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23 Congress of the International Union for Biochemistry and Molecular Biology
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44 Annual Meeting of the Brazilian Society for Biochemistry and Molecular Biology
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Foz do Iguaçu, PR, Brazil, August 24 to 28 , 2015
Segurança e eficácia da curcumina no modelo de cicatrização in vitro
Giarola, F.C.1,2, Barbosa, L.A.2, Leite, M.N.1, Frade, M.A.C.1, Caetano, G.F1
1. Divisão de Dermatologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto – USP (Laboratório de Cicatrização e Hanseníase),
São Paulo, Brazil.
2. Laboratório de Bioquímica Celular, UFSJ Campus Centro-Oeste Dona Lindu,
Minas Gerais, Brazil.
A curcumina (diferuloilmetano), um pigmento amarelo extraído do rizoma da
planta Curcuma longa (Cúrcuma ou Açafrão-da-Índia), é uma substância bioativa
natural amplamente estudada. Sua ação antioxidante conhecida e agente antiinflamatório pode ser importante estratégia para melhorar a cicatrização de
úlceras. O objetivo deste trabalho foi analisar in vitro a segurança da curcumina
(proliferação e toxicidade) além da influência na migração celular (cicatrização in
vitro).
Para analisar o efeito citotóxico e proliferativo da droga, as células 3T3
(fibroblasto) e KC (queratinócito) foram cultivadas até confluência e tratadas por
24 e 48h com concentrações de 271,5 µM - 2,715 nM curcumina e analisadas
pelo ensaio de MTT e pela incorporação de timidina radioativa. No modelo de
cicatrização in vitro, a migração foi avaliada pelo ensaio de scratch em que ambas
as células foram tratadas com 271,5 nM e 27,5 nM de curcumina por 24h. Todos
os experimentos foram realizados 5 vezes (n=5).
A curcumina apresentou efeito citotóxico apenas com 48h de tratamento e com
concentrações elevadas de 271,5 µM para 3T3 e 27,15 µM para KC. Na
proliferação celular observou-se efeito semelhante ao da citotoxicidade no qual
apenas concentrações elevadas de curcumina (271,5 µM e 27,15 µM) foram
antiproliferativa, sendo que nenhuma concentração foi capaz de aumentar a
proliferação celular em ambas as células. Escolhidas concentrações de 2,715 µM
e 27,15nM, para verificar a modulação na migração celular, constatou-se que a
curcumina proporcionou migração celular de até 100% nas células 3T3 e de 50%
nas células KC.
Diante disso, nestas concentrações a curcumina mostrou-se segura e eficaz nos
modelos in vitro, podendo ser usada para melhorar a cicatrização cutânea,
necessitando estudos pré-clínicos para confirmar o efeito da droga na cicatrização
cutânea e sua aplicação clínica em humanos.
Agradecimentos: FAPEMIG, FAPESP, FAEPA-HCFMRPUSP
Brazilian Society for Biochemistry and
Molecular Biology (SBBq)
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