Seguem os comentários dos ATRs sobre a situação das lavouras nos Núcleos Regionais,
na semana de 8 a 14 de novembro de 2015:
Núcleo Regional Centro Leste: Primavera do Leste, Santo Antônio do Leste, Novo
São Joaquim e Vale do Araguaia - Gustavo Magnani
A semana foi de baixas precipitações e o risco de replante aumenta em alguns talhões de
soja. Com a não regularidade das chuvas, áreas de soja sofrem com a falta de água,
principalmente em locais em que o solo tem baixos índices de argila. Em muitas áreas
podemos observar restos culturais de algodão remanescentes da safra passada e, como
se isso não bastasse, muitas plantas possuem sinais de alimentação de bicudo. Alguns
produtores vêm eliminando essas soqueiras fazendo catação ou até mesmo repassando
aplicações de herbicidas; outros apenas esperam o início do plantio do algodão ou até
mesmo torcem para que aplicações de pós-emergente na soja deem resultados. Se isso
não ocorrer, teremos mais uma safra com soqueiras de algodão em meio a lavouras de
soja – uma situação lamentável para quem fez a destruição de soqueira de forma eficaz
esperando uma redução significativa da pressão de bicudo. Aproximadamente 80% do
algodão colhido já foi beneficiado e o beneficiamento deverá ser finalizado na primeira
quinzena de dezembro.
Núcleo Regional Norte: Sorriso, Lucas do Rio Verde, Sinop, Nova Ubiratã, Nova
Mutum e Tapurah – Felix Kmiecik
As chuvas ainda não estão ocorrendo a contento para o período e a época, pois
continuam localizadas e com baixos volumes acumulados. Com isso, a soja já emergida
sofre em alguns casos por falta de umidade; os replantes estão acontecendo e esse fato
também ocasiona um ataque maior de pragas, o que vem sendo combatido com mais
frequência. As lagartas Elasmopalpus lignosellus e Spodoptera frugiperda são
preocupantes em alguns talhões, ainda com plantas vivas de algodão em meio à soja.
Tanto o rebrote como as plantas tigueras que permanecem vivas não estão sendo bem
controladas, já que o controle químico não fica eficiente por falta de umidade. O timing
de aplicação também não está sendo acertado e, com isso, as plantas involuntárias vêm
proliferando, assim como doenças e pragas, principalmente o bicudo. O beneficiamento
continua acelerado atingindo 75% do total de algodão colhido, com previsão de término
para a segunda quinzena de dezembro em algumas usinas.
Núcleo Regional Médio Norte: Campo Novo do Parecis, Brasnorte, Diamantino e
São José do Rio Claro – Emilio Araújo Pereira
Esse núcleo está com baixo índice de chuvas. Nas áreas onde será plantado o algodão de
segunda safra, a soja está se desenvolvendo bem, mas há casos onde ocorrem poucas
chuvas, o que prejudica o bom desenvolvimento das lavouras. Há áreas grandes que
ainda não conseguiram realizar o plantio da soja devido ao solo estar muito seco,
inclusive, há propriedades que estão plantando no "pó". Essa situação favorece a
soqueira que está latente e, como possui sistema radicular desenvolvido, consegue se
manter brotando. O beneficiamento já foi finalizado por algumas unidades de produção
e, de modo geral, atinge 87% do total colhido.
Núcleo Regional Noroeste: Sapezal, Campos de Júlio e Comodoro – Emilio Araújo
Pereira
Apesar de ter chovido na maioria das áreas, o regime de chuvas ainda é insuficiente em
alguns locais. O beneficiamento do algodão atingiu cerca de 85% do total colhido. A
preocupação no momento é com a manutenção - sem folhas ou estruturas reprodutivas -
da soqueira que está latente no dossel das plantas de soja, sendo que, em alguns casos,
estas ainda não fecharam a linha, o que favorece a soqueira.
Núcleo Regional Sul: Rondonópolis, Pedra Preta, Itiquira, Alto Garças e Alto
Taquari – Edenilson Souza
Mais uma semana de clima instável, com dias de sol muito quente em algumas regiões e
precipitações pluviométricas de baixa intensidade em outros pontos do núcleo. O
plantio da soja está praticamente na reta final, faltando poucas áreas a serem semeadas.
Em alguns talhões de primeira semeadura já estão sendo realizadas aplicações para
controle de lagartas Spodoptera frugiperda e do gênero Helicoverpa. O alerta fica para
as plantas tigueras e rebrotas que começam a aparecer em meio aos talhões com soja já
em estágio vegetativo. É importante que os responsáveis técnicos e agrônomos fiquem
atentos a estas áreas e realizando o controle imediato destas plantas tigueras e rebrotas
das soqueiras para evitar que se tornem fontes de alimento e reprodução para o bicudo e
demais pragas em meio à soja.
Núcleo Regional Centro: Campo Verde, Jaciara, Dom Aquino e Chapada dos
Guimarães – Renato Tachinardi
Clima mais seco, com dias quentes e ocorrência de chuvas mal distribuídas,
beneficiando apenas algumas áreas do núcleo. A soja semeada está com bom aspecto e a
incidência de lagartas vem aumentando, o que gera necessidade de controle, porém
dentro da normalidade. Segue o vazio sanitário do algodão com muitas tigueras
emergindo, além de rebrotes em alguns talhões, que estão sendo controlados com pósemergentes na soja. Está sendo realizada a adição de inseticidas para bicudos. A
fiscalização do Indea/MT continua e multas estão sendo aplicadas. A captura de bicudos
nas armadilhas continuam com índices altos, apesar de pequena redução na sexta
leitura: a média dos 15 pontos amostrados ficou em 11 B.A.S (bicudo por armadilha por
semana).
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