produtos
saudáveis
Suplemento integrante de Supermercado Moderno Ano 5 Nº5 outubro 2014
sm.com.br | outubro de 2014 | ano 05
0 0 5
ELES ESTÃO SENDO
TRANSFORMADOS EM
CATEGORIA DESTINO PELA
REDE SUPER NOSSO.
tRÁFEGO, VOLUME
E LUCRO SUBIRAM
minasÉMAIS
suplemento minas
A expectativa é de o setor fechar o ano com alta de
2,5% nas vendas. Mas algumas redes devem superar esse
patamar graças a estratégias criativas de crescimento
Sem título-2 1
7/10/2014 09:53:18
ao leitor
SUPERMERCADO MODERNO
Propriedade de Publicar Mídias Especializadas Ltda.
suplemento minas
Presidência do Grupo
Robert Macody Lund
Publicar Mídias Especializadas Ltda
Diretoria
Telefone (11) 3327-4504
Diretor Executivo Sergio L. Alvim V. Oliveira
Editor Emérito Valdir Orsetti
Conselho Executivo
Lauricéia Tavares Bernardino, Mário Nazar,
Robert Macody Lund e
Sergio L. Alvim V. Oliveira
Redação
Telefone (11) 3327-4514 / E-mail: [email protected]
Editora executiva Sheila Hissa
Editora-assistente Alessandra Morita
Repórteres Adriana Silvestrini, Fernando Salles,
Rafael Faustino e Viviane Sousa
Colaboradores
Vocação
para o
crescimento
sheila hissa
editora executiva
[email protected]
Nem o cenário econômico ruim e a inflação
em alta levam o varejo alimentar mineiro ao desânimo.
Ao contrário. Embora os ganhos não sejam tão espetaculares
como no passado recente, o empresário continua
olhando para o futuro. Ele conta com trunfos econômicos
do Estado, como a exportação de commodities para
aumentar a circulação de riqueza, e acredita no potencial
do País para resolver seus problemas. Em outras palavras:
enquanto a macroeconomia assusta, o varejo alimentar
age, decide, inventa e reinventa. Inaugura lojas, ajusta
o sortimento, reduz custos e melhora estratégias e táticas.
Uma das reportagens dessa edição mostra,
por exemplo, que a rede Super Nosso, de Belo Horizonte,
vem aumentando as vendas de produtos de alto valor
agregado. Dirigidas às classes AB, as lojas da empresa
transformaram em destino categorias nobres como
vinhos, sushi e, recentemente, alimentos saudáveis.
Todas atraem tráfego e volume, mobilizam a clientela,
viram referência na cidade e geram maior rentabilidade.
Até o pequeno varejo mineiro tem encontrado melhores
caminhos, ao se organizar em torno de centrais de
negócios, cada vez mais profissionais. A rede Unissul,
como mostra esta edição, construiu um CD e montou
um atacado para ganhar escala de compra, obter melhores
preços dos fornecedores e, assim, alavancar as vendas
de cada associado. É evidente que desafios existem (e não
são poucos), mas a vocação para o crescimento supera tudo.
projeto gráfico e Direção de arte FmaisG Projetos Visuais
Foto Thiago Pessoa Nobre
tratamento de imagens J. Soza
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Eventos Djula Felix Ferreira (11) 3327-4607 • [email protected]
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Supermercado Moderno é enviada mensalmente a executivos, proprietários,
compradores, gerentes e encarregados de lojas de autosserviço, conveniência, atacados e cooperativas responsáveis por 80% das vendas. Coordenador
de Produção - Denise Spedo Maciel (11) 3327- 4569. Distribuição: Esta edição circula apenas no Estado de Minas Gerais. DTD Distribuição e
Courier. Não autorizamos pessoas a oferecer assinaturas. Se for procurado por
alguém, denuncie-o às autoridades. SM não aceita matérias pagas no espaço
editorial. Proibida reprodução total ou parcial sem autorização dos editores.
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ambiente e temos uma ótima
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sumArio
suplemento minas
SM | nº 05 | outubro de 2014 | ano 05
Redes de Minas Gerais, como a BH, estão atentas às mudanças de hábito do consumidor, que voltou a valorizar mais as promoções | 09
secao
Ponto De Venda
Novos Produtos
tem que ter
06
38
42
materias
de volta ao preço baixo
09
categorias “saudáveis” viram destino
19
central cria atacado
27
terceirização de promotores
33
Sem deixar de comprar, consumidor mineiro tem reduzido os gastos. Com isso, as vendas
do setor no Estado deverão crescer a um ritmo mais lento do que nos últimos anos
Os produtos com apelo à saúde estão sendo utilizados pela rede Super Nosso para atrair
consumidores às lojas. A estratégia já é bem-sucedida com as seções de vinhos e sushi
Graças à iniciativa, a Unissul, que reúne 12 supermercados, melhorou as negociações
com grandes fabricantes. Em oito meses, suas vendas mais do que dobraram
A autuação de lojas por manterem promotores terceirizados no Estado deverá
continuar até uma decisão do Supremo Tribunal Federal. Entenda por quê
imagem da CAPA shutterstock
Unissul CD será ampliado, diz o gestor Adriano Gonçalo | 27
Sem título-2 1
7/10/2014 11:02:25
pto. de venda 06
pág.
Tudo que interessa ao setor
por rafael faustino [email protected] | Foto divulgação
Layout
Gôndolas mais baixas agradam
aos clientes e reduzem furtos
Loja independente no bairro de Frei Eustáquio, em Belo Horizonte,
o Suprilar enfrentava reclamações de seus clientes – muitos deles idosos
e portadores de necessidades especiais – em função das gôndolas bem
altas, próximas a dois metros de altura. A direção decidiu então, literalmente,
cortar o problema, reduzindo a altura das prateleiras para 1,40 m.
“Nossa loja tem 35 anos de tradição e não queríamos perder o público,
que é fiel. Além da altura ser prejudicial para alcançar os produtos, muitos
reclamavam que elas deixavam o ambiente abafado e muito fechado”, conta
Samuel Henrique, gerente do Suprilar. Com a mudança, feita em 2006,
não só esses problemas foram resolvidos como a loja reduziu os casos de
furtos, conforme relata Henrique, já que, após a mudança, todos os shoppers
passaram a ficar bem visíveis no ambiente de compras – de 1.000 m².
Desde então, as vendas do Suprilar praticamente triplicaram: somavam
R$ 4,8 milhões anuais em 2006 e, no ano passado, chegaram a R$ 14 milhões.
suplemento minas
desempenho
Estado perde competitividade
Depois de dois anos ocupando o terceiro lugar,
Minas Gerais caiu três posições no Ranking de Gestão
e Competitividade dos Estados Brasileiros, elaborado
pela Unidade de Inteligência do grupo britânico
Economist. Na pontuação de zero a 100, o Estado passou
de 65,9 pontos em 2011 – primeiro ano em que a lista
foi feita – para 60,2 na última edição, que contempla
o ano passado e parte do atual. Nos subindicadores que
compõem o índice, Minas teve grande perda nos itens
“ambiente político”, “ambiente econômico”, “recursos
humanos” e “regime de impostos e regulação”, ainda que
mantenha boas pontuações em alguns desses quesitos.
Por outro lado, ganhou nota máxima em “políticas
de incentivo ao investimento estrangeiro” e subiu sua
pontuação em “infraestrutura”, apesar da pontuação
nesse critério ainda estar em um patamar baixo.
O ranking é liderado por São Paulo e Rio de Janeiro,
nesta ordem, desde a primeira edição. Agora, também
estão à frente de Minas os três Estados do Sul brasileiro.
Gestão e Competitividade em MG
(de 0 a 100)
65,9
62,8
60,2
2011
2012
2013
Melhores indicadores
100
Incentivo ao invest.
estrangeiro
75
65
Recursos humanos
Inovação
Piores indicadores
Regulação e impostos
Infraestrutura
Ambiente econômico
25
37,5
43,8
Fonte: Economist Intelligence Unit
Sem título-2 1
7/10/2014 10:02:01
suplemento minas
de volta ao
preco baixo
Mineiro não deixa de comprar, mas reduz gastos.
E isso deve se repetir em 2015, porém em menor intensidade.
Minas tem trunfos que deverão favorecer o consumo
divulgação
Texto Patrícia Roque
Preço é decisivo A rede BH entende bem o comportamento do mineiro, que hoje valoriza mais promoções
outubro 2014 | SM.com.br 9
vendas
A
suplemento minas
pesar da inflação, inadimplência e da incerteza sobre o futuro econômico em ano eleitoral, as vendas nos supermercados continuam em alta. Em
ritmo mais moderado, é verdade, mas ainda num crescente. Em Minas Gerais, o crescimento real acumulado das vendas nos supermercados de janeiro até agosto foi de 1,64% sobre igual período do ano passado, segundo
levantamento da Associação Mineira de Supermercados.
Mais do que deixar de comprar, o consumidor está migrando para marcas mais baratas a fim de não abrir mão de produtos que passaram a fazer
parte de sua rotina. “Ele tem feito o que pode para manter a cesta de pro-
Crescimento modesto
resultados em 2015
Podem ser melhores, com a exportação de minério e café para os mercados chinês
e americano (ambos em recuperação). Afinal, a circulação de riqueza deve crescer, o
que sempre favorece o consumo
4,9 %
2013
3,5 %
primeira projeção
2014
2,5 %
última projeção
2014
Fonte: Associação Mineira de Supermercados
A exemplo do que tem ocorrido em outros
diversos setores da economia brasileira,
autosserviço de Minas Gerais reduziu previsão
de aumento nas vendas deste ano
10 SM.com.br | outubro 2014
Sem título-2 1
7/10/2014 10:03:00
vendas
suplemento minas
crenca no futuro proximo
A rede ABC não travou seus projetos. Uma unidade de atacarejo de 5 mil m2
foi inaugurada no mês passado em Betim pelo proprietário Valdemar do Amaral
(na foto, falando ao microfone)
divulgação
Mesmo com
as perspectivas de
crescimento tímido
neste ano e no próximo,
os supermercadistas
mineiros continuam
confiantes no
futuro. Segundo a
Associação Mineira
de Supermercados,
os projetos de expansão
foram mantidos.
Estima-se que
estão sendo investidos
R$ 340 milhões
na abertura de
85 supermercados,
sendo 45 grandes
e 40 de pequeno porte
Com foco em preços
competitivos, o formato atacarejo
tende a se fortalecer neste
momento em que o consumidor
mineiro retoma a ‘compra
do mês’ e passa a valorizar
embalagens grandes,
com custo menor por unidade
dutos”, explica Aline Sena, analista de atendimento da Nielsen. Mudar de loja também
tem sido uma opção para reduzir a despesa. Segundo Aline, há um movimento nacional de busca de melhores preços por conta da inflação, e em Minas não é diferente.
12 SM.com.br | outubro 2014
O consumidor vem tentando desembolsar
menos e voltou a procurar lojas com melhores preços e promoções. Também vem diminuindo as idas aos supermercados, retomando a ‘compra mensal’. “Ele tem ainda migrado
para embalagens maiores, de melhor aproveitamento, ou embalagens menores, para não
precisar mudar de marca”, afirma Aline.
O segundo semestre deverá ser
melhor, graças a ajustes salariais de várias
categorias de trabalhadores, à entrada do 13º
no mercado e ao Natal, data em que o consumidor sempre gasta mais do que declara
em intenções de compras. “De qualquer jeito, o cenário de inflação, juros altos e falta de
confiança deverão tornar o resultado ainda
inferior ao de 2013”, acredita Luana Oliveira, analista de Pesquisas da Fecomércio-MG.
Sem título-2 1
7/10/2014 10:05:28
vendas
divulgação
suplemento minas
Luana Oliveira, Fecomércio-MG
Cenário econômico é desafio para os resultados neste fim de ano
Para 2015, o cenário econômico não deverá ser muito diferente do atual. Para Felipe
Leroy, professor do Ibmec-MG, independente de quem vencer as eleições presidenciais,
o ajuste fiscal será inevitável. “Diante da necessidade de implementação de políticas de curto prazo, espera-se uma taxa de crescimento
igualmente modesta para 2015”, afirma.
Minas Gerais, entretanto, deve sofrer
menos do que outras regiões, favorecida pela recuperação (ainda que gradual) da economia da China e dos Estados Unidos. O Estado é
um dos que podem surfar nessa onda, já que é
um grande exportador de commodities: minério de ferro para a China e café para os EUA.
O aumento dos embarques desses e outros
produtos promete ampliar a circulação de
riqueza, favorecendo o consumo local.
Sem título-2 1
7/10/2014 10:06:31
Sem título-2 1
7/10/2014 10:07:18
Sem título-2 1
7/10/2014 10:08:05
Sem título-2 1
7/10/2014 10:19:07
shutterstock
suplemento minas
Apelo Gourmet Clientes do Super Nosso encontram boa variedade de itens gastronômicos. Ótimo para a rentabilidade
saude
e o destino
Transformar produtos de alto valor agregado em categorias
destino tem sido ação buscada (com sucesso) pela rede
Super Nosso. Tudo começou com vinho e sushi. Agora é a vez
dos saudáveis. Confira os ganhos: tráfego, volume e lucro
Texto Priscila Trindade
outubro 2014 | SM.com.br 19
Categoria destino
suplemento minas
uando você pensa em categoria destino vem à mente produtos como carne, detergente em pó e cerveja? Pois saiba que há rede apostando no inusitado para atrair clientes às lojas, faturar mais e aumentar a rentabilidade. É o caso da
Super Nosso, 16 lojas em Belo Horizonte e região metropolitana, que transformou sushi e vinho em categorias destino e hoje se esforça para conduzir produtos saudáveis à mesma função. Com público AB e lojas sofisticadas, a empresa mantém hoje uma adega com diversidade de itens e de preços invejável. São
700 rótulos de países como Brasil, Uruguai, Chile, Argentina, Itália, Espanha,
Portugal e França. E, em breve, entrarão nas prateleiras rótulos da Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos. Hoje, a companhia comercializa mais de 1 milhão de garrafas por ano, com preços que variam de R$13,90 a mais de R$1.000.
divulgação
Q
Com a categoria destino
a loja quer se tornar
referência – a melhor da
vizinhança ou da cidade em
mix, atendimento e preço
Sushis, makis e huramakis
Com venda mensal de aproximadamente 20 toneladas nas lojas e nos restaurantes da rede mineira, a culinária japonesa responde
atualmente por 4% do faturamento total da companhia. É o sucesso de um trabalho de valorização desses pratos iniciado em 2005
20 SM.com.br | outubro 2014
Sem título-2 1
7/10/2014 10:09:40
Categoria destino
fotos divulgação
suplemento minas
sortimento reforçado
À esquerda, seção completa de produtos saudáveis. Na bem ambientada adega (à direita), rótulos de R$ 13,90 a mais de R$ 1 mil
Atrair público, aumentar volume
de vendas, elevar o lucro,
se diferenciar da concorrência e
fortalecer a imagem são os
objetivos da categoria destino
A adega já responde por 22% da comercialização de bebidas da rede. Para estimular as vendas, o supermercado adota
ainda uma exposição agressiva em quase
todos os corredores e cantos das lojas, utilizando pequenos displays que mostram
as novidades e ajudam a atrair os clientes.
22 SM.com.br | outubro 2014
O mesmo bom trabalho em variedade, exposição e preço levou a culinária japonesa ao
papel de categoria destino. A venda começou em 2005 e, atualmente, são oferecidas
mais de 50 variedades de sushis e mais de 20
tipos de temakis, além de pratos combinados à la carte. Com venda mensal de aproximadamente 20 toneladas nas lojas e nos
restaurantes da rede, o segmento responde por 4% do faturamento total da companhia. Os produtos tradicionais como sushis,
makis e huramakis são os que mais saem.
Esses números devem aumentar no próximo mês, pois à equipe de seis sushimen serão somados outros 30, já em treinamento.
Sem título-2 1
7/10/2014 10:15:59
Categoria destino
suplemento minas
É cada vez mais comum tornar
destino categorias de maior valor,
para ampliar a rentabilidade
da pelo chef Sergio Savassi. A ampliação do
mix (uma busca constante) tem gerado sucessivos aumentos nas vendas. O último foi
de 35% no primeiro trimestre deste ano, em
relação ao mesmo período do ano passado.
Com os produtos classificados como saudáveis, a história de sucesso se repete. A empresa decidiu neste ano tornar destino alimentos sem glúten, sem lactose, diet, light,
orgânicos e funcionais. Por isso elevou o
número de itens de 580 para 695, de 2012 a
2014. Entre os produtos, a empresa mantém
itens sem carne e ovos, como kibe de abóbora e cuscuz de milho e quinoa, além de
uma linha própria de itens gourmet, assina-
O sortimento parrudo é acompanhado de uma exposição pesada. Na entrada das lojas, por exemplo, o consumidor logo encontra uma ilha com sucos detox e, na
área de refrigerados, se depara com inúmeros pratos sem glúten e sem lactose. Para
manter as gôndolas e balcões sempre abastecidos e tirar dúvidas dos clientes, o Super Nosso mantém oito promotores próprios, devidamente orientados para pres-
divulgação
tar um bom atendimento. “Organizamos
também cafés da manhã e lanches da tarde com produtos variados, incluindo lançamentos”, conta Maida Sales, gerente de marketing. “Nesses encontros, a nutricionista
da casa discorre sobre os benefícios de cada alimento ou bebida e apresenta receitas saudáveis que podem ser feitas em casa, com ingredientes variados”, acrescenta.
O esforço do Super Nosso em transformar em destino categorias de alto valor
é justificável, entre outras razões, porque
sua clientela detém alto poder de compra,
é exigente e está disposta a consumir itens
sofisticados. Em 2015, a rede espera abrir
mais três lojas. Afinal, destino é crescer.
maida sales, super nosso
Cafés da manhã e lanches para apresentar lançamentos e cativar clientes
Sem título-2 1
7/10/2014 15:14:54
central
thiago Pessoa nobre
suplemento minas
um Depósito maior está nos planos da Unissul para o ano que vem, segundo Adriano Gonçalo, gestor do CD
cria atacado
Com 12 empresas associadas, a Unissul conseguiu melhorar
as negociações com grandes fornecedores graças à iniciativa.
Em oito meses, as vendas da rede mais do que dobraram
Texto sheila hissa
outubro 2014 | SM.com.br 27
central vira atacado
suplemento minas
que você acha de saltar de um faturamento de R$ 1,4 milhão mensal para R$ 3,2
milhões ao mês? Foi exatamente isso que a Unissul, central de negócios que reú­
ne redes do sul de MG, conquistou em apenas oito meses. Com 12 associados, 28
lojas, sendo cinco delas da própria central, deve chegar a R$ 4 milhões/mês, em
dezembro. Em época de desaceleração de consumo, esse feito tem nome: eficiên­
cia operacional. E ela foi alcançada porque a central criou um atacado, montou
um centro de distribuição e contratou um operador logístico. Com essa estrutu­
ra, as lojas deixaram de fazer compras individuais de quatro grandes fornecedo­
res: Unilever, Bombril e Amafil (com as quais trabalham todo o portfólio), e Col­
gate (apenas categorias da curva A), além de compras de oportunidade – gran­
des volumes – de fabricantes alternados. No caso das indústrias fixas, os próprios
vendedores de cada organização fazem
o pedido, validando com o comprador
de cada loja. Ele é inserido no sistema
e acessado pelo CD, que consolida to­
das as solicitações e faz a negociação
com a indústria. “Conseguimos melho­
res preços e prazos de entrega mais in­
teressantes, além de reduzir ruptura. E
foi isso que gerou o resultado excepcio­
nal,” explica Adriano Gonçalo, gestor
do Centro de Distribuição da Unissul.
salto no faturamento mensal
Depois de ter crescido 128%, a receita mensal da central de compras deverá subir mais 25%
até dezembro deste ano. O resultado é baseado em maior eficiência operacional e melhor gestão
em milhões
de reais
3,2
Em
8 meses
1,4
Fonte: unissul
28 SM.com.br | outubro 2014
4
Até
dezembro
de 2014
A opção por criar um atacado tem atraído
várias indústrias multinacionais e brasileiras que
desejam ampliar os negócios com a Unissul
Ele explica que a central abriu um atacado para vender aos associados cada
compra. E também contratou um operador logístico, que trabalha dentro do
CD, para se responsabilizar pelo recebimento, expedição dos produtos e controle de estoque. O modelo deu tão certo, que agora outras indústrias multinacionais e nacionais procuram a Unissul
para negociar dentro das novas condi-
ções. “Estamos nos preparando para
ampliar as parcerias, inclusive com distribuidores. Devemos migrar de um depósito de 1.800 m2 para 4.000 m2 no próximo ano. Também estamos negociando com o operador logístico uma nova
estrutura que acompanhe o avanço do
comercial”, diz Gonçalo. Para o gestor,
os pequenos que não ganham eficiência
perdem vendas e saem do mercado.
Sem título-2 1
7/10/2014 10:20:18
Sem título-2 1
7/10/2014 10:21:15
Sem título-2 1
7/10/2014 10:21:51
suplemento minas
norio ito
A autuação de
lojas mineiras
por manterem
promotores
terceirizados
deverá continuar
até a decisão do
Supremo Tribunal
Federal. Outro
tribunal, o Superior
do Trabalho, quer
que os profissionais
sejam contratados
pelo varejista,
pois entende que
eles trabalham em
uma atividade-fim
terceirizacao de
promotores
texto patrícia roque
outubro 2014 | SM.com.br 33
promotores
suplemento minas
E
nquanto o TST (Tribunal Superior do Trabalho), última instância trabalhista, é
contrário ao trabalho nas lojas de promotores e repositores terceirizados, razão
pela qual as empresas perdem a maioria dos recursos que chega à Corte, os supermercadistas mineiros esperam a decisão do Supremo Tribunal Federal. É o STF
que dará a definição geral dos parâmetros da terceirização de mão de obra no Brasil, promulgando como súmula vinculante. A súmula ganhará força de lei, valendo
para todos os setores. Até lá o impasse se mantém.
Os supermercados mineiros aguardam ansiosamente uma rápida solução. O motivo é o fato de estarem na mira do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) desde o ano passado, quando se iniciou uma fiscalização para combater a utilização de
mão de obra terceirizada em qualquer atividade-fim das empresas do Estado. As redes varejistas não podem ter trabalhadores exceto os contratados por elas em áreas como checkouts, padarias, açougues, entre outras. Promotores contratados por
empresas de promoção ou das próprias indústrias também são vistos como profis-
norio ito
sionais que devem ter vínculo empregatício com
os supermercados. Para autuar as empresas, o
MTE se baseia na seguinte interpretação da Súmula 331 do TST: “a contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se
o vínculo diretamente com o tomador de serviços salvo no caso de trabalho temporário”.
Uma loja da central de negócios Unissul, de Pouso Alegre, recebeu a visita de um agente do Ministério Público do Trabalho e foi autuada sob a alegação de que os promotores deveriam ser contratados pela empresa, pois fazem a reposição de
mercadoria, uma atividade-fim. Adriano Gonçalo,
gestor do centro de distribuição, em reunião com
risco aos resultados
Para varejista, contratação de promotor pode derrubar lucro
promotores
suplemento minas
outros supermercadistas da região, resolveu manter
os profissionais em atividade, ainda que sob risco de
autuação. “Não fizemos nada errado, os promotores
já têm vínculo com as indústrias”, afirma. “Trabalhamos com margem apertada. Se tivermos de arcar com
a contratação de promotores, o negócio fica inviável.”
A terceirização Não existe na legislação
brasileira, segundo a advogada Letícia Prebianca,
sócia do setor trabalhista do Siqueira Castro Advogados. “Entretanto, com o tempo foi adotada como ferramenta de administração para que as empresas se concentrassem apenas na sua atividade-fim”, diz ela. Não
faz sentido, por exemplo, uma indústria de produtos de
limpeza ter de contratar cozinheiros para preparar as
refeições dos operários. Afinal, não é a atividade à qual
ela se dedica. “No caso dos supermercados, a dúvida é
se o trabalho de repositor e promotor está ou não ligado à atividade-fim. Isso é subjetivo: alguns juízes entendem que sim, já que a promoção leva à venda. Outros que não, pois não há subordinação das equipes
ao dono do supermercado”, esclarece a advogada.
O que ocorre é que muitos terceirizados se sentem lesados e entram com ação na Justiça exigindo
os mesmos direitos do trabalhador contratado pelo supermercado. “Essas ações ocorrem sobretudo
quando a empresa interposta – que mantém o terceirizado – não cumpre a legislação, negando direitos
garantidos por lei. Ou então quando o terceirizado é
tratado de maneira distinta do contratado”, explica.
norio ito
processos trabalhistas
Alguns promotores terceirizados exigem na Justiça direitos
iguais aos da equipe contratada pelos supermercados
Pela Súmula 331, na qual o MTE tem se pautado para
autuar, a exceção ficaria para a contratação de serviços de vigilância, de conservação e limpeza e outras
especialidades ligadas à atividade, desde que não
haja subordinação do trabalhador a chefes, gerentes e donos do supermercado. Embora a súmula não
seja lei, explica Letícia, ela serve para impedir violações constitucionais e assume papel de “orientação”
em decisões judiciais. “Um juiz pode ir contra. Mas
se a maioria seguir a súmula, isso gerará jurisprudência – depois de várias decisões judiciais iguais,
as futuras tenderão a repetir o resultado”, explica ela.
Muita coisa ainda pode mudar na relação do varejo com as indústrias. E é bom já pensar nas várias possibilidades para não estreitar as margens.
novos produtos 38
pág.
de olho nas prateleiras
por Viviane Sousa [email protected] | Fotos divulgação
suplemento Minas
massa
para ampliar presença no país
São três os novos cortes da linha de massas grano duro da Barilla.
Um deles é o Ruote, que lembra pequenas rodas com aro. É recomendado para
molhos com pedaços. Há o Pipe Rigate, com formato tubular e abertura em
ambas as pontas para capturar mais molho. Daí ser indicado para temperos
e sabores mais simples. Outro tipo é o Stelline, em formato estrela, ideal para
o preparo de sopas, com cozimento em sete minutos. O objetivo da Barilla
com os lançamentos é ampliar a presença no mercado brasileiro. Por isso, a
fabricante italiana também fechou parceria com distribuidores terceirizados.
Espumantes
Pasta de amendoim
Marca
norte-americana
chega ao Brasil
Há mais de 80 anos presente
no mercado norte-americano, a
Skippy, marca de pasta de amendoim,
chega ao Brasil importada pela
Latinex International. O produto está
disponível nas versões tradicionais –
cremosa e crocante –, e também
nas exclusivas combinações cremosa
com mel e cremosa com chocolate
meio-amargo. O preço sugerido ao
consumidor é de R$ 19,90 a R$ 22,90.
Linha premium
importada
Para rejuvenescer a marca
e ampliar seu portfólio premium,
a Martini lança três espumantes.
O italiano Martini Prosecco tem
notas de flores frescas e toque
de maçã, banana e tomilho, ideal
para refeições leves. O Martini
Rosé, também italiano, com notas
de frutas vermelhas e toque de
pimenta preta, é indicado para
acompanhar frutos do mar. Já o
argentino Martini Extra Brut tem
aromas de maçã e pera, e toques de
amêndoas. Acompanha grelhados,
assados e queijos de casca macia.
Batata frita
Novidade em dobro
Com “ondas” maiores e
diferentes sabores, como cheddar &
bacon, além de pepperoni, a Ruffles
Extreme chega ao mercado nacional.
A novidade vem acompanhada de
um novo posicionamento da marca
Ruffles, com a mensagem: “Tire uma
onda!” A ideia é mostrar que qualquer
momento da vida pode ser mais
divertido ao matar a fome de diversão.
Biscoito
Novo sabor,
layout e
‘sobrenome’
A Águia Salt, linha de biscoitos
da J.Macêdo voltada para as
famílias das classes C, D e E, acaba
de ser relançada para se diferenciar
da concorrência. Além de embalagem
mais moderna, a marca ganha
novo “sobrenome”. Passa a se
chamar Águia Salt Plus. Foi incluído
ainda o sabor manteiga na linha.
Em embalagem de 260 g, é indicado
para consumo no café da manhã.
Ru
novos produtos
Antitranspirante
Ações na
mídia para
estimular
vendas
Sabonete
Razzo quer crescer 25% com Livy
Fragrâncias exclusivas. Esse é o diferencial da linha de sabonetes
Livy, criada pela Razzo, fabricante de produtos de higiene pessoal
e limpeza. Ao todo são cinco aromas desenvolvidos com base em
pesquisas: creme de amora e proteínas da seda; erva-doce e bambu;
lavanda e camomila; pepino e gotas de orvalho, e leite de avelã
e flores de algodão. O sabonete está disponível apenas na versão
barra de 90 g. Com o lançamento, a Razzo espera aumentar suas
vendas em 25%. O preço final sugerido do produto é R$ 0,69 a unidade.
A nova linha de
antitranspirantes Johnson’s
tem fórmula mais pura.
Não leva álcool etílico,
triclosan, parabenos,
corantes e silicone.
Também é hipoalergênica.
A linha conta com cinco
versões: zero perfume,
protect care, dry-action,
fresh-action e anti-oxidant,
no formato aerossol
e roll-on. Todas oferecem
até 72 horas de proteção.
Para promover a novidade,
a Johnson’s preparou
campanha com
ações em mídia nacional.
Sem título-2 1
7/10/2014 10:22:45
tem que ter 42
pág.
dicas e sugestões para sua loja
suplemento minas
divulgação
por Redação SM [email protected]
Loja cheia
O que todo supermercadista quer é loja cheia. A rede BH, 137 unidades
e outras nove a caminho, tem conseguido isso em suas inaugurações e
no dia a dia. Nos últimos oito meses cresceu 30,4% em vendas nominais.
Uma política de preço baixo, amparada em um bom balanço entre custo
e margem, é o que tem garantido à empresa ótimos resultados.
Sem título-2 1
7/10/2014 09:57:37
Sem título-2 1
7/10/2014 09:58:27
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A expectativa é de o setor fechar o ano com alta de 2,5% nas