Comunicações Geológicas, 2008, t. 95, pp. 167-171 Mais recente e mais profundo: Treptichnus (Phycodes) pedum (Seilacher) no Devónico Inferior de Barrancos, Zona de Ossa Morena (Portugal) Younger and deeper: Treptichnus (Phycodes) pedum (Seilacher) from the Lower Devonian of Barrancos, Ossa Morena Zone (Portugal) C. NETO DE CARVALHO1 Palavras-chave: Treptichnus pedum; turbiditos; Devónico Inferior; Barrancos; Portugal. Resumo: A ocorrência de Treptichnus (Phycodes) pedum (SEILACHER, 1955) é identificada pela primeira vez em Portugal na colecção de Nery Delgado (geólogo pioneiro nos estudos estratigráficos, paleontológicos e icnológicos do Paleozóico Inferior de Portugal) do Museu Geológico do LNEG-IGM (Litoteca de Alfragide), proveniente dos turbiditos da Formação de Terena (Devónico Inferior de Barrancos, Zona de Ossa Morena). Esta é a primeira ocorrência de Treptichnus pedum descrita em Portugal. As suas características morfológicas permitem distinguir Treptichnus pedum das várias ocorrências do icnogénero Phycodes, nomeadamente em fácies turbidíticas análogas. A forma agora descoberta poderá estender a evolução do famoso fóssil-guia da transição Proterozóico-Câmbrico ao Devónico Inferior e regista uma possível tendência do desaparecimento de Treptichnus pedum em fácies litorais típicas (icnofácies de Cruziana) no sentido da colonização de ambientes marinhos profundos. Keywords: Treptichnus pedum; turbidites; Lower Devonian; Barrancos; Portugal. Abstract: An occurrence of Treptichnus (Phycodes) pedum (SEILACHER, 1955) was identified in the collection of the Nery Delgado (Portuguese pioneer on Paleozoic stratigraphy and paleontology namely ichnology from the Lower Paleozoic) stored in the Geological Museum of the Portuguese Geological Survey (LNEG-IGM). It is the first reference for Treptichnus pedum in Portugal. The specimen came from the turbidites of Terena Formation (Lower Devonian from Barrancos). The two morphotypes of Treptichnus pedum are distinguished from several occurrences of the igén. Phycodes, namely in palaeoenvironmentally similar turbidite deposits. The trace fossil found may extend the evolution of the famous ichnospecies that defines the transition Proterozoic-Cambrian worldwide to Lower Devonian. Treptichnus pedum from Barrancos may also register a trend for retreating from its typical shallow marine facies (Cruziana ichnofacies) during Lower Ordovician towards the colonization of deep sea settings. This was an aptive trend, where fodinichnia detritivores and some specialized pascichnia lost competitivity across Paleozoic biological escalation for newly evolved solutions. Many behaviors were remitted to deeper ecotones but with similar sedimentary conditions of the primary environments where they were developed. With the presence of Treptichnus pedum in Barrancos may be confirmed that, also for its producer, there was the ultimate search for the deep sea before final extinction. INTRODUÇÃO A importância dos icnofósseis como fósseis de idade é extremamente reduzida devido à recorrência da maioria dos icnotaxa ao longo do registo estratigráfico. É esta recorrência que lhes confere uma elevada reputação enquanto indicadores para correlação paleoambiental. No entanto, existem icnotaxa com padrões morfológicos suficientemente distintos a nível icnoespecífico e uma distribuição geográfica lata para um intervalo evolutivo mais curto que permitem uma datação mais ou menos rigorosa 1 das formações onde ocorrem, sobretudo quando não existem outros indicadores fósseis preservados. Estes são os casos das icnoespécies de Cruziana e de Oldhamia, bem como o famoso caso de Treptichnus (Phycodes) pedum (vide SEILACHER, 2007). Treptichnus pedum (SEILACHER, 1955) tem a particularidade de ter sido escolhido como marcador da transição Neoproterozóico-Câmbrico (NARBONNE et al., 1987), um pouco por todo o mundo. No entanto, sabe-se hoje que esta icnoespécie apresenta uma distribuição que remonta ao Neoproterozóico e que se estende bem para lá Geopark Naturtejo da Meseta Meridional – UNESCO European and Global Geopark; Gabinete de Geologia e Paleontologia. Joaquim Morão, 6060101 Idanha-a-Nova, Portugal. Telf.: (+351)938114550. E-mail: [email protected] © INETI 2008. Todos os direitos reservados. 168 C. NETO DE CARVALHO do seu limite com o Paleozóico. Esta contribuição pretende justamente descrever a mais recente ocorrência de Treptichnus pedum no registo estratigráfico mundial, que se tem conhecimento. Complementarmente, Treptichnus pedum é visto como exemplo de um padrão recorrente de icnotaxa pertencentes à icnofácies de Cruziana, em que as formas fodinichnia mais recentes tendem a ocorrer em ambientes marinhos mais profundos, neste caso associados a turbiditos. TREPTICHNUS PEDUM DO DEVÓNICO INFERIOR DE BARRANCOS O espécime encontrado na colecção Nery Delgado depositada no Museu Geológico do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG-IGM) provém das proxi- midades do v. g. da Gata, Barrancos, numa jazida identificada a 1300 m N22ºE do vértice geodésico citado. A sua localização estratigráfica identificada na etiqueta reporta-se ao corte de Santo Aleixo a Eiras Altas, camada 11 nº 3 de Nery Delgado (DELGADO, 1908). Esta unidade pertence à Formação de Terena, sector de Estremoz-Barrancos na Zona de Ossa Morena (ZOM) (PIÇARRA, 2000; Fig. 1). A Formação de Terena, desenvolvida numa estrutura em sinclinal que se estende de Estremoz a Aracena (Espanha), é composta por uma sedimentação essencialmente turbidítica, com ritmos de xistos cinzentos e grauvaques finos. A base da formação tem uma componente detrítica mais grosseira, chegando a existir espessos níveis conglomeráticos. É daqui que a amostra tem origem, de quartzitos cinzentos micáceos em níveis delgados, com grau- Fig. 1 – Localização da jazida com Treptichnus pedum estudada, no mapa geológico de Barrancos (A) e na coluna estratigráfica local (B), assinalada com um quadrado a negro. Mapa e estratigrafia de PIÇARRA (2000). Legenda da estratigrafia: XN – Formação dos Xistos com Nódulos; Os – Formação de Ossa; Te – Formação de Terena; Co – Formação de Colorada; Fa – Formação de Fatuquedo; Ru – Formação de Russianas; XP – Formação dos Xistos com Phyllodocites; CI – Complexo Ígneo de Barrancos. Escala = 2 km. – Location of the road cut where the studied Treptichnus pedum was found, both in the geological map of Barrancos (A) and the local stratigraphic log (B), signaled by a dark square. Map and stratigraphy of PIÇARRA (2000). Stratigraphic legend: XN – Schists with Nodules Formation; Os – Ossa Formation; Te – Terena Formation; Co –Colorada Formation; Fa – Fatuquedo Formation; Ru –Russianas Formation; XP – “Xistos com Phyllodocites” Formation; CI – Barrancos Igneous Complex. Bar scale = 2km. Mais recente e mais profundo: Treptichnus (Phycodes) pedum (Seilacher) no Devónico Inferior de Barrancos, Zona de Ossa Morena (Portugal) vaques subordinados (DELGADO, 1908). Também na base ocorrem lentículas carbonatadas com fragmentos dispersos de artículos de crinóides e fragmentos de vegetais (PIÇARRA, 2000). No que respeita à idade, na base da sequência da Fm. Terena ocorrem graptólitos da Biozona de Monograptus hercynicus e esporos que permitem uma datação do Lochkoviano alto (PIÇARRA, 1997; PIÇARRA et al., 1999). Os níveis mais altos da sucessão atingem o Praguiano-Emsiano (biozonas de Verrucosisporites polygonalis-Dictyotriletes emsiensis e Emphanisporites annulatus-Camarozonotriletes sextanti; PEREIRA et al., 1998, 1999). A geometria das fácies aponta para um acarreio detrítico grosseiro bem vincado nos bordos da bacia, havendo uma sedimentação fina no centro, com algumas intercalações de grauvaques e raros debris-flows com origem a partir de elevações intrabasinais (OLIVEIRA, 1984). O exemplar estudado pertence à colecção Nery Delgado (Fig. 2). Trata-se de um pequeno fragmento de camada de arenito quártzico de grão fino, com cerca de 1 cm de espessura, e que mostra duas estruturas com o mesmo tipo de preservação em hiporrelevo convexo e preenchimento semelhante à matriz. O icnofóssil identificado como Treptichnus pedum é composto por uma alternância de segmentos rectilíneos modulares com direcções distintas mas unidos por um ângulo agudo, projectados a partir do segmento precedente, formando 169 um padrão contínuo em Z (Fig. 2A). Estas projecções curvam para cima e nunca ramificam. O curso da escavação é linear. Os segmentos não apresentam qualquer ornamentação, atingindo comprimentos de 8-15 mm. O segundo icnofóssil, também encontrado na mesma amostra, tem um curso em arco, apresentando fiadas de escavações rectilíneas menos bem preservadas, mas separadas por um ângulo muito pequeno e com uma orientação comum (Fig. 2A). JENSEN (1997) e JENSEN & GRANT (1998) fazem a distinção entre Treptichnus MILLER, 1889 e o icnogénero Phycodes Richter, 1850. Enquanto que Treptichnus corresponde a segmentos simples ou em Z curvos, interligados formando um único sistema tridimensional (veja-se também BUATOIS & MÁNGANO, 1993), Phycodes apresenta um ou poucos túneis primários não ramificados que distalmente dão origem a formas variadas ou a sistemas de escavações secundariamente ramificadas (PICKERILL et al., 1994; Fig. 2B). Segundo HAN & PICKERILL (1994), é o estilo e disposição destas ramificações secundárias que leva à diferenciação das suas icnoespécies. Tal como Treptichnus pedum, Phycodes é típico da icnofácies de Cruziana, embora possa ser encontrado em meio marinho profundo associado a ambientes turbidíticos (HAN & PICKERILL, 1994, PICKERILL et al., 1994). Em Portugal, Phycodes isp. foi identificado no Ediacarano Superior do Grupo das Fig. 2 – Treptichnus pedum do Devónico Inferior da Formação de Terena, Barrancos. A – Perspectiva geral do espécime LNEG1200 com os dois morfotipos considerados. B – LNEG1508: Phycodes wabanensis Fillion & Pickerill encontrado na sequência turbidítica do Grupo Flysch do Baixo Alentejo. O túnel-mestre ramifica num ângulo muito agudo para formar um sistema de galerias em forma de vassoura, quase paralelos e sucessivos, inclinados para a esquerda, na fotografia. É característica a ornamentação anelar transversa das escavações. Escala = 30 mm. – Treptichnus pedum from Lower Devonian of Terena Formation in Barrancos. A – General view of the specimen LNEG1200 with the two studied traces. B – LNEG1508: Phycodes wabanensis Fillion & Pickerill found in the turbiditic sequence from the Baixo Alentejo Flysch Group. The main tunnel ramifies in a very acute angle to form a broom-shaped burrow system, almost parallel and successive, bending to the left side of the photo. Typical ichnotaxonomic features the transverse ring-style ornamentation of the burrows. Scale = 30 mm. 170 Beiras, em ambientes de plataforma em bacias pull-apart (MEDINA et al. 1998) e em fácies costeiras do Ordovícico Inferior da Formação do Quartzito Armoricano (amostra 13153 do Museu Geológico do LNEG, proveniente da Serra do Fontão, Valongo, classificado como Vexillum? por DELGADO, 1888, p. 75, est. VIIIa, fig.2), do Jurássico Médio da Bacia Lusitânica (Cylindrites lusitanicus de HEER, 1881) e do Miocénico superior da Formação de Cacela (CACHÃO et al., 2000). Phycodes foi ainda tentativamente identificado em turbiditos distais do Ordovícico Inferior da Formação de Xistos com Phyllodocites (DELGADO, 1910; est. 47, fig. 1) por ROBARDET et al., (1998) e PIÇARRA (2000). Durante a análise da colecção de Nery Delgado, observou-se Phycodes wabanensis Fillion & Pickerill (1990) em amostras dos turbiditos carbónicos do Grupo Flysch do Baixo Alentejo, próximo do Monte do Gavião, Aljustrel (Fig. 2B) associado a Nereites, Chondrites e Neonereites, assim como Phycodes isp. na Mina de Minancos, 1080 m S42ºE do Monte da Coitadinha, Barrancos (LNEG1236). O icnogénero Treptichnus é identificado pela primeira vez em Portugal no presente trabalho. Treptichnus pedum encontra-se associado a numerosas escavações do tipo Nereites ispp., Lophoctenium ispp. e Phycosiphon provenientes da Formação de Terena e característicos da icnofácies de Nereites. Estes icnofósseis deverão ser descritos a posteriori. Referentes à jazida onde foi encontrado Treptichnus pedum ocorrem ainda Chondrites isp. e Gordia marina (Emmons), também identificados na colecção Nery Delgado (LNEG1200 e 1198), para além de Nereites observadas in situ (DELGADO, 1908). Embora os primeiros icnogéneros não sejam característicos da icnofácies de Nereites, testemunham variações nas condições de oxigenação dos sedimentos argilosos, com a existência de eventos disóxicos intercalados nos turbiditos, a grande profundidade. O produtor de Treptichnus é interpretado como um detritívoro vermiforme capaz de produzir uma estrutura de alimentação sistemática, com uma prospecção rítmica, em que cada segmento se desenvolve no sentido da interface água-sedimento. Desta forma, a principal actividade deu-se ao longo da fina camada de areia, de onde o animal emergiu à superfície em cada segmento (SEILACHER, 1997). A IMPORTÂNCIA DO ACHADO NO CONTEXTO DA EVOLUÇÃO DE UM COMPORTAMENTO TIPICAMENTE FANEROZÓICO Treptichnus pedum é um dos icnofósseis mais importantes e bem conhecidos do registo estratigráfico mun- C. NETO DE CARVALHO dial. Com efeito, o GSSP do Câmbrico na Chapel Island Formation (Terra Nova, Canadá) foi definido com base na primeira ocorrência de uma assembleia de icnofósseis, incluindo as famosas escavações tridimensionais (Treptichnus pedum), as primeiras marcas de locomoção de artrópodes (Monomorphichnus) e vários icnotaxa do tipo escavações em forma de tigela, como Bergaueria (NARBONNE et al., 1987, LANDING, 1994). A utilização da Zona de Treptichnus pedum em função de biozonas de somatofósseis mostra a consistência na ordem do aparecimento das icnoassociações observadas em numerosas sucessões siliciclásticas que atravessam o limite Proterozóico-Câmbrico, por todo o mundo (GEHLING et al., 2001). No entanto, hoje sabe-se que Treptichnus pedum também pode ocorrer no Neoproterozóico (GEHLING et al., 2001) até ao Ordovícico basal (FILLION & PICKERILL, 1990; SEILACHER, 2007). Com a descrição de Treptichnus pedum no Devónico Inferior de Barrancos no presente trabalho, estende-se a distribuição temporal desta icnoespécie até para além do Paleozóico Inferior (Devónico Inferior). A presença de Treptichnus pedum nos turbiditos da Formação de Terena é sintomática de uma tendência de ocupação dos nichos marinhos profundos (e.g., UCHMAN, 2004; SEILACHER, 2007). De facto, icnofósseis como Palaeodictyon, Nereites, Oldhamia, Zoophycos ou, mais recentemente, os ophiomorphídeos surgiram no Câmbrico em fácies marinhas superficiais, tendo progressivamente ocupado ou mesmo sido remetidos a condições sedimentares de grande profundidade. Esta é uma escalada aptativa no sentido de GOULD & VRBA (1982), em que detritívoros fodinichnia e alguns pascichnia especializados perdem competitividade durante a Escalada do Paleozóico (sensu VERMEIJ, 1987) em função de novas soluções evolutivas, e vêem-se remetidos a ecótonos progressivamente mais profundos, mas que mimetizam as condições sedimentares dos ambientes de que foram originários. Com a ocorrência de Treptichnus pedum em Barrancos pode confirmar-se que, também para o seu produtor, houve a derradeira procura dos fundos oceânicos antes da extinção final. BIBLIOGRAFIA BUATOIS, L. A. & MÁNGANO, M. G. (1993) – The ichnotaxonomic status of Plangtichnus and Treptichnus. Ichnos, 2(3): 217-224. CACHÃO, M., DE GIBERT, J. M., MAYORAL, E., MUÑIZ, F. & DA SILVA, C. M. (2000) – Paleoicnologia da Formação de Cacela (Miocénio Superior), Algarve, Portugal: dados preliminares. I Congresso Ibérico de Paleontologia/XVI Jornadas de la Sociedad Española de Paleontologia: 5-7. 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