Até 30% dos CA - Testículo criptorquídico • 5% - Testículo contralateral • Testículo abdominal (4x) versus testículo inguinal • Carcinoma “In situ” www.anacletoresende.com.br CÂNCER DE TESTÍCULO Etiologia Criptorquia Orquiopexia •Papel Indefinido •Ectopia (Aumento de temperatura)? •Fatores endócrinos? •Alterações disgenéticas intrínsecas Recomendação : Corrigir de 1-2 anos www.anacletoresende.com.br 56 9/3/2015 CÂNCER DE TESTÍCULO História natural Apresentação Inicial Doença localizada 60% Extensão regional 23% Doença metastática 15% Bilateral (assincrônico) 1.5-5% www.anacletoresende.com.br CÂNCER DE TESTÍCULO História natural Crescimento e Disseminação Velocidade de crescimento rápida Tempo de duplicação Não seminomatoso 10 - 30 dias celular Seminomatoso mais lento Contigüidade Linfática Hematogênica Albuginea Epididimo Cardão espermático Linfonodos Retroperitoniais Pulmão, fígado e cérebro www.anacletoresende.com.br 57 9/3/2015 CÂNCER DE TESTÍCULO Disseminação Linfática Cranialmente Linfáticos do cordão espermático Linfáticos retroperitoniais (Vasos renais) Caudalmente www.anacletoresende.com.br CÂNCER DE TESTÍCULO Disseminação Linfática Lado direito Lado Esquerdo Frente da veia cava e entre a cava e a aorta 23% a 88% contralaterais Frente e lateral a aorta Raro contralateral www.anacletoresende.com.br 58 9/3/2015 CÂNCER DE TESTÍCULO www.anacletoresende.com.br CÂNCER DE TESTÍCULO Abordagem inicial • História clínica • Exame físico • Exames de imagem • Estadiamento TNM • Marcadores tumorais www.anacletoresende.com.br 59 9/3/2015 CÂNCER DE TESTÍCULO Exame físico •Epidídimo normal •Espessamento do cordão (10-15%) •Hidrocele (10-25%) •Massas abdominais •Gânglios supracla-viculares •Ginecomastia www.anacletoresende.com.br CÂNCER DE TESTÍCULO Exame físico • Indolor Volume • Áreas nodulares Peso Baixo www.anacletoresende.com.br 60 9/3/2015 CÂNCER DE TESTÍCULO Diagnóstico Diferencial Orquiepididimite Hidrocele exclusiva Hernia Torção testicular* Orquite Granulomatosa www.anacletoresende.com.br CÂNCER DE TESTÍCULO Diagnóstico •Exame físico •Marcadores tumorais (DHL/AFP/β HCG) •Ultra-sonografia com Doppler •Rx tórax/ TC / RMN (estadiamento) •Inguinotomia exploradora www.anacletoresende.com.br 61 9/3/2015 Estadiamento dos tumores do testículo pela classificação TNM T1 T3 T2 T4 www.anacletoresende.com.br CÂNCER DE TESTÍCULO Estadiamento Linfonodos Regionais • Nx: Linfonodos não podem ser avaliados •N0: Sem metástases para linfonodos •N1: Linfonodo < 2 cm, menos de 5 linfonodos • N2: Linfonodo > 2 cm e < 5 cm, mais de 5 linfonodos • N3: Linfonodo > 5 cm Metástases à Distância •Mx: Metástase à distância inavaliável •M0: Não há metástases à distância •M1: Presença de metástase a distância www.anacletoresende.com.br 62 9/3/2015 Marcadores Tumorais Gonadotrofina Coriônica Humana (β-HCG) •Meia-vida de 36 horas. •Coriocarcinoma 100 % •Carcinoma Embrionário 40-60 % •Seminoma 10% www.anacletoresende.com.br Marcadores Tumorais (β - HCG) •Doença Inflamatória Intestinal •Úlcera Duodenal •Cirrose www.anacletoresende.com.br 63 9/3/2015 Marcadores Tumorais Alfa-feto Proteína •Meia-vida de 5 dias. •Tu. não seminomatosos (50% a 60% produzem alfa fetoproteina) Carcinoma embrionário Carcinoma saco vitelino* Tu. mistos (teratocarcinomas) www.anacletoresende.com.br Marcadores Tumorais Alfa-feto Proteína Falsa Elevação Crianças < 1 Ano Carcinoma: Hepatocelular, Gástrico, Pancreático e Pulmonar Hepatite: Viral e Tóxica Cirrose www.anacletoresende.com.br 64 9/3/2015 Marcadores Tumorais Alfa-feto Proteína Não produzem SEMINOMA PURO* CORIOCARCINOMA PURO www.anacletoresende.com.br CÂNCER DE TESTÍCULO Marcadores Tumorais 1) Marcadores: Elevados Normais Hematogênica 2) Sem metástases 3) AFP e β HCG Câncer testículo Não exclui Pulmão, fígado e cérebro Marcadores normalizam após a orquiectomia Tumor residual 4) Recorrência: - 85% c/ marcadores elevados até 6 meses. www.anacletoresende.com.br 65 9/3/2015 CÂNCER DE TESTÍCULO Marcadores Tumorais www.anacletoresende.com.br CÂNCER DE TESTÍCULO Metástases Propedêutica básica: Radiografias de tórax Tomografia de abdome e tórax Marcadoresexploração cirúrgica Excepcionais: Biópsia de gânglio supraclavicular Outros. Urografia - Linfografia - Punção gânglio www.anacletoresende.com.br 66 9/3/2015 CÂNCER DE TESTÍCULO Tratamento • Tipo histológico • Estadiamento (TNM) • Marcadores tumorais (níveis séricos) www.anacletoresende.com.br CÂNCER DE TESTÍCULO Tratamento Tumor Primário • • • • Orquiectomia radical Incisão inguinal alta Clampeamento do cordão Evitar violação tumoral Excepcional: Quimioterapia Prévia Orquiectomia secundaria www.anacletoresende.com.br 67 9/3/2015 CÂNCER DE TESTÍCULO Fatores de risco de pior prognóstico pós-orquiectomia Fatores de riscos elevam as taxas de metástases e recorrência ganglionar de 10% para aproximadamente 50%. www.anacletoresende.com.br TRATAMENTO DO CÂNCER DE TESTÍCULO Seminoma localizado (T1-T4, N0, M0) Estádio I Pacientes com pT1 ou pT2 e sem fatores de risco - Orquiectomia + Vigilância ativa Recorrência – 15% a 18% OU Pacientes com pT1 ou pT2 e sem fatores de risco - Orquiectomia + quimioterapia (1 ou 2 ciclos de Carboplatina – 400mg/m2) Recorrência – 1% a 4% www.anacletoresende.com.br 68 9/3/2015 TRATAMENTO DO CÂNCER DE TESTÍCULO Seminoma localizado (T1-T4, N0, M0) - Estádio I Pacientes com pT1 ou pT2 e COM fatores de risco Pacientes com pT3 ou pT4 ou tumores > 4cm. Pacientes 1S (marcadores elevados e qualquer pT) - Orquiectomia + Radioterapia adjuvante periaórtica e ilíaca ipsilateral (20 – 25 Gy) Taxa de recorrência – 2% a 4%. Cura – 95% a 100% TRATAMENTO DO CÂNCER DE TESTÍCULO Seminoma (T1-T4, N1-N2, M0) Estádio II (II-A e II-B) Pacientes com pN1 - Orquiectomia + Radioterapia adjuvante periaórtica e ilíaca ipsilateral (30 – 35 Gy) Taxa de recorrência – 10% a 12%. Cura – 95% a 100% www.anacletoresende.com.br 69 9/3/2015 TRATAMENTO DO CÂNCER DE TESTÍCULO Seminoma (T1-T4, N1-N2, M0) - Estádio II (II-B) Pacientes com pN2 - Orquiectomia + Radioterapia adjuvante periaórtica e ilíaca ipsilateral (30 – 35 Gy) OU - Orquiectomia + quimioterapia (fatores de risco) (Etoposíde e Cisplatina - 4 ciclos ou Bleomicina/Etoposidio/Cisplatina – 3 ciclos) TRATAMENTO DO CÂNCER DE TESTÍCULO Não Seminomas localizados (T1-T4, N0, M0) Estádio I • Pacientes com pT1 ou pT2 e sem fatores de risco ou bom/intermediário prognóstico) • Orquiectomia + vigilância OU • Orquiectomia + Linfadienectomia retroperitonal •Até 30% dos pacientes apresentam micrometástases e recorrência da doença. 70 9/3/2015 TRATAMENTO DO CÂNCER DE TESTÍCULO Não Seminomas localizados (T1-T4, N0, M0) Estádio I • Pacientes com pT1 ou pT2 e com fatores de risco ou prognóstico ruim) • Orquiectomia + quimioterapia sistêmica •2 ciclos de PEB (Cisplatina, Etoposide e Bleomicina) www.anacletoresende.com.br TRATAMENTO DO CÂNCER DE TESTÍCULO Não seminoma com doença retroperitoneal limitada (T1-T4, N1 (linf. < 2cm/ <5linfonodos), M0) Estádio II 1. Tratamento de primeira linha •Orquectomia + Linfadenectomia retroperitoneal •Orquectomia + lnfadenectomia retroperitoneal + quimioterapia (PEB - 3-4 ciclos) • Marcadores elevados e Tumor original >3cm. • Reduz a recorrência de 49% para 6%. Opcional •Orquectomia + quimioterapia sistêmica (EP 4 ciclos, BEP 3 ciclos) www.anacletoresende.com.br 71 9/3/2015 Sobrevida em 10 anos conforme a histologia tumoral Histologia Sobrevida (%) Seminoma 92 Teratocarcinoma 74 Teratoma 72 Carcinoma embrionário 64 Coriocarcinoma 44 www.anacletoresende.com.br Tumores de testículo com metástase linfonodal e visceral Estágios IIc, IIIa-b-c Leonardo de A. dos Santos Abreu TiSBU / MD 72 9/3/2015 Estadiamento • Exame histopatológico do tumor primário • Marcadores tumorais pós-orquiectomia • Presença e extensão das metástases TNM 2002 (AJCC / UICC) T N x M S não pode ser avaliado 0 s/ evidência de tumor primário s/ metástase para linfonodos regionais s/ metástase marcadores normais Tis Neoplasia intratubular - - - 1 limitado ao testículo e epidídimo sem invasão LV ou da túnica vaginal <2cm ≤5 LN, <2cm 2 invasão LV e da túnica vaginal 2-5cm >5 LN, <5cm - • LDH 1,5-10x N • ß hCG 5000-50.000 • AFP 1000-10.000 3 invasão do cordão espermático >5cm - • LDH >10x N • ß hCG>50.000 • AFP >10.000 4 invasão do escroto - - - 1a) LN não-regionais ou Mtx pulmonar 1b) outras • LDH <1,5x N • ß hCG<5000 • AFP <1000 73 9/3/2015 TNM 2002 (AJCC / UICC) Estágio T N M S IIc Qq T 3 IIIa Qq T Qq N IIIb Qq T 1-3 Qq N M0 M1a S2 S2 IIIc Qq T 1-3 Qq N Qq N M0 M1a M1b S3 S3 Qq S (LN >5cm) 0 M1a (LN não-regionais ou Mtx pulmonar) S0-S1 S0-S1 Avaliação prognóstica e escolha da quimioterapia 74 9/3/2015 Princípios terapêuticos • TCGs tem crescimento rápido mas são potencialmente curáveis • Necessidade de diagnóstico e estadiamento rápidos • Tratamento agressivo com QT e cirurgia podem curar pacientes com doença metastática • AFP/hCG elevados pós-orquiectomia –> Mtx –> Qt • Marcadores em elevação durante QT –> refratariedade • Elevação dos marcadores após QT –> recidiva • Devem ser tratados em centros com grande volume 75 9/3/2015 Seminoma vs Não-seminoma Tumores • • • • Tumores não-seminomatosos seminomatosos • Doença localizada na apresentação Sensível à quimio- e radioterapia Menor incidência de metástase oculta - 10-15% Potencial de se transformar em NS • • • 1/3 estágio III na apresentação Maior incidência de metástase oculta Risco de teratoma nos sítios de metástase Comportamento biológico imprevisível do teratoma (transformação malígna, recidiva tardia) Tratamento Quimioterapia Einhorn LH. J Urol. 1977 Jan;117(1):65 76 9/3/2015 Seminoma • Risco bom - 3 ciclos de BEP ou 4 ciclos de EP • Risco intermediário - 4 ciclos de BEP http://www.nccn.org/professionals/physician_gls/pdf/testicular.pdf Massa residual • ≤ 3cm - vigilância • > 3cm - FDG PET - cirurgia ou QT de 2ª linha De Santis M, et al. J Clin Oncol. 2004 Mar 15;22(6):1034 77 9/3/2015 Não-seminoma • Risco bom - 3 ciclos de BEP (4 ciclos de EP) • Risco intermediário • Risco pobre 4 ciclos de BEP (4 ciclos de VIP) http://www.nccn.org/professionals/physician_gls/pdf/testicular.pdf http://www.nccn.org/professionals/physician_gls/pdf/testicular.pdf 78 Slide 156 LA1 CR - marcadores normais e massa ≤1cm PR marker - Massa > 1cm -> PCS PR marker + -> salvage QT progression -> salvage QT Leonardo Abreu; 30/08/2015 9/3/2015 Quimioterapia de 2ª linha (salvamento) • TIPx4 - paclitaxel, ifosfamida, cisplatina • VeIPx4 - vinblastina, ifosfamida,cisplatina • VIPx4 - etoposide, ifosfamida, cisplatina Linfadenectomia pósquimioterapia • 30% dos pacientes submetidos a QT vão apresentar massa residual pósquimioterapia primária • Massa residual >1cm e normalização/estabilização dos marcadores Chéry, L. Urol Clin N Am 42 (2015) 331 79 9/3/2015 Técnica • Bilateral • Nerve-sparing • Template modificado • Laparoscópica • Evitar ressecção das lesões apenas Massa residual pós-QT • 40-50% - necrose/fibrose • 35-40% - teratoma • 10-15% - carcinoma Chéry, L. Urol Clin N Am 42 (2015) 331 80 9/3/2015 Chéry, L. Urol Clin N Am 42 (2015) 331 Obrigado 81