ESTRUTURA DE UM GEN FASES DA TRANSCRIÇÃO FUNÇÕES DA RNA POLIMERASE RNA TIPOS DE RNA RNAt Durante o processamento do RNA, a ponta 5’ vai receber um revestimento chamado de cap e a ponta 3’ vai receber uma cauda adenilada poli A (AAA)n. Depois, por uma série de processos, o RNA vai perder seus íntrons e, somente com os éxons e a cauda poli A, o RNA tornar-se-á maduro. A poliadenilação na ponta 3’ e o cap na ponta 3’ acontece para estabilização do RNA mensageiro, protegendo-o de degradação e tornando-o muito mais estável que o RNA dos procariotos, visto que a molécula de RNA em si, sem nenhum processamento, é muito instável. Além disso, o cap e a cauda poli A estão relacionados com o reconhecimento correto do RNA no momento da tradução e também estão relacionados com processos de regulação da expressão gênica. DIFERENTES PROCESSAMENTOS EM DIFERENTES TECIDOS Dependendo do tecido onde os genes estão sendo expressos, eles podem sofrer processamento diferentes. Por exemplo, temos o gene da calcitonina. Quando esse gene é processado na tireóide ele vai ser processado de uma maneira, gerando a calcitonina. No cérebro, esse mesmo RNA é processado de uma maneira diferente, pois ele não vai codificar para a calcitonina, mas sim para uma outra proteína. Assim consegue-se ter duas proteínas um pouco diferente através de um transcrito primário igual que veio de um mesmo gene. Dessa forma percebe-se como esse processo é importante para economia de material genético. CÓDIGO GENÉTICO Apesar de o código genético ser em geral apresentado como universal existem algumas exceções, como as mitocôndrias, algumas bactérias e alguns eucariotos unicelulares, que apresentam pequenas diferenças, ou seja, um mesmo códon pode significar um aminoácido em um organismo e outro aminoácido, ou um códon de parada num segundo organismo. Conforme já mencionado, as mitocôndrias produzem apenas uma pequena parte (10 a 20) das centenas de proteínas que utilizam. Para produzir estas proteínas, contam com seus próprios t-RNAs. Isso significa que o código genético diferenciado das mitocôndrias não afeta as proteínas do núcleo. EM PROTOZOÁRIOS O código genético, composto por 64 códons diferentes e dito Universal, codifica para 20 aminoácidos. Este número já foi modificado nas últimas décadas para incluir dois novos aminoácidos, a selenocisteína e a pirrolisina, empregando o mesmo repertório de 64 códons. Embora o código genético seja universal, os diferentes organismos têm preferências muito distintas pelos códons redundantes. Assim, um códon muito usado num mamífero pode ser o mais raramente empregado numa arqueobactéria, por exemplo, Este fenômeno é conhecido como códon bias e atrapalha algumas vezes as tentativas de se fazer expressar um gene de um organismo em outro. Para ser o códon de início é necessário que haja reconhecimento de sequências específicas no mRNA, ou seja, não é qualquer AUG no mRNA que determina o começo da tradução. Em procariontes, o códon de inicio é adjacente a uma sequencia nucleotídica específica, denominada sequência de Shine-Dalgarno (AGGAGGU), que dista cerca de 6 nucleotídeos do AUG e é reconhecida pelo rRNA 16S que compõe a subunidade menor do ribossomo. Nos eucariontes, a identificação do códon de início também requer o reconhecimento de uma sequência específica no mRNA, a sequência de Kozak (GACACCAUGG) que contém o AUG. Em bactérias, o local de iniciação é marcado por uma pequena sequência de nucleotídeos. Esta sequência, chamada Shine-Dalgarno, é complementar a uma sequência próxima da extremidade 3' do rRNA pequeno. Os mRNAs eucariotos, entretanto, não têm a sequência de Shine Delgarno, nem nada semelhante. Ao contrário, a decisão pelo uso de um determinado codon AUG fica dependente de sua proximidade com o cap da extremidade 5' do mRNA. Os nucleotídeos próximos ao AUG funcional também têm influência e uma sequência de consenso em mamíferos já foi identificada (sequência Kozak - criando um ambinete 5'-ACCAUGG-3' para o códon de iniciação; a base A inicial desta sequência parece ser muito importante para o início da síntese protéica). Se o ribossomo não identificar o primeiro AUG na sequência, ele poderá seguir até o segundo ou o terceiro. Isto produz proteínas diferentes a partir de um único transcrito. em geral com o mesmo quadro de leitura, mas sem os primeiros aminoácidos. TTHAHCAHFTARTHTHEFATCATATETHERATHHRTAEHT Se começarmos da primeira letra teremos TTH AHC AHF TAR THT HEF ATC ATA TET HER ATH HRT AEH T, que não faz sentido em nenhum trecho. Se iniciarmos na segunda letra teremos T THA HCA HFT ART HTH EFA TCA TAT ETH ERA THH RTA EHT, que também não faz sentido. Se, entretanto, iniciarmos da terceira base, teremos TT HAH CAH FTA RTH THE FAT CAT ATE THE RAT HHR TAE HT, que faz sentido num trecho específico. este é exatamente o caso de um gene lido no quadro de leitura correto. Antes da frase em negrito teríamos a região 5'não traduzida e depois dele a 3' não traduzida.