DISCIPLINA SEMIPRESENCIAL
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Métodos e
Técnicas de
Estudo
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Maria Estela Moreira Vilela
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Módulo III
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Professor(a): Maria Estela Moreira Vilela
Disciplina:
Métodos e Técnicas de Estudo
Carga Horária: 40h
SUMÁRIO
Quadro-síntese do conteúdo programático
Contextualização da disciplina
MÓDULO III
1-1 – A pesquisa
1-2 – Pesquisa: conceito, importância, etapas
1-3 - A pesquisa bibliográfica
Mensagem ao aluno:
Querido aluno, você esta recebendo o módulo III, com os conteúdos sobre pesquisa. Espero que aproveitem
bastante e estudem, pois é através dele, que conseguirá dar prosseguimento aos seus objetivos. Contem
sempre comigo
CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA
Este é o módulo nº 3 da disciplina Métodos e Técnicas de Estudos. O modulo é constituído por 2
assuntos interessantes para o aperfeiçoamento de vocês, de modo que continuem sua
caminhada, com aprendizagem significativa nas técnicas e métodos de estudo sobre: a pesquisa:
conceito, importância, etapas e pesquisa bibliográficas e despertando sempre o desejo de a cada
dia descobrir novos olhares através da leitura, do conhecer, do aprender novas maneiras e
novos métodos para ajudá-los na realização da seus objetivos acadêmico e profissionais,
buscando sempre a pesquisa, o caminho para chegar na reta final com mérito e principalmente
com convicção de saber como chegar.
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INICIANDO A PESQUISA
Como você já deve ter percebido, toda pesquisa se inicia pela escolha de um tema. Este tema,
obrigatoriamente, estará vinculado aos nossos interesses de estudos pessoais. Mas como determinar esse tema?,
você pode estar se perguntando. Poderíamos lhe dizer que ele aparece de uma inquietação que temos em relação
a uma determinada atividade do nosso fazer profissional. No nosso caso, do nosso cotidiano do fazer
pedagógico.
E isso se torna evidente, como nos diz Inácio Filho {1998), pois só se conhece, só se é levado a
investigar à medida que se precisa solucionar algum problema. Portanto, a existência do problema é pressuposta
já no início da investigação. A pesquisa inicia-se pela observação, mas orientada por um problema que lhe dá
origem.
Por exemplo, você pode não entender como alguns alunos aprendem com facilidade, outros
simplesmente aprendem e há, ainda, outros que não conseguem aprender. Este, com certeza, é um assunto que
mexe com a cabeça da maioria dos professores, você não acha? Mas como transformá-lo em um tema? Sob que
aspectos poderemos abordá-lo, transformando-o em um tema de pesquisa? Com certeza existem diversas
formas de olhar o mesmo problema, e nós devemos escolher aquela com a qual temos maior afinidade. Se
vamos estudar o problema de aprendizagem, como sugerido, podemos abordar conceitos psicopedagógicos,
curriculares, didáticos, metodológicos ou qualquer outro que nos leve a conhecer melhor as dificuldades de
aprendizagem.
Sobre isto, é muito interessante entendermos o que nos diz Marques (2003 )
Estabelecer um tema de pesquisa é, assim, demarcar um campo específico de
desenhos e de esforços por conhecer, entender nosso mundo e nele e sobre ele agir
de maneira lúcida e conseqüente. Mas o tema não será verdadeiro, não será
encarnação determinada e prática do desejo, se não estiver na estrutura subjetiva,
corporal, do desejado. Não pode o tema ser imposição alheia. Deve-se por ele
tomar paixão, desejo trabalho, construído pelo próprio pesquisador. Da
experiência antecedente, dos anteriores saberes vistos como insuficientes e
limitantes nasce o desejo de conhecer mais e melhor a partir de um foco
concentrado de atenções. Não podemos tudo querer ao mesmo tempo. Muito menos
podemos de fato querer o que não tem ligação com nossa própria vida, o que nela
não se enraíza.
Como já sabemos, a investigação científica se distingue da atividade cognoscitiva cotidiana por seu
caráter sistemático e dirigido a um fim, ou seja, é uma investigação orientada para a solução de um problema
científico, cuja solução não se obtém durante a mera realização de tarefas e atividades práticas.
O sucesso ou o fracasso de um trabalho científico dependem, em grande parte, do correto
estabelecimento do problema. Freqüentemente, a correta formulação do problema científico acaba por se
converter em estímulo para novas investigações.
Voltando ao nosso exemplo, poderíamos dizer que já possuímos um tema científico a ser estudado?
Acreditamos ser ainda cedo para que, efetivamente, o tenhamos definido. Vamos entender por quê.
Se definirmos nosso tema de pesquisa como sendo "problemas de aprendizagem", ou mesmo "os
problemas que afetam a aprendizagem humana ", por exemplo, teremos um campo de estudo muito amplo, em
que as variáveis ficariam quase que impossíveis de determinar. Lembre-se de que, ao estabelecer o problema a
ser investigado, devemos ter condições de examiná-lo em sua plenitude, ou seja, é preciso que tenhamos
possibilidade de analisar todos os elementos do objeto a ser estudado. Isto significa que, ao adotarmos um dos
títulos apresentados acima, deveríamos ter condições de estudar todos os problemas que envolvem a
aprendizagem e com dados de todas as escolas no mundo.
Vamos convir que isto é praticamente impossível, não é verdade?
Sendo assim, é necessário fazermos o que se costuma chamar de recorte. Isto significa para o
pesquisador, estabelecer os limites do assunto que irá abranger em seu trabalho. Continuando com nosso
exemplo, poderíamos pensar em estudar "os problemas mais comuns de aprendizagem, que ocorrem na quarta
série do Ensino Fundamental da escola X". Este, sim, já poderia ser considerado um tema de estudo.
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Umberto Eco (2004) nos diz que um bom tema de estudo deve ter algumas características importantes:
a) recair sobre um objeto definido (de forma física ou conceitual) e que seja facilmente reconhecido por
todos;
b) abordar o objeto de uma forma nova, dizendo sobre ele alguma coisa que ainda não foi dita;
c) trazer algum conhecimento útil às pessoas que lerem suas conclusões;
d) fornecer subsídios que possibilitem verificar ou contestar as hipóteses apresentadas, possibilitando o
surgimento de novas pesquisas.
Essas características podem parecer um tanto complicadas no começo, mas são essenciais para o
desenvolvimento de seu trabalho. Para acalmá-lo um pouco, posso lhe dizer que a formulação inicial do tema,
normalmente, acaba não tendo a mesma forma quando da conclusão do trabalho.
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Módulo III
1- A PESQUISA
A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com
o emprego de processos científicos.
A pesquisa parte, pois, de uma dúvida ou problema e, com o uso do método científico, busca uma
resposta ou solução.
Os três elementos são imprescindíveis, uma vez que uma solução poderá ocorrer somente quando algum
problema levantado tenha sido trabalhado com instrumentos científicos e procedimentos adequados.
A pesquisa, porém, não é a única forma de obtenção de conhecimentos e descobertas. Outros meios de
acesso ao saber que dispensam o uso de processos científicos, embora válidos, não podem ser enquadrados
como tarefas de pesquisa.
Um desses meios, aliás muito recomendável, é a consulta bibliográfica que se caracteriza por dirimir
pequenas dúvidas, recorrendo a documentos.
Esta busca de esclarecimentos não é pesquisa porque envolve problemas e soluções menos significativos
e dispensa o emprego de processos rigorosos. Além disso, o registro dos dados levantados não é exigido e,
quando isso ocorre, se reduz à mera cópia. O relatório dos resultados, de outra parte, é indispensável na
pesquisa.
1- CONCEITO:
Conceito de pesquisa original: entende-se por trabalho científico original aquela pesquisa, de caráter inédito,
que vise ampliar a fronteira do conhecimento, que busque estabelecer novas relações de causalidade para fatos
e fenômenos conhecidos ou que apresente novas conquistas para o respectivo campo de conhecimento.
Trata-se, portanto, de uma pesquisa sobre um determinado assunto, levada a efeito, em parte ou em conjunto,
pela primeira vez. São trabalhos desta natureza que, preferencialmente, concorrem para o progresso das
ciências com novas descobertas.
A memória científica ou trabalho científico original será redigida de tal maneira que, a partir das indicações no
texto, um pesquisador qualificado possa:
• reproduzir as experiências e obter os resultados descritos no trabalho com igual ou menor número de
erros;
• repetir as observações e formar opinião sobre as conclusões do autor;
• verificar a exatidão das análises, induções e deduções, nas quais estão baseadas as descobertas do autor,
usando como fonte as informações dadas no trabalho (Biasotti, 1969, p. 8).
Finalidade da pesquisa: a pesquisa, conforme a qualificação do investigador, terá objetivos e resultados
diferentes. O estudante universitário que se inicia na pesquisa e o pesquisador profissional já amadurecido e
integrado em uma equipe de investigação terão objetivos distintos, de acordo com a habilitação de cada um.
OBJETIVO:
O objetivo dos iniciantes é a aprendizagem e o treino nas técnicas de investigação, refazendo os caminhos
percorridos pelos pesquisadores. O resumo de assunto de uns segue a trilha dos trabalhos científicos originais
dos outros.
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1.2- TIPOS DE PESQUISA
O interesse e a curiosidade do homem pelo saber levam-no a investigar a realidade sob os mais
diversificados aspectos e dimensões.
Por outro lado, cada abordagem ou busca admite níveis diferentes de aprofundamento e enfoques
específicos conforme o objeto de estudo, objetivos visados e a qualificação do pesquisador.
É natural, pois, a existência de inumeráveis tipos de pesquisa.
Cada tipo de pesquisa possui, além do núcleo comum de procedimentos; suas peculiaridades próprias.
Não cabe, neste texto, enumerar todos os aspectos que a pesquisa possa aborda ou transcrever todas as
classificações já apresentadas.
É oportuno, porém referir a ênfase que alguns autores dão à distinção entre a pesquisa pura e a aplicada.
Na pesquisa pura ou básica, o pesquisador tem como meta o saber buscando satisfazer a uma
necessidade intelectual pelo conhecimento.
Já na pesquisa aplicada, o investigador é movido pela necessidade de contribuir para fins práticos mais
ou menos imediatos, buscando soluções para problemas concretos.
São pesquisas que não se excluem, nem se opõem. Ambas são indispensáveis para o progresso das
ciências e do homem: uma busca a atualização de conhecimentos para uma nova tomada de posição; enquanto a
outra pretende, além disso, transformar em ação concreta os resultados de seu trabalho.
A classificação, que por seu alcance será adotada neste texto, fixa-se no procedimento geral que é
utilizado. Segundo este critério, obtém-se, no mínimo, três importantes tipos de pesquisa: a bibliográfica, a
descritiva e a experimental.
Qualquer espécie de pesquisa, em qualquer área, supõe e exige uma pesquisa bibliográfica prévia, quer
para o levantamento do estado da arte do tema, quer para a fundamentação teórica ou ainda para justificar os
limites e contribuições da própria pesquisa.
Além disso, os trabalhos realizados pelos alunos para complementar os programas curriculares são,
geralmente, pequenas pesquisas bibliográficas.
Dada a importância que a pesquisa bibliográfica tem na vida do estudante universitário em todas as
áreas de estudo, será reservado um espaço especial para a mesma.
1-2- Tipos de pesquisa:
1.2.1- Pesquisa bibliográfica
1.2.2- Pesquisa descritiva
1.2.3- Pesquisa experimental
1.2.4 – Estudos exploratórios
1.2.5 - Resumo de assunto
1.2.6 – Seminário de estudos
1.2.1 - Pesquisa bibliográfica
A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em
documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em
ambos os casos, busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre
um determinado assunto, tema ou problema.
Por vezes, é realizada independentemente, isto é, percorre todos os passos formais do trabalho científico,
em particular, em alguns setores das ciências humanas.
A pesquisa bibliográfica constitui parte da pesquisa descritiva ou experimental, quando é feita com o intuito de
recolher informações e conhecimentos prévios acerca de um problema para o qual se procura resposta ou acerca
de uma hipótese que se quer experimentar.
A pesquisa bibliográfica é meio de formação por excelência e constitui o procedimento básico para os
estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema. Como
trabalho científico original, constitui a pesquisa propriamente dita na área das ciências humanas. Como resumo
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de assunto, constitui geralmente o primeiro passo de qualquer pesquisa científica. Os alunos de todos os
institutos e faculdades devem, portanto, ser iniciados nos métodos e técnicas da pesquisa bibliográfica.
Ainda nesta parte serão descritas as fases da pesquisa, com referência especial às técnicas da pesquisa
bibliográfica, embora, em linhas gerais, toda pesquisa deva percorrer os mesmos passos.
1.2.2 – Pesquisa descritiva
A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem
manipulá-los.
Procura descobrir, com a precisão possível, a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e
conexão com outros, sua natureza e características.
Busca conhecer as diversas situações e relações que ocorrem na vida social, política, econômica e
demais aspectos do comportamento humano, tanto do indivíduo tomado isoladamente como de grupos e
comunidades mais complexas.
A pesquisa descritiva desenvolve-se, principalmente, nas ciências humanas e sociais, abordando aqueles
dados e problemas que merecem ser estudados e cujo registro não consta de documentos.
Os dados, por ocorrerem em seu hábitat natural, precisam ser coletados e registrados ordenadamente
para seu estudo propriamente dito.
A pesquisa descritiva pode assumir diversas formas, entre as quais se destacam:
a) Estudos descritivos: trata-se do estudo e da descrição das características, propriedades ou relações existentes
na comunidade, grupo ou realidade pesquisada.
Os estudos descritivos, assim como os exploratórios, favorecem, na pesquisa mais ampla e completa, as tarefas
da formulação clara do problema e da hipótese como tentativa de solução.
Comumente se incluem nesta modalidade os estudos que visam identificar as representações sociais e o perfil
de indivíduos e grupos, como também os estudos que visam identificar estruturas, formas, funções e conteúdos.
b)Pesquisa de opinião: procura saber atitudes, pontos de vista e preferências que as pessoas têm a respeito de
algum assunto, com o objetivo de tomar decisões.
A pesquisa de opinião abrange uma faixa muito grande de investigações que visam identificar falhas ou erros,
descrever procedimentos, descobrir tendências. reconhecer interesses e outros comportamentos.
Esta modalidade de pesquisa é a mais divulgada pelos meios de comunicação, pois permite: tratar de temas do
cotidiano, como intenções de votos de compras e de consumo, verificar tendências da opinião pública e mesmo
permitir que se crie, por meio da manipulação de dados, das opiniões contra ou a favor de temas polêmicos,
como aborto, pena de morte. redução da idade penal etc.
c) Pesquisa de motivação: busca saber as razões inconscientes e ocultas que levam, por exemplo, o consumidor
a utilizar determinado produto ou que determinam certos comportamentos ou atitudes.
d) Estudo de caso: é a pesquisa sobre um determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade que seja
representativo do seu universo, para examinar aspectos variados de sua vida.
e) Pesquisa documental: são investigados a fim de se poder descrever e comparar usos e costumes, tendências e
outras características. Estuda a realidade presente, e não o passado, como ocorre com a pesquisa histórica.
Em síntese, a pesquisa descritiva, em suas diversas formas, trabalha sobre dados ou fatos colhidos da
própria realidade.
A coleta de dados aparece como uma das tarefas características da pesquisa descritiva.
Para viabilizar essa importante operação da coleta de dados, são utilizados, como principais
instrumentos, a observação, a entrevista, o questionário e o formulário.
A coleta e o registro de dados, porém, com toda sua significação, não constituem, por si sós, uma
pesquisa, mas sim técnicas específicas para a consecução dos objetivos da pesquisa. A pesquisa, seja qual for o
tipo, resulta da execução de inúmeras tarefas, desde a escolha do assunto até o relatório final, o que também
implica a adoção simultânea e consecutiva de variadas técnicas dentro de uma mesma pesquisa.
1.2.3 – Pesquisa experimental
A pesquisa experimental caracteriza-se por manipular diretamente as variáveis relacionadas com o
objeto de estudo. Nesse tipo de pesquisa, a manipulação das variáveis proporciona o estudo da relação entre
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causas e efeitos de um determinado fenômeno. Com a criação de situações de controle, procura-se evitar a
interferência de variáveis intervenientes. Interfere-se diretamente na realidade, manipulando-se a variável
independente a fim de observar o que acontece com a dependente.
Enquanto a pesquisa descritiva procura classificar, explicar e interpretar os fenômenos que ocorrem, a
pesquisa experimental pretende dizer de que modo ou por que causas o fenômeno é produzido.
Para atingir esses resultados, o pesquisador deve fazer uso de aparelhos e de instrumentos que a técnica
moderna coloca ao seu alcance ou de procedimentos apropriados e capazes de tornar perceptíveis as relações
existentes entre as variáveis envolvidas no objeto de estudo.
p
e
s
q
u
i
s
a
Natureza
Trabalho científico original
Novas descobertas
Resumo do assunto
Formação – Treinamento
Procedimento
Pesquisa Bibliográfica
Pesquisa descritiva
Pesquisa experimental
Convém esclarecer que a pesquisa experimental não se resume em pesquisas realizadas em laboratório,
assim como a descritiva não se resume à pesquisa de campo. Os termos de campo e de laboratório indicam
apenas o contexto onde elas se realizam. Uma pesquisa pode ser experimental tanto em contexto de campo
quanto de laboratório. O mesmo acontece com a descritiva. Pode-se dizer que, no contexto de laboratório,
realizam-se mais pesquisas de natureza experimental.
1.2.4 – Estudos exploratórios
O estudo exploratório, designado por alguns autores como pesquisa quase científica ou não científica é,
normalmente, o passo inicial no processo de pesquisa pela experiência e um auxílio que traz a formulação de
hipóteses significativas para posteriores pesquisas.
Os estudos exploratórios não elaboram hipóteses a serem testadas no trabalho, restringindo-se a definir
objetivos e buscar mais informações sobre determinado assunto de estudo.
Tais estudos têm por objetivo familiarizar-se com o fenômeno ou obter nova percepção do mesmo e
descobrir novas idéias.
A pesquisa exploratória realiza descrições precisas da situação e quer descobrir as relações existentes
entre os elementos componentes da mesma.
Essa pesquisa requer um planejamento bastante flexível para possibilitar a consideração dos mais
diversos aspectos de um problema ou de uma situação.
Recomenda-se o estudo exploratório quando há poucos conhecimentos sobre o problema a ser estudado.
1.2.5 - Resumo de assunto
Entende-se por pesquisa resumo de assunto aquele texto que reúne, analisa e discute conhecimentos e
informações já publicadas.
O resumo de assunto não é um trabalho original, mas exige de seu autor a aplicação dos mesmos
métodos científicos utilizados no trabalho científico original.
A maior parte dos trabalhos elaborados durante os cursos de formação (nível de graduação) são, quanto
à sua natureza, um resumo de assunto e, dificilmente, um trabalho científico original.
Uma das vantagens que justificam a elaboração de resumos de assunto resulta no fato de ser ele um
meio apto a fornecer aos alunos a bagagem de conhecimentos e o treinamento científico que os habilitam a
lançarem-se em trabalhos originais de pesquisa.
1.2.6 – Seminário de estudos
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O seminário de estudos é um método utilizado tanto em cursos de formação superior, especialmente nos
de pós-graduação, como em reuniões, congressos, encontros programados por órgãos e instituições diversas.
Como método de estudos da universidade, o seminário não dispensa, ao contrário, supõe, o prévio e
insubstituível trabalho pessoal. Por mais que os didatas definam procedimentos que conduzam à participação
efetiva de todos os presentes, constata-se freqüentemente que o seminário depende daquele que introduz o
assunto e conduz a discussão. Seu êxito fica, assim, condicionado a um indivíduo e ao interesse e capacidade de
outros para intervir oportunamente no debate.
Três são as finalidades do seminário:
a) transmitir informações: as informações são coletadas por meio de pesquisa individual ou de grupo, em
conformidade com as diretrizes da metodologia científica. Fora do contexto puramente didático, a
informação é relevante, à medida que os seminários se destinam a uma atualização de conhecimentos ou
de métodos de trabalho. As contribuições de especialistas, cujas palestras introduzem o debate, servem
para divulgar as conquistas mais recentes da ciência e apontar novos caminhos para a investigação;
b) discutir informações: o diálogo é fecundo, como prova a dinâmica de grupo. A reflexão se desenvolve,
por momentos, quando colocada diante de provocações ou solicitações geradas pelo intercâmbio dos
pesquisadores. O debate induz a novos aspectos de análise, alimenta a interpretação e fundamenta a
crítica dos dados;
c) extrair conclusões: um seminário, em função dos objetivos que pretende alcançar, pode chegar a três
formas de conclusão:
• de ordem metodológica
• de ordem cognoscitiva
• de ordem prática
Enquanto método de ensino e aprendizagem, o seminário visa precipuamente obter conclusões de ordem
metodológica e cognoscitiva. Suponhamos, por exemplo, um grupo de mestrandos em seminário, onde
sucessivamente são expostos e discutidos problemas relacionados à pesquisa de cada aluno; discutem-se a
metodologia de trabalho e os conhecimentos adquiridos, assentando-se conclusões provisórias ou definitivas
nesses aspectos. Diferente é um seminário que reúne técnicos ou profissionais preocupados em melhorar sua
atuação por meio medidas mais adequadas; as conclusões de ordem prática se impõem.
A preparação de um seminário condiciona seus resultados. Importa, pois que se divulgue com
antecedência a temática a ser desenvolvida e se distribuam, sempre que possível, os documentos a ela
relacionados. O estudo desses textos e a busca de documentos complementares, por parte dos participantes,
coloca-os em condições de contribuir mais positivamente nos debates.
A execução dos trabalhos obedece a uma dinâmica, conforme o modelo de seminário adotado. Seja este
qual for, um seminário bem conduzido comporta pelo menos três fases:
a) Exposição do tema ou tese a ser discutida: essa exposição pode ser seguida de um comentário feito por
um participante previamente designado.
b) Discussão em grupo: envolvendo a participação individual, mediante levantamento de novos problemas,
acréscimo de informações, análise e julgamento dos dados, contestação de teses ou conclusões, abertura
de novas perspectivas.
c) Conclusão: em forma de relatório sintético que pode ou não ser submetido à consideração dos
participantes. O relator deve ser indicado previamente.
Em seminários de estudos na universidade, o professor dispensa frequentemente tal relatório, tecendo
em seu lugar um comentário crítico, tanto da exposição como do comentário e das intervenções do grupo.
Dificuldade não negligenciável é, por vezes, o silêncio de alguns, senão mesmo da maioria, nos debates.
O seminário como um todo só tem a perder com isso.
Técnica simples e eficiente para despertar o senso crítico e ativar a participação do indivíduo nos
debates consiste em traçar sobre a folha de apontamentos um espaço à margem esquerda e, à medida que o
expositor faz seus apontamentos, quando alguém estiver expondo seu pensamento, ele registra à margem, no
ato, as reflexões que podem revestir o caráter de pergunta, depoimento, esclarecimento, contestação,
confirmação, dúvida etc.
Essa técnica produz duplo efeito: tem o poder de agilizar o pensamento (efeito didático) e de preparar o
debate (efeito prático).
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Concluída a exposição, o expositor já dispõe de uma série de elementos para debate, tão ricos e variados
que surpreenderão a inteligência mediana. Procedendo dessa maneira, ele ganha tempo e participa dos debates
com a certeza de que suas intervenções serão oportunas e adequadas.
2- ROTEIRO PARA A PESQUISA DESCRITIVA E EXPERIMENTAL
As pesquisas descritiva e experimental, embora percorram as diversas fases da pesquisa bibliográfica,
descritas na segunda parte, apresentam algumas características próprias.
O roteiro abaixo, que pretende adaptar os passos das pesquisas descritiva e experimental às fases da
pesquisa bibliográfica, poderá servir de orientação para a execução de trabalhos dessa natureza.
a) Escolha do tema: deve-se escolher um tema que seja significativo e adequado ao interesse, ao nível de
formação e às reais condições de trabalho do pesquisador. Constitui dificuldade adicional para o
estudante pretender trabalhar com ternas com os quais não tenha afinidade, motivação ou interesse.
b) Delimitação do tema: dentro de um mesmo tema deve-se selecionar um tópico para ser estudado e
analisado em profundidade, tomando-o viável de ser pesquisado. Evite temas amplos que resultem em
trabalhos superficiais.
c) Justificativa da escolha: o aluno deve mostrar as razões da preferência pelo assunto escolhido e sua
importância diante de outros temas.
No relatório de pesquisa, esses itens constam na introdução.
d) Revisão da literatura especializada: é a realização de uma pesquisa bibliográfica que visa identificar,
localizar, ler, analisar e anotar os principais tópicos da literatura especializada sobre a questão
delimitada. Tal estudo preliminar e sintético trará informações sobre a situação atual do problema, sobre
os trabalhos já realizados a respeito e sobre opiniões existentes, o que constitui o estado da arte sobre a
questão.
Esses conhecimentos prévios vão auxiliar o investigador nos demais passos para o planejamento do projeto
de pesquisa.
e) Formulação do problema: deve-se redigir, de forma interrogativa, clara, precisa e objetiva, o tópico que
se tomará o objeto de estudo da pesquisa. O problema levantado deve expressar uma relação entre duas
ou mais variáveis, A elaboração clara do problema é fruto da revisão da literatura e da reflexão pessoal.
f) Enunciado da hipótese: a hipótese, como resposta e explicação provisória, relaciona as duas ou mais
variáveis do problema levantado. A hipótese deve ser testável e responder ao problema, ainda que de
forma provisória. Nos trabalhos escolares e acadêmicos, é conveniente que o número de hipóteses seja
reduzido.
g) Amostragem: a pesquisa procura estabelecer generalizações a partir de observações em grupos ou
conjuntos de indivíduos chamados de população ou universo.
População pode referir-se a um conjunto de pessoas, de animais ou de objetos que representem a
totalidade de indivíduos que possuam as mesmas características definidas para um estudo.
A pesquisa, porém, é feita com uma parte representativa da população, denominada amostra, e não com
a totalidade dos indivíduos.
Amostragem é, pois, a coleta de dados de uma parte da população, selecionada segundo critérios que
garantam sua representatividade (Selltiz. 1976, p.571).
h) Instrumentos: no projeto de pesquisa deve-se indicar as técnicas a serem usadas para a coleta de dados,
como a entrevista, o questionário e o formulário, anexando-se ao projeto um modelo do instrumento a
ser utilizado. Quando se tratar de pesquisa experimental, devem ser descritos os instrumentos e
materiais ou as técnicas a serem usadas.
i) Procedimentos: em pesquisas descritivas faz-se a descrição detalhada de todos os passos da coleta e
registro dos dados.
Quem? Quando? Onde? Como? Descrevem-se ainda as dificuldades, as preocupações, a supervisão e o
controle.
Na pesquisa experimental é detalhada a forma usada para fazer a observação, a manipulação da variável
independente, o tipo de experimento, o uso ou não de grupo de controle e a maneira do registro dos
resultados.
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No relatório, os dados são apresentados depois de classificados sob forma descritiva e, de preferência,
em tabelas, quadros ou gráficos.
Os dados devem explicar-se por si mesmos a fim de não exigirem do leitor exames exaustivos que o
obriguem a um grande esforço interpretativo.
j) Análise dos dados: depois de coletados e tabulados os dados e expostos em tabelas de forma sintética,
eles devem ser submetidos ou não, conforme o caso, ao tratamento estatístico ( Marinho, 1980, p.66 ).
Todas as informações reunidas nos passos anteriores devem ser comparadas entre si e analisadas.
A analise, a partir da classificação ordenada dos dados, do confronto dos resultados das tabelas e das
provas estatísticas, quando empregadas, procura verificar a comprovação ou não das hipóteses de
estudo.
k) Discussão dos resultados: é a generalização dos resultados obtidos pela análise.
Na discussão, o pesquisador deve fazer as inferências e generalizações cabíveis, com base nos
resultados alcançados.
Os resultados também devem ser discutidos e comparados com afirmações e posições de outros autores.
Finalmente, aspectos paralelos revelados pela pesquisa devem ser abordados e comentados.
l) Conclusão: a conclusão deve apresentar um resumo dos resultados mais significativos da pesquisa e
sintetizar os resultados que conduzirão à comprovação ou rejeição da hipótese de estudo. Deve fazer
inferências que os dados alcançados permitem e indicar aspectos que mereçam mais estudo e
aprofundamento, conforme orientações mais detalhadas nas seções 3.4 e 3.5 do Capítulo 6.
m) Bibliografia: são as referências bibliográficas que serviram de embasamento teórico e que serão
apresentadas segundo as normas da ABNT, mais detalhadamente discutidas na seção 3.6 do Capítulo 6.
n) Anexos: os anexos são constituídos de elementos complementares, como questionários e outras fichas
de observação e registro utilizadas no trabalho, que auxiliam a análise do leitor da pesquisa.
Veja a seguir como conciliar as fases do projeto de pesquisa com a montagem do trabalho e
apresentação do relatório final. Informações adicionais serão encontradas nas
páginas seguintes.
QUADRO I
Pesquisa descritiva e experimental: passos e apresentação do relatório.
PASSOS DA PESQUISA
escolha do tema
delimitação do tema
justificativa da escolha
revisão da literatura
formulação do problema
enunciado da hipótese
definição operacional das variáveis
amostragem
instrumentos
procedimento
análise dos dados
discussão dos resultados
APRESENTAÇÃO DO RELATORIO
CAPA
FOLHA DE ROSTO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
HIPÓTESE
DEFINIÇÃO OPERACIONAL DAS VARIÁVEIS
AMOSTRAGEM
INSTRUMENTOS
METODOLOGIA
ANÁLISE DOS DADOS
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS
3- PESQUISA
Significa procurar, buscar com cuidado e profundidade.
A pesquisa faz parte do nosso cotidiano, quando pensamos em alugar uma casa, abrimos a página de
classificados do jornal e saímos marcando os anúncios que nos interessa, estamos fazendo uma pesquisa. Só
que este tipo de pesquisa é rudimentar.
A pesquisa que nos interessa é a pesquisa científica, isto é:
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a investigação feita com o objetivo expresso de obter conhecimento específico e estruturado sobre um
assunto preciso.
3.1- Importância da pesquisa
Sem pesquisa não há ciência, muito menos tecnologia. Todas as grandes empresas do mundo de hoje
possuem departamentos chamados "Pesquisa e Desenvolvimento "
( P - D ).
Estes departamentos estão sempre tentando dar um passo à frente para a obtenção de novos produtos que
respondam melhor às exigências cada vez maiores dos consumidores ou, simplesmente, que permitam vencer a
concorrência das outras empresas.
Em resumo, podemos dizer que a pesquisa está presente:
no dia adia , nas ações mais corriqueiras;
no desenvolvimento da ciência;
no avanço tecnológico;
no progresso intelectual de um indivíduo.
A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas, através do emprego de processos científicos.
A pesquisa parte, pois, de uma dúvida ou problema e, com o uso do método científico, busca uma resposta ou
solução.
Os três elementos são imprescindíveis, uma vez que uma solução poderá ocorrer somente quando algum
problema levantado tenha sido trabalhado com instrumentos científicos e procedimentos adequados.
4- FLUXOGRAMA DA PESQUISA
Desde a preparação até a apresentação de um relatório de pesquisa estão envolvidas diferentes etapas.
Algumas delas são concomitantes; outras são interpostas. O fluxo que ora se apresenta tem apenas uma
finalidade didática de exposição. Na realidade ela é extremamente flexível. Abaixo temos o exemplo de um
fluxograma de pesquisa científica:
4.1. Etapa de Preparação e de Delimitação do problema
Escolha do tema
Revisão da Literatura
Documentação
Critica da documentação
Construção do referencial Teórico
Delimitação do problema
Construção das Hipóteses
Primeira Etapa: Preparatória
Esta fase, a preparatória, é dedicada a escolha do tema, à delimitação do problema, à revisão da literatura,
construção do marco teórico e construção. das hipóteses. Seu objetivo principal é a que o pesquisador defina o
problema que irá investigar. E nesta etapa que se apresentam as principais dificuldades para o investigador.
A escolha do tema deve estar condicionada à existência de três fatores:
-O primeiro é que o tema responda aos interesses de quem investiga.
-O segundo é a qualificação intelectual de quem investiga. O pesquisador deve usar temas que estejam ao
alcance de sua capacidade e de seu nível de conhecimento.
-O terceiro é a existência de fontes de consulta que estejam ao alcance do pesquisador. O primeiro passo para
constatar sua existência é fazer um levantamento das publicações que existem sobre o tema nas bibliotecas,
consultando catálogos e revistas especializadas, resenhas e comentários.
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Escolher o tema é indicar a área e a questão que se quer investigar. No entanto, apenas a escolha do tema não
diz ainda o que o pesquisador quer investigar. A sua meta, nesta etapa, é a de delimitar a dúvida que irá
responder com a pesquisa. A delimitação do problema esclarece os limites precisos da dúvida que tem o
investigador dentro do tema escolhido. A simples escolha de um tema deixa o campo da investigação muito
amplo e muito vago. Há necessidade de se estabelecer os limites de abrangência do estudo a ser efetuado. Isso
só é possível quando se delimita com precisão o problema, o que é conseguido com perguntas pertinentes
especificando com clareza as dúvidas. Deve ser expresso em fom1a de enunciado interrogativo que contenha no
mínimo a relação entre duas variáveis. Se não manifestar esta relação é sinal que ele ainda não está
suficientemente claro para a investigação.
Para chegarmos ao enunciado devemos antes defini-lo da seguinte maneira:
a) A área ou o campo de observação;
b) As unidades de observação. Dever estar claro quem ou o quê deverá ser objeto de observação.
c) Apresentar as variáveis que serão estudadas, mostrando que aspectos ou que fatores mensuráveis serão
analisados, com a respectiva função empírica.
Para que ocorra essa clareza ria delimitação do problema é necessário que o investigador tenha conhecimento.
Ninguém investiga o que não conhece. E a forma mais fecunda para se obter conhecimento é através da revisão
da literatura pertinente ao tema investigado. O objetivo desta revisão é de aumentar o acervo de informações e
do conhecimento do investigador com as contribuições teóricas já existentes. Lançar-se em uma pesquisa
desconhecendo as contribuições já existentes é arriscar-se a perder tempo em busca de soluções que talvez
outros já tenham encontrado, ou percorrer caminhos já trilhados com insucesso.
A revisão da literatura é feita buscando-se nas fontes primárias e na bibliografia secundária as informações
relevantes que foram produzidas e que têm relação com o problema investigado. Pode-se usar como fontes
livros, obras publicadas, monografias, periódicos especializados, documentos e registros existentes em
institutos de pesquisa.
Durante a revisão da literatura deve-se executar o registro dessas idéias em fichas, juntamente com comentários
pessoais, com o objetivo de essa documentação bibliográfica acumular e organizar idéias relevantes já
produzidas na ciência.
Concluída a documentação, inicia-se a fase da avaliação e crítica. Nesse momento deve-se estabelecer o
confronte entre idéias consideradas relevantes examinando a sua consistência, nível de coerência interna e
externa e comparando-as entre si. O importante é notar os pontos positivos e negativos nas teorias analisadas,
inter-relacionando uma com as outras não esquecendo que a crítica tem sempre em vista o problema
investigado. É ela que seleciona o acervo de idéias trabalhadas para a montagem posterior do quadro de
referencias teóricas.
Após a crítica se iniciam a ordenação das idéias coletadas, os objetivos da investigação, as teorias relevantes
que o abordam com seus pontos positivos ou negativos e as hipóteses propostas pelo autor. Esta fase é a de
construção, da montagem e exposição do quadro de referência teórica que será utilizado para a delimitação e a
análise do problema abordado, para a sustentação das hipóteses sugeri das e a construção das definições que
traduzem os conceitos abstratos das variáveis.
Se a pesquisa for bibliográfica, constrói-se o quadro de referência teórica que sustenta as conclusões.
Se a pesquisa for experimental ou descritiva, a fase seguinte comporta a explicação de hipóteses, o
estabelecimento das variáveis e suas definições empíricas.
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5- A INTERNET COMO FONTE DE PESQUISA
A Internet, rede mundial de computadores, tornou-se urna indispensável fonte de pesquisa para os
diversos campos de conhecimento. Isso porque representa hoje um extraordinário acervo de dados que está
colocado à disposição de todos os interessados, e que pode ser acessado com extrema facilidade por todos eles,
graças à sofisticação dos atuais recursos informacionais e comunicacionais acessíveis no mundo inteiro.
A Internet é um conjunto de redes de computadores interligados no mundo inteiro, permitindo o acesso
dos interessados a milhares de informações que estão armazenadas em seus Web Sites. Permite a esses
interessados a navegar por essa malha de computadores, podendo consultar e escolher elementos informativos,
de toda ordem, aí disponíveis. Permite ainda aos pesquisadores de todo planeta trocar mensagens e
informações, com rapidez estonteante, eliminando assim barreiras de tempo e de espaço.
O que se pode pesquisar na Internet? Como se trata de uma enorme rede, com um excessivo volume de
informações, sobre todos os domínios e assuntos, é preciso saber garimpar, sobretudo dirigindo-se a endereços
certos. Mas quando ainda não se dispõe desse endereço, pode-se iniciar o trabalho tentando exatamente
localizar os endereços dos sites relacionados ao assunto de interesse. Isso pode ser feito através dos Web Sites
de Busca, assim designados programas que ficam vinculados à própria rede que se encarregam de localizar os
sites a partir da indicação de palavras-chave, assuntos, nomes de pessoas, de entidades e etc. Entre os mais
correntes e poderosos, podemos citar.
5.1- Sites de Busca;
www.yahoo.com
www.infosek
www.webercrawler .com
www.miner.com
www.google.com
www.altavista.com
www.lycos.com
www.excite.com
www.cade.com
5.2 - Sites Relacionados á Educação
www.edukbr.com.br
www.miniweb.com.br
www.escolavirtual.com.br
www.oesQecialista.com.br
www.eciencia.com.br
www.eduline.com.br
www.iie-min-edu.pt
www.aescola.com.br
www.klick.com.br
www.aprendiz.com.br
www.universoedu.com.br
www.netescola.com.br
www.escolanet.com.br
www.intelecto.net
www.cedes.com.br
www.edunexo.com.br
www.mec.gov.br/seesp
www.ineo.gov.br
5.3 - Pesquisa na Internet
Tudo o que você quiser saber você encontrara na Internet.
É bastante comum ouvirmos afirmações como essa, em geral de internautas neófiros. Podemos
encontrar tudo o que quisermos na Internet. Na verdade, pouquíssimos livros estão publicados por completo na
Internet ( e ainda menos filmes, gravações, jornais e revistas antigos ). Alem disso, estar “publicado” na
Internet não é garantia da qualidade da fonte; ao contrario, como é muito mais fácil e barato publicar na Web do
que em papel, há muito mais material de baixa qualidade na Internet. Deve-se sempre lembrar que, na Web,
trabalhamos com diferentes níveis de conhecimentos.
Torna-se essencial, nesse sentido, avaliar as formas de acesso e as fontes das informações obtidas na
Internet. No caso das fontes, podemos utilizar como critérios de avaliação: quem se responsabiliza por ou
publica a informação, as credenciais do autor, a data de publicação ( para assuntos atuais ) as referencias ( se há
indicações das fontes de onde a página tira suas informações)etc. Devemos tomar cuidado especial com
informações obtidas em sites de propaganda e em sites não independentes ( como páginas de empresas
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comerciais etc. ). Informações obtidas por meio de Web sites que possuem patrocinador têm mais relevância do
que homepages individuais: se, por exemplo, não consta o nome do autor de nenhum responsável pela página, o
valor da fonte é o mesmo de uma folha que cai, repentinamente, numa sala de aula: nenhum. Não devemos
confiar automaticamente nas informações colhidas em pesquisa pela Internet; ao contrario, devemos aplicar um
rigor ainda maior do que na avaliação das fontes impressas, já que na Internet não existem necessariamente
mais os filtros da cultura impressa (editor, editora, revisor etc.), e a responsabilidade dessa filtragem é
transferida ao consumidor da informação. A Web desafia nossas assunções sobre a autoridade das fontes e nos
lembra que precisamos questionar todas as fontes com cuidado.
Assim, vale a pena conhecer algumas abreviações tradicionais de endereços na Internet e seus
significados:
Abreviação
.edu
.com
.gov
.mil
.org
.net
Descrição
Uma universidade ou outra instituição educacional.
Um usuário comercial da internet.
Um usuário governamental.
Um usuário militar.
Um organização, em geral, não governamental.
Uma rede ( network).
6- PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
6.1-Conceito:
Como já vimos nas aulas anteriores, a pesquisa bibliográfica tem a finalidade de levantar as contribuições
culturais e cientificas sobre um determinado tema. Ela serve como suporte para resolver não só problemas já
conhecidos, mas também como subsídio para explorar áreas em que os problemas ainda não se cristalizaram
suficientemente.
6.2-Objetivo:
Seu objetivo é desvendar, recolher e analisar as principais contribuições teóricas que diversos autores fizeram
sobre um determinado fato, assunto ou idéia. Ou seja, realizamos uma pesquisa bibliográfica tentando resolver
um problema ou adquirir novos conhecimentos a partir de informações publicas em livros ou outros
documentos similares. Ao executarmos este trabalho, confrontamos o que cada autor disse, a favor ou contra
nossas hipóteses e, a partir desta atividade dialógica, formulamos nossa própria opinião a respeito do assunto
pesquisado. Vamos, a partir de agora, abordar um pouco mais sobre a prática desta metodologia de pesquisa,
começando por seu planejamento.
6.3-O Planejamento da pesquisa bibliográfica
O planejamento é uma exigência que se impõe, no dia-a-dia, em todas as áreas, pois permite ordenar e
racionalizar as atividades humanas.
No caso específico de pesquisa, planejar tornar-se essencial por razoes de responsabilidade moral,
econômica e pela própria eficiência do trabalho, já que ajuda a prever todos os passos, ferramentas e processos
que serão utilizados no decorrer da atividade de pesquisa.
Como toda pesquisa, a bibliográfica necessita ter um planejamento que englobe todas as etapas do
trabalho.
Esta previsão se constitui em um instrumento que permite orientar cada passo do processo da pesquisa,
estabelecendo seu desenvolvimento, isto, no entanto, não deve ser tomado com uma rigidez pétrea, mas sim
como um caminho a ser percorrido e que, dependendo das circunstancia, poderá sofrer pequenas alterações.
Bibliografia:
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico, São Paulo, Cortez, 2004.
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