Apoio à pessoa co
Diabetes de
AaZ
m diabetes
Tudo o que precisa de saber
1
ÚDOS
ÍNDICE DE CONTE
04
COMPREENDER A DIABETES TIPO 2
• Em que situações surge a diabetes tipo 2?
• Quais as principais causas?
• Quais os fatores de risco associados?
• Qual a relação entre os estilos de vida e a diabetes tipo 2?
• Com que frequência surge a diabetes tipo 2?
• Como é feito o seu diagnóstico?
• Quais os sintomas que podem ocorrer?
• Qual o tratamento da diabetes tipo 2?
• Quais as principais complicações da diabetes?
06
DICIONÁRIO DA DIABETES
A
Acessulfame-K
Açúcares
Albuminúria
Amido
Amilase
Angiografia fluoresceínica
Anticorpos
Antidiabético oral
Aspartame
Autovigilância
Diabetes mellitus
Diabetes secundária
Diagnóstico
Diálise
B
Bebidas alcoólicas
Bomba de insulina
F
Fibras
Fotocoagulação
Frutose
C
Cataratas
Células alfa
Células beta
Ciclamato
Coma
Complicações crónicas
D
Diabetes gestacional
2
E
Edulcorantes
Enzimas
Equipa de saúde
Euglicemia
Exercício anaeróbio
G
Glucose
Glicosúria
Glicemia
Glicómetro
Glucagom
H
HbA1C
Hidratos de carbono
Hidratos de carbono complexos
Hidratos de carbono simples
Hiperglicemia
Hipoglicemia
Hormona
I
Índice de Massa Corporal
Índice Glicémico
Insulina
Insulina basal
Insulina de ação curta
Insulina de ação intermédia
Insulina de ação lenta ou de ação longa
Insulinorresistência
J
Jejum
L
Lactose
Lanceta
Langerhans
M
Mácula
Microangiopatia
Monofilamento
N
Nefropatia diabética
Neuropatia diabética
O
Oftalmologia
P
Pâncreas
Pé diabético
Podologista
Polidipsia
Polifagia
Poliúria
Pós-prandial
Pré-diabetes
Proteinúria
Prova de Tolerância à Glucose Oral
Q
Quilocaloria ou caloria
R
Retinopatia diabética
Rótulos alimentares
S
Sacarina
Sacarose
Sintoma
Stresse
Subcutânea
T
Tensão arterial
Teste de glicemia
Transplante
U
Uremia
Urina
V
Vitrectomia
Vitaminas
X
Xilitol
Xerostomia
Z
Zinco
3
conhecer
A DIABETES
O primeiro passo para um bom controlo é compreender a doença.
O que é a diabetes?
A diabetes é uma doença crónica que resulta
de uma deficiente capacidade de utilização
do organismo daquela que é a sua principal
fonte de energia, a glucose.
O que é a glucose?
A glucose resulta da digestão e
transformação dos amidos e dos açúcares
que ingerimos.
Porque é que o organismo não transforma
a glucose em energia?
Porque o pâncreas da pessoa com diabetes não
liberta suficiente insulina, a hormona necessária
para transformar a glucose em energia.
O que é a diabetes tipo 2?
A diabetes tipo 2 é a mais frequente, já que
acontece em 90 por cento dos casos registados.
Na diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina,
mas devido a uma alimentação incorreta e vida
sedentária, o organismo torna-se resistente
à ação da insulina, obrigando o pâncreas
a trabalhar mais e mais, até que a dada altura
a insulina que este produz é insuficiente e surge
a diabetes. A diabetes tipo 2 aparece cada
vez com maior frequência devido ao excesso
de peso da população e em população cada
vez mais jovem. A diabetes tipo 2 aparece de
forma silenciosa e, muitas vezes, apenas é
diagnosticada após seis ou mais anos de doença.
Nestes casos, a pessoa pode já ter algumas das
complicações graves associadas à diabetes.
O que é a diabetes tipo 1?
O que acontece à glucose que não
consegue ser usada pelo organismo?
A glucose que não é transformada em energia
acumula-se no sangue, causando hiperglicemia,
sendo depois expelida pela urina.
4
Controlo da Diabetes
Contrariamente à diabetes tipo 2, a diabetes
tipo 1 não está diretamente relacionada com
hábitos de vida ou de alimentação errados,
mas sim com a manifesta falta de insulina.
Neste caso, o pâncreas produz insulina em
quantidade insuficiente ou em qualidade
deficiente ou ambas as situações.
É menos frequente do que a diabetes tipo
2 e o doente é insulinodependente para
toda a sua vida, devendo ser acompanhado
em permanência pelo médico e outros
profissionais de saúde.
O que é a diabetes gestacional?
Uma em cada 20 grávidas pode sofrer desta
forma de diabetes. A diabetes gestacional
surge durante a gravidez e desaparece,
habitualmente, quando esta termina.
É fundamental que as grávidas diabéticas
tomem medidas de precaução para evitar
complicações na gravidez e também que
a diabetes tipo 2 surja mais tarde. Depois
de detetada a hiperglicemia na grávida, esta
deve ser corrigida com a adoção de uma dieta
apropriada e, se necessário, há que recorrer,
com a ajuda do médico, ao uso da insulina, para
que a gravidez decorra sem problemas para a
mãe e para o bebé.
Qual a importância de controlar a diabetes?
As pessoas com diabetes podem ter uma série
de complicações, devido à ausência de um
controlo rigoroso, nomeadamente da glicemia,
tensão arterial e dos lípidos, e da vigilância
periódica dos órgãos mais sensíveis junto da
sua equipa de saúde.
Quais são as complicações da diabetes?
A ausência do controlo adequado e da
autovigilância pode originar complicações:
• Baixa do açúcar no sangue, designada
hipoglicemia;
• Nível elevado de açúcar no sangue,
designada hiperglicemia;
• Lesões nos olhos (retina), podendo
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
originar uma doença designada
retinopatia, que pode resultar em
cegueira;
Pressão arterial alta ou hipertensão
arterial;
Lesões nos pés, o que pode dar origem ao
designado Pé diabético. Em estado muito
grave pode originar amputações;
Problemas na circulação sanguínea, por
exemplo nas pernas e nos pés;
Lesões nos rins, podendo causar uma
doença designada nefropatia;
Lesões nos nervos, podendo originar uma
doença designada neuropatia;
Doenças cardiovasculares, como a angina
de peito, ataques cardíacos e acidentes
vasculares cerebrais;
Disfunção e impotência sexual;
Infeções na boca e gengivas;
Infeções urinárias;
Infeções das cicatrizes depois das
cirurgias.
Controlo da Diabetes
5
A
medicação
Os avanços da terapêutica atual para a pessoa com diabetes.
O que é a insulina?
A insulina é uma hormona fabricada nas células
beta do pâncreas, nas Ilhotas de Langerhans, e
usada no tratamento da diabetes.
A insulina pode ser obtida a partir do pâncreas
do porco ou produzida em laboratório de forma
idêntica à insulina humana, graças à tecnologia
do DNA recombinante ou da modificação
química da insulina do porco. Em Portugal
só é comercializada insulina igual à insulina
humana e com a concentração U-100 (1 ml=100
unidades).
Em que situações e porquê o uso de
insulina?
• A insulina é usada na diabetes tipo 1, pois
há uma destruição massiva das células do
pâncreas que produzem esta hormona.
• Em algumas pessoas com diabetes
tipo 2, pois o pâncreas pode ser capaz
de produzir insulina, mas o organismo
torna-se facilmente resistente à sua ação,
forçando-o a trabalhar cada vez mais
até que a insulina produzida deixa de ser
suficiente.
Como é utilizada a insulina?
O tratamento com insulina é feito através
de injeção na gordura por baixo da pele
(subcutânea). Como é injetada, é necessário que
o doente tenha atenção ao modo como a usa.
6
Controlo da Diabetes
Quais os cuidados a ter com o uso da
insulina?
• A cápsula de proteção deve ser colocada
•
•
•
•
sem tocar na agulha após o uso da
seringa/caneta;
A seringa/caneta deve ser guardada
à temperatura ambiente;
A seringa ou a agulha da caneta não
devem ser usadas se estiverem
tortas/rombas;
A agulha não deve ser limpa com álcool;
A cápsula deve ser mantida quando
a seringa/caneta for inutilizada e deve
haver cautela na sua eliminação.
Onde se injeta a insulina?
A insulina pode ser injetada na região
abdominal, nas coxas, nos braços e nas
nádegas. É importante que haja rotação dos
locais onde se administra a injeção, evitando
a formação de nódulos, para que estes não
interferiram na absorção da insulina.
Como é que a insulina pode ser
conservada?
Os frascos de insulina, as cargas instaladas
nas canetas e as seringas pré-cheias
descartáveis em uso devem ser conservadas
à temperatura ambiente, afastadas da
luz solar direta e de locais que aqueçam,
como a televisão e o porta-luvas do carro.
INSULINAS
TEMPOS
DE AÇÃO
DE AÇÃO RÁPIDA
DE AÇÃO
ULTRARRÁPIDA
INÍCIO
30 a 45 minutos
10 a 15 minutos
1 a 2 horas
2 a 4 horas
1 a 2 horas
4 a 12 horas
Não tem
8 a 26 horas
Cerca de 24 horas
na insulina glargina e
cerca de 20 horas na
insulina detemir
PICO MÁXIMO
DURAÇÃO
6 a 8 horas
4 a 6 horas
DE AÇÃO
INTERMÉDIA
(NPH)
ANÁLOGOS LENTOS DE
INSULINA
1 a 2 horas
Como são usados os antidiabéticos orais?
O que são antidiabéticos orais?
Os antidiabéticos orais (ADO) são
comprimidos usados na diabetes tipo 2 que,
juntamente com uma alimentação correta
e com atividade física, vão ajudar a controlar
a glucose no sangue.
Os comprimidos podem ser usados sozinhos ou
em associação, consoante a prescrição médica.
Pode ser também necessário o tratamento
de comprimidos e de insulina em simultâneo –
terapêutica mista.
Os antidiabéticos orais podem ser classificados da seguinte forma:
ANTIDIABÉTICOS ORAIS
CLASSE
SUBSTÂNCIA
Inibidores das alfa-glucosidases
Acarbose
Biguanidas
Metformina
Glitazonas
Pioglitazona
CATEGORIA
Diminuem a absorção intestinal dos hidratos de
carbono (HC)
Combatem a insulinorresistência
Glibenclamida
Sulfonilureias
Glipizida
Gliclazida
Aumentam a produção de insulina
Glimepirida
Meglitinidas
Nateglinida
Sitagliptina
Inibidores da DPP-4
Vildagliptina
Saxagliptina
Aumentam os níveis de incretinas, aumentando a
secreção de insulina
Controlo da Diabetes
7
DICIONÁRIO
DA DIABETES
Palavras de A - Z
A
· Acessulfame-K
Tipo de adoçante usado em doces e bebidas.
· Açúcares
Hidratos de carbono que existem por exemplo na frutose (fruta), lactose (leite), glucose
e sacarose.
· Albuminúria
Presença na urina de uma proteína chamada albumina. Se for
em pouca quantidade, chama-se microalbuminúria. Aparece nas
infeções urinárias, na hipertensão não controlada e pode ser um sinal
de uma doença designada nefropatia diabética.
· Amido
Composto complexo de hidratos de carbono que existe nas batatas, no arroz, no pão
e na massa.
· Amilase
Enzima produzida pelo pâncreas e pelas glândulas salivares, que atua na digestão. A amilase
decompõe os amidos da alimentação em açúcares mais simples.
· Angiografia Fluoresceínica
Técnica de fotografia para visualizar os vasos sanguíneos da retina (situada no fundo do olho).
· Anticorpos
Substâncias de defesa, produzidas pelo sistema imunitário, para inativar outras substâncias
estranhas ao organismo.
· Antidiabético oral
Fármaco prescrito pelo médico que permite ajudar a regular os valores da glicemia e a combater fatores de risco cardiovasculares e as complicações crónicas características da diabetes.
· Aspartame
Aditivo alimentar utilizado para substituir o açúcar tradicional.
8
Controlo da Diabetes
· Autovigilância
Processo de gestão da diabetes que consiste no planeamento das refeições, da atividade
física, do controlo da glicemia e da medicação.
B
· Bebidas alcoólicas
Bebidas com álcool e com açúcar que ao serem consumidas em excesso representam uma ameaça para a saúde.
· Bomba de insulina
Aparelho de dimensões reduzidas colocado num cinto
ou num bolso que permite a administração contínua e
programada de insulina. Funciona com um pequeno tubo
de plástico flexível e uma agulha inserida debaixo da pele,
permitindo a administração da insulina de acordo com as
necessidades de cada indivíduo.
C
· Cataratas
Diminuição da transparência da parte anterior do globo ocular designada cristalino do olho.
· Células Alfa
Células das Ilhotas de Langerhans localizadas no pâncreas, responsáveis por produzirem uma
hormona designada glucagom.
· Células Beta
Células das Ilhotas de Langerhans localizadas no pâncreas, responsáveis por produzirem uma
hormona designada insulina.
Controlo da Diabetes
9
DICIONÁRIO
DA DIABETES
Palavras de A - Z
· Ciclamato
Tipo de adoçante que não fornece energia ao organismo.
· Coma
Perda de consciência. Na pessoa com diabetes poderá ocorrer quando o nível de açúcar
é muito baixo (coma hipoglicémico); ou quando o nível de açúcar é muito elevado (coma
hiperglicémico).
· Complicações crónicas
Consequências a médio e longo prazo da diabetes que provocam lesões nos tecidos e
em várias partes do corpo, nomeadamente nos olhos, coração, vasos sanguíneos, sistema nervoso, rins, pés, dentes, gengivas e pele.
D
· Diabetes gestacional
Tipo de diabetes que surge durante a gravidez e que normalmente
deixa de existir a seguir ao nascimento. A diabetes gestacional pode
aumentar o risco de a mulher vir a ter diabetes mais tarde na sua vida.
· Diabetes mellitus
Doença crónica que resulta de uma deficiente capacidade de utilização do organismo daquela que é a sua principal fonte de energia,
a glucose. A diabetes tipo 2 resulta do esgotamento do pâncreas
devido a hábitos de vida pouco saudáveis, enquanto na diabetes
tipo 1 o pâncreas não produz insulina em quantidade suficiente ou
produz insulina de qualidade deficiente ou ambas as situações.
· Diabetes secundária
Diabetes causada por outras doenças, por traumatismos, por
medicamentos ou por eventuais substâncias químicas.
10
· Diagnóstico
Conjunto de elementos que permite ao técnico de saúde determinar
a existência de uma doença.
· Diálise
Processo de filtração de substâncias do sangue quando os rins
não funcionam de forma eficaz.
E
· Edulcorantes
São substâncias naturais ou artificiais que conferem sabor doce aos
alimentos. Podem ser calóricos ou não calóricos. Os edulcorantes
são vulgarmente designados adoçantes.
· Enzimas
Compostos que despoletam reações químicas no organismo.
· Equipa de saúde
É responsável pelo apoio à pessoa com diabetes e pode ser
constituída por médicos, enfermeiros, dietistas, nutricionistas,
oftalmologistas, dentistas, podologistas, psicólogos, psiquiatras,
cardiologistas, assistentes sociais, entre outros técnicos.
· Euglicemia
Níveis normais de glicemia no sangue.
· Exercício anaeróbio
Tipo de exercício ligeiro ou moderado que, por ser mantido por um
tempo prolongado, representa
benefícios para a saúde cardiovascular
e em geral.
Controlo da Diabetes
11
DICIONÁRIO
DA DIABETES
Palavras de A - Z
F
· Fibras
Matéria que se encontra nos cereais, nos legumes e nas
frutas.
· Fotocoagulação
Uso de laser para o tratamento da doença dos olhos na
diabetes designada retinopatia diabética.
· Frutose
Açúcar simples que existe na fruta, no mel e nalguns
vegetais.
G
· Glucose
Açúcar simples com origem na digestão de outros hidratos de carbono ou nas células pelo
metabolismo de gorduras e proteínas. É a principal fonte de energia responsável pelo
metabolismo.
12 Controlo da Diabetes
· Glicosúria
Presença do excesso de glucose na urina.
· Glicemia
Nível de açúcar (glucose) no sangue, que surge geralmente
com a medida em mg/dl.
· Glicómetro
Aparelho ou sistema que serve para medir a glicemia.
· Glucagom
Hormona que faz elevar o nível de glicemia no sangue
produzida nas células do pâncreas.
H
· HbA1c
Medida que indica o controlo da glicemia nos últimos três meses. É uma das análises mais importantes para avaliar o controlo da diabetes. O termo HbA1c, ou simplesmente A1c, significa
hemoglobina glicada.
· Hidratos de Carbono
Nutrientes energéticos que são indispensáveis ao organismo, mas que influenciam os níveis
de açúcar no sangue. Geralmente o nutricionista ou o dietista determina o número de porções
de hidratos de carbono diários recomendados em cada pessoa. São hidratos de carbono o pão,
batata, massa, arroz, leguminosas, leite, iogurtes e fruta. Os bolos, doces e salgados também
pertencem a este grupo, mas devem ser evitados devido ao açúcar e gordura que contêm.
· Hidratos de carbono complexos
São os hidratos de carbono que têm uma digestão mais lenta. No organismo, o amido é separado em moléculas que entram no sangue para depois serem utilizadas como fonte de energia
para o corpo. Este processo ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue mais estáveis, razão
pela qual estes são também designados “bons” hidratos de carbono. Os hidratos de carbono
complexos são alimentos ricos em fibras, por exemplo as leguminosas, pão escuro, batatas e
massa integral.
Controlo da Diabetes
13
DICIONÁRIO
DA DIABETES
Palavras de A - Z
· Hidratos de carbono simples
São os açúcares que existem na fruta e no leite, os açúcares processados e refinados. O pão
branco, arroz branco, bolachas, integram este grupo de alimentos. Compostos por moléculas
bastante mais simples, estes hidratos de carbono são de mais fácil digestão e contribuem
para uma absorção muito rápida do açúcar no sangue.
· Hiperglicemia
Níveis elevados de açúcar no sangue.
· Hipoglicemia
Níveis baixos de açúcar no sangue.
· Hormona
Substância química produzida pelo
nosso sistema endócrino.
I
· Índice de Massa Corporal
Medida internacional usada para calcular o peso ideal, designada pela abreviatura IMC.
· Índice Glicémico
Medida que serve para classificar os hidratos de carbono e os alimentos consoante o seu
efeito ao nível da glicemia, designada pela abreviatura IG.
· Insulina
Hormona produzida nas células do pâncreas e que tem por função baixar a glicemia e permitir
a entrada de glucose, possibilitando o seu aproveitamento como fonte de energia.
· Insulina basal
Insulina que responde às necessidades do organismo entre as refeições e durante a noite.
A insulina basal pode ser uma insulina de ação lenta ou de ação intermédia.
14 Controlo da Diabetes
· Insulina de ação curta
Insulina solúvel, sem aditivos, com um tempo de ação de quatro a seis horas.
· Insulina de ação intermédia
Insulina com um tempo de ação de oito a 12 horas.
· Insulina de ação lenta ou de ação longa
Insulina com um tempo de ação de 18 a 28 horas.
· Insulinorresistência
Fenómeno que acontece quando o organismo não consegue utilizar a insulina de forma eficaz.
J
· Jejum
Não ingerir nada desde o dia anterior. A medição da glicemia em jejum faz-se sempre antes da
refeição da manhã.
Controlo da Diabetes
15
DICIONÁRIO
DA DIABETES
Palavras de A - Z
L
· Lactose
Açúcar do leite, constituído por glucose e galactose.
· Lanceta
Agulha que serve para picar o dedo, existente no dispositivo usado
para medir a glicemia designado glicómetro.
· Langerhans
Nome do cientista que no séc. XIX descobriu as ilhotas de células
produtoras de insulina no pâncreas e que ficaram com o seu nome:
Ilhotas de Langerhans.
16 Controlo da Diabetes
M
· Mácula
Região da retina responsável pela visão. É um ponto oval de cor
amarelada junto ao centro da retina do olho humano. Tem um
diâmetro de cerca 1,5 mm. É na mácula que se encontra a maior
densidade de células cone do olho, responsáveis pela visão de cores
e que faz com que seja a região do olho através da qual visualizamos
com maior clareza e definição.
· Microangiopatia
Complicações na diabetes dos pequenos
vasos sanguíneos dos olhos, rins e nervos.
· Monofilamento
Pequeno instrumento de avaliação da sensibilidade dos pés.
N
· Nefropatia diabética
Lesão do rim provocada por muitos anos
de glicemias elevadas. Também pode ser
designada doença renal diabética.
Controlo da Diabetes
17
DICIONÁRIO
DA DIABETES
Palavras de A - Z
· Neuropatia diabética
Lesão dos nervos provocada por muitos anos de
glicemias elevadas.
O
· Oftalmologia
Ramo da medicina que investiga e trata as doenças
relacionadas com a visão e com os olhos.
P
· Pâncreas
Órgão localizado na cavidade abdominal.
Fabrica muitas substâncias, entre
as quais a insulina. Segrega o suco
pancreático que contém enzimas
digestivas, libertadas para os intestinos,
e hormonas libertadas diretamente
para o sangue. A insulina, produzida
nas células beta do pâncreas, baixa a
glicemia por "abrir as portas" das células
e por permitir a entrada da glucose.
18 Controlo da Diabetes
· Pé diabético
Doença que surge por causa do aparecimento de lesões nos pés
que podem ser muito graves para a saúde. Os cuidados básicos
a ter com os pés na pessoa com diabetes são fundamentais e
consistem numa correta e regular observação dos pés, lavagem e
secagem e hidratação, mas também nalguns cuidados a ter com o
corte das unhas, a remoção das calosidades, as meias e o calçado
que se usa e o tratamento de feridas que possam surgir.
· Podologista
Especialista que trata da prevenção, diagnóstico e tratamento
das alterações que afetam o pé.
· Polidipsia
Ter sede de uma forma excessiva. É um dos sintomas mais frequentes no diagnóstico da diabetes ou de uma má compensação
da diabetes (ver também poliúria, polifagia e xerostomia).
· Polifagia
Fome constante e difícil de saciar.
· Poliúria
Urinar em grande quantidade e mais vezes do que o normal.
· Pós-prandial
É o mesmo do que após a refeição.
· Pré-diabetes
Risco potencial de desenvolvimento da diabetes.
· Proteinúria
Perda excessiva de proteínas através da urina.
· Prova de Tolerância à Glucose oral
Teste de tolerância à glucose para diagnosticar as
primeiras fases da diabetes, indicando quando é que
a glicemia fica elevada no sangue após a ingestão
de açúcar para valores acima do normal.
Controlo da Diabetes
19
DICIONÁRIO
DA DIABETES
Palavras de A - Z
Q
· Quilocaloria ou caloria
Unidade de energia proveniente dos alimentos. As gorduras, os hidratos de carbono, as proteínas e o álcool são as principais fontes de quilocalorias ou calorias.
R
· Retinopatia diabética
Doença da retina, região dos olhos onde é
feita a captação da imagem. As principais lesões
ocorrem nos pequenos vasos da retina e podem
levar à perda parcial ou total de visão.
· Rótulos alimentares
Contêm informação útil dirigida ao consumidor,
com a composição nutricional e lista de ingredientes do produto.
.
S
· Sacarina
Tipo de adoçante que não fornece qualquer energia.
· Sacarose
Açúcar de consumo habitual, de cana ou de beterraba, constituído por glucose e frutose.
· Sintoma
Manifestação ou queixa de um paciente que traduz uma doença e pode dar indicações ao
técnico de saúde sobre o seu diagnóstico.
20 Controlo da Diabetes
· Stresse
Conjunto de perturbações do foro psíquico e fisiológico provocadas por diversos fatores
relacionados com o dia a dia.
· Subcutânea
Camada de gordura por baixo da pele.
T
· Tensão arterial
Pressão do sangue sobre a parede
das artérias que pode ser dividida
em tensão sistólica (máxima) e
em tensão diastólica (mínima).
· Teste de glicemia
Determina os níveis de açúcar
no sangue, permitindo avaliar
e monitorizar o controlo da diabetes.
· Transplante
Processo que ocorre quando um órgão é
implantado num corpo por cirurgia.
Controlo da Diabetes
21
DICIONÁRIO
DA DIABETES
Palavras de A - Z
U
· Uremia
Fase final da doença renal diabética ou da insuficiência renal que implica uma terapêutica de
substituição renal.
· UrINA
Líquido excretado pelo aparelho urinário, constituído por água com substâncias minerais e
orgânicas.
V
· VitAMINAs
Substâncias que, embora sem valor energético, são indispensáveis à manutenção do equilíbrio fisiológico do organismo, ao qual são fornecidas
pelos alimentos frescos.
· Vitrectomia
Remoção cirúrgica do humor vítreo do olho e substituição
por gás ou líquido.
X
· Xilitol
Tipo de adoçante natural encontrado
nas fibras de muitos vegetais.
· Xerostomia
Sensação de boca seca.
22 Controlo da Diabetes
Z
· Zinco
É um mineral que se encontra no organismo. É essencialmente importante para o crescimento
e desenvolvimento dos órgãos reprodutores e para o normal funcionamento da próstata. É
importante para o sistema imunitário e ajuda na prevenção de constipações, gripes e outras
doenças. A carne, o fígado, os ovos e os mariscos são fontes ricas de zinco.
À PESSOA COM DIABETES:
O Grupo Bial desenvolveu este produto
para contribuir para uma melhor compreensão da diabetes, permitindo desse
modo um melhor nível de formação e de
bem-estar da pessoa com diabetes.
FONTES CONSULTADAS:
“Diabetes Tipo 2 um Guia de Apoio e Orientação da APDP”
I Portal da Saúde I Direção-Geral da Saúde
PROPRIEDADE GRUPO BIAL
EDITOR GOODY S.A. • Sede Social Avenida Infante D. Henrique, Nº 306, Lote 6, R/C – 1950-421 Lisboa - Tel. 218 621 530
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Marques • Revisão Catarina Almeida, Inês Gonçalves, Marta Pinho, Rita Santos
As opiniões expressas nesta publicação não refletem necessariamente os pontos de vista de Bial, mas apenas os dos
autores. Bial não se responsabiliza pela atualidade da informação, por quaisquer erros, omissões ou imprecisões.
Controlo da Diabetes
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SAM: ZM/ABR12/013
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Diabetes de A a Z