CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS MANUAL DE METODOLOGIA CIENTÍFICA – NORMAS ABNT FOZ DO IGUAÇU 2013 "A educação tem raízes amargas, mas os frutos são doces". (Aristóteles) NBR – NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS A apresentação de trabalhos científicos, entre eles a monografia, requer uma padronização para que tenham qualidade no seu aspecto normativo, facilitando a sua identificação e compreensão, sobretudo sob uma ótica multidisciplinar. No intuito de padronizar esteticamente a produção científica acadêmica de tal forma a seguir: trabalhos, artigos, elaboração de documentos, projetos, monografia, dentre vários trabalhos científicos exigidos pela IES; para adotar e a utilizar a partir de 2009, as Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), NBR. Através deste material, os acadêmicos, professores e funcionários terão a oportunidade de apresentar os trabalhos e documentações nas normas exigidas. Com esta iniciativa, tem-se como objetivo principal, orientar na elaboração de quaisquer documentos e trabalhos na referida Instituição de Ensino Superior. E, para melhor compreensão das normas adotadas, necessário se faz que se atentem à leitura e aplicabilidade do que se propõe através das NBRs. Sucesso! SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5 2. MANUAL DE METODOLOGIA CIENTÍFICA – NORMAS ABNT ........................... 6 3. TÉCNICAS DE PESQUISA..................................................................................... 7 4. PASSOS PARA SE ELABORAR UM TRABALHO CIENTÍFICO ........................ 11 4.1. REDAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO........................................................... 12 4.2. TIPOS DE PESQUISAS:..................................................................................... 13 5. O PROJETO DE PESQUISA ................................................................................ 15 5.1. FATORES EXTERNOS ...................................................................................... 15 6. LEVANTAMENTO OU REVISÃO DE LITERATURA ........................................... 17 6. 2- OS MÉTODOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS ......................................................... 19 6.2.1- O Método Científico:........................................................................................ 19 6.2.2. Os Métodos Gerais Das Ciências Sociais ....................................................... 19 6.3 O MÉTODO DIALÉTICO...................................................................................... 20 6.4. ETAPAS DA PESQUISA..................................................................................... 21 7. CITAÇÕES ............................................................................................................ 23 7.1. CITAÇÕES E NOTAS DE RODAPÉ ................................................................... 23 7.2. SISTEMAS DE CHAMADA DA CITAÇÃO NO TEXTO ........................................ 23 7.3. SISTEMA NUMÉRICO........................................................................................ 23 7.4. SISTEMA AUTOR-DATA .................................................................................... 23 7.5. CITAÇÃO DIRETA OU TEXTUAL ....................................................................... 23 8. CONFIGURAÇÃO DE PÁGINAS ......................................................................... 27 8.1. LEMBRETES SOBRE A REDAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO .................... 27 9. A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .................................................................... 29 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 33 11. ANEXOS ............................................................................................................. 35 1. INTRODUÇÃO “Somos viciados nas próprias crenças, dependentes das próprias verdades, toxicômanos das próprias convicções. E como ocorre em todas as dependências, precisamos repetir as nossas verdades para não cair no pânico da dúvida, na ameaça da mutação”. A Metodologia tem como função mostrar a você como andar no “caminho das pedras” da pesquisa, ajudá-lo a refletir e instigar um novo olhar sobre o mundo: um olhar curioso, indagador e criativo. A elaboração de um projeto de pesquisa e o desenvolvimento da própria pesquisa seja ela um documento, um trabalho simples ou até um trabalho de Conclusão de curso necessitam, para que seus resultados sejam satisfatórios, estarem baseadas em planejamento cuidadoso, reflexões conceituais sólidas e alicerçados em conhecimentos já existentes. Pesquisar é um trabalho que envolve um planejamento análogo ao de um cozinheiro. Ao preparar um prato, o cozinheiro precisa saber o que ele quer fazer, obter os ingredientes, assegurar-se de que possui os utensílios necessários e cumprir as etapas requeridas no processo. Um prato será saboroso na medida do envolvimento do cozinheiro com o ato de cozinhar e de suas habilidades técnicas na cozinha. O sucesso de uma pesquisa também dependerá do procedimento seguido, do seu envolvimento com a pesquisa e de sua habilidade em escolher o caminho para atingir os objetivos da pesquisa. A pesquisa é um trabalho em processo não totalmente controlável ou previsível. Adotar uma metodologia significa escolher um caminho, um percurso global do espírito. O percurso, muitas vezes, requer ser reinventado a cada etapa. Precisam-se, então, não somente de regras e sim de muita criatividade e imaginação. 2. MANUAL DE METODOLOGIA CIENTÍFICA – NORMAS ABNT Procuramos apresentar metas a serem desenvolvidas pelos acadêmicos da IES, através do incentivo às pesquisas bibliográficas, objetivando alcançar a desenvoltura interpretativa, uma vez, decodificadas e explicitadas. Trata-se, tão somente, de uma ajuda para consulta por parte dos alunos dos cursos de graduação, bem como aos alunos de pós-graduação. Tal intenção é facilitar a busca dos alunos no que diz respeito aos trabalhos de pesquisa acadêmica. A estrutura de todo e qualquer trabalho, por si só, serve de modelo para um trabalho realizado em sala de aula. Além disso, procuramos apresentar e explicar as regras para cada parte de um trabalho científico. É através da leitura sistemática que o ser humano adquire e sistematiza conhecimento científico. Ler bem é fruto de treinamento, ou seja, quanto mais lemos mais facilidade para ler e compreender o que lemos adquirimos. Existem algumas dicas básicas para otimização de suas leituras, são elas: A primeira leitura deve ser panorâmica, ou seja, não devemos pretender exaurir o texto na mesma. Nesta primeira leitura nos inteiramos do assunto tratado e marcamos as palavras que temos dúvidas relativas ao seu significado para que um bom dicionário seja consultado. A segunda leitura nos permite um nível de aprofundamento maior sobre o tema tratado. É aqui que se faz o "fichamento" do texto lido, através da análise do texto. Analisar um texto significa fazer uma leitura minuciosa das partes constituintes do mesmo, tópico por tópico, parágrafo por parágrafo, frase por frase. Só assim é possível uma reflexão aprofundada sobre as ideias do autor. A terceira leitura é de natureza integradora, ou seja, é através dela que podemos aprender a dimensão totalizante do texto lido. A partir desta podemos elaborar a síntese do texto. 3. TÉCNICAS DE PESQUISA É bom que se tenha uma ideia do que se vai escrever para que se adapte ao público e à forma como irá organizar o seu escrito. No entanto, é importante notar que, mesmo com essas providências tomadas, a primeira versão, ou mesmo: primeiras versões estarão longe do formato final que pretende atingir. A primeira atividade é pensar sobre o assunto, ao mesmo tempo em que escreve as ideias em um rascunho para organizá-las de maneira lógica. Este exercício ajuda a manter em perspectiva o artigo e selecionar os tópicos que serão abordados e como o serão. Provavelmente, este rascunho será borrado, terão setas conectando uma ideia a outra, lembretes etc., mas é a forma como se começa. Tenham em mente quais respostas devem responder ao público que lerá o seu trabalho, você deve responder ao seguinte: a) Por que fez esse trabalho? (introdução, justificativa e objetivos); b) Como o fez? (materiais e métodos); c) O que encontrou? (resultados); d) O que acha que seus resultados significam? (discussão e conclusões) Em seguida deve-se escrever um resumo, destacando uma sentença para a justificativa, os objetivos, uma referência aos métodos utilizados, lista dos resultados mais importantes e qualquer conclusão alcançada. Assim, segundo aquela autora, você poderá começar a escrever o artigo em si de forma organizada. Tente começar escrevendo as partes mais simples, normalmente os “materiais e métodos”, e os “resultados”. Depois, escreva as outras partes, “introdução” (com justificativa e objetivos), “discussão” e “conclusões”, sem perder de vista o seu objetivo geral, que dirá o ponto que deve enfatizar no trabalho. Abaixo, encontra-se amostragem correspondente ao conteúdo que deve ser mostrado no trabalho. Ao organizar cada um dos tópicos, lembre-se que a organização parte das unidades mais abrangentes para as menos abrangentes. Assim, pense em “subseções” e “parágrafos” dentro de cada “seção” a ser escrita. A Introdução deve servir a três propósitos: 1- Chamar a atenção para o assunto específico ou hipótese que irá discutir, 2- Fornecer um respaldo e justificar um estudo em relação à sua importância e ao resultado de outros estudos, e, 3- Listar os objetivos do seu projeto de pesquisa ou fornecer à audiência informação sobre o que você planeja alcançar no seu projeto. A seção de Métodos será uma receita revelando como se adquiriu os dados. A organização aqui é normalmente fácil, com processos passo a passo mantidos na mesma ordem que os objetivos que você listou na introdução. Você pode prefaciar este procedimento com uma listagem dos materiais usados, condições apresentadas, ou design do projeto. Além da necessidade de detalhes nos materiais e métodos utilizados, a audiência também estará fazendo duas perguntas principais: Dá para acreditar no trabalho do pesquisador? E Posso utilizar os mesmos métodos? Para responder a essas perguntas, você deve fornecer informação completa sobre ingredientes, ações, condições, desenho experimental, replicações, repetições, e análise estatística. Pergunte a si mesmo: Poderia um outro cientista seguir as minhas palavras nesta parte do artigo e realizar os mesmos experimentos com os mesmos resultados? Uma seção de métodos bem escrita apoiará uma resposta positiva. Os Resultados devem ser organizados de forma que o leitor vá de uma exposição à outra dos dados com desenvolvimento lógico mostrando como os seus achados satisfazem os seus objetivos. Os resultados podem ser apresentados na mesma ordem que os objetivos ou os procedimentos experimentais. Os dados são frequentemente apresentados em tabelas ou figuras, e o texto servirá simplesmente para ligar os dados aos seus objetivos ou para chamar atenção aos pontos principais. Além da validade do desenho experimental que apresenta nos seus métodos, seus resultados e sua Discussão estabelecerá a sua credibilidade. A discussão algumas vezes acompanha os resultados, enquanto em outras comporá uma seção separada. O comentário fornecerá uma interpretação dos resultados e mostrará relações com outras pesquisas. Sumariar afirmações “amarrará” os resultados como delineados pelos vários conjuntos de dados. A discussão deverá apresentar o significado geral do seu trabalho e ajudará a direcionar o pensamento da sua audiência, mas uma vez que tenha feito uma afirmação sobre o que os seus dados querem dizer, não vá muito a fundo com especulação. Mostre como os resultados se adequam ou os compare com aqueles de estudos similares, e deixe para a mente dos leitores a maior parte da especulação. Pense no seu trabalho como uma peça de arte colocada à frente dos espectadores. Assegure-se de que seus objetivos, métodos e resultados são claros, e então apenas deixe-os ler suas próprias interpretações nele. Por outro lado, não hesite em sugerir uma direção que você deseja que o pensamento dos leitores deva tomar; apenas não exagere suas próprias especulações. Assegure-se de fazer afirmações conclusivas ao final da sua discussão ou em uma seção chamada Conclusões. Enumere sucintamente essas conclusões; elas devem ser os pontos que permanecerão mais tempo na mente dos leitores. Primeiro, ao começar a escrever pense de forma prática; não espere por uma ideia brilhante para começar a escrever, você deve seguir simplesmente quatro abordagens: defina, compare-contraste, enumere, e forneça causa-efeito. Segundo, não se esqueça de fazer transições entre os parágrafos, para que as ideias em um texto tenham ligação entre si. Finalmente, não esqueça as regras para escritos científicos e técnicos: a) Pode-se ser interpretado de mais de uma forma, está errado; b) Conheça sua audiência; conheça o seu assunto; conheça o seu propósito; c) Se você não consegue pensar em uma razão para colocar uma vírgula, deixe para lá; d) Mantenha seu escrito claro, conciso e correto; Pesquisar é quase que sinônimo de estudar, significando, quando muito, uma forma especial de estudo. O acadêmico que estuda para melhor fundamentar sua argumentação no processo faz pesquisa, sem dúvida. Especificamente, contudo, o trabalho de pesquisa é mais ambicioso, apresentando-se de forma sistemática, com pretensões de racionalidade e aplicação generalizada. Ele precisa apoiar-se o mais claramente possível no objeto investigado, seja este objeto formado por eventos, um conjunto de normas ou opiniões de leigos, agentes jurídicos, doutrinadores. Daí a importância das fontes de referência, que serão comentadas adiante. Devido à inseparabilidade entre teoria e práxis, o trabalho de pesquisa precisa descrever seus pontos de partida e ao mesmo tempo problematizá-los e explicá-los, isto é, procurar compreendê-los dentro de uma visão (“teoria”) de mundo coerente. Esquecer as bases empíricas do direito faz a “visão de mundo” irreal e inútil, ainda que pareça coerente; reduzir-se a descrever dados empíricos sem uma teoria, por outro lado, deixa a informação fora de rumo e dificulta a comunicação. Ainda que um trabalho de pesquisa possa ser predominantemente conceitual ou predominantemente empírico, o pesquisador deve ter o cuidado de explicitar as inter-relações entre as duas formas de abordagem: se quiser conceituar a diferença entre a prescrição e a decadência, nada melhor do que ajuntar exemplos reais e atuais, além da análise de precedentes, jurisprudência, casos concretos. Parece-nos, portanto, que um capítulo “empírico” ou mesmo referências constantes a fatos reais só têm a enriquecer um trabalho de pesquisa “teórico”. Conceitualmente, então, devendo mais ser entendidas como fases de uma única tarefa do que como atitudes distintas, podem-se dividir a pesquisa em bibliográfica e empírica. Pesquisa bibliográfica é aquela desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos, mas ela também inclui outras formas de publicação, tais como artigos de jornais e revistas dirigidos ao público em geral. No caso da pesquisa jurídica, é importante também o estudo de documentos como leis, repertórios de jurisprudência, sentenças, contratos, anais legislativos, pareceres etc., constituindo uma vertente específica da pesquisa bibliográfica que podemos chamar de documental. á na pesquisa empírica, o pesquisador vai mais diretamente aos eventos e fatos, sem intermediação de outro observador, investigando as variáveis de seu objeto e tentando explicá-las controladamente. Seus métodos são muitos, tais como questionários, entrevistas, estudos de caso, entre outros. A pesquisa jurídica pode ser classificada, dentre outros critérios, em científica, que tem por fim descrever e criticar os fenômenos definidos como objeto, e dogmática, destinada a sugerir estratégias de argumentação e decisão diante de conflitos a partir de normas jurídicas estabelecidas. A parte mais importante é dividir o tema escolhido em tópicos razoavelmente detalhados: 4. PASSOS PARA SE ELABORAR UM TRABALHO CIENTÍFICO 1. INTRODUÇÃO (elemento primário: todas as letras maiúsculas e em negrito) 1.1.IMPORTÂNCIA DO TEMA (elemento secundário: todas as letras maiúsculas e sem negrito) 1.2.JUSTIFICATIVA. 1.3. OBJETIVOS: GERAL E ESPECÍFICOS. 2. HIPÓTESES DE TRABALHO. 3. METODOLOGIA 3.1.MATERIAL E MÉTODOS. 3.2. UNIVERSO. 3.3. INSTRUMENTOS. 3.4. PROCEDIMENTOS 4.CONCEITOS BÁSICOS. 6. CONCLUSÕES 7. CRONOGRAMA 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Uma regra geral importante é atentar para a necessidade de referir especificamente, no decorrer do texto, tudo aquilo que aparecer listado na bibliografia. E vice-versa. Conforme já sugerido, não se devem listar obras de leitura obrigatória ou fontes que, embora tenham sido importantes na formação do pesquisador, pouco ou nada tenham que ver com a efetiva elaboração daquela pesquisa e não apareçam diretamente referidas nos rodapés. Fontes não bibliográficas de pesquisa, tão ao gosto dos demais estudiosos dos fenômenos sociais, não vêm sendo utilizadas pelos juristas como seria de desejar: questionários, entrevistas, amostragens estatísticas, dentre outros métodos, desde que corretamente conduzidos só trarão consequências benéficas à credibilidade de uma pesquisa jurídica. Até mesmo relatos provenientes de observações pessoais quase nunca são aproveitados, perdendo-se por vezes a rica experiência que juízes, advogados, procuradores, promotores que querem participar das discussões científicas têm a relatar. Outros meios importantes de acesso a fontes de pesquisa jurídica são as redes de computação, eficientes para consulta a bibliotecas, legislação, jurisprudência e a imensa gama de informações que possibilita a aquisição de conhecimentos. Com as redes computacionais, desde que domine alguma língua estrangeira mais universal, qualquer pessoa pode comunicar-se e acessar de imediato fontes antes indisponíveis. 4.1. REDAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO Como forma de linguagem que é ao trabalho científico aplica-se, em princípio, as mesmas regras do bem redigir: clareza, concisão, objetividade etc. Cada capítulo deve cuidar de um tema, dentro deles cada subitem tem um assunto específico, cada parágrafo precisa expressar uma ideia, tudo isso em função da unidade e coerência internas quanto a títulos e subtítulos, para que não se repita em uma parte o que já foi dito em outra, atentando rigidamente para as relações contém e está contido etc. A clareza é fundamental. E o trabalho tem de partir de um suporte de conhecimentos que o leitor divida com o autor. Se o leitor que o autor tem em mente é iniciante, o trabalho deve partir de bases genéricas, senso comum sobre o direito; se o leitor é especializado, o autor pode começar mais especificamente. Mas a regra é a mesma: começar mostrando ao leitor o ponto de partida que se supõe ser dominado por ele. Tudo isso levando também em conta o espaço disponível: trazer a novidade com clareza, sem ser repetitivo ou óbvio. É inútil escrever para si mesmo ou achar que o leitor sabe tudo o que o autor sabe, pois aí se tem o dilema: quem domina os pressupostos do tema não precisa ler o texto do autor, pois ele nada acrescenta; quem não os domina, simplesmente não compreende patavina do que se diz no trabalho. Ambas as opções deixam a desejar. 4.2. TIPOS DE PESQUISAS: O que é Pesquisa? De acordo com OLIVEIRA, (2002, p. 62), “a pesquisa tem como objetivo estabelecer uma série de compreensões a fim de construir respostas para as indagações e questões levantadas nos diversos ramos do conhecimento humano”. A pesquisa, tanto para efeito científico como profissional; envolve a abertura de horizontes e a apresentação de diretrizes fundamentais, que podem contribuir para o desenvolvimento do conhecimento, portanto, pesquisar significa planejar cuidadosamente uma investigação de acordo com as normas da Metodologia Científica, tanto em termos de forma como de conteúdo. Pesquisa Bibliográfica: A pesquisa bibliográfica não deve ser confundida, como acontece frequentemente, com a pesquisa de documentos. Entende-se por pesquisa bibliográfica o ato de fichar, relacionar, ler, arquivar, fazer resumos de assuntos relacionados com a pesquisa em questão. Fases da Pesquisa e do Levantamento Bibliográfico SALOMON1 demonstra que a pesquisa bibliográfica deve fundamentar-se em conhecimentos de bibliografia, documentação, envolvendo: identificação, localização, fichamento e arquivamento, obtenção da informação, redação do trabalho. 1 SALOMON, Délcio. Apud Sérgio Luiz de Oliveira, Metodologia Científica Aplicada ao Direito, 2.ed.,São Paulo: Pioneira Thomson Learning Ltda., 2002, p.67. Pesquisa Experimental: É toda pesquisa que envolve algum tipo de experimento. Exemplo: Pinga-se uma gota de ácido numa placa de metal para observar o resultado. Pesquisa Exploratória: É toda pesquisa que busca constatar algo num organismo ou num fenômeno. Exemplo: Saber como os peixes respiram. Pesquisa Social: É toda pesquisa que busca respostas de um grupo social. Exemplo: Saber quais os hábitos alimentares de uma comunidade específica. Pesquisa Histórica: É toda pesquisa que estuda o passado. Exemplo: Saber de que forma se deu a Proclamação da República brasileira. Pesquisa Teórica: É toda pesquisa que analisa uma determinada teoria. Exemplo: Saber o que é a Neutralidade Científica. Procuramos, na medida do possível, seguir rigorosamente as regras definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (UFPR), para elaboração de trabalhos científicos. Caso alguma regra não esteja sendo cumprida, a responsabilidade é da desatenção do autor. Quando falamos de um curso superior, estamos nos referindo, indiretamente, a uma Academia de Ciências, já que qualquer Faculdade nada mais é do que o local próprio da busca incessante do saber científico. Neste sentido, esta disciplina tem uma importância fundamental na formação do profissional. Se os alunos procuram a Academia para buscar saber, precisamos entender que Metodologia Científica nada mais é do que a disciplina que "estuda os caminhos do saber", se entendermos que "método" quer dizer caminho, "logia" quer dizer estudo e "ciência" que dizer saber. 5. O PROJETO DE PESQUISA 1. Escolha do tema Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de pesquisa. Abaixo estão relacionadas algumas questões que devem ser levadas em consideração nesta escolha: - Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal. Para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta atividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa num exercício de tortura e sofrimento. - Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa. Na escolha do tema temos que levar em consideração a quantidade de atividades que teremos que cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos que temos que cumprir no nosso cotidiano, não relacionado à pesquisa. 5.1. FATORES EXTERNOS - A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais: Na escolha do tema devemos tomar cuidado para não executarmos um trabalho que não interessará a ninguém. Se o trabalho merece ser feito que ele tenha uma importância qualquer para pessoas, grupos de pessoas ou para a sociedade em geral. - O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho: Quando a instituição determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, não podemos nos enveredar por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho. - Material de consulta e dados necessários ao pesquisador Um outro problema na escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros autores e não existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes obriga ao pesquisador buscar fontes primárias que necessita de um tempo maior para a realização do trabalho. Este problema não impede a realização da pesquisa, mas deve ser levado em consideração para que o tempo institucional não seja ultrapassado. 6. LEVANTAMENTO OU REVISÃO DE LITERATURA O Levantamento de Literatura é a localização e obtenção de documentos para avaliar a disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de pesquisa. Este levantamento é realizado junto às bibliotecas ou serviços de informações existentes, devendo de tal forma, citar a fonte de onde se colheu o material, sempre observando a forma de destacar nas referências bibliográficas: AUTOR, Título da obra, edição, local, editora, data. Exemplo: GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, 8.ed. São Paulo: Atlas ,1999. O PROBLEMA O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. Exemplo: Tema: A educação da mulher: a perpetuação da injustiça. Problema: A mulher é tratada com submissão pela sociedade. HIPÓTESE Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao problema levantado no tema escolhido para pesquisa. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a hipótese (ou suposição) levantada. Exemplo: (em relação ao Problema definido acima) Hipótese: A sociedade patriarcal, representada pela força masculina, exclui as mulheres dos processos decisórios. JUSTIFICATIVA A justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. O tema escolhido pelo pesquisador e a hipótese levantada são de suma importância, para a sociedade ou para alguns indivíduos, de ser comprovada. Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da justificativa, de não se tentar justificar a hipótese levantada, ou seja: tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento. OBJETIVOS A definição dos objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim. Os objetivos podem ser separados em Objetivos Gerais e Objetivos Específicos, sempre iniciando um objetivo com um verbo no infinitivo. METODOLOGIA A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista etc), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. Exemplo: Para realização deste trabalho foi utilizado o Método Hipotético-Dedutivo, proposto por POPPER, que, de acordo com GIL2, (1999, p.30), consiste na adoção da seguinte linha de raciocínio: 2 GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, 8.ed., São Paulo: Atlas S.A. 1999, p.30. Quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge um problema. Para tentar explicar as dificuldades expressas no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que deverão ser testadas ou falseadas; enquanto que no método dedutivo, procura-se a todo custo confirmar a hipótese, no método hipotético-dedutivo, ao contrário, procurando evidências empíricas para derrubá-la. Também foi utilizado o método comparativo, que segundo FACHIN3, (2002, p. 37), afirma que é o método que “consiste em investigar coisas ou fatos e explicá-los segundo suas experiências e suas diferenças. Geralmente o método comparativo aborda duas séries de natureza análoga tomadas de meios sociais ou de outra área do saber, a fim de detectar o que é comum a ambos”. 6. 2- OS MÉTODOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS 6.2.1- O Método Científico: Para que um conhecimento possa ser considerado científico, torna-se necessário identificar as operações mentais e técnicas que possibilitam a sua verificação, ou, determinar o método que possibilitou chegar a esse conhecimento. 6.2.2. Os Métodos Gerais Das Ciências Sociais Características Básicas dos Métodos Gerais Três são os métodos gerais mais adotados nas ciências humanas: O hipotético-dedutivo O dialético O fenomenológico a)O Método Hipotético-dedutivo 3 FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia.4.ed. São Paulo: Saraiva. 2008, p.37. Este método é apresentado à ciência como tentativa de superação das limitações dos dois métodos clássicos: o dedutivo e o indutivo. O método dedutivo, de acordo com a acepção clássica, é o que parte do geral e, a seguir ao particular. O raciocínio dedutivo parte dos princípios considerados como verdadeiros e indiscutíveis para chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica. O raciocínio indutivo influenciou muito o pensamento científico; desde o aparecimento dos trabalhos de Francis Bacon (1521-1526) e de outros empiristas, o método indutivo passou a ser visto como um método por excelência das ciências naturais. POPPER e outros autores propõem que a Ciência se construa a partir do método hipotético-dedutivo. a)uma hipótese é dita sustentável se for confirmada: é chamada de proposição. b)uma hipótese é dita válida se for dedutível: é chamada teorema. c)um sistema de hipóteses sustentáveis é chamado de sistema indutivo. d)um sistema de hipóteses válidas é chamado de sistema dedutivo. e)um sistema indutivo-dedutivo (hipotético-dedutivo), ou teoria científica, é um sistema no qual determinadas hipóteses válidas são sustentáveis e nenhuma ( ou quase nenhuma) insustentável. 6.3 O MÉTODO DIALÉTICO As considerações acerca da dialética costumam ser polêmicas, porque invariavelmente conduzem a questão a questões de natureza ideológica. Pode-se, fundamentalmente, considerá-la sob três aspectos: a) Como filosofia da natureza; b) Como lógica do pensamento aplicada à compreensão do processo histórico das mudanças e dos conflitos sociais; e c) Como método de investigação da realidade. A dialética, enquanto metodologia é compreendida de maneira diversa, segundo os autores. É possível, porém, identificar alguns princípios que são comuns na abordagem dialética: a) Princípio da unidade e luta dos contrários. Todos os objetos e fenômenos apresentam aspectos contraditórios, que são organicamente unidos e constituem a indissolúvel unidade dos opostos. b) Princípio da transformação das mudanças quantitativas em qualitativas. Quantidade e qualidade são características imanentes a todos os objetos e fenômenos, e estão inter-relacionadas. No processo de desenvolvimento, as mudanças quantitativas graduais geram mudanças qualitativas, e esta transformação se opera por saltos. c) Princípio da negação da negação. O desenvolvimento processa-se em espiral, com a repetição em estágios superiores de certos aspectos e traços dos estágios inferiores. O Método Dialético tem sido apresentado muitas vezes como incompatível com o método hipotético-dedutivo, em virtude de estar este último vinculado à lógica positivista. O Método Fenomenológico O Método fenomenológico, tal como foi apresentado por Edmund Husser, propõe-se a estabelecer uma base segura, liberta de pressuposições, para todas as ciências. O Método fenomenológico não é dedutivo, nem empírico; consiste em mostrar o que é dado e em estabelecer dados. Para HUSSEL, existem duas espécies de ciências: ciências de fatos, que se fundamentam na experiência sensível, e ciências de essências, à quais compete a instituição essencial, a “visão dos eidos” 6.4. ETAPAS DA PESQUISA As pesquisas sociais, tanto por seus objetivos, quanto pelos procedimentos que envolvem, são muito diferentes entre si. Por essa razão torna-se impossível apresentar um esquema que indique todos os passos do processo da pesquisa. O esquema adotado compreende nove etapas: Formulação do problema; Seleção da amostra; Construção de hipóteses ou Elaboração dos instrumentos de determinação dos objetivos; Delineamento da pesquisa; Operacionalização dos coleta de dados; Análise e interpretação dos resultados; conceitos e variáveis; Redação do relatório. CRONOGRAMA O Cronograma é a previsão de tempo que será gasto na realização do trabalho de acordo com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os períodos serão definidos a partir das características de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo autor do trabalho. Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses, bimestres, trimestres etc.. Estes serão determinados a partir dos critérios de tempo adotados por cada pesquisador. Exemplo: ATIVIDADES / PERÍODOS 1 Levantamento de literatura 2 Montagem do Projeto 3 Coleta de dados 4 Tratamento dos dados 5 Elaboração do Relatório Final 6 Revisão do texto 7 Entrega do trabalho 1 2 3 4 5 X X X X X 6 7 X X X X 8 9 10 X X X X X 7. CITAÇÕES 7.1. CITAÇÕES E NOTAS DE RODAPÉ A citação é a informação extraída de outra fonte para esclarecer o que se pretende explicar ou apoiar. 7.2. SISTEMAS DE CHAMADA DA CITAÇÃO NO TEXTO As citações devem ser indicadas no texto por um sistema numérico ou autor-data. Qualquer dos dois métodos adotados deve ser seguido em todo o documento, mantendo, inclusive, correlação com a lista de referências apresentada ao final do trabalho. 7.3. SISTEMA NUMÉRICO As citações têm numeração única e consecutiva para todo o documento. Toda vez que um documento for introduzido a numeração deverá ser revista. 7.4. SISTEMA AUTOR-DATA As citações são feitas pelo sobrenome do autor ou pela instituição responsável, ou ainda, pelo título de entrada (caso a autoria não esteja declarada), seguida da data de publicação do documento, separados por vírgula e entre parênteses. 7.5. CITAÇÃO DIRETA OU TEXTUAL É a transcrição fiel de palavras ou trechos de um texto. Na citação direta, a pontuação e redação são rigorosamente respeitadas. O texto reproduzido deve aparecer entre aspas duplas, com indicação do(s) autor(es), da(s) página(s) e referência à obra consultada. Exemplo: De acordo com BRUNO (2001, p.112) "[...] a citação deve reproduzir o fraseado, a ortografia e a pontuação interna da fonte original, mesmo quando a fonte contém erros”. Obs. Neste caso, o autor citado é parte do texto, sendo assim seu sobrenome é digitado com a primeira letra em caixa alta e as demais em letras minúsculas. A data de publicação e a página da qual o texto foi extraído são apresentados dentro dos parênteses. Citações direta ou textual com mais de três linhas Devem aparecer destacadas e com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto e sem a utilização de aspas. Exemplo: CASTRO (2001, p.51) ensina: O que são vocabulários estruturados? São coleções de termos, organizadas segundo uma metodologia na qual é possível especificar as relações entre conceitos com o propósito de facilitar o acesso à informação. Os vocabulários são usados como uma espécie de filtros entre a linguagem utilizada pelo autor e a terminologia da área e também podem ser considerados como assistentes de pesquisa, ajudando o usuário a refinar, expandir ou enriquecer suas pesquisas, proporcionando resultados mais objetivos. Citação com um autor Exemplo 1 (autor como parte do texto) Como afirma LEME (2001, p. 524) "A transferência envolve generalização de estímulos, que passam a controlar o comportamento em uma situação diferente daquela em que foi adquirido”. Citação com dois ou três autores Exemplo 1 (autor como parte do texto) Conforme destacam VALLS e VERGUEIRO (1998) a aplicação de conceitos de gestão de qualidade em serviços de informação passam, necessariamente, pela variável: identificação das necessidades dos clientes. Citação com mais de três autores Indica-se apenas o primeiro autor, seguido da expressão et al (= e outros) Exemplo: As pessoas quando estão dormindo não estão inativas (CARDOSO et al, 1997). Citação de vários autores a uma mesma ideia Citar as referências obedecendo à ordem alfabética dos sobrenomes dos autores. Exemplo 1 (autor como parte do texto) Segundo Foulkes e Cartwright4 (1999), Lindzey (1977) e Schulze (1997) nas pesquisas sobre privação de sono, encontram-se frequentemente que, na ausência do sono REM, “a pessoa tem falta de concentração, ataxia, problemas de memória e linguagem, chegando a experimentar alucinações”. Notas de rodapé Indicações, observações ou aditamento ao texto feitos pelo autor, tradutor ou editor. As notas de rodapé podem ser de referência ou explicativas. Notas de referência Notas que indicam fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra onde o assunto foi abordado. Sua numeração é feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para todo o capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página. Notas explicativas 4 Normas ABNT- Notas usadas para comentários, esclarecimentos ou explanações, que não possam ser incluídas no texto. É apresentada em algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para todo o capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página. 8. CONFIGURAÇÃO DE PÁGINAS 1. Papel (A4), 2. Configurações de margens: a) Borda superior: 3 cm; b) Borda inferior: 2 cm; c) Lateral esquerda: 3 cm; d) Lateral direita: 2 cm. 3. Espaçamento entrelinhas: 1,5. 4. Fonte de digitação: Arial, 12. 5. Parágrafo: recuo de 1,5 cm. 8.1. LEMBRETES SOBRE A REDAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO5 Para redigir um trabalho científico, deve-se ater às funções gerais da linguagem, que basicamente são: a) Expressiva: quando transmite sentimentos, como a poesia e a literatura; b) Persuasiva: como alguns textos da lei, a retórica e a publicidade; c) Informativa: visa transmitir informações científicas, de modo claro e preciso. É a esta última que se deve ater, na redação de um trabalho metodológico. Enquanto técnica, a linguagem científica é acadêmica e didática, ou seja, visa transmitir conhecimentos com precisão e objetividade. “Nela sublinha-se mais a exatidão e a sobriedade do que a elegância e o efeito estético6”. Assim, temos como características da linguagem científica7: Clareza: deve-se evitar ambiguidade, pressupostos e ideias implícitas, bem como expressões imprecisas no texto redigido; 5 CARNEIRO, Maria Francisca. Pesquisa Jurídica: Metodologia da aprendizagem.,2.ed. Curitiba: Juruá, 2006,p.41. 6 SALVADOR, Ângelo Domingos. Métodos e Técnicas da pesquisa bibliográfica, 9.ed, Porto Alegre: Sulina, 2008, p.172. 7 SALVADOR, op. cit., p. 194. Objetividade: tanto quanto possível, deve-se evitar a interferência de valores, opiniões do pesquisador e, conhecendo a impossibilidade da neutralidade científica, recomenda-se a consciência sobre o possível “distanciamento”, essencial à análise crítica das várias teorias; Correção gramatical: refere-se à concordância, grafia correta das palavras, pontuação e também de um estilo da escrita. Para tal, observa-se que os termos não utilizados em Língua Portuguesa deverão ser grafados em itálico. 9. A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO O PROJETO DE MONOGRAFIA: “Em seu art.4º - A estrutura do Projeto de Monografia deve obedecer aos critérios formais estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), bem como as regras previstas no manual específico para trabalhos científicos da IES, assim como supletivamente as Normas para Apresentação de Documentos Científicos editadas pela ABNT - NBRs”. Art.5º- A estrutura formal do projeto de monografia compõe-se dos seguintes itens: I- Elementos pré-textuais: (Para o Curso de Direito) a) Capa; b) Folha de rosto; c) Folha de aprovação; d) Dedicatória (facultativo); e) Agradecimentos (facultativo); f) Sumário; II- Elementos textuais: 1- Introdução; a) O tema em estudo; b) Delimitação do estudo; c) O problema em estudo; 2- Referencial Teórico: a) Definição dos conceitos; b) Apresentação dos modelos; c) Discussão teórica (facultativo) 3- Objetivos: a) Objetivos gerais e específicos; b) Hipóteses; c) Justificativas. 4- Metodologia: a) Caracterização do tipo de pesquisa; b) definição do universo e fontes de dados; c) Método utilizado 5- Cronograma: a) Período de realização; b) Atividades a serem desenvolvidas; 6- Referencial Bibliográfico. III- Elementos pós-textuais: Anexos, etc. A MONOGRAFIA OU TCC Estrutura Formal: IV- Elementos externos: a) b) Capa Lombada (somente quando a capa for dura). II- Elementos pré-textuais: a) b) c) d) e) f) Folha de rosto; Termo de Aprovação da Banca Examinadora; Dedicatória (facultativo) Agradecimentos (facultativo) Listas de abreviações, ilustrações, tabelas e gráficos (facultativo) Sumário. III- Elementos textuais: b) c) d) Introdução Desenvolvimento propriamente dito; Conclusão Obs. Não necessariamente com esta divisão e denominação, mas nesta sequência, divididos em capítulos, seções e subseções quantos forem necessários para o detalhamento da pesquisa, devidamente intitulados e 8 enumerados . IV- Elementos pós-textuais: a) b) c) d) e) f) Anexos (facultativo) Glossário (facultativo) Índice onomástico (facultativo) Índice alfabético-remissivo (facultativo) Referências Bibliográficas; Índice § 1º - As folhas componentes dos elementos pré-textuais serão enumeradas em algarismos romanos, ao passo que as folhas dos elementos textuais e pós-textuais serão enumeradas em algarismos arábicos. § 2º - A Capa da Monografia deve conter os seguintes elementos, nesta ordem: Nome da Instituição de Ensino; Nome do Curso: Título do Trabalho; Nome do Autor; 8 Idem, ibidem Local e data. § 4º - A folha de rosto conterá os mesmos elementos da capa, acrescidos da natureza acadêmica, nome do Orientador, local e ano. § 5º - O termo de Aprovação será assinado pelos professores integrantes da Banca Examinadora, somente após a aprovação sem ressalvas, contendo o nome do autor, o título do trabalho, o texto da aprovação, nome e assinatura dos componentes da Banca Examinadora, local e data da aprovação. Nas Referências Bibliográficas VIEIRA, Sônia. Como Escrever uma Tese. 5.ed. São Paulo: Pioneira, 1999. ( AUTOR, Título, edição. Local: Nome da editora, data) Pesquisa eletrônica: VIEIRA, Adalberto. Os Novos Rumos da Globalização. Disponível em: <http://www.gov.br> , acesso em 15/08/2004. (ou 15/ ago/ 2004.) Citações: Até 3 linhas: entre aspas e em itálico. Acima de 3 linhas: Fonte: Arial 10, espaçamento entrelinhas simples, com recuo de 4 cm. 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BACHELARD, G. P. – Novo Espírito Científico. 5.ed. São Paulo,Tempo Brasileiro, 1999. CARNEIRO, Maria Francisca. Pesquisa Jurídica: Metodologia da aprendizagem. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2008. CASTRO, C. M. – A Prática da Pesquisa, 5. ed. São Paulo, McGraw – Hill Ltda. ,2005. CERVO, A . L. , BERVIAN, P. A . Metodologia Científica, 9. ed., São Paulo, MacGrw - Hill do Brasil, 2002. DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. 3.ed., São Paulo: Atlas,1999. FACHIN, Odília . Fundamentos de Metodologia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. GIL, Antônio Carlos. Pesquisa Social . 5.ed.,São Paulo: Atlas. SP. 2000. LAKATOS, Eva Maria – Metodologia Científica – 8.ed.,São Paulo: Atlas,2008. LEITE, Eduardo de Oliveira. A Monografia Jurídica – 4. ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. OLIVEIRA, Sílvio Luiz de. Metodologia Científica Aplicada ao Direito. São Paulo: Thomson, 2002. NUNES, Luis Antonio Rizzato. Manual de Monografía Jurídica . 5.ed., São Paulo: Saraiva, 2008. SALOMON, Délcio. Como fazer uma Monografia. 6.ed., Belo Horizonte: Interlivros.1999. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia Científica . 22.ed., São Paulo: Atlas, 2002. Normas para Apresentação de Documentos Científicos – UFPRVIEIRA, Sônia. Como Escrever uma Tese. 5.ed., São Paulo: Pioneira, 1999. SALVADOR, Ângelo Domingos. Métodos e Técnicas da pesquisa bibliográfica, 8.ed, Porto Alegre: Sulina, 2000. NBRs 11. ANEXOS CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE NOME DO CURSO NOME DO ACADÊMICO TÍTULO DO TRABALHO FOZ DO IGUAÇU 2013 “Missão: Formar profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a promoverem as transformações futuras” CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE NOME DO CURSO TÍTULO DO TRABALHO Trabalho elaborado como requisito para disciplina de Nononononono nonononononono no Curso de Nononononoo nono do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas - UDC. Orientador: Titulação Nome do Professor Completo. FOZ DO IGUAÇU 2013 38 3ª Página: DEDICATÓRIA (facultativo) 4ª Página: AGRADECIMENTOS 5ª Página: Listas de abreviações, ilustrações, tabelas e gráficos (facultativo) 6ª Página: SUMÁRIO 39 ELEMENTOS TEXTUAIS 1. INTRODUÇÃO A Introdução deve servir a três propósitos: a) Chamar a atenção para o assunto específico ou hipóteses que irá discutir; b) Fornecer um respaldo e justificar um estudo em relação a sua importância; c) Fornecer informação sobre o que você pretende demonstrar no trabalho. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO 1º: Sempre ter como respaldo o que os autores das referências bibliográficas afirmam Ex: DINIZ, (2008, p. 123), afirma que..... 2º: Dividir em itens e subitens 3º: Caso seja retirado de endereços eletrônicos, sempre colocar: AUTOR, disponível em <http://www...), acesso em: dia/mês/ano. 4º: Inserir notas de rodapé (explicativas). CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BLIBIOGRÁFICAS ELEMENTOS PÓS-TEXUAIS: a) ANEXOS (facultativo) b) GLOSSÁRIO (facultativo) c) ÍNDICE ONOMÁSTICO (facultativo) d) ÍNDICE ALFABÉTICO-REMISSIVO (facultativo) e) ÍNDICE (facultativo) 40 CITAÇÕES: a) Citação até 3 linhas: - Fonte: Arial 12, espaçamento entrelinhas de 1,5cm, entre aspas e em itálico. b) Citação acima de 3 linhas: - Fonte: Arial 10, espaçamento entrelinhas simples, sem aspas, sem parágrafos, com recuo de 4 cm após a margem, ou seja, recuo de parágrafo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS a) Todas as referências citadas no trabalho, deverão constar nas referências bibliográficas; b) Colocar em ordem alfabética por sobrenome do AUTOR; Ex: FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2002, 278 p. (O Título da obra deverá ser grafado em negrito) AUTOR. Título da obra. edição. Local: Editora, ano, número de páginas que contém a obra consultada. Os endereços eletrônicos: Ex: Autor, disponível em <http://www...>, acesso em: dia/mês/ano. (todos que estiverem no trabalho). SOBRE OS TÍTULOS NO TRABALHO a) Itens primários: Ex: 1. INTRODUÇÃO: item primário: contém apenas um número (todas as letras maiúsculas e em negrito). 1.1. A MAIORIDADE PENAL NO BRASIL: item secundário: contém 2 números (todas as letras deverão ser grafadas em maiúsculas e sem negrito). 1.1.1. Menores de Rua no Brasil: item terciário: contém três números (apenas as iniciais de cada palavra deverão ser grafadas em maiúsculas, exceto: artigos, pronomes, preposições).