Diário
DIVERSÃO
& ARTE
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KELLY ISIS PELISSER – 08/08/10
DEDÉ
SANTANA
FAZ SHOW
EM SANTA
MARIA
SANTA MARIA
QUARTA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2010
Zoom
Editor: Francisco Dalcol ☎ 3220.1872
✉ [email protected]
HOMERO PIVOTTO JR.
A
música gaúcha é cheia de peculiaridades e de ritmos. E essa
característica permite que cada
artista possa compor a seu
modo, criando uma identidade,
um jeito próprio de se expressar. É por isso
que, quando se juntam nomes do cancioneiro
tradicionalista, cada um é responsável por dar
seu toque especial às músicas que o grupo se
propõe a tocar.
Quando cada um desses músicos representa uma época, uma escola, o resultado tende a
ser um mosaico de belos arranjos. O espetáculo Acordes Regionais, que será apresentado
amanhã, no Theatro Treze de Maio, ilustra
bem isso. São quatro gerações unidas pela
amizade e por afinidades sonoras. A parceria
é representada por gente atuante e bem conhecida no meio: Luiz Carlos Borges (gaita e
voz), Juliana Spanevello (voz), Felipe Álvares
(baixo) e Maikell Paiva (violão).
A apresentação marca a estreia da iniciativa e do quarteto. Anteriormente, os músicos
já haviam se encontrado profissionalmente,
porém, como duplas ou trios, nunca todos
os quatro ao mesmo tempo. Para o primeiro
espetáculo, o grupo montou um repertório
especial, que mescla composições próprias,
música instrumental e belos temas conhecidos de todos os gaúchos.
– O show aborda um pouco da música de
cada um de nós. Para não rotular, não deixar
tão focado nisso ou naquilo, fizemos um repertório que a gente queria – revela Felipe.
Química boa – Entre os ritmos, estão vanera, milonga, chamamé e chamarra. Assim
como os estilos, a diversidade também pode
ser encontrada na bagagem cultural dos
integrantes. Apesar de cada um ter suas influências e seu jeito de trabalhar, a química
entre eles fez com que a sonoridade fluísse de
maneira espontânea e fácil.
– Estão todos de coração aberto para fazer
algo bacana e aceitar sugestões – diz Felipe.
Um dos atrativos da iniciativa é a experiência de Luiz Carlos Borges, veterano do cenário
tradicionalista, que completa 48 anos como
músico profissional em outubro. Ele já conquistou inúmeros prêmios em festivais e tem
mais de 30 discos lançados.
– O Borges é uma referência, um dos principais agentes formadores da música gaúcha
– afirme Felipe.
Mesmo com a admiração dos colegas, Borges se sente à vontade com o grupo e garante
que o que vale é o companheirismo e o amor
pela música tradicionalista.
– É uma junção de amigos. Esse tipo de projeto não tem de visar lucro, mas a a alegria de
se tocar junto. A música tem de dar prazer, ter
amor e cumplicidade – diz Borges.
Para o futuro, a ideia é tocar a empreitada
paralelamente à carreira solo de cada músico.
Por hora, o objetivo é fazer shows e, quem sabe,
entrar em estúdio para gravar um disco.
– Seria maravilhoso se conseguíssemos
gravar esse material para podermos arquivar
– diz Felipe.
Parte da renda será revertida para a Escola
Municipal de Ensino Fundamental Professora
Maria de Lourdes Bandeira Medina.A realização é da OPSs! Comunicação e Eventos, com
financiamento da LIC Santa Maria.
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ORiosom
do
Grande do Sul
‘Acordes Regionais’, que conta com quatro nomes do
nativismo, estreia amanhã, no Theatro Treze de Maio
JULIANA SPANEVELLO
Cantora de Faxinal do Soturno, com forte atuação na música
gaúcha. Começou aos 11 anos e passou por inúmeros festivais. Tem
mais de 250 músicas. Recentemente, foi premiada como Melhor
Intérprete no Festival César Passarinho e no Minuano da Canção.
Pampa e Flor, o mais recente trabalho, tem produção executiva de
Joca Martins e musical de Negrinho Martins
FELIPE ÁLVARES
Baixista nascido em Júlio de Castilhos, já tocou com Luiz Carlos Borges, Renato Borghetti, Marcello Caminha, Sérgio Reis, Neto e Ernesto
Fagundes, Luiz Marenco, César Oliveira, Geraldo Flach, entre outros. É
professor de contrabaixo, violão, teoria musical e música popular. Em
2009, foi premiado como Melhor Instrumentista Regional no Prêmio Açorianos de Música. Trabalha na produção de seu disco solo e de um livro
JG MARTINI, DIVULGAÇÃO
PATRÍCIO CONTRERAS, DIVULGAÇÃO
EM RESUMO
REPERTÓRIO
LUIZ CARLOS BORGES, ARQUIVO PESSOAL
■ Gaudêncio 7 Luas – De Luis Coronel e Marco Aurélio Vasconcelos
■ Negrinho do Pastoreio – De Barbosa Lessa
■ Prenda Minha – De Telmo de Lima
Freitas
■ Breve Milonga – De Felipe Alvares
■ Chamamezito – De Maykell Paiva
■ Pela Querência – De Rodrigo Bauer
e Joca Martins
■ Pasto Nativo – De Rodrigo Bauer e
Joca Martins
■ Tropa de Osso – De Luiz Carlos
Borges e Humberto Gabbi Zanatta
■ Coração de Gaiteiro – De Luiz
Carlos Borges
■ Florêncio Guerra – De Luiz Carlos
Borges
■ Final Seca – De Jayme Caetano
Braun
■ De Véio Pra Véio – De Luiz Carlos
Borges
■ Última Lembrança – De Luiz
Menezes
■ Baile de Fronteira – De Luiz Carlos
Borges
■ Prenda Minha – Do folclore popular
LUIZ CARLOS BORGES
É cantor, compositor e acordeonista. Começou na música aos 7 anos,
no conjunto Irmãos Borges, na região missioneira do Rio Grande
do Sul. Sua carreira solo começou com o sucesso Tropa de Osso,
premiada na Califórnia da Canção Nativa. Um de seus trabalhos mais
recentes é Luiz Carlos Borges Con Amigos Argentinos, gravado na
Argentina com a participação de 15 artistas convidados
■ O quê:
espetáculo Acordes
Regionais
■ Direção: Felipe
Álvares
■ Com: Luiz Carlos
Borges, Juliana
Spanevello, Felipe
Álvares e Maikell
Paiva
■ Quando:
amanhã, às
20h30min, duração
de 75min
■ Classificação:
livre
■ Onde: Theatro
Treze de Maio
(Praça Saldanha
Marinho, s/nº, fone
(55) 3028-0909)
■ Quanto: R$ 12
(público em geral)
e R$ 6 (sócios do
Theatro, do Clube
do Assinante do
Diário, estudantes e
idosos)
ARQUIVO PESSOAL
MAYKELL PAIVA
É natural de Dom Pedrito, mas começou a exercer a profissão
em Pelotas, tocando em invernadas e festivais nativistas. Em
2009, ele participou da gravação do CD duplo Procedência, de
César Oliveira e Rogério Melo, e dos registros de seu primeiro
CD solo, batizado de Do Meu Jeito