Universidade Federal de Alagoas Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Fundamentos para a Análise Estrutural Código: AURB006 Turma: A Período Letivo: 2007 2007-2 Professor: Eduardo Nobre Lages Estática das Partículas Maceió/AL Objetivo Estudo do efeito de sistemas de forças concorrentes. TAC Wcaixa Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL TAB Resultante de Duas Forças Concorrentes Regra do Paralelogramo para Adição de Forças: Forças: Duas forças atuando numa partícula podem ser substituídas por uma única força, chamada resultante, obtida traçando a diagonal do paralelogramo que tem por lados as duas forças dadas. R A Q Observações: • As forças concorrentes devem apresentar origens em comum; • As inclinações das forças devem ser obedecidas; • Os tamanhos dos vetores devem obedecer a uma única escala de conversão. Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL P Resultante de Duas Forças Concorrentes Exemplo: Exemplo: 4,5 kN 50º 6 kN Duas forças são aplicadas à cabeça de um parafuso preso em uma viga. Determine a intensidade, a direção e o sentido de sua resultante. Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL 25º Resultante de Duas Forças Concorrentes Exemplo (continuação): Princípio da Transmissibilidade Lei do Paralelogramo ≈ 88º 6 kN 25º 4,5 kN 50º 50º 6 kN Resposta: 6,5 kN 88º Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL 25º 4,5 kN Resultante de Duas Forças Concorrentes A P R Q O mesmo vetor força resultante pode ser determinado combinando-se os dois vetores força originais na seqüência pontaponta-a-cauda e, em seguida, unindo-se a cauda do primeiro desenhado à ponta do segundo desenhado. Q P R A ordem da combinação dos vetores originais não altera a força resultante (a soma de vetores é comutativa). Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL Regra do Triângulo Triângulo:: Da lei do paralelogramo é possível deduzir um outro método para se determinar a força resultante. Resultante de Mais de Duas Forças Concorrentes A princípio é possível encontrar a força resultante aplicando-se sucessivamente a lei do paralelogramo ou a regra do triângulo. Aplicação sucessiva da lei do paralelogramo: P S A RPQ Q A ordem da combinação dos vetores originais não altera a força resultante (a soma de vetores é comutativa). Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL R Resultante de Mais de Duas Forças Concorrentes Regra do Polígono: Polígono: O vetor força resultante de um sistema de várias forças concorrentes pode ser determinado como uma extensão da regra do triângulo, combinando-se os vetores força originais ponta-a-cauda e, em seguida, unindo-se a cauda na seqüência pontado primeiro desenhado à ponta do último desenhado. P R S A Q Q P A ordem da combinação dos vetores originais não altera a força resultante (a soma de vetores é comutativa). Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL S Componentes de uma Força Nos slides anteriores vimos que um sistema de duas ou mais forças concorrentes pode ser substituído por uma força única que gera o mesmo efeito sobre o corpo em que atua. Essas forças são chamadas de componentes da força original, e o processo de substituição da original por elas é denominado decomposição dos componentes da força. Para cada força existe um número infinito de possíveis conjuntos de componentes. Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL Reciprocamente, uma força única pode ser substituída por duas ou mais forças que, juntas, geram o mesmo efeito sobre o corpo em que atuam. Componentes de uma Força Pensando no processo prático de decomposição de uma força em duas outras, para o caso plano, duas situações podem ser propostas: P F O segundo componente é obtido aplicando-se a regra do triângulo unindo-se a ponta do componente conhecido à ponta da força original. Q P F Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL 1) Um dos dois componentes, P, é conhecido Componentes de uma Força 2) A linha de ação de cada componente é conhecida A intensidade e o sentido dos componentes são obtidos aplicando-se a lei do paralelogramo traçando-se retas, a partir da ponta da força original, paralelas às linhas de ação dadas. P F Q Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL F Identidades Trigonométricas para Soluções Analíticas Teorema angular de Tales: b γ α Lei dos senos: a sin α sin β sin γ = = a b c Lei dos coco-senos: a 2 = b 2 + c 2 − 2bc cos α b 2 = a 2 + c 2 − 2ac cos β c 2 = a 2 + b 2 − 2ab cos γ Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL c β α + β + γ = 180o Identidades Trigonométricas para Soluções Analíticas Regra do Triângulo Exemplo Anterior: Anterior: 4,5 kN 25º 4,5 kN 6 kN 50º 25º θ Lei dos coco-senos: 50º 6 kN α R R 2 = 4,52 + 6 2 − 2 ⋅ 4,5 ⋅ 6 ⋅ cos 75o ⇒ R = 6,502 kN Lei dos senos: Como sin 75o sin α = ⇒ α = 41,954o R 4,5 50o + α + θ = 180o ⇒ θ = 88,046o Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL 50º Componentes Cartesianos de uma Força Anteriormente foram apresentados métodos gráficos (lei do paralelogramo, regra do triângulo e regra do polígono), assim como um método analítico (derivado da regra do triângulo), para composição de forças concorrentes. O método analítico, analítico derivado da regra do triângulo, está limitado à composição de duas forças concorrentes. Para o caso de mais forças é preciso aplicar este método analítico sucessivamente. O próximo passo será definir um método analítico prático que possa trabalhar um sistema com uma quantidade qualquer de forças concorrentes. Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL Os métodos gráficos, gráficos a exemplo da regra do polígono, podem ser aplicados na determinação da força resultante de um sistema de forças concorrentes, porém incorpora ao cálculo imprecisões inerentes ao processo de manipulação gráfica. Componentes Cartesianos de uma Força P F Q Estabelecendo direções de decomposição perpendiculares, o paralelogramo se transforma num retângulo, o que leva a expressões analíticas simples para os componentes da força (componentes componentes cartesianos ou retangulares retangulares). y r Fy O r F θ r Fx x r r r F = Fx + Fy r Fx = Fx ˆi Fx = F cos θ r Fy = Fy ˆj Fy = F sin θ Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL Anteriormente foi discutido o conceito de componentes de uma força, força em particular, quando se estabelecem, no caso plano, duas direções de decomposição, tendo como suporte a lei do paralelogramo. Adição de Forças pela Soma dos Componentes Independentemente das direções de decomposição, os componentes da força resultante de um conjunto de forças concorrentes podem ser determinados através das somas dos componentes das forças envolvidas. envolvidas y y r P S y ĵ Py ĵ Px î x r r r r R = P+Q+S x S x î r Q ( ) ( Qx î Q y ĵ ) ( ) r R = Px ˆi + Py ˆj + Qx ˆi + Q y ˆj + S x ˆi + S y ˆj r R = (Px + Qx + S x )ˆi + (Py + Q y + S y )ˆj Rx Ry Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL r S Adição de Forças pela Soma dos Componentes Exemplo: Exemplo: 210 cm 12 702 N 5 A B 53º 450 N Sabendo que a tração na haste AC vale 638 N, determine a resultante das três forças exercidas no ponto A da viga AB. Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL 200 cm C Adição de Forças pela Soma dos Componentes Exemplo (continuação): y 638 N 702 N 53º x 450 N Rx = 638 ⋅ cos 43,6o + 702 ⋅ cos 202,6o + 450 ⋅ cos 307 o Rx = 84,7 N R y = 638 ⋅ sin 43,6o + 702 ⋅ sin 202,6o + 450 ⋅ sin 307 o R y = −189,2 N Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL 5 arctan = 22,6 o 12 A 200 o arctan = 43,6 210 Adição de Forças pela Soma dos Componentes Exemplo (continuação): y A 84,7 N x 189,2 N R = Rx2 + Ry2 207,3 N ⇒ R = 207,3 N Ry θ = arctan Rx ⇒ θ = −65,9o Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL 65,9º Equilíbrio de uma Partícula Quando a força resultante equivalente de TODAS as forças concorrentes que atuam numa partícula é igual a zero, a partícula está em equilíbrio. F4 = 1800 N Polígono de forças Equilíbrio Polígono fechado F3 = 900 N F2 = 779,4 N Algebricamente o equilíbrior corresponde a r R =0 que em termos dos componentes retangulares pode ser expresso como Rx = ∑ Fx = 0 R y = ∑ Fy = 0 Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL A F1 = 1350 N Problemas que Envolvem o Equilíbrio de uma Partícula A maioria dos problemas que tratam do equilíbrio de uma partícula se enquadra em duas categorias: • Imposição: Imposição: quando algumas das forças que atuam na partícula são desconhecidas e se deseja saber quem são essas forças desconhecidas que garantem a condição de equilíbrio. Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL • Verificação: Verificação: quando todas as forças que atuam na partícula são conhecidas e se deseja saber se a condição de equilíbrio é ou não atendida. Problemas que Envolvem o Equilíbrio de uma Partícula Alguns problemas podem ser estabelecidos: • Quão resistentes devem ser os cabos? • Quão resistentes devem ser os fixadores das roldanas? • Quão fortes devem ser os operários? Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL Para identificação da situação física real do problema de equilíbrio faz-se um esboço conhecido como diagrama espacial. Para os problemas que envolvem o equilíbrio de uma partícula, escolhe-se uma partícula SIGNIFICATIVA e traça-se um diagrama separado, denominado de diagrama de corpo livre, mostrando essa partícula e todas as forças que atuam sobre ela. Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL Problemas que Envolvem o Equilíbrio de uma Partícula Problemas que Envolvem o Equilíbrio de uma Partícula B C 30º 50º TAB α TAB TAC TAC TAB TAB TAC THE THD TAC 50º A 30º Wcaixa Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL θ TChC TChB Problemas que Envolvem o Equilíbrio de uma Partícula Dois cabos estão ligados em C e são carregados tal como mostra a figura. Visando a especificação dos trechos de cabo AC e BC, determine as trações nos mesmos. Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL Exemplo: Exemplo: Problemas que Envolvem o Equilíbrio de uma Partícula Exemplo (continuação): Diagrama de Corpo Livre 36 arctan = 36,9o 48 C 60 arctan = 43,6o 63 2700 N Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL TBC TAC Problemas que Envolvem o Equilíbrio de uma Partícula y Exemplo (continuação): 43,6 o 36,9o C x 2700 N Rx = 0 ∴TBC cos 43,6o + TAC cos143,1o + 2700 cos 270o = 0 R y = 0 ∴ TBC sin 43,6o + TAC sin 143,1o + 2700 sin 270o = 0 0,724 ⋅ TBC − 0,800 ⋅ TAC = 0 TAC = 1981,8 N 0,690 ⋅ TBC + 0,600 ⋅ TAC = 2700 TBC = 2189,8 N Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL Imposição do Equilíbrio TBC TAC Problemas que Envolvem o Equilíbrio de uma Partícula Exercício Exercício:: 3,2 m 4,2 m γAÇO =77 kN/m3 L=40cm e=20cm O outro trecho de cabo deverá ser fixado em algum ponto na saliência da parede esquerda. Defina a posição do gancho à esquerda que levará ao menor custo com os dois trechos de cabo. Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL Para sustentar a obra afastada 4,0 m da parede direita, será empregado um arranjo de dois trechos de cabos, onde um dos trechos será fixado na horizontal num gancho pré-existente. 4,0 m 2,8 m No salão Funanestru, utilizado para exposições de artes suspensas, você irá apresentar sua grande obra (bloco prismático de seção hexagonal). 1,2 m