Prefeitura Municipal de Porto Alegre Secretaria Municipal de Saúde Hospital Materno Infantil Presidente Vargas SÍNDROME DA BANDA AMNIÓTICA (SBA): SUSPEITA PELA ULTRA-SONOGRAFIA OBSTÉTRICA Instituição: Unidade de Medicina Fetal do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV), Porto Alegre, RS, BRASIL Autores: Flach C.C.; Picoli F.; Telles J.; Cunha A. INTRODUÇÃO: Entre as síndromes malformativas fetais, a que mais proporciona variações em sua apresentação é a SBA, fazendo com que se caracterize por mutilações e assimetria de manifestações. OBJETIVO: O objetivo deste é relatar um caso em que houve comprometimento de MATERIAL e MÉTODOS: Os dados foram coletados do prontuário hospitalar da diversos segmentos fetais, assinalando uma manifestação grave da síndrome. paciente, juntamente com registros da Unidade de Medicina Fetal do HMIPV. RESULTADOS: L.M.C.A., 28 anos, branca, solteira, G1P0, DUM: 07-09-2007. Paciente portadora de patologia oftalmológica com risco de Descolamento de Retina. Foi realizada US obstétrico inicial no hospital com 11 semanas, em vigência de sangramento uterino, evidenciando hematoma subcoriônico. Paciente foi encaminhada à Unidade de Medicina Fetal do HMIPV com 17-18 semanas com US mostrou múltiplas malformações. Foi realizado Estudo Morfológico Fetal que evidenciou acrania, com imagem compatível com exencefalia (Fig.1). Face de difícil avaliação, com aparente assimetria do tamanho das órbitas. Cristalino direito foi identificado. Estruturas encefálicas expostas no líquido amniótico. Coração fora da cavidade torácica (Fig.1 e Fig. 2), com batimentos cárdio-fetais rítmicos. Órgãos intra-abdominais habitualmente identificáveis pelo método no interior do líquido amniótico , sugerindo defeito de fechamento de toda parede abdominal (Fig. 3). Rins não identificados, possivelmente pela distorção de sintopia. Houve autorização judicial para interrupção da gestação, porém teve contra-indicação oftalmológica. O feto foi a óbito (espontâneo) com 22 semanas. O anátomo patológico descreveu presença de bandas amnióticas firmes ao disco placentário e feto anencefálico, do sexo masculino. Lábio leoporino com fenda palatina. Gastrosquise com protusão de vísceras tóraco- abdominal e hipoplasia pulmonar. Placenta com segundo trimestre de gestação alterações degenerativas secundárias à Malformação Fetal intra-uterina. Cordão Umbilical sem alterações. Fig. 1- Exencefalia, Ectopia Cordis Fig. 3- Gastrosquise Fig. 2- Tórax - Ectopia Cordis CONCLUSÃO: A ultra-sonografia é fundamental no diagnóstico, acompanhamento e seguimento das fetopatias. O conhecimento da SBA é fundamental para o especialista em Medicina Fetal e certamente de todo ultrasonografista obstétrico. Porto Alegre – RS – Brasil - Contato: [email protected]