Carcinoma de Nasofaringe
Frederico Saueressig
Especialista e Mestre em CTBMF- PUCRS
Doutor em Estomatologia Clinica- PUCRS
Preceptor da Residência Multiprofissional do Hospital Escola- UFPel
Dentista de Carreira do Exército Brasileiro
Caso Clínico
Paciente A.C.M.X, 40 anos, sexo feminino, raça negra, nega
história de tabagismo e etilismo.
Sinais e Sintomas
- Odinofagia
-Otalgia (lado esquerdo)
-Hipoacusia Leve (lado esquerdo)
-Cefaléia em região têmporo-parietal
-Congestionamento nasal e sinusal 2013
Antecedentes Familiares
Tio e tia paternos faleceram de câncer de pulmão
Medicações em Uso
- Citalopram e Clonazepam (uso contínuo desde 2011)
- Histórico de uso de diferentes Antibióticos e Aines como
tentativa de tratamento e alívio dos sintomas
Exames Realizados
RX PA de Waters e AP e Perfil de Tórax- Imagens dentro do
padrão de normalidade
Hemograma Completo, VHS, Glicemia em Jejum, Beta HCG,
VDRL, Anti-HIV, Anti-HCV, EQU, TP, KTTP, Creatinina, Uréia, TGO,
TGP e LDH- - Valores dentro do padrão de normalidade
Exames Realizados
Tomografia Computadorizada De Seios da Face
Tomografia Computadorizada De Seios da Face
Ressonância Magnética de Face
Ressonância Magnética de Face
Exames
Nasofibroscopia com biópsia - Laudo: Massa em região de
parede lateral esquerda da rinofaringe
Anatomopatológico
(linfoepitelioma)
-
Laudo:
Carcinoma
Indiferenciado
Imunohistoquímica - Laudo: Carcinoma Espinocelular NãoQueratinizante (anticorpo AE1/AE3)
Tomografia Computadorizada de Abdomen e Tórax- Laudo:
Achados Tomográficos dentro da normalidade
Estadiamento do Carcinoma de Nasofaringe - AJCC
T1 tumor confinado a nasofaringe.
T2 tumor estende-se a cavidade nasal e/ou orofaringe
T2a – sem comprometimento do espaço parafaríngeo
T2b – com comprometimento do espaço parafaríngeo
T3 tumor que invade estruturas ósseas ou os seios paranasais
T4 tumor com extensão intracraniana e/ou envolvimento dos pares cranianos,
hipofaringe, fossa infratemporal e órbitas.
N0 ausência de gânglios palpáveis.
N1 adenopatia(s) homolateral menor que 6 cm acima da fossa supraclavicular
N2 adenopatia(s) contralateral(is) ou bilateral(is) menores que 6 cm
acima da fossa supraclavicular.
N3 adenopatia(s) maiores que 6 cm ou na fossa supraclavicular.
M0 ausência de metástases.
M1 presença de metástases.
Agrupamento (TNM)- IIB – T2bN0M0
Tratamento
Radioterapia

Radioterapia
conformacional 3D

Dirigida a lesão na nasofaringe e cadeias
cervicais de risco, em caráter radical

Recebeu uma dose total de 70Gy em 35
frações, com feixe de fótons de 6MV, por
campos
progressivamente
diminuídos,
durante 7 semanas.
com
planejamento
Tratamento
Quimioterapia
 Cisplatina 60mg – IV / 1hora
 Seis ciclos com intervalo de sete dias entre
eles conjuntamente com a radioterapia
Tomografia de Controle (3meses)
Tomografia de Controle (3meses)
Ressonância de Controle (5meses)
Nasofibroscopia de Controle com Biópsia
( 5meses)
- Região da cauda do Corneto Inferior -
Laudo: Proliferação de células basalóides sem atipias, atividade
mitótica ou infiltração inequívoca
Protocolo de Atendimento Odontológico pré
Radio e Quimioterapia
 Minucioso Exame Clínico
 Exame Radiográfico - Radiografia Panorâmica
 Instrução de Higiene Oral
 Profilaxia Dentária e Raspagens Supragengivais
 Fluorterapia
 Restaurações e Tratamentos Endodônticos
 Remoção de Aparelhos Ortodônticos ou Próteses Removíveis
Protocolo de Atendimento Odontológico pré
Radio e Quimioterapia
 Exodontias
Bolsas com profundidade de 6mm, mobiidade excessiva, com secreção purulenta
durante a sondagem
Inflamação Periapical
Dentes não-funcionais ou parcialmente erupcionados
 Exames Laboratoriais – Hemograma, TGO, TGP, TP, KTTP
Protocolo de Atendimento Odontológico pré
Radio e Quimioterapia
Profilaxia da Mucosite- Laserterapia e Cloridrato de Benzidamida
Metotrexato, 5-fluoruoracil, Bleomicina,
Doxorrubicina, Cisplatina, Vimblastina e
Vincristina.
Irradiação de Câncer de Boca, Rino e
Orofaringe
ritério de
n (WHO)
ão do pavaliação;
favorável.
l aqueles
o dente e
malidade,
mo saúde
m doença
ral, além
medidas
ne bucal,
veis comápico em
mucosite
bochecos
desenvolrientação
sob duas
o, constiOs dados
e grupo
écadas de
20 anos;
(Tabela 1).
Dos 31 casos de neoplasias malignas analisadas,
29 (93,54%) tiveram diagnóstico histopatológico de CEC,
sendo 21 (67,74%) de CEC bem diferenciado, 5 (16,13%)
de CEC moderadamente diferenciado e 3 (9,67%) de CEC
indiferenciado. As demais variantes histológicas verificadas,
cada uma com apenas um caso, foram carcinoma in situ
(3,23%) e linfoepitelioma maligno (3,23%) (Tabela 1).
Em relação ao tratamento antineoplásico, 21 pacientes
(67.74%) realizaram radioterapia pós-cirúrgica, enquanto
10 (32.26%) realizaram radioterapia exclusiva. Quanto ao
tratamento odontológico prévio, 25 pacientes (80,65%)
não receberam qualquer tipo de intervenção odontológica,
Manejo Odontológico
Quadro 1. Gradação da mucosite oral de acordo com a WHO
(Miller et al. 17, 1981)
WHO
0
1
2
3
4
Severidade da reação
Sem evidência de mucosite
Eritema; lesões assintomáticas
Eritema; úlceras; ingestão de sólidos
Eritema; úlceras; ingestão de líquidos
Úlceras confluentes;
sem possibilidade de alimentação
Tabela 1. Distribuição da amostra quanto à localização anatômica
do tumor e ao diagnóstico histopatológico
MUCOSITE
- Tratamento (alívio dos sintomas)  Cloridrato de Benzidamida
 Anti-inflamatórios Esteróides
 Sucralfato
 Anestésicos Tópicos
 Chás (Camomila, Macela)
 Laser de Baixa Intensidade
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