Disciplina: FCF 803 Estética Contemporânea II Professor: Roberto Machado Dia / horário: 2ª-feira, de 15:00 às 18:0 horas Período: 2009 - I Título do curso: Estética de Proust O objetivo do curso é a interpretação filosófica de Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, no que diz respeito à obra de arte, ou à criação artística, privilegiando as idéias de Proust sobre a música, a pintura e a literatura. Analisando as apreciações de artistas reais, as “obras de arte imaginárias” criadas pela Recherche — a sonata de Vinteuil, os quadros de Elstir e os livros de Bergotte — e o próprio trabalho criador de Proust ao escrever e pensar o seu livro, o curso pretende mostrar como a música e a pintura constituem o modelo de uma literatura capaz de revelar a essência das coisas e que se realiza pela utilização da metáfora concebida como metamorfose. Para realizar esse objetivo, o curso levará em consideração a relação da estética de Proust com as filosofias de Schelling e Schopenhauer. Bibliografia básica À la recherche du temps perdu, Paris, Gallimard. Traduções brasileiras pela Editora Globo e pela Ediouro. Bibliografia secundária Beckett, Samuel. Proust, São Paulo, Casac &Naif. Chernowitz, Proust and Painting, Nova York, International University Press. Deleuze, Gilles. Proust e os signos, Rio, Forense-Universitária. Gonçalves, Aguinaldo José, Museu movente: o signo da arte em Proust, São Paulo, Unesp. Henry, Anne. Marcel Proust: Théories pour une esthétique, Paris, Klincksieck. Henry, Anne. Proust romancier, le tombeau égyptien, Paris, Flammarion. Nattiez, Jean-Jacques. Proust musicien, Paris, Christian Bourgois. Piroué, G. Proust et la musique du devenir, Paris, Denoël. Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: FCF-828 Tópicos da História da Filosofia Antiga IV Créditos: 3 (45h/aula) Horário: terças-feiras 15h30 – 18h – sala 320-G Professor: Fernando José de Santoro Moreira Programa: Estudos sobre a Metafísica de Aristóteles, e leitura do seu quarto livro. A Metafísica de Aristóteles é talvez o texto clássico que mais suscitou interesse e mais recebeu transformações interpretativas ao longo do séc. XX e também o texto clássico que mais tenha desempenhado influências nas mais diversas correntes da filosofia contemporânea. Notadamente, a partir da obra de Jaeger (1912), os seus livros foram diversas vezes desmembrados, arrumados e rearrumados, segundo as mais diversas hipóteses, construídas, na maioria das vezes, pelo chamado método genético de análise filológica e filosófica1. Após um século de estudos e inumeráveis controvérsias, algumas considerações importantes merecem ser levadas em conta e partilham de aceitação geral. Primeiro, que quaisquer que sejam as datas de redação dos livros, eles de fato reúnem resultados de diversos períodos de pesquisa e docência de Aristóteles e, a despeito de unidade e coerência internas da obra como um todo, podem ser vistos e estudados em blocos assaz independentes entre si – o que justifica a edição de seus livros em separado, como tem sido feito nas traduções comentadas mais recentes (Kirwan, 1993; Cassin, 1989). Segundo, que os livros que compõem a Metafísica são textos de uso letivo (akroamatiká), com as peculiaridades e rigores próprios de uma linguagem de uso interno (esoterikós)2, o que deve nortear o cuidado do estudante para não perder o sentido destas peculiaridades próprias do rigor filosófico, ainda que um texto assim, de fato, requisite a leitura de um estudioso e dificulte uma abordagem leiga. Por isso, também é preciso compensar o estilo concentrado e técnico com comentários esclarecedores; uma leitura sem esse mínimo de apoio torna-se ininteligível fora de círculos bastante restritos. Além dessas rápidas considerações gerais sobre a Metafísica, cabe ver as particularidades do livro sobre o qual pretendemos trabalhar neste período. Livro IV (G) Aqui, de fato, Aristóteles começa a tratar positivamente dos primeiros princípios que constituem o tema de uma investigação ontológica. Esta filosofia primeira apresenta-se como a ciência do ‘ente enquanto ente’ i.e. como ciência da ‘essência’ (ousia) e seus predicados próprios. É apresentado o problema da plurivocidade do ente e do sentido de se falar de uma unidade diretriz de sentido (que os ingleses chamam de ‘focal meaning’) para as várias formas de ‘dizer que algo é’ (segundo o esquema das categorias, segundo a essência ou o que nela coincide, como verdadeiro ou falso, como potência ou realização). 1 “[...] i diversi studiosi, applicando i canoni dell’interpretazione genética, sono parvenuti a dimostrare tutto e il contrario di tutto.” Reale (1997), p.10 2 “Ripetizioni, fratture formali, salti, brachilogie, sciutezza e rigidezza linguistiche e stilistiche sono costanti.” idem Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Neste livro também são formulados dois princípios fundamentais para o conhecimento e diferenciação dos entes: o princípio de não contradição (PNC) e o princípio do terceiro excluído (PTE). Boa parte do livro busca defender a validade e necessidade do PNC que, por ser um princípio primeiro, não pode ser demonstrado segundo o modelo de demonstração científica dos Segundos Analíticos. Aristóteles empreende uma argumentação que ele intitula ‘demonstração por refutação’. Para esta refutação dialética, é necessário um adversário, que o filósofo vai buscar entre os principais pensadores que parecem se lhe opor: Heráclito, Crátilo, Protágoras e outros. A estratégia de argumentação utilizada por Aristóteles para defender o PNC é uma perspectiva das mais importantes para pensar as formas de linguagem de conhecimento, os cruzamento entre diversos modos de racionalidade, e os problemas de método envolvidos numa reflexão lógica e ontológica fundamental. Não é à toa que este texto tornou-se, contemporaneamente, objeto de estudo de todas as linhas interpretativas filosóficas interessadas nas questões do Estagirita, desde os estudos de lógica formal e teoria do conhecimento até os estudos de filosofia prática sobre intencionalidade, passando, obviamente, pelo questionamento ontológico das suas posições realistas, pragmáticas, fenomenológicas (no sentido grego de ‘dizer o que se mostra’ – legein ta phainomena). Bibliografia Básica: *Metafísica, ed. Trilingüe, Madrid, Gredos, 1982 (Ed. V. G. Yebra) Ótima tradução, bastante fiel ao texto estabelecido por W. Jaeger, o cotejo com o texto grego e a tradução latina de Moerbecke (maior parte) são muito úteis, especialmente para a construção de conceitos em português mais calcados nos lexemas gregos. *La Métaphysique. Paris, Vrin, 1981 (Ed. J.Tricot) Tradução por demais parafrásica, e assim datada, contudo a edição comporta boas notas, sobretudo referentes aos comentadores antigos. *La Metafísica. Napoli, Loffredo, 1968 (Ed. G. Reale); edição renovada e acrescida do texto grego: Milano, 1995; e traduzida para o português: São Paulo, Loyola, 2002 Tradução boa, com valiosas notas atualizadas na reedição de 1995 e ótima introdução. A tradução portuguesa tem o mérito de tornar acessíveis os trabalhos do tradutor e comentador italiano. *Metaphysics. Cambridge, Harvard, 1933 (1996) (Ed. Tredennick) A edição tem a praticidade da coleção Loeb: de bolso, resistente, bilíngüe, notas contidas. Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org *Metaphysics. Oxford, Clarendonian press, 1924 (1997) (Ed. D. Ross), a tradução encontra-se na reedição da coletânea das obras de Aristóteles: The complete Works of Aristotle, Princeton, 1985 (Ed. J. Barnes) Ótima edição crítica comportando um excelente aparato de notas; mesmo se sua tradução já foi superada em algumas partes por traduções recentes, ainda é referência em língua inglesa. *Metafísica. Porto Alegre, Globo, 1969 (Ed. L. Vallandro) Tradução da tradução inglesa de Ross. Bibliografia Suplementar: ALEXANDER of AFRODISIAS, On Aristotle's Metaphysics 4, Ithaca, Cornell, 1989 (Ed. R. Sorabji) AQUINO, Thomas, In Metaphysicam Aristotelis commentaria, ed. Cathala, Torino, 1950 AUBENQUE Pierre, Le Problème de l’être chez Aristote, Paris, PUF,1962, 5a ed. 1983 BERTI, Enrico, L’unità Del sapere in Aristotele, Padova, 1965. Aristóteles no século XX, trad. D. Macedo, São Paulo, Loyola, 1997. As razões de Aristóteles, São Paulo, Loyola, 1998 (Ed. D. Macedo). FARIA, Maria do Carmo B., Primeira Leitura da Metafísica de Aristóteles, coleção Teses, Rio de Janeiro: UFRJ. HEIDEGGER, Martin, Questions I et II. Qu'est-ce que la métaphysique? Paris: Gallimard, 1968, 1990. Identidade e diferença. A Constituição Onto-teo-lógica da Metafísica. Hegel e os Gregos. Que é Metafísica. São Paulo: Abril Cultural, 2ed. 1983 (Ed. E. Stein). Introdução à metafísica. Rio de Janeiro, Edições Tempo Brasileiro, 1970 (Ed. E.Carneiro Leão). IRWIN, Terence H., Aristotle’s first principles, Oxford, Clarendonian press, 1988 JAEGER, Werner, Aristoteles, Grundlegung einer Geschichte seiner Entwicklung, Berlin, 1923. (em espanhol: México, F.C.E., 1992, Ed. J. Gaos). Studien zur Entstehungsgeschichte der Metaphysic des Aristoteles, Berlin, 1912 MICHELET Karl Ludwig, Examen critique de l’ouvrage d’Aristote intitulé Métaphysique, Paris, Vrin, 1982 MOREAU Joseph, Aristote et Son école, Paris, PUF, 1962, 2ed. 1985 OWENS Joseph, The Doctrine of Being in the Aristotelian ‘Metaphysics’, Toronto, Pont. Inst. Med. Studies, 1951, 3 ed. 1978 REALE, Giovanni, Guida alla lettura della "Metafisica" di Aristotele, Roma, Laterza, 1997 Introduzione a Aristotele, Roma, Laterza, 1974 WIELAND, W., "Inquiry into Principles," [Barnes et al., v. 1] 127-140. "The Problem of Teleology," [Barnes et al., v. 1] 141-160. Bibliogafia suplementar adicional disponível em: http://www.ifcs.ufrj.br/~fsantoro/ousia/ Forma(s) de avaliação: Trabalho escrito. Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: O conceito de Justiça I e II Código: FCF 844 Créditos: 3 (45h/aula) Período: 2009/1º - Horário: quarta-feira das 10:30 ás 13:30 – sala 320-A Professor: Susana de Castro Programa: O objetivo deste curso é o de discutir a teoria liberal da justiça de John Rawls (A Theory of Justice). Para tanto analisaremos: as origens do liberalismo político em Aristóteles e Rousseau; as noções mais relevantes da teoria da justiça de Rawls, tais como: contratualismo político, princípio da razoabilidade (‘não se pode tratar diferentes como iguais’), justiça distributiva, ‘overlapping consensus’, véu da ignorância, bens primários, etc.; a ampliação da teoria liberal da justiça de John Rawls por Martha Nussbaum; as críticas de Habermas e Rorty a Rawls; a influência da teoria liberal de J. Rawls na formulação da Constituição brasileira de 1998; Bibliografia primária: Aristóteles. Política. Trad. Mário da Gama Kury. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997. -----------. Ética a Nicômacos. Trad. Mário da Gama Kury. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997. Durkheim, Émile. Montesquieu e Rousseau. Madras, 2008 Habermas. A historical critique of John Rawls’ A theory of Justice. In: http://www.archive.org/details/JrgenHabermasCritiqueOfJohnRawls Nussbaum, Martha. Frontiers of Justice. Harvard University Press, 2006. Cap. 1: “Social contracts and three unsolved problems of justice” (será utilizada uma trad. desse cap. feita por mim) Rawls, John. A theory of Justice. Harvard University Press, 2005 (há trad. em português pela Martins Fontes) Rorty, Richard. “Justice as a larger loyalty”. In: Philosophical Papers IV. Cambridge University Press, 2007 (há trad. Em português) Bibliografia secundária: de Vita, Álvaro. O liberalismo igualitário. Martins Fontes. Forma(s) de avaliação: Trabalho final Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: Tópicos da História da Filosofia Contemporânea IV Código: FCF- 836 Horário: 2ª feira - 15:30 às 18:30 – sala 320-F Período: 2009/º Professor: Guilherme Castelo Branco Programa: Racismo e política de resistência em Michel Foucault, através da análise direta dos textos do filósofo. Bibliografia primária: Dits et Écrits(Gallimard) e Em defesa da Sociedade(Martins Fontes. Bibliografia secundária: Forma(s) de avaliação: Trabalho escrito a ser entregue no final do curso Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: O conceito de justiça I Código: FCF 844 Horário: 4ªs, das 15 às 18:00h. – sala 300 Período: 2009/1º Professor: Aquiles Côrtes Guimarães Programa: Justiça, Direito Natural e razão instrumental. Análise das relações entre valor e justiça material. Bibliografia primária: 1. Welzel, Hans. Introducción a la Filosofia Del Derecho. Buenos Aires: Julio César Faira – Editor, 2005. 2. Adorno – Horkheimer. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1997. 3. Grzegorczyk, Christophe La théorie générale des valeurs et le droit. Paris: LGDJ,1982. 4. Aristóteles. Ética a Nicômacos. Brasília: Editora UNB, 1999. Bibliografia secundária: Forma(s) de avaliação: comentário ao Livro 5 da Ética de Aristóteles. Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: Tópicos Hist. Fia. Contemporânea V Código: FCF 837 Período: 2009/1º Horário: Quarta-feira, 11.30h. às 14.30h – sala 307-A Professor: Gilvan Fogel Programa: O curso/seminário constará de leitura/interpretação de algumas passagens (que serão oportunamente anunciadas) de “Contribuições para a Filosofia” (“Beiträge zur Philosophie”), de M. Heidegger. A tradução dos textos será oferecida na ocasião. O curso/seminário contará com a participação do Prof. Marco Antônio Cassa Nova, UERJ Bibliografia primária: Contribuições para a Filosofia, Heidegger, M. (Trad. portuguesa a sair, que será disponibilizada). Bibliografia secundária: Forma(s) de avaliação: Trabalho escrito ao final do curso. Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: Teorias da Democracia II Código:FCF-845 Período: 2009/1º Horário: 3ªas feiras das 14h00 às 17h00 – Sala 319 Professor: Maria Clara Dias Ementa: Tema: Perfeccionismo O curso pretende discutir o perfeccionismo moral e político. Para tal, serão analisados diversos artigos e livros sobre o tema. Ao início de cada sessão, será feita uma apresentação do artigo em questão por um dos integrantes do curso. Em seguida, o artigo será discutido por todos. A bibliografia é toda em inglês. Os textos selecionados estarão disponíveis a partir da primeira semana de março, na pasta correspondente ao curso, na fotocopiadora do terceiro andar. Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: Ética, Política e Direito Código:FCF-853 Horário: 4ªs feiras das 09h00 às 12h00 – sala 320-A Período: 2009/1º Professor: Fernando Rodrigues Programa de curso: Ementa: Bibliografia básica: Bibliografia Secundária: Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: Tópicos da História da Filosofia Moderna IV Código:FCF-833 Horário: 4ªs feiras das 13h00 às 16h00 – sala 307-A Período: 2009/1º Professor: André Martins Programa: Spinoza e a política, a partir do estudo de textos de Laurent Bove sobre a questão do conatus e suas relações com a política. Bibliografia primária: Bove, L. ‘De la prudence des corps: du physique au politique’. In : Spinoza, B. Traité Politique. (Introduction). Paris : Librairie Générale de France, 2002. Spinoza, B. Ética. Ed. Bilíngue. Trad. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. ---- Tratado Político. Trad. Manoel de Castro (col. Os Pensadores) São Paulo: Abril Cultural, 1973. ---- Tratado Teológico Político. Trad. Diogo Pires Aurélio. São Paulo: Martins Fontes, 2003. Bibliografia secundária: Bove, L. La stratégie du conatus. Paris : Vrin, 1996. Forma(s) de avaliação: Trabalho final. Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: Individualismo e Externalismo na Filosofia da Mente II Código: FCF-861 Horário: 5ªs feiras das 14h00 às 17h00 – sala 319 Período: 2009/1º Professor: Wilson Mendonça e Prof. André Fuhrmann (Universidade de Frankfurt) Programa do curso: Semântica Bidimensional: conteúdo lingüístico e conteúdo mental O termo “Semântica Bidimensional (S2D)” designa uma variedade de teorias semânticas intensionais que, de uma maneira ou de outra, exploram a técnica da dupla indexação para capturar a dependência dupla (“bidimensional”) da verdade de certas asserções vis-à-vis o mundo. S2D surgiu originalmente na avaliação de proposições temporais nas quais, por exemplo, asserções sobre o futuro dependem da fixação do ponto de vista do presente (“agora”), o qual, por sua vez, pode ser deslocado. Nos últimos anos, tornou-se evidente que S2D oferece um quadro conceitual geral para expressar e avaliar de uma forma precisa muitos tipos filosoficamente relevantes de dupla dependência, em particular a dependência ocasional do significado (ou conteúdo) relativamente aos fatos. Algumas dessas dependências não são controversas (como talvez possa ser mais visível no caso do uso de pronomes demonstrativos); outras estão sujeitas a intenso debate (como no caso do conteúdo mental). A primeira parte do curso (5 palestras semanais ministradas pelo Prof. Dr. André Fuhrmann, na presença do Prof. Dr. Wilson Mendonça) fornecerá uma introdução completa ao aparato e a algumas aplicações centrais de S2D. Introdução geral à semântica intensional, Dupla indexação na linguagem natural, Contextos segundo Kaplan, Possibilidades epistêmicas segundo Chalmers, Conteúdo mental amplo e conteúdo mental estreito segundo Stalnaker e outros. As palestras serão acompanhadas de encontros semanais de discussão (tutorias) sob a orientação do Prof. Dr. André Fuhrmann. Nesses encontros, será exigida dos estudantes a preparação de breves apresentações baseadas em leituras previamente sugeridas, com o objetivo de aprofundar a compreensão do material apresentado nas palestras. A segunda parte do curso, que se estenderá ao longo do semestre, tratará de aplicações de S2D na área específica da Filosofia da Mente. O foco é determinado pela discussão da relevância de S2D para a formulação (e eventual solução) de um problema que é novamente atual: se existe ou não um tipo de conteúdo mental estreito. Esta segunda parte do curso estará sob a responsabilidade do Prof. Dr. Wilson Mendonça. Durante o mês de março o Prof. Dr. André Furhmann estará presente. Após o seu retorno à Alemanha, o Prof. Dr. André Furhmann continuará orientando os alunos que desejarem escrever ensaios, seja por email ou através de vídeo conferência (Skype). Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Bibliografia primária: Almog, J., Perry, J. e Wettstein, H. (1989). Themes from Kaplan. Oxford: Oxford University Press. Boghossian, P. (1996). “Analyticity reconsidered.” Nous 30. Chalmers, D. (2006a). “The foundations of two-dimensional semantics.” In GarcíaCarpintero e Macia (2006b). Davies, M. (2006). “Reference, contingency, and the two-dimensional framework.” In García-Carpintero e Macia (2006b). Davies, M. e Humberstone, I.L. (1981). “Two notions of necessity.” Philosophical Studies 58. Gareth, Evans (1979). “Reference and contingency.” The Monist 62. —— (2006). “Comments on ‘Two notions of necessity.’” In García-Carpintero e Macia (2006b). García-Carpintero, M. (1998). “Indexicals as token-reflexives.” Mind 107. García-Carpintero, M. e Macia, J. (2006a). “Introduction.” In García-Carpintero e Macia (2006b). —— (orgs.) (2006b). Two-Dimensional Semantics. Oxford: Clarendon. Gendler, T. e Hawthorne, J. (2002). Conceivability and Possibility. Oxford: Oxford University Press. Hale, R. e Wright, C. (1998). Companion to the Philosophy of Language. Oxford: Oxford University Press. Kamp, J.A.W. (1971). “Formal properties of ‘Now.’” Theoria 40. Kaplan, D. (1989). “Demonstratives.” In Almog et al. (1989). Kripke, S. (1980). Naming and Necessity. Harvard: Harvard University Press. Kupffer, M. (2007). “The multiple de re.” Manuscrito não publicado. Lewis, D. (1979). “Attitudes de dicto and de se.” The Philosophical Review 88. Niemtz, C. (2008). “Two-dimensional semantics - the basics.” http://www.unibielefeld.de/philosophie/personen/nimtz/NIMTZ_041005_2DSEMANTICS_LONG.pdf. Perry, J. (1989). “Indexicals and demonstratives.” In Hale e Wright (1998). Perry, J. e Mark, C. (1989). “The prince and the phone booth.” Journal of Philosophy 86. Stalnaker, R (1987). “Semantics for belief.” Philosophical Topics 15. —— (1999). Context and Content. Oxford: Oxford University Press. —— (2001). “On considering a possible world as actual.” Aristotelian Society Supplementary Volume 75. —— (2006). “Assertion revisited: on the interpretation of two-dimensional modal semantics.” In García-Carpintero e Macia (2006b). Yablo, S. (2002). “Coulda, woulda, shoulda.” In Gendler e Hawthorne (2002). Bibliografia secundária: A ser especificada. Forma(s) de avaliação: Apresentação de seminários e elaboração de um trabalho ao final do curso Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: Tópicos de História da Filosofia Moderna V Código: FCF-834 Horário: Quartas-feiras – 14:00 hs – 17:00 hs – sala 325 Período: 2009/1º Professor: Franklin Trein Programa: O seminário sobre tópicos da filosofia moderna terá como material de reflexão as contribuições à filosofia vinda dos físicos responsáveis pelo desenvolvimento desta área de conhecimento na virada do século XIX para o século XX e até a metade deste último, dando origem tanto à Relatividade quanto à Mecânica Quântica. A perspectiva crítica será definida pelas questões epistemológicas inerentes ao pensamento filosófico dos físicos em diálogo com a tradição filosófica. O suposto é que, ao término do século XX, a física tem uma nova visão da realidade a partir das suas novas teorias e das possibilidades técnicas de testá-las. Esta realidade é um novo objeto de conhecimento e sobre isto a filosofia talvez possa dizer algo se se dispuser a avançar em sua perspectiva crítica, assim como o fez em vários momentos anteriores de sua história. Bibliografia: Como a quase totalidade dos textos não está traduzida para o português, a bibliografia básica será estabelecida juntamente como grupo de alunos participantes visando o maior aproveitamento possível. Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: Liberalismo, Comunitarismo e Multiculturalismo II Código: FCF-851 Horário: 3ª feira – das 09h00 às 12h00 – sala 320-A Período: 2009/1º Professor: Fernando Rodrigues Programa de curso: Ementa: Bibliografia básica: Bibliografia Secundária: Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: Tópicos da História da Filosofia no Brasil III Código: FCF-839 Horário: 4ª feira de 15:00 às 18:00 – sala 325-A Período: 2009/1º Professor: Luiz Alberto Cerqueira Programa de curso: A Idéia de Filosofia no Brasil como “Ciência” do Espírito No âmbito da filosofia brasileira do século XIX, particularmente no contexto do combate ao cientificismo enquanto tentativa de aplicação do modelo das ciências da natureza às ciências humanas, Farias Brito, desenvolvendo teses de Tobias Barreto, faz a crítica da psicologia “científica” ou “experimental”, propondo, de maneira independente, mas muito próxima à de Husserl, um método para atender à especificidade do psíquico. Bibliografia primária CERQUEIRA, Luiz Alberto. Filosofia brasileira — Ontogênese da consciência de si. Petrópolis: Vozes, 2002. ______. Maturidade da Filosofia Brasileira: Farias Brito. In: Brito, Raimundo de Farias. O mundo interior. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2004. BRITO, Raimundo de Farias. O mundo interior. [Org. de Luiz Alberto Cerqueira.] Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2004. HUSSERL, E. La filosofía como ciencia estricta. Buenos Aires: Nova, 1969. ______. Investigações lógicas. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2005. ______. Ideas relativas a una fenomenología pura y una filosofía fenomenológica. México: Fondo de Cultura economica, 1997. Bibliografia secundária SCHÉRER, René. La fenomenología de las “Investigaciones lógicas” de Husserl. Madrid: Gredos, 1969. Forma de avaliação Trabalho de pesquisa sobre tema designado pelo professor. Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: FCF-708 Pesquisa de Dissertação Professor: orientador Horário: a combinar Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: FCF-808 Pesquisa de Tese Professor: orientador Horário: a combinar Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: FCF-873 Pesquisa Discente I Professor: orientador Horário: a combinar Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: FCF-874 Pesquisa Discente II Professor: orientador Horário: a combinar Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: FCF-875 Pesquisa Discente III Professor: orientador Horário: a combinar Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org Disciplina: FCF-708 Pesquisa de Dissertação Professor: orientador Horário: a combinar Largo de São Francisco de Paula, 1 sala 310 – Centro – 20051-070 – Rio de Janeiro Telefone (0xx) 21.2224.6379 – e-mail: [email protected] – homepage: www.ppgf.org