Guia de Estudos B
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
PARA O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
Tópico A – Competitividade e diversificação das economias baseadas no petróleo
Tópico B – Eficiência
Eficiência energética industrial e mudança climática
Victória Guilhon Martelotta Amalfi
Larissa Siqueira e Silva
Gabriel Henrique Salvador Groninger
SUMÁRIO
CARTA DE APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 3
POSICIONAMENTO DAS REPRESENTAÇÕES ................................................................ 4
PAÍSES-MEMBROS............................................................................................................ 4
MEMBROS OBSERVADORES........................................................................................ 38
USO DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS E SEUS EFEITOS CLIMÁTICOS ........................... 52
PRINCIPAIS FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEL E SUA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
................................................................................................................................................. 59
Energia solar ..................................................................................................................... 59
Energia eólica .................................................................................................................. 60
Biomassa ...........................................................................................................................62
Energia hídrica.................................................................................................................. 63
Energia nuclear ............................................................................................................... 64
OS ACORDOS INTERNACIONAIS NA ÁREA DE SUSTENTABILIDADE E
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ................................................................................................. 69
Clube de Roma (1968) ................................................................................................... 69
Conferência e Declaração de Estocolmo (1972) ...................................................... 69
Convenção de Viena e Protocolo de Montreal (1987) ............................................ 70
Rio-92 (1992) ....................................................................................................................71
COP 1 (1995)......................................................................................................................71
Protocolo de Kyoto (1997)............................................................................................. 72
Objetivos do Milênio (2000) ........................................................................................ 72
Rio+20 (2012) .................................................................................................................. 73
COP 20 (2014) .................................................................................................................74
OS PROJETOS DA ONUDI ................................................................................................. 77
Indústria Verde ................................................................................................................ 77
ONUDI e a Global Environment Facility (GEF) .......................................................... 77
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CARTA DE APRESENTAÇÃO
Olá, caros delegados!
É com imenso prazer que lhe damos as boas-vindas à FACAMP, ao nosso modelo
de simulações e ao nosso comitê. Foram muitos meses de empenho e muita dedicação
para que este trabalho se concretizasse e contamos com todo o esforço de vocês para
esta etapa final. O assunto abordado por este comitê é extremamente recente e de suma
importância para todos os países. Nesse sentido, esperamos que vocês elaborem soluções
para os problemas abordados, que discutam e entendam de fato as dificuldades dos
países em adotar políticas eficientes com resultado favorável em âmbito global.
Eu sou Victória Amalfi, estou no 5º ano de Engenharia de Produção na FACAMP e
sou a diretora deste comitê. Entrei em contato com o mundo das simulações quando
estava no segundo ano do ensino médio e me apaixonei, principalmente pela grande carga
de aprendizado que esses debates proporcionam, afastando-nos do senso comum.
Meu nome é Larissa Siqueira, estou no 3º ano de Relações Internacionais na
FACAMP e sou diretora-assistente deste comitê. Eu me interessei muito em participar do
FAMUN este ano, pois sempre gostei de debater e discutir seriamente assuntos
importantes. Esta é a minha primeira experiência com simulações, e, ao longo de todo o
processo, aprendi muito em cada uma das etapas deste trabalho. Por essa razão, espero
que vocês, delegados, possam aprender ainda mais. Divirtam-se e boa sorte a todos!
Meu nome é Gabriel Groninger, mais conhecido como Groninger, e sou diretorassistente deste comitê. Este é meu primeiro ano no curso de Relações Internacionais e foi
na FACAMP também meu primeiro contato com o mundo das simulações. Minha
expectativa para o FAMUN é continuar tendo novas experiências tão boas quanto esta, já
que tenho aprendido muito e conhecido pessoas interessantes. Então, mal posso esperar
para conhecê-los e aprender com vocês! Nós nos vemos em setembro!
Mais uma vez, damos as boas-vindas a vocês! Esperamos que os guias que
desenvolvemos sejam capazes de auxiliá-los em seus estudos; ficaremos muito contentes
em esclarecer qualquer dúvida que eventualmente apareça.
Esperamos ansiosamente pela chegada de vocês! Até setembro!
Victória Amalfi – Diretora
Larissa Siqueira – Diretora-assistente
Gabriel Groninger – Diretor-assistente
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POSICIONAMENTO DAS REPRESENTAÇÕES
PAÍSESPAÍSES- MEMBROS
Afeganistão (Estado Islâmico do Afeganistão)
O Afeganistão não tem uma indústria forte, portanto apresenta uma baixa
demanda por energia. Contudo, ainda necessita de combustíveis fósseis para
complementar sua demanda. O país se utiliza principalmente de suas pequenas reservas
de gás natural e petróleo localizadas ao norte para suprir essa necessidade de
complementação da produção de energia. Essa exploração, porém, não é suficiente para
abastecer o mercado interno, o que impossibilita a exportação. Além disso, a importação
de recursos se mostra muito custosa para o governo, o que limita o crescimento do país.
Porém, a descoberta recente de reservas de lítio pode incentivar investimentos externos,
principalmente de russos e chineses, o que pode alavancar a economia afegã, trazendo
projetos
de
cooperação
com
os
investidores
(US
ENERGY
INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 a).
Em relação às fontes energéticas renováveis, o Afeganistão aproveita os rios que
cortam seu território para produzir a maior parte da energia demandada, utilizando-se de
usinas hidrelétricas. Devido ao clima árido e à grande quantidade de montanhas, as áreas
agricultáveis são reduzidas. Com isso, um possível aumento da temperatura mundial
poderia representar um grande impacto ao país, já que essas pequenas áreas poderiam
ser afetadas, além da diminuição do volume de água que abastece suas hidrelétricas
(CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY, 2015 a).
África do Sul (República da África do Sul)
A economia sul-africana baseia-se principalmente na exportação de commodities
minerais, sendo a África do Sul a maior exploradora de platina, ouro e cromo do mundo.
Apesar dessa riqueza mineral do território, não se encontram grandes reservas de gás e
petróleo, porém, o país detém 95% das reservas de carvão do continente africano, sendo
esse mineral a sua principal matéria-prima na obtenção de energia nacional. Apesar das
dificuldades em suprir a alta demanda energética nacional, o país ainda exporta carvão,
principalmente para a Ásia, com destaque para a Índia. A demanda interna por petróleo é
suprida principalmente por importações vindas da Arábia Saudita e da Nigéria (US
ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 tt).
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Pelo fato de o país ter grandes reservas, o carvão é a principal matéria-prima na
obtenção de energia, representando 85% da produção total, o que torna a África do Sul a
maior poluidora do continente africano. Apesar das pressões de ambientalistas devido à
poluição do ar, da terra e dos mananciais, proveniente do uso do carvão, o governo sulafricano pretende aumentar o número de usinas de carvão para suprir a alta demanda
gerada pelo desenvolvimento do país. Porém, também existem projetos que buscam
energias limpas e/ou renováveis. 10% da geração de energia sul-africana são feitos por
hidrelétricas, e 4% por usinas nucleares. Ademais, o potencial eólico e solar pode ser
opção para essa diversificação. Um grande problema enfrentado pelo país é a falta de
água, já que a demanda por esse recurso tem crescido com o aumento da população.
Além disso, o grande trânsito de navios petroleiros que passam pelo litoral do país tem
deixado rastros de poluição e destruição ao longo da costa (CENTRAL INTELLIGENCE
AGENCY, 2015 dd).
Alemanha (República Federal da Alemanha)
Alemanha)
A Alemanha é a maior economia europeia e se mostra uma das mais
diversificadas do mundo. Entre os principais itens exportados, estão manufaturados e
derivados da indústria automobilística. Apesar da exploração de petróleo no mar do
Norte, o país é um dos maiores importadores de petróleo do mundo, sendo também um
dos maiores refinadores de petróleo bruto. A Alemanha não tem terminais de distribuição
de GNL (gás natural liquefeito), portanto, praticamente toda a distribuição de gás natural
é feita através de gasodutos, em sua maior parte vindos da Rússia, mas também da
Noruega e da Holanda (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 t).
Como as principais fontes energéticas da Alemanha são o petróleo, o gás natural e
o carvão, sua utilização tem contribuído para a poluição do ar e para a chuva ácida. Além
disso, o país é um dos maiores utilizadores de energia nuclear, porém, após o acidente do
reator da usina de Fukushima, no Japão, o governo alemão tem incentivado a diminuição
desse tipo de produção, não somente pelo risco de um vazamento, mas pela dificuldade
da eliminação do lixo radiativo produzido nas usinas. Como forma de diminuir esses
impactos ambientais, a Alemanha investe em diversas fontes alternativas de geração de
energia e é a maior produtora de energia solar e eólica da Europa (CENTRAL
INTELLIGENCE AGENCY, 2015 r).
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Angola (República da Angola)
Angola é a segunda maior exportadora de petróleo no continente africano. No
período entre 2002 e 2008, houve uma grande expansão da indústria petrolífera, que
atraiu diversos investidores internacionais. O país passou a exportar grandes
quantidades, principalmente para China, EUA e Índia. Porém, os consecutivos
crescimentos do PIB, por volta dos 15%, foram abalados com a crise de 2008, e a
consequente redução no consumo de petróleo mundialmente reduziu a receita angolana,
baseada quase que inteiramente na exportação desse produto. Isso comprova a
fragilidade da economia do país, que está muito vulnerável à flutuação do preço da
commodity (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 c).
Grande parte da produção de energia em Angola é realizada por usinas
hidrelétricas, que correspondem a 70% da produção total, e, até 2025, o governo
angolano planeja construir mais 15 usinas, por meio de investimentos estrangeiros.
Porém, a grande parte da população rural do país não tem acesso a essa energia e utiliza
principalmente a queima de madeira para a obtenção de energia doméstica, o que tem
gerado o desmatamento de florestas e a destruição de habitats naturais. Além disso, o
uso intensivo de práticas agrícolas rudimentares tem provocado a erosão de áreas
agriculturáveis, causando a desertificação de diversas regiões (CENTRAL INTELLIGENCE
AGENCY, 2015 c).
Arábia Saudita (Reino da Arábia Saudita)
Com a segunda maior produção e sendo a segunda maior detentora de petróleo
do mundo, a Arábia Saudita é a maior exportadora dessa commodity, comercializando-a
com diversos países, sendo Japão, China, Coreia do Sul, Índia, EUA e diversos países da
União Europeia os maiores consumidores. Pela grande importância do petróleo na
composição da balança comercial saudita, o país se mostra dependente da variação do
seu preço no mercado internacional, o que obriga o governo a buscar diversificar tanto
sua economia (sendo um grande investidor na indústria petroquímica) quanto sua matriz
energética, pois, quanto menos petróleo for gasto na produção de energia interna, mais
poderá ser negociado com outros países. Além disso, o país tem um dos maiores fundos
soberanos do mundo, proveniente dos royalties da produção e voltado principalmente
para adquirir participações acionárias em outras empresas (US ENERGY INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 rr).
Atualmente, o governo saudita planeja substituir a geração de energia feita por
meio de petróleo bruto para gás natural. Além disso, até 2032, pretende ser um dos
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maiores produtores de energia solar, devido ao enorme potencial do país, e também de
energia nuclear e outras formas alternativas de produção de energia. O país enfrenta
graves problemas relacionados à demanda de água, visto que existem poucos rios
perenes ou lençóis freáticos disponíveis para exploração, o que obriga o país a
desenvolver diversos projetos de dessalinização de água marinha. Além disso, a Arábia
Saudita sofre com a contaminação da sua costa, devido ao intenso fluxo de navios
petroleiros e do risco de possíveis vazamentos em estações de extração de petróleo
(CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY, 2015 bb).
Argélia (República Democrática e Popular da Argélia)
A Argélia é a maior exploradora de gás natural na África e terceira maior de
petróleo. Além disso, está atrás apenas da Rússia como maior fornecedora de gás natural
para a Europa. Suas exportações de petróleo rumam majoritariamente para os países da
União Europeia (em especial os banhados pelo Mediterrâneo), assim como para os EUA e
o Canadá. Basicamente toda a receita do país está baseada na exportação desses bens, o
que torna a diversificação econômica, o incentivo ao setor privado e a investimentos
externos, bem como a garantia de empregos os maiores obstáculos a longo prazo para a
economia argelina (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 b).
O principal método de obtenção de energia argelina é por meio do gás natural,
correspondente a praticamente toda a produção nacional. Porém, o país tem grande
potencial para a produção de energia eólica e, principalmente, solar, e o governo já fechou
contratos para a construção de algumas fazendas eólicas e para a compra de placas
fotovoltaicas. Pelo fato de ter refinarias de petróleo, a Argélia sofre com o despejamento
de produtos industriais usados nesse refinamento em rios e águas costeiras, o que
contamina a já baixa oferta de água do país. Além disso, práticas rudimentares de
agricultura e pecuária têm causado erosão nas pequenas regiões agriculturáveis e
provocado uma expansão do Saara, causando a consequente destruição dessas regiões
(CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY, 2015 b).
Argentina (República Argentina)
A economia argentina é pautada principalmente pela exportação de commodities,
principalmente provenientes do setor agropecuário, tendo baixa participação da atividade
industrial. Na questão de commodities energéticas, o país é um dos maiores exportadores
de petróleo bruto da América do Sul, e o principal rumo desse petróleo são os países sulamericanos, com destaque ao Brasil e ao Chile. Porém, observa-se a necessidade de se
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importar o petróleo refinado para suprir a necessidade interna, e grande parte é
comercializada com o Brasil e os EUA. Para diminuir essa dependência do refino
estrangeiro, o governo tem usado isenções fiscais para atrair capital estrangeiro para essa
área. Outro obstáculo para o desenvolvimento nacional é a oferta de energia insuficiente,
que obriga o país a importar energia dos países vizinhos (US ENERGY INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 d).
A maior parte da produção de energia da Argentina corresponde ao uso de gás
natural, sendo 51% da produção total, enquanto o uso de petróleo bruto representa 38%,
acompanhado pelo uso das usinas hidrelétricas. O país não tem projetos para aumentar a
diversificação da matriz energética, focando-se na utilização de combustíveis fósseis.
Justamente por isso, a Argentina apresenta altas taxas de poluição do ar e da água. Outro
problema ambiental do país é a arenização, que ocorre principalmente quando o solo
utilizado como pastagens é devastado pelo gado, formando grandes bancos de areia
(CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY, 2015 d).
Bangladesh (República Popular de Bangladesh)
Apesar do crescimento observado nos últimos anos, Bangladesh ainda pode ser
considerado um país agrário, já que metade de sua população está no campo. É um país
produtor de petróleo e gás natural, porém, essa produção se mostra insuficiente, já que o
país depende principalmente de combustíveis fósseis para suprir as necessidades da
população de mais de 150 milhões de habitantes. Isso pode ser observado pelo fato dos
diversos apagões os quais Bangladesh enfrenta recorrentemente, o que desestimula
qualquer investimento no setor industrial. Buscando suprir essa demanda, o governo
bengali procura aumentar as importações de gás e petróleo, tendo se aproximado
principalmente de empresas estadunidenses, como a Chevron. Bangladesh, no entanto,
também busca atrair investimentos externos por meio de incentivos fiscais para
concretizar projetos que não somente aumentem a eficiência da transmissão e
distribuição de energia, como também a exploração de fontes alternativas que garantam
uma forma limpa e, principalmente, confiável de se obter energia (US ENERGY
INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 e).
Além do uso dos combustíveis fósseis, que representa mais de 70% da produção
total, a obtenção de energia através da biomassa corresponde a um quarto da produção
total de Bangladesh. Porém, o país vem buscando diversificar sua matriz energética, e a
energia solar é uma das que mais crescem no país. Atualmente, mais de 15 milhões de
residências são abastecidas por placas solares. A busca for formas energéticas mais
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limpas se justifica pela preocupação do país com as questões climáticas. A fertilidade das
estruturas agrárias em Bangladesh depende principalmente das enchentes sazonais dos
inúmeros rios que cortam o país. Porém, devido às mudanças climáticas recentes, essas
enchentes têm se mostrado cada vez mais incontroláveis e têm trazido danos ao país.
Além disso, o aumento do nível do mar tem causado a salinização de terras
agriculturáveis e a diminuição de terras costeiras, que tendem a ser submergidas caso
esse aumento se mantenha (CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY, 2015 e).
Bélgica (Reino do Bélgica)
A Bélgica é uma grande importadora de recursos naturais, já que há uma escassez
desses recursos em seu pequeno território. Porém, é um país com uma indústria muito
diversificada, sendo um grande exportador de manufaturados (que são os principais
produtos na composição do PIB), principalmente para parceiros econômicos europeus.
Portanto, o país se vê muito dependente das variações da demanda mundial para esses
manufaturados, demanda essa que foi abalada pela crise de 2008. Apesar de não ter
reservas de petróleo, o país é um grande exportador de petróleo refinado, importando a
maior parte do petróleo bruto da Holanda, parceiro econômico dentro da União Europeia
(US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 f).
A estrutura energética também se mostra dependente da importação de petróleo,
já que metade da produção do país é oriunda de combustíveis fósseis. Porém, o país busca
diversificar sua matriz energética, sendo um dos maiores utilizadores de energia nuclear,
além de ter diversos projetos para a construção de parques eólicos ao longo de sua costa,
pois a porção continental do país já se mostra intensamente ocupada, tanto por cidades
como pelas zonas rurais. Essa alta concentração populacional tem causado uma enorme
pressão no meio ambiente local, porém, a poluição da água e, principalmente, do ar, tem
afetado não somente a Bélgica, como países vizinhos (CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY,
2015 f).
Bolívia (Estado Plurinacional da Bolívia)
A Bolívia se apresenta como uma grande produtora de petróleo bruto e gás
natural, sendo um dos países que mais têm crescido nos últimos anos na América do Sul.
A distribuição de gás natural se dá principalmente por gasodutos, como o GASBOL e o
YABOG, que levam gás para o Brasil e Argentina, respectivamente. Também exporta
petróleo bruto para países como Holanda e EUA. Entretanto, o país é um importador de
derivados de petróleo, vindos de países como Chile, Argentina e EUA. Historicamente, o
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país sempre foi muito fechado para investimentos externos, porém, as recentes quedas no
preço do petróleo, que abalaram a economia nacional, e as previsões de esgotamento das
reservas nacionais de petróleo têm obrigado o governo a fornecer atrativos para o capital
estrangeiro na busca de novas reservas, na intensificação das atividades em reservas
abandonadas ou até almejando formas de diversificar a economia. Entretanto, uma
preocupação refere-se aos conflitos entre essas empresas e tribos locais, que se
encontram em regiões preservadas, mas que têm potencial de exploração (US ENERGY
INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 g).
A maior parte da energia obtida pela Bolívia é proveniente de usinas movidas a
gás natural e hidrelétricas, porém, nas regiões mais afastadas, é comum o uso de madeira
para se gerar a energia necessária para aquecimento e para cozimento de alimentos, o
que gera uma certa pressão sobre a Floresta Amazônica. Além disso, a expansão da
agropecuária e a demanda por madeira tropical são outros pontos que aceleram o
desmatamento da floresta (CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY, 2015 g).
Brasil (República
(República Federativa do Brasil)
O Brasil é a maior economia da América Latina e, apesar de ser o país mais
industrializado dessa região, baseia sua atividade econômica principalmente na
exportação de commodities agrícolas e minerais, o que torna o país suscetível a variações
dos preços desses produtos no mercado internacional. Tendo uma alta produção e um
alto consumo de petróleo, o país busca intensificar as perfurações em alto mar,
principalmente após a descoberta do Pré-Sal, o que, de certa forma, compete com a busca
por fontes de energias limpas e/ou renováveis. Devido à menor capacidade das refinarias
brasileiras de processar o petróleo pesado (tipo preponderante nas reservas nacionais), o
país exporta esse petróleo, em geral para a China e os EUA, e importa derivados de
petróleo para suprir a demanda interna, principalmente dos EUA e da Índia (US ENERGY
INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 h).
A principal fonte de energia brasileira é a proveniente de usinas hidrelétricas,
seguida da queima de combustíveis fósseis. A obtenção de energia por meio de usinas
eólicas e, principalmente, de biomassa, também corresponde a uma porção significativa
da produção total. A obtenção de energia hidroelétrica tem sido recentemente ameaçada
devido à preocupante seca, sobretudo na região centro-sul, que diminui o fluxo de água
nas usinas e, consequentemente, a geração de energia. Outro problema ambiental
enfrentado pelo país é o desmatamento da floresta Amazônica, principalmente pela
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expansão de currais e fazendas, além da venda de madeira tropical (CENTRAL
INTELLIGENCE AGENCY, 2015 h).
Burkina Faso
O país tem um dos menores PIB per capita do mundo, sendo também muito pobre
em recursos naturais, principalmente energéticos, já que não há reservas de petróleo ou
gás em seu território. A economia burquinense é baseada na exportação de commodities
agrícolas e depende basicamente da flutuação do preço do ouro e do algodão, semelhante
àqueles que sofrem com a doença holandesa. A importação de petróleo é ínfima,
suficiente apenas para suprir a pequena demanda interna, e é feita principalmente em
parceira com o Níger (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 i).
A escolha energética é primariamente a queima de petróleo, que contribui para o
aumento de gases estufa e a geração de resíduos industriais. Para diminuir esse impacto
no meio ambiente, o governo burquinense busca investir em energia proveniente de
hidrelétricas e de usinas solares. Por estar localizado na faixa do Sahel, correspondente ao
avanço do deserto do Saara sobre regiões semiáridas, em virtude das mudanças
climáticas, Burkina Faso sofre com a perda de regiões agricultáveis e até de parques
nacionais, o que ameaça a biodiversidade da região (CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY,
2015 i).
Catar (Estado do Catar)
O Catar é o maior exportador de GNL (gás natural liquefeito) do mundo, e a
receita obtida com as exportações de commodities energéticas corresponde à grande
parte da receita total do país, o que o torna um dos países que mais cresceram nos
últimos anos. Visando à diversificação econômica, para que não se veja vulnerável em
relação à flutuação dos preços desses produtos, a política econômica catariana é focada
no desenvolvimento não associado ao gás natural e em aumentar o investimento privado
e estrangeiro em setores não energéticos, como na produção de manufaturados, na
construção civil e no mercado financeiro. Além disso, eventos como a Copa do Mundo,
que lá será realizada em 2022, abrem novas oportunidades de investimento e
desenvolvimento
econômico
para
o
país
(US
ENERGY
INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 pp).
Praticamente toda a energia do Catar é produzida a partir de usinas de gás
natural, porém, diversos projetos de usinas solares têm sido analisados. O país não
demonstra interesse no investimento de usinas nucleares ou de carvão. O grande
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problema ambiental, não somente do Catar, mas de toda a região, é a falta de água, que
vem se agravando devido à demanda resultante do crescimento populacional e industrial.
Para suprir tanto a demanda por energia quanto por água, o governo do Catar pretende
gastar US$ 22 bilhões em projetos de transmissão e distribuição de energia e em
instalações de dessalinização de águas marinhas entre 2014 e 2022 (CENTRAL
INTELLIGENCE AGENCY, 2015 aa).
Cazaquistão (República do Cazaquistão)
A economia do Cazaquistão é baseada na extração de recursos naturais, sendo o
petróleo o principal deles. O país é um grande exportador de petróleo leve, ou seja, de alto
rendimento e que permite a fabricação de produtos mais nobres. O escoamento da
produção é feito, em sua maior parte, por gasodutos, já que o país não tem costa, e o mar
Cáspio é a única opção marítima. Três quartos da produção cazaque seguem para a
Europa, 16% seguem para a China. O maior obstáculo no avanço da indústria petrolífera
do país é a insuficiente capacidade de exportação, que não consegue suportar as grandes
quantidades produzidas. Apesar dos melhoramentos no transporte portuário, ferroviário e
por gasodutos, o transporte aéreo e rodoviário ainda são precários no escoamento da
produção. Além dos transportes, o governo busca desenvolver e diversificar sua economia
em outros setores, já que reconhece a dependência nos setores extrativistas, procurando
investir na indústria farmacêutica, telecomunicações, petroquímica e processamento de
alimentos (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 cc).
A principal fonte de energia é o carvão, produto extraído pelo próprio país das
minas ao norte, que correspondem a mais de 80% da produção total. A segunda maior
fonte de energia é hidroelétrica, que corresponde a 13%. O país sofreu um dos maiores
desastres naturais da história, que foi o quase desaparecimento do mar de Aral, devido ao
desvio dos rios que o abasteciam para a irrigação de plantações de algodão, o que tornou
tempestades de areia algo recorrente na região. Além disso, a extração intensa de
recursos tem destruído paisagens e poluído tanto a água quanto o ar (CENTRAL
INTELLIGENCE AGENCY, 2015 u).
Chade (República do Chade)
A economia do Chade é extremamente dependente da exportação de petróleo,
que, juntamente com os lucros da pecuária e da venda de algodão, representam
praticamente todo o montante exportado por esse país. Já que o Chade não tem saída
para o mar, essa produção de petróleo é escoada principalmente através do oleoduto
12
entre Chade e Camarões. Além disso, a CNPC, empresa petrolífera semiestatal chinesa,
fechou acordos com o governo chadiano e explora boa parte do petróleo da região. Essa
extrema dependência da exportação de petróleo tem se mostrado um obstáculo na
industrialização do país, que está se especializando cada vez mais nesse setor e, portanto,
mais vulnerável a variações do preço do produto (US ENERGY INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 j).
Toda a energia do Chade é proveniente da queima de petróleo, porém, não
existem projetos de diversificação da matriz energética. O petróleo, aliado a um despejo
irregular de dejetos industriais, tem poluído o ar, o solo e os recursos hídricos da região, e
a disponibilidade de água potável é pequena. Outra questão ambiental importante é o
avanço do deserto do Saara, consequência do uso de técnicas rudimentares de
agricultura, que causam a erosão do solo e o aceleram esse processo (CENTRAL
INTELLIGENCE AGENCY, 2015 j).
Chile (República do Chile)
A economia do Chile é baseada na exportação de commodities agrícolas e,
principalmente, minerais, sendo o país um dos maiores exportadores de cobre do mundo.
Em virtude da dependência da exportação desse bem, que torna a economia vulnerável a
variações do seu preço no mercado internacional, o governo chileno criou o Fundo de
Estabilização Econômica e Social, cujos recursos são provenientes da venda do cobre.
Inicialmente, o fundo tinha como objetivo a reconstrução de áreas afetadas pelo
terremoto de 2010; porém, devido a pressões sociais, passou a ser destinado também
para a educação (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 k).
A geração de energia no Chile é baseada basicamente na queima de combustíveis
fósseis. Porém, o país não dispõe de reservas de petróleo e gás natural significativas,
dependendo da importação desses produtos. O petróleo bruto é importado de países sulamericanos, como Equador, Brasil, Colômbia e Argentina; já os derivados do petróleo são
provenientes principalmente dos EUA. A importação de gás é oriunda principalmente de
Trinidad e Tobago, Catar, Iêmen e Argentina (por meio de gasodutos) (US ENERGY
INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 k). Para diminuir essa influência dos
combustíveis fósseis estrangeiros, o país busca investir em fontes alternativas de
obtenção de energia, mas que, por enquanto, ainda são pouco eficientes. O grande
extrativismo vegetal e, principalmente, mineral causa um severo impacto no meio
ambiente, visto que a atividade nas florestas e nas minas tem destruído os habitats
naturais chilenos. O país também enfrenta problemas como a poluição do ar,
13
principalmente devido à atividade industrial e ao tráfico intenso de carros nas grandes
cidades (CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY, 2015 k).
China (República Popular da China)
A China é o país mais populoso do mundo e também o maior consumidor mundial
de energia. Devido a isso, ela é um dos principais atores dentro do ramo energético. Seus
principais parceiros comerciais são Arábia Saudita, Angola e Rússia. A China tem algumas
regiões produtoras de gás natural e de xisto, o que levou o governo a investir em novas
redes de distribuição. A principal fonte energética do país é o carvão, e esse consumo
corresponde a quase metade do consumo mundial (US ENERGY INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 l).
Com a extraordinária expansão econômica ocorrida nas últimas décadas, a
demanda por energia aumentou proporcionalmente. Contudo, a poluição chinesa atingiu
dimensões globais: 20 das 30 cidades mais poluídas do mundo são chinesas, devido ao
intensivo uso do carvão. Nesse sentido, a degradação ambiental atinge o ponto de ameaça
à qualidade de vida. Ocorrência de chuvas ácidas afetou pequena porcentagem de terra
fértil do país, além de contaminar as águas e destruir o ecossistema. Nesse sentido, a
China tem se tornado um grande investidor em recursos naturais fora de seu território,
realizando projetos de cooperação energética em países como o Brasil e Angola (US
ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 l).
Cuba (República de Cuba)
Apesar de produzir uma pequena quantidade de petróleo, o país insular de Cuba é
um importador dessa commodity, sendo toda a importação proveniente da Venezuela.
Essa exclusividade se justifica principalmente devido ao fato de que o embargo
econômico realizado pelos EUA, que limita as negociações de importação e exportação
cubanas, não é aceito pela Venezuela. A negociação do petróleo venezuelano é
geralmente feita por meio de acordos de intercâmbio de profissionais cubanos, em sua
maioria médicos. Porém, as recentes crises e a instabilidade venezuelana causaram uma
redução das exportações e obrigaram o governo cubano a encontrar outras formas de
suprir a demanda interna. Recentemente, diversas reservas marítimas de petróleo foram
encontradas ao norte da ilha, atraindo a atenção de diversas empresas estrangeiras;
porém devido à falta de tecnologia para se atingir essas reservas, a extração ainda não
está sendo realizada (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 m).
14
99% da produção cubana são realizadas a partir de combustíveis fósseis. Porém, o
governo projeta que, até 2030, 24% da produção nacional sejam feitas a partir de fontes
renováveis, principalmente por meio da biomassa, energia solar e eólica. O país apresenta
dificuldades no controle do desmatamento e na consequente perda de biodiversidade
crescente nas florestas nacionais. Além disso, a poluição das águas devido à falta de
saneamento básico apresenta um grande problema ambiental e social, diminuindo as
fontes de água potável para a população (CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY, 2015 l).
Dinamarca (Reino da Dinamarca)
A Dinamarca é muito dependente da energia obtida por meio de combustíveis
fósseis, que correspondem a mais da metade da energia produzida no país. Além disso, é
um dos maiores exploradores de petróleo da Europa, estando atrás apenas de Reino
Unido e Noruega. A Suécia é a principal consumidora do petróleo dinamarquês. Para não
se ver refém dessa única atividade econômica, a Dinamarca investiu na diversificação
industrial, tendo algumas das maiores indústrias farmacêuticas do mundo. Porém, o
melhor exemplo dessa diversificação refere-se aos investimentos tecnológicos no
agronegócio, que é responsável por 16% das exportações totais (CENTRAL
INTELLIGENCE AGENCY, 2015 m).
Além de ter os combustíveis fósseis como principal fonte de energia, a Dinamarca
é um dos países mais desenvolvidos tecnologicamente na área de obtenção de energia
renovável, tendo como destaque suas usinas eólicas. Mesmo assim, o país ainda
apresenta altas taxas de poluição do ar devido, principalmente, às suas usinas
termoelétricas e ao fluxo intenso de veículos nas grandes cidades. Outro problema
enfrentado pelo governo dinamarquês, muito pelas intensas atividades do agronegócio, é
a contaminação do solo e da água, devido a resíduos da pecuária e a pesticidas e
fertilizantes usados na agricultura (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015
n).
Egito (República Árabe do Egito)
O Egito é o maior produtor de petróleo africano não membro da OPEP
(Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e o segundo maior produtor de gás
natural do continente, estando apenas atrás da Argélia. Apesar de diversas novas
reservas serem descobertas, o governo egípcio não dispõe de recursos para ampliar sua
produção. Como resultado, o consumo interno de derivados de petróleo, que tem crescido
com o desenvolvimento do país, é suprido por importações vindas principalmente de
15
Turquia, Itália e Kuwait. O país ainda desempenha um papel econômico e geopolítico
importante, já que o Canal de Suez permite uma rota mais curta entre os mercados
consumidores norte-americano e europeu e as zonas de produção no Golfo Pérsico. Para
os navios que não podem navegar pelo canal, também há um oleoduto conectando um
terminal no Mar Vermelho a outro no Mar Mediterrâneo. Sem essas opções, a alternativa
seria a navegação ao redor da África, o que encareceria o preço do transporte e,
consequentemente do petróleo. As taxas de utilização do canal e do oleoduto compõem
uma porção significativa da receita nacional, ainda mais pela queda do turismo provocada
pela Revolução de 2011, que trouxe um cenário de instabilidade para o país (US ENERGY
INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 o).
As principais fontes energéticas no Egito são provenientes de combustíveis
fósseis, compondo 90% da produção total, sendo o restante suprido por hidrelétricas no
Nilo e seus afluentes. O país enfrenta recorrentes apagões em horários de pico ou em
estações do ano que demandam mais energia. Para suprir a demanda crescente, o
governo tinha como meta aumentar, até 2020, a produção de energias solar e eólica;
porém, devido a agitações políticas e sociais decorrentes da instabilidade do governo
vigente, essa ampliação e diversificação energética ficou em segundo plano. No entanto,
ainda há projetos de cooperação entre os países vizinhos para a venda do excedente
energético em horários de baixo consumo e compra em horários de pico. Como problemas
ambientais, o país enfrenta processos de desertificação sobre as áreas de plantio, que
aumentam a pressão sobre o rio Nilo, único rio perene do país. Além disso, o intenso fluxo
de navios, principalmente petroleiros, tem contaminado a costa egípcia (CENTRAL
INTELLIGENCE AGENCY, 2015 n).
Emirados Árabes Unidos
Os Emirados Árabes Unidos são um dos maiores produtores de petróleo e gás
natural do mundo e são membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP) e do Fórum dos Países Exportadores de Gás (GECF). Nesse país, o consumo de
petróleo é baixo diante da oferta, devido à abundância desse recurso. Como apresenta
taxas expressivas de produção e exportação de petróleo, o país sofre com as oscilações
do preço do petróleo e com as implicações da doença holandesa. Para fazer resolver esses
problemas, o emirado de Abu Dhabi dispõe de um dos maiores fundos soberanos do
mundo, o Abu Dhabi Investment Authority, que tem US$ 627 bilhões em ativos (“FUNDO...”,
2012; US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 bbb).
16
O maior problema ambiental do país é em decorrência da escassez de água. Para
suprir a demanda interna, o país tem usinas de dessalinização da água do mar. Contudo,
para realizar tal atividade, são emitidas toneladas de carbono na atmosfera e água
residual é gerada. Esse fator, somado à emissão de metais pesados pela queima de
combustíveis fosseis, faz com que o país seja um dos maiores responsáveis pela poluição
do mundo. Para refrear esses efeitos, os Emirados têm catalisado o capital do setor
privado e público para investir em novas técnicas de dessalinização. Nesse sentido, foram
desenvolvidos novos equipamentos que permitem reciclar as águas residuais geradas ao
fim do processo, além de recuperar as águas pluviais (KATZ, 2014).
Espanha (Reino da Espanha)
A Espanha é o quinto maior consumidor de energia na Europa e praticamente não
tem produção nacional de combustíveis líquidos ou gás natural. Devido à enorme
demanda do setor de transportes, a maior fonte energética utilizada é derivada do
petróleo. Ademais, é utilizado também gás natural, proveniente da Argélia, entregue por
uma rede de dutos submarinos, chamados Magrebe-Europa Gas Pipeline (US ENERGY
INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 vv).
Quanto às fontes de energia renovável, o país abastece uma significativa parcela
de sua demanda com energia eólica. Esta, somada à geração energética nas hidrelétricas,
correspondem a cerca de 30% da geração total de energia no país. Porém, desde a crise
de 2008, o país vem adotando subsídios à produção de carvão. São utilizados também
reatores nucleares, que forneceram, até o ano de 2012, cerca de 21% da geração de
eletricidade do país. Esses fatores ilustram que o país sofre com impactos ambientais e
mudanças climáticas, além das incertezas do alto risco de utilizarem recursos das
hidrelétricas e usinas nucleares (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015
uu).
Etiópia (República Federal Democrática da Etiópia)
Apesar de ter apresentado um grande crescimento no PIB nos últimos anos, a
Etiópia mantém-se dependente da exportação de bens primários, principalmente de
commodities agrícolas, sendo o café o principal produto na pauta de exportação. Porém, o
governo etíope tem buscado diversificar a economia, principalmente por meio da indústria
de manufaturados, têxtil e de produção de energia. A Etiópia apresenta grandes reservas
de petróleo em seu território, mas apresenta uma das menores taxas de exploração desse
recurso, tornando ocioso um grande potencial de exploração. O país ainda importa
17
pequenas quantidades de petróleo, principalmente da Arábia Saudita e do Sudão (US
ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 q).
Com isso, a demanda nacional por energia se mostra baixa, e a maior parte dessa
demanda é suprida por meio de hidrelétricas construídas em afluentes do rio Nilo. Porém,
o aumento da temperatura mundial pode diminuir o volume de água desse importante rio,
o que frustraria futuros projetos de represas e usinas. Outro motivo para a diminuição da
vazão do rio Nilo é a construção de diversos canais, a partir de sua vazão e de seus
afluentes, para a irrigação, podendo atingir uma condição irreversível. Além disso, outras
técnicas de uso desenfreado do solo têm gerado processos de erosão, que intensificam a
desertificação de regiões rurais (CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY, 2015 p).
Filipinas (República das Filipinas)
As Ilhas Filipinas apresentam um dos menores consumos de energia no Sudeste
Asiático e, apesar de exportarem pequenas quantidades de petróleo bruto, são uma
grande importadora de petróleo vindo principalmente de Arábia Saudita, Rússia e
Emirados Árabes Unidos. Para diminuir essa dependência em relação às variações do
preço do produto, o país busca diversificar a matriz energética e aumentar a exploração
na Baía de Palawan. Porém, as maiores reservas se encontram no Mar Sul da China, região
de intensa disputa por direitos de exploração de petróleo e gás natural, principalmente
entre China e outros países da região. Além disso, o país busca suprir a demanda por
derivados de petróleo de sua crescente economia industrial aumentando sua capacidade
de refinamento (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 oo).
A principal fonte energética filipina é petróleo, correspondente a 41% da produção
total, seguido de carvão, com 22%. O restante do consumo energético é de gás natural e
energias renováveis, cujo destaque é a geotérmica. O governo planeja estender e ampliar
a rede elétrica até 2030 em praticamente 70% para suprir a demanda, que vem
aumentando conforme a economia do país cresce. Porém, com a intensificação das
relações comercias do país, o meio ambiente, em especial o marinho, tem sofrido graves
impactos devido à grande circulação de navios ao redor das Ilhas Filipinas, que causam a
destruição dos de recife e manguezais, ambos muito importantes para a preservação da
vida marítima. Além disso, o crescimento sem controle de grandes centros urbanos tem
causado grande pressão em florestas e mananciais, já que essa expansão urbana não é
acompanhada de saneamento básico adequado (CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY,
2015 z).
18
Finlândia (República da Finlândia)
A Finlândia é uma grande importadora de petróleo, já que não tem reservas em
seu território e compra esse recurso principalmente da Rússia e da Noruega. Porém,
apesar de não dispor de reservas energéticas, é uma grande detentora de importantes
recursos naturais, como minerais metálicos e madeira, sendo um exemplo na exploração
sustentável desses bens, já que o país é um dos que mais investem na preservação do
meio ambiente e na proteção da biodiversidade. A partir da exploração consciente desses
recursos, o país desenvolveu uma economia baseada na indústria, principalmente por
meio das madeireiras e metalúrgicas; as telecomunicações, por meio da Nokia, também
têm destaque. Portanto, o caso finlandês é um ótimo exemplo de como o uso sustentável
dos recursos naturais alavancaram a economia, ao invés de inibir o desenvolvimento
econômico (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 r).
O país tem buscado diminuir sua dependência em relação aos combustíveis
fósseis ao desenvolver fontes alternativas de energia, por meio de usinas nucleares e
hidroelétricas, que representam, juntas, um terço da produção nacional. O aquecimento
global tem acometido o país seriamente na questão do derretimento das calotas polares e
dos cumes de montanhas, o que tem afetado a biodiversidade local. Devido ao recente
derretimento de certas partes do Ártico, uma nova região para a exploração de petróleo,
gás, minérios e peixes se abriu para a Finlândia e para os países com território dentro do
Círculo Ártico, o que, por sua vez, trouxe maiores preocupações acerca da preservação de
um ecossistema tão frágil (CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY, 2015 q).
Gana (República da Gana)
Há poucos anos, a produção de energia de Gana dependia basicamente do
transporte de gás vindo da Nigéria através do WAGP (West African Gas Pipeline Gasoduto Oeste Africano), porém, após a descoberta de gás e petróleo na reserva de
Jubilee, em 2007, o país tem buscado sua autossuficiência energética. Essa necessidade
ficou mais evidente no período de agosto de 2012 a julho de 2013, quando os danos no
setor togolês do gasoduto prejudicaram a distribuição, obrigando Gana a obter fontes
mais confiáveis de abastecimento. Além disso, o governo ganês busca parcerias com
companhias internacionais para intensificar a indústria petrolífera, como o projeto de
reativação da única refinaria do país juntamente com a PetroSaudi, e o projeto de
comercialização do gás da reserva de Jubilee, sendo financiado principalmente pelo Banco
de Desenvolvimento Chinês. A economia do país, antes baseada quase que
exclusivamente na exportação de ouro e cacau, agora passa a depender também da
19
variação do preço do petróleo, e a recente queda nos preços do produto influenciou
negativamente nas projeções de crescimento do país (US ENERGY INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 u).
Os combustíveis fósseis correspondem a dois quintos da produção total de
energia, enquanto o restante é suprido por hidrelétricas. Uma grande porção desse
consumo de combustíveis fósseis se dá por meio da queima de lenha em regiões mais
afastadas, o que contribui para o processo de desmatamento das florestas ganesas. Além
disso, a poluição, devido ao despejo indevido de resíduos nos rios, diminui a quantidade
de água potável disponível, gerando crises de escassez desse bem em todo o país
(CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY, 2015 s).
Guiné Equatorial (República da Guiné Equatorial)
A economia da Guiné Equatorial depende quase que totalmente da venda de
commodities energéticas, que representaram 99% da receita de exportação em 2011 e
tiveram como principais destinos o Japão, a França e a China. Devido a essa dependência,
a queda recente nos preços do petróleo impactou muito negativamente o país, que
chegou a ter taxas de crescimento negativas em alguns trimestres. Apesar disso, não há
desenvolvimento de setores não relacionados aos hidrocarbonetos, já que o foco do
governo guinéu-equatoriano é aumentar a produção atual. O país não tem nenhuma
refinaria, importando derivados de petróleo principalmente da Costa do Marfim e de
Camarões. Os principais investidores na exploração de petróleo nacional são empresas
estadunidenses; porém, empresas europeias e chinesas têm competido nesse mercado
que ainda apresenta potencial para crescimento (US ENERGY INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 p).
O país tem grande potencial para a construção de usinas hidrelétricas, que
configuram o principal meio de obtenção de energia nacional. Porém, a rede energética da
Guiné Equatorial se mostra precária na questão de infraestrutura, não abrangendo toda as
regiões e, quando presente, apresentando constantes apagões. Isso tem obrigado as
populações mais afastadas a produzir suas próprias formas de obtenção de energia,
geralmente a queima de madeira. Isso tem aumentado a pressão sobre as florestas do
país, já que esse desmatamento afeta a biodiversidade local. Além disso, a falta de um
sistema de saneamento básico tem poluído diversos rios e mananciais, o que, aliado à
precariedade dos sistemas de fornecimento de água, diminui cada vez mais a
disponibilidade de água potável, representando um problema ambiental e social para o
país (CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY, 2015 o).
20
Índia (República da Índia)
A Índia, apesar de ter notáveis reservas de combustíveis fósseis, não consegue
satisfazer a demanda interna. Isso leva a uma insuficiência de geração de energia e de
capacidade de transmissão, que traz como consequência a escassez de energia elétrica,
acarretando apagões. Nesse sentindo, o país é um grande importador de petróleo bruto,
gás natural e carvão, vindos principalmente da Arábia Saudita e Iraque. Como forma de
diversificar sua economia, o país vem investindo em pesquisa e desenvolvimento de novos
equipamentos e produtos sustentáveis, de baixo custo, para que sejam acessíveis e
economicamente viáveis (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 v).
Em relação aos problemas ambientais, a poluição atmosférica – vinda da enorme
frota de automóveis, do setor de transporte e da queima de combustíveis fósseis – e a
contaminação das águas, consequência da falta de estruturas de filtração, captação e
tratamento de esgoto – são os fatores mais alarmantes. Devido ao desenvolvimento
industrial desregulado, mesmo com cerca de 70% da população em zonas rurais, os
impactos ambientais atingiram centenas de pessoas na costa, com constantes enchentes,
que já mataram 6 mil pessoas desde 2011. O uso de energias renováveis no país ainda é
inexpressivo: apenas 1% do consumo total de energia é vindo de usinas nucleares e 3% de
hidrelétricas (WORLD BANK, 2013).
Indonésia (República da Indonésia)
A Indonésia tem como fonte primária de energia o petróleo, que corresponde a
cerca de 36% do consumo total de energia no país. Em 2009, o país saiu da Organização
dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), pois sua produção de petróleo, comparada a
produção de outros países, apresentou números insuficientes. Atualmente, o país
necessita importar petróleo refinado, e seus principais parceiros são Arábia Saudita e
Nigéria. Contudo, o país ainda apresenta um volume considerável de exportações de
petróleo bruto, que tem como principal destino o Japão (US ENERGY INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 w).
A utilização de combustíveis fósseis e a desregulamentação de normas
internacionais para sua produção e refino levaram o quadro ambiental do país a um
estado alarmante. É o caso da poluição do rio Citarum, que apresenta níveis elevadíssimos
de metais pesados, como chumbo, magnésio entre outros dejetos industriais e
domésticos que não recebem tratamento e são despejados diretamente no rio. O mais
alarmante é que esse rio abastece cerca de 80% da população. Para solucionar essa
21
questão, o governo indonésio pretende investir cerca de 3,5 bilhões de dólares para
recuperar o rio. Apesar de o país utilizar energia geotérmica, tal setor ainda é pouco
desenvolvido (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 w).
Irã (República Islâmica do Irã)
O Irã tem a quarta maior reserva de petróleo bruto do mundo e a segunda maior
reserva de gás natural. Juntas, elas suprem 98% da demanda de energia do país. Devido
ao fato de a economia ser baseada na exportação de petróleo, os efeitos da doença
holandesa atingem o país em maior grau, e, como medida de diversificação econômica, o
Irã buscou investir em novas fontes renováveis de energia. A produção de petróleo e gás
dos iranianos é feita prioritariamente pelas empresas nacionais estatais, pois está
declarado na Constituição do país que não é permitida a apropriação de recursos naturais
nacionais por estrangeiros ou por instituições ou organizações privadas. Porém, há o
adendo de que outras empresas podem auxiliar nos processos de exploração e
desenvolvimento se o governo estiver de acordo (US ENERGY INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 x).
Devido à extração do petróleo, há um histórico de inúmeras degradações
ambientais, que afetam diretamente a qualidade do solo, comprometem a agricultura e
contaminam alimentos e reservas subterrâneas de água. O gás natural, elemento mais
utilizado para atender a demanda interna do país, contribui para a contaminação do ar e
alterações climáticas. O governo iraniano declarou, em 2003, que construiria novas
plantas de usinas nucleares no país e que elas entrariam em funcionamento dentro de 15
anos após o início das obras. Contudo, sanções internacionais impostas ao programa
nuclear do país inviabilizaram o desenvolvimento dessa nova fonte energética (US
ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 x).
Iraque (República do Iraque)
As reservas de petróleo do Iraque correspondem a cerca de 18% de todo o petróleo
bruto existente no Oriente Médio e a quase 9% do total mundial. Ademais, o país dispõe de
grandes reservas de hidrocarbonetos ainda inexploradas em virtude de complicações
geográficas. Como acontece na maioria dos países do Oriente Médio, a questão da
infraestrutura e
as
disputas
políticas
representam
um
grande
empecilho ao
desenvolvimento da exploração do petróleo. O maior importador do petróleo e gás
iraquianos é a China, que corresponde a 22% do total exportado pelo Iraque, atrás da Índia,
com 19%. Além disso, o país sofre com as instabilidades macroeconômicas vindas do preço
22
do petróleo, uma vez que grande parte de sua renda nacional depende da exportação desse
recurso (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 y).
Hoje, o Iraque é um dos países que mais poluem o meio ambiente pela queima de
gás. Por essa razão, o país sofre com as mudanças climáticas, como o aumento da
temperatura e contaminações ambientais. Para solucionar essa questão, o país está
desenvolvendo planos de longo prazo para incorporar novas fontes de energia, como eólica
e solar (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 y).
Israel (Estado de Israel)
Israel é um grande importador de petróleo bruto no Oriente Médio, negociando
principalmente com países como Arábia Saudita e Angola. Apesar dessa dependência do
petróleo na sua forma bruta, o país, por meio de suas refinarias, não apenas abastece sua
demanda interna por derivados de petróleo como também os exporta, principalmente
para Turquia e Europa. Porém, esse quadro de importador de petróleo e também de gás
natural pode se alterar na próxima década, devido a descobertas de reservas dessas
commodities na costa israelense. Apesar de não serem grandes, as reservas têm o
potencial de suprir a crescente demanda nacional por energia e ainda permitir que o país
exporte
esses
recursos
nos
próximos
anos
(US
ENERGY
INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 z).
A principal fonte energética utilizada em Israel é o carvão, mas o governo planeja
substituí-lo pelo gás natural de suas novas reservas, o que diminuiria as taxas de poluição.
O país também tem um grande potencial para energia solar, a principal fonte renovável a
ser buscada para a diversificação energética, que se mostra necessária muito em função
dos altos índices de poluição do ar produzido não somente por essas termoelétricas
movidas a carvão, mas também pelas indústrias e pela emissão de gases dos automóveis.
Outro problema é a pouca disponibilidade de água, já que o único rio perene do território
é o Jordão. Esse problema se agrava ainda mais pela contaminação do solo e dos lençóis
freáticos devido a fertilizantes e pesticidas utilizados nas plantações israelenses, que
diminuem a quantidade de água potável disponível (CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY,
2015 t).
Itália (República Italiana)
Italiana)
A Itália é a maior importadora de petróleo bruto e gás natural no continente
europeu. Depois da Alemanha, a Itália tem o maior centro de refinamento da Europa e,
devido a essa capacidade, exporta produto refinado. Além disso, a demanda interna por
23
petróleo vem caindo, uma vez que o consumo doméstico nos últimos anos passou a dar
preferência ao uso do gás natural importado da Argélia e da Rússia. A Itália tem projetos
de cooperação com os países dos quais importa petróleo, como ocorre no âmbito da
União Europeia, que criou o Fundo Global de Eficiência em Energia Renovável, que tem o
objetivo de servir como um fundo de inovação, que catalisa o capital do setor privado para
investir em projetos de energia limpa. Ademais, o fundo visa a tornar essas novas fontes
acessíveis aos PEDs (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 aa;
PIEBALGS, 2015, p. 112).
Devido à queima de combustíveis fósseis, o país sofre com as alterações
climáticas – relacionadas à emissão de gases tóxicos e metais pesados e à queima de
hidrocarbonetos – e com a degradação ambiental. Apesar de não fazer grandes
investimentos em energias renováveis, o governo criou um Projeto Nacional de
Estratégias para Energia, que busca desenvolver fontes renováveis, de modo que essas
correspondam a 23% do consumo total até 2020. Desde 2012, o setor de energias
renováveis cresce cerca de 13% ao ano (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION,
2015 aa).
Japão
O Japão tem a maior demanda mundial por gás liquefeito, além de importar
grandes quantidades de petróleo e carvão. O país é o terceiro maior consumidor de
petróleo do mundo e depende muito das importações para suprir as necessidades
energéticas domésticas, uma vez que seus recursos internos são extremamente limitados.
Por isso, o governo incentiva as empresas nacionais a investir em projetos de exploração e
desenvolvimento nos países com maiores recursos disponíveis, para garantir
mantimentos
duráveis
à
nação
japonesa
(US
ENERGY
INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 aa).
O Japão tem a terceira maior produção energética nuclear do mundo. Embora o
governo tivesse decidido abandonar seus recursos nucleares e importar a energia
necessária ao consumo após o acidente em Fukushima, atualmente, julga necessário
voltar a utilizar a energia nuclear como medida de urgência, em virtude dos elevados
preços dos combustíveis fósseis vis-à-vis sua demanda doméstica e industrial. A
diversificação energética é pauta principal do governo, que pretende diminuir o uso de
combustíveis fósseis no setor de transportes por meio do desenvolvimento de novas
tecnologias. Atualmente, o país é um dos maiores investidores em novas pesquisas e
colaboradores do intercâmbio de novas técnicas e equipamentos sustentáveis. Outro
24
fator importante a ser ressaltado é que o país tem um fundo soberano, que é utilizado
como uma ferramenta financeira, minimizando as consequências da oscilação dos preços
do petróleo (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 bb).
Kuwait (Estado do Kuwait)
O Kuwait detém a sexta maior reserva de petróleo do mundo e é um dos 10
maiores produtores e exportadores mundiais de petróleo. Em decorrência desse papel, o
país sofre com os efeitos da doença holandesa, que deixa a economia à mercê das
variações bruscas do preço do petróleo. Para lidar com essa questão, o país tem um dos
maiores fundos soberanos do mundo, que possibilita que o Kuwait realize investimentos
financeiros por meio dos recursos provenientes da exportação de commodities, tendo
como objetivo principal amenizar os efeitos da flutuação dos preços do petróleo nas
esferas produtivas de uma economia (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION,
2015 ee; XAVIER JUNIOR, 2014).
O país é um dos maiores emissores de gás carbônico do mundo. Por essa razão, as
mudanças climáticas e contaminações ambientais são pauta de extrema importância para
o governo kuwaitiano. Nesse sentido, em cooperação com os governos dos países do
Golfo (Emirados Árabes, Catar, Bahrein, Arábia Saudita e Omã), foi selado um acordo de
integração no âmbito do Conselho de Cooperação do Golfo, segundo o qual buscarão criar
uma rede de energia que interligue toda a região e, futuramente, o norte da África, com o
intuito de amenizar os impactos ambientais desses países e diversificar a matriz
energética (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 ee).
Líbia (Estado da Líbia)
Líbia)
A Líbia detém a maior reserva de petróleo no continente africano. Por não ter
infraestrutura de refinamento, o país exporta cerca de 80% do seu petróleo bruto, sendo
os países europeus seus maiores destinatários. Ademais, o país tem um gasoduto,
chamado Greenstream, que conecta diretamente Líbia e Itália para exportação de gás
natural. Nesse sentido, no âmbito da União Europeia, o governo líbio fechou acordos de
cooperação no ramo energético. Devido à sua condição primário-exportadora, a economia
do país fica vulnerável às oscilações do preço do petróleo, sofrendo, assim, com os efeitos
negativos da doença holandesa, em dimensões macroeconômicas. Ademais, em virtude
dos conflitos políticos que atingem a Líbia desde 2011, colocando-a em uma condição de
guerra civil, a consolidação de estratégias de diversificação econômica é dificultada (US
ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 ff).
25
Em função da exploração do petróleo e do uso de combustíveis fósseis, mudanças
climáticas e degradações ambientais atingem o país. Para contornar a situação, o governo
tem investido no uso de energia solar. Contudo, esta ainda representa uma porcentagem
marginal do consumo do país. Para isso, o governo líbio selou uma série de projetos de
cooperação no âmbito da União Europeia para que novos investimentos sejam feitos no
país (COMISSÃO EUROPEIA, 2014).
Malásia (Federação da Malásia)
A partir de 1970, graças a investimentos externos, a Malásia deixou de ser um país
produtor de matérias-primas e tornou-se uma grande força regional, tanto no setor de
manufaturados quanto na área de commodities energéticas. A exportação de produtos
como petróleo e gás (correspondente a 29% da receita do país em 2014) se mostrou
determinante no progresso econômico nacional, mas também configurou uma certa
dependência da flutuação do preço desses produtos no mercado internacional. Para
contornar os efeitos negativos dessa flutuação, o governo almejou uma maior
diversificação econômica, principalmente nas áreas de manufaturados e commodities
minerais e agrícolas, buscando menor dependência de empresas estatais vinculadas ao
petróleo, como a Petronas (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 gg).
Essa diversificação também se mostra necessária no âmbito energético, já que
90% da produção são provenientes de combustíveis fosseis. Como a Malásia está
localizada em uma região constantemente abalada por desastres naturais, as mudanças
climáticas têm se mostrado determinantes, pois eventos climáticos que, anteriormente,
podiam ser de certa forma previstos, mostram-se cada vez mais imprevisíveis e
catastróficos quando atingem regiões habitadas. Pode-se citar o tufão Haiyan, que atingiu
as Filipinas, país muito próximo à Malásia, e deixou milhares de mortos e desabrigados
(CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY, 2015 w).
Marrocos (Reino de Marrocos)
O Marrocos é um país muito dependente da importação de petróleo, já que a
produção interna realizada nas poucas reservas nacionais se mostra inferior à demanda
nacional, que tem crescido conforme o país se desenvolve. O país se beneficiou com a
queda do preço do petróleo no ano passado, porém, busca diminuir essa dependência. A
meta será buscar, até 2020, meios de aumentar, para 40%, a participação de energias
renováveis na composição da produção de energia nacional. Hoje, a principal fonte
alternativa do país é a hidroelétrica, correspondente a 22% da produção total, e a
26
produção feita por meio de combustíveis fósseis hoje é de 73% (US ENERGY
INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 ii).
Por estar localizado no deserto do Saara, Marrocos não dispõe de vastas áreas
agriculturáveis, portanto o seu uso intenso provoca a degradação desse solo, que, aliada
ao aquecimento global, tem acelerado o processo de desertificação e provocado secas
nessas áreas. Além disso, devido ao intenso fluxo de navios no estreito de Gibraltar,
diversas regiões costeiras se mostram afetadas pelo rastro de contaminação desses
navios (CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY, 2015 x).
México (Estados Unidos Mexicanos)
O México é o terceiro maior produtor de petróleo das Américas, somente atrás
dos Estados Unidos e Canadá. A exportação dessa commodity é um fator importantíssimo
de composição da renda nacional, representando cerca de 13% a 16% do total. Em
decorrência disso, o México sofre muito com as oscilações do preço do petróleo. Quanto
ao consumo energético, o petróleo representa mais de 54% do consumo total, seguido
pelo gás natural, com cerca de 36%. Contudo, as reservas de petróleo no México estão
em uma trajetória decrescente, o que leva a uma constante diminuição da produção. Isso
faz com que a busca pela diversificação econômica se torne ainda mais importante. Dado
que cerca de 30% da renda nacional têm origem no petróleo, o país dispõe de um fundo
soberano, chamado Oil Income Stabilization Fund, que disponibiliza cerca de US$ 1,5 bilhão
com o objetivo de contenção a esses efeitos negativos que impactam a economia (US
ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 hh).
Em virtude da queima de combustíveis fósseis, o México sofre com constantes
ocorrências de chuvas ácidas, que afetam diretamente a qualidade da água, do solo e do
ecossistema. Energias renováveis representam apenas 3% da geração de energia em todo
o território mexicano, e, por isso, o governo vem investindo em vários projetos eólicos, já
em desenvolvimento na Baixa Califórnia e sul do México. Recentemente, o governo da
Cidade do México, capital do país, implementou o “Projeto Verde”, que criou políticas
públicas locais sustentáveis e economicamente viáveis. Nesse projeto, houve a
implementação de rodízios dos automóveis, aquecimento solar nos prédios públicos,
políticas de uso de resíduos sólidos para a geração de energia elétrica, investimentos no
ramo civil-imobiliário, com a construção de casas de plástico e a construção de áreas
verdes (ARAÚJO, 2013).
27
Moçambique
Moçambique (República de Moçambique)
Moçambique é um dos países da África Subsaariana que mais crescem. O país
tem a terceira maior reserva de gás natural no continente, apenas atrás de Nigéria e
Argélia. Entretanto, a produção nacional ainda não é muito elevada, em razão da precária
infraestrutura, tanto no escoamento da produção quanto no armazenamento do gás, mas
apresenta grande potencial para crescimento. Além disso, grandes reservas de petróleo
foram descobertas no país e atraíram a atenção de diversas empresas estrangeiras. A
África do Sul é o principal consumidor do gás moçambicano, que é escoado através de um
gasoduto entre os países. (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 jj).
A demanda moçambicana por derivados de petróleo é suprida principalmente por
exportações vindas do Bahrein, dos Emirados Árabes Unidos e do Reino Unido. Apenas
uma pequena parte da população de Moçambique tem acesso à rede de energia nacional,
alimentada principalmente por hidrelétricas. Porém, o país tem um grande potencial para
energia termoelétrica a carvão, já que as usinas poderiam ser abastecidas pela produção
das jazidas nacionais, caso houvesse investimentos na infraestrutura de distribuição
desse minério. O restante da população que não tem acesso a essa rede busca métodos
caseiros de obtenção de energia, principalmente por meio da queima de madeira, carvão
vegetal e resíduos agrícolas. O país também enfrenta graves secas, que aceleram o
processo de desertificação em regiões agriculturáveis. Outro grande problema é a caça ao
elefante para a obtenção do marfim, o que pode levá-lo à extinção e afetar negativa e
irreversivelmente uma complexa biodiversidade (CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY,
2015 y).
Nigéria (República Federal da Nigéria)
A Nigéria apresenta a segunda maior reserva de petróleo da África, além de ter
reservas de gás natural. O petróleo e o gás representam, juntos, cerca de 75% das
receitas do governo e 95% do contingente total das exportações. Porém, sua estrutura
industrial dentro desse setor é limitada, e a economia é extremamente vulnerável a uma
queda brusca dos preços do petróleo. Para lidar com essa questão, o governo tem um
fundo soberano de riqueza, que garante maior mobilidade de investimentos e funciona
como uma ferramenta de controle sobre os efeitos macroeconômicos da flutuação dos
preços do petróleo (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 ll).
A precariedade de infraestrutura e a falta de manutenção dos navios cargueiros
causam vários impactos ambientais, especialmente relacionados ao derramamento de
petróleo. Assim, o país sofre com sérias contaminações ambientais e alterações
28
climáticas, que impactam na vida cotidiana da população. Isso ocorre devido à poluição da
água, do solo e do ar, que dificulta as atividades como a pesca e o plantio. Esses efeitos,
somados à queima de gás, repercutem em tensões entre as comunidades locais e
companhias petrolíferas internacionais que atuam no território nigeriano (US ENERGY
INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 ll).
Noruega (Reino da Noruega)
A Noruega é a maior produtora de petróleo da Europa e uma das maiores
fornecedoras de gás natural no mundo, principalmente, aos países europeus. Nesse
sentido, a Noruega é atingida com os efeitos da doença holandesa; contudo, em
decorrência da sua diversificação industrial e independência da matriz energética vinda
do petróleo – pelo uso de energias renováveis –, assegura ao país menores impactos na
economia e na sociedade. Ademais, o país tem um dos maiores fundos soberanos do
mundo, que corresponde a cerca de US$ 40 bilhões e que usa os recursos provenientes da
comercialização de combustíveis fósseis para criar uma poupança a ser usada em
períodos
de
instabilidade
macroeconômica
(US
ENERGY
INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015, mm).
O país é um exemplo mundial de como gerir e administrar os problemas
ambientais através do uso de energias renováveis. Nesse sentido, o ar é pouco poluído
devido a usinas hidrelétricas, que são responsáveis por 97% da eletricidade produzida na
Noruega. Outro fator que contribui para o cenário positivo do meio ambiente norueguês é
a gestão eficiente dos resíduos, tanto orgânicos como inorgânicos, para a geração de
energia. Além disso, o país auxilia, por meio de vários projetos, os PEDs a alcançarem
maior eficiência energética, com menores danos ambientais e climáticos, sem que a
economia seja prejudicada (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 mm).
Países Baixos (Reino dos Países Baixos)
Os Países Baixos são um dos maiores produtores e exportadores de gás natural da
Europa. Ainda assim, é utilizado petróleo para abastecer a demanda doméstica em mais
de 50% de seu total. Os Países Baixos exportam gás para o Reino Unido, Alemanha e
Bélgica, beneficiando-se do amplo sistema de encanamento transfronteiriço para o envio
de gás aos países europeus. Porém, a dependência das exportações de gás causa no país
efeitos macroeconômicos instáveis, tanto que a Holanda se tornou o caso em que foi
baseada a cunhagem do termo “doença holandesa”, nome devido aos efeitos causados
nos Países Baixos pela venda de recursos abundantes e baratos – nesse caso, o gás
29
natural – que impactaram diretamente sobre sua taxa de câmbio, levando-a a uma
elevada apreciação. Logo, tanto no caso holandês, como em outros países exportadores
dessas commodities, tal fenômeno representa um obstáculo estrutural à industrialização,
e, para isso, o governo dispõe de um fundo soberano que busca fazer investimentos para
diversificar a indústria no país (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 kk;
BRESSER-PEREIRA, 2007).
O governo holandês tem grande preocupação com fontes renováveis de energia,
que fornecem cerca de 15% da eletricidade. Além disso, biomassa e resíduos representam
7% do total energético, e a eólica, 5% do total. Em termos de cooperação internacional, os
Países Baixos realizam intercâmbio de pesquisas e equipamentos de energia renovável
que sejam economicamente viáveis e acessíveis às economias emergentes (US ENERGY
INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 kk).
Paquistão (República Islâmica do Paquistão)
Apesar de dispor de consideráveis reservas de petróleo e gás, o Paquistão é muito
dependente da importação desses recursos, em virtude da difícil condição econômica do
país, com altos níveis de subemprego e inflação. Esses fatores tornam as fontes
energéticas caras, além de impossibilitar investimentos no setor e em infraestrutura
urbana. Para tentar incentivar o setor de petróleo e gás, o governo paquistanês apoiou a
construção de dutos de gás natural que interligarão os territórios entre TurcomenistãoAfeganistão-Paquistão-Índia (TAPI) e Irã-Paquistão (IP). Esse projeto de integração
energética também contempla apoio financeiro e acordos multilaterais, com vistas a
finalizar a primeira parte do projeto até dezembro de 2015 (US ENERGY INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 nn).
Quanto a outras fontes de energia, cerca de 29% da produção do país são
movidas a hidroeletricidade e 5%, nuclear. Ainda assim, o país sofre com alterações
climáticas e impactos ambientais, que degradam os escassos recursos hídricos, além de
contaminar do solo. Apesar dos novos acordos visando a uma maior eficiência no ramo
energético, devido à precária infraestrutura instalada no país, poucas mudanças foram
realizadas pelo governo até então (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015
nn).
Paraguai (República do Paraguai)
Cerca de 75% da energia consumida no Paraguai são provenientes da hidrelétrica
de Itaipu, que também abastece aproximadamente 17% de toda a energia consumida no
30
Brasil. Nesse sentido, os dois países apresentam grande proximidade, que viabilizou a
implementação de novos projetos, como uma nova linha de distribuição. Em 2012, o
governo anunciou a descoberta de petróleo ao norte do país, que representou uma nova
oportunidade para diminuir sua dependência por importações (ITAIPU BINACIONAL,
2013; PORTAL BRASIL, 2013; GIRALDI, 2012).
Diferentemente da maior parte dos países em desenvolvimento, a matriz
energética paraguaia não está baseada fundamentalmente em combustíveis fósseis, mas
na energia hidrelétrica, que é uma fonte renovável. Porém, o país apresenta algumas
debilidades infraestruturais que prejudicam o aumento de sua eficiência energética, pois,
como mais de 50% da população vivem no campo (dada a importância das atividades
agrícolas no país, principalmente da soja), essas residências são abastecidas por
biomassa ou combustíveis fósseis. Por fim, o país é fortemente afetado pelas mudanças
climáticas. A ocorrência de chuvas ácidas, vindas da Bolívia, Argentina e Brasil, prejudica
a qualidade do solo e da água, além de comprometer a agricultura e agropecuária local
(MERELES et al., 2012, pp. 2-3; PORTAL BRASIL, 2013).
Quênia (República do Quênia)
A economia queniana se baseia principalmente na exportação de commodities
agrícolas. Porém, recentemente, diversas reservas de petróleo foram encontradas, o que
potencialmente pode transformar o país em um grande exportador, pois já tem grande
capacidade de refinamento de petróleo, especialmente no porto de Mombasa, e a maior
parte do petróleo bruto é proveniente dos Emirados Árabes Unidos. Porém, devido a
problemas financeiros relacionados às refinarias, essa capacidade tem diminuído, e o país
tem importado derivados de petróleo, principalmente da Índia (US ENERGY
INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 dd).
A geração de energia no país é bem diversificada, sendo um terço por meio de
combustíveis fósseis e o restante por fontes renováveis, como hidrelétrica, biomassa,
eólica e geotérmica. Em relação à energia geotérmica, o Quênia é um dos únicos
produtores na África, juntamente com Etiópia, e tem um alto potencial para a obtenção
desse tipo de energia. Entretanto, devido à falta de investimentos nas áreas de
transmissão e distribuição de energia, apenas uma pequena porção da população do
Quênia pode contar com a rede elétrica nacional, obrigando as populações em regiões
mais afastadas a gerar sua própria energia, na maioria das vezes por meio da queima de
madeira. O país também enfrenta dificuldades ambientais com a poluição do solo e da
água, devido à falta de saneamento e tratamento de esgoto em regiões urbanas. Já no
31
campo, o intenso uso de fertilizantes e pesticidas tem contaminado diversas fontes de
água potável, dentre as quais o Lago Vitória, uma das nascentes do rio Nilo (CENTRAL
INTELLIGENCE AGENCY, 2015 v).
República da Coreia
A República da Coreia é uma das maiores consumidoras de energia do mundo,
tanto doméstico quanto industrial, com alta demanda por gás natural, carvão, e petróleo
bruto. Cerca de 97% da energia utilizada são importados, uma vez que os recursos
internos são extremamente escassos. Por não dispor de gasodutos internacionais de
petróleo ou gás, tem uma das maiores indústrias de construção naval do mundo, já que a
importação de fontes energéticas é feita por via marítima; e também tem uma das
maiores e mais avançadas refinarias de petróleo do mundo, a estatal Korea National Oil
Corporation (KNOC). Além do petróleo e do gás, o governo coreano é o quarto maior
importador de carvão, perdendo somente para China, Japão e Índia. Para isso, seus
maiores parceiros são Austrália, Indonésia, Rússia, Qatar, Arábia Saudita e Kuwait (US
ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 uu).
Devido ao uso de gás natural, carvão e petróleo, o país é fortemente atingido pelos
impactos ambientais causados pelas mudanças climáticas e poluição atmosférica. A
utilização da energia nuclear como principal matriz energética do país diminuiu os
impactos ambientais, porém, não foram completamente reduzidos, uma vez que a
produção de energia nuclear gera resíduos tóxicos que, se não receberem o tratamento
correto antes do descarte, contaminam o solo. Nesse sentido, o governo criou a Usina de
Energia das Marés do Lago Sihwa, como forma de diversificar a matriz energética de
maneira mais sustentável e ecológica, diminuindo, assim, a dependência do país com os
combustíveis fósseis. Todavia, essa implementação resultou em um grande gasto ao
governo, devido aos custos de manutenção (PARDINI, 2010).
Rússia (Federação Russa)
Por ter a maior reserva de gás natural e ser a maior produtora de petróleo bruto do
mundo, além de ser a terceira maior produtora de combustíveis líquidos no mundo, a
Rússia tem como principal atividade econômica – cerca de 57% da receita – a exportação
de seus hidrocarbonetos, principalmente aos países europeus. Tem uma série de
oleodutos e gasodutos que interligam o território russo aos países europeus, sem contar
as novas malhas infraestruturais que estão sendo construídas em cooperação com a
China. Em decorrência da grande dependência econômica dos combustíveis fósseis, o país
32
sofre com os efeitos da doença holandesa e as instabilidades macroeconômicas geradas
por ela. Dentre os impactos negativos, destaca-se a dificuldade de novos investimentos
de diversificação do setor produtivo, devido à apreciação da taxa de câmbio. Contudo,
como medida de controle desse fator, o governo tem um fundo soberano, que visa a
minimizar os efeitos macroeconômicos negativos sobre a esfera produtiva (US ENERGY
INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 qq).
O país sofreu, em 2014, sanções econômicas dos países europeus e dos Estados
Unidos em relação ao conflito na Ucrânia, que, embora tenham tido pouco efeito na
capacidade econômica russa, limitaram o financiamento de novos projetos de exploração.
Por fim, devido à queima de combustíveis fósseis e à utilização do gás natural, alterações
climáticas e contaminações ambientais afetaram diretamente a sociedade. Algumas
cidades russas sofrem atualmente com a contaminação do solo e dos lençóis freáticos,
devido ao despejo de resíduos tóxicos e componentes químicos da fabricação de aparatos
bélicos desde a antiga União Soviética (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION,
2015 qq).
Senegal (República do Senegal)
A economia senegalesa é pautada basicamente no extrativismo vegetal, mineral e
animal, o que resulta em uma economia muito frágil, já que essa dependência torna o país
refém da volatilidade do preço das commodities no mercado internacional. No entanto, o
país busca uma modernização por meio da exploração e do refino de petróleo, cujo
principal destino é o Mali (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 ss).
O país também se mostra pouco diversificado em relação a suas fontes
energéticas, sendo elas praticamente tomadas pelo uso de combustíveis fósseis. Em
regiões não abastecidas pela rede nacional, a alternativa é a queima de derivados
orgânicos, como madeira e restos da produção agrícola. Isso traz grandes impactos
ambientais para o país, como a destruição de grandes áreas verdes, que passam a sofrer
processos erosivos irreversíveis. Além disso, a grande dependência do país em relação ao
extrativismo natural tem esgotado outros recursos naturais nacionais, como bacias
hidrográficas e florestas, levando diversas espécies à beira da extinção (CENTRAL
INTELLIGENCE AGENCY, 2015 c).
Síria (República Árabe da Síria)
As relações comerciais da Síria foram fortemente afetadas pelos acontecimentos
da chamada Primavera Árabe, que resultou em uma guerra civil. Anteriormente, o país era
33
líder na exportação de petróleo e de gás no Mediterrâneo Oriental, o que representava
grande parte das receitas do governo. Havia ainda a intenção de se criar um fundo
soberano, com vistas a combater os efeitos da doença holandesa. Entretanto, o conflito
atual trouxe perdas econômicas em torno de US$20 bilhões, tanto por danos
infraestruturais quanto pela queda do contingente de exportações energéticas devido às
sanções impostas pelos EUA e União Europeia. O governo firmou ainda, no final de 2013,
um acordo com a Rússia sobre a exploração dos recursos do país, (US ENERGY
INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 xx).
O cenário climático e ambiental do país não é positivo. Grande parte do comércio
ilegal de petróleo vem da Síria, o que significa que a extração do petróleo não segue as
normas internacionais e não tem o controle do governo. Dessa forma, a contaminação de
metais pesados atinge o solo, o ar e os lençóis freáticos, que são de suma importância
para atender a demanda do país por água, uma vez que esse recurso é escasso. Ademais,
a guerra civil causou a destruição de edifícios e áreas verdes, e o uso de bombas e
armamentos químicos contamina o solo e os recursos hídricos, e ainda contribui para a
poluição do ar (LORDMÉNDEZ, 2014).
Sudão (República do Sudão)
O Sudão é um país que, em 2011, passou por um plebiscito, que o separou em
norte e sul. Em decorrência disso, as inúmeras jazidas de petróleo inexploradas passaram
a pertencer ao governo do Sudão do Sul, o que impactou fortemente a economia do
Sudão, que teve uma queda de mais de US$ 10 bilhões de suas receitas de exportação –
cerca de 80% da renda nacional. Atualmente, a receita do petróleo corresponde a 27% da
renda do país. Contudo, os setores de petróleo de ambos os países ainda estão
intimamente ligados, uma vez que o Sudão conta com as taxas cobradas do Sudão do Sul
pelo uso dos oleodutos que vão ao porto Bashayer, com destino à exportação para a
China, principal consumidor do petróleo sudanês, que corresponde a 86% do total de
petróleo exportado pelo país. A importância da China é verificada pelos investidos
realizados pela empresa China National Petroleum Corporation, mas atualmente também
ganham destaque os investimentos da empresa indiana Oil and Natural Gas Corporation, e
da Petronas, da Malásia (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 ww).
O país ainda sofre com as instabilidades políticas e as guerras civis, que,
juntamente com a má gestão dos recursos naturais, influenciam nos impactos ambientais
sofridos pelo Sudão. É o caso do esgotamento dos solos que passam pelo processo de
desertificação, que levou ao fim praticamente todas as florestas do país, o que impacta
34
diretamente na plantação de subsistência. Para combater esse quadro, o governo
sudanês, junto a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), realizou um
projeto de longo prazo, iniciado na década de 1990, que conduziu o programa de
reflorestamento do país. Atualmente, há um total de 37 hectares de terra cultivável e 19
milhões de árvores plantadas que, além de atender às necessidades dos refugiados,
auxiliam a conscientização ambiental e a melhoria do clima e meio ambiente no país
(CENTRO REGIONAL DE INFORMAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2007; RINGUETTE,
2010).
Suécia (Reino da Suécia)
A Suécia é um país que há décadas trabalha para combater a escassez de fontes
de energia. O país sofreu muito com a crise do petróleo de 1973 e, desde então, busca
tornar a produção de energia interna autossuficiente. Dessa forma, o governo utiliza cerca
de 30% de seu consumo total de energia com derivados do petróleo importado,
principalmente da Rússia, e cerca de 10% em energia nuclear. O governo planeja que, até
2028, a oferta de energia para suprir o consumo total do país seja produzida
internamente e seja totalmente limpa, sustentável e livre de resíduos tóxicos (SWEDISH
INSTITUTE, 2013).
Entretanto, o maior trunfo da economia sueca é a produção de energia hidrelétrica
e biomassa. Cerca de 99% do lixo produzido no país são reciclados, e a produção de gás
biomassa é utilizada para abastecer carros e fornecer energia ao consumo doméstico e
industrial. Tanto que o país, atualmente, está apresentando escassez de resíduos para
manter a produção de biomassa e tem importado, de países como a Noruega, parte do
lixo produzido. Em decorrência disso, o governo sueco tem o reconhecimento mundial de
melhor desempenho ambiental do mundo (SWEDISH INSTITUTE, 2013).
Tailândia (Reino da Tailândia)
A Tailândia é um produtor de petróleo e de gás natural. Contudo, suas reservas de
petróleo são limitadas e, apesar de ter reservas consideráveis de gás, estas não são
suficientes para atender a demanda interna. Por essa razão, o país é um grande
importador de petróleo e de gás, principalmente do Catar e de outros países do Oriente
Médio. Ambas as fontes representam a maior parte do consumo de energia do país, e o
petróleo corresponde a 40%, e o gás, a cerca de 33%. O país utiliza ainda biomassa, que é
responsável por 16% do consumo, e carvão. As fontes de energia renovável representam
35
uma porcentagem marginal do consumo energético total, correspondendo a cerca de 2%
(US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 yy).
Quanto aos impactos ambientais, o país sofre com as alterações climáticas e
degradações ambientais, decorrentes da extração e queima de combustíveis fósseis. Em
julho de 2013, um acidente em uma das plataformas da costa tailandesa derramou cerca
de 50 mil litros de petróleo bruto no mar, o que levou à contaminação do ecossistema da
costa tailandesa. Esse acontecimento prejudicou o turismo, que é uma das maiores
atividades que contribuem para a economia do país. Para alterar esse quadro de
deterioração climática e ambiental, o governo é um grande investidor em
biocombustíveis, sendo o terceiro maior produtor da Ásia. Atualmente, existem 21 usinas
de etanol e 11 plantas de biodiesel no país, que utilizam, respectivamente, o melaço da
cana-de-açúcar, a mandioca e, também, o óleo de palma e de outras palmeiras nacionais
como matéria-prima para a produção desses novos recursos. Além disso, o governo atual
se comprometeu a investir nas usinas hidrelétricas, que atualmente correspondem a 3%
da geração de energia do país (“VAZAMENTO...”, 2013; US ENERGY INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 yy).
Trinidad e Tobago (República de Trinidad e Tobago)
Trinidad e Tobago é um país de grande importância no cenário energético global,
por ser um dos maiores exportadores de gás natural para os EUA, atendendo cerca de
74% do total de importações desse país. O país sofre com os efeitos da doença
holandesa, que atingem diretamente a indústria do país, tanto as nacionais como as
multinacionais, e dificultam a produção e novos investimentos. Como medida de controle
desse cenário, o país dispõe de um fundo soberano, que funciona como uma ferramenta
do governo para criar uma poupança a ser utilizada em casos de instabilidades
macroeconômicas causadas pela flutuação dos preços do petróleo (US ENERGY
INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 zz).
O país tem um consumo de gás natural correspondente a 92% do valor total
energético consumido, enquanto os outros 8% são compostos por derivados do petróleo.
Esse padrão energético tem causado vários problemas ambientais, como o aquecimento
global e as alterações climáticas. Estas implicam um aumento dos períodos quentes
durante o ano, que atinge diretamente as atividades de agricultura e pecuária do país.
Além disso, o gás também emite substâncias tóxicas, mesmo que em menor escala que o
petróleo. Recentemente, o governo tem investido em novas fontes de energia e na
36
diversificação industrial do país (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015
zz).
Ucrânia (República da Ucrânia)
Além de ter expressivas reservas de urânio, carvão e gás, a Ucrânia apresenta
uma posição estratégica quanto à distribuição energética em âmbito continental, graças à
sua aproximação com o território russo. Com as recentes descobertas de jazidas de gás
de xisto, o governo inclusive planeja investir em infraestrutura, que viabilizará tal
comércio a partir de 2020. Grande parte da produção de petróleo do país é destinada à
exportação,
principalmente
a
países
europeus
(US
ENERGY
INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 aa).
Cerca de 46% do consumo total de energia primária são atendidos por gás
natural, seguidos por carvão e por energia nuclear, que representa cerca de 18% do
consumo total do país. Atualmente, o país tem investido em energia eólica, mas sua
produção ainda gera volumes marginais diante da demanda interna. O país sofre
diretamente com os efeitos do aquecimento global e dos impactos ambientais. Como
exemplo, podemos citar a cidade de Chernobyl, que ainda apresenta números elevados de
contaminação em virtude do desastre nuclear ocorrido em 1986. Devido a erros
operacionais, um dos reatores nucleares explodiu e liberou material radioativo e
substâncias tóxicas e cancerígenas, matando trabalhadores e moradores locais. Ainda
hoje, pesquisadores encontram altíssimos níveis de contaminação no local (NAÇÕES
UNIDAS NO BRASIL, 2014).
Uruguai (República Oriental do Uruguai)
O abastecimento energético do Uruguai é basicamente feito por importação de
gás natural da Bolívia e da Venezuela. Cerca de 40% do consumo de energia, tanto
doméstico quanto do setor produtivo, correspondem ao uso de petróleo e derivados,
importados de seus países vizinhos, como o Brasil. Contudo, em 2013, foi fechado um
acordo entre empresas privadas e o governo uruguaio para o desenvolvimento de uma
planta de implementação de energia eólica. O investimento global envolvido é estimado
em 2 bilhões de dólares (CUSTODIO, 2013).
Em decorrência da queima de combustíveis fósseis, o país é afetado pela
degradação ambiental e por alterações climáticas. Um dos mais preocupantes efeitos
desse cenário é a chuva ácida, que agride a qualidade do solo e da água, prejudicando a
agricultura e agropecuária do país. Atualmente, o governo realizou investimentos
37
nacionais para o desenvolvimento de novos campos de energia eólica, o que o permitiu
acesso a novos produtos e equipamentos a preços mais acessíveis (CUSTODIO, 2013).
Venezuela (República Bolivariana da Venezuela)
A Venezuela é principal parceira no ramo de exportações de petróleo bruto e
derivados aos Estados Unidos. Em decorrência de sua dependência com relação ao
contingente de exportações de petróleo, a economia do país é extremamente vulnerável
às oscilações do preço do petróleo e aos impactos macroeconômicos da doença
holandesa, o que impõe à Venezuela uma histórica dificuldade em diversificar sua
economia e desenvolver um setor industrial. Como medida de contenção desses efeitos, o
país dispõe de um fundo soberano, que tem como objetivo principal utilizar as receitas do
petróleo para realizar investimentos na área social do país (US ENERGY INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 eee).
Grande parte do fornecimento de energia do país é feita por hidroelétricas.
Contudo, os níveis de água das barragens vêm apresentando constantes reduções, o que
forçou o país a produzir apagões, dada a insuficiência da produção em relação ao
consumo. Por outro lado, o gás natural também representa uma grande porcentagem da
produção de energia no país. Para reduzir a necessidade de importações, o governo vem
investindo no óleo combustível e diesel. A Venezuela sofre com os impactos da queima de
combustíveis fósseis e com a extração do petróleo. Essas atividades contaminam o solo, o
ar e os recursos hídricos do país, e, como medida de combate a essa situação, o governo
venezuelano tem acordos de cooperação energética para intercâmbio de novas fontes
renováveis com os demais países da América do Sul (US ENERGY INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 eee).
MEMBROS OBSERVADORES
Estados Unidos (Estados Unidos da América)
Os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar no ranking de maiores produtores,
importadores e consumidores de petróleo. Sua demanda interna é atendida com altos
volumes importados de petróleo, de gás natural e de carvão, provenientes de toda a parte
do globo, mas, principalmente, dos países da América Latina. A maior quantidade de
patentes para novas fontes energéticas renováveis são norte-americanas. O governo tem
um dos maiores centros de pesquisas em energia renovável, chamado Agência de
38
Proteção do Meio Ambiente, que realiza acordos com potenciais compradores de novos
produtos e equipamentos (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 ddd).
O quadro ambiental-climático do país é extremamente afetado pelo setor de
transporte, que é responsável por 32% das emissões totais de gás no país. Para solucionar
essa questão, o governo colocou metas de produção eficiente e limpa para o setor
automobilístico, e um dos principais avanços foi a ampliação do mercado de carros
híbridos, que consomem menos da metade de combustíveis que um automóvel comum.
Além disso, a substituição de hidrocarbonetos por biocombustíveis se tornou presente no
país, como o uso do etanol a base de milho, mas que ainda não foi desenvolvido o
suficiente para atender a demanda energética do país. Outro fator importante a ser
ressaltado é a contaminação ambiental causada pelo derramamento de petróleo no Golfo
do México, em 2010, que matou 11 pessoas e derramou cerca de 700 milhões de litros do
combustível no mar. Esse acidente gerou sérios riscos à qualidade da água e do solo, além
de ter afetado a biodiversidade, o ecossistema e o comércio local de pesca (TRIGUEIRO,
2011).
França (república Francesa)
A França tem quase metade de sua energia primária total proveniente do petróleo.
Para que o país possa importar o gás necessário ao abastecimento doméstico, é utilizada
uma variedade de dutos transfronteiriços da Holanda, Noruega e Rússia e de alguns
países da África, como Argélia, Nigéria, Qatar e Egito. Contudo, a energia nuclear é maior
fonte energética utilizada, correspondendo a 40% do consumo energético total; já o
petróleo representa cerca de 30%, mas essa quantia vem diminuindo desde 2012. Nesse
mesmo ano, o governo francês também proibiu a perfuração para extrair petróleo e gás de
xisto, o que dá ainda maior importância aos gasodutos, pois são eles que abastecem a
demanda energética do país (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 s).
Contudo, apesar dos esforços do governo, centralizaram-se no potencial das
usinas nucleares, que abastecem cerca de 83% do total de produção de energia elétrica.
Essa fonte de energia apresenta alto risco e produz resíduos em algumas fases de seu
processo. Para combater os impactos ambientais causados pela produção de energia
nuclear, a França conta com o Programa de Gestão de Resíduos Materiais Nucleares
(ANDRA). Além disso, cerca de 19% da energia utilizada são provenientes de recursos
renováveis, como o biocombustível, sendo o país o segundo maior produtor da Europa,
somente atrás da Alemanha (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION, 2015 s).
39
Reino Unido (Reino
(Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte)
Além de sexta maior economia do mundo, o Reino Unido tem expressiva produção
de petróleo e de gás natural frente aos países da União Europeia. Por outro lado, também
é muito dependente de importações e, para contornar isso, desenvolveu políticas de
cooperação energética com a Noruega, país modelo na questão do consumo de energias
renováveis. Para isso, é necessário enorme investimento em infraestrutura. Os maiores
parceiros comercias são Argélia e Nigéria, fornecendo cerca de 41% das importações de
petróleo bruto, além de Rússia (7%) e Arábia Saudita (4%) (US ENERGY INFORMATION
ADMINISTRATION, 2015 ccc).
O petróleo e o gás natural continuam a representar uma enorme parcela do
consumo doméstico do país, e as energias renováveis são responsáveis por
aproximadamente 15% da geração total, um dos maiores do mundo. O país adota
inúmeras políticas públicas de regulamentação ambiental, dentre as quais destacam-se: a
infraestrutura de transporte, que diminui a necessidade de automóveis; a cultura do uso
de ciclovias; as práticas de gestão de resíduos, com coleta, reciclagem e queima de
biomassa; a utilização de energia eólica e solar; além de investimentos no setor civil,
melhorando o processo de vedação das casas, com vistas a diminuir a intensidade do uso
de aquecedores. O país é um dos mais engajados na implementação de uma economia
verde e tem realizado inúmeros acordos, no âmbito da União Europeia, de cooperação e
financiamento de novos equipamentos (US ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION,
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51
em:
USO DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS E SEUS EFEITOS
CLIMÁTICOS
O intenso processo produtivo industrial acarreta diversos impactos ambientais,
sendo a emissão de gases poluentes na atmosfera um dos mais preocupantes e
amplamente discutido na arena internacional, pois uma das principais consequências da
emissão desses poluentes é o aquecimento global, que, por sua vez, leva a mudanças
climáticas em todo o planeta. A figura 1 mostra uma comparação entre as mudanças
observadas na temperatura da superfície do planeta. Podemos observar que a tendência é
um grande aumento a partir dos anos 2000.
Figura 1 – Comparação das mudanças observadas
observadas na temperatura da superfície em
escala continental e global
Fonte: extraído de SILVA; PAULA, 2009, p. 44.
52
O aumento do aquecimento da Terra é causado principalmente pelo uso de
combustíveis fósseis, que se configura como a fonte prioritária de energia na maior parte
dos processos produtivos. Mesmo que a queima de combustíveis emita os gases
causadores do efeito estufa, a despeito de seus efeitos climáticos, essas fontes
energéticas continuam a ser muito utilizadas, por vários motivos. Primeiramente, porque é
uma fonte energética abundante, especialmente no caso do petróleo: a figura 2 mostra,
com dados de 2009, a quantidade de produção que cada região tem a partir de reservas
comprovadas. Além disso, mostra quantos anos essas reservas ainda têm de capacidade
de produção. Observa-se que, na região da Eurásia, há ainda 99 bilhões de barris
restantes, o que equivale a 65 anos de produção; na África, 117 bilhões de barris, o
equivalente a 99 anos de produção; no Oriente Médio, 745 bilhões de barris, equivalentes
a 299 anos de produção; na Europa, 14 bilhões de barris, equivalentes a 2 anos de
produção; na Ásia e Oceania, 34 bilhões de barris, equivalentes a 2 anos de produção; na
América do Norte, 209 bilhões de barris, equivalentes a 25 anos de produção; e na
América do Sul, 123 bilhões de barris, equivalentes a 55 anos de produção.
Figura 2 – Produção remanescente de petróleo em reservas comprovadas
Fonte: SOUTH HILL COMMUNICATIONS, 2015.
53
Ademais, os combustíveis fósseis, particularmente o petróleo, apresentam uma
infinidade de aplicações produtivas. A figura 3 mostra uma torre de fracionamento de
petróleo, além dos diferentes usos que essa matéria-prima pode ter, dependendo de sua
produção. É notável que o petróleo pode ser utilizado para produzir diversos produtos,
desde alcatrão para asfaltar ruas até o gás GLP.
Figura 3 – Torre de fracionamento de petróleo
Fonte: “TORRE...”, 2009.
54
O uso intenso de petróleo e outros combustíveis fósseis nas atividades industriais
leva a uma maciça emissão de gases causadores do efeito estufa. O gráfico 1 mostra a
intensidade de agregado de gás carbônico que é gerado pelas indústrias de cada região do
mundo. Pode-se observar que, nos anos em comparação, 2011 e 2012, as regiões que mais
emitiram partículas dos poluentes foram a China e os países que não são membros da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (correspondente aos
países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos). Também podem ser observadas no
gráfico quais metas foram traçadas para cada região cumprir até o ano de 2025.
Gráfico 1 – Intensidade de agregado de CO2 gerado pela indústria, por região
Fonte: INTERNATIONAL ENERGY AGENCY, 2015 a.
O aquecimento da Terra ocorre não apenas em função dos gases emitidos pelas
atividades industriais: outros processos produtivos relacionados a esse setor também são
fontes geradoras dos gases do efeito estufa, uma vez que determinado tipo de energia que
virá alimentar o processo produtivo também pode causar mudanças climáticas, como é
ressaltado pelo quadro 1.
55
Quadro 1 – Setores produtivos e suas principais fontes geradoras do efeito estufa
Setores/
Atividades
Energia
Processos
industriais
Uso de
solventes e
outros produtos
Agricultura
Resíduos
Fontes
Gases
Queima de combustíveis
Setor energético
Indústria de transformação e de
construção
Transporte
Outros setores
Emissões fugitivas de combustíveis
Combustíveis sólidos
Petróleo e gás natural
Outros
Produtos minerais
Indústria química
Produção de metais
Outras produções
Produção e consumo de halocarbonos
e hexafluoreto de enxofre
Outros
Dióxido de Carbono (CO2)
Óxido nitroso (N2O)
Metano (CH4)
Hexafluoreto de enxofre (SF6)
Dióxido de Carbono (CO2)
Óxido nitroso (N2O)
Metano (CH4)
Hexafluoreto de enxofre (SF6)
Hidrofluocarbonetos (HFCs)
Perfluocarbonos (PFCs)
Dióxido de Carbono (CO2)
Óxido nitroso (N2O)
Hexafluoreto de enxofre (SF6)
Hidrofluocarbonetos (HFCs)
Perfluocarbonos (PFCs)
-
Fermentação entérica
Tratamento de dejetos
Cultivo de arroz
Solos agrícolas
Queimadas prescritas de savana
Outros
Disposição de resíduos sólidos na
terra
Tratamento de esgoto
Incineração de resíduos
Outros
Dióxido de Carbono (CO2)
Óxido nitroso (N2O)
Metano (CH4)
Dióxido de Carbono (CO2)
Óxido nitroso (N2O)
Metano (CH4)
Fonte: FRONDIZI, 2009, pp. 25-26.
Uma das opções para diminuir a eliminação de gases do efeito estufa é substituir
o uso de combustíveis fósseis por renováveis. O gráfico 2 traz informações sobre a
quantidade de energia renovável que é gerada por região, assim como as suas metas. A
China é a região que se mostra com maior índice crescente de geração de energia
renovável, seguida dos países europeus que compõem a Organização para a Cooperação
56
e Desenvolvimento Econômico da Europa.
Gráfico 2 – Energia renovável gerada por região
Fonte: INTERNATIONAL ENERGY AGENCY, 2015 b.
Por fim, o gráfico 3 traz a evolução, durante o período de 2002 a 2014, da
capacidade de investimento, em bilhões de dólares, em cada forma de energia renovável.
Podemos observar que 2011 foi o ano em que mais se investiu em energia solar.
Gráfico 4 – Capacidade de investimento nas energias renováveis
Fonte: INTERNATIONAL ENERGY AGENCY, 2015 b.
57
REFERÊNCIAS
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Disponível em: <https://diariodopresal.wordpress.com/o-que-e-o-pre-sal/torrede-fracionamento-de-petroleo-2/>. Acesso em: 30.jul.2015.
58
PRINCIPAIS FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEL E SUA
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Energia solar
A transformação direta da energia solar pode produzir tanto energia térmica, por
meio da captação em coletores planos, quanto energia elétrica, a partir de painéis
fotovoltaicos (SILVA, 2015). Os coletores planos, como mostra a vista explodida na figura
1, funcionam com o princípio do efeito estufa, em que os raios solares são capturados e
armazenados pelos coletores, para que estes aqueçam a água que está no circuito. Esse
sistema é demostrado na figura 2.
Figura 1 – Vista explodida de um coletor plano
Fonte: LABORATÓRIO DE TRANSFORMAÇÃO MECÂNICA, 2015.
Figura 2 – Sistema de funcionamento de
de um coletor plano
Fonte: LABORATÓRIO DE TRANSFORMAÇÃO MECÂNICA, 2015.
59
Já os painéis fotovoltaicos, como ilustrados na figura 3, geram energia elétrica por
meio da excitação dos elétrons do material semicondutor, sendo o silício o mais utilizado.
As baterias são recarregadas e produzem energia. Sua eficiência é medida por meio da
proporção de radiação solar que é convertida em energia elétrica, e as melhores células
apresentam, atualmente, uma eficiência de 25% (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA
ELÉTRICA, 2005 c).
Figura 3 – Ilustração de um sistema de geração de energia através de placas
fotovoltaicas
Fonte: AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2015 c.
Entretanto, a fabricação dessas placas ainda tem um custo elevado, com valores
situados na faixa entre US$ 200 e US$ 300 por megaWatt-hora; e entre US$ 3 mil e US$ 7
mil por quiloWatt instalado, o que dificulta o uso em ampla escala, ainda que o custo de
manutenção seja baixo (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2015 c).
A ONUDI já realiza projetos de implementação de painéis solares na Índia, nas
Malvinas, em Uganda, na Tanzânia e na Zâmbia (UNITED NATIONS INDUSTRIAL
DEVELOPMENT ORGANIZATION, 2009).
Energia eólica
e ólica
A energia eólica é “a energia cinética contida nas massas de ar em movimento
(vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de
translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também
denominadas aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos),
60
para trabalhos mecânicos como bombeamento d’água” (AGÊNCIA NACIONAL DE
ENERGIA ELÉTRICA, 2015 a, p. 93). Esse processo é ilustrado na figura 4.
Figura 4 – Ilustração de um sistema de energia eólica
Fonte: LAYTON, 2011.
A eficiência da energia eólica está relacionada ao tipo de rotor que é empregado
no sistema dos aerogeradores. Este é o primeiro estágio de conversão da energia dos
ventos em energia elétrica. Atualmente, os rotores utilizados são de duas ou três pás, pois
apresentam um desempenho melhor do que os que contêm maior número de pás, ao
realizar uma força menor para deslocar as massas de ar (TERCIOTE, 2002).
Atualmente, a ONUDI implementa projetos de energia eólica em Cuba, na Índia,
nas Malvinas e na Romênia (UNITED NATIONS INDUSTRIAL DEVELOPMENT
ORGANIZATION, 2009).
61
Biomassa
A biomassa consiste em resíduos de madeira, plantas ou até mesmo animais, que
têm reserva de energia potencial por meio da fotossíntese. A transformação dessa
energia química em energia elétrica ocorre de modo semelhante ao observado nas usinas
hidroelétricas, nas quais a queda da água faz girar a turbina que acionará o gerador.
Porém, aqui, como pode ser observado na figura 5, que traz um exemplo da utilização da
cana como matéria-prima para geração de energia, o vapor liberado pela queima da
biomassa será o fator responsável por girar as turbinas e, assim, acionar o gerador
elétrico (SORENSEN, 2004, p. 497).
Ainda que a obtenção de energia seja por meio da queima da matéria orgânica,
esse dióxido de carbono não prejudica tanto o meio ambiente, pois ele retorna a seu ciclo,
mantendo o balanço de carbono praticamente nulo, uma vez que as plantas que deram
origem ao CO2 já o tinham absorvido (SORENSEN, 2004, p. 497).
Figura 5 – I lustração da obtenção de energia elétrica por meio da queima da
biomassa
Fonte: RODRIGUES; OLIVEIRA apud BERNARDO, 2013.
A biomassa é uma das formas de obtenção de energia mais buscadas para
substituir o uso dos combustíveis fósseis, sendo responsável por maior índice de geração
de energia elétrica que a energia solar e eólica juntas (UNION OF CONCERNED
SCIENTISTS, 2015).
62
A ONUDI tem um projeto de escala global que visa ao auxílio a empresários de
países em desenvolvimento a ter plataformas online de tomada de decisões a respeito da
seleção de conversão de biomassa adequada e de quais são as tecnologias disponíveis
(UNITED NATIONS INDUSTRIAL DEVELOPMENT ORGANIZATION, 2009).
Energia hídrica
As usinas hidroelétricas, como mostradas na figura 6, são as responsáveis pela
transformação do potencial hidráulico em energia elétrica, por meio da instauração de
barragens que permitirão que a vazão da água gire a turbina que, acoplada ao gerador,
transformará a potência mecânica em energia elétrica (FURNAS, 2015). Para a construção
dessas usinas, é necessária a contratação da chamada indústria pesada, que realizará o
projeto da construção da usina e o desvio do rio em questão (AGÊNCIA NACIONAL DE
ENERGIA ELÉTRICA, 2015 b).
Figura 6 – Ilustração do funcionamento de uma
uma usina hidroelétrica
Fonte: FURNAS, 2015.
Para a geração de energia elétrica para as indústrias, muitas vezes são utilizadas
pequenas hidroelétricas, com capacidade instalada maior que 1 MW e igual ou menor que
30 MW, com uma área de reservatório de até 3 km2. O impacto ambiental é bem
63
pequeno, uma vez que não se faz necessário o alagamento de grandes áreas para suprir a
necessidade energética de regiões mais afastadas dos grandes centros, onde estão rios e
lagos (ELETROBRÁS, 2015).
Energia nuclear
nuclear
A energia nuclear não é necessariamente uma energia renovável, pois, para sua
obtenção, utiliza-se como matéria-prima o urânio enriquecido 235, que deve ser
descartado, uma vez que sua radiação já foi utilizada para geração de energia elétrica.
Entretanto, pode-se considerar a energia nuclear como uma energia limpa, pois sua
produção gera baixos volumes de gás carbônico (ELETROBRAS ELETRONUCLEAR, 2015).
Uma usina nuclear funciona por meio da fissão dos átomos de urânio 235, como
mostrado na figura 7, que estão alocados dentro de varetas que aquecem a água que
passa pelo reator. O vapor gerado pelo aquecimento movimenta a turbina e aciona o
gerador elétrico. Após mover a turbina, esse vapor passa por um condensador, é
refrigerado pela água do mar, retornando a seu estado líquido e, assim, devolvido ao meio
ambiente (ELETROBRAS ELETRONUCLEAR, 2015).
Figura 7 – Funcionamento de uma usina nuclear
Fonte: ELETROBRAS ELETRONUCLEAR, 2015.
64
Por haver grandes reservas de urânio no mundo, sem riscos de escassez a médio
prazo, essa matéria-prima se tornou barata e muito eficiente para a produção de energia
elétrica. Além disso, as usinas não ocupam grandes áreas, podendo ser instaladas
próximas aos centros consumidores, e não dependem de fatores climáticos para a
geração de energia. Porém, há ainda muita preocupação com a sua produção,
principalmente com a forma de descarte do lixo atômico, além de haver riscos de
acidentes, que podem trazer outros danos ambientais (ELETROBRAS ELETRONUCLEAR,
2015).
65
QuadroQuadro-síntese – C omparação das principais energias renováveis
Tipo de
energia
Hídrica
Solar
Eólica
Biomassa
Combustíveis
Fósseis
Disponibilidade
Em locais concretos
Depende da
localização
geográfica
Depende da
localização
geográfica
Depende das
características
ambientais e
econômicas
Depende apenas da
força econômica do
usuário
Tipo de
energia
produzida
Custo de
produção
Manutenção
Sazonal
Eletricidade
Baixo. Apenas
custos de
manutenção
Simples. Mas
precisa
acontecer
regularmente
Geração sazonal
Eletricidade e
calor
Geração sazonal
Eletricidade
Depende do tipo,
mas normalmente
sazonal
Eletricidade e
calor
Características da
disponibilidade
Contínua. Não
depende do tempo
ou da estação
Eletricidade e
calor, mais
setor de
transporte
Baixo. Apenas
custos de
manutenção
Baixo. Apenas
custos de
manutenção
Simples e barata
Custo da energia
produzida
Baixo. Maior
influencia são os
custos de
investimentos
Alto para energia
elétrica e moderado
para geração de calor
Simples e barata
Moderado
Moderado
Simples. Mas
precisa ser
intensa e
contínua
Moderado. Muita
influência dos custos
da organização
Baixo. Depende
do combustível
em questão
Depende do
combustível em
questão. Pratica
de
desenvolvimento
já muito
praticada
Relacionado com
interesses
estratégicos.
Impactos
ambientais
Significante; muda
completamente as
condições naturais
Mínimo e
controlável
Mínimo para
significante em
grandes unidades
Significante (positiva
e negativamente).
São necessárias
organizações e
medidas especiais
Significante
(negativamente).
São necessárias
medidas especiais
Fonte: POPOVSKI, 2008, p. 163, tradução nossa.
66
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REFERÊNCIAS
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68
OS
ACORDOS
INTERNACIONAIS
NA
ÁREA
DE
SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Clube de Roma (1968)
A primeira discussão internacional acerca da necessidade de se promover um
crescimento econômico sustentável aconteceu em 1968 e ficou conhecida como o Clube
de Roma. Diplomatas, cientistas, industriais, acadêmicos e civis, principalmente de países
desenvolvidos, uniram-se para discutir a forma acelerada que a industrialização vinha
assumindo.
O principal objetivo do Clube de Roma era pensar sobre uma contenção do
crescimento industrial, uma vez que estudos realizados pelo MIT (Massachussetts
Institute of Tecnnology) nesse período apontavam que os limites de recursos naturais do
planeta só durariam mais cem anos; portanto, se a tendência de crescimento populacional
mundial permanecesse, haveria uma escassez de recursos naturais (THE CLUB OF ROME,
2015).
Esse relatório, chamado “Limites do crescimento”, era bastante controverso, pois
trazia a proposta de “crescimento zero”, ou seja, para se evitar uma catástrofe natural, era
necessário que todos os países parassem de crescer. O relatório foi muito criticado por
parte dos países em desenvolvimento, pois essa proposta “condenaria a maioria dos
países da Terra a situações de permanente subdesenvolvimento” (LEMOS, 1991, p. 4).
Mesmo com críticas, o Clube de Roma teve um papel de destaque no final da década de
1960 por chamar a atenção para a visão a longo prazo de escassez dos recursos,
problema que foi colocado no topo da agenda global na década seguinte (OLIVEIRA,
2012).
Conferência e Declaração de Estocolmo (1972)
A Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, que ficou conhecida
como Conferência de Estocolmo, aconteceu em junho de 1972 e foi a primeira conferência
global realmente voltada para questões ambientais. A Declaração de Estocolmo foi o
documento final da conferência e deveria funcionar como um guia para as medidas de
preservação ambiental (SOHN, 1973, p. 423).
A Declaração, apresenta vinte e seis princípios fundamentais, que envolvem: o
planejamento e gestão da qualidade ambiental; a promoção da importância em se ter uma
qualidade ambiental, nos âmbitos educacional, informacional, social e cultural; a gestão
69
dos recursos naturais de forma a desenvolver medições de identificação e controle de
Poluentes Orgânicos Persistente (POPs) (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1972).
Diferentemente do que foi apresentado pelo Clube de Roma em relação ao “fim do
crescimento”, a Declaração tem o intuito de incentivar a evolução das nações, assim
como o desenvolvimento industrial. Acredita que o crescimento populacional se torna
uma ameaça para o meio ambiente, porém, por meio de normas regulamentadoras, esses
impactos podem ser reduzidos (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1972).
Convenção de Viena e Protocolo de Montreal (1987)
O constante desenvolvimento das indústrias levou ao fenômeno de danificação da
camada de ozônio, causado pela emissão de alguns carbonetos (principalmente o CFC –
Cloro Flúor Carboneto) utilizados, principalmente, em ares condicionados, geladeiras e
utensílios de spray. Para solucionar esse problema ambiental, em 1985, a Convenção de
Viena foi oficializada a partir da definição de um conjunto de princípios que respaldariam
o comprometimento internacional em estabelecer mecanismos de contenção à destruição
da camada de ozônio (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2015).
A Convenção de Viena deu respaldo para que, em 1987, fosse firmado o Protocolo
de Montreal, que determinou que os carbonetos que afetam a camada de ozônio fossem
substituídos por outros não agressivos. Também ocorreu a cooperação entre os países
para um maior estudo sobre sistemas de filtro que impedissem o CFC de ser lançado na
atmosfera, e para uma maior fiscalização dessa emissão (PROTOCOLO DE MONTREAL,
2011).
O protocolo também definiu que os países que historicamente lançaram maiores
substâncias destruidoras da camada de ozônio deveriam contribuir financeiramente para
a implementação de medidas de contenção da emissão dessas substâncias em países em
desenvolvimento. Isso levou, três anos depois, à criação do Fundo Multilateral para
Implementação do Protocolo de Montreal (FMI), que tem exatamente a função de auxiliar
os países em desenvolvimento na contenção da emissão dessas substâncias
(PROTOCOLO DE MONTREAL, 2011).
A ONUDI apoia o Protocolo de Montreal e por isso busca, em seus projetos, já
desenvolver tecnologias que reduzam a emissão de substâncias que degradem a camada
de ozônio, além de participar de reuniões que envolvem a definição de políticas atreladas
ao protocolo (UNITED NATIONS INDUSTRIAL DEVELOPMENT ORGANIZATION, 2015
b).
70
RioRio- 92 (1992)
A necessidade de garantir que as gerações futuras tenham a mesma qualidade de
vida das presentes levou a necessidade de incorporar fatores econômicos, sociais e
ambientais para desenvolvimento sustentável. Esse tema foi debatido na Conferência Rio92, também chamada de Eco-92 ou Cúpula Terra, que ocorreu 20 anos após a conferência
de Estocolmo (SENADO FEDERAL, 2012).
A conferência apresentou dois resultados importantes. O primeiro foi a
Declaração do Rio, que trouxe aspectos sobre a necessidade de haver cooperação entre
os países, seja na forma de apoio financeiro e tecnológico, em que os países
desenvolvidos eram encorajados a fornecer suporte aos em desenvolvimento, ou na
reafirmação da necessidade em se reduzir o padrão de consumo, principalmente a
utilização dos combustíveis fósseis. Foi concordado, em 27 princípios, que somente por
meio da cooperação internacional poderíamos alcançar o modelo de desenvolvimento
sustentável desejado. (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1992).
O segundo resultado foi a aprovação da Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que visava a lidar com o problema do aquecimento
global, criando políticas para proteger o sistema climático. O objetivo central da
convenção era a redução das emissões de gases que causam o efeito estufa, e para isso,
distingue, sob o princípio de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”, as
obrigações dos países desenvolvidos e em desenvolvimento na consecução desse objetivo
(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2015).
COP 1 (1995)
A chamada Conferência da Partes (COP) é um foro internacional criado em 1995
e, desde então, acontece uma vez por ano para discutir medidas e políticas pautadas na
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática. A conferência exige um
longo período de negociações, pois suas decisões são tomadas por consenso, e as
decisões buscam monitorar e promover a implementação dos objetivos da convenção
(PORTAL BRASIL, 2010).
Na COP 1, o objetivo era estabelecer metas e prazos específicos a serem seguidos,
principalmente por países desenvolvidos e signatários do Rio-92, com respeito à emissão
de gases que agravam o efeito estufa e suas consequências, sem deixar de lado o princípio
de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”. Houve um avanço nos debates
internacionais e também foi sugerida a criação de um protocolo que viesse a determinar
71
os níveis de emissões que seriam permitidos, bem como regulamentar como deveria ser
realizado esse procedimento (PORTAL BRASIL, 2010).
Protocolo de Kyoto (1997)
O protocolo de Kyoto, apresentado em 1997, no Japão, durante a COP 3, é um
acordo que pretende reduzir as emissões de gás carbônico. 84 países ratificaram esse
protocolo, porém, em 2001, os Estados Unidos, maior emissor de gases poluentes,
abandonaram o acordo, alegando que esse seria um impedimento para o desenvolvimento
de sua economia (UNITED NATIONS FRAMEWORK CONVENTION ON CLIMATE
CHANGE, 2014).
O protocolo determina metas obrigatórias de redução de emissões de gases do
efeito estufa e, para isso, utiliza-se do princípio de “responsabilidades comuns, mas
diferenciadas”, pois percebeu que não seria razoável os países desenvolvidos, que têm
uma atividade industrial há mais tempo e mais ativa que os países em desenvolvimento,
serem os menos penalizados. Para regular esse processo, criou-se o chamado “mercado
de carbono”: cada país tem um nível máximo de poluentes que pode liberar na atmosfera,
e, se um país não atingir essa cota, ele pode vender essa diferença para outro país
(UNITED NATIONS FRAMEWORK CONVENTION ON CLIMATE CHANGE, 2014).
A ONUDI procura, em todos os seus projetos, promover mecanismos de
transferência de tecnologia e capacitação que sejam relacionados com o protocolo de
Kyoto. Concentra os esforços em áreas nas quais o protocolo ainda é mal representado,
como no continente africano, que recebe da organização uma atenção especial (UNITED
NATIONS INDUSTRIAL DEVELOPMENT ORGANIZATION, 2015 a).
Objetivos do Milênio (2000)
De 6 a 8 de setembro de 2000, durante a Cimeira do Milênio, em Nova Iorque,
189 nações firmaram seu compromisso com a erradicação da pobreza e o
desenvolvimento sustentável. Dessa reunião se concretizaram os 8 Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM), que deveriam ser atingidos até 2015. São eles:
erradicar a extrema pobreza e fome; tornar acessível educação básica de qualidade para
todos; promover a igualdade entre sexos e a valorização da mulher; reduzir a mortalidade
infantil; melhorar a saúde das gestantes; combater a AIDS, a malária e outras doenças;
promover qualidade de vida e respeito ao meio ambiente; e estabelecer uma parceria
mundial para o desenvolvimento (PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O
DESENVOLVIMENTO, 2015).
72
A Declaração do Milênio reconhece que o principal objetivo que sustenta as 8
metas é fazer com que a globalização permita uma distribuição igualitária de seus custos
e benefícios, admitindo que os países em desenvolvimento sofrem com a falta de inclusão
das políticas industriais e comerciais dos países centrais. Em relação ao objetivo de
melhorar a qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente, especificamente busca-se
“promover o desenvolvimento sustentável, reduzir a perda de diversidade biológica e
reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população sem acesso à água potável e ao
esgotamento
sanitário”
(PROGRAMA
DAS
NAÇÕES
UNIDAS
PARA
O
DESENVOLVIMENTO, 2015).
Quanto ao resultado dessas metas, em 2015 foi possível atingir a de 90% da
população mundial ter acesso à água potável, e 2.1 bilhões de pessoas passaram ter
acesso ao esgotamento sanitário. Quanto à camada de ozônio, as substâncias que
danificam essa camada foram virtualmente eliminadas na década de 1990, e espera-se
que, em meados desse século, o buraco da camada venha a se recompor. A confirmação
dos ODM pós-2015 visam à implementação e ao financiamento da sustentabilidade em
temas como pobreza, saúde, educação e gênero; além da promoção da sustentabilidade
econômica e ambiental, para que os países realizem produção e consumo de maneira
sustentável (UNITED NATIONS, 2015).
Rio+
Rio+20 (2012)
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, conhecida
como Rio+20, por ter sido realizada 20 anos após a Rio-92, aconteceu no Rio de Janeiro,
no ano de 2012. Foram discutidos os temas acerca da economia verde para a promoção
do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza; e de como criar uma
estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável (COMITÊ NACIONAL DE
ORGANIZAÇÃO RIO+20, 2011).
O documento final da conferência, denominado “O futuro que queremos”,
reforçou os princípios da Rio-92 e avançou na definição dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável para os próximos dez anos. Além do documento, a Rio+20
mostrou grande participação e compromisso da sociedade civil no debate sobre a
proteção ambiental e desenvolvimento sustentável (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES
UNIDAS, 2012).
73
COP 20 (2014)
A COP 20 reuniu, em 2014, 196 países que integram a Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Durante a conferência, os países produziram
o “rascunho zero”, para que este servisse como base ao acordo internacional de
compromisso climático, que será discutido neste ano, em Paris, e entrará em vigência em
2020, sucedendo as propostas do Protocolo de Kyoto (CÂMARA DOS DEPUTADOS,
2014).
Além disso, o documento da COP 20 faz ressalvas ao corte de emissões, redução
do desmatamento, inovações na indústria e investimento em energias renováveis.
Ademais, o documento ressalta a necessidade de que a metodologia de redução da
emissão de gases poluentes seja aplicada de maneira comum aos países. Assim, os países
devem propor medidas e adaptações para que a implementação das metas seja possível e
viável a todos os países (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2014).
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de emissões de gases estufa”. In: Câmara Notícias, 15 de dezembro de 2014.
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COMITÊ NACIONAL DE ORGANIZAÇÃO RIO+20. “Sobre a Rio+20”. In: Website oficial da
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Disponível
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76
OS PROJETOS DA ONUDI
Dentro dos trabalhos da ONU para o desenvolvimento sustentável dos países em
desenvolvimento, a ONUDI enfoca seus trabalhos na eficiência energética industrial e em
outros projetos importantes, como o da Indústria Verde e sua relação com o Global
Environment Facility (GEF), que serão apresentados a seguir.
Indústria Verde
A ONUDI prefere o termo indústria verde a desenvolvimento industrial
sustentável, pois considera que, para superar os novos desafios ambientais, seria
necessária uma determinação mais abrangente sobre como a indústria interage com o
meio ambiente. A Indústria Verde, então, torna-se mais eficiente no combate à
degradação ambiental, uma vez que tem como significado a ideia de as economias
buscarem meios mais sustentáveis de crescimento. Por isso, a organização auxilia os
países em desenvolvimento a utilizar meios mais sustentáveis de crescimento, como
utilização de tecnologias mais limpas, além de auxiliar os países a implementar os
acordos ambientais (UNITED NATIONS INDUSTRIAL DEVELOPMENT ORGANIZATION,
2015 a).
O conceito da Indústria Verde acabou sendo desdobrado em dois outros, que
passaram a servir de plataforma para um desenvolvimento sustentável. Um deles é o
chamado Greening of Industry, que seria o ato de transformar uma indústria normal em
uma indústria verde, pela formulação de políticas e novos processos de produção
industrial que façam uso mais sustentável e eficiente dos recursos. O outro conceito é a
Iniciativa Industrial Verde, por meio da qual a ONUDI cria uma cadeia para a difusão da
consciência, conhecimento e capacidade de se operar com o conceito de Indústria Verde
(UNITED NATIONS INDUSTRIAL DEVELOPMENT ORGANIZATION, 2015 b).
ONUDI e a Global
Global Environment Facility (GEF)
O Global Environment Facility (GEF) é um fundo criado em 1991, que tem o intuito
de financiar projetos relacionados à questão ambiental em países subdesenvolvidos.
Desde então, o GEF já alocou US$ 10 bilhões e co-financiou mais de US$ 51 bilhões em
mais de 2700 projetos em 165 países. O GEF é, portanto, o principal fundo financiador dos
projetos da ONUDI voltados para a questão ambiental (UNITED NATIONS INDUSTRIAL
DEVELOPMENT ORGANIZATION, 2015 c).
Nos anos iniciais da criação desse fundo, a ONUDI funcionava apenas como
77
executora dos projetos da GEF. Porém, a partir de 2000, a organização passou a ter
acesso direto aos recursos para projetos relacionados aos Poluentes Orgânicos
Persistentes (POP - causadores do efeito estufa). Assim, a ONUDI foi capaz de
desenvolver um portfólio que continha projetos de implementação, capacitação e
avaliação das melhores tecnologias que visassem a reduzir as emissões desses gases
poluentes ao meio ambiente (UNITED NATIONS INDUSTRIAL DEVELOPMENT
ORGANIZATION, 2015 c).
Em 2006, foi concedido à ONUDI o acesso direto aos recursos do GEF para uma
maior gama de projetos, como os relacionados a questões climáticas, biodiversidade,
águas internacionais e a destruição da camada de ozônio. Assim, a ONUDI pode financiar,
por meio do GEF, projetos que promovam maior eficiência energética e difusão do uso de
energia renovável e gestão de produtos químicos. Isso possibilitou que houvesse uma
maior eficiência e efetividade no desenvolvimento de projetos sustentáveis (UNITED
NATIONS INDUSTRIAL DEVELOPMENT ORGANIZATION, 2015, c).
REFERÊNCIAS
UNITED NATIONS INDUSTRIAL DEVELOPMENT ORGANIZATION (UNIDO). “Green
Industry initiative”. In: Website oficial da United Nations Industrial Development
Organization,
2015
a.
Disponível
em:
<http://www.unido.org/greenindustry.html>. Acesso em: 12.jul.2015.
_______. “Resource-efficient and low-carbon industrial production”. In: Website oficial da
United Nations Industrial Development Organization, 2015 b. Disponível em:
<http://www.unido.org/en/what-we-do/environment/resource-efficient-andlow-carbon-industrial-production.html>. Acesso em: 27.jun.2015.
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Nations
Industrial
Development
Organization,
2015
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Disponível
<http://www.unido.org/en/what-we-do/environment/unido-and-the-globalenvironment-facility-gef.html>. Acesso em: 27.jun.2015.
78
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