UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL
DECON – DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS
NA EMPRESA RECARGA DE EXTINTORES E
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO PANAMBI LTDA
(Trabalho de Conclusão de Curso)
Acadêmica: Marlene Beilfuss
Profª Orientadora: Ms. Eusélia Paveglio Vieira
Ijuí (RS), junho/2010
2
UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
DECON – DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS
NA EMPRESA RECARGA DE EXTINTORES E
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO PANAMBI LTDA
Trabalho apresentado para a obtenção do
título de Bacharel em Ciências Contábeis,
junto a Universidade Regional do
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
Acadêmica: Marlene Beilfuss
Profª Orientadora: Ms. Eusélia Paveglio Vieira
Ijuí (RS), junho/2010
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por me conceder o dom maior, a vida, e pela alegria deste
dia: Obrigada Senhor.
Agradeço a minha família, pelo apoio, pelo incentivo diante das dificuldades
encontradas durante a minha jornada. A eles muito obrigada pela paciência e
compreensão.
A todos os professores e professoras, pela dedicação, pelos ensinamentos
que levarei comigo. Em especial agradeço minha professora orientadora MSc.
Eusélia Paveglio Vieira, pela paciência, dedicação que recebi durante o
desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão do Curso.
Aos meus colegas e amigos, divertimos, estudamos, lutamos, conquistamos e
vencemos mais uma fase, de agora em diante ficará a lembrança e a saudade.
Enfim, agradeço ao casal proprietário da empresa pela disponibilidade,
cuidado e provimento de dados, que sem isto o trabalho de conclusão do curso não
seria possível ser realizado.
4
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................9
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ............................................................... 11
1.1 Área do Conhecimento................................................................................. 11
1.2 Caracterização da Entidade ......................................................................... 11
1.3 Problematização do Tema...........................................................................13
1.4 Objetivos ...................................................................................................... 15
1.4.1 Objetivo Geral.................................................................................................. 15
1.4.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... 15
1.5 Justificativa ................................................................................................... 16
1.6 Metodologia .................................................................................................. 16
1.6.1 Classificação da Pesquisa ............................................................................ 17
1.6.2 Método de Pesquisa Científica do Ponto de Vista de sua Natureza ...... 17
1.6.3 Método de Pesquisa do Ponto de Vista dos seus Objetivos ................... 18
1.6.4 Método de Pesquisa do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos . 18
1.6.5 Plano de Coleta de Dados ............................................................................ 19
1.6.6 Instrumentos de Coleta de Dados................................................................ 20
1.6.7 Plano de Análise e Interpretação dos Dados ............................................. 21
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA .............................................................................. 22
2.1 Contabilidade ............................................................................................... 22
2.1.1 Finalidades da Contabilidade........................................................................ 23
2.1.2 Aplicação da Contabilidade ........................................................................... 23
2.2 Contabilidade de Custos .............................................................................. 24
2.2.1 Objetivos da Contabilidade de Custos ........................................................ 26
2.3 Custos com Mão-de-obra ............................................................................. 27
2.3.1 Mão-de-obra Direta ........................................................................................ 28
5
2.3.2 Mão-de-obra Indireta ...................................................................................... 31
2.4 Classificação dos Custos ............................................................................. 32
2.4.1 Custos Diretos ou Primários ......................................................................... 32
2.4.2 Custos Indiretos .............................................................................................. 33
2.4.3 Custos Fixos .................................................................................................... 34
2.4.3.1 Custos com Depreciação ....................................................................... 36
2.4.4 Custos Variáveis ............................................................................................. 38
2.4.5 Custo-padrão ................................................................................................... 40
2.5 Método de Custeio ....................................................................................... 41
2.5.1 Custeio por Absorção ..................................................................................... 42
2.5.2 Custeio Variável .............................................................................................. 43
2.6 Formação do Preço de Venda ..................................................................... 46
2.6.1 Formação do Mark-up .................................................................................... 49
2.7 Apuração da Margem de Contribuição ......................................................... 50
2.8 Ponto de Equilíbrio ....................................................................................... 52
2.9 Margem de Segurança Operacional............................................................. 55
3 GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS NA EMPRESA RECARGA
DE EXTINTORES E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO: Estudo de Caso ............ 56
3.1 Descrição das Atividades da Empresa ............................................................. 56
3.2 Custo de Aquisição das Mercadorias ............................................................... 59
3.2.1 Custo de Aquisição dos Produtos para Venda ......................................... 59
3.2.2 Custo de Aquisição das Matérias Primas para os serviços ....................... 61
3.3 Despesas Mensais ........................................................................................... 63
3.3.1 Despesas com Pessoal ............................................................................. 63
3.3.2 Despesas com Depreciação ..................................................................... 64
3.3.3 Total das Despesas Mensais .................................................................... 65
3.4 Formações dos Preços de Venda dos Produtos e Serviços............................ 70
3.4.1 Preço de Venda Orientativo ...................................................................... 73
3.4.2 Preço de Venda Mínimo ............................................................................ 75
3.4.3 Comparações entre Preço de Venda Atual com o Preço Orientativo e o
Preço Mínimo ..................................................................................................... 77
3.5 Análises da Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio e Margem de
Segurança ............................................................................................................. 79
3.5.1 Margem de Contribuição pelo Preço de Venda Atual................................ 80
6
3.5.1.2 Margem de Contribuição pelo Preço de Venda Orientativo .................. 82
3.5.2 Ponto de Equilíbrio .................................................................................... 85
3.5.2.1 Ponto de Equilíbrio pelo Preço de Venda Atual ..................................... 85
3.5.2.2 Ponto Equilíbrio pelo Preço de Venda Orientativo.................................. 88
3.5.3 Margem de Segurança .............................................................................. 90
3.5.3.1 Margem de Segurança Operacional Preço de Venda Atual ................. 90
3.5.3.2 Margem Segurança Operacional Preço de Venda Orientativo ............. 92
3.6 Levantamentos das Principais Informações que o Sistema de Custos
Proporciona para o Gerenciamento da Organização ............................................. 94
3.6.1 Apuração do Resultado baseado Preço Venda Atual .............................. 94
3.6.2 Apuração do Resultado com base Preço Orientativo ................................ 97
CONCLUSÃO ......................................................................................................... 100
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 102
7
LISTA DE QUADROS
Quadro 1:
Numero Maximo de horas a disposição por ano.....................
27
Quadro
Base 2:
para Cálculo do Custo com Pessoal................................................
28
Quadro 3:
Numero de horas que o Trabalhador Oferece à Empresa.......
28
Quadro 4:
Taxa de depreciação...............................................................
35
Quadro 5:
Custeamento Variável x Custeamento por Absorção.............
43
Quadro 6:
Custo de Aquisição dos Produtos...........................................
59
Quadro 7:
Custo da Matéria Prima dos Serviços.....................................
61
Quadro 8:
Despesas com Pessoal...........................................................
63
Quadro 9:
Despesas com Depreciação...................................................
64
Quadro 10:
Despesas Médias do Período................................................
65
Quadro 11:
Preço Venda Atual x Quantidade Venda Média Mensal.........
66
Quadro 12:
Formação Mark-up..................................................................
69
Quadro 13:
Formação do Preço de Venda Orientativo..............................
72
Quadro 14:
Formação do Preço de Venda Mínimo sem Lucro..................
74
Quadro 15:
Comparação Preço Praticado c/Preço Orientativo e Mínimo..
76
Quadro 16:
Margem de Contribuição Unitária e Total pelo Preço Atual....
78
Quadro 17:
Margem Contribuição pelo Preço Venda Orientativo..............
80
Quadro 18:
Ponto de Equilíbrio baseado no Preço Venda Atual...............
82
Quadro 19:
Ponto de Equilíbrio Baseado Preço venda Orientativo...........
84
Quadro 20:
Margem de Segurança Operacional p Preço Venda Atual.....
86
Quadro 21:
Margem de Segurança Operacional p Preço Orientativo.......
88
Quadro 22:
Apuração Resultado baseado Preço Venda Atual..................
90
Quadro 23:
Apuração Resultado Baseado Preço venda Orientativo.........
93
8
LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS
Figura 1:
Organograma da Empresa........................................................
13
Figura 2:
Coleta do Dado para Informação...............................................
25
Figura 3:
Classificação dos Custos em Diretos e Indiretos......................
34
Figura 4:
Classificação dos Custos...........................................................
40
Figura 5:
Fluxograma dos produtos..........................................................
56
Figura 6:
Fluxograma do processo recarga conforme Normas Inmetro...
57
Gráfico1: Despesas médias mensais........................................................
65
9
INTRODUÇÃO
As organizações sempre estão em constantes transformações, batalhando
em busca da eficiência e produtividade e, para isso, aliam-se nas informações
proporcionadas pela gestão de custos, onde os gestores retiram informações
preciosas para alcançarem o menor custo possível para seus produtos e serviços,
obtendo um retorno que possibilite a sua manutenção e permanência no mercado
competitivo.
Neste contexto, o objetivo deste de trabalho de conclusão de curso foi
apresentar uma metodologia de Gestão de Custos e Formação de Preços na
empresa Recarga de Extintores e Equipamentos de Proteção Ltda, localizada na
cidade de Panambi (RS), revendo os custos de seus produtos e serviços prestados.
Primeiramente o trabalho de conclusão de curso demonstra a descrição do
estudo que aborda o tema, que se refere a uma metodologia de Gestão de Custos e
Formação de Preços na empresa Recarga de Extintores e Equipamentos de
Proteção Panambi Ltda, seguido da caracterização da entidade. Posteriormente,
apresenta-se o problema do estudo que se direciona em pesquisar como a Gestão
de Custos e a Formação de Preços, pode ajudar a empresa na forma de apurar os
custos dos produtos por ela comercializados e serviços oferecidos, bem como na
formação do preço de venda dos mesmos, acompanhado dos objetivos geral e
específicos,
da
justificativa
e
da
metodologia,
considerando
os
aspectos
relacionados à metodologia a ser aplicada no estudo, a disposição da pesquisa, e os
dados coletados.
10
No segundo momento, apresenta-se a revisão bibliográfica, que dá suporte e
implementa tudo aquilo exposto na contextualização do estudo. Iniciando pela
contabilidade, gestão de custos, custo dos produtos e custo dos serviços oferecidos,
quanto à classificação dos custos, ao método de custeio, a formação do preço dos
produtos vendidos e serviços prestados, apuração da margem de contribuição,
ponto equilíbrio, margem de segurança operacional e depreciação. A contemplação
desses conceitos e informações foi essencial para execução do estudo aplicado na
prática.
No capítulo terceiro deste relatório consta o estudo aplicado desenvolvido na
empresa, desde a descrição das atividades, ou seja, todo o fluxo do serviço de
recarga , bem como a entrada dos produtos na Empresa, seguido dos cálculos do
custo com matéria-prima, custo com pessoal, depreciação, apuração despesas
mensais, Mark-up, formações dos preços orientativos, mínimos, comparações entre
o preço praticado e orientativo, análises das margens de contribuição, ponto
equilíbrio , margem de segurança operacional e as devidas apurações de resultado
pelo preço praticado e pelo preço orientativo.
Finalmente, o trabalho apresenta o cronograma das ações aplicadas e a
bibliografia consultada na sua realização.
11
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO
Na contextualização está relatada a Área do Conhecimento, Caracterização
da Entidade, Problematização, Objetivos Geral, Objetivos Específicos, Justificativa e
a Metodologia.
1.1 Área do Conhecimento
Este estudo foi realizado em uma das possibilidades de atuação do bacharel
em Ciências Contábeis, que é a Contabilidade de custos, tendo como tema a
proposição de uma Gestão de Custos e Formação de preços na empresa Recarga
de Extintores e Equipamentos de Proteção Panambi Ltda.
1.2 Caracterização da Entidade
A empresa Recarga de Extintores e Equipamentos de Proteção Panambi
Ltda, iniciou suas atividades no ano de 2007, é constituída por dois sócios, e o
enquadramento fiscal é optante pelo simples nacional. No ano de 2007 os sócios
proprietários e fundadores, Joares da Silva e Maria Reuter da Silva, iniciaram suas
atividades em Panambi, mantendo residência na cidade próxima de Cruz Alta/RS,
de onde diariamente o sócio Joares se deslocava até Panambi para gerenciar seu
negócio.
Até então, ambos os sócios atuavam apenas como funcionário de uma
empresa na cidade origem, o casal no intuito de ter seu próprio negócio, apostaram
na área da qual já tinha conhecimento e pesquisando o mercado local, concluíram a
viabilidade do negócio.
Em julho de 2008 o casal transferiu definitivamente sua residência para a
cidade onde o negócio funciona, agora com auxilio da sócia Maria, e mais dois
colaboradores o que contribui para o desenvolvimento do negócio da organização.
12
Com a idéia de reinvestir todo valor adquirido dentro da própria empresa o sócio
Joares no inicio do segundo semestre de 2008, retorna a ser empregado em outra
empresa, na própria cidade de Panambi /RS, para o sustento familiar, deixando o
gerenciamento para sua sócia Maria, enquanto ele auxilia após seu expediente, na
organização e dificuldade encontradas pela equipe que trabalha na organização.
O serviço principal é a recarga de extintores. É o que consideram a parte mais
lucrativa do negócio, bem como venda de diversos equipamentos de segurança e
prevenções de incêndio, dos quais se pode destacar os calçados de segurança nos
diversos números, as luvas e também os extintores novos. A empresa mantém um
pequeno estoque, já que a logística atual permite em pouco tempo o pronto
atendimento de pedidos para seus clientes.
O serviço de recarga de extintores é um processo bem monitorado e liberado
somente mediante certificado do Inmetro o que qualifica o serviço através do selo
de
qualidade, no qual consta o prazo de validade, todo o serviço inicia com a
retirada do extintor no cliente, emite-se uma ordem de serviço para definir o tipo de
manutenção a ser realizada, existe a manutenção 1º, 2º e 3º nível, sendo que a
ultima envolve o processo de decapagem do recipiente e posteriormente o teste
hidrostático e pintura com a retirada da pressão e do pó, que pode ser descartado
ou reutilizado conforme a procedência, ou melhor a empresa adquiriu uma maquina
que pode tratar o pó para ser reutilizado por mais de 4 anos, uma vez tratado dentro
das normas de exigência do Inmetro, trará maiores lucros no futuro, desde que
mantenha os clientes durante esse período, após feito a seleção do pó é feito a
desmontagem do extintor, para conferir e testar as peças reutilizáveis, fazer a
limpeza e trocar os anéis da borracha, somente após este processo é confeccionada
a nova recarga que ocorre dentro de uma cabine que controla a umidade do ar, pois
a umidade é a grande rival do pó, e após a carga efetiva, é feito a pesagem em uma
balança zerada que pode pesar as diferentes recargas, entre elas 2kg até 14kg
conforme a necessidade, e finalmente depois de fechado o extintor é pressurizado
(colocar pressão) que é feito em uma maquina que marca com precisão a pressão
que deve atingir, o que fica registrado no manômetro, ainda existe o extintor que tem
mangueira a qual é substituída por uma nova, finaliza-se com o teste de qualidade,
feito dentro de uma tanque com água, por um determinado tempo para ver se tem
13
vazamento, o que então permite a selagem
e assim estará pronto para
revenda.Todo esse serviço só pode ser executado por funcionários com devido
treinamento, o qual é inspecionado por um técnico que é o sócio Joares, ele, é
devidamente credenciado pelo Inmetro. A sócia Maria tem a função de assessorar
nas atividades da empresa, onde tem mais conhecimento, tanto na parte
administrativa como na relacionada as vendas dos produtos e serviços.
SÓCIO 1
GERENTE
COMPRAS
VENDAS
VENDEDOR
EXTERNO
SÓCIO 2
ADMINIST
FINANCEIRO
SERVIÇOS
FUNCIONARIO
INTERNO
Figura 1: Organograma da Empresa
Fonte: Dados conforme pesquisa
Segundo organograma apresentado na figura 1, a empresa é composta por
um sócio gerente, um sócio administrador e mais dois colaboradores. A empresa
possui um setor compras, vendas, financeiro e serviços. Quem administra a empresa
são seus sócios, sendo Maria mais a nível operacional e tático, tendo no estratégico
o auxilio do sócio Joares.
1.3 Problematização do Tema
A contabilidade de custos é uma parte do sistema de informações
contábeis, nela se busca a base para o desempenho administrativo e operacional,
onde são calculados e demonstrados os meios viáveis para reduzir custos e
14
controlar as despesas, o que possibilita um planejamento, orçamento e controle
mais coerente na tomada de decisões.
No mercado competitivo, cada vez mais é exigida qualidade e tecnologia nos
serviços, acompanhamento por preços mínimos nas vendas dos produtos, tornado
necessário o aprimoramento contínuo de seus instrumentos de gestão. Nesta
análise, o profissional Contador, precisa ser um assessor para indicar a forma
efetiva de apurar custos, tornado estas informações instrumentos necessários para
melhor gerenciar os custos dos serviços e produtos revendidos, estar a par dos
preços da concorrência, para perceber se o preço de venda orientativo, pode ser
alterado dentro do orçado e planejar estratégias para adaptar sua estrutura de
custos e formar preços competitivos no mercado.
A empresa em estudo Recarga de Extintores e Equipamentos de Proteção
Panambi Ltda, não possui um sistema de custos, apura os custos dos produtos
revendidos pela compra mais o frete, e sobre esse total aplica-se um percentual
direto que resulta no preço de venda, e quanto aos serviços seu preço é composto
pela matéria prima, o tempo hora que leva para concluir o serviço e sobre o
resultado desta adição, aplica-se um percentual determinado pelo empresário. Neste
contexto, observa-se que a forma de cálculo está deficiente, tanto na formação do
custo dos serviços quanto no calculo do preço de venda de seus produtos e
serviços, sabendo que existem outros fatores a serem considerados.
A análise deste caso pretende auxiliar a empresa no sentido de apurar melhor
seus custos de serviços e dos produtos, bem como, auxiliar na formação de preços
de venda. Sendo a contabilidade de custos, uma ferramenta encontrada pela
contabilidade para auxiliar no planejamento e análise desses processos, foi
desenvolvido a apuração mediante adoção, dos métodos de custeio por absorção e
custeio variável, evidenciando os meios de formar o preço de venda ideal, preço de
venda mínimo e preços de seus serviços, apontando se o serviço ou o produto
contribuem com a maior margem, além de ajudar analisar demais informações,
como o ponto de equilíbrio, a margem de segurança, entre outros dados que podem
contribuir os gestores, no gerenciamento mais seguro e próximo da realidade e que
proporcione resultados positivos na organização.
15
Neste sentido, conforme o exposto questiona-se: Qual é a contribuição da
gestão de custos e formação de preços para que os gestores tenham subsídios no
gerenciamento das atividades da empresa Recarga de Extintores e Equipamentos
de Proteção?
1.4 Objetivos
Com objetivo da empresa aprimorar seu sistema de custos foi definido o
objetivo geral e os objetivos específicos.
1.4.1 Objetivo Geral
Propor um modelo de gestão de custos e preços na empresa Recarga de
Extintores e Equipamentos de Proteção, que proporcione informações relevantes
para atender a deficiência existente na formulação de seus cálculos.
1.4.2 Objetivos Específicos
⇒ Revisão bibliográfica referente custos, gestão de custos, formação de
preços e análise do custo, volume lucro;
⇒ Mapear os serviços prestados empresa;
⇒ Apurar o custo de compra de mercadorias;
⇒ Levantar as despesas operacionais e administrativas da empresa;
⇒ Calcular o preço de venda orientativo, o preço mínimo e preços para
negociações especiais com a analise do custo, volume e lucro;
⇒ Identificar as informações que o sistema disponibiliza para qualificar o
processo de negociações com clientes e avaliação de desempenho da
atividade
16
1.5 Justificativa
O motivo principal deste estudo foi demonstrar a importância de um sistema
de Gestão de Custos e Formação de Preços de venda, para melhor condução do
negócio, tendo informações com a devida qualidade para poder atingir um
desempenho a um menor custo, ganhando lucratividade e competitividade no
mercado.
O estudo para a empresa, trouxe muitos benefícios, pela implantação da
forma de apurar o custo unitário e total de cada tipo produto comercializado, bem
como uma maior segurança no calculo do custo dos serviços prestados, uma vez
que produtos e serviços apresentam custos diferenciados. Com essas informações a
empresa tem a possibilidade de determinar o preço de venda do produto, preço dos
serviços, apurar a margem de contribuição, ponto de equilíbrio, contribuindo
satisfatoriamente na tomada das decisões estratégicas e operacionais da empresa.
Para mim, enquanto formanda do curso, foi o momento de aplicar a teoria
estudada na realidade de uma empresa, e aprofundar os conhecimentos construídos
durante os vários anos em estudo e no exercício da profissão Contábil
Para o Curso de Ciências Contábeis da Unijui, é um estudo desenvolvido na
área de gestão de custos e formação de preços, aplicado em um tipo de negócio
que até então foi pouco explorado pelos colegas, e poderá contribuir com os outros
estudantes que tiverem interesse nesse tipo de atividade e nessa área de
conhecimento.
1.6 Metodologia
A metodologia do trabalho consiste em detalhar as formas e os processos
utilizados na Contabilidade de custos. O estudo foi desenvolvido com o objetivo de
propor um sistema de Gestão de custos e formação de preços na empresa em
estudo.
17
1.6.1 Classificação da Pesquisa
Nesta etapa, com o assessoramento, pesquisa e estudo, o trabalho de
conclusão
possibilita
desenvolver
um
relatório
seguro
fundamentado
pela
metodologia de um sistema de apuração de Custos e Formação de Preços de
Venda e Serviços Prestados para a empresa em estudo.
Nesse contexto, conforme o artigo 8º do Regulamento do Trabalho de
Conclusão de Curso da Unijui, citado por Kroetz (2009), o tema deste estudo deu
origem a um relatório técnico científico, decorrentes de estudos e ou pesquisas
ligadas envolvendo temas, questões, hipóteses ou outras situações ligadas ao
campo do conhecimento contábil.
1.6.2 Método de Pesquisa Científica do Ponto de Vista de sua Natureza
A pesquisa científica do ponto de vista de sua natureza pode ser básica ou
aplicada, conforme Roesch (1999) na pesquisa básica procura-se entender e
explicar os acontecimentos. As questões básicas de pesquisa surgem de tradições
oriundas das disciplinas específicas e as contribuições para a ciência tomam a forma
de teorias, que esclarecem o fenômeno sob investigação. Os pesquisadores testam
e geram novas teorias, porém, a pesquisa básica não é apropriada para o estágio
profissional, pois o objetivo maior é um trabalho dirigido para a prática. Na pesquisa
aplicada, os pesquisadores operam com problemas humanos. Entender a natureza
de um problema para controlar o ambiente. A origem das questões de pesquisa é
enfocada em problemas e preocupações das pessoas com idéia voltada para gerar
soluções possíveis para os problemas humanos, com o propósito de entender como
lidar com um problema, discuti-lo e utilizar um referencial teórico de determinado
estudo, para apresentar soluções alternativas.
Quanto ao tema estudado, qualifica-se como pesquisa aplicada, sendo que, a
sugestão em estudo, foi indicar a implantação de um sistema de custos de produtos
e serviços, bem como adotar métodos eficazes na formação de preço de venda,
18
para a qual houve estudo de aplicação teórica - prática envolvendo a empresa
estudada.
1.6.3 Método de Pesquisa do Ponto de Vista dos seus Objetivos
Toda e qualquer classificação se faz mediante algum critério. Assim, é
possível classificar com relação ao objetivo da pesquisa em três grupos:
exploratórias, descritivas ou explicativas.
Conforme Gil (2002), a pesquisa exploratória tem como objetivo ajustar maior
familiaridade com o problema, com vistas a torná-los mais claro ou a estabelecer
teorias. Afirma-se que, essas pesquisas apresentam como objetivo principal o
aperfeiçoamento de idéias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é
bastante flexível, de modo que permite realizar as considerações dos mais variados
aspectos relativos ao fato estudado. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas
com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e
análise de exemplos que estimulem a compreensão.
O tema estudado se caracterizou como pesquisa exploratória, pois envolveu
levantamento bibliográfico e entrevistas com pessoas que atuam na prática com o
problema pesquisado.
1.6.4 Método de Pesquisa do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos
Com relação aos procedimentos técnicos, a pesquisa pode ser classificada
como bibliográfica documental e estudo de caso.
Conforme Gil (2002, p.63) “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base
em material já elaborado, apresentando principalmente livros e artigos científicos.”
Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas
bibliográficas.
19
As pesquisas sobre os vários assuntos, assim como as que se indicam a
avaliar os diversos
estilos
de um problema, ao mesmo tempo costumam ser
ajustadas quase que somente mediante fontes bibliográficas. A pesquisa
documental utiliza-se de materiais que não ganharam ainda um tratamento analítico,
ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa.
Enquanto na pesquisa bibliográfica as fontes são formadas especialmente por
material impresso encontradas nas bibliotecas, na documental, as fontes são mais
variadas e espalhadas, localizadas em órgãos públicos e instituições privadas, são
exemplos as associações científicas, sindicatos, partidos políticos etc.
Entre os vários procedimentos técnicos no qual o trabalho se enquadrou,
como sendo uma pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso.
1.6.5 Plano de Coleta de Dados
O levantamento de dados referente custos de produtos, serviços e formação
de preços, foi colhida através de interrogações na forma de entrevista
despadronizada com os gerentes da empresa, para que se construíssem os
objetivos propostos, a investigação apoiu-se em livros, apostila e internet, durante o
período de julho/2009 a maio/2010.
Para Gil (2002) as pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação
direta das pessoas, acerca do problema estudado para mediante análise
quantitativa, obter-se as conclusões correspondentes aos dados coletados.
A entrevista foi necessária para o conhecimento da dificuldade e implantação
do projeto, isso resultou em uma análise da situação atual com a solução proposta,
que pôde ser apresentada em forma de relatórios, gráficos, tabelas que facilitem a
compreensão, visualização para o desenvolvimento e aplicação da solução do
problema.
20
1.6.6 Instrumentos de Coleta de Dados
O instrumento de coleta de dados, segundo Roesch (1999) na pesquisa
quantitativa os processos de coleta e análise, ambas estão relacionadas, pois o
modo como os dados são coletados define o tipo de análise que é possível realizar.
Os principais instrumentos de forma primária são: observação, entrevista, os testes e
o questionário.
No caso em estudo, conforme Roesch (1999,) primeiramente foi utilizado
instrumento de observação, em intervalos regulares para verificar a situação, os
processos e utilização do tempo em situação de trabalho, o que possibilitou estudar
e revisar a alocação dos recursos empenhados. A entrevista foi o segundo
instrumento utilizado no estudo e segundo Roesch (1999,) entrevistas são
largamente utilizadas em pesquisa de mercado e pesquisa de opinião, o que entra
em conformidade com o meio adotado neste estudo, o diálogo foi usado na
entrevista, pode-se dizer que ele abre novos horizontes para o pesquisador, e,
sobretudo foi realizado com objetivo de coletar toda realidade da funcionalidade da
organização.
Com o alvo de conhecer todo processo da organização, é aceitável
pronunciar que o instrumento de coleta de dados está sujeito ao objetivo que se
pretende alcançar. Também utilizou-se da análise documental, envolvendo notas
fiscais, extratos, balancetes sendo a base na coleta dos dados e informações da
organização.
A entrevista foi despadronizada, pois pretendeu saber como e por que algo
ocorre, através de perguntas simples respondidas dentro de um diálogo informal,
não existindo um roteiro, apenas questionamentos constantes na medida em que se
fez necessário esclarecimentos para o alcance do objetivo.
21
1.6.7 Plano de Análise e Interpretação dos Dados
Conforme Roesch (1999, p.128), o tipo de dado coletado delimita as
possibilidades de análise. Nesta seção sugere-se que o aluno imagine como fará a
descrição e análise dos resultados de seu estágio. Poderá prever a utilização de
gráficos, tabelas e estatísticas. Pensar a análise ajuda a criticar a própria coleta de
dados.
O plano de interpretação e análise dos dados possibilita trabalhar todo
material colhido, e deve ser suficiente para dar suporte ao problema exposto. É
nessa fase que foi demonstrado o resultado do trabalho de conclusão de pesquisa,
levantando os dados, classificando os mesmos, foi apurado o custo dos produtos e
serviços, formado o preço de venda ideal, preço de venda mínimo entre outras
informações para a gestão da organização. Para essa demonstração foram
utilizados gráfico, planilhas, etc.
22
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Neste momento demonstra-se a revisão bibliográfica, que foi alcançada
através de pesquisa em obras de diversos autores, nas revistas, artigos e na
internet, que conceituassem os diversos campos de atuação da Contabilidade,
Contabilidade de Custos e demais temas relacionados ao assunto, para o
embasamento e desenvolvimento do projeto.
Conforme Kroetz (2009, p.39), neste item, o proponente deverá elaborar uma
pesquisa bibliográfica contendo os vários enfoques teóricos que fundamentam a
área do conhecimento que embasam a busca de soluções à problemática por ele
definida no estudo.
2.1 Contabilidade
A Contabilidade tem a função de prestar informações e sendo um conjunto de
conhecimentos precisa coletar, registrar, analisar e resumir
precisão os diversos dados
para relatar
com
que interessam a gestão no entendimento
econômico/financeiro do negócio.
Segundo Basso (2000, p.19) entendemos que Contabilidade, como conjunto
ordenado de conhecimentos, leis, princípios e métodos de evidenciação
próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das
entidades nos seus aspectos quantitativo(monetário)e qualitativo(físico)e
que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na
técnica de coletar,catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem
como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e
situações, especialmente de natureza econômico-financeira.
Analisada como um conjunto de informações a Contabilidade busca por meio
da coleta, do registro, da classificação, da análise, e resumo, revelar a as variações,
em sua extensão econômica e financeira da organização.
23
2.1.1 Finalidades da Contabilidade
Considerada como núcleo central do controle patrimonial, onde são
registrados os fatos que nele acontecem, a Contabilidade tem a finalidade através
de relatórios quantitativos e qualitativos prestar informações de ordem física,
econômica e financeira para que os gestores possam planejar, prevenir e programar
suas decisões atingindo as metas estipuladas dentro da organização.
Conforme Basso (2000, p.21), a informação, dado relevante que evidencia
algo importante no processo decisório das entidades, é preocupação
constante de executivos, administradores e demais pessoas que tomam
decisões no dia-a-dia das organizações. Hoje, mais do que antes, recai
sobre a Contabilidade a tarefa de produzir informações, especialmente
sobre aspectos do seu objeto de estudo, ou seja, sobre o patrimônio e suas
variações.
As informações geradas pela Contabilidade devem atender ao diversos
interesses de pessoas, com as mais variadas necessidades, de acordo com a sua
atividade dentro da organização, possibilitando uma análise no sentido de ajustar
problemas e gerar soluções, obtendo mais segurança e resultado na tomada de
decisões.
2.1.2 Aplicação da Contabilidade
A Contabilidade se aplica quando pode proporcionar aos seus usuários base
segura às decisões, e através das informações geradas, obter compreensão da
condição em que a Empresa se encontra, analisar seu comportamento, seu
progresso, riscos e oportunidades.
A informação contábil se expressa por diferentes meios, como
demonstrações contábeis, escrituração ou registros permanentes e
sistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, prognósticos,
descrições, criticas ou quaisquer outros utilizados no exercício profissional
ou previstos em legislação. Os usuários incluem, entre outros, os
integrantes do mercado de capitais, investidores, presentes ou potenciais,
fornecedores e demais credores, clientes, financiadores de qualquer
natureza, autoridades governamentais de diversos níveis, meios de
comunicação, entidades que agem em nome de outros, como associações
e sindicatos, empregados, controladores, acionistas ou sócios,
administradores da própria Entidade, além do público em geral, (CRCRS,
2006, p.74).
24
Entende-se que a Contabilidade pode ser aplicada nos mais diversos ramos
de Empresas de qualquer porte, capaz de ser classificada em: Contabilidade
Industrial, Pública, Bancária, Rural, Cooperativas, Seguradoras, Fundações,
Construtoras, Hospitalar, Condomínios entre outras, cabe, porém ressaltar a
Contabilidade Comercial onde o presente estudo está inserido em definição da
Contabilidade de Custos.
2.2 Contabilidade de Custos
A Contabilidade de custos deve atender principalmente a três funções dentro
de uma organização, as quais são: determinar o lucro; controlar as operações;
ajudar na tomada de decisões e para isso, apóia-se nos princípios da contabilidade
geral de onde coleta todas as informações para estabelecer os custos unitários e
totais dos produtos e serviços, bem como ajustar as operações objetivando alcançar
uma atividade eficiente e lucrativa.
Conforme CRCSP (2000) apud Vieira, Rossi e Pocai (2003, p.36) conceituase contabilidade de custos da seguinte forma: é o processo ordenado de
usar princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operação
de um negócio, de tal maneira que, como os dados da produção e das
vendas, se torne possível á administração utilizar as contas para
estabelecer os custos de produção e de distribuição, tanto por unidade,
quanto pelo total, para um, ou para todos os produtos fabricados, ou
serviços prestados e os custos das outras diversas funções do negócio,
com a finalidade de obter operação eficiente, econômica e lucrativa.
Segundo Martins (2006) com o aumento de competitividade na maioria dos
mercados, seja industrial, comerciais e serviços é relevante quando da tomada de
decisões, o conhecimento dos custos para determinar se dado produto é rentável;
ou não rentável, se é possível reduzi-lo, assim a contabilidade modernizada vem
criando sistemas de informações de custos que podem ser armas para o controle e
tomada de decisões gerenciais.
Conforme Leone (2008, p.21), a Contabilidade de Custos é uma atividade
que se assemelha a um centro processador de informações, que recebe (ou
obtém) dados, acumula-os de forma organizada, analisa-os e interpreta-os,
produzindo informações de custos para os diversos níveis gerenciais.
25
Segundo Leone (2008, p.22), a contabilidade de custos age como um arquivo
de dados e informações para as necessidade de tomada de decisão de todos os
tipos, estando a disposição para formulação das principais políticas da organização.
A figura 2 demonstra como a Contabilidade de custos pode fornecer relatórios
com informações para os diversos níveis administrativos.
Centro processador
de informações
Informações
Coleta de Dados
Seleção de Dados
Planejamento
Treinamento
Organizações
Apoio da
Administração
Acumulações
Organização
Análise
Interpretação
Relatórios
Gerenciais
Em conjunto com
os usuários
Sistemas de custos
Critérios Básicos
Procedimentos
Registros
Figura 2: Coleta do Dado para Informação
Fonte: Leone (2008, p.23)
Conforme Bruni e Famá (2004, p.24), a contabilidade de custos pode ser
definida como o processo ordenado de usar princípios da contabilidade
geral para registrar os custos de operação de um negócio. Dessa forma,
com informações coletadas das operações e das vendas, a administração
pode empregar os dados contábeis e financeiros para estabelecer os custos
de produção e distribuição, unitários ou totais, para um ou para todos os
produtos fabricados ou serviços prestados, além dos custos das outras
diversas funções do negócio, objetivando alcançar uma operação racional,
eficiente e lucrativa.
A contabilidade de custos é um ramo da Contabilidade que se destina a
fornecer em diversos níveis, informações que possam fundamentar o planejamento,
o desempenho, o controle das operações
visando
possam reduzir custo, objetivando maiores resultados.
auxiliar nas decisões que
26
2.2.1 Objetivos da Contabilidade de Custos
O objetivo da contabilidade de custos é servir de apoio aos gestores para
administrar com informação por ela gerada, para proporcionar e
determinar
menores custos no desenvolvimento das atividades, e através de um planejamento
e controle da comercialização de seus produtos e serviços, decidir as soluções
necessárias na busca de maiores resultados.
Segundo Kroetz e Vieira (2007, p.3) especificamente a Contabilidade de
custos objetiva:
Avaliação de estoques;
Atendimento das exigências fiscais;
Determinação do resultado;
Planejamento;
Formação do preço de venda;
Controle gerencial;
Avaliação de desempenho;
Controle operacional;
Análise de alternativas;
Estabelecimento de parâmetros;
Obtenção de dados para orçamentos;
Tomada de decisão.
A contabilidade de custos abrange todos os segmentos em que se divide a
empresa ajudando os administradores em suas funções de planejamento, controle e
tomada de decisões.
Segundo Leone (2008, p.30) - A contabilidade de custos atua sobre a
empresa, seus produtos, seus serviços, os componentes operacionais e
administrativos que compõem sua estrutura funcional e sua estrutura
objetiva (normalmente setores ligados ao segmento industrial e ao
segmento comercial que, numa empresa típica constituem suas atividades
substantivas), os seus de segmentos distribuição, as atividades especiais,
sobre planos alternativos, programas e promoções.
Com a atual concorrência no mercado globalizado, é fundamental para
qualquer gestor obter o máximo de informações em um menor tempo possível, para
tomar decisões controladas e precisas em relação a seus produtos e serviços.
Conforme Martins (2006, p.21 e 22), a contabilidade de custos tem duas
funções relevantes: no auxílio ao controle e na ajuda às tomadas de
decisões. No que diz respeito ao controle, sua mais importante missão é
fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras
formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o
efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente
27
definidos. No que tange à decisão, seu papel reveste-se de suma
importância, pois consiste na alimentação de informações sobre valores
relevantes que dizem respeito ás conseqüências de curto e longo prazo
sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços
de venda, opção de compra ou produção etc. Ainda em relação a prestação
de serviços o autor(p.23), nas empresas prestadoras de serviços que
eventualmente faziam uso de Custos para avaliação dos “Estoques de
Serviços em Andamento”, ou seja, para a avaliação dos custos incorridos
em projetos ainda não acabados, seu campo alargou-se de maneira
formidável.
A contabilidade de custos é uma ferramenta que fornece informações a
diversos níveis gerenciais, os quais devem compreender o processo, para sugerir
melhorias em cada nível até o final, e com isso possibilitar redução de custos em
segmentos operacionais e administrativos, visando maiores resultados para a
entidade.
Para uma boa gestão de custos, é importante conhecer alguns conceitos
básicos da Contabilidade de Custos.
Gasto: Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício
financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por
entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).
Investimentos: Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios
atribuíveis a futuro(s) período(s).
Despesas: Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a
obtenção de receitas.
Perdas: Bem ou serviço consumidos de forma anormal involuntária.
Custos: Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros
bens ou serviços, conforme Martins(2006, p.24 a 26)
2.3 Custos com Mão-de-obra
Quando se conhece o valor da mão-de-obra aplicada no produto por medição,
ela é Direta, se existir rateio ou estimativa configura-se para efeito contábil Indireta.
Conforme Bonfim e Passarelli (2006, p.57), a mão de obra é composta por
todo trabalho aplicado diretamente na execução do produto, ou de suas
partes e componentes, seja esse trabalho especializado ou não. Por
exemplo, o trabalho do tecelão para fabricação do tecido, o trabalho das
costureiras na confecção dos vestuários, etc. Ainda conforme o autor
(p.109)...a mão-de-obra inclui além dos custos relativos ao chão da fábrica,
que podem ser diretamente ou indiretamente relacionados com o produto,
também as despesas ligadas às áreas de administração e comercial e às
demais áreas da empresa.
28
2.3.1 Mão-de-obra Direta
A mão-de-obra Direta é o tempo utilizado no processo de produção, e de
forma direta, se haver ociosidade por qualquer motivo, o tempo que deixou de
atribuir a determinado produto será considerado mão-de-obra indireta
Segundo Martins (2006, p.134), devido ao fato de só poder ser considerada
como Mão-de-obra direta a parte relativa ao tempo realmente utilizado no
processo de produção, e de forma direta.Se alguém deixa, por qualquer
razão, de trabalhar diretamente o produto, esse tempo ocioso ou usado em
outras funções deixa de ser classificado como Mão-de-obra Direta.Se, por
exemplo houver uma ociosidade por razões tais como falta de material, de
energia, quebra de máquina etc., dentro de limites normais, esse tempo não
utilizado será transformado em custo indireto para rateio à produção. Se por
outro lado, tais fatos ocorrerem de forma anormal e o valor envolvido for
muito grande, será esse tempo transferido diretamente para perda do
período (como no caso de greve prolongada, grandes acidentes etc.).
O suporte no processo de controle de horas é o documento de registro do
tempo gasto para desempenhar a atividade.
Segundo Bonfim e Passarelli (2006, p.70), O primeiro documento de suporte
do processo contábil da mão de obra direta é o cartão ou documento de
registro do tempo gasto. O cartão ou registro deverá indicar o setor
responsável pela execução do serviço.
No Brasil, o custo horário da mão-de-obra direta é integrado pelo valor
contratual e encargos sociais.
Conforme Martins (2006, p.135 a137), Na situação de nosso país, ao se
optar então pela inclusão dos encargos sociais no próprio montante da Mãode-obra Direta, precisa-se calcular para cada empresa (ou para cada
departamento, se houver variações significativas entre eles) qual o valor a
ser atribuído por hora de trabalho. Sabe-seque decorre da legislação e do
contrato de trabalho os repousos semanais remunerados, as férias, o 13º
salário, a contribuição ao INSS, a remuneração dos feriados, as faltas
abonadas, por gala, nojo etc., além de vários outros direitos garantidos por
acordos ou convenções coletivas de trabalho das diversas categorias
profissionais. A quanto monta esse total?.
A maneira mais fácil de calcular esse valor é verificar o gasto que cabe à
empresa por ano letivo e dividi-lo pelo número de horas em que o
empregado efetivamente se encontra à sua disposição.
Para fins de exemplo está demonstrado e calculado uma jornada máxima de
trabalho permitida pela Constituição que é de 44horas semanais, sem horas extras,
29
no caso a semana é de seis dias sem compensação do sábado, ficando a jornada
máxima diária de:
44 / 6 = 7, 3333 horas que equivalem a 7 horas e 20 minutos.
Pode-se estimar o número máximo de horas que um trabalhador pode
oferecer a empresa:
Quadro 1: Número Maximo de horas á disposição por ano
Numero total de dias por ano
365 dias
(-) Repousos Semanais Remunerados (*)
48 dias
(-) Férias
30 dias
(-) Feriados
12 dias
(=) N Maximo de dias a disposição
empregador
X jornada máxima diária(em horas)
(=) Número Maximo de horas a disposição
por ano
(*)deduzidas
quatro
semanas
já
computadas nas férias.
275 dias
7,3333horas
2.016,7horas
Fonte: Martins (2006, p.135)
Para calcular custo da mão-de-obra direta, é preciso calcular o valor a ser
atribuído por hora de trabalho, baseado na legislação e no contrato de trabalho.
Conforme Vieira (2008, p.18 e 19), mão-de-obra direta é aquela relativa ao
pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, desde
que seja possível a mensuração de quem executou o trabalho, sem
necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio.
Para calcular o custo da mão-de-obra direta é preciso calcular o valor a ser
atribuído por hora de trabalho, baseado na legislação e no contrato de
trabalho. São direitos do trabalhador: repouso semanal remunerado, férias,
13º salário, contribuição para o INSS, remuneração dos feriados, faltas
abonadas, FGTS, e outros garantidos por acordos ou convenções coletivas
de trabalho das diversas categorias profissionais.
No quadro 2 a demonstração dos dados que contemplam o custo de mão-deobra por parte da contratante e, no quadro 3 o número de horas que um contratado
oferece para a empresa.
30
Quadro 2: Base para Cálculo do Custo com Pessoal
DESCRIÇÃO
VALORES
Salário Base
(+) Adicionais
(+) Insalubridade ou Periculosidade
SUB TOTAL
(+) Provisão 13º salário
(+) provisão de Férias
(+) Provisão 1/3 s/ Férias
SUB TOTAL
(+) FGTS
(+) INSS
(+) Outros
(+) Previsões
TOTAL DE CUSTO C/ MOD
Fonte: Vieira (2008, p.19)
Quadro 3: Número de horas que o trabalhador oferece à empresa
Nº total de dias no ano ou mês
(-) Repousos semanais remunerados
(-) Férias
(-) Feriados
(=) Nº máximo de dias à disposição do empregador
(x) jornada máxima diária (em horas)
(=) Nº máximo de horas à disposição por ano ou mês
Fonte: Martins apud Vieira (2008, p.19)
É importante a empresa munir-se de sistemas de controle de ponto e registro
automático de início e término de ordens, que possibilita saber quanto tempo cada
empregado trabalhou por dia diretamente e em quais produtos, e comparando as
horas produtivas e não produtivas com o controle de entradas e saídas do
funcionário na empresa.
31
Conforme Martins (2006, p.142), a Mão-de-obra Direta é normalmente um
custo variável, pois só se caracteriza como Direta a que foi efetivamente
utilizada na produção. Os tempos não trabalhados deixam normalmente de
fazer parte da Mão-de-obra Direta, tornando-se Custos Indiretos para rateio
aos produtos. Fazem parte da taxa de Mão-de-obra Direta, todos os
encargos sociais, férias, 13º salário, descanso remunerado, feriados etc; a
taxa deve ser global, mesmo que alguns pequenos erros existam na
previsão desses itens. Mas é obrigatório que o mesmo tratamento seja dado
pela Contabilidade financeira para se evitar distorções.
2.3.2 Mão-de-obra Indireta
Envolve gastos não ligados diretamente no processo de elaboração do
produto ou serviço.
Segundo Vieira (2008, p.21), se for necessário rateio sob qualquer critério
para distribuir o custo da mão-de-obra, devemos classificá-la como indireta.
Considera-se mão-de-obra indireta todo o trabalho que não pode ser
perfeitamente identificado como pertencente a determinado produto.
Segundo Leone (2008, p.58 e 59), “o custo indireto como aquele item que
precisa de um critério de rateio para sua identificação ao produto ou objeto cujo
custeio é desejado”.
De acordo Martins (2008, p.49), com respeito à mão-de-obra, entendemos
então o que seja Direta ou Indireta; aquela diz respeito ao gasto com
pessoal que trabalha e atua diretamente sobre o produto que esta sendo
elaborado; a outra Indireta, é relativa ao pessoal de chefia, supervisão ou
ainda atividades, que apesar de vinculadas à produção, nada tem de
aplicação direta sobre o produto:manutenção, prevenção de acidentes,
Contabilidade de Custos, programação e controle de produção etc.
A diferenciação dos custos em diretos e indiretos é necessária para calcular
de forma real o custo de qualquer produto ou serviço, podendo verificar a
rentabilidade individual e eficiência dos vários setores que envolvem o seu processo
dentro da empresa.
32
2.4 Classificação dos Custos
Além de seu agrupamento em Diretos e Indiretos, os custos basicamente
dividem-se em Fixos e Variáveis, que visam identificar a relação entre o valor total
de um custo e o volume de atividade numa unidade de tempo.
Conforme Martins (2008, p.49), além de seu agrupamento em diretos e
indiretos, os custos podem ser classificados de outras formas diferentes. É
a que leva em consideração a relação entre o valor total de um custo e o
volume de atividade numa unidade de tempo. Divide basicamente os custos
em Fixos e Variáveis.
Na Contabilidade de Custos existem vários tipos de custos, tantos quantas
forem as necessidades gerenciais, o contador de custos estabelece e prepara tipos
que vão atender ás diferentes finalidade da administração.
De acordo com Bruni e Famá (2004, p.31), os sistemas, formas e
metodologias aplicados no controle e gestão de custos podem ser
classificados em função da forma de associação dos custos aos produtos
elaborados, de acordo com a variação dos custos em relação ao volume de
produtos fabricados, em relação aos controles exercidos sobre os custos,
em relação a alguma relação específica e em função da análise do
comportamento passado. A forma de associação dos custos com os
produtos fabricados, os primeiros podem ser classificados de diferentes
formas quanto à aplicabilidade.
2.4.1 Custos Diretos ou Primários
Os custos diretos são aqueles diretamente incluídos no cálculo do produto ou
serviço e que podem ser facilmente identificados, como os materiais diretos e a mãode-obra direta.
De acordo com Bruni e Famá (2004 p.31), são aqueles diretamente
incluídos no cálculo dos produtos. Consistem nos materiais diretos usados
na fabricação do produto e mão-de-obra direta. Apresentam a propriedade
de serem perfeitamente mensuráveis de maneira Objetiva. Exemplos: pó
químico, salários dos operários etc.
Com a devida identificação do custo, fica alocado cada gasto correspondente
ao produto analisado.
33
Custos diretos são gastos facilmente apropriáveis às unidades produzidas,
ou seja, são aquelas que podem ser identificados como pertencentes a este
ou àquele produto. Por sua natureza, características próprias e objetividade
de identificação no produto são imputados por medições objetivas ou por
controles individuais como ficha técnica do produto, sem a necessidade de
rateios. Correspondem aos gastos específicos do produto ou serviço, esses
gastos não ocorrem, (WERNKE, 2001, p.13).
É provável constatar os custos diretos que podem ser apropriados aos
produtos, porém deve haver uma medida de consumo, como quilogramas de
materiais consumidos, embalagem utilizada, horas de mão-de-obra trabalhadas,
com isso será encontrado o custo exato do produto final.
2.4.2 Custos Indiretos
Custo indireto, são gastos que não podem ser atribuídos de forma direta,
somente através de critérios de rateio, são gastos que a empresa tem para exercer
atividades no geral e não relacionadas diretamente ao produto ou serviço.
Segundo Wernke (2001, p.14), custos indiretos são gastos que não podem
ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos ou a outro segmento
ou atividade operacional, e caso sejam atribuídos aos produtos, serviços ou
departamentos, serão mediante critérios de rateio. No caso industrial, são
os custos que ocorrem dentro do processo de produção, mas para serem
apropriados aos produtos requerem o uso de rateio (são artifícios usados
para distribuir os custos que não se consegue determinar com objetividade
segurança a quais produtos se referem). São os gastos que a empresa tem
para exercer suas atividades, mas que não tem relação direta com um
produto ou serviço específico, pois relacionam-se com vários produtos ao
mesmo tempo.Exemplo o aluguel da fábrica, em que são produzidos
diversos produtos em conjunto.Para atribuir uma parcela do custo com
aluguel fabril aos produtos é necessário ratear por um critério específico.
Quando for necessário usar qualquer fator de rateio para apropriar e não
obter medição direta, fica o custo incluído como indireto.
Conforme Bruni e Fama (2004, p.31), custos indiretos necessitam de
aproximação, isto é, algum critério de rateio, para serem atribuídos aos
produtos. Exemplos: seguros, alugueis da fábrica, supervisão de diversas
linhas de produção;
34
Os custos indiretos dificilmente podem ser identificados diretamente com o
produto, com o setor etc., uma vez que exista diversificação de produtos ou serviços
no mesmo estabelecimento.
Segundo Bomfim e Passarelli (2006, p.195), é essencial ter um padrão de
medida que permita algum grau de controle da eficiência das operações. O
sistema de custo que melhor se adapta a essa finalidade é o sistema de
ordem de produção. Esse sistema não só atenderá à elaboração dos
orçamentos individuais referentes a cada serviço, como também atuará
como sistema de custo de controle, fornecendo as informações detalhadas
das mercadorias vendidas e das despesas operacionais por trabalho
executado.
Dentre as classificações, os custos podem ser Diretos (ligados diretamente ao
produto ou serviço) e Indiretos (atribuídos em forma de rateio). Segundo Vieira
(2008, p.12) a classificação dos custos em Diretos e Indiretos
DIRETOS
CUSTOS
INDIRETOS
Matéria-Prima
MOD
Embalagem
Administração
Honorários
Energia
Elétrica
Água
Depreciação
Seguros
Outros
Figura 3: Classificação dos Custos em Diretos e Indiretos
Fonte: Vieira (2008, p.12)
2.4.3 Custos Fixos
Os Custos fixos são aqueles que em determinado período de tempo e em
certa capacidade instalada, não variam continuam os mesmos, independente do
volume de atividade da empresa.
De acordo com Bruni e Famá (2004, p.32), são custos que, em
determinado período de tempo e em certa capacidade instalada, não
35
variam, qualquer que seja o volume de atividade da empresa. Existem
mesmo que não haja produção. Podem ser agrupados em;Custo fixo de
capacidade- custo relativo às instalações da empresa, refletindo a
capacidade instalada da empresa, como depreciação, amortização etc,;
custo fixo operacional –relativo à operação das instalações da empresa,
como seguro, imposto predial etc.Exemplos clássicos de custos fixos podem
ser apresentados por meio dos gastos com alugueis e depreciaçõesindependentemente dos volumes produzidos, os valores registrados com
ambos os gastos serão os mesmos.É importante destacar que a natureza
de custos fixos ou variáveis está associada aos volumes produzidos e não
ao tempo.Assim, se uma conta de telefone apresenta valores diferentes
todos os meses, porém não correlacionados com a produção, esses gastos
devem ser classificados como fixos – independentemente de suas variações
mensais.Os custos fixos possuem uma característica interessante: são
variáveis quando calculados unitariamente em função das economias em
escala.
Os custos fixos incluem as despesas operacionais do negócio, se esse for de
serviços, devem estar refletidas no orçamento inicial fornecido ao cliente.
Conforme Bomfim e Passarelli (2006, p.193-194), a fim de que os
resultados de cada serviço contratado, quando encerrado, possam ser
apropriadamente determinado, é imperativo que um sistema de contas de
controle seja mantido: vendas, mão-de-obra, compras e outras despesas.A
conta de compras deve ser separada por atividade, de forma a permitir uma
melhor aplicação dos custos.....A questão concernente ao tratamento
contábil dos serviços em execução não é tão complexa neste tipo de
atividade como o é nas atividades industriais.Isto porque, em sua maioria,
os serviços são executados rapidamente.A prática aceitável é não antecipar
lucros de serviços ainda em execução,a não ser no caso de serviços de
grande escala, cujos resultados(receitas e custos), considerados
significativos, tenham já ocorrido em sua maior parte.Neste caso usa-se
uma proporção para fins de apuração do resultado até aquele determinado
período.
O custo fixo mantem-se constante, mesmo existindo oscilação na atividade
desempenhada pela empresa.
Em relação aos custos fixos Wernke (2001, p.14), relata que são aqueles
gastos que tendem a se manter constantes nas alterações de atividades
operacionais, independentemente do volume de produção. São os custos
que têm seu montante fixado não em função de oscilação na atividade, ou
seja, sem vínculo com o aumento ou a diminuição da produção. Esses
custos permanecem no mesmo valor independentemente da quantidade
produzida. Relacionam-se com a capacidade instalada que a empresa
possui e seu valor independe do volume de produção, existindo
independentemente de a empresa estar produzindo ou parada.
36
Pode-se dizer que os custos fixos não têm vínculo com o aumento ou
diminuição da produção, comercialização e prestação de serviços, permanecendo
no mesmo valor independentemente movimentação das atividades do negócio.
2.4.3.1 Custos com Depreciação
A depreciação é a diminuição do valor dos bens do ativo resultante do
desgaste do uso podendo ser considera como custo ou despesa.
Segundo Basso (2000, p.180), “quando corresponder á perda do valor dos
direitos que tem por objeto bens físicos, sujeitos a desgaste ou perda de utilidade
por uso, ação da natureza ou obsolescência”
A diminuição da importância do valor de um bem imobilizado pode ser
registrada como custo ou despesa.
De acordo com Contadez (2009), Regulamento do Imposto de Renda artigo.
305, a depreciação poderá ser computada, como custo ou encargo, em
cada período de apuração, a importância correspondente a diminuição do
valor dos bens do ativo resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza e
obsolescência normal.
“A Depreciação é o valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um
ativo, menos o seu valor residual”, (CRCRS, 2006, p.299).
Conforme Basso (2000, p.180), “existem vários métodos de depreciação
consagrados pela prática, cujo uso depende da oportunidade e da finalidade dos
cálculos da depreciação – se são para fins contábeis ou para fins gerenciais”.
Segundo Basso (2000, p.181 a 183), antes de escolher o método de
depreciação mais conveniente, é preciso encontrar o valor do elemento a
ser depreciado. A fixação desse valor leva em conta o valor residual do
bem, que é o seu valor revenda quando já tiver sido sucateado. O valor
residual deve ser calculado como um percentual do valor atual corrigido.
Trata-se então de definir esse percentual de valor residual, para diminuído
do valor corrigido do bem, e encontrar o seu valor a deprecia, assim:
A- Método das quotas constantes ou linha reta – considera que o bem tem
um desgaste constante mês a mês, ano a ano – dentro da vida útil
estimada, o qual é representado pela fórmula:
37
Depreciação anual = Custo corrigido (-) Valor Residual
Número de anos da vida útil
B- Método das unidades produzidas - pressupõe a existência de
informações adicionais, como a capacidade de produção da máquina ou
equipamento ao longo de sua vida útil estimada é:
Taxa de Depreciação Anual = Número de unidades estimadas de produção
Número de unidades produzidas no ano
C- Método de horas trabalhadas – baseia-se nas horas estimadas de vida
útil do bem, geralmente fornecidas pelo fabricante da máquina ou
equipamento, e é expresso pela fórmula:
Taxa de depreciação Anual = Número de horas estimadas de trabalho
Número de horas de trabalho no ano
O saldo da conta Depreciações é transferido, juntamente com as demais
despesas do período, para a apuração do resultado, enquanto que a conta
Depreciação Acumulada permanece com o saldo da contabilização da
depreciação e vai acumulando as depreciações dos diversos períodos em
que o bem estiver no patrimônio da entidade, até que complete cem por
cento de depreciação.
A taxa de depreciação corresponde o percentual de depreciação a ser
lançado na escrituração entidade como custo ou despesa operacional, será definido
com base no tempo de vida útil dos bens, nas taxas de depreciação vigentes, e
observando a dedução do valor residual.
Quadro 4: Taxa depreciação
Bem
Taxa anual
Prazo de vida
útil
depreciação
Imóveis
4%
25 anos
Instalações
Máquinas e Equipamentos
10%
10%
10 anos
10 anos
Móveis e Utensílios
Veículos
Computadores e Periféricos
10%
20%
20%
10 anos
5 anos
5 anos
Fonte: Contadez, (2009)
O valor residual é o valor pelo qual se conseguiria vender o bem após o seu
prazo de vida útil dentro da empresa (depois de totalmente depreciado).
38
Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com a
venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo
já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil,
(RESOLUÇÃO CFC Nº1.177/09-NBC T 19.1).
2.4.4 Custos Variáveis
Neste método são alocados os produtos que variam de acordo com o volume
de produção. É utilizado para fins gerenciais, fornecendo ferramentas que auxiliam
no processo de gerenciamento da empresa.
Segundo Bruni e Famá (2004, p.32), “os custos variáveis, seu valor total
altera-se diretamente em função das atividades da empresa. Quanto maior a
produção, maiores serão os custos variáveis”.
Em relação aos custos variáveis Wernke (2001, p.14), relata que são os que
diretamente relacionados com o volume de produção ou venda. Quanto
maior for o volume de produção, maiores serão os custos variáveis totais.
São os valores consumidos ou aplicados que têm seu crescimento
vinculado à quantidade produzida pela empresa. Têm seu valor
determinado em função de oscilações na atividade da empresa, variando de
valor na proporção direta do nível de atividades.
Na atividade de serviços normalmente os custos variáveis incluem os custos
primários de material e mão-de-obra.
Conforme Bomfim e Passarelli (2006, p.194), custos variáveis, o custo das
mercadorias vendidas do Demonstrativo de Resultado deve refletir os
custos primários (materiais e mão-de-obra) somente dos serviços
completados, consistentes com a as receitas relatadas no mesmo período.
O estoque de materiais disponíveis ao final do período (no armazém, na loja
ou nos locais de prestação de serviço), deduzido do total das compras e
acrescido ao estoque inicial do período, é usado para determinar o custo
das mercadorias ou materiais consumidos nos serviços executados durante
esse mesmo período. Para determinar o custo de mão-de-obra nos
trabalhos completados, usa-se o saldo da conta de salários diferidos no
começo e no fim do período. Soma-se o custo de toda mão-de-obra paga
durante o período e, dessa soma, se deduz o total da conta de salários
diferido no início e o total pendente diferido no final do período. A mão-deobra pendente é o total de mão-de-obra paga ou reservada no final do
período, referente aos trabalhos em processo de execução e não faturados
até o final do período. Outros custos variáveis (como transporte, encargos
sociais, etc) são tomados por estimativa na elaboração do orçamento
preparado para o cliente, de forma que, quanto maior o trabalho, maior
parcela de alocação dessas despesas variáveis receberá, além da alocação
dos outros custos fixos operacionais.
39
Os custos, além de serem diretos e indiretos, classificam os diretos em
variáveis e os indiretos em fixos e variáveis. Conforme Vieira (2008, p.14) segue a
classificação dos custos.
CUSTOS
DIRETOS
Variáveis
INDIRETOS
Fixos
Variáveis
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
Mão-de-obra Direta
Aluguel de fábrica
Energia elétrica da fábrica
Matéria-prima
Depreciação do
Materiais limpeza fábrica
Embalagem
prédio da fábrica
Figura 4: Classificação dos Custos
Fonte: Vieira (2008, p.14)
Neste sentido, a figura demonstra que os gastos classificados em custos
podem ser diretos ou indiretos, quando classificados para fins contábeis. Estes
custos, ainda podem ser classificados em fixos e variáveis, para fins de gestão,
sendo que os custos diretos normalmente são variáveis e os indiretos podem ser
tanto fixos quanto variáveis.
Portanto, pode-se dizer que os custos diretos são classificados como custos
variáveis. De forma que se o custo se identifica com o produto ou serviço que o
consumiu, e tem condições de ser medido, de saber o quanto se gastou ele será
direto.
Os custos indiretos, são os que não se tem o conhecimento de quanto se
gasta para comercializar um produto ou executar um serviço. Todos os custos
indiretos se classificam em fixos e variáveis, os custos fixos são aqueles que
sabemos o valor total no mês, eles não apresentam variações, os custos variáveis
40
serão determinados conforme o consumo. Tanto os custos indiretos fixos, quanto os
custos indiretos variáveis, precisam de critérios de rateio para serem alocados aos
produtos e serviços.
2.4.5 Custo-padrão
O custo-padrão permite comparações entre previsto e realizado, e análise das
variações dentro de uma organização.
Conforme Leone (2008, p.66) são custos predeterminados. Entretanto,
diferentes dos custos estimados e apesar de servirem para o controle,
planejamento e tomada de decisões, são calculados com base nos
parâmetros operacionais. Os custos-Padrão são aplicados, sobretudo em
operações repetitivas, quando os parâmetros ou indicadores físicos estão
perfeitamente definidos e quando os custos mantêm uma relação íntima
com a variabilidade daqueles dados quantitativos. Em empresas de
prestação de serviços, cujas atividades sejam realizadas respectivamente, a
aplicação dos Custos-Padrão não é difícil, uma vez que os indicadores ou
as relações de produtividade, desempenho e rendimento já estão definidos.
No entanto, nem todos os tipos de custos serão padronizados. Dependerá
sempre da relação estreita e bem-definida entre o comportamento do custo
e algum parâmetro operacional padronizado. Por isso os custos de material
direto e mão-de-obra direta (nesses casos também os custos variáveis) ou
outro tipo qualquer, que seja definido como direto, serão aqueles tratados
como Custos-Padrão.
Com uma análise mais profunda e minuciosa, os gestores encontram nas
informações do custo padrão formas mais seguras para determinar seus preços de
produtos e serviços.
Segundo Bomfim e Passarelli (2006, p.211), a diferença básica entre o
custo-padrão é a profundidade de análise e a qualidade técnica dos
esforços postos em prática para o desenvolvimento das respectivas
informações. Os custos-padrão são baseados em especificações de
engenharia, estudos de tempo e métodos, análise da capacidade de
produção e do comportamento dos fatores determinantes dos preços de
bens e serviços. Já os custos estimados são derivados de projeções
baseadas na experiência histórica dos custos reais e geralmente envolvem
médias de desempenhos passados. Envolvendo mais análise operacional e
estudo mais aprofundado dos fatores que afetam as operações da empresa,
os custos-padrão oferecem medidas mais seguras para a valorização dos
produtos e para controle da organização
41
O custo-padrão determina o que cada produto ou serviço deveria custar em
condições normais de atividade, comparando com o que efetivamente ocorreu no
processo de seu desenvolvimento.
De acordo com Bruni e Famá (2004, p.171), custo padrão - estabelecido
com mais critério, representa o que determinado produto deveria custar, em
condições normais de eficiência do uso do material direto, da mão-de-obra,
dos equipamentos, de abastecimento do mercado fornecedor e da demanda
do mercado consumidor. O principal objetivo da utilização do sistema de
custeio-padrão consiste no controle dos custos, realizado com base em
metas prefixadas para condições normais de trabalho. No custo-padrão, é
possível apurar os desvios do realizado em relação ao previsto, identificar
as causas dos desvios, adotar providências corretivas e preventivas de
erros, que permitem a melhoria do desempenho.
“A mais eficaz forma de se planejar e controlar custos é a partir da
institucionalização do Custo-Padrão, que tanto pode ser usado com o Custeio por
Absorção como com o Variável,” (MARTINS, 2008, p.315).
Segundo Martins (2008, p.315), define Custo-padrão como sendo um
Custo-padrão corrente. Este diz respeito ao valor que a empresa fixa como
meta para o próximo período para um determinado produto ou serviço, mas
com a diferença de levar em conta as deficiências sabidamente existentes
em termos de qualidade de materiais, mão-de-obra, equipamentos,
fornecimento de energia etc. É um valor que a empresa considera difícil de
ser alcançado, mas não impossível.
É possível dizer que o Custo-padrão é uma técnica - auxiliar, pois tem como
objetivo fixar uma base de comparação entre o que ocorreu de custo
e o que
deveria ter ocorrido.
2.5 Método de Custeio
Método diz respeito a forma pela qual se chega a um determinado resultado,
sendo que custeio é o método usado para apropriação dos custos . Os métodos de
custeio existentes são: Custeio por absorção (utilizado para integração custos com a
contabilidade), custeio variável ou direto (utilizado para a gestão), custeio padrão,
ABC, RKW.
42
2.5.1 Custeio por Absorção
O método de custeio por absorção respeita os Princípios Fundamentais de
Contabilidade, é aceito pela legislação comercial e pela legislação fiscal, sendo o
mais usado no Brasil.
Conforme Bomfim e Passarelli (2006, p.422), Há diversos sistemas de
custeio e critérios de avaliação da produção e dos estoques, sendo que,
dentro dos princípios fundamentais de contabilidade, consagrado pela Lei n
6.404/1976, pelo Decreto n 3000 e parecer Normativo n6/1979m o método
de custo real por absorção é o indicado. Isto significa que devem ser
adicionados ao custo de produção todos os custos relativos á produção,
quer sejam diretos ou indiretos.
Todo custo que envolver diretamente ou indiretamente a sua fabricação deve
ser alocado a ele, independente de ser considerado fixo ou variável.
Segundo Leone (2008, p.242), custeio por absorção é aquele que se faz
debitar ao custo dos produtos todos os custos da área de fabricação, sejam
esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis,
de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é revelador dessa
particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou
serviços absorva parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados à
fabricação.
No custeio por absorção é possível atribuir parte dos custos indiretos ao
produto em fabricação através de critérios de rateio.
De acordo com Wernke (2001, p.20), o custeio por absorção é empregado
quando se deseja atribuir um valor de custos ao produto, atribuindo-lhe
também uma parte de custos indiretos. Consiste na apropriação de todos os
custos de produção aos produtos, de forma direta e indireta mediante
critérios de rateios.
O método de custeio por absorção segue os Princípios da Contabilidade
aceitos no Brasil.
Segundo Martins (2008, p.37), define custeio por absorção como sendo um
método derivado da aplicação dos Princípios de Contabilidade geralmente
aceitos. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens
elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de
produção são distribuídos para todos aos produtos ou serviços feitos.
43
Conforme Leone (2000), Martins (2001) e Bruni e Famá (2004), apud Vieira
(2009, p.9) método de custeio por absorção possui as seguintes características,
vantagens e desvantagens:
Principais Características:
a) Engloba os custos totais: fixos, variáveis, diretos e indiretos;
b) Em primeiro lugar alocamos os custos indiretos nos centros de custos
(auxiliares e produtivos);
c) Em segundo lugar alocamos os centros de custos para os produtos;
d) Os custos indiretos fixos (CIF) acabam transferindo-se, contabilmente,
para a conta de estoques de produtos acabados;
e) É útil nas empresas que têm processo de produção pouco flexível e
poucos produtos;
f) Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de
produção.
Segundo Vieira (2009, p.9), o método de custeamento por absorção é falho
em muitas circunstâncias como instrumento gerencial de tomada de decisão, porque
tem como premissa básica os “rateios” dos chamados custos fixos, que, apesar de
aparentarem lógicos, poderão levar a alocações arbitrárias e até enganosas.
Principais vantagens
a) Atende à legislação fiscal e deve ser usado quando a empresa busca o
uso do sistema de custos integrado à Contabilidade;
b) Considera o total dos custos por produto;
c) Forma custos para estoques;
d) Permite a apuração dos custos por centros de custos, quando os custos
forem alocados aos departamentos de forma adequada, possibilitam o
acompanhamento do desempenho de cada área;
Principais desvantagens
a) Pode elevar artificialmente os custos de alguns produtos;
b) Não evidencia a capacidade ociosa da entidade;
c) Os critérios de rateios são sempre arbitrários, portanto nem sempre
justos.
2.5.2 Custeio Variável
O método de custeio variável assume grande importância na análise de
decisões relacionadas a custo e preços, é uma ferramenta auxilia dos gestores para
a tomada de decisões. Somente os custos identificados com os produtos ou serviços
vendidos devem ser apropriados. No comércio o custo variável refere-se somente ao
custo da mercadoria que será vendida.
Conforme Leone (2008, p.390 e 391), O custeamento variável é um critério
usado para acumular os custos de qualquer objeto ou segmento da
empresa. Normalmente, o custeamento variável é aplicado ao sistema de
44
acumulação de custos das operações fabris. O critério pode ser empregado
quando o contador desejar determinar o custo de qualquer outro segmento
da empresa que não seja o da produção.....O custeamento variável pode
ser aplicado a qualquer sistema de determinação de custos. Ele oferece
vantagens quando aplicado ao sistema de custeio por ordens de produção,
por processo, pela responsabilidade e, sobretudo, quando a estes sistemas
é articulado o sistema de custos estimados ou padronizados.
O sistema de custeio direto ou variável prevê uma apropriação de caráter
gerencial, e considera somente os custos variáveis do produto vendido, sendo que
os fixos ficam afastados e são avaliados como despesas do período.
De acordo Wernke (2001, p.29), este método considera apenas os custos
variáveis de produção e de comercialização do produto ou serviço como
matéria-prima, mão-de-obra direta, serviços de terceiros aplicados ao
produto, tributos sobre vendas, comissões de venda etc. Os demais gastos
são transferidos para a apuração do resultado como despesas, sem serem
apropriados aos produtos fabricados.
É possível por meio da identificação do custo variável, proceder uma análise
gerencial em função do grau de participação de cada componente de custo no valor
global da operação ou produto, Vieira (2003, p.6).
Conforme Vieira (2003, p.5), uma característica importante deste método de
custeio é a troca do conceito de apuração do lucro bruto pela apuração da
margem de contribuição do período contábil. Por meio da margem de
contribuição obtida pela empresa deverão ser cobertos todos os custos fixos
apropriados no período contábil, identificando-se, assim, o resultado
operacional da empresa sem o diferimento de custos fixos pelos produtos
acabados em estoques ou através daqueles em processo de fabricação.
No sistema de custeio variável existem vantagens e desvantagens em adotar
esse método de custeio, entre eles citados abaixo.
Conforme Leone (2000), Martins (2001) e Wernke (2001) apud Vieira (2009,
p.p.12-13) destacam-se, em seguida, as vantagens e desvantagens deste
método.
1) Principais vantagens
a) Destaca o custo fixo (que independe do processo fabril);
b) Não ocorre a prática do rateio, por vezes errôneo;
c) Evita manipulações;
d) Fornece o ponto de equilíbrio;
e) Enfoque gerencial;
f) Os dados necessários para a análise da relação custo/volume/lucro são
rapidamente obtidos;
g) É totalmente integrado com o custo padrão e orçamento flexível.
2) Principais desvantagens
45
a) No caso dos custos mistos (custos que têm uma parcela fixa e outra
variável) nem sempre é possível separar objetivamente a parcela fixa da
parcela variável.
b) Não é aceito pela auditoria externa das entidades que tem capital aberto
e nem pela legislação do imposto de renda, bem como por uma parcela
significativa de Contadores, pois fere os princípios fundamentais de
contabilidade, em especial aos princípios de realização de receitas, de
confrontação e da competência. Estes princípios estabelecem que os custos
associados aos produtos só podem ser reconhecidos na medida em que
são vendidos, já que, somente quando reconhecida a receita (por ocasião
da venda), é que devem ser deduzidos todos os sacrifícios necessários à
sua obtenção (custos e despesas). Como o custeio variável admite que
todos os custos fixos sejam deduzidos do resultado, mesmo que nem todos
os produtos sejam vendidos, ele violaria tais princípios;
c) O valor dos estoques não mantém relação com o custo total;
d) Isoladamente, não se aplica para formação do preço de venda.
O custeio variável por não atender as exigências da legislação, age como
instrumento gerador de informações para melhor orientar no processo gerencial.
As diferenças e semelhanças entre os dois critérios de custeio resultam da
seguinte comparação:
Quadro 5: Diferença entre Custeamento variável X Custeamento por absorção
Custeamento variável
Custeamento por absorção
Classifica os custos em fixos e variáveis
Não há preocupação por essa classificação
Classifica os custos em diretos e indiretos
Também classifica os custos em diretos e
indiretos
Debita o segmento, cujo custo está sendo Debita o segmento, cujo custo está sendo
apurado, apenas os custos que são diretos ao apurado, os seus custos diretos e também os
segmento e variáveis em relação ao parâmetro custos indiretos através de uma taxa de
escolhido como base.
absorção.
Os resultados apresentados sofrem influência Os resultados apresentados sofrem influência
direta do volume de vendas.
direta do volume de produção.
É um critério administrativo, gerencial, interno
É um critério legal, fiscal, externo
Aparentemente sua filosofia básica contraria os Aparentemente, sua filosofia básica alia-se aos
preceitos geralmente aceitos na contabilidade, preceitos
contábeis
geralmente
aceitos,
principalmente os fundamentos de “regime de principalmente do “regime de competência”.
competência”.
Apresenta a Contribuição Marginal – diferença Apresenta a Margem Operacional – diferença
entre as receitas e os custos diretos e variáveis entre as receitas e os custos diretos e variáveis
do segmento estudado.
do segmento estudado.
O custeamento variável destina-se a auxiliar, O custeamento por absorção destina-se a
sobretudo, a gerencia no processo de auxiliar a gerência no processo de determinação
planejamento e tomada de decisões.
da rentabilidade e de avaliação patrimonial.
Como o custeamento variável trata dos custos Como o custeamento por absorção trata dos
diretos e variáveis de determinado segmento, o custos diretos e indiretos de determinado
controle da absorção dos custos da capacidade segmento, sem cogitar de perquirir se os custos
ociosa não é bem explorado.
são variáveis ou fixos, apresenta melhor visão
para o controle da absorção dos custos da
capacidade ociosa.
Fonte: Leone (2008, p.405)
46
2.6 Formação do Preço de Venda
Um dos fatores mais relevantes em uma empresa é determinar o preço de
venda, que deve levar em consideração o mercado, o custo do produto e o lucro
desejado, possibilitando que seja o preço certo, e que satisfaça o mercado
consumidor, bem como dono do negócio.
Conforme Vieira (2009, p.27), O processo de determinação de preços de
venda deverá merecer a atenção da alta administração da empresa dado
importância que o assunto representa, inclusive em termos de obtenção de
resultados, grau de retorno do investimento, fatia de mercado desejado pela
empresa e demais fatores de caráter empresarial. As decisões de preços
são diretamente dependentes do volume de vendas, do grau de eficiência
do mix em termos de resultado direto, do nível de despesas de vendas e
administrativas, bem como das necessidades financeiras para o
atendimento do volume de operação projetada.
A determinação de preços de vendas de produtos e serviços é uma tarefa
complexa e precisa de técnicas adequadas e pessoal especializado para assegurar
a rentabilidade satisfatória no desempenho do negócio.
Conforme Bomfim e Passarelli (2006, p.446), com base nos dados de
custos do produto a ser estimado e na política de lucros da empresa, definese um preço preliminar. Normalmente, a composição desse preço é feita
acrescentando-se uma determinada porcentagem ao custo apurado para o
produto. Essa porcentagem-conhecida como mark-up –via regra inclui, além
de tributos como ICMS, o IPI e o PIS/COFINS, uma parcela para cobertura
de despesas não diretamente atribuíveis ao produto(como despesas de
vendas, administrativas e financeiras) e o nível de lucro pretendido.Quando
se utiliza o sistema de custeio direto, o mark-up deve compreender, ainda,
um fator destinado á absorção das despesas fixas de fabricação.Esse preço
preliminar é analisado em função das condições do mercado, do que se
conhece a respeito da mais provável estratégia de produto e de preços dos
principais concorrentes, do poder de compra dos possíveis consumidores
do produto e de outros fatores relevantes que possam afetar o desempenho
das vendas se o preço preliminarmente definido vier a ser praticado. Ainda
os autores (p.563) relatam que o essencial do procedimento e controle
aplicados pelas empresas comerciais aplica-se também a qualquer empresa
prestadora de serviços e, assim, a determinação do preço e venda é parte
integrante desse processo
Para se chegar preço venda no comércio e na prestação de serviços, deve-se
verificar o custo total de aquisição da mercadoria e obter demais informações
(impostos e despesas, com venda e a margem de lucro desejada) para formar o
índice mark-up, e aplicar sobre o custo ou seja:
47
Para determinar custo total de
aquisição mercadorias e serviços
verifica-se:
Valor unitário na NF
(+) IPI
(-) ICMS
(+) Fretes (seguros)
(=) custo aquisição da mercadoria
Para determinar a participação do total das despesas com o total do
faturamento mensal:
Totais despesas mensais
Faturamento mensal (Precisa ser utilizado a média de 6 meses no mínimo)
Com base no custo de compra, mais a participação das despesas com
vendas, mais os impostos, taxas e margem de lucro, passa-se a formar o Mark-up
que será o indicador para a formação do preço de venda orientativo. Em resumo a
fórmula é:
Mark-up=Impostos + despesas +Margem lucro= valor =índice mark-up
100
Com o índice do Mark-up aplica-se a fórmula sobre o custo apurado e obtêmse o preço de venda orientativo, sendo a formula:
PV= Custo
Mark-up
Pode-se dizer que o preço define a quantidade vendida, ou seja, quanto
menor o preço maior a venda e vice-versa.
Segundo Vieira (2009, p.27-28), no tocante a relação existente entre o
preço fixado e o volume obtido em termos de vendas efetivadas deve-se ter
sempre presente um princípio básico em preços que determina:
a)quanto maior o preço de venda de um produto – um número menor de
unidades será comprada;
b) Quanto menor o preço de venda de um produto – um número maior de
unidades será comprado.
48
Existem varias etapas a serem seguidas para uma melhor determinação e
formação de preços que após definidos merecem acompanhamento contínuo.
Conforme Bomfim e Passarelli (2006, p.434), em síntese a formação de
preços de produtos e serviços passa, normalmente, pelas seguintes etapas:
a)com base nos custos e no objetivo de lucros da empresa, define-se o
preço ideal do bem a ser formado.Esse preço ideal é inicialmente
denominado de “preço preliminar”
b)esse preço preliminar é comparado com o chamado preço máximo
admitido pelo mercado, estimando-se para ambos(preço preliminar e preço
de mercado), os respectivos volumes de vendas.
c)outras alternativas de preços e correspondentes vendas e lucros são
analisadas, escolhendo-se por fim a alternativa que representar mais
lucrativa combinação preço-venda, ou a que melhor atender os objetivos de
longo prazo da empresa.
d)Caso nenhuma alternativas consideradas se revele satisfatória, decisões
relativas á modificação ou ao cancelamento do produto ou a adoção de um
custo-meta a ser perseguido deverão ser tomadas.
e)uma vez implementado um preço de venda, monitora-se de forma
contínua os seus efeitos sobre o faturamento da empresa.O procedimento
de acompanhamento contínuo dos preços de venda.
Os tributos incidentes sobre as vendas do produto ou serviço apreçado são
de vital importância na determinação dos preços de venda, já que o seu
valor integra o montante a ser desembolsado pelo comprador desse produto
ou serviço.
Nem sempre é possível praticar apenas o preço formado pelos métodos de
formação de preços, pois eles precisam ser adequados ao mercado e permitir
retorno do capital investido.
De acordo com Bruni e Famá (2004, p.323), além dos custos, o processo de
formação de preços está ligado às condições do mercado, ao nível de
atividade e à remuneração do capital investido. Dessa forma, o cálculo do
preço de venda deve chegar a um valor que permita trazer à empresa a
maximização dos lucros, ser possível manter a qualidade, atender aos
anseios do mercado àquele preço determinado e melhor aproveitar os
níveis de produção.
As condições que conduzem à formação dos preços podem ser
mencionadas por meio das seguintes características:
a)forma-se um preço base;
b)critica-se o preço-base à luz das características existentes do mercado,
como preço dos concorrentes, volume de vendas, prazo, condições de
entrega, qualidade, aspectos promocionais etc:
c)testa-se o preço às condições do mercado, considerando-se as relações
custo-volume-lucro, alem de aspectos econômicos e financeiros;
d)fixa-se o preço mais apropriado com condições diferenciadas para
atender a volumes diferentes, prazos não uniformes de financiamento de
vendas, descontos para financiamentos(prazos concedidos)mais curtos,
comissões sobre vendas para cada condição.
Aos gestores cabe observar e analisar toda situação que envolve seu produto
e serviço além de custos, a concorrência passa a ser fator decisivo na conquista de
49
espaços e as estratégias devem levar em conta todo e qualquer fator que possa
influenciar na demanda de seus produtos.
Confome Martins (2008, p.218), para administrar preços de vendas, sem
dúvida é necessário conhecer o custo do produto; porém essa informação,
por si só, embora seja necessária, não é suficiente. Além do custo, é
preciso saber o grau de elasticidade da demanda, os preços de produtos
dos concorrentes, os preços de produtos substitutos, a estratégia de
marketing da empresa etc.; e tudo isso depende também do tipo de
mercado em que a empresa atua que vai desde o monopólio ou do
monopsônio até a concorrência perfeita, mercado de commoditieis etc.
A formação de preços com base em custos é muito usado pelas empresas,
através dos métodos de custeio por Absorção e Variável etc, sobre o qual agrega-se
um índice(mark-up), que deve cobrir os gastos não incluídos no custo, os tributos e
comissões incidentes sobre o preço e o lucro desejado pelos gestores.
2.6.1 Formação do Mark-up
O Mark-up é um índice aplicado sobre o custo, para obtenção do preço de
venda, e sua finalidade é cobrir despesas variáveis com vendas não inclusas no
custo, no comercio o custo variável é o valor do preço de custo de mercadorias
compradas para comercialização.
Conforme Bruni e Fama (2004, p.340-341), para se chegar ao preço
praticado, muitas vezes pode-se empregar o mark-up, índice aplicado sobre
os gastos de determinado bem ou serviço., permite a obtenção do preço de
venda.O mark-up sobre o custo variável tem a finalidade de cobrir contas
não consideradas no custo, como os impostos sobre vendas, as taxas sobre
variáveis sobre vendas, as despesas administrativas fixas, as despesas de
vendas fixas, os custos indiretos de produção fixos( a depender da situação
do custeio) e o lucro desejado pela empresa.O mark-up pode ser calculado
de duas formas:multiplicador –mais usual, representa por quanto devem ser
multiplicados os custos variáveis para se obter o preço de venda a praticar;
e divisor – menos usual, representa percentualmente o custo variável em
relação ao preço de venda.
Conforme Bruni e Fama (2004) o Mark-up pode ser calculado de duas formas
multiplicador representa por quanto devem ser multiplicados os custos variáveis e o
divisor representa percentualmente o custo variável em relação ao preço de venda.
50
Em resumo são as seguintes fórmulas:
Multiplicador: Mark-up = Preço de Venda ou
Custo Variável
Divisor: Mark-up =Custo Variável
Mark-up =_____1________
1 - soma taxas percentuais
ou Mark-up = 1- soma taxas percentuais
Preço de venda
Onde: Soma Taxas Percentuais= soma de valores expressos em percentuais que
influenciam no processo de formação de preços, como percentual de lucro desejado, taxa
percentual de despesas diversas etc.
Com aplicação do índice de mark-up sobre os custos, as despesas geradas
com vendas e o lucro desejado estarão embutidos no preço de venda.
Conforme Wernke (2001, p.130), o mark-up, é um índice aplicado sobre o
custo de um bem ou serviço para a formação do preço de venda. Tem por
finalidade cobrir os fatores, como tributação sobre vendas
(ICMs,IPI,PIS,COFINS ou Simples), percentuais incidentes sobre o preço de
venda, despesas administrativas fixas, despesas de vendas fixas, custos
indiretos de produção fixos e margem de lucro.
2.7 Apuração da Margem de Contribuição
A margem de contribuição é o valor com que cada unidade contribui para o
pagamento dos custos e despesas fixas e formar lucro, pode ser unitária quando a
contribuição é por unidade ou total quando sua contribuição decorre de diversos
produtos.
Conforme Vieira (2008, p.39), a margem de contribuição unitária é igual ao
preço de venda unitário do produto (PVu) menos seus custos variáveis
unitários (CVu) e despesas variáveis unitárias (DVu).
MCu = PVu – CVu – DVu
A margem de contribuição total representa a parcela do preço que está
disponível para a cobertura dos custos fixos e para a geração do lucro.
MC Total = MCu x Quantidade Vendida
51
Martins relata (2006, p.178) ” que Margem de contribuição é a diferença entre
a receita e a soma de custos e despesas variáveis e que ela tem a grande virtude
de tornar mais clara esta situação”.
Conforme Martins (2006, p. 179), margem de contribuição por unidade, é a
diferença entre o preço de venda e o Custo variável de cada produto; é o
valor que cada unidade efetivamente traz á empresa de sobra entre sua
receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputado sem
erro.
Na avaliação financeira de produtos o estudo da margem de contribuição é
um instrumento importante, evidenciando que no curto prazo o produto deve deixar
uma parcela positiva (receita menos os custos variáveis) e no longo prazo deve
gerar um valor maior para cobrir seus custos fixos de produção e gere uma
contribuição para cobrir custos fixos comuns além de deixar sobras para empresa.
Conforme Bomfim e Passarelli (2006, p.283), na avaliação de produtos, o
estudo da margem de contribuição é uma importante ferramenta na
avaliação das características financeiras de um produto existente ou mesmo
de um novo produto. Em geral o preço de venda de um determinado
produto deve pelo menos cobrir os seus custos diretos, ou seja, todos os
produtos devem ter margem de contribuição positiva. A margem requerida,
geralmente, depende do tempo de vida esperado desse produto. A curto
prazo, os produtos existentes devem pelo menos deixar uma margem de
contribuição positiva(receita menos os custos variáveis).No longo prazo, as
receitas de um produto existente devem cobrir não somente os custos
variáveis, mas também os custos diretos fixos em geral.No curto prazo, o
total dos custos diretos não pode ser completamente compensado.concluise que em longo prazo, um produto deve gerar receitas que cubram os seus
custos fixos de produção e gerem uma contribuição para cobrir os custos
fixos comuns, além de deixar sobras para a empresa.
O estudo da margem de contribuição é um elemento essencial que auxilia os
gestores na tomada de decisões a curto prazo.
Segundo Wernke (2001, p.42 e 44), a margem de contribuição é o valor
resultante da venda de uma unidade, após deduzidos os custos e despesas
variáveis associados ao produto comercializado. Tal valor contribuirá para
pagar os custos fixos da empresa e gerar lucro.
Segundo o mesmo autor as vantagens e limitações da margem de
contribuição:
a) é um instrumento para avaliar a viabilidade de aceitação de pedidos em
condições especiais;
b) ajudam a administração a decidir que produtos devem merecer maior
esforço de venda ou colocados em planos secundários ou simplesmente
tolerados pelos benefícios de vendas que possam trazer a outros produtos;
c) são essenciais para auxiliar os administradores a decidirem se um
segmento produtivo deve ser abandonado ou não;
52
d) podem ser usadas para avaliar alternativas quanto a reduções de
preços, descontos especiais, campanhas publicitárias especiais e uso de
prêmios para aumentar o volume de vendas;
e) a margem de contribuição auxilia os gerentes a entenderem a relação
entre custos, volume, preços e lucros, fundamentando tecnicamente as
decisões de venda;
f) basear o cálculo dos preços de venda somente com dados da margem
de contribuição pode resultar em valores que não cubram todos os custos
necessários para manter as atividades a longo prazo;
g) é útil para tomada de decisões de curto prazo, mas pode levar o
administrador a menosprezar a importância dos custos fixos.
2.8 Ponto de Equilíbrio
O Ponto de Equilíbrio proporciona o conhecimento do volume que precisa ser
vendido para não ter prejuízo e a partir de quando começa a ter lucro.
Segundo Bruni e Fama (2001, p.49), em determinadas ocasiões, o gestor
necessita saber qual o volume de atividades é o suficiente para que a
empresa não tenha prejuízo. Ou, ainda, qual o nível de produção (ou venda)
deve ser atingido para que a empresa alcance o lucro desejado pelos
acionistas. O ponto equilíbrio representa o nível de vendas em que a
empresa opera sem lucro ou prejuízo. Ou, seja o numero de unidades
vendidas no ponto de equilíbrio é o suficiente para a empresa pagar seus
custos fixos e variáveis, sem gerar lucro.
De acordo com Wernke (2001, p.50), “dependendo da necessidade da
empresa ou gestor, o ponto de equilíbrio possibilita adaptação que suprem as
informações gerenciais não possuídas.”
O Ponto de Equilíbrio é o nível da atividade onde os custos se igualam as
receitas não gerando lucro e nem prejuízo.
Conforme Leone (2008, p.447), “o Ponto de Equilíbrio é o ponto da atividade
da empresa em que não há lucros nem prejuízos o ponto de Equilíbrio pode ser
calculado matematicamente.”
PE= Custo fixo total
Margem contribuição unitária
53
Entende-se que o Ponto de Equilíbrio é onde nível do custo de produção e de
vendas se empatam, não havendo nem lucro e nem prejuízo, e que a situação está
equilibrada entre as despesa totais e os custos totais em relação as suas receitas
totais.Podendo com isso identificar o volume de unidades necessárias para suprir os
gastos fixos, e a partir deste nível passa a ter um nível credor ou devedor,
dependendo da decisão de operar acima ou baixo desse ponto.
Conforme Wernke (2001, p.50 a 55), dependendo da necessidade da
empresa ou do gestor, o ponto de equilíbrio possibilita adaptações que
suprem as informações gerenciais não possuídas. Essas adaptações
originam tipos de ponto de equilíbrio distintos que, se ajustam ás diversas
situações de planejamento das atividades da empresa. Por exemplo: em
alguns casos é necessário fazer o estudo de ponto de equilíbrio em valor e
em outras situações é recomendável a determinação do ponto de equilíbrio
em unidades. As diversas variantes de ponto de equilíbrio são elaboradas
com a retirada de alguns fatores (custos e despesas) da fórmula de cálculo,
com a introdução do valor do lucro que se pretende atingir ou pela inserção
de pagamentos a serem efetuados no período analisado. Em ambos os
casos podem ser calculados em valor e unidade.
1-Ponto equilíbrio contábil em unidades (PEC un.)
PEC un. =
Custos fixos($)
Margem Contribuição unitária($)
Define o numero de produtos(peças,metros,quilos etc.) que devem ser
fabricados e vendidos para que o resultado seja zero(não haja lucro nem
prejuízo).Para determinar tal quantidade, divide-se o valor total dos custos
fixos($) pelo valor da margem de contribuição unitária($).Assim, cada
produto vendido ira cobrir, com sua margem de contribuição unitária, uma
parte dos custos fixos totais da empresa.
1-Ponto equilíbrio Contábil com valor (PEC valor)
PEC valor =
Custos fixos ($)
Percentual da margem de contribuição (%)
O ponto de equilíbrio contábil em valor (PEC valor) representa qual o valor
mínimo (Em$) que deve ser vendido para que a empresa não tenha prejuízo
nem lucro. Esse tipo de ponto é usado quando: a)o numero de produtos
comercializados é muito grande, havendo dificuldades de se obter o mix de
produtos e suas quantidades; b)existem dificuldade de identificar os custos
e despesas fixas para cada produto.
2-Ponto equilíbrio financeiro (PE fin.) em quantidade
PE fin =Custos Fixos ($)-Depreciações ($)+Divida período ($)
Margem de contribuição
No ponto equilíbrio financeiro (PE fin.), calcula-se o nível de atividades (quer
em unidades, quer em valor monetário) suficiente para pagar os custos e
despesas variáveis, os custos fixos (exceto a depreciação) e outras dividas
que a empresa tenha que saldar no período como empréstimos e
financiamentos bancários. A diferença é que nesse tipo exclui-se dos custos
fixos totais o valor relativo a depreciação.
3-Ponto de equilíbrio econômico (PE econ.)
PE econ.=Custos fixos ($)+lucro desejado($)
Margem contribuição unitária
54
A cobrança para o atingimento de metas de lucros obriga o gestor a buscar
a informação de qual numero de unidade é necessário vender para alcan
car o objetivo fixado pela diretoria da empresa.Exclui a variável lucro
desejado .
4-Ponto de equilíbrio mix(em unidades)
PE unidades (mix) =Custos fixos ($)
∑MCUi x Xi
∑(Xi)
∑(
Onde:
∑= somatório
MCUi margem de contribuição unitária
Xi= volume previsto de venda por produto
As fórmulas apresentadas de ponto equilíbrio em unidades (quer contábil,
financeiro ou econômico) são aplicáveis a apenas um produto. Como a
maioria da empresa comercializa diversos produtos, a aplicabilidade de tais
fórmulas é restrita a poucas situações. Para essas empresas, a principal
dificuldade encontrada no cálculo do ponto equilíbrio é a diversidade de
produtos que compõem o mix ofertado e as conseqüências distintas n
margens de contribuição de cada mercadoria.
Para encontrar o ponto equilíbrio em unidades (mix), é necessário duas
etapas. A primeira consiste em determinar o ponto equilíbrio total conforme
fórmula acima. Apos encontrar o numero total de unidades, calcula-se
quanto desse total refere-se aos produtos individualmente, considerando os
percentuais do volume total vendido.
4-Ponto de equilíbrio mix em valor
Para calcular o ponto mix em valor, basta multiplicar o ponto equilíbrio mix
em unidades de cada produto pelo respectivo preço de venda.
O Ponto de Equilíbrio permite através de sua determinação avaliar a empresa
em relação ao nível de operação lucro/prejuízo zero, e a partir disso estabelecer e
planejar metas para se afastar positivamente desse ponto, possibilitando maior
margem de segurança de suas operações.
Segundo Bomfim e Passarelli (2006, p.293) o Ponto de Equilíbrio (também
chamado Ponto de Ruptura ou de Equivalência) representa o nível de
volume de vendas no qual a receita da empresa será igual aos seus gastos
(custos e despesas) totais. A receita que corresponde aos gastos totais da
empresa é chamada Receita de Equilíbrio. Em conseqüência, qualquer nível
de vendas inferior ao do Ponto de Equilíbrio representará perdas,
representando, inversamente. Lucros, quaisquer níveis de vendas que
excedam a Receita de equilíbrio. Em primeiro lugar a Determinação do
Ponto ou receita de equilíbrio permite que a gerencia avalie o desempenho
atual da empresa com relação ao nível de operação de lucro/prejuízo zero,
alertando-a para a eventual necessidade de medidas corretivas
urgentes.Em segundo lugar, definido o volume ou o valor das vendas a
partir das quais a empresa começa gerar lucros, a determinação do Ponto
de equilíbrio traz uma contribuição direta e importante à função de
planejamento da empresa.Determinado o chamado ponto morto, a
superação desse ponto( e pela maior margem possível)passa a ser um
objetivo prioritário da gerência, consciente de que quanto mais se afastar
55
dele(obviamente para o lado positivo) maior será a margem de segurança
das suas operações.
2.9 Margem de Segurança Operacional
A margem de segurança operacional apresenta a quantia das vendas que
ultrapassam o Ponto de Equilíbrio e expressa quanto às vendas podem diminuir sem
que a empresa incorra no prejuízo.
Segundo Bruni e Fama (2004, p.262 e 264), A margem de segurança
consiste na quantia ou índice das vendas que excedem o ponto de equilíbrio
da empresa. Representa o quanto as vendas podem cair sem que a
empresa incorra em prejuízo, podendo ser expressa em quantidade, valor
ou percentual. Pode ser calculada em quantidade, em unidades monetárias
ou em percentual.. A margem de segurança indica a distancia física em que
a empresa está trabalhando em relação ao seu ponto de equilíbrio.
De acordo com Wernke (2001, p.62), “a margem de segurança é o volume de
vendas que supera as vendas calculadas no ponto de equilíbrio. Ou seja, representa
o quanto as vendas podem cair sem que haja prejuízo para a empresa”.
Conforme Leone (2008, p.p.433 e 434), quanto maior a margem de
segurança, melhor para a empresa. A margem Indica que a empresa terá
capacidades para produzir maiores lucros totais. Um nível de ponto de
equilíbrio muito perto do nível da capacidade máxima significa que a
empresa terá menor caminho a percorrer no sentido de lucros maiores. A
margem de segurança é calculada do seguinte modo:
Margem de segurança =Volume de unidade na – Volume no ponto
(em unidades)
Capacidade total de vendas
de equilíbrio
Quanto mais próximo do ponto de equilíbrio máximo maior a margem de
segurança, na busca de maiores lucros.
56
3 GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS NA EMPRESA
RECARGA DE EXTINTORES E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO: Estudo
de Caso
Nesta etapa do trabalho, evidencia-se o desenvolvimento de um sistema de
custos que melhor se identifica com a empresa, também a demonstração de
cálculos para a apuração do custo de aquisição, do levantamento das despesas e da
formação de preços de vendas de seus produtos e serviços, possibilitando análises
de custos, desde a apuração da margem de contribuição pelos preços calculados e
pelos preços atualmente praticados, seguido da apuração do ponto de equilíbrio, da
margem de segurança, que são informações necessárias para completar o
gerenciamento para tomada de decisões com maior segurança.
3.1 Descrição das Atividades da Empresa
A empresa possui duas atividades distintas, que são comercialização de
produtos de segurança e serviços de recarga de extintores, de modo que a empresa
é uma intermediaria na revenda de produtos e também produtora de serviços.
Na atividade comercial foi observado que o preço de aquisição do produto
influencia diretamente no preço de venda, sendo o aspecto básico do custo total do
produto, apenas acrescido pelas despesas relacionadas a atividade e pelo mark-up.
Na seqüência o fluxo entrada do produto para revenda:
Entrada
produto
Calculo custo
aquisição
Formação
preço venda
Disposição prateleira
e posterior venda
Figura 5: Fluxograma do produto
Fonte: Dados conforme pesquisa
Para a realização do serviço de recarga é preciso seguir uma regulamentação
conforme legislação do INMETRO, os quais se podem verificar no fluxograma a
seguir:
57
Recebimento de
Extintores
Aprovado Cliente
Conferencia da ordem
de Serviço
Registro dos Dados do
Extintor
Reprovado
Oficina
Nível I
Controle da Qualidade
Limpeza
Nível II
Rotulagem
Desmonte dos
Componentes
Pintura de
Acabamento
Inspeção Geral dos
Componentes
Limpeza dos
Componentes
Recarregar
Nível III
Decapagem
Gravar Cilindro
Ensaio
Hidrostático
Aferição dos
Componentes
Montar componentes
Pintura dos
Componentes
Pintar
Aprovado
Aprovado Cilindro
Inspecionar
Reprovado
Reprovado
Clientes
Fosfatizar
Figura 6: Fluxograma do processo de recarga conforme normas INMETRO
Fonte: Dados conforme pesquisa
58
O processo de recarga na empresa em estudo passa pelas seguintes etapas:
1- Retirada do cliente, dando entrada na manutenção da empresa onde
primeiramente é feito conferencia das anotações da ordem serviço e verificado o
registro dos dados do extintor que constam no selo, o que identifica se a recarga
anterior havia sido feita pelos mesmos e que possibilita uma nova recarga, pois só é
permitido 5 recargas e após o pó deve ser todo novo, quanto ao cilindro e demais
componentes são desmontados e reaproveitados ou caso necessário efetuada a
devida limpeza e manutenções necessárias.
2- Após conclusão anterior dá-se a entrada na cabine de pó para efetuar descarte
do pó velho, recarregado, fechado e efetuando a devida pesagem.
A cada 5 anos é necessário fazer o teste hidrostático, para comprovação da
segurança do cilindro, sendo que a empresa está apta a realizar esse processo em
todos os extintores, pois se forem recargas de terceiros , a empresa faz igualmente
o teste hidrostático para garantir a segurança de seus serviços, o qual nem todas
empresas de recarga fazem, sendo um diferencial dessa prestação de serviços.
3- A continuação segue colocando pressão no extintor através da maquina de
pressurização.
4- A qualidade e segurança são imprescindíveis e nesta etapa é feita em um tanque
de água a verificação da existência de vazamento.
5- E somente após é colocado o lacre adesivo que é um controle licenciado pelo
Inmetro,e selado dando a qualidade do serviço.
6- Concluído esse processo, com a recarga e verificação estará pronto para entrega
e instalação.
O tempo para que seja iniciado o serviço até a fase final de um extintor é
variável, em função da distância dos seus recolhimentos e dos seus tamanhos que
podem ser de 4kg, 6kg, 8kg e 12kg , na ordem exemplifica-se um extintor de 4kg.
a) A distancia percorrida para busca do extintor é um fator a ser discutido e
repensado, pela variação de tempo e do km rodado, presume-se uma média de 15
minutos dentro da cidade .
b) Na sala de manutenção é realizada a avaliação do cilindro, da válvula, do relógio,
da mangueira o que demora em torno de 15 minutos.
59
c) Existe a maquina descarte pó, onde se abre o extintor e se faz o descarte, o que
leva em torno de 1minuto.
d) Após determinar com segurança, o profissional leva o cilindro para máquina do
pó, onde é preenchido na quantidade determinada o que em tempo leva 2 minutos.
e) Segue-se o preenchimento, onde também é fechado e pressurizado em apenas 3
minutos.
f) A fase final consiste em adesivação, selagem, lacre e para isso gera 3 minutos
Em resumo, o processo para um extintor de 4 kg leva em média 39 minutos
para o serviço completo, e o tempo de processo dos demais extintores de 6 kg, 8 kg
e 12 kg aumenta proporcionalmente ao seu peso, varia também, devido a distancia,
o tempo que leva para sua devolução e instalação junto ao cliente.
Os extintores que mais são vendidos para o comércio em geral são os de 4kg
e para empresas maiores são os de 6 kg, 8kg e 12kg.
Após a descrição dos dois tipos de atividade desenvolvidas pela empresa, ou
seja, a comercialização de produto e os serviços de recarga, apresenta-se na
seqüência o cálculo dos custos e preços da atividade comercial.
3.2 Custo de Aquisição das Mercadorias
Neste item apresenta-se o cálculo dos custos de aquisição das mercadorias
para a venda e o custo das matérias primas utilizadas nos serviços.
3.2.1 Custo de Aquisição dos Produtos para Venda
Os custos dos produtos revendidos são calculados, somando ao total do
produto o valor do frete, e proporcionalmente quando existirem vários itens na
mesma nota fiscal. Além disso, o IPI, a Substituição tributária também são
adicionados ao custo em função da empresa estar enquadrada no Simples Nacional
e não aproveitar o crédito dos mesmos.
60
Quadro 6: Custo de aquisição dos produtos
PRODUTOS
VALOR FRETE ICMS IPI
Botina com e sem cadarço preto
27,00
1,18
Botina marrom solado borracha
34,00
2,37
Botina Metatarso
Sapato pu bt dens c/ cadarço
Sapato marrom solado borracha
Capa chuva transparente s/ forro GG
Capa chuva transparente s/forro G
Capa chuva amarela com forro GG
Lente ret. Verde 108x51 ton. 12
Lente ret. Verde 108x51 ton. 14
Mascara / escudo celeron p/ solda
Mascara Respirador PFF1 c/ válvula
Mascara respirador pff2 dobrável
Protetor facial incolor
Protetor Auricular
Touca Clipada
Capacete ledan
Cone borracha am/PR
Disco corte metal 4 1/2x1/8x7/8 redescor
Disco corte metal 9"x1/8x7/8 a24rb32
Disco desbaste 4 1/2x3/16x7/8 a82rb
Placas poliestireno 1 mm-n fume
Placas poliestireno 0,5 mm - saída
Extintor PQS 4 kg - novo BC
Extintor PQS 8 kg novo BC
Extintor AP 10 l- água
Extintor PQS 2 kg – Validade 5 Anos -novo abc
Extintor PQS 4 kg- novo abc
Extintor PQS 6 kg novo abc
Extintor PQS 1 kg Universal novo ABC
Extintor PQS 1 kg Fiat novo abc
Macacão Brasmo de segurança
suporte veicular de 1 kg
30,00
24,00
35,00
8,56
8,56
12,50
0,90
0,00
1,01
0,00
0,00
0,00
0,07
0,19
0,00
12,50
0,53
0,53
39,05
3,20
1,76
15,11
*
0,68
*
10,27
8,50
6,00
1,27
2,56
1,69
*
2,00
2,00
*
1,00
8,00
8,56
*
1,69
12,00
0,00
*
2,56
31,00
8,56
*
1,27
31,00
*
0,00
*
6,00
80,00
*
2,70
12,00
2,97
3,00
5,26
6,14
1,53
1,53
1,00
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
24,00
36,01
*
8,50
68,50
*
*
15,11
45,00
0,00
*
*
1,76
49,50
30,90
*
3,20
70,00
*
*
39,05
47,00
36,37
*
*
0,53
10,08
28,18
*
0,53
0,61
*
*
CUSTO
49,70
5,26
87,26
52,47
48,00
73,76
86,14
32,53
32,53
12,00
8,00
61
Suporte veicular de 4 e 6 kg
Suporte de chão
Luminária de emergência 2X8W
Luva Nitrílica Sensíflex azul P M G XG cx/100
Luva VINIL s/ AMIDO-. Tipo proced.P-M-G cx/100
Óculos ÁGUIA incolor- anti-risco – cordão antiquedas
Óculos águia fume anti-risco cordão anti-quedas
Avental Vinil Especial – 120 x 70 cm
Protetor auditivo concha
Luva de neoprene e látex
Luva tricotada algodão 4 fios pigmentada 1 LADO
Luva tricotada algodão 4 fios pigmentada 2 LADOS
Luva raspa punho 7 cm
CA 17233 c/ reforço
interno
Luva mista raspa / vaqueta punho 7 cm
Avental leit.135 x 80 x 1,5cm PC C/ 100 32,00
Luva vaqueta protlyne
*
15,00
15,00
17,00
15,00
*
26,00
21,50
15,00
*
0,40
0,32
26,00
*
21,90
*
17,32
*
3,12
3,35
0,32
0,34
1,64
4,95
1,90
5,59
6,30
*
3,90
1,14
1,51
*
6,30
3,95
*
0,07
0,10
0,14
3,90
*
4,02
*
1,24
*
1,78
*
6,50
0,39
8,50
0,14
10,00
6,89
*
0,02
*
8,50
0,01
*
0,17
10,00
Fonte: Dados conforme pesquisa
*A empresa em estudo não se credita de ICMS sobre compras, pois é optante
pelo Simples Nacional.
3.2.2 Custo de Aquisição das Matérias Primas para os serviços
O custo da matéria prima dos serviços varia de acordo com o peso de cada
extintor e também conforme sua classificação ou finalidade, pois existem extintores
específicos para cada tipo de incêndio.
Na seqüência o quadro 7, apresenta os custos com as matérias primas
utilizados nos serviços de recargas.
62
Quadro 7 :Custo da matéria prima dos serviços de recarga
MATERIAIS DOS SERVIÇOS
Recarga Extintor PQS 1 kg BC
Recarga Extintor PQS 2 kg BC
Pó/nitrog. Perinha Oringue Cordão TOTAL
Água
3,39
0,18
0,29
0,14
4,00
6,78
0,18
0,29
0,14
7,39
Recarga Extintor PQS 4 kg BC
13,56
0,18
0,29
0,14
14,17
Recarga Extintor PQS 6 kg BC
20,34
0,18
0,29
0,14
20,95
Recarga Extintor PQS 8 kg BC
27,12
40,68
0,00
25,96
0,18
0,18
0,18
0,18
0,29
0,29
0,29
0,29
0,14
0,14
0,14
0,14
27,73
41,29
0,61
26,57
Recarga Extintor PQS 12 kg BC
Recarga Extintor AP 10 litros
Recarga Extintor PQS 4 kg- ABC
Fonte: Dados fornecidos pela empresa
Foi verificado na nota fiscal, o custo do Nitrogênio e do quilo de pó químico
utilizado nos extintores de acordo com a demonstração abaixo para determinar o
custo por quilo:
Pó Químico BC
Nitrogênio R$ 0,99 + 2,40=R$ 3,39 x quilos extintor
Pó Químico AB
Nitrogênio 0,99+5,50=6,49 x quilos extintor
O pó e o nitrogênio utilizado na recarga variam de acordo com o peso do
extintor e os demais acessórios são todos substituídos pela manutenção a cada
recarga.
O pó químico apresenta-se em duas formulas sendo eles o BC e o AB, ambos
matéria-prima usada na recarga de acordo com a finalidade de cada um, ao
contrario do nitrogênio que é único e varia apenas pela quantidade utilizada.
Segue dados de cada tipo de extintor com sua devida finalidade.
O extintor BC tem em sua formula o pó químico que apaga através de abafamento,
é usado para apagar líquidos inflamáveis, incêndios elétricos muito utilizado
principalmente em Postos de combustíveis.
O extintor ABC apaga papel, madeira, e consegue também neutralizar incêndios
elétricos, sendo o mais instalado em lojas e empresas gerais e sua composição é
63
de um pó que alem do efeito de abafar tem o diferencial que torna o pó seco em
úmido em segundos neutralizando o foco de incêndio.
O extintor AP 10 litros tem a finalidade de apagar papéis e madeira e em sua
composição água, procurado principalmente onde existe um alto volume desses dois
produtos.
3.3 Despesas Mensais
A empresa em estudo possui inúmeras despesas as quais são demonstradas
a seguir, sendo que as despesas mensais da empresa foram comparadas com o
total do faturamento para se chegar a representatividade da despesa, e com isso ter
o índice percentual para se chegar na análise de 50 produtos em estudo.
3.3.1 Despesas com Pessoal
O custo e despesas com pessoal se constituem em apenas dois
colaboradores que atuam na elaboração do serviço de recarga e no atendimento ao
público, tanto interno quanto externo. Em relação ao produto comercializado ou ao
serviço prestado, existe a necessidade de um dos funcionários deslocar-se para
revender externamente e outro permanece na oficina, para serviços e se necessário
atendimento no balcão juntamente com a sócia.
A empresa funciona de segunda a sábado, mantendo uma jornada
de 8
horas de segunda a sexta e aos sábados mais 4 horas, o que corresponde a 44
horas semanais.
64
Quadro 8: Despesas com pessoal
Núm. De Funcionários
Salário e Encargos
Produção
Salário
Adicional Insalubridade
Subtotal
(+)Prov. Férias
2
% sobre o salário
8,33%
(+)Prov. 13°
(+)1/3 Férias
(=) Subtotal
(+) Previdência Social
(+) FGTS
(+) Previsões
(=) Total
8,33%
2,78%
FUNC.A
465,00
465,00
38,73
FUNC B
465,00
465,00
38,73
TOTAL
930,00
38,73
12,93
555,40
38,73
12,93
555,40
77,47
25,85
1.110,79
37,20
32,55
625,15
0,00
37,20
32,55
625,15
0,00
74,40
32,55
1.217,74
Optante do
simples
8,00%
7,00%
930,00
77,47
Fonte: Dados conforme pesquisa
A empresa por ser optante do simples, apenas repassa o INSS descontado
dos funcionários. A parte da empresa está incluída no recolhimento do imposto do
simples nacional.
3.3.2 Despesas com Depreciação
Ao longo do tempo, o desgaste com o uso dos bens vão perdendo valor.
Essa perda é apropriada pela contabilidade periodicamente na conta de
depreciação, até que esse valor tenha atingido o valor total a ser depreciado, que
não é o valor total do bem, ele é composto pelo valor do bem menos o valor residual.
A depreciação do ativo imobilizado diretamente empregado nos serviços, foi
alocada como custo, por sua vez, os ativos que não foram usados diretamente na
produção, terão suas depreciações contabilizadas como despesa.
Os bens e equipamentos, veículos e notebook com o decorrer do tempo
perdem seu valor, diminuindo seu valor o que torna necessário um acompanhamento pela relevância que significa.
65
Quadro 9: Despesas com Depreciações
Valor
Residual
10%
Valor a Ser
Depreciado
Depreciaç
ão / Ano
Depreciação /
Mês
2.090,00
209,00
1.881,00
10
188,10
15,68
Maquina abastecer
extintores
24.781,00
2.478,10
22.302,90
10
2.230,29
185,86
Maquina abastecer
extintores
1.219,00
121,90
1.097,10
10
109,71
9,14
Motobomba
Centrifuga
270,00
27,00
243,00
10
24,30
2,03
Decumidificador
960,00
96,00
864,00
10
86,40
7,20
Notebook
2.400,00
240,00
2.160,00
5
432,00
36,00
Veiculo Fiat Fiorino
7.800,00
780,00
7.020,00
5
1.404,00
117,00
Total
39.520,00
3.952,00
35.568,00
4.474,80
372,90
Equipamento
Balanças
Valor
Bem
Vida
Útil
Fonte: Dados fornecidos pela Empresa
O método utilizado para o cálculo da depreciação foi o linear (vida útil). Onde
o valor a ser depreciado é obtido através do valor do bem subtraído o valor residual.
Dividindo-se pelos anos de vida útil obtêm-se a depreciação anual, que por sua vez
divido por doze fornecerá o valor da depreciação mensal. Para efeito de cálculo, a
empresa determinou um percentual de 10% como valor residual.
O valor mensal da depreciação é de R$ 372,90, dos quais R$ 219,90
correspondem ao custo com recarga de extintores e R$ 153,00 se referem ao custo
com demais despesas da empresa.
3.3.3 Total das Despesas Mensais
Após o custo de aquisição, tanto dos produtos para revenda, quanto da
matéria prima dos serviços de recarga, levantou-se as despesas mensais da
empresa, envolvendo as despesas com pessoal e depreciações apuradas nos itens
66
anteriores, e todas as outras despesas que envolvem as atividades da empresa, as
quais são apresentadas na seqüência.
Quadro 10: Despesas médias período julho a setembro 2009.
Despesas
Depreciação maq. serviços
Depreciação Equip. / Veic.mercadorias
Telefone
Energia
Publicidade
Aluguel
Pró-Labore
Material de expediente
Financiamento
Manutenção e Combustíveis Veículos
Impostos e Taxas Diversas
Salários e Encargos sociais
Manutenção e Conservação
Contador
Despesas diversas
Donativos e Contribuições (ACI)
Juros e Despesas financeiras
Despesas Totais
Faturamento médio total
% despesas sobre o faturamento
Fonte: Dados fornecidos pela empresa
Fixas
219,90
153,00
593,31
69,00
307,00
1.033,34
930,00
504,90
511,54
412,09
359,06
1.217,74
413,94
158,00
24,00
190,00
504,21
7.601,03
27.178,58
27,97
Observa-se que o percentual das despesas sobre o faturamento, gira em
torno de 27,97%, representando assim o quanto as despesas são significativas no
desempenho dessas duas atividades.
Pela demonstração gráfica é possível verificar que a maior participação das
despesas totais mensais, está concentrada nos salários e aluguel e a menor
participação é das despesas diversas e da energia elétrica, salienta-se que essas
despesas se referem a movimentação média mensal e não apenas dos 50 produtos
em estudo.
67
0%
2%
Valor despesas Mensais
2%
7%
5%
5%
8%
1%
4%
14%
16%
5%
5%
7%
12%
7%
Depreciação
Energia
Aluguel
Material de expediente
Manutenção e Combustíveis Veículos
Salários e Encargos sociais
Contador
Donativos e Contribuições (ACI)
Telefone
Publicidade
Pró-Labore
Financiamento
Impostos e Taxas Diversas
Manutenção e Conservação
Despesas diversas
Juros e Despesas financeiras
Gráfico 1 : Percentual Despesas Mensais
Fonte: Dados conforme pesquisa
Para fins análise, foram demonstrados a venda média dos 50 itens em
estudo, no quadro a seguir foi evidenciado o preço de venda atual multiplicado pela
quantidade média mensal de vendas o que nos forneceu um total de R$ 9.822,31
referente produtos e R$ 4.588,00 referente serviços, perfazendo uma venda total
média de R$14.410,31 conforme mostra o quadro 11.
Quadro 11: Preço de Venda atual x quantidade venda média mensal
PRODUTOS
PV
Atual
Quant.
média
Vendas no
mês
Receita
Mensal
Botina com e sem cadarço preto
42,00
6
252,00
Botina marrom solado borracha
62,00
1
62,00
Botina Metatarso
48,00
3
144,00
Sapato pu bt dens c/ cadarço
42,00
6
252,00
Sapato marrom solado borracha
62,00
3
186,00
Capa chuva transp. s/ forro GG
16,00
1
16,00
Capa chuva transp. s/forro G
15,00
1
15,00
68
Capa chuva amarela com forro GG
18,00
1
18,00
Lente ret. Verde 108x51 ton. 12
1,50
4
6,00
Lente ret. Verde 108x51 ton. 14
1,50
3
4,50
48,00
3
144,00
Mascara Respirador PFF1 c/ válvula
5,50
10
55,00
Mascara respirador pff2 dobrável
2,90
49
142,10
22,00
3
66,00
1,60
53
84,80
Touca Clipada
14,87
7
104,09
Capacete ledan
14,70
1
14,70
Cone borracha am/pr
23,40
2
46,80
Disco corte metal 4 1/2x1/8x7/8 redescor
2,30
5
11,50
Disco corte metal 9"x1/8x7/8 a24rb32
4,95
9
44,55
Disco desbaste 4 1/2x3/16x7/8 a82rb
3,15
7
22,05
Placas polietileno 1 mm-n fume
8,00
1
8,00
Placas polietileno 0,5 mm -saída
Extintor PQS 4 kg - novo BC
6,00
1
6,00
121,00
8
968,00
135,00
2
270,00
120,00
1
120,00
95,00
1
95,00
180,00
17
3.060,00
190,00
2
380,00
62,00
1
62,00
62,00
1
62,00
36,70
2
73,40
18,00
1
18,00
32,00
2
64,00
32,00
1
32,00
38,00
8
304,00
31,50
4
126,00
24,00
38
912,00
6,70
28
187,60
6,90
18
124,20
10,00
1
10,00
Mascara / escudo celeron p/ solda
Protetor facial incolor
Protetor auricular
Extintor PQS 8 kg - novo BC
Extintor AP 10 l- água
Extintor PQS 2 kg – Validade 5 Anos -novo
abc
Extintor PQS 4 kg- novo abc
Extintor PQS 6 kg novo abc
Extintor PQS 1 kg Universal novo ABC
Extintor PQS 1 kg Fiat novo abc
Macacão Brasmo de segurança
Suporte veicular de 1 kg
Suporte veicular de 4 e 6 kg
Suporte de chão
Luminária de emergência 2X8W
Luva Nitrílica Sensíflex azul P M G XG
cx/100
Luva VINIL s/ AMIDO-. Tipo proced. P-M-G
cx/100
Óculos ÁGUIA incolor- anti-risco – cordão
anti-quedas
Óculos águia fume anti-risco cordão antiquedas
Avental Vinil Especial – 120 x 70 cm
69
Protetor auditivo concha
Luva de neoprene e látex
Luva tricotada algodão 4 fios pigmentada 1
LADO
Luva tricotada algodão 4 fios pigmentada 2
LADOS
Luva raspa punho 7 cm
CA 17233 c/
reforço interno
Luva mista raspa / vaqueta punho 7 cm
Avental leit.135x80x1,5cm C/ 100 32,00
Luva vaqueta protlyne
9,50
1
9,50
4,70
41
192,70
2,20
95
209,00
2,90
35
101,50
8,40
24
201,60
12,00
22
264,00
0,32
666
213,12
14,40
4
57,60
Total
SERVIÇOS
Recarga Extintor PQS 1 kg BC
Recarga Extintor PQS 2 kg BC
Recarga Extintor PQS 4 kg BC
Recarga Extintor PQS 6 kg BC
Recarga Extintor PQS 8 kg BC
Recarga Extintor PQS 12 kg BC
Recarga Extintor AP 10 litros
Recarga Extintor PQS 4 kg- ABC
Total
9.822,31
10,00
16
160,00
22,00
2,00
44,00
38,00
34,00
1292,00
44,00
12,00
528,00
49,00
12,00
588,00
68,00
13,00
884,00
38,00
24,00
912,00
60,00
3,00
180,00
1320
4.588,00
Receita produtos
9.822,31
Receita serviços
4.588,00
Total receita itens em estudo
14.410,31
Faturamento médio
% dos produtos em estudo sobre o
faturamento
27.178,58
53,02
total das despesas mensais
7.601,03
Valor das despesas dos produtos em estudo
4.030,13
Valor total despesas mensais
4.030,13
Valor faturamento médio mensal
% dos produtos em estudo
Fonte: Dados fornecidos pela empresa
14.410,31
27,9669903
70
O valor total do faturamento médio da empresa foi de R$ 27.178,58 e dos 50
produtos em estudo foi de R$ 14.410,31, atingindo o percentual de 53,02% a
representação desses 50 itens em relação ao faturamento total médio, chega-se no
valor médio das despesas mensais destes produtos, ou seja, aplicando esse índice
sobre as despesas totais de R$ 7.601,03, obtem-se R$ 4.030,13 o que representa
as despesas médias dos 50 produtos analisados.
Conclui-se então que esses 50 itens são responsáveis pela cobertura das
despesas em R$ 4.030,13 em função do faturamento ser de R$ 14.410,31, que
representa um percentual de despesa em relação da receita de 27,97%, sendo a
base para a formação do Mark-up.
3.4 Formações dos Preços de Venda dos Produtos e Serviços
A composição do preço de venda ideal está assim representada: 27,97% que
corresponde as despesas em relação a receita total, o imposto simples está
enquadrado na faixa de 6,84% para produtos (IRPJ, CSLL,COFINS, PIS/PASEP,
INSS e ICMS) e para os serviços 10,26% (IRPJ,CSLL, COFINS, PIS/PASEP, INSS e
ISS) devido ao seu faturamento nos últimos 12 meses; a comissão paga ao
funcionário é de 2% sobre produtos vendidos e 3,33% sobre os serviços prestados,
sendo que o lucro desejado é na ordem de 6% para produtos, 15% para extintores
novos e 25% para serviços de recarga.Com isso se alcançou um índice de Mark-up
divisor de 0,5719 e multiplicador de 1,7485 para produtos comercializados, já para
extintores novos o índice divisor é 0,4686 e multiplicador é 2,1340 e por fim para o
serviço de recarga um Mark-up divisor de 0,3344 e multiplicador de 2,9905.Os quais
aplicados sobre o custo de aquisição fornecerão o preço de venda orientativo.
Com a definição do Mark-up, que é um valor adicionado ao custo para
obtenção do lucro, calcula-se o preço orientativo que segue conforme quadro 12.
71
Quadro 12: Formação do Mark-up
Produtos
%
%IMPOSTO
DESPESA SIMPLES
%
%
MARK-UP MARK-UP
COMISSÃO LUCRO DIVISOR
MULTIPL.
Botina com e sem cadarço preto
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Botina marrom solado borracha
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Botina Metatarso
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Sapato pu bt dens c/ cadarço
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Sapato marrom solado borracha
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Capa chuva transp. s/ forro GG
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Capa chuva transp. s/forro G
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Capa chuva amarela com forro GG
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Lente ret. Verde 108x51 ton. 12
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Lente ret. Verde 108x51 ton. 14
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Mascara / escudo celeron p/ solda
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Mascara respirador Pff1 c/ válvula
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Mascara respirador pff2 dobrável
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Protetor facial incolor
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Protetor auricular
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Touca Clipada
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Capacete ledan
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Cone borracha amarelo preto
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Disco corte metal 4 1/2x1/8x7/8
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Disco corte metal 9"x1/8x7/8a24rb32
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Disco desbaste 4 1/2x3/16x7/8a82rb
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Placas polietileno 1 mm-n fume
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Placas polietileno 0,5 mm -saída
Extintor PQS 4 kg- novo BC
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
27,97
6,84
3,33
15,00
0,4686
2,1340
Extintor PQS 8 kg -novo BC
27,97
6,84
3,33
15,00
0,4686
2,1340
Extintor AP 10 l- água
27,97
6,84
3,33
15,00
0,4686
2,1340
Extintor PQS 2 kg Valid.5 anos n.abc
27,97
6,84
3,33
15,00
0,4686
2,1340
Extintor PQS 4 kg- novo abc
27,97
6,84
3,33
15,00
0,4686
2,1340
Extintor PQS 6 kg novo abc
27,97
6,84
3,33
15,00
0,4686
2,1340
Extintor PQS 1 kg Universal n.abc
27,97
6,84
3,33
15,00
0,4686
2,1340
Extintor PQS 1 kg Fiat novo abc
27,97
6,84
3,33
15,00
0,4686
2,1340
Macacão Brasmo de segurança
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Suporte veicular de 1 kg
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Suporte veicular de 4 e 6 kg
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Suporte de chão
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Luminária de emergência 2X8W
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Luva Nitríl.Sensíflex PMG XG cx/100
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Luva
c/100
vin.s/amid.T.procd. PMG cx
72
Óculos ÁGUIA incolor- anti-risco –
cordão anti-quedas
Óculos águia fume anti-risco cordão
anti-quedas
Avental Vinil Especial – 120 x 70 cm
Protetor auditivo concha
Luva de neoprene e látex
Luva tricotada algodão 4 fios
pigmentada 1 lado
Luva tricotada algodão 4 fios
pigmentada 2 lados
Luva raspa punho 7 cm
CA 17233
c/ reforço interno
Luva mista rasp.vaqueta punho 7 cm
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
27,97
27,97
6,84
6,84
2,00
2,00
6,00
6,00
0,5719
0,5719
1,7485
1,7485
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Avental leit.135 x 80 x 1,5 cm PC
C/100 = 32,00
Luva vaqueta protlyne
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
27,97
6,84
2,00
6,00
0,5719
1,7485
Recarga Extintor PQS 1 kg BC
27,97
10,26
3,33
25,00
0,3344
2,9905
Recarga Extintor PQS 2 kg BC
27,97
10,26
3,33
25,00
0,3344
2,9905
Recarga Extintor PQS 4 kg BC
27,97
10,26
3,33
25,00
0,3344
2,9905
Recarga Extintor PQS 6 kg BC
27,97
10,26
3,33
25,00
0,3344
2,9905
Recarga Extintor PQS 8 kg BC
27,97
10,26
3,33
25,00
0,3344
2,9905
Recarga Extintor PQS 12 kg BC
27,97
10,26
3,33
25,00
0,3344
2,9905
Recarga Extintor AP 10 litros
27,97
10,26
3,33
25,00
0,3344
2,9905
Recarga Extintor PQS 4 kg- ABC
27,97
10,26
3,33
25,00
0,3344
2,9905
Fonte: Dados conforme pesquisa
A empresa estima que a maior margem de lucro esteja no serviço de recarga,
onde alcança 25%, pois o serviço é realizado no próprio estabelecimento
proporcionando um menor custo e conseqüentemente maior resultado. A
organização está voltada para o serviço de recarga e comercialização de extintores,
sendo que entre a aquisição e revenda de extintores novos o alcance da margem de
lucro é 15% bem distante dos demais produtos comercializados que complementam
a atividade, porém a margem é de apenas 6%, mas que são necessários devido a
necessidade desses produtos no segmento de proteção e segurança que é a
atividade da organização.
Com base nessas informações, foram calculados os preços orientativos,
seguindo a lógica da margem de lucratividade que a empresa deseja possuir, e dos
impostos e taxas que já são estimados, os quais o gestor não tem interferência, e
73
das despesas, que na maioria das vezes o gestor não te o conhecimento de sua
efetiva representatividade em relação à receita total.
3.4.1 Preço de Venda Orientativo
Para a formação do preço orientativo tanto pelo método de custeio por
absorção, quanto no custeio variável, foi necessário apurar o Mark-up.
Foi utilizado o custo total de aquisição já calculado anteriormente e dividido
pelo Mark-up, assim obtem-se o preço de venda orientativo, que é o valor que
deveria ser vendido cada item para se obter o lucro pré-definido, conforme
percentuais relacionados no quadro 13 os quais podem ser visualizados a seguir.
Quadro13: Formação do Preço de Venda Orientativo
PRODUTOS
CUSTO
MARK-UP
AQUISIÇÃO
DIVISOR
PV
ORIENTATIVO
Botina com e sem cadarço preto
28,18
0,5719
49,27
Botina marrom solado borracha
36,37
0,5719
63,59
Botina Metatarso
30,90
0,5719
54,03
Sapato pu bt densidade c/ cadarço
24,00
0,5719
41,96
Sapato marrom solado borracha
36,01
0,5719
62,96
Capa chuva transparente s/ forro GG
8,56
0,5719
14,97
Capa chuva transparente s/forro G
8,56
0,5719
14,97
Capa chuva amarela com forro GG
12,50
0,5719
21,86
Lente ret. Verde 108x51 ton. 12
0,53
0,5719
0,93
Lente ret. Verde 108x51 ton. 14
0,53
0,5719
0,93
39,05
0,5719
68,28
Mascara Respirador PFF1 c/ válvula
3,20
0,5719
5,60
Mascara respirador pff2 dobrável
1,76
0,5719
3,08
15,11
0,5719
26,42
0,68
0,5719
1,19
Touca Clipada
10,27
0,5719
17,96
Capacete ledan
8,50
0,5719
14,86
Mascara / escudo celeron p/ solda
Protetor facial incolor
Protetor Auricular
74
Cone borracha amarelo/preto
6,00
0,5719
10,49
Disco corte metal 4 1/2x1/8x7/8 redescor
1,27
0,5719
2,22
Disco corte metal 9"x1/8x7/8 a24rb32
2,56
0,5719
4,48
Disco desbaste 4 1/2x3/16x7/8 a82rb
1,69
0,5719
2,95
Placas poliestireno 1 mm-n fume
2,00
0,5719
3,50
Placas poliestireno 0,5mm - saída
Extintor PQS 4 kg - novo BC
1,00
0,5719
1,75
49,70
0,4686
106,06
87,26
0,4686
186,22
52,47
0,4686
111,97
48,00
0,4686
102,43
73,76
0,4686
157,41
86,14
0,4686
183,83
32,53
0,4686
69,42
32,53
0,4686
69,42
12,00
0,5719
20,98
8,00
0,5719
13,99
15,00
0,5719
26,23
15,00
0,5719
26,23
26,00
0,5719
45,46
21,90
0,5719
38,29
17,32
0,5719
30,28
4,95
0,5719
8,65
5,59
0,5719
9,77
6,30
0,5719
11,02
3,90
0,5719
6,82
4,02
0,5719
7,03
1,24
0,5719
2,17
1,78
0,5719
3,11
6,89
0,5719
12,05
8,50
0,5719
14,86
0,17
0,5719
0,30
10,00
0,5719
17,48
4,00
0,3344
11,96
7,39
0,3344
22,10
Extintor PQS 8 kg novo BC
Extintor AP 10 l- água
Extintor PQS 2 kg – Validade 5 Anos -novo abc
Extintor PQS 4 kg- novo abc
Extintor PQS 6 kg novo abc
Extintor PQS 1 kg Universal novo ABC
Extintor PQS 1 kg Fiat novo abc
Macacão Brasmo de segurança
Suporte veicular de 1 kg
Suporte veicular de 4 e 6 kg
Suporte de chão
Luminária de emergência 2X8W
Luva Nitrílica Sensíflex azul P M G XG cx/100
Luva VINIL s/ AMIDO-. Tipo proced.P-M-G cx/100
Óculos ÁGUIA incolor- anti-risco – cordão antiquedas
Óculos águia fume anti-risco cordão anti-quedas
Avental Vinil Especial – 120 x 70 cm
Protetor auditivo concha
Luva de neoprene e látex
Luva tricotada algodão 4 fios pigmentada 1 LADO
Luva tricotada algodão 4 fios pigmentada 2
LADOS
Luva raspa punho 7 cm
CA 17233 c/ reforço
interno
Luva mista raspa / vaqueta punho 7 cm
Avental leit.135 x 80 x 1,5cm PC C/ 100 32,00
Luva vaqueta protlyne
Recarga Extintor PQS 1 kg BC
Recarga Extintor PQS 2 kg BC
75
Recarga Extintor PQS 4 kg BC
Recarga Extintor PQS 6 kg BC
Recarga Extintor PQS 8 kg BC
Recarga Extintor PQS 12 kg BC
Recarga Extintor AP 10 litros BC
Recarga Extintor PQS 4 kg- ABC
14,17
0,3344
42,37
20,95
0,3344
62,65
27,73
0,3344
82,93
41,29
0,3344
123,48
0,61
0,3344
1,82
26,57
0,3344
79,46
Fonte: Dados conforme pesquisa
Observando os preços apresentados no quadro 13, a organização tem uma
orientação segura dos preços que deveria praticar para alcançar o lucro almejado.
3.4.2 Preço de Venda Mínimo
Na seqüência é possível verificar por quanto cada produto pode ser vendido
sem gerar nenhuma margem de lucro, apenas cobrindo os custos de aquisição ou
produção, mais os impostos e despesas. Nesse método que se chama de custeio
variável, é onde a organização tem a informação por quanto pode vender o seu
produto ou serviço pelo preço mínimo sem gerar lucratividade, mas também com
margem de lucro zero, nula.
Quadro14: Preço venda mínimo
PRODUTOS
CUSTO
Aquisição
Mark-up
Lucro
PV
Mínimo
Botina com e sem cadarço preto
28,18
0,6319
44,59
Botina marrom solado borracha
36,37
0,6319
57,55
Botina Metatarso
30,90
0,6319
48,90
Sapato pu bt dens c/ cadarço
24,00
0,6319
37,98
Sapato marrom solado borracha
36,01
0,6319
56,98
Capa chuva transparente s/ forro GG
8,56
0,6319
13,55
Capa chuva transparente s/forro G
8,56
0,6319
13,55
Capa chuva amarela com forro GG
12,50
0,6319
19,78
Lente ret. Verde 108x51 ton. 12
0,53
0,6319
0,84
Lente ret. Verde 108x51 ton. 14
0,53
0,6319
0,84
39,05
0,6319
61,79
Mascara Respirador PFF1 c/ válvula
3,20
0,6319
5,06
Mascara respirador pff2 dobrável
1,76
0,6319
2,79
Mascara / escudo celeron p/ solda
76
Protetor facial incolor
15,11
0,6319
23,91
0,68
0,6319
1,08
Touca Clipada
10,27
0,6319
16,25
Capacete ledan
8,50
0,6319
13,45
Cone borracha amarelo / preto
6,00
0,6319
9,49
Disco corte metal 4 1/2x1/8x7/8 redescor
1,27
0,6319
2,01
Disco corte metal 9"x1/8x7/8 a24rb32
2,56
0,6319
4,05
Disco desbaste 4 1/2x3/16x7/8 a82rb
1,69
0,6319
2,67
Placas poliestireno 1 mm-n fume
2,00
0,6319
3,16
Placas poliestireno 0,5mm- saída
Extintor PQS 4 kg - novo BC
1,00
0,6319
1,58
49,70
0,6186
80,34
Extintor PQS 8 kg novo BC
87,26
0,6186
141,06
Extintor AP 10 l- água
52,47
0,6186
84,82
Extintor PQS 2 kg – Validade 5 Anos - novo abc
48,00
0,6186
77,59
Extintor PQS 4 kg- novo abc
73,76
0,6186
119,24
Extintor PQS 6 kg novo abc
86,14
0,6186
139,25
Extintor PQS 1 kg Universal novo ABC
32,53
0,6186
52,59
Extintor PQS 1 kg Fiat novo abc
32,53
0,6186
52,59
Macacão Brasmo de segurança
12,00
0,6319
18,99
Protetor Auricular
Suporte veicular de 1 kg
8,00
0,6319
12,66
Suporte veicular de 4 e 6 kg
15,00
0,6319
23,74
Suporte de chão
15,00
0,6319
23,74
Luminária de emergência 2X8W
26,00
0,6319
41,14
Luva Nitrílica Sensíflex azul P M G XG cx/100
21,90
0,6319
34,66
Luva VINIL s/ AMIDO-. Tipo proced.P-M-G cx/100
17,32
0,6319
27,41
Óculos ÁGUIA incolor- anti-risco – cordão anti-quedas
4,95
0,6319
7,83
Óculos águia fume anti-risco cordão anti-quedas
5,59
0,6319
8,85
Avental Vinil Especial – 120 x 70 cm
6,30
0,6319
9,97
Protetor auditivo concha
3,90
0,6319
6,17
Luva de neoprene e látex
4,02
0,6319
6,36
Luva tricotada algodão 4 fios pigmentada 1 LADO
1,24
0,6319
1,96
Luva tricotada algodão 4 fios pigmentada 2 LADOS
1,78
0,6319
2,82
Luva raspa punho 7 cm
CA 17233 c/ reforço interno
6,89
0,6319
10,90
Luva mista raspa / vaqueta punho 7 cm
8,50
0,6319
13,45
Avental leit.135 x 80 x 1,5 PC C/ 100 32,00
0,17
0,6319
0,27
Luva vaqueta protlyne
10,00
0,6319
15,82
Recarga Extintor PQS 1 kg BC
4,00
0,5844
6,84
Recarga Extintor PQS 2 kg BC
7,39
0,5844
12,65
Recarga Extintor PQS 4 kg BC
14,17
0,5844
24,25
Recarga Extintor PQS 6 kg BC
20,95
0,5844
35,85
Recarga Extintor PQS 8 kg BC
27,73
0,5844
47,45
Recarga Extintor PQS 12 kg BC
41,29
0,5844
70,65
77
Recarga Extintor AP 10 litros
Recarga Extintor PQS 4 kg- ABC
0,61
0,5844
1,04
26,57
0,5844
45,47
Fonte: Dados conforme pesquisa
Essa demonstração é fundamental para a gestão proporcionar descontos ou
sugerir promoções. Nesse sentido, facilita para o gestor saber na sua linha de
preços, qual é o preço cheio, com a margem de lucro desejada e qual é o preço
mínimo. Então em qualquer negociação de preços ele terá condições de saber
nesse intervalo o quanto esse desconto irá impactar no resultado a ser obtido.
3.4.3 Comparações entre Preço de Venda Atual com o Preço Orientativo e o
Preço Mínimo
É de grande importância essa demonstração, pois serve de orientação para
perceber a deficiência dos preços atualmente praticados com os que seriam os
ideais ou orientativo, com isso é possível perceber a devida necessidade da gestão
de custos na administração do negócio, e como essa ferramenta proporciona ao
gestor ajustar os preços onde se fizer necessário. No quadro 15 consta uma
comparação entre o preço atual o preço mínimo e o preço orientativo, no qual
percebe-se uma grande necessidade de ajustes, pois grande parte dos produtos
estão sendo comercializados abaixo de seu custo, ou seja, abaixo do preço de
venda mínimo, não cobrindo o custo de compra mais os impostos e despesas de
venda.
Quadro 15: Comparação preço venda praticado com o preço orientativo e mínimo
PRODUTOS
PV
PV
PV
Diferença
entre PV
atual x PV
Atual Orientativo Minimo Orientativo
Diferença
entre o
PV atual e
o PV
mínimo
Botina com e sem cadarço preto
42,00
49,27
44,59
-7,27
2,59
Botina marrom solado borracha
62,00
63,59
57,55
-1,59
4,45
Botina Metatarso
48,00
54,03
48,90
-6,03
0,90
Sapato pu bt dens c/ cadarço
42,00
41,96
37,98
0,04
4,02
Sapato marrom solado borracha
62,00
62,96
56,98
-0,96
5,02
Capa chuva transparente s/ forro GG
16,00
14,97
13,55
1,03
2,45
78
Capa chuva transparente s/forro G
15,00
14,97
13,55
0,03
1,45
Capa chuva amarela com forro GG
18,00
21,86
19,78
-3,86
1,78
Lente ret. Verde 108x51 ton. 12
1,50
0,93
0,84
0,57
0,66
Lente ret. Verde 108x51 ton. 14
1,50
0,93
0,84
0,57
0,66
Mascara / escudo celeron p/ solda
48,00
68,28
61,79
-20,28
13,79
Mascara respirador PFF1 c/ válvula
5,50
5,60
5,06
-0,10
0,44
Mascara respirador pff2 dobrável
2,90
3,08
2,79
-0,18
0,11
22,00
26,42
23,91
-4,42
1,91
1,60
1,19
1,08
0,41
0,52
Touca Clipada
14,87
17,96
16,25
-3,09
1,38
Capacete ledan
14,70
14,86
13,45
-0,16
1,25
Cone borracha amarelo /preto
23,40
10,49
9,49
12,91
13,91
Disco corte metal 4 1/2x1/8x7/8 redescor
2,30
2,22
2,01
0,08
0,29
Disco corte metal 9"x1/8x7/8 a24rb32
4,95
4,48
4,05
0,47
0,90
Disco desbaste 4 1/2x3/16x7/8 a82rb
3,15
2,95
2,67
0,20
0,48
Placas poliestireno 1 mm-n fume
8,00
3,50
3,16
4,50
4,84
Placas poliestireno 0,5 mm - saída
Extintor PQS 4 kg - novo BC
6,00
1,75
1,58
4,25
4,42
121,00
106,06
80,34
14,94
40,66
135,00
186,22
141,06
-51,22
6,06
120,00
111,97
84,82
8,03
35,18
95,00
102,43
77,59
-7,43
17,41
180,00
157,41
119,24
22,59
60,76
190,00
183,83
139,25
6,17
50,75
62,00
69,42
52,59
-7,42
9,41
62,00
69,42
52,59
-7,42
9,41
36,70
20,98
18,99
15,72
17,71
18,00
13,99
12,66
4,01
5,34
32,00
26,23
23,74
5,77
8,26
32,00
26,23
23,74
5,77
8,26
38,00
45,46
41,14
-7,46
3,14
31,50
38,29
34,66
-6,79
3,16
24,00
30,28
27,41
-6,28
3,41
6,70
8,65
7,83
-1,95
1,13
6,90
9,77
8,85
-2,87
1,95
10,00
11,02
9,97
-1,02
0,03
9,50
6,82
6,17
2,68
3,33
4,70
7,03
6,36
-2,33
1,66
2,20
2,17
1,96
0,03
0,24
2,90
3,11
2,82
-0,21
0,08
8,40
12,05
10,90
-3,65
2,50
12,00
14,86
13,45
-2,86
1,45
0,32
0,30
0,27
0,02
0,05
Protetor facial incolor
Protetor Auricular
Extintor PQS 8 kg novo BC
Extintor AP 10 l- água
Extintor PQS 2 kg – Validade 5 Anos -novo abc
Extintor PQS 4 kg- novo abc
Extintor PQS 6 kg novo abc
Extintor PQS 1 kg Universal novo ABC
Extintor PQS 1 kg Fiat novo abc
Macacão Brasmo de segurança
Suporte veicular de 1 kg
Suporte veicular de 4 e 6 kg
Suporte de chão
Luminária de emergência 2X8W
Luva Nitrílica Sensíflex azul P M G XG
cx/100
Luva VINIL s/AMIDO-Tipo proced. P-M-G
cx/100
Óculos Águia inc. anti-risco -cordão anti-quedas
Óculos águia fum.anti-risco cordão anti-quedas
Avental Vinil Especial – 120 x 70 cm
Protetor auditivo concha
Luva de neoprene e látex
Luva tricot.algodão 4 fios pigmentada 1lado
Luva tricot. algodão 4 fios pigmentada 2 lados
Luva raspa punho 7 cm c/ reforço interno
Luva mista raspa / vaqueta punho 7 cm
Avental leit.135x80x1,5 PC C/ 100 32,00
79
Luva vaqueta protlyne
Recarga Extintor PQS 1 kg BC
Recarga Extintor PQS 2 kg BC
Recarga Extintor PQS 4 kg BC
Recarga Extintor PQS 6 kg BC
Recarga Extintor PQS 8 kg BC
Recarga Extintor PQS 12 kg BC
Recarga Extintor AP 10 litros
Recarga Extintor PQS 4 kg- ABC
14,40
17,48
15,82
-3,08
1,42
10,00
11,96
6,84
-1,96
3,16
22,00
22,10
12,65
-0,10
9,35
38,00
42,37
24,25
-4,37
13,75
44,00
62,65
35,85
-18,65
8,15
49,00
82,93
47,45
-33,93
1,55
68,00
123,48
70,65
-55,48
2,65
38,00
1,82
1,04
36,18
36,96
60,00
79,46
45,47
-19,46
14,53
Fonte: Dados conforme pesquisa
Em contato com os proprietários da empresa, foi exposta as constatações,
onde, segundo eles, o preço praticado abaixo do preço mínimo em alguns casos, se
faz necessário por serem produtos que complementam outro, que por sua vez ,o
preço deixa um lucro superior ao almejado e com isso compensando a carência no
preço do complemento. Porém, apreciaram todas informações no intuito de rever e
servir de auxilio para possíveis correções.
3.5 Análises da Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio e Margem de
Segurança
Na seqüência apresenta-se o cálculo da margem de contribuição, Ponto
Equilíbrio e Margem Segurança Operacional, nos diferentes preços, seja eles os
calculados neste estudo como os atualmente praticados na empresa.
Essa análise da margem de contribuição é muito importante para a empresa,
porque ela demonstra o quanto cada produto ou serviço deixa de contribuição para o
pagamento das despesas e para a geração do resultado da empresa.
O Ponto de Equilíbrio e a Margem de Segurança fornecem a informação de
quantas unidades são necessárias na venda, para cobrir esses custos e despesas,
mostrando pela venda atual se a empresa está operando com segurança ou não.
80
3.5.1 Margem de Contribuição pelo Preço de Venda Atual
A seguir foi possível demonstrar quanto cada produto contribui para obtenção
do lucro e com quanto contribuiu na média mensal. Foi possível clarear a diferença
entre o preço de venda atual menos a soma dos custos e despesas variáveis e que
resultou de margem contribuição unitária a qual se multiplicou pelo volume de
vendas evidenciando a margem de contribuição total, que nesta análise resultou em
um montante de R$ 5.744,21. Todos os produtos contribuem com margem positiva.
Quadro 16: Margem de Contribuição Unitária e Total pelo Preço Atual
Despesas
Volume
Custo
Aquisição Variáveis MC u Venda MC total
PRODUTOS
PV
Atual
Botina com e sem cadarço preto
42,00
28,18
3,71 10,11
6
60,64
Botina marrom solado borracha
62,00
36,37
5,48 20,15
1
20,15
Botina Metatarso
48,00
30,90
4,24 12,86
3
38,57
Sapato pu bt dens c/ cadarço
42,00
24,00
3,71 14,29
6
85,72
Sapato marrom solado borracha
62,00
36,01
5,48 20,51
3
61,53
Capa chuva transparente s/ forro GG
16,00
8,56
1,41
6,03
1
6,03
Capa chuva transparente s/forro G
15,00
8,56
1,33
5,11
1
5,11
Capa chuva amarela com forro GG
18,00
12,50
1,59
3,91
1
3,91
Lente ret. Verde 108x51 ton. 12
1,50
0,53
0,13
0,84
4
3,35
Lente ret. Verde 108x51 ton. 14
1,50
0,53
0,13
0,84
3
2,51
48,00
39,05
4,24
4,71
3
14,12
Mascara Respirador PFF1 c /válvula
5,50
3,20
0,49
1,81
10
18,14
Mascara respirador pff2 dobrável
2,90
1,76
0,26
0,88
49
43,30
22,00
15,11
1,94
4,95
3
14,84
1,60
0,68
0,14
0,78
53
41,26
Touca Clipada
14,87
10,27
1,31
3,29
7
23,00
Capacete ledan
14,70
8,50
1,30
4,90
1
4,90
Cone borracha amarelo/preto
Disco corte metal 4
1/2x1/8x7/8redescor
23,40
6,00
2,07 15,33
2
30,66
2,30
1,27
0,20
0,83
5
4,13
Disco corte metal 9"x1/8x7/8 a24rb32
4,95
2,56
0,44
1,95
9
17,57
Disco desbaste 4 1/2x3/16x7/8 a82rb
3,15
1,69
0,28
1,18
7
8,27
Placas poliestireno 1 mm-n fume
8,00
2,00
0,71
5,29
1
5,29
Mascara / escudo celeron p/ solda
Protetor facial incolor
Protetor Auricular
81
Placas poliestireno 0,5 mm - saída
Extintor PQS 4 kg - novo BC
Extintor PQS 8 kg novo BC
Extintor AP 10 litros- água
Extintor PQS 2 kg – Validade 5 Anos novo abc
Extintor PQS 4 kg- novo abc
Extintor PQS 6 kg novo abc
Extintor PQS 1 kg Universal novo ABC
Extintor PQS 1 kg Fiat novo abc
Macacão Brasmo de segurança
Suporte veicular de 1 kg
Suporte veicular de 4 e 6 kg
Suporte de chão
Luminária de emergência 2X8W
Luva Nitrílica Sensíflex azul PMGXG
cx/100
LuvaVinil s/amid.T.proced.PMG cx/100
Óculos ÁGUIA incolor anti-risco
cordão anti-quedas
Óculos águia fume anti-risco cordão
anti-quedas
Avental Vinil Especial – 120 x 70 cm
Protetor auditivo concha
Luva de neoprene e látex
Luva tricotada algodão 4 fios
pigmentada 1 LADO
Luva tricotada algodão 4 fios
pigmentada 2 LADOS
Luva raspa punho 7 cm CA 17233 c/
reforço interno
Luva mista rasp. / vaqueta punho 7 cm
Avental leit.135x80x1,5 PC C/ 100
32,00
Luva vaqueta protlyne
Recarga Extintor PQS 1 kg BC
Recarga Extintor PQS 2 kg BC
Recarga Extintor PQS 4 kg BC
Recarga Extintor PQS 6 kg BC
Recarga Extintor PQS 8 kg BC
Recarga Extintor PQS 12 kg BC
6,00
1,00
121,00
0,53
4,47
1
4,47
49,70
12,31 58,99
8
471,92
135,00
87,26
13,73 34,01
2
68,01
120,00
52,47
12,21 55,32
1
55,32
95,00
48,00
9,66 37,34
1
37,34
180,00
73,76
18,31 87,93
190,00
86,14
19,33 84,53
2
169,06
62,00
32,53
6,31 23,16
1
23,16
62,00
32,53
6,31 23,16
1
23,16
36,70
12,00
3,24 21,46
2
42,91
18,00
8,00
1,59
8,41
1
8,41
32,00
15,00
2,83 14,17
2
28,34
32,00
15,00
2,83 14,17
1
14,17
38,00
26,00
3,36
8,64
8
69,13
31,50
21,90
2,78
6,82
4
27,26
24,00
17,32
2,12
4,56
38
173,22
6,70
4,95
0,59
1,16
28
32,42
6,90
5,59
0,61
0,70
18
12,60
10,00
6,30
0,88
2,82
1
2,82
9,50
3,90
0,84
4,76
1
4,76
4,70
4,02
0,42
0,26
41
10,85
2,20
1,24
0,19
0,77
95
72,72
2,90
1,78
0,26
0,86
35
30,23
8,40
6,89
0,74
0,77
24
18,42
12,00
8,50
1,06
2,44
22
53,66
0,32
0,17
0,03
0,12
666
81,06
14,40
10,00
1,27
3,13
4
12,51
10,00
4,00
1,36
4,64
16
74,25
22,00
7,39
2,99 11,62
2
23,24
38,00
14,17
5,17 18,66
34
634,59
44,00
20,95
5,98 17,07
12
204,83
49,00
27,73
6,66 14,61
12
175,31
68,00
41,29
9,24 17,47
13
227,06
17 1.494,78
82
Recarga Extintor AP 10 litros
Recarga Extintor PQS 4 kg- ABC
38,00
0,61
5,17 32,22
60,00
26,57
8,16 25,27
24
773,39
3
75,82
1320 5.744,21
Margem de Contribuição Total
Fonte:Dados conforme pesquisa
Pelo quadro anterior ficou demonstrado que dos 1.320 itens vendidos durante
o período analisado, geraram uma margem de contribuição total de R$ 5.744,21,
possibilitando a verificação individualmente, onde pode se observar que a maior
margem unitária procede do extintor PQS 4 kg novo ABC que indica 87,93% e a
menor margem unitária se tem no avental leitoso onde o percentual é apenas de
0,12%. Mas sua comercialização se faz necessário devido a procura por itens como
touca e calçados no qual o avental completa o uniforme.
A maior margem de contribuição total se encontra no extintor PQS 4 kg novo
ABC onde atinge 1.494,78% e menor margem contribuição total está no produto
lente verde onde é apenas 2,51%. Neste contexto, e pela análise do quadro 16 é
possível afirmar que a margem de contribuição total é de R$ 5.744,21 a qual cobre
todas as despesas que somam R$ 4.030,13 conforme exposto anteriormente,
gerando lucratividade, talvez não individual, mas no conjunto paga as despesas
referente aos produtos em estudo e sobra de R$ 1.714,08.
3.5.1.2 Margem de Contribuição pelo Preço de Venda Orientativo
A margem de contribuição pelo preço de venda orientativo ajuda a
demonstrar a margem de contribuição unitária se fosse praticado o preço orientativo,
onde foi verificado que todos os produtos e serviços contribuem positivamente.
Quadro 17: Margem de Contribuição pelo Preço Venda Orientativo
PRODUTOS
PV
Orient.
Custo
Aquisição
Desp.
Variáveis
MC u
Volume
Vendas
MC Total
Botina com e sem cadarço preto
49,27
28,18
4,36 16,74
6
100,42
Botina marrom solado borracha
63,59
36,37
5,62 21,60
1
21,60
Botina Metatarso
54,03
30,90
4,78 18,35
3
55,05
Sapato pu bt densidade c/ cadarço
41,96
24,00
3,71 14,25
6
85,52
Sapato marrom solado borracha
62,96
36,01
5,57 21,39
3
64,16
83
Capa chuva transparente s/ forro
GG
14,97
8,56
1,32
5,08
1
5,08
Capa chuva transparente s/forro G
14,97
8,56
1,32
5,08
1
5,08
Capa chuva amarela com forro GG
21,86
12,50
1,93
7,42
1
7,42
Lente ret. Verde 108x51 ton. 12
0,93
0,53
0,08
0,31
4
1,26
Lente ret. Verde 108x51 ton. 14
0,93
0,53
0,08
0,31
3
0,94
68,28
39,05
6,04 23,19
3
69,58
Mascara Respirador PFF1 c/Val.
5,60
3,20
0,49
1,90
10
19,00
Mascara respirador pff2 dobrável
3,08
1,76
0,27
1,05
49
51,22
26,42
15,11
2,34
8,97
3
26,92
1,19
0,68
0,11
0,40
53
21,40
Touca Clipada
17,96
10,27
1,59
6,10
7
42,70
Capacete ledan
14,86
8,50
1,31
5,05
1
5,05
Cone borracha amarelo/preto
Disco corte metal 4
1/2x1/8x7/8redescor
Disco corte metal 9"x1/8x7/8
a24rb32
Disco desbaste 4 1/2x3/16x7/8
a82rb
10,49
6,00
0,93
3,56
2
7,13
2,22
1,27
0,20
0,75
5
3,77
4,48
2,56
0,40
1,52
9
13,68
2,95
1,69
0,26
1,00
7
7,03
Placas poliestireno 1 mm-n fume
3,50
2,00
0,31
1,19
1
1,19
Placas poliestireno 0,5 mm- saída
Extintor PQS 4 kg - novo BC
1,75
1,00
0,15
0,59
1
0,59
106,06
49,70
10,79 45,57
8
364,57
Extintor PQS 8 kg novo BC
186,22
87,26
18,94 80,01
2
160,02
Extintor AP 10 l- água
111,97
52,47
11,39 48,11
1
48,11
Extintor PQS 2 kg – Validade 5
Anos -novo abc
Extintor PQS 4 kg- novo abc
102,43
48,00
10,42 44,01
1
44,01
157,41
73,76
16,01 67,63
17
1.149,76
Extintor PQS 6 kg novo abc
183,83
86,14
18,70 78,98
2
157,97
Mascara / escudo celeron p/ solda
Protetor facial incolor
Protetor Auricular
Extintor PQS 1 kg Universal novo
ABC
Extintor PQS 1 kg Fiat novo abc
69,42
32,53
7,06 29,83
1
29,83
69,42
32,53
7,06 29,83
1
29,83
Macacão Brasmo de segurança
20,98
12,00
1,85
7,13
2
14,25
Suporte veicular de 1 kg
13,99
8,00
1,24
4,75
1
4,75
Suporte veicular de 4 e 6 kg
26,23
15,00
2,32
8,91
2
17,82
Suporte de chão
26,23
15,00
2,32
8,91
1
8,91
Luminária de emergência 2X8W
45,46
26,00
4,02 15,44
8
123,53
38,29
21,90
3,38 13,01
4
52,03
30,28
17,32
2,68 10,29
38
390,88
8,65
4,95
0,77
2,94
28
82,31
9,77
5,59
0,86
3,32
18
59,76
11,02
6,30
0,97
3,74
1
3,74
6,82
3,90
0,60
2,32
1
2,32
Luva Nitrílica Sensíflex azul P M
G XG cx/100
Luva
VINIL s/ AMIDO-. Tipo
proced. P-M-G cx/100
Óculos ÁGUIA incolor- anti-risco –
cordão anti-quedas
Óculos águia fume anti-risco
cordão anti-quedas
Avental Vinil Especial – 120 x 70
cm
Protetor auditivo concha
84
Luva de neoprene e látex
Luva tricotada algodão 4 fios
pigmentada 1 LADO
Luva tricotada algodão 4 fios
pigmentada 2 LADOS
Luva raspa punho 7 cm CA 17233
c/ reforço interno
7,03
4,02
0,62
2,39
41
97,89
2,17
1,24
0,19
0,74
95
69,96
3,11
1,78
0,28
1,06
35
37,00
12,05
6,89
1,06
4,09
24
98,21
14,86
8,50
1,31
5,05
22
111,06
Luva mista raspa / vaqueta punho
7cm
Avental leit.135x80x1,5 PC c/100
32,00
Luva vaqueta protlyne
0,30
0,17
0,03
0,10
666
67,24
17,48
10,00
1,55
5,94
4
23,76
Recarga Extintor PQS 1 kg BC
11,96
4,00
1,63
6,34
16
101,37
Recarga Extintor PQS 2 kg BC
22,10
7,39
3,00 11,71
2
23,41
Recarga Extintor PQS 4 kg BC
42,37
14,17
5,76 22,44
34
763,12
Recarga Extintor PQS 6 kg BC
62,65
20,95
8,52 33,18
12
398,21
Recarga Extintor PQS 8 kg BC
82,93
27,73
11,27 43,92
12
527,08
Recarga Extintor PQS 12 kg BC
123,48
41,29
16,78 65,40
13
850,22
1,82
0,61
0,97
24
23,19
79,46
26,57
10,80 42,09
3
126,26
1320
6.678,17
Recarga Extintor AP 10 litros
Recarga Extintor PQS 4 kg- ABC
Margem contribuição total preço
de venda orientativo
0,25
Fonte: Dados conforme pesquisa
Se a empresa adotar o preço de venda orientativo calculado neste estudo, a
margem de contribuição demonstrada pelo quadro anterior mostra uma maior
margem do que a verificada na demonstração da margem de contribuição pelo preço
de venda atual conforme quadro 16. É sabido que a margem de contribuição ajuda
os gestores a decidir quais produtos merecem maior esforço de venda a curto prazo,
uma vez que demonstra a maior margem. Com isso se ela praticasse os preços de
venda orientativo a margem de contribuição total aumentaria para R$ 6.678,17, onde
o produto com maior margem unitária seria do extintor PQS novo de 8kg BC que
alcança o percentual de 80,01% ficando a menor margem unitária com o avental
leitoso de apenas 0,10%, o qual só é vendido em função de ser um produto
acessório de uniforme.
A maior margem de contribuição total se encontra no extintor novo PQS 4 kg
ABC e representa 1.149,76% e a menor margem contribuição total está no produto
placa poliestireno de saída onde é apenas 0,59%. Neste contexto, e pela análise do
quadro 17 é possível afirmar que a margem de contribuição total é de R$ 6.678,17 a
qual cobre todas as despesas que somam R$ 4.030,13 conforme exposto
85
anteriormente, gerando lucratividade, talvez não individual, mas no conjunto paga as
despesas referente aos produtos em estudo e sobra de R$ 2.648,04, significando
margem aproximadamente 54% a mais do que a alcançada no quadro anterior onde
a margem de contribuição total foi calculada mediante os valores praticados pela
empresa.
A maior Margem de Contribuição Total pode ser observada em diversos
produtos, entre os quais destaca-se o Extintor PQS 4 kg novo abc atinge R$
1.149,76 e a Luva Vinil s/ amido-Tipo proced. PMG cx/100 com R$ 390,88 sendo
que nos serviços a maior margem é na Recarga Extintor PQS 12 kg BC com R$
850,22, seguido da Recarga Extintor PQS 4 kg BC que alcança uma margem total
de R$ 763,12 e na seqüência a Recarga Extintor PQS 8 kg BC com R$ 527,08 e
finalmente a Recarga Extintor PQS 6 kg BC que alcança R$ 398,21, com isso
observa-se que a Margem de Contribuição Total vem se destacando em maior parte
nos serviços, porém a maior Margem se encontra na venda do extintor PQS novo de
4 kg, com isso a empresa opera com venda de produtos e serviços para ter maior
competitividade e resultados no mercado.
3.5.2 Ponto de Equilíbrio
Pelo ponto de equilíbrio a empresa poderá ter a informação do volume que
precisa vender para não ter prejuízo e com isso observar a partir de que quantidade
vendida passa a obter lucro.
3.5.2.1 Ponto de Equilíbrio pelo Preço de Venda Atual
O ponto de equilíbrio é alcançado quando os custos se igualam as receitas,
não gerando lucro e nem prejuízo, neste contexto o quadro 18 indica que a empresa
esta em equilíbrio, pois é necessário que venda 926 itens, o que já foi alcançado,
sendo a venda no período de 1320 itens, e que a diferença de 394 itens já está
contribuindo no lucro. Esse cálculo procedeu-se da seguinte maneira: Calculou-se a
margem média em função do volume de vendas, e a partir da margem média total e
86
do total das despesas correspondente a esses produtos, encontrou-se o ponto de
equilíbrio médio total de 926 unidades, as quais multiplicadas pela participação nas
vendas, encontrou-se o Ponto de Equilíbrio individualizado.
Quadro 18:Ponto Equilíbrio Baseado no Preço de Venda Atual
PRODUTOS
Volume
% part
de
vendas vendas MC u
PE p/
PE em
MC
PE
media total produto faturamto
Botina com e sem cadarço preto
6
0,4545
10,11 0,05
4,21
176,80
Botina marrom solado borracha
1
0,0758
20,15 0,02
0,70
43,50
Botina Metatarso
3
0,2273
12,86 0,03
2,10
101,03
Sapato pu bt densidade c/cadar
6
0,4545
14,29 0,06
4,21
176,80
Sapato marrom solado borracha
3
0,2273
20,51 0,05
2,10
130,50
Capa chuva transpar. s/ forro GG
1
0,0758
6,03 0,00
0,70
11,23
Capa chuva transp s/forro G
1
0,0758
5,11 0,00
0,70
10,52
Capa chuva amarela c/ forro GG
1
0,0758
3,91 0,00
0,70
12,63
Lente ret. Verde 108x51 ton. 12
4
0,3030
0,84 0,00
2,81
4,21
Lente ret. Verde 108x51 ton. 14
3
0,2273
0,84 0,00
2,10
3,16
Mascara escudo celeron p/ sold.
3
0,2273
4,71 0,01
2,10
101,03
Mascara Respirad. PFF1 c/ vál
10
0,7576
1,81 0,01
7,02
38,59
Mascara respirad.pff2 dobrável
49
3,7121
0,88 0,03
34,38
99,70
3
0,2273
4,95 0,01
2,10
46,31
53
4,0152
0,78 0,03
37,18
59,50
Touca Clipada
7
0,5303
3,29 0,02
4,91
73,03
Capacete ledan
1
0,0758
4,90 0,00
0,70
10,31
Cone borracha amarelo/preto
Disco de corte metal 4
1/2x1/8x7/8 redescor
Disco/corte metal 9"x1/8x7/8
a24rb32
2
0,1515
15,33 0,02
1,40
32,83
5
0,3788
0,83 0,00
3,51
8,07
9
0,6818
1,95 0,01
6,31
31,26
Disco desb. 4 1/2x3/16x7/8 a82rb
7
0,5303
1,18 0,01
4,91
15,47
Placas poliestireno 1 mm-n fume
1
0,0758
5,29 0,00
0,70
5,61
Placas poliest. 0,5 mm - saída
Extintor PQS 4 kg - novo BC
1
0,0758
4,47 0,00
0,70
4,21
Protetor facial incolor
Protetor Auricular
8
0,6061
58,99 0,36
5,61
679,15
Extintor PQS 8 kg novo BC
2
0,1515
34,01 0,05
1,40
189,43
Extintor AP 10 l- água
1
0,0758
55,32 0,04
0,70
84,19
Extintor PQS 2 kg Validade 5
anos novo abc
Extintor PQS 4 kg- novo abc
1
0,0758
37,34 0,03
0,70
66,65
17
1,2879
87,93 1,13
11,93
2.146,89
Extintor PQS 6 kg novo abc
2
0,1515
84,53 0,13
1,40
266,61
Extintor PQS 1 kg Universal
novo ABC
Extintor PQS 1 kg Fiat novo abc
1
0,0758
23,16 0,02
0,70
43,50
1
0,0758
23,16 0,02
0,70
43,50
87
Macacão Brasmo de segurança
2
0,1515
21,46 0,03
1,40
51,50
Suporte veicular de 1 kg
1
0,0758
8,41 0,01
0,70
12,63
Suporte veicular de 4 e 6 kg
2
0,1515
14,17 0,02
1,40
44,90
Suporte de chão
1
0,0758
14,17 0,01
0,70
22,45
Luminária de emergência 2X8W
8
0,6061
8,64 0,05
5,61
213,29
4
0,3030
6,82 0,02
2,81
88,40
38
2,8788
4,56 0,13
26,66
639,86
28
2,1212
1,16 0,02
19,64
131,62
18
1,3636
0,70 0,01
12,63
87,14
Luva Nitrílica Sensíflex azul P
M G XG cx/100
Luva
Vinil
s/Amido-Tipo
proced.P-M-G cx/100
Óculos águia inc.anti-risco Cord.
Óculos águia fume anti-risco
cordão anti-quedas
Avental Vinil Espec. 120 x 70 cm
1
0,0758
2,82 0,00
0,70
7,02
Protetor auditivo concha
1
0,0758
4,76 0,00
0,70
6,67
Luva de neoprene e látex
41
3,1061
0,26 0,01
28,77
135,20
Luva tricotada algodão 4 fios
pigmentada 1 LADO
95
7,1970
0,77 0,06
66,65
146,63
Luva tricotada algodão 4 fios
pigmentada 2 lados
35
2,6515
0,86 0,02
24,56
71,21
24
1,8182
0,77 0,01
16,84
141,44
22
1,6667
2,44 0,04
15,44
185,22
666 50,4545
0,12 0,06
467,26
149,52
Luva raspa punho 7 cm CA
17233 c/ reforço interno
Luva mista raspa / vaqueta
punho 7 cm
Avental leit.135 x 80 x 1,5 PC
C/ 100 32,00
Luva vaqueta protlyne
4
0,3030
3,13 0,01
2,81
40,41
Recarga Extintor PQS 1 kg BC
16
1,2121
4,64 0,06
11,23
112,26
Recarga Extintor PQS 2 kg BC
2
0,1515
11,62 0,02
1,40
30,87
Recarga Extintor PQS 4 kg BC
34
2,5758
18,66 0,48
23,85
906,46
Recarga Extintor PQS 6 kg BC
12
0,9091
17,07 0,16
8,42
370,44
Recarga Extintor PQS 8 kg BC
12
0,9091
14,61 0,13
8,42
412,54
Recarga Extintor PQS 12 kg BC
13
0,9848
17,47 0,17
9,12
620,21
Recarga Extintor AP 10 litros
24
1,8182
32,22 0,59
16,84
639,86
3
1.320
0,2273
100
25,27 0,06
4,35
2,10
926
126,29
10.110,25
Recarga Extintor PQS 4 kg ABC
Total
926
Fonte: Dados conforme pesquisa
Nesse quadro, pode-se observar que na média geral, todos os itens em
estudo atingiram o Ponto de Equilíbrio.
88
3.5.2.2 Ponto Equilíbrio pelo Preço de Venda Orientativo
Nesse item, utilizando-se como base o preço de venda orientativo, calculado
neste estudo que é notório quanto a organização precisa vender para chegar no seu
equilíbrio e a partir de que volume de venda passa a colaborar no resultado
positivamente.
Quadro 19: Ponto Equilíbrio Baseado Preço Venda Orientativo
PRODUTOS
Volum
e de
venda
%part
vendas
MC u
MC
media
PE
tota
l
PE p/
prodto
PE em
faturamto
Botina com e sem cadarço preto
6
0,4545
16,74
0,08
3,62
178,41
Botina marrom solado borracha
1
0,0758
21,60
0,02
0,60
38,38
Botina Metatarso
3
0,2273
18,35
0,04
1,81
97,81
Sapato pu bt densidade c/ cadarço
6
0,4545
14,25
0,06
3,62
151,94
Sapato marrom solado borracha
3
0,2273
21,39
0,05
1,81
113,99
Capa chuva transparente s/ forro GG
1
0,0758
5,08
0,00
0,60
9,03
Capa chuva transparente s/forro G
1
0,0758
5,08
0,00
0,60
9,03
Capa chuva amarela com forro GG
1
0,0758
7,42
0,01
0,60
13,19
Lente ret. Verde 108x51 ton. 12
4
0,3030
0,31
0,00
2,41
2,24
Lente ret. Verde 108x51 ton. 14
3
0,2273
0,31
0,00
1,81
1,68
Mascara / escudo celeron p/ solda
3
0,2273
23,19
0,05
1,81
123,61
Mascara Respirador PFF1 c/ válvula
10
0,7576
1,90
0,01
6,03
33,77
Mascara respirador pff2 dobrável
49
3,7121
1,05
0,04
29,57
91,00
3
0,2273
8,97
0,02
1,81
47,83
53
4,0152
0,40
0,02
31,98
38,03
Touca Clipada
7
0,5303
6,10
0,03
4,22
75,86
Capacete ledan
1
0,0758
5,05
0,00
0,60
8,97
Cone borracha amarelo /preto
2
0,1515
3,56
0,01
1,21
12,66
Disco corte metal 4 1/2x1/8x7/8 redescr
5
0,3788
0,75
0,00
3,02
6,70
Disco corte metal 9"x1/8x7/8 a24rb32
9
0,6818
1,52
0,01
5,43
24,31
Disco desbaste 4 1/2x3/16x7/8 a82rb
7
0,5303
1,00
0,01
4,22
12,48
Placas poliestireno 1mm-n fume
1
0,0758
1,19
0,00
0,60
2,11
Placas poliestireno 0,5 mm - saída
Extintor PQS 4 kg -novo BC
1
0,0758
0,59
0,00
0,60
1,06
8
2
0,6061
0,1515
45,57
80,01
0,28
0,12
4,83
1,21
512,05
224,75
1
0,0758
48,11
0,04
0,60
67,57
1
0,0758
44,01
0,03
0,60
61,82
17
1,2879
67,63
0,87
10,26
1.614,85
2
0,1515
78,98
0,12
1,21
221,87
Protetor facial incolor
Protetor Auricular
Extintor PQS 8 kg novo BC
Extintor AP 10 l- água
Extintor PQS 2 kg – Validade 5 Anos novo abc
Extintor PQS 4 kg- novo abc
Extintor PQS 6 kg novo abc
89
Extintor PQS 1 kg Universal novo ABC
Extintor PQS 1 kg Fiat novo abc
Macacão Brasmo de segurança
suporte veicular de 1 kg
Suporte veicular de 4 e 6 kg
Suporte de chão
Luminária de emergência 2X8W
Luva Nitrílica Sensíflex.MPG XG cx/100
Luva Vin.s/Amid.-T.procd.P-M-G cx/100
Luva Vinil s/Amid.T.procd.P-M-G cx/101
Óculos águia F.anti-risc. Cord.anti.qued.
Avental Vinil Especial – 120 x 70 cm
Protetor auditivo concha
Luva de neoprene e látex
Luva tricotada algodão 4 fios pigmentada
1 LADO
Luv. tricot.algod.4 fios pigmentad.2 lados
Luv. raspa punh.7cmCA 17233 c/ ref.int.
Luva mista raspa / vaqueta punho 7 cm
Avental leit.135 x 80 x1,5 PC C/ 100
Luva vaqueta protlyne
Recarga Extintor PQS 1 kg BC
Recarga Extintor PQS 2 kg BC
Recarga Extintor PQS 4 kg BC
Recarga Extintor PQS 6 kg BC
Recarga Extintor PQS 8 kg BC
Recarga Extintor PQS 12 kg BC
Recarga Extintor AP 10 litros
Recarga Extintor PQS 4 kg- ABC
Total
1
0,0758
29,83
0,02
0,60
41,89
1
0,0758
29,83
0,02
0,60
41,89
2
0,1515
7,13
0,01
1,21
25,32
1
0,0758
4,75
0,00
0,60
8,44
2
0,1515
8,91
0,01
1,21
31,65
1
0,0758
8,91
0,01
0,60
15,83
8
0,6061
15,44
0,09
4,83
219,47
4
0,3030
13,01
0,04
2,41
92,43
38
2,8788
10,29
0,30
22,93
694,46
28
2,1212
2,94
0,06
16,90
146,25
18
1,3636
3,32
0,05
10,86
106,17
1
0,0758
3,74
0,00
0,60
6,65
1
0,0758
2,32
0,00
0,60
4,12
41
3,1061
2,39
0,07
24,74
173,91
95
7,1970
0,74
0,05
57,33
124,30
35
2,6515
1,06
0,03
21,12
65,74
24
1,8182
4,09
0,07
14,48
174,48
22
1,6667
5,05
0,08
13,28
197,32
666
50,4545
0,10
0,05
401,92
119,47
4
0,3030
5,94
0,02
2,41
42,21
16
1,2121
6,34
0,08
9,66
115,50
2
0,1515
11,71
0,02
1,21
26,67
34
2,5758
22,44
0,58
20,52
869,46
12
0,9091
33,18
0,30
7,24
453,70
12
0,9091
43,92
0,40
7,24
600,52
13
0,9848
65,40
0,64
7,85
968,70
24
1,8182
0,97
0,02
14,48
26,42
3
0,2273
42,09
0,10
1,81
143,85
1320
100
915,97
5,06
796,59
9.333,80
797
Fonte: Dados conforme pesquisa
Portanto, comparando-se os dois cálculos de Ponto de Equilíbrio, pelo preço
atualmente praticado e pelo preço orientativo, que o número de unidades no Ponto
de Equilíbrio se difere, em função de que no Preço atualmente praticado a margem
de contribuição média é menor do que a margem de contribuição média pelo preço
orientativo.
90
Neste sentido, pelo preço atual são necessários vender 926 unidades ou
faturar R$10.110,25, enquanto que pelo preço de venda orientativo, seria necessário
vender 797 unidades ou faturar R$ 9.333,80.
3.5.3 Margem de Segurança
A margem apresenta a quantia das vendas que ultrapassam o Ponto de
Equilíbrio e expressa quanto as vendas podem diminuir sem que a empresa incorra
no prejuízo.
3.5.3.1 Margem de Segurança Operacional Preço de Venda Atual
Na seqüência, apresenta-se o quadro onde consta a Margem de Segurança
Operacional apurada pelo valor atual.
Quadro 20 :Margem Segurança Operacional Preço Venda Atual
PRODUTOS
QUANTIDADE
QUANTIDADE
VENDIDA
NO PE
MSO
MSO %
1,79
29,84
0,30
29,84
Botina com e sem cadarço preto
Botina marrom solado borracha
6
1
4,21
0,70
Botina Metatarso
3
2,10
0,90
29,84
Sapato pu bt densidade c/ cadarço
6
4,21
1,79
29,84
Sapato marrom solado borracha
3
2,10
0,90
29,84
Capa chuva transparente s/ forro GG
1
0,70
0,30
29,84
Capa chuva transparente s/forro G
1
0,70
0,30
29,84
Capa chuva amarela com forro GG
1
0,70
0,30
29,84
Lente ret. Verde 108x51 ton. 12
4
2,81
1,19
29,84
Lente ret. Verde 108x51 ton. 14
3
2,10
0,90
29,84
Mascara / escudo celeron p/ solda
3
2,10
0,90
29,84
Mascara Respirador PFF1 c/ válvula
10
7,02
2,98
29,84
Mascara respirador pff2 dobrável
49
34,38
14,62
29,84
3
2,10
0,90
29,84
53
7
37,18
4,91
15,82
2,09
29,84
29,84
Capacete ledan
1
0,70
0,30
29,84
Cone borracha amarelo /preto
2
1,40
0,60
29,84
Disco corte metal 4 1/2x1/8x7/8 redescor
5
3,51
1,49
29,84
Protetor facial incolor
Protetor Auricular
Touca Clipada
91
Disco corte metal 9"x1/8x7/8 a24rb32
9
6,31
2,69
29,84
Disco desbaste 4 1/2x3/16x7/8 a82rb
Placas poliestireno 1 mm-n fume
7
1
4,91
0,70
2,09
0,30
29,84
29,84
Placas poliestireno 0,5 mm - saída
Extintor PQS 4 kg - novo BC
1
0,70
0,30
29,84
8
5,61
2,39
29,84
2
1,40
0,60
29,84
1
0,70
0,30
29,84
1
0,70
0,30
29,84
17
11,93
5,07
29,84
2
1,40
0,60
29,84
1
0,70
0,30
29,84
1
0,70
0,30
29,84
2
1,40
0,60
29,84
1
0,70
0,30
29,84
2
1,40
0,60
29,84
1
0,70
0,30
29,84
8
5,61
2,39
29,84
4
2,81
1,19
29,84
38
26,66
11,34
29,84
28
19,64
8,36
29,84
18
12,63
5,37
29,84
1
0,70
0,30
29,84
1
0,70
0,30
29,84
Extintor PQS 8 kg novo BC
Extintor AP 10 l- água
Extintor PQS 2 kg – Validade 5 Anos -novo
abc
Extintor PQS 4 kg- novo abc
Extintor PQS 6 kg novo abc
Extintor PQS 1 kg Universal novo ABC
Extintor PQS 1 kg Fiat novo abc
Macacão p Pintura
Suporte veicular de 1 kg
Suporte veicular de 4 e 6 kg
Suporte de chão
Luminária de emergência 2X8W
Luva Nitrílica Sensíflex a.PMG XG cx/100
Luva Vinil
cx/100
s/Amido-Tipo
proced.P-M-G
Óculos Águia incolor anti-risco cordão
Óculos águia fume anti-risco cordão anti quedas
Avental Vinil Especial – 120 x 70 cm
Protetor auditivo concha
Luva de neoprene e látex
41
28,77
12,23
29,84
Luva tricotada algodão 4 fios pigmentada 1
LADO
95
66,65
28,35
29,84
Luva tricotada algodão 4 fios pigmentada 2
lados
35
24,56
10,44
29,84
24
16,84
7,16
29,84
22
15,44
6,56
29,84
666
467,26
198,74
29,84
4
2,81
1,19
29,84
16
11,23
4,77
29,84
2
1,40
0,60
29,84
34
23,85
10,15
29,84
12
8,42
3,58
29,84
12
8,42
3,58
29,84
13
9,12
3,88
29,84
24
16,84
7,16
29,84
3
2,10
0,90
29,84
393,89
29,84
Luva raspa punho 7 cm CA 17233 c/ ref.intr
Luva mista raspa / vaqueta punho 7 cm
Avental leit.135 x 80 x 1,5 PC C/ 100 32,00
Luva vaqueta protlyne
Recarga Extintor PQS 1 kg BC
Recarga Extintor PQS 2 kg BC
Recarga Extintor PQS 4 kg BC
Recarga Extintor PQS 6 kg BC
Recarga Extintor PQS 8 kg BC
Recarga Extintor PQS 12 kg BC
Recarga Extintor AP 10 litros
Recarga Extintor PQS 4 kg- ABC
TOTAL
Fonte: Dados conforme pesquisa
1320
92
Pode-se dizer, conforme os valores apurados que em media os produtos
vendidos atualmente deixam uma margem de segurança de 29,84%, ou seja, a
empresa pode obter uma redução de vendas em até 29,84%, conseguindo assim
pagar todos os seus custos de compras e despesas de comercialização.
Cabe destacar que qualquer desconto, vai implicar na redução da margem de
contribuição unitária, impactando no aumento do Ponto de Equilíbrio e na diminuição
do percentual da margem de segurança operacional.
3.5.3.2 Margem Segurança Operacional Preço de Venda Orientativo
No quadro a seguir, apresenta-se a Margem de Segurança Operacional
apurada pelo preço de venda orientativo.
Quadro 21: Margem Segurança Operacional Preço de Venda Orientativo
PRODUTOS
QUANTIDADE QUANTIDADE
VENDIDA
NO PE
MSO
MSO %
Botina com e sem cadarço preto
6
3,62
2,38
39,65
Botina marrom solado borracha
1
0,60
0,40
39,65
Botina Metatarso
3
1,81
1,19
39,65
Sapato pu bt densidade c/ cadarço
6
3,62
2,38
39,65
Sapato marrom solado borracha
3
1,81
1,19
39,65
Capa chuva transparente s/ forro GG
1
0,60
0,40
39,65
Capa chuva transparente s/forro G
1
0,60
0,40
39,65
Capa chuva amarela com forro GG
1
0,60
0,40
39,65
Lente ret. Verde 108x51 ton. 12
4
2,41
1,59
39,65
Lente ret. Verde 108x51 ton. 14
3
1,81
1,19
39,65
Mascara / escudo celeron p/ solda
3
1,81
1,19
39,65
Mascara Respirador PFF1 c/ válvula
10
6,03
3,97
39,65
Mascara respirador pff2 dobrável
49
29,57
19,43
39,65
3
1,81
1,19
39,65
53
31,98
21,02
39,65
Touca Clipada
7
4,22
2,78
39,65
Capacete ledan
1
0,60
0,40
39,65
Cone borracha amarelo/preto
2
1,21
0,79
39,65
Disco corte metal 4 1/2x1/8x7/8 redescr
5
3,02
1,98
39,65
Disco corte metal 9"x1/8x7/8 a24rb32
9
5,43
3,57
39,65
Disco desbaste 4 1/2x3/16x7/8 a82rb
7
4,22
2,78
39,65
Protetor facial incolor
Protetor Auricular
93
Placas poliestireno 1 mm-n fume
1
0,60
0,40
39,65
Placas poliestireno 0,5 mm - saída
Extintor PQS 4 kg novo BC
1
0,60
0,40
39,65
8
2
4,83
1,21
3,17
0,79
39,65
39,65
1
0,60
0,40
39,65
1
0,60
0,40
39,65
17
10,26
6,74
39,65
Extintor PQS 6 kg novo abc
2
1,21
0,79
39,65
Extintor PQS 1 kg Universal novo ABC
1
0,60
0,40
39,65
Extintor PQS 1 kg Fiat novo abc
1
0,60
0,40
39,65
Macacão p Pintura
2
1,21
0,79
39,65
Suporte veicular de 1 kg
1
0,60
0,40
39,65
Suporte veicular de 4 e 6 kg
2
1,21
0,79
39,65
Suporte de chão
1
8
0,60
4,83
0,40
3,17
39,65
39,65
4
2,41
1,59
39,65
38
22,93
15,07
39,65
28
16,90
11,10
39,65
18
1
1
10,86
0,60
0,60
7,14
0,40
0,40
39,65
39,65
39,65
41
24,74
16,26
39,65
95
57,33
37,67
39,65
35
21,12
13,88
39,65
24
14,48
9,52
39,65
22
13,28
8,72
39,65
666
401,92
264,08
39,65
Extintor PQS 8 kg novo BC
Extintor AP 10 l- água
Extintor PQS 2 kg – Validade 5 Anos novo abc
Extintor PQS 4 kg- novo abc
Luminária de emergência 2X8W
Luva Nitrílica Sensíflex azul P M G XG
cx/100
Luva Vinil s/Amido-Tipo proced.P-M-G
cx/100
Óculos Águia incolor anti-risco cordão
Óculos águia fume anti-risco cordão
anti-quedas
Avental Vinil Especial – 120 x 70 cm
Protetor auditivo concha
Luva de neoprene e látex
Luva
tricotada
algodão
4
fios
pigmentada 1 LADO
Luva
tricotada
algodão
4
fios
pigmentada 2 lados
Luva raspa punho 7 cm CA 17233 c/
reforço interno
Luva mista raspa / vaqueta punho 7 cm
Avental leit.135 x 80 x 1,5 PC C/ 100 32,00
Luva vaqueta protlyne
4
2,41
1,59
39,65
Recarga Extintor PQS 1 kg BC
16
9,66
6,34
39,65
Recarga Extintor PQS 2 kg BC
2
1,21
0,79
39,65
Recarga Extintor PQS 4 kg BC
34
20,52
13,48
39,65
Recarga Extintor PQS 6 kg BC
12
7,24
4,76
39,65
Recarga Extintor PQS 8 kg BC
12
7,24
4,76
39,65
Recarga Extintor PQS 12 kg BC
13
7,85
5,15
39,65
Recarga Extintor AP 10 litros
24
14,48
9,52
39,65
3
1,81
1,19
39,65
523,41
39,65
Recarga Extintor PQS 4 kg- ABC
Total
Fonte: Dados conforme pesquisa
1320
94
Em relação ao preço de venda orientativo, a margem de segurança pode
diminuir até 524 itens até seu ponto de equilíbrio, isso nos diz que a superação das
vendas calculadas no Ponto Equilíbrio representa o quanto as vendas podem cair
sem que haja prejuízo para empresa.
3.6 Levantamentos das Principais Informações que o Sistema de Custos
Proporciona para o Gerenciamento da Organização
Neste item apresentam-se apurações do resultado pelo preço de venda atual
e pelo preço de venda orientativo, sabe-se quanto maior for a Receita e menor forem
os Custos e Despesas, melhor é desempenho econômico da empresa.
3.6.1 Apuração do Resultado baseado Preço Venda Atual
No quadro a seguir consta a apuração do resultado baseado no Preço de
Venda Atual da empresa.
Quadro 22: Apuração Resultado baseado Preço Venda Atual
PRODUTOS
(-)
Desp
PV
(-)
Atual
Custo Variavl
(-)
(-)
Desp Resul- Result (x)
MC
Fixa
tado
Botina c/e s/ cadarço preto
Botina marrom solado
borracha
42,00 28,18
3,71 10,11
11,75 (1,64)
62,00 36,37
5,48 20,15
17,34
Botina Metatarso
Sapato pu bt densidade c/
cadarço
Sapato marrom solado
borracha
Capa chuva transparente
s/forro GG
Capa chuva transparente
s/forro G
Capa chuva amar.com
forro GG
Lente retangular
verde108x51 tom 12
48,00 30,90
Lente ret. V.108 x 51 tom 14
em %
Resul-
Qtde. tado
(3,90)
6
(9,83)
2,81
4,53
1
2,81
4,24 12,86
13,42 (0,57)
(1,18)
3
(1,70)
42,00 24,00
3,71 14,29
11,75
2,54
6,05
6
15,25
62,00 36,01
5,48 20,51
17,34
3,17
5,11
3
9,51
16,00
8,56
1,41
6,03
4,47
1,55
9,69
1
1,55
15,00
8,56
1,33
5,11
4,20
0,92
6,13
1
0,92
18,00 12,50
1,59
3,91
5,03 (1,13)
(6,25)
1
(1,13)
1,50
0,53
0,13
0,84
0,42
0,42
27,86
4
1,67
1,50
0,53
0,13
0,84
0,42
0,42
27,86
3
1,25
95
Mascara /escudo celeron
p/solda
Mascara Respirador PFF1
c/ válvula
Mascara respirador pff2
dobrável
48,00 39,05
4,24
4,71
13,42 (8,72) (18,16)
3
(26,15)
5,50
3,20
0,49
1,81
1,54
0,28
5,01
10
2,76
2,90
1,76
0,26
0,88
0,81
0,07
2,50
49
3,56
22,00 15,11
1,94
4,95
6,15 (1,21)
(5,49)
3
(3,62)
0,68
0,14
0,78
0,45
0,33
20,69
53
17,55
Touca Clipada
14,87 10,27
1,31
3,29
4,16 (0,87)
(5,87)
7
(6,11)
Capacete ledan
14,70
8,50
1,30
4,90
4,11
0,79
5,37
1
0,79
Cone borracha ama/preto
Disco corte metal 4 1/2 x
23,40
6,00
2,07 15,33
6,54
8,79
37,55
2
17,57
1/8 x 7/8 redescor
2,30
1,27
0,20
0,83
0,64
0,18
7,98
5
0,92
Disco
corte
metal
9"x1/8x7/8 a24rb32
Disco desbast.4 1/2x 3/16x
4,95
2,56
0,44
1,95
1,38
0,57
11,48
9
5,11
7/8 a82rb
3,15
1,69
0,28
1,18
0,88
0,30
9,54
7
2,10
Placa polietileno 1 mmn/fume
Placa polietileno 0,5mm -
8,00
2,00
0,71
5,29
2,24
3,06
38,19
1
3,06
saída
6,00
1,00
0,53
4,47
1,68
2,79
46,53
1
2,79
121,00 49,70
12,31 58,99
33,84
25,15
20,79
8
201,20
135,00 87,26
13,73 34,01
37,76 (3,75)
(2,78)
2
(7,50)
120,00 52,47
Extintor PQS 2 kg –
Validade 5 anos -novo abc 95,00 48,00
Extintor PQS 4 kg- novo
abc
180,00 73,76
Extintor PQS 6 kg novo
abc
190,00 86,14
Extintor PQS 1 kg
Universal novo abc
62,00 32,53
Extintor PQS 1 kg Fiat
novo abc
62,00 32,53
Macacão marca Brasmo
segurança.
36,70 12,00
Suporte veicular de 1 kg
18,00 8,00
Suporte veicular de 4 e 6
32,00 15,00
kg
Suporte de chão
32,00 15,00
12,21 55,32
33,56
21,76
18,13
1
21,76
9,66 37,34
26,57
10,77
11,33
1
10,77
18,31 87,93
50,34
37,59
20,88
17
638,99
19,33 84,53
53,14
31,39
16,52
2
62,79
6,31 23,16
17,34
5,82
9,39
1
5,82
6,31 23,16
17,34
5,82
9,39
1
5,82
3,24 21,46
10,26
11,19
30,50
2
22,38
8,41
5,03
3,37
18,75
1
3,37
2,83 14,17
8,95
5,22
16,32
2
10,44
2,83 14,17
8,95
5,22
16,32
1
5,22
Protetor facial incolor
Protetor auricular
Extintor PQS 4 kg - novo
BC
Extintor PQS 8 kg -novo
BC
Extintor AP 10 L- água
Luminária de emergência
2X8W
Luva Nitrílica Sensíflex
azul P M G XG cx/100
Luva VINIL s/ AMIDO-.
Tipo
proced..P-M-G
cx/100
Óculos ÁGUIA incolr-antirisco cordão anti-quedas
Óculos águia fume antirisco cordão anti-quedas
1,60
1,59
38,00 26,00
3,36
8,64
10,63 (1,99)
(5,23)
8
(15,89)
31,50 21,90
2,78
6,82
8,81 (1,99)
(6,33)
4
(7,98)
24,00 17,32
2,12
4,56
6,71 (2,15)
(8,97)
38
(81,84)
6,70
4,95
0,59
1,16
1,87 (0,72) (10,69)
28
(20,05)
6,90
5,59
0,61
0,70
1,93 (1,23) (17,82)
18
(22,13)
96
Avental Vinil Especial –
120 x 70 cm
Protetor auditivo concha
10,00
6,30
0,88
2,82
2,80
0,02
0,19
1
0,02
9,50
3,90
0,84
4,76
2,66
2,10
22,14
1
2,10
4,70
4,02
0,42
0,26
1,31 (1,05) (22,34)
41
(43,05)
2,20
1,24
0,19
0,77
0,62
0,15
6,83
95
14,27
2,90
1,78
0,26
0,86
0,81
0,05
1,81
35
1,84
8,40
6,89
0,74
0,77
2,35 (1,58) (18,83)
24
(37,96)
12,00
8,50
1,06
2,44
3,36 (0,92)
(7,64)
22
(20,17)
0,32
0,17
0,03
0,12
0,09
0,03
10,07
666
21,46
14,40 10,00
1,27
3,13
4,03 (0,90)
(6,25)
4
(3,60)
10,00
4,00
1,36
4,64
2,80
1,84
18,44
16
29,50
22,00
7,39
2,99 11,62
6,15
5,47
24,85
2
10,93
38,00 14,17
5,17 18,66
10,63
8,04
21,15
34
273,26
44,00 20,95
5,98 17,07
12,31
4,76
10,83
12
57,16
49,00 27,73
6,66 14,61
13,70
0,91
1,85
12
10,87
68,00 41,29
9,24 17,47
19,02 (1,55)
(2,28)
13
(20,16)
38,00
0,61
5,17 32,22
10,63
21,60
56,83
24
518,33
60,00 26,57
8,16 25,27
16,78
8,49
14,16
3
25,48
Luva de neoprene e látex
Luva tricotada algodão 4
fios pigmentada 1 LADO
Luva tricotada algodão 4
fios pigmentada 2 LADOS
Luva raspa punho 7 cm
CA17233 c/reforço interno
Luva
mista
raspa
/
vaqueta punho 7 cm
Avental leit.135 x80 x 1,5
PC C/ 100 32,00
Luva vaqueta protlyne
Recarga Extintor PQS 1
kg BC
Recarga Extintor PQS 2
kg BC
Recarga Extintor PQS 4
kg BC
Recarga Extintor PQS 6
kg BC
Recarga Extintor PQS 8
kg - BC
Recarga Extintor PQS 12
kg BC
Recarga Extintor AP 10
litros
Recarga Extintor PQS 4
kg- ABC
TOTAL
1.714,08
Fonte : Dados conforme pesquisa
Com o preço de venda praticado menos o custo e as despesas variáveis
resulta margem de contribuição positiva, e todos os produtos, porém após diminuir
os custos e despesas fixas, comprovou-se que alguns itens dão resultado negativo,
mas que no total geral a empresa consegue trabalhar, pois ainda sobrou R$1.714,08
de lucro, o que pode melhorar significativamente se conseguirem ajustar os preços
dos produtos e serviços que ora demonstram resultado negativo.
Consegue-se verificar nessa planilha que o preço de venda atual em diversos
produtos não alcança a margem de lucro estipulada, pois o preço atual deve cobrir o
custo de aquisição, a despesa fixa de 27,97% as despesas variáveis que
97
representam 8,84% e a margem de lucro de acordo com o produto ou serviço, o que
não ocorreu em função do desajuste nos preços praticados.
3.6.2 Apuração do Resultado com Base Preço Orientativo
A apuração com base no preço orientativo proporciona uma visão do que
seria o resultado se tivesse sido praticado esse preço de venda, onde todos os
produtos cobririam seus custos e ainda sobraria margem de lucro, pois se com o
preço atual sobrou R$1.714,08 passaria para R$ 2.352,60, representando um
aumento em torno de 37,3%.
Quadro 23: Apuração do Resultado com Base no Preço Orientativo
PRODUTOS
PV
(-)
(-)
Custo Resul- Result
(-)Desp.
(-)
Orient Custo Variável
MC
Fixo
tado
em %
(x)
Resul-
Qde. Tado
Botina com e sem
cadarço preto
Botina marrom solado
borracha
49,27
28,18
4,36
16,74
13,78
2,96
6,00
6
17,74
63,59
36,37
5,62
21,60
17,78
3,82
6,00
1
3,82
Botina Metatarso
54,03
30,90
4,78
18,35
15,11
3,24
6,00
3
9,72
Sapato pu bt densidade c/
cadarço
41,96
24,00
3,71
14,25
11,74
2,52
6,00
6
15,11
62,96
36,01
5,57
21,39
17,61
3,78
6,00
3
11,33
14,97
8,56
1,32
5,08
4,19
0,90
6,00
1
0,90
Capa chuva transp.s/for.G
14,97
8,56
1,32
5,08
4,19
0,90
6,00
1
0,90
Capa
de
chuva
amarela c/forro GG
21,86
12,50
1,93
7,42
6,11
1,31
6,00
1
1,31
Lente ret. Verde 108x51
ton. 12
0,93
0,53
0,08
0,31
0,26
0,06
6,00
4
0,22
Lente ret. Verde 108x51
ton. 14
0,93
0,53
0,08
0,31
0,26
0,06
6,00
3
0,17
Mascara / escudo celeron
p/ solda
68,28
39,05
6,04
23,19
19,10
4,10
6,00
3
12,29
5,60
3,20
0,49
1,90
1,56
0,34
6,00
10
3,36
3,08
1,76
0,27
1,05
0,86
0,18
6,00
49
9,05
26,42
15,11
2,34
8,97
7,39
1,59
6,00
3
4,76
1,19
0,68
0,11
0,40
0,33
0,07
6,00
53
3,78
17,96
10,27
1,59
6,10
5,02
1,08
6,00
7
7,54
Sapato marrom solado
borracha
Capa chuva transp.s/
forro GG
Mascara
Respirador
PFF1 c/ válvula
Mascara
respirador
pff2 dobrável
Protetor facial incolor
Protetor auricular
Touca Clipada
98
Capacete ledan
14,86
8,50
1,31
5,05
4,16
0,89
6,00
1
0,89
10,49
6,00
0,93
3,56
2,93
0,63
6,00
2
1,26
2,22
1,27
0,20
0,75
0,62
0,13
6,00
5
0,67
4,48
2,56
0,40
1,52
1,25
0,27
6,00
9
2,42
2,95
Placas polietileno 1
mm-n fume
3,50
Placas
polietileno
0,5mm - saída
1,75
Extintor PQS 4 kg novo BC
106,06
1,69
0,26
1,00
0,83
0,18
6,00
7
1,24
2,00
0,31
1,19
0,98
0,21
6,00
1
0,21
1,00
0,15
0,59
0,49
0,10
6,00
1
0,10
49,70
10,79
45,57
29,66
15,91
15,00
8
127,27
Extintor PQS 8 kg -novo
BC
186,22
87,26
18,94
80,01
52,08
27,93
15,00
2
55,86
52,47
11,39
48,11
31,32
16,80
15,00
1
16,80
48,00
10,42
44,01
28,65
15,37
15,00
1
15,37
73,76
16,01
67,63
44,02
23,61
15,00
17
401,39
183,83
86,14
18,70
78,98
51,41
27,57
15,00
2
55,15
69,42
32,53
7,06
29,83
19,41
10,41
15,00
1
10,41
69,42
32,53
7,06
29,83
19,41
10,41
15,00
1
10,41
20,98
12,00
1,85
7,13
5,87
1,26
6,00
2
2,52
13,99
8,00
1,24
4,75
3,91
0,84
6,00
1
0,84
26,23
15,00
2,32
8,91
7,33
1,57
6,00
2
3,15
26,23
15,00
2,32
8,91
7,33
1,57
6,00
1
1,57
45,46
26,00
4,02
15,44
12,71
2,73
6,00
8
21,82
38,29
21,90
3,38
13,01
10,71
2,30
6,00
4
9,19
30,28
17,32
2,68
10,29
8,47
1,82
6,00
38
69,05
8,65
4,95
0,77
2,94
2,42
0,52
6,00
28
14,54
9,77
5,59
0,86
3,32
2,73
0,59
6,00
18
10,56
11,02
6,30
0,97
3,74
3,08
0,66
6,00
1
0,66
6,82
3,90
0,60
2,32
1,91
0,41
6,00
1
0,41
7,03
4,02
0,62
2,39
1,97
0,42
6,00
41
17,29
2,17
1,24
0,19
0,74
0,61
0,13
6,00
95
12,36
3,11
1,78
0,28
1,06
0,87
0,19
6,00
35
6,54
Cone borracha amar/pr
Disco corte metal
1/2x1/8x7/8 redescor
4
Disco
corte
metal
9"x1/8x7/8 a24rb32
Disco
desbaste
1/2x3/16x7/8 a82rb
4
Extintor AP 10 l- água
111,97
Extintor PQS 2 kg valid
5 anos nov abc
102,43
Extintor PQS 4 kgnovo abc
157,41
Extintor PQS 6 kg Nov.abc
Extintor PQS 1 kg
Universal novo ABC
Extintor PQS 1 kg Fiat
novo abc
Macacão Brasmo de
segurança
Suporte veicul. de 1 kg
Suporte veicul. 4 e 6 kg
Suporte de chão
Luminária de emergência
2X8W
Luv.Nitrílica Sensíflex
azul PMG XG cx/100
Luva Vinil s/ Amido- T.
proced.PMG cx/100
Óculo.aguia anti-risco
cordão anti-quedas
Ócul.águia fume antirisc.cordão anti queda
Avental Vinil Especial
120 x 70 cm
Protetor auditiv. concha
Luva de neoprene e
látex
Luva tric.algodão 4 fios
pigment. 1 lado
Luva tric.alg. 4 fios
pigmentada 2 lados
99
Luva raspa punho 7 cm
CA17233c/ref.interno
Luva mista raspa /
vaqueta punho 7 cm
Aventaleit.135x80x1,5cm
PC C/ 100 32,00
Luva vaqueta protlyne
Recarga Extintor PQS
1 kg BC
Recarga Extintor PQS
2 kg BC
Recarga Extintor PQS
4 kg BC
Recarga Extintor PQS
6 kg BC
Recarga Extintor PQS
8 kg -BC
Recarga Extintor PQS
12 kg BC
12,05
6,89
1,06
4,09
3,37
0,72
6,00
24
17,35
14,86
8,50
1,31
5,05
4,16
0,89
6,00
22
19,62
0,30
0,17
0,03
0,10
0,08
0,02
6,00
666
11,88
17,48
10,00
1,55
5,94
4,89
1,05
6,00
4
4,20
11,96
4,00
1,63
6,34
3,35
2,99
25,00
16
47,85
22,10
7,39
3,00
11,71
6,18
5,52
25,00
2
11,05
42,37
14,17
5,76
22,44
11,85
10,59
25,00
34
360,19
62,65
20,95
8,52
33,18
17,52
15,66
25,00
12
187,95
82,93
27,73
11,27
43,92
23,19
20,73
25,00
12
248,78
123,48
41,29
16,78
65,40
34,53
30,87
25,00
13
401,30
1,82
0,61
0,25
0,97
0,51
0,46
25,00
24
10,95
79,46
26,57
10,80
42,09
22,22
19,86
25,00
3
59,59
Recarga Extintor AP 10 L
Recarga Extintor PQS
4 kg- ABC
Total
915,97
1320 2.352,60
Fonte: Dados conforme pesquisa
Na demonstração apresentada da apuração do resultado com base no preço
orientativo ficou evidenciada a conquista da margem de lucro pré-estabelecida pela
administração, em todos os produtos e da grande importância de um sistema de
custos bem estruturado, o qual fornece maior segurança na prática de preços e
conquista de resultados positivos.
100
CONCLUSÃO
Através da realização deste estudo, pode-se concluir que a Contabilidade de
Custos proporciona identificar a composição e cálculo dos custos, auxiliando assim
na formação de preço de venda e análise do custo, volume e do lucro.
A Contabilidade de Custos vem se adaptando conforme as necessidades
atuais, buscando uma melhoria nas informações por ela extraídas, essas
informações ajudam no processo de tomada de decisões, pois como um sistema de
informação disponibiliza de dados que auxiliam no planejamento, orçamento e
controle.
Este trabalho teve como principal objetivo o apoio para implementação de um
sistema gerencial de custos na Empresa Recarga de Extintores e Equipamentos de
Proteção Panambi Ltda, e para isso foi efetuado um acompanhamento de todo
processo de comercialização e serviços de recarga para analisar seus custos e
determinar a formação do preço de venda, de igual modo verificar a margem de
contribuição, o ponto de equilíbrio, a margem de segurança operacional e o
resultado de cada produto, fazendo a comparação do praticado e do resultado que a
adoção do sistema proporcionaria.
Os métodos de custeio examinados para o cálculo e gerenciamento dos
custos da empresa foram o Custeio por Absorção e o Custeio Variável. Pelas
informações do sistema de Custeio por Absorção foi possível ter uma melhor análise
dos estoques e em conseqüência ajudou na definição dos preços dos produtos
vendidos bem como nos materiais usados no serviço de recarga. Já o sistema de
101
Custeio Variável, mesmo não sendo aceito legalmente, gera informações relevantes
para os gestores, pois evidencia o potencial de cada produto, a capacidade mínima
na qual a empresa pode atuar sem prejuízo, em quanto a empresa pode diminuir
seus rendimentos sem obter prejuízo e em quanto a empresa pode melhorar sua
rentabilidade. A margem contribuição total pelo preço praticado demonstrou-se
positiva, cobrindo as despesas e gerando resultado, o qual seria maior se houvesse
a prática do preço orientativo. O ponto de equilíbrio encontrado no preço praticado
demonstra que é preciso vender mais para alcançar o equilíbrio e se praticasse o
preço orientativo a quantidade a ser vendida é menor. No que diz respeito a margem
de segurança operacional, foi possível observar que a queda das vendas pode
admitir uma redução de 29,84% até o equilíbrio no preço praticado e 39,65% na
situação do preço orientativo.Conclui-se que todos os resultados seriam melhores se
observado os cálculos pelo preço orientativo.
A partir do resultado da análise dos 50 produtos nota-se que a maioria dos
produtos e serviços tem resultado positivo, considerando o preço praticado e que
isso poderá ser alcançado em uma proporção maior.
Desta forma, sugere-se a adoção e implementação de um sistema de custos
observando principalmente o método de custeio variável onde o gestor da empresa
consegue saber quais produtos são mais rentáveis permitindo
competitividade,
continuidade e crescimento.
Para a Universidade, na área do curso de Ciências Contábeis, o atual
trabalho de Conclusão de Curso poderá ajudar com outros alunos que mostrem
interesse nesse ramo.
Para mim, a realização desse trabalho de Conclusão de Curso, foi de grande
valia, pois permitiu qualificar, aprofundar e colocar em prática os conhecimentos
adquiridos em sala de aula.
102
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Pesquisa
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Download

TCC versao 25 05 10 _3_ - Biblioteca Digital da UNIJUÍ