Publicação BIMESTRAL
Nº 212 Julho-Agosto 2011
ISSN 0871-5688 l PREÇO -
0,10 (IVA incluído)
Por P.e Inácio Babo
[email protected]
Deus criou o descanso
Toda a beleza nos fala de Deus, que
é a beleza perfeita. No tempo do descanso, fugimos à rotina, procuramos
lugares novos, vamos ao encontro da
Natureza. Brincamos com a água, a
areia, no campo, na montanha. Queremos elevar o espírito e desfrutar os
mimos que a mãe Natureza nos concede todos os dias. Todos, grandes e
pequenos, nos tornamos crianças para
compreender, com olhar de criança, a
beleza que nos envolve.
O descanso é para isso mesmo,
para nos deixarmos invadir pelas forças celestes e terrestres, pelo cosmos
total criado pelo Senhor do Universo,
que encheu da Sua glória os céus e a
terra, para nos dizer que temos ao
nosso lado tudo quanto é preciso
para sermos felizes. E, elevando-se,
o nosso espírito chega mais facilmente à contemplação do Senhor
do Universo. De facto, “o espírito do
Senhor enche a terra; Ele, que a tudo
dá consistência, tem conhecimento
de tudo” (Sabedoria 1, 7).
A vastidão do mar, a altura do céu,
o ribombar das ondas, a areia que
acolhe o nosso corpo na praia, o sol
que nos aquece e a brisa mansinha
que acaricia a nossa pele: tudo nos
fala de um Criador e Pai, que viu
que tudo quanto fez é muito bom (cf.
Génesis 1, 31) para todos nós.
A criação leva-nos a Deus
É normal que O louvemos por
tantos benefícios. Contemplando a
beleza que Ele espalhou no Universo,
vem ao nosso coração, e até aos nossos
lábios, um hino de
adoração. São Paulo
exclama: “Deu-nos a
conhecer o mistério
de Sua vontade, conforme o projecto que
em Cristo se propôs,
a fim de realizá-lo na
plenitude dos tempos: unir sob uma
só cabeça todas as coisas em Cristo,
tanto as que estão no céu como as
que estão na terra” (Efésios 1, 9-10).
Por campos, montes e vales, ouvimos os passarinhos e lembramo-nos
da palavra de Jesus: “Olhai os pássaros
do céu: não semeiam, nem colhem,
nem guardam em celeiros, mas o Pai
celeste os alimenta. E vós valeis muito
mais do que todos os passarinhos do
mundo” (Mateus 6, 26).
Deus manda-nos aos irmãos
No contacto com a Natureza, encontramos a Deus; mas, em Deus,
encontramos a Humanidade. Há
sempre olhares ofuscados por muitos
motivos: a angústia, o medo de um
futuro sempre incerto, dores do corpo e dores da alma… É a esses que o
Senhor nos envia para os ajudarmos
a ler o livro mais belo das Suas maravilhas e nele encontrarmos as pegadas
do Criador: “Observai como crescem
os lírios do campo: não trabalham
nem fiam. Mas Eu vos digo que nem
Salomão com toda a sua glória se
vestiu como um deles. Se Deus veste
assim a erva do campo, quanto mais
vos vestirá a vós!” (Mateus 6, 29-30).
Tempo para a Missão
Tempo de descanso, de férias, de
pensarmos mais em nós e de tentarmos realizar alguns dos nossos sonhos.
É sempre tempo de missão, porque
depois de criar o Universo, Deus descansou e começou assim o tempo da
felicidade completa que nós tentamos
saborear durante estes dias que temos
para descansar, contemplar, adorar e
falar desse Deus tão maravilhoso e tão
bom em Quem pusemos toda a nossa
esperança, tanto para o presente como
para o futuro.
Justiça e Paz
Evangelizar o social
Por P.e António Carlos
[email protected]
É necessária hoje, no mundo da globalização, uma nova evangelização do social,
que ofereça luz para os desafios e exigências da justiça e do bem comum,
afirmou o Papa Bento XVI por ocasião dos 50 anos da encíclica Mater et Magistra
de João XIII.
Para marcar o 50.º aniversário da
Mater et Magistra, o Conselho Pontifício
Justiça e Paz organizou em Roma um
congresso internacional com o objectivo
de estudar e difundir a doutrina social
da Igreja, a partir da encíclica de João
XIII e da Caritas in Veritate de Bento
XVI.
A originalidade da Mater et Magistra
consistiu em trazer para a doutrina social
da Igreja os graves problemas do sector
agrícola e dos trabalhadores do campo,
dos famintos, a dificuldade de acesso
à terra para os que nela trabalham, os
desequilíbrios entre a agricultura, a
indústria e os serviços, e ainda as desigualdades entre os países desenvolvidos
e em vias de desenvolvimento.
JOÃO XIII NO SEU TEMPO
Na altura, o Papa João XIII sugeriu
três critérios para analisar e resolver os
problemas de então: a verdade, o amor
e a justiça, elementos que Bento XVI
retomou na Caritas in Veritate e aos
quais acrescentou o princípio do destino
universal dos bens, que continuam a ser
“os pilares para interpretar e procurar
solucionar também os desequilíbrios
internos da globalização actual”.
A encíclica surgiu num contexto
A Igreja, como “mãe
e mestra”, anima
mais do que reprova,
corrige mais do que
condena, ama mais
do recrimina.
marcado pela questão social, pelo papel
crescente dos sindicatos que reivindicam
a melhoria nas condições de trabalho,
pelo desequilíbrio entre o sector agrícola obsoleto e a rápida modernização
da indústria e dos serviços, pelas desigualdades entre países desenvolvidos
e subdesenvolvidos, pela queda dos
Encíclicas sociais
1891: Leão XIII: Rerum Novarum (situação dos trabalhadores)
1931: Pio IX: Quadragesimo Anno (reconstrução da ordem social)
1961: João XXIII: Mater et Magistra (Cristianismo e progresso social)
1963: João XXIII: Pacem in Terris (paz na Terra)
1967: Paulo VI: Populorum Progressio (desenvolvimento dos povos)
1971: Paulo VI: Octogesima Adveniens (convocação à acção)
1981: João Paulo II: Laborem Exercens (trabalho humano)
1987: João Paulo II: Sollicitudo Rei Socialis (solicitude social da Igreja)
1991: João Paulo II: Centesimus Annus (ano centenário)
2009: Bento XVI: Caritas in Veritate (desenvolvimento humano integral)
2
colonialismos e pelo aparecimento do
neocolonialismo depois da euforia das
independências.
Com o Papa Roncalli, a Igreja passa
a estar menos centrada em si mesma e
mais focada nas necessidades e angústias
da Humanidade, mais atenta aos “sinais
dos tempos”.
NOVIDADES
DA MATER ET MAGISTRA
As grandes novidades da Mater et
Magistra foram, em primeiro lugar,
como o título indica, o facto de a Igreja
se apresentar como “mãe e mestra”, que
anima mais do que reprova, corrige
mais do que condena, ama mais do
recrimina. Pela primeira vez um documento pontifício dirige-se não só
aos bispos, clero e fiéis, mas a “todos
os homens de boa vontade”. Nova foi
também a ideia de que a construção
de um mundo mais justo é tarefa de
todas as pessoas e instituições civis,
nacionais e internacionais, dos Estados
e dos sindicatos. É neste sentido que a
encíclica deu o seu apoio à Organização
Mundial do Trabalho e à Organização
das Nações Unidas para a Agricultura
e a Alimentação.
Na audiência aos 200 participantes no
congresso internacional que assinalou os
50 anos da Mater et Magistra, Bento XVI
indicou a “grande actualidade também
no mundo globalizado” do documento
pelas respostas que deu aos problemas
de então e que podem servir de critérios
de análise e solução aos desequilíbrios
de hoje.
FAMÍLIA COMBONIANA
Para a Missão em Portugal e na Europa
Por P.e Victor Dias
[email protected]
Comboni
animador missionário
O beato João Paulo II apelidou São
Comboni de “campeão da missão”.
África foi, de facto, a única paixão da
sua vida, o único amor desde a sua
juventude.
São Daniel Comboni foi um grande
missionário na África Central. Os Africanos chamavam-lhe Abuna Bitana – Pai
dos Negros – a ele que foi o primeiro
bispo daquela região. Lá, em África, trabalhou, enfrentou muitas dificuldades,
fundou missões, colégios e cooperativas
agrícolas, viu padecer alguns dos seus
missionários e acabou ele mesmo também por morrer em solo africano, com
apenas 50 anos. Deu todas as suas forças,
até ao último suspiro, por aqueles mais
de 100 milhões de africanos que viviam
longe da Igreja e da luz do Evangelho.
Africanos na Europa, a voz dos que não
tinham voz. Aproveitou tudo e todas as
ocasiões para falar de África e do imperioso que era a Igreja interessar-se por
aqueles povos, que ele apresentou como
os mais pobres e abandonados de todo o
mundo. Estava convencido de que tinha
chegado a “hora de África”, de que Deus
o tinha escolhido para ser o apóstolo
dos Africanos, e teve a inspiração, que
lhe veio de uma experiência mística, de
Animador missionário na Europa
São Daniel Comboni foi também um
grande animador missionário na Europa.
Desde quando partiu pela primeira vez
para África, em 1857, até à sua morte,
em 1881, decorreram 24 anos. Comboni
passou 8 destes anos em África e 16 na
Europa. Ou seja, ele dedicou mais tempo
à animação missionária na Europa do
que à missão em terras africanas (para
onde, porém, enviava os seus missionários e a colaboração dos benfeitores).
Isto mostra-nos como Comboni foi um
grande missionário tanto em África
como na Europa.
Nos 16 anos que Daniel Comboni
trabalhou na Europa como animador
missionário, ele percorreu quase todas
as capitais europeias, num tempo em
que não era tão fácil viajar. Foi a voz dos
FAMÍLIA COMBONIANA
elaborar um plano de evangelização de
África, quando muitos pensavam que
era uma tarefa impossível. A juventude
e o dinamismo da Igreja africana e a
nossa Família Comboniana testemunham que os esforços de Comboni não
foram em vão.
Convocou a todos para a missão
Na Europa, Daniel Comboni foi ao
encontro de todos para lhes falar de
África: autoridades políticas, reis e imperadores, autoridades religiosas, papa,
cardeais, bispos e sacerdotes, gente das
ciências, grupos, associações, movimentos, pessoas cultas e simples.
Quando não podia deslocar-se para
encontrar as pessoas, Comboni escrevia… e escreveu muito. Numa carta
dirigida ao bispo de Verona, Luís de
Canossa, em Maio de 1871, ele dizia
que desde Janeiro já tinha escrito 1347
cartas… em cinco meses! Algo impressionante se pensarmos na grande actividade que ele tinha, e que naquele tempo
não havia computadores! Além de cartas
familiares e oficiais, Daniel Comboni
também escreveu muitos relatórios
sobre a missão em África, e começou
uma revista missionária – Anais do Bom
Pastor – para apoiar a sua animação missionária na Europa. Escreveu também
três documentos oficiais: “Regras do
Instituto das Missões para a Nigrizia”,
sobre a formação dos missionários; “Plano para a Regeneração de África”, sobre a
nova metodologia de evangelização em
África; e o “Postulado”, um pedido a toda
a Igreja reunida no Concilio Vaticano I,
para voltar a sua atenção e forças para a
evangelização de África.
Animação eficaz
A animação de Daniel Comboni na
Europa foi eficaz, porque era feita com
muito entusiasmo, esperança e paixão
por África; foi credível, porque era
fundada sobre a sua experiência vivida
em África; era precisa, pois ele lia tudo
sobre a História de África, da Igreja e da
Missão; e era convincente, pois levava as
pessoas a comprometerem-se.
3
Diário da missão
Novo país, nova missão
O P.e Manuel Pinheiro é o responsável pelos estudantes de Teologia combonianos,
em Lima, capital do Peru, desde Fevereiro deste ano. No seu «diário da missão»,
conta a experiência de um novo país e a visita a uma comunidade cristã na
periferia da cidade.
Cheguei ao Peru no dia 25 de Fevereiro, véspera dos meus anos. O tempo era
quente e muito húmido. Mesmo sendo
muito húmido, pelo menos vê-se o Sol. O
Outono está à porta e, com ele, a neblina
que cobre constantemente Lima. Nunca
chove. No meu aniversário, cozinharam
o ceviche (peixe cru com limão, cebola
e piripiri), que eu não consegui comer.
Ainda bem que havia arroz com
milho.
Na comunidade somos dois
sacerdotes e 14 estudantes de
onze nacionalidades e de três
continentes. As condições de vida
nesta comunidade são, por opção,
bastante austeras: lavamos a roupa e cuidamos da casa.
rosíssimos e disputam acerrimamente
o espaço e os clientes. São baratos e
levam-nos a todo o lado. Agora já não
os vejo como instrumentos de tortura e
quando encontro um assento disponível
até me parece um táxi de luxo!
As pessoas ainda são um mistério
para mim, muito diferentes das que
tenho encontrado noutros lados. Aqui,
Bom ambiente
Apesar de uma vida bastante austera
e da casa ser velha e mal arranjada, o
ambiente com os estudantes tem superado as minhas expectativas. Há espírito
de colaboração, de sacrifício e um forte
sentido de pertença. Isto ajuda a superar
as dificuldades que vão surgindo. Fico
edificado com a sua entrega e doação
aos mais pobres no apostolado de
fim-de-semana e que exige muito
deles. O meu colega formador, P.e
Sergio Agustoni, é um homem de
Deus e de uma bondade extraordinária. Tem sido uma presença
serena e de grande ajuda neste
trabalho que faremos juntos e que
requer colaboração, compreensão
e ajuda mútua.
Autocarros e pessoas
Também tive a oportunidade
A zona onde vivemos é uma P.e Manuel Pinheiro, terceiro de pé, a contar da direita para de estar presente na abertura do
zona tranquila de classe média. a esquerda
novo ano académico no ISET
Lima tem zonas bonitas e vê-se que em Lima, são uma mistura de povos e (universidade) e fiquei positivamente
procuram melhorá-la. Infelizmente, as suas reacções são próprias de gente impressionado. Ao falar com o director
aumentam também os «assentamentos sofredora. Há gentes da costa, indíge- para tratar de algum caso dos nossos
humanos» ou bairros-de-lata. Os auto- nas da serra (descendentes dos Incas) e estudantes, pude comprovar a seriedade
carros, velhos e obsoletos, são nume- nativos da selva.
do ISET.
Baptismo pastoral
Por opção, eu e os estudantes só usamos os transportes públicos. De nossa
casa até aos bairros onde trabalhamos são duas horas de viagem de autocarro.
Mudamos de autocarro três vezes. Cada vez que se muda, muda-se para uma
carripana mais pequena, atafulhada de gente. Imaginem viajar numa carrinha
Volkswagen de pé, curvados para não bater com as cabeças no tecto. Passa-se por
algumas das partes mais bonitas da cidade à beira-mar (oceano Pacífico) até que
se começam a ver os morros de areia e pedras repletos de casario amontoado de
qualquer maneira. À medida que nos aproximamos, apercebemo-nos da pobreza
extrema daquelas gentes: sem água, luz, esgotos, sem qualquer privacidade. Entrei
na pobre capela (uma barraca maior e com luz) e já me senti mais confortável.
Pelo menos tinha uma cadeira de plástico que me concedeu um pouco de conforto à minha espinha dorsal. E como sempre acontece, eis o milagre: o sorriso
das crianças e das poucas pessoas que participam na celebração.
6
FAMÍLIA COMBONIANA
Linha directa
«A Igreja tem uma grande responsabilidade
na construção do Sudão do Sul»
No dia 9 de Julho, nasceu o 54.º país africano, o Sudão do Sul, cristão e animista,
que se separou oficialmente do regime islâmico do Norte. Em entrevista à
agência Zenit, D. Cesare Mazzolari, bispo comboniano de Rumbek (Sudão do Sul)
fala da necessidade de reconciliação e desenvolvimento para o futuro país.
Qual é a posição da Igreja Católica?
E de que forma os cristãos podem ajudar ao nascimento e desenvolvimento
do Sudão do Sul?
Para um país que tem a taxa mais
alta de pessoas analfabetas no mundo
(somente 15 % dos homens e
9 % das mulheres sabem ler e
escrever), agora, mais do que
nunca, precisamos formar a
classe dirigente do futuro para
que a autodeterminação deste
povo seja plena e madura.
Como Igreja, temos, ainda hoje,
uma grande responsabilidade
na construção do novo Estado:
devemos ensinar a arte paciente
do diálogo, da comunicação e
da reconciliação, para colocar
as bases de um novo país que
praticamente só conhece o caminho da violência.
terra martirizada pela guerra civil e
pela pobreza. Por isso, sustentamos as
instituições de uma embaixada italiana
em Juba, que poderia naturalmente pôr
em marcha uma mudança significativa
nesta direcção.
Como vai erigir o primeiro centro para a formação
de professores sul-sudaneses?
Actualmente, estamos a
construir um centro para professores em Cuiebet, localidade
a 80 quilómetros de Rumbek. É
Bispo D. Cesare Mazzolari
uma escola que formará, cada
Como podem contribuir as instiano, 30 professores capazes de oferecer
uma instrução básica a mais de 5000 tuições internacionais, os governos e
crianças, somente nos primeiros cinco as Igrejas cristãs para a realização dos
anos de actividade. Levar a cabo esta projectos de desenvolvimento para o
obra requer o compromisso das insti- Sudão do Sul?
Infelizmente, o Sudão do Sul é o país
tuições internacionais; o nosso apelo
vai para elas, para que possam dar um mais pobre do mundo: 90 % dos habinovo impulso aos projectos, nesta tantes vive com menos de um dólar por
FAMÍLIA COMBONIANA
dia. No entanto, a superfície e o subsolo
deste país escondem enormes riquezas
a serem descobertas: petróleo, ouro, madeiras preciosas, como ébano e mogno.
Faltam pessoas que saibam explorar esta
riqueza para dá-la a conhecer dentro e
fora das fronteiras do Sudão do
Sul. A ideia de construir uma
carpintaria dirige-se precisamente a isso: investir no Sudão
do Sul, dando a possibilidade
aos cidadãos de trabalhar os
recursos que a terra oferece.
Que dificuldades prevê encontrar e quais os recursos humanos a serem mobilizados?
Não teremos a integração
imediata, razão pela qual o
Norte e o Sul deverão aceitar ser
pobres pelo menos por mais dez
anos. Não há hospitais, escolas,
fontes de água, infra-estruturas. Será necessária a ajuda da
comunidade internacional para
alcançar muitos dos objectivos que a independência trará
consigo. Os contínuos ataques
provocadores do Governo de
Cartum, com a ocupação militar da área de Abyei, disputada
pelos jazigos petrolíferos de
que dispõe, convidam claramente à
guerra. Mas o Governo do Sul reage às
provocações, fazendo-as cair no vazio. A
atmosfera, portanto, não é a mais serena,
mas estou convencido de que o povo está
decidido a alcançar a independência, e
uma demonstração disso é suportar silenciosamente o Governo de Cartum.
7
Missão é notícia
4.º ENCONTRO NACIONAL DOS COM
Decorreu, no passado dia 10 de
Junho, o 4.º Encontro Nacional dos Cenáculos de Oração Missionária (COM)
nos Missionários Combonianos de
Famalicão.
Estiveram presentes cerca de 120
pessoas, representantes de mais de 30
COM das dioceses de Braga, Porto,
Aveiro e Coimbra.
O dia começou com uma oração
que, à semelhança dos COM, se iniciou
com a invocação do Espírito e com uma
leitura bíblica.
O tema deste 4.º Encontro foi «Encontro com Deus, encontro com os
Homens». Neste sentido, a formação
da manhã fundamentou-se em três pilares: convocados, amados e enviados.
Isto implica que todos somos amados
e chamados por Deus a evangelizar nos
diversos contextos.
Neste dia, em que se celebrou o Anjo
de Portugal, a parte da manhã terminou
com a eucaristia presidida pelo P.e Silvério Malta e com a presença dos padres
Alberto Silva, José Arieira, Inácio Babo,
Francisco Machado e Abílio Simães.
Depois do almoço partilhado, houve
um convívio onde os diversos COM
apresentaram peças de teatro e canções.
Antes da oração e bênção final, realizada pelo P.e Alberto Silva, o P.e Carlos
Nunes, que esteve na Zâmbia e no Malawi, deu o seu testemunho.
Ao longo do dia foram lidos alguns
passos da carta que o P.e Claudino (que
não pôde estar presente) escreveu, a
propósito deste encontro, exortando a
que os COM perseverem e se multipliquem.
No próximo ano, os COM celebram
25 anos, pelo que se estão a preparar
outras actividades para festejar esta data,
como o 5.º Encontro Nacional que será
no dia 1 de Maio.
Os COM são pequenos grupos de
vizinhos, que se reúnem regularmente,
para apoiar com a sua oração a actividade missionária da Igreja. Em geral,
são fundados e orientados por um(a)
colaborador(a) comboniano(a).
Aniversários de
ordenação sacerdotal
30 de Agosto: P.e Avelino Maravilha
(25 anos de ordenação sacerdotal)
30 de Agosto: P.e Luís Filipe Dias
(25 anos de ordenação sacerdotal)
PEREGRINAÇÃO
COMBONIANA A
FÁTIMA
Será no dia 30 de Julho, sábado,
com o seguinte programa:
11h00: Eucaristia na Igreja da
Santíssima Trindade
Tempo para almoço
15h30: Celebração mariana na
Igreja da Santíssima
Trindade
17h00: Despedida
Pessoas que participaram no encontro dos COM
«FAMÍLIA COMBONIANA»
Propriedade: Missionários Combonianos do Coração de Jesus
Pessoa Colectiva nº 500139989
Director: António Carlos Ferreira
Redacção: Fernando Félix/Carlos Reis
Grafismo: Luís Ferreira
Arquivo: Amélia Neves
8
Redacção e Administração: Calç. Eng. Miguel Pais, 9
1249-120 LISBOA
Redacção: Tel. 21 395 52 86 / Fax 21 397 03 44
E-mail: [email protected]
Administrador: Manuel Ferreira Horta
Administração: Fax: 21 390 02 46
E-mail: [email protected]
Nº de registo: 104210
Depósito legal: 7937/85
Impressão:
Jorge Fernandes, Lda.
Rua Quinta do Conde Mascarenhas, 9
2825-259 CHARNECA DA CAPARICA
Tiragem: 31.900 exemplares
FAMÍLIA COMBONIANA
Download

Deus criou o descanso