TICs E COOPERAÇÃO COM A UE: EVOLUÇÃO HISTÓRICA E PERSPECTIVAS DE FUTURO (Brasília, 06 de outubro de 2010) TADAO TAKAHASHI* LES/PUC-Rio *Com o apoio de Paulo Egler (BB.Bice.UnB) e Raul Martins (WSI/PUC-Rio) 1 Conteúdo Evolução Histórica Uma visão seletiva sobre como a cooperação em TICs entre o Brasil e a União Européia tem evoluído desde circa 1985. Perspectivas de Futuro Uma visão altamente pessoal sobre rumos possíveis para a cooperação, especialmente em software. 2 Evolução Histórica Ensaios de Cooperação (1985-1995) Em Engenharia de Software, projetos coletivos envolvendo grandes equipes e múltiplas instituições começam a se tornar regra: – Ambientes de Desenvolvimento de Software, – Sistemas Distribuídos, – Métodos Formais em Software. Brasil estabelece Acordos de Cooperação com outros países – Alemanha Ocidental – Argentina – França 3 Evolução Histórica (cont.) Ensaios de Cooperação (cont.) Grande Programa Ibero-Americano é lançado pela Espanha, com olhos em 1992: – Muitas viagens, muita conversa, etc. Internet começa a se difundir: – Reunião Continental com NSF, NASA, ESNet, etc. em San José de Costa Rica (1988), – Reunião de Redes Latino-Americanas no Rio de Janeiro (1991), – Brasil começa a se articular com a DFN (Alemanha Ocidental) e Red Iris (Espanha). Programa Multiinstitucional de Pesquisa (PROTEM-CC) é executado. 4 Evolução Histórica (cont.) Maturação (1996-2002) Grupos de pesquisa em TICs no Brasil consolidam modelo de cooperação: – intrainstitucional, – no País, e – com entidades no Exterior. SOFTEX-2000 se torna Fundação e implanta vários Núcleos no País e Cabeças-de-Ponte nos EUA, Europa e China. RNP se institucionaliza e cobre todo o País. Programa Sociedade da Informação é criado. 5 Evolução Histórica (cont.) Maturação (cont.) Cooperação com União Européia se espraia por várias frentes: – Programa ISI/Sociedade da Informação – Programa AL-INVEST – Programa @LIS – Programa URB-AL(I) Grande expansão do Mercado de TICs no Brasil, devido ao Setor de Telecomunicações. – Telefonica de Espanha – Portugal Telecom – Bell South – Telecom Italia 6 Evolução Histórica (cont.) Consolidação (2003-2009) Grande expansão no financiamento a P&D no Brasil, incluindo TICs. Grande impulso a Empreendedorismo no Brasil, incluindo TICs. Consolidação de Pólo Industrial de Manaus para Eletroeletrônicos. – Nokia – Toshiba – Samsung – LG – Sony Brasil estabelece Cooperação com União Européia como Região Independente. 7 Evolução Histórica (cont.) Consolidação (cont.) SBC define Grandes Desafios de pesquisa 2006-2016: – Gestão de informações em grandes volumes de dados multimídia; – Modelagem de sistemas complexos; – Transição de silício para novas tecnologias; – Acesso universal à informação para o cidadão; e – Sistemas ubíquos, escaláveis e confiáveis. 8 Evolução Histórica (cont.) Consolidação (cont.) Participação no FP6 9 Fonte: BB. Bice Evolução Histórica (cont.) Participação no FP6 (cont.) Enlaces em Países da UE Participant Country Name Number of Participants Participant Country Name Number of Participants Austria 23 Latvia 2 Belgium 57 Lithuania 5 Cyprus 2 Malta 2 Czech Republic 18 Netherlands 101 Denmark 39 Poland 30 Estonia 5 Portugal 25 Finland 16 Slovakia 5 France 131 Slovenia 8 Germany 153 Spain 124 Greece 34 Sweden 36 Hungary 17 United Kingdom 164 Ireland 20 Sum: 1.117 Italy 100 Fonte: BB. Bice 10 Evolução Histórica (cont.) Cooperação no FP7 (2007-2010) FP7 é estruturado em 4 Subprogramas: – – – – Cooperação, Idéias, Pessoas, Competências. Subprograma de Cooperação é dividido em dez áreas temáticas: – Saúde, – Alimentação, Pesca e Biotecnologia (KBBE), – Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), – Nanociência, Nanotecnologia e Materiais (NMP), – – – – Energia, Meio-Ambiente (ENV), Transporte Ciências Sócio-Ambientais e Humanidades (SSH), – Espaço (SPA), – Segurança. 11 Evolução Histórica (cont.) Cooperação no FP7 (cont.) Instituições brasileiras participam de projetos em todas as áreas exceto segurança. Taxa de sucesso é de 22,2% (Obs: medida européia é de 19%). Instituições que mais submetem projetos: – 1. USP – 2. UFRJ – 3. UNICAMP ... – 9. UnB 32% sucesso 45% sucesso 39% sucesso 33% sucesso Área com maior numero de projetos em execução: TICs (23,4%) 12 Fonte: BB. Bice Evolução Histórica (cont.) Cooperação no FP7 (cont.) Alguns Projetos Aprovados (Até Agosto 2010) 1. BB.Bice Escritório Brasileiro para UnB Ampliação da Cooperação com EU 2. EULARINET Redes de Pesquisa e Inovação Europa-América Latina MCT 3. Belief-II Construindo Infra-estruturas Eletrônicas Européias para Expandir Fronteiras – Fase II USP 4. GRIFS Fórum Global de Interoperabilidade RFID GS1 5. MEDNET Rede Latino-Americana de Atenção à Saúde SENAI, UFRGS (cont.) 13 Evolução Histórica (cont.) Cooperação no FP7 (cont.) (cont.) 6. FUTON Redes de Fibras Óticas para Comunicação de Rádio VIVO 7. EELA-2 Infraestrutura de e-Science Grid para Europa e América Latina UFRJ 8. DYNALEARN Ferramentas para Aquisição de Conhecimento Conceitual de Sistemas UnB 9. CILMI Inteligência Computacional em Estilos de Vida PUCRS 10. FORESTA Promovendo a Dimensão de Pesquisa em Acordos de C&T USP 14 Fonte: BB. Bice Perspectivas de Futuro Brasil é um País “Esquisito” e em Plena Evolução Setor de Telecomunicações chegando à maturidade. Classe C chega ao “Paraíso Virtual”. Educação é um Imenso Problema. 15 Perspectivas de Futuro (cont.) Crescimento Rápido de Telefonia Móvel Total de acessos de telefonia móvel no País comparados à população Pessoas 200 Divisão do Mercado Pós-pago 17,80% Celulares 200,0 193,2 180 160 140 Pré-pago 82,20% 120 100 Participação das Operadoras 80 60 Claro 25,40% 40 20 0 1995 Fonte: Anatel, Teleco e IBGE Infográfico / AE 2010 TIM 24,10% Vivo 30,20% 16 Outras 0,30% Oi 20,00% Perspectivas de Futuro (cont.) Setor de Telecomunicações em Queda? Receita líquida do setor de telecomunicações 80 70 US$ 68,8 bilhões Divisão do Mercado 60 Telefonia Fixa 27,60% 50 Telefonia Móvel 38,10% 40 30 20 1999 Fonte: Anuário Telecom Infográfico / AE 2009 Produtos 11,50% Serviços 22,80% 17 Perspectivas de Futuro (cont.) O Internauta da Classe C Comportamento já se assemelha aos das classes A e B Classes A e B Classe C Uso da WEB para procurar eletrônicos As Informações mais buscadas 52% 63% 66% 60% Uso de ferramentas de busca para encontrar lançamentos 43% 64% 33% 61% 30% 27% 15% 13% Interações As redes sociais são algumas das principais fontes de informação 45% Consideram a opinião de amigos sobre produtos Fotos e Vídeos Site de Fabricantes Site de Lojas Sites e fóruns de discussão 18 Fonte: Pesquisa TNS Research com 500 entrevistados Perspectivas de Futuro (cont.) Indicadores de Educação Taxa de abandono do ensino médio nos países do Mercosul / ano 2007 Brasil Pessoas de 18 a 24 anos com menos de 11 anos de estudo (tempo necessário para conclusão do ensino médio) e que não frequentam escola / ano 2009 10% Brasil Argentina 32,80% 7% Nordeste Uruguai 39,50% 6,80% Norte Chile* 36,20% 2,90% Centro-Oeste Paraguai 33,30% 2% Sul Venezuela 32,40% 1% Sudeste 27,20% *Chile como observador e Venezuela em processo de adesão Adolescentes de 15 a 17 anos que estão fora das salas de aula Brasil 14,8% Sul 17,1 % Centro-Oeste 16,7 % Norte 16,2% Nordeste 16 % Sudeste 12,2 % Proporção de pessoas de 18 a 24 anos de idade, economicamente ativas, com 11 anos ou mais de estudo / Brasil 1999 2009 Com 11 anos de estudo 21,7% 40,7% Com mais de 11 anos de estudo 7,9% 15,2% 19 Fonte: IBGE Perspectivas de Futuro (cont.) Pesquisa Cooperativa no País tem sido Estimulada com Institutos Nacionais de C&T 20 Fonte: CNPq Perspectivas de Futuro (cont.) Institutos Nacionais (cont.) Em 2008, o CNPq aprovou mais de 100 propostas de Institutos Nacionais, incluindo: – INCT sobre Educação, Desenvolvimento Econômico e Inserção Social (FGV/RJ, FGV/SP, UFCe, Penn State University, Princeton University, PSE/Ecole Normale Supérieure/France), – INCT sobre Energia e Desenvolvimento Sustentável na Amazônia (INPA/AM, UEAM, UFAM, USP, Cornell University, Columbia University, etc.), – INCT sobre Web Science (Obs: ver adiante). 21 Fonte: CNPq Perspectivas de Futuro (cont.) Institutos Nacionais (cont.) INCT - Instituto Brasileiro de Pesquisa em Ciência da Web PUC-Rio, UFRJ, UNICAMP, UFRN, RNP, DERI/IE, L3S Research Center/DE, University of Waterloo, LIPG/FR, LERO/IE) 22 Fonte: LES/PUC-Rio Perspectivas de Futuro (cont.) WEB Science Brasil (cont.) Uma Agenda de Pesquisa para a Ciência da Web Uma Visão com cinco dimensões: • Pessoas e Sociedade, • Tecnologias de Software para Aplicações na Web, • Gerenciamento dos Dados da Web, • Infraestrutura da Web, • Fundamentos da Ciência da Web. Fonte: Communications of the ACM July 2008 23 Perspectivas de Futuro (cont.) WEB Science Brasil (cont.) Dimensões de Pesquisa 24 Fonte: LES/PUC-Rio Perspectivas de Futuro (cont.) Televisão Digital Brasil se uniu ao Japão e definiu um Padrão para TV Digital que está se saindo bem na América Latina. O Mundo Segundo os Sistemas de TV Digital 25 Fonte: DVB Worldwide e ministérios das Relações Exteriores e das Comunicações do Japão Perspectivas de Futuro (cont.) TV Digital (cont.) Modelo de Referência do SBTVD Obs: Middleware GINGA é a grande contribuição do Brasil ao padrão. 26 Fonte: Produção Profissional, junho 2008 Perspectivas de Futuro (cont.) Tecnologias Abertas Brasil é grande usuário de Tecnologias Abertas. Brasil tenta inovar em Marco Regulatório: – para Direito Autoral, – para Propriedade Industrial. Brasil é considerado inovador no uso de Redes Sociais por parte de todos os segmentos da população. 27 Perspectivas de Futuro (cont.) Aplicações Nacionais Há grandes exemplos de sucesso na implantação de Aplicações Nacionais que sobrepassam limites de Exclusão Digital: – Declaração de Imposto de Renda, – Eleições Eletrônicas, – Automação Bancária, – Comércio Eletrônico. 28 Perspectivas de Futuro (cont.) Pólos de Desenvolvimento Há diversos Pólos de Desenvolvimento em TICs no Brasil, fora do eixo SP/RJ: – Recife, – Florianópolis, – Porto Alegre, – Manaus, – Belo Horizonte. Brasília tende a se tornar um grande Pólo em futuro próximo. UnB terá papel central nesse processo. 29 Perspectivas de Futuro (cont.) Observações Finais Os contextos e interesses da UE e do Brasil são bastante diferentes, e não necessariamente convergentes. As iniciativas em TICs tendem a ser de suporte à cooperação e não de P&D. Não há cooperação significativa em “software”. 30 FIM Tadao Takahashi [email protected] Tel: (21) 2540-6915 – Ramal 153 31