Tecnologias em tratamentos de
água, esgoto e lodos como forças
motivadoras para acelerar a
universalização do Saneamento
no Brasil
Palestrante: Valdir Folgosi
Dez/2010
Índice
•
Abimaq / Sindesam
•
Tecnologias disponíveis
•
Setor industrial x Tecnologia
•
Setor público x Tecnologia
•
Fatores que devam ser implementados para a melhoria do
setor público com a tecnologia
•
Conclusão
Representatividade da
ABIMAQ e SINDESAM
ABIMAQ
Fundada em 1937 , com mais de 4.500 empresas
representadas em 26 Câmaras Setoriais
SINDESAM
Sindicato Nacional de Equipamentos para Saneamento
Básico e Ambiental, atua há mais de 30 anos no setor e
representa mais de 100 empresas associadas e mais de
10.000 empregos diretos.
Somos a Câmara do Setor de Saneamento da ABIMAQ
(Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e
Equipamentos),
O SINDESAM
Através de suas empresas, pode colaborar de forma efetiva
na escolha de uma solução tecnológica adequada aos
objetivos preconizados pelo CLIENTE, resultando em um
ganho de qualidade significativa.
Propomos intensa relação com empresas de Engenharia
Consultiva, Empresas de Construção, Entidades
Reguladoras, Empresas de Saneamento e Usuário Final.
Nossa missão
Responsabilidade - as empresas de
tecnologia fabricantes de equipamentos
e sistemas tem o objetivo de preservar
e responsabilizar-se pela qualidade e
desempenho dos fornecimentos.
Desempenho – como
detentores da tecnologia e
participando da implantação,
a garantia de desempenho
assegura os resultados
e eficácia exigidos.
Tecnologia - utilização
de modernos equipamentos
e processos com suporte
tecnológico próprio ou de parceiros
internacionais. As empresas atuantes
no Brasil possuem tecnologias
avançadas, podendo ser : tratamento
primário, secundário, terciário ou
reuso.
Execução – os projetos são
executados atendendo
normativas técnicas
compatíveis às
necessidades para a
correta operação.
Aportes disponibilizados
– Soluções que atendam as expectativas do usuário final em
água, efluente e resíduos;
– Recursos humanos capacitados no projeto e produção,
incluindo modernização gerencial;
– Cooperação nacional e internacional;
– Financiamento ao setor produtivo;
– Capacidade de produção industrial;
– Suporte financeiro para modalidades específicas de
concorrências;
– Capacitação e modernização tecnológica;
– Forte comprometimento das empresas associadas
durante toda a fase do empreendimento e
relacionamento contínuo pós-venda;
O Guia de Compras
Representa o resultado de um trabalho contínuo, eficaz e
conjunto da ABIMAQ/SINDESAM.
Apresenta ao mercado uma gama de empresas fabricantes,
com tecnologias altamente especializadas:
– Equipamentos e sistemas destinados
ao tratamento de água e efluentes;
– Reuso de efluentes tratados;
– Controle de poluição atmosférica;
– Tratamento, disposição de resíduos
sólidos e lodo;
– Desobstrução de tubulações;
– Distribuição, adução e coleta;
– Medição e controle;
A tecnologia se aplica em toda a
cadeia produtiva:
- Captação
- Tratamento de água
- Adução
- Reservação
- Distribuição
- Tratamento de esgoto
- Água de reuso
- Disposição do lodo
Tecnologias de tratamento de água:
- Filtração e suas variações
- Floculação / Decantação / Filtração
- Clarifloculadores de alta taxa
- Flotação / Filtração e suas variações na Indústria
Perspectiva no Brasil
- ETA´s utilizando processos de ultrafiltração / membranas
- Dessalinização de água do mar
Água potável – 6.750 m³/h
Tecnologias em tratamento de esgoto:
- ETE convencional com filtros biológicos
- ETE convencional com lodos ativados e suas variações
(sequenciais /bateladas)
- ETE com lagoa aerada seguida de lagoa de decantação
- ETE com tratamento anaeróbio (UASB) seguida de lodos
ativados.
- ETE´s com sistema de lodo ativado com remoção de nitrogenio
e fósforo.
- ETE´s utilizando materiais suporte de biomassa “carriers”
Perspectiva no Brasil
- ETE´s utilizando processo de membranas
ETE – Esgoto Sanitário com Reuso
Tecnologias de tratamento de lodo:
- Desidratação de lodo
- Leitos de secagem
- Filtros prensas
- Centrífugas
- Digestão termofílica
- Secadores de lodo
- Compostagem
Perspectiva no Brasil
- Incineração de lodo
PLANTA DE INCINERAÇÃO
saída de
energia
para a
atmosfera
produtos químicos
0,75%
gás de combustão
limpo
cinza
concentrada
lodo
desidratado
cinza inerte
7,5%
vapor
condensado
Planta de Incineração
combustível para o início da queima
somente
para ETE
Fatores que devem ser avaliados
durante o projeto
- Melhor relação custo x benefício do investimento;
- Otimização da ocupação de área de implantação;
- Menor custo operacional e de manutenção;
- Busca pelo menor volume de resíduos gerados e sua adequada
disposição final;
- Menor geração de odores quando da seleção dos processos de
tratamento;
- Garantias de preservação do meio ambiente e redução de
intervenções e de impactos ambientais;
- Garantia financeira de execução da obra dentro do prazo
previsto;
- Garantia de desempenho dos equipamentos e sistemas
instalados e dos processos aplicados;
- Exigência de pré-operação e treinamento pelo período mínimo
de seis meses
Parceria Pública x Privada
Projeto: “ Exemplo de uso de tecnologia”
NOVO
EXISTENTE
(Sabesp)
INVESTIMENTO
SPE
INVESTIMENTO
QUATTOR
Estação de
Produção de Água
Industrial
EPAI - 650 l/s
Esgoto
Urbano
Tratamento
de Esgoto
Efluente
secundário
Cap.= 6000 l/s
EXISTENTE
(Recap +
Pólo)
Armazenagem
- Estação Elevatória
- Filtração
- Trat. Biológico
- Membranas
- Osmose Reversa
(parcial)
- Desinfecção
- Reservação (27 h)
Água de reuso
650 l/s
Ribeirão
dos
Meninos
Adutora
17 km
Capacidade 900 l/s
ETE-ABC (Heliópolis)
Estação
Elevatória
Alta Carga
650 l/s
Chaminé de
Equilíbrio
Conexão com rede de
distribuição existente
(aproveitamento parcial)
SÃO PAULO
SÃO CAETANO
SANTO ANDRÉ
PÓLO PETROQUÍMICO
Exemplo de uma fábrica de papel
utilizando tecnologia de reuso
Cliente e Local: Klabin Telêmaco Borba
Nome da Obra: Estação de Tratamento de Efluentes.
Características Principais:
Fornecimento do Sistema de Tratamento de efluentes com reuso por membranas
(ultrafiltração).
Vazão: 4.000 m³/h
CENPES
Segregação de Efluentes
Drenagens Oleosas
(10 m3/h)
Esgoto Sanitário
(35 m3/h)
Purgas de Torres
(27 m3/h)
Tratamento
Primário (*)
MBR (***)
(45 m3/h)
---------------------
Reú
(67 m
Pré-Tratamento
(**)
+
OR (****)
22 m3/h)
(*) Reitrada de óleo e SS
(**) Retirada de SS e carga Orgânica residual
(***) Retirada de Carga Orgânica
(****) Retirada de SD
Setor industrial – Exemplo de
valorização da tecnologia
Nas indústrias comprometidas:
Respeitam a legislação e seguem as normas ambientais,
as empresas de tecnologia fabricantes de equipamentos e
sistemas são impreterivelmente utilizadas.
A construção civil é parte integrante do pacote de
fornecimento, atuando em consórcio ou como subfornecedor.
Menor burocracia, maior independência no processo de
contratação, maior agilidade e contratação por eficiência e
eficácia.
Custo de instalação e operação
Resultado Global:
- Redução do custo de instalação
Aplicação de recursos na formação de pessoas, e/ou
novos projetos;
- Redução do custo de operação e manutenção
Maior rentabilidade, menor fluxo de caixa, com o
conceito de melhoria contínua e manutenção de
instalações.
Setor público –
Carência de tecnologia
- Sete crianças morrem todos os dias e mais de 700 mil
pessoas são internadas por ano em conseqüência da falta
de saneamento;
- Crianças que vivem em áreas sem saneamento
aprendem 18% menos que as que vivem em áreas
saneadas;
- Trabalhadores que vivem em áreas sem saneamento
respondem 11% a mais nas faltas ao serviço do que os
que vivem em áreas saneadas;
Setor público – grande avanço
Ministério
da cidade
Lei 11.445/07
(Política Nacional do Saneamento)
Legislação CONAMA 357
Consciência da sociedade
civil está aumentando
Vontade política em financiamento
e investimento (PAC)
Outros desafios
Desafios a serem vencidos
na área pública:
Obras não
concluídas
ou não
operadas
Municípios
com baixa
bancabilidade
Entidade
Reguladora
Administrador
público
Faltam profissionais
qualificados nas
prefeituras para
formular projetos
e planejamento.
Excesso de
Burocracia
(Lei 8666/
Pregão eletrônico)
Falta de conhecimento
sobre as diversas
tecnologias disponíveis
e a mais adequada
Situação atual na área pública em
termos de tecnologia
Falta de
Planejamento
Contrata-se com prazos
exíguos e menor preço
Projetos e obras
perdem qualidade
Contratantes reclamam
da qualidade
Plantas operam
ineficientes e com baixa
vida útil
Efeitos positivos da tecnologia que
podem ajudar no setor de saneamento
• A tecnologia quando aplicada corretamente leva ao usuário
ter um ganho de eficiência e produtividade.
• O usuário final precisa se preocupar com : preço de
implantação e operação, eficiência energética, disposição de
lodo, consumo & insumo.
• Incentivar as boas práticas do uso eficiente da água com a
redução do consumo e desperdício.
• Aumentar a competitividade do setor.
Setor público – O que é necessário
para melhorar ?
Acelerar a implantação do
programa de saneamento para
todos os brasileiros
• Desenvolvimento de novos modelos de negociação junto com a iniciativa privada
• Desoneração tributária da cadeia de valor.
• Apoio ao desenvolvimento de tecnologia adequada, considerando a diversidade
do país.
• Planejamento claro, transparente e realístico (programa de estado)
• Adequação da lei de licitação (valorização técnica x preço)
• Agilização dos financiamentos (menos burocracia e valorização social)
União e compromisso entre as partes envolvidas
Governo – Fornecedor – Entidade de classe – Agencias reguladoras /Conselhos
Planejamento:
Valorização do Plansab – Plano Nacional do Saneamento
Básico
• Que eles tenham visão estratégica do Estado e não do governo
• Precisamos de metas, programas federais para universalizar os
serviços de saneamento no Brasil
• O planejamento deveria levar em conta a possibilidade de
desburocratizar do procedimento licitatório.
• Planejar é construir hoje, o que é necessário para que o futuro
aconteça como queremos.
• O governo federal deve fornecer ao serviço autônomo recursos
para que seja feito estudos de planejamento de médio e longo
prazo.
Flexibilização da lei 8666:
• Promover o desenvolvimento de tecnologias adequadas e
eficientes a partir do projeto básico ou de um requisito de
desempenho;
• Exigir garantias de desempenho (processo e operacional);
• Avaliar não só o custo de instalação (CAPEX) como
também o custo de operação e manutenção (OPEX)
(desempenho operacional e de processo de tratamento) no
longo prazo;
Flexibilização da lei 8666:
• Permitir que as empresas de tecnologia fabricantes de
máquinas e equipamentos, sejam formalmente reconhecidas
no relacionamento direto com o cliente final, no âmbito do
contrato;
• Aproveitar a capacitação técnica e gerencial das empresas
associadas na participação direta e efetiva nos programas de
implantação das obras de Saneamento Básico e nos seus
respectivos processos licitatórios;
• Nossa capacitação técnica, gerencial e financeira está
comprovada no setor industrial, mas queremos trazer
esta experiência para o setor público.
Possibilidades de aceleração para a
expansão do saneamento
• Permitir ao administrador comprar soluções. Eliminar as
entraves tradicionais da lei 8666 e agilizar execução dos
empreendimentos com qualidade e no prazo acordado e com a
eficiência desejada. Como não há uma tecnologia que prevaleça
sobre todas as outras, em cada caso, o administrador deveria
analisar especificamente (Capex e Opex) e só então definir três
ou quatro que serão mais adequadas.
• A demanda por adoção de nova tecnologia capazes de tratar
com mais eficiência cresce conforme a necessidades as bacias
hidrográficas e do poder da fiscalização.
• Ampliar e readequar a rede de monitoramento para que possa
haver um acompanhamento mais eficaz dos resultados das
ações de despoluição.
• O servidor público tem que ter o compromisso com a política
pública e critérios de eficiência de mercado.
O que esperamos do Governo
Federal no saneamento ?
Planejamento
Financiamento
Incentivos fiscais
Política de Estado
do Saneamento
Conclusão
• Maximizar a participação da industria nacional de
tecnologia fabricantes de equipamentos e sistema em
bases competitivas e sustentáveis na implantação de
obras de saneamento, ampliando a geração de
emprego e valorizando a mão de obra.
• Elaborar uma agenda comum entre as diversas
entidades com propostas claras e objetivas ao setor
público para o bem do saneamento;
• Investimento em saneamento é investimento em
saúde, qualidade de vida, é um direito da sociedade.
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Av. Jabaquara, 2925 – 6º andar
Tel.: (11) 5582-6363
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(clique em Câmaras Setoriais e SINDESAM)
Presidente
: Valdir Folgosi
Vice-Presidentes
: Mauro Gebrim
: Gilson Cassini Afonso
: Marcelo Batista Gomes
Diretor Executivo
: Primo Pereira
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Tecnologias de tratamento de lodo