Texto complementar
O experimento de
Rutherford
CIÊNCIAS
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Ciências
Assunto: Modelos atômicos
O experimento de Rutherford
lâmina de
sulfeto de zinco
bloco de
chumbo
Dawidson França
Em 1904, o cientista neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937) realizou um experimento que marcou
a história da ciência.
A existência de partículas de carga positiva denominadas partículas alfa () já era conhecida pela comunidade científica da época.
Em seu experimento, Rutherford usou uma substância que emite essas partículas – por exemplo, o rádio
ou o polônio –, fazendo-as colidir com uma fina lâmina de ouro.
A substância emissora de partículas foi colocada no interior de um bloco de chumbo, pois ele impede
que a radiação se espalhe por outras direções.
Para identificar os pontos atingidos pelas partículas após sua emissão, foi colocada ao redor da placa de
ouro uma lâmina de sulfeto de zinco, que emitia luminosidade quando atingida por partícula .
Observe o esquema do experimento de Rutherford:
lâmina de ouro
c
feixe de
partículas a
b
orifício
placa de
chumbo
As partículas produzem cintilações na lâmina de sulfeto de zinco.
Baseando-se no modelo de Thomson, esperava-se que as partículas atravessassem a placa de ouro
com pouco ou nenhum desvio. Isso porque a região dos átomos carregada positivamente seria distribuída
de forma homogênea pelo volume do átomo.
Com esse experimento, ele verificou que:
• a maioria das partículas atravessava a lâmina de ouro (a);
• algumas dessas partículas, ao atravessar a lâmina, eram desviadas (c);
• uma pequena parte das partículas não ultrapassava a lâmina e retornava, como se elas se
chocassem com algo muito denso (b).
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Dawidson França
Observe, no detalhe ampliado, o esquema explicativo desse experimento.
partícula
desviada
As setas que aparecem no esquema
são recursos explicativos utilizados
pelo ilustrador. O que os pesquisadores
observaram foram os pontos cintilantes
na placa de sulfeto de zinco.
partículas que
atravessam
partícula
retornando
lâmina de ouro
Esquema do comportamento das partículas α ao serem lançadas contra a lâmina de ouro.
Analisando esses resultados, Rutherford concluiu que:
Os tamanhos, as proporções
e as cores das ilustrações
não são reais.
elétron
(em tamanho
aumentado)
No núcleo são
encontrados os
prótons.
Dawidson França
• o átomo não é uma esfera maciça – existem muitos espaços vazios nele, pois a maior parte das
partículas α atravessou a lâmina de ouro;
• o átomo tem uma região central onde está concentrada sua massa – foi contra essa região,
denominada por ele de núcleo, que as partículas se chocaram e retornaram;
• esse núcleo apresenta carga positiva, pois repeliu a partícula – que também tem carga positiva.
Na região externa
são encontrados
os elétrons.
Representação do modelo de átomo proposto por Rutherford. Os elétrons giram em torno de
um centro de massa.
Com esses dados, Rutherford construiu um modelo atômico semelhante ao do Sistema Solar, em que o
átomo é uma partícula muitíssimo pequena composta de duas regiões:
• uma interna, o núcleo, onde estaria concentrada praticamente toda a massa do átomo – de carga
elétrica positiva, representada por partículas chamadas prótons;
• outra externa, de massa desprezível1, onde estariam os elétrons, diminutas partículas negativas em
permanente movimento ao redor do núcleo.
Carlos Eduardo Pinto. O experimento de Rutherford.
1 Desprezível: em nosso contexto, é um termo que se refere a algo que, em relação a algum outro corpo, pode ser
desconsiderado por apresentar uma dimensão relativa muito pequena.
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O experimento de Rutherford