12 de novembro de 2015 - 1 ESPECIAL / Nº 118 / eco regional / 12 de NOVEMBRO de 2015 Mesmo com excesso de chuva, safra de soja 2015/2016 está com boas expectativas Edinara D. Vedi Sadi e o filho Volmir, de Fontoura Xavier, estão com boas expectativas 12 de novembro de 2015 - 3 2 - 12 de novembro de 2015 Safra de soja 2015/2016 está com boas expectativas Silvane de Lima/Edinara D. Vedi Leptospirose Bovina Deslocamento de RESERVA LEGAL De acordo com o novo Código Florestal, Lei Federal n° 12.651/2012, Reserva Legal é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12 (20% pra os imóveis do Bioma Mata Atlântica), com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa; Através desse conceito algumas particularidades sobre a Reserva Legal sofreram alterações, como: •Averbação: com o novo Código Florestal o imóvel rural ficou isento de efetuar a averbação da área de uso restrito as margens da matrícula do imóvel, anteriormente havia a necessidade de averbação na matrícula do imóvel; •Registro: deverá ser realizado através do CAR (Cadastro Ambiental Rural), antes deveria ser realizado pelo Órgão Ambiental; •Método: basta apresentação de croqui/mapa, delimitando aonde está sendo proposta a área de Reserva Legal, no antigo código florestal deveria ser feito obedecendo norma técnica estabelecida através de regulamento; •Recuperação da área: poderá ser realizada de três formas: •Recomposição florestal: no prazo máximo de 20 anos. Antes poderia ser para um horizonte de 30 anos; •Regeneração natural: sem restrição quanto aos procedimentos. Anteriormente deveria haver isolamento da área; •Compensação ambiental: poderá ser realizada no mesmo Bioma da propriedade. Antes deveria ser na mesma Microbacia Hidrográfica, o que limitava a disponibilidade de áreas para tal finalidade; •Aprovação da Reserva Legal: deverá passar por aprovação da localização pelo SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente); •Multa: no novo Código Florestal não haverá multa na realização do cadastramento da propriedade no CAR, anteriormente havia pena para quem efetuasse a declaração da Re- serva Legal e a mesma não estivesse em condições de regeneração natural. •Uso econômico: a exploração em área de Reserva Legal poderá se dar através de licenciamento florestal com a elaboração do PMS (Plano de Manejo Sustentável) aonde é permitido a execução de algumas atividades esporádicas. •Cômputo das APPs na Reserva Legal: existe a possibilidade de efetuar o somatório das áreas consideradas de preservação permanente com a área a ser delimitada para Reserva Legal sem limite de área ou porcentagem da propriedade, podendo ser considerado toda a extensão de APP como de Reserva Legal, essa prática vale para os imóveis considerados de pequenos produtores. No antigo Código florestal havia limite de área de 25% para cômputo das áreas. Jonas Pancotte Engenheiro Ambiental Técnico em Agropecuária Pós-graduando em Eng. de Seg. do Trabalho CREA-RS 169.553 abomaso em bovinos O deslocamento se dá pela migração da víscera de sua posição anatômica original, no assoalho do abdômen, para uma posição ectópica entre o rumem e a parede abdominal esquerda ou direita. A ocorrência máxima dos deslocamentos abomasais se dá durante as primeiras 6 semanas de lactação, mas eles podem acontecer, esporadicamente, em qualquer estágio da lactação ou da gestação. Os touros bem como os bezerros de qualquer idade podem ser afetados por deslocamento abomasal. Desconhece-se a causa exata do deslocamento abomasal. No entanto vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento do DA, bem como: Produção excessiva de ácidos graxos voláteis, devido às dietas consistirem de materiais alimentares altamente ácidos tais como a silagem de milho, e os grãos fermentáveis como o milho de alta umidade. Estase gastrointestinal causada por doenças metabólicas ou infecciosas como hipocalcemia, Cetose, retenção placentária, metrite, mastite e indigestão. Essas doenças associadas também diminuem o tamanho do rumem devido à redução do apetite e possibilitando a ocorrência do DA. A capacidade corporal mais profunda selecionada nas vacas leiteiras modernas pode permitir mais espaço no abdômen para o movimento do abomaso. Uma combinação desses fatores pode-se envolver em qualquer caso, mas, quando ocorre alta incidência de DA em um rebanho, a investigação do regime alimentar e do tratamento torna-se obrigatória. Sinais clínicos Perda de apetite por alimentos ricos em energia, apresentam queda de 30 a 50% na produção leiteira e desidratação. A auscultação e a percussão simultâneas revelam uma área de ressonância timpânica de tom alto sob o gradil costal no lado esquerdo ou direito correspondendo a localização do deslocamento do abomaso. Tratamento Pode ser feito o tratamento clinico com medicamentos ruminotóricos, laxantes e antiácidos, mas se obtém pouco sucesso com esta terapia. Terapia física que consiste no rolamento do animal para que o abomaso volte para sua posição anatômica. E a correção cirúrgica que sem duvida é o tratamento mais eficaz do deslocamento de abomaso. Fonte: REBHUN, William C. Doenças do Gado Leiteiro. 1 Ed. São Paulo: Roca, 2000 Os gaúchos estão com boas expectativas para a safra de soja 2015/2016. O plantio teve início no mês de outubro. A soja deve ocupar uma área de 3,14 % maior que em 2014/2015, ou 165 mil hectares. Deste total, cerca de 80 mil deverão ser em áreas novas. A perspectiva econômico-financeira que a cultura da soja trouxe para os produtores gaúchos nos últimos anos influenciará em um aumento de área plantada no Estado. O crescimento se deve pela remuneração que a oleaginosa tem apresentado nos últimos anos. Em Fontoura Xavier, Sadi de 70 anos e o filho Volmir Antônio Nadin de 42 anos, estão entre os maiores produtores de soja do município. “Iniciamos a safra de soja na última semana, com uma grande expectativa de colheita”, frisaram os produtores. Sadi, natural de Marau, trabalha com soja há 22 anos, e está investindo no município juntamente com seu filho há 10 anos. “Na última safra plantamos O filho Volmir destaca 320 hectares, onde obtivemos ainda que a chuva atrapalhou o uma média de 40 sacas/hectare, início da safra. “Lutamos diariatotalizando 12 mil sacas, e para mente para superar os obstácua safra 2015/2016 a expectativa los da atividade, e mesmo com é de que aumente ainda mais a dificuldades, vale a pena aposprodutividade, tendo uma pro- tarmos na cultura da soja. Além A Leptospirose é uma doença de distribuição cosmodução final de 14 mil sacas, as- infecciosa de Fontoura Xavier, cultivamos polita, causada por bactérias do gênero Leptospira, que acomete ensim tendo um melhor retorno soja em São Sepé e em Marau”, tre os animais domésticos: bovinos, suínos equinos na renda da família”, comentou disse Volmir. e cães, podendo ocorrer também em animais selvagens. Sua relevância se deve a seu Sadi. potencial zoonótico, podendo levar a doença humana. No rebanho bovino, assume grande importância devido à marcada perda de produtividade e prejuízos causados pela presença da doença na propriedade. Transmissão Os ratos são reservatórios naturais e importantes vetores da leptospira em meios urbanos. Embora no meio rural, o rato também tem sua importância como fonte de infecção, os principais reservatórios da doença dentro de uma propriedade bovina são os próprios animais infectados que disseminam a bactéria através de suas secreções. Nestes animais as leptospiras podem permanecer por longo período nos rins, sendo eliminadas por semanas ou meses através da urina. A transmissão da leptospira pode ocorrer pelo contato direto com a pele, mucosa oral e conjuntival, com a urina e ou órgãos de animais portadores, e também pela via venérea e transplacentária. Sintomas A manifestação clínica da Leptospirose pode ocorrer de três formas: uma forma aguda, onde os animais apresentam apenas febre, anorexia, hemoglobinúria, podendo raramente ocorrer aborto, porém na maioria dos casos é considerada inaparente; uma forma subclínica que ocorre principalmente em vacas não gestantes e não lactentes, mas não são observadas alterações nos animais; e uma forma crônica quando a eptospirose é mais claramente observada Volmir Antônio Nadin, Sadi Nadin e funcionário no rebanho, pois se manifesta clinicamente através de abortos, geque as próximas semanas serão Branco ralmente no alta terço final dealmente gestação, distúrbios reproduemocorridos lavouras de deno município tem 4.850 fundamentais aos produtores sidade. tivos como retenção alterações conNeste caso, de emplacenta, áreas natimortalidade, hectares cultivados com soja. gênitas, nascimento de bezerros na produção de para a conclusão da semeadura mais úmidas se recomenda usar fracos, redução Rafael acrescenta ainda leite, aumento do intervalo entre partos e subfertilidade, sinais que das lavouras de soja e nos meses um menor número de plantas que apesar destas dificuldades diretamenteuma na eficiência do animal. de dezembro e janeiro a chuva narefletem linha, permitindo maior reprodutiva no estabelecimento inicial da Diagnostico tende a se normalizar, não sen- insolação da lavoura. Em áreas cultura em decorrência da chudiagnostico pouco preciso, devendo ser estabelecido do tão acima da média e assim com Ohistórico de clinico Mofo éBranva, as próximas semanas serão diagnostico diferencial com outras doenças que causam aborto. trazendo consigo boas expecta- co, recomenda-se o tratamento fundamentais para o na bom estaSoroaglutinação o teste mais utilizado rotina tivas. de sementes com os microscópica fungicidas é belecimento da cultura, não declinica é indicado comoo teste de referencia pela (OMS) Para o técnico Rafael, o ex- indicados, bem como uso de vendo haver grandes prejuízos. Também pode serà feito bacteriano para isolamento do cesso de chuvas pode causar controle biológico, baseo cultivo de “Devemos uma boa safra agente através de amostra de sangue, líquor ou ter urina, conteúdo es-de alguns tipos de doenças, sen- Trichoderma, através de pulve- soja em 2015/2016, a qual assotomacal de fetos abortados, conteúdo de rins, fígado e baço. do principalmente associadas rizações”, comenta. ciada à boa cotação do bushel e Controle ao baixeiro, as quais devem ser Em Nova Alvorada tam- à alta do dólar, deverá ser muito Tratar os animais doentes no rebanho para controlar a eliminacontroladas com fungicidas bém teve crescimento na área bem remunerada, o que está a ção de leptospiras na urina. próprios, como os à base de plantada com soja, substituindo animar os sojicultores do muniVacinar o rebanho para se ter uma proteção contra a doença. Carbendazim. “Também pode culturas como fumo, erva-mate cípio e região”, salientou. Controle dos roedores. haver dificuldades com o Mofo e até mesmo campo nativo. AtuTratamento Consulte um Médico Veterinário. Técnicos agrícola aponta boas expectativas em Nova Alvorada A expectativa para a cultura da soja em Nova Alvorada é boa, onde os agricultores estão com bons níveis tecnológicos, cultivares de alta produtividade e com bons investimentos em controles integrados de pragas e doenças, bem como no planejamento da adubação. Para o técnico da Emater/RS – ASCAR de Nova Alvorada, Rafael Goulart Machado, em Nova Alvorada o zoneamento agrícola dos cultivares de soja superprecoces vai até 20 de dezembro. “Apesar disso, o período mais indicado para o plantio da cultura vai de 11 de outubro até mais ou menos metade de novembro. Neste período ini- Técnico da Emater de Nova Alvorada, Rafael Goulart Machado cial tivemos chuvas bem acima da média no mês de outubro. No mês de novembro, de acordo com o prognóstico climático para a nossa região, a tendência é que tenhamos um mês com 75 a 100 mm acima da média normal, o que é bastante significativo, já que a chuva normal do mês é de aproximadamente 150 mm”, comentou. Em decorrência da chuva, os agricultores do município de Nova Alvorada estão com alguma dificuldade para fazer o plantio, apesar disso, cerca de 45 a 50% já foi plantada. “Além de atrasos no plantio, esta maior pluviosidade associada à presença de nuvens prejudica a fotossíntese a ser realizada pelas plantas, trazendo prejuízos ao crescimento vegetativo. Apesar de sabermos das dificuldades associadas à maior pluviosidade neste importante período de plantio e crescimento inicial da soja, é impossível quantificar neste momento os prejuízos, os quais não devem ser muito significativos, visto que ainda temos tempo para o plantio das cultivares superprecoces e ainda há uma boa janela para o plantio das variedades de ciclo precoce e médio”, salientou o técnico Rafael, destacando ainda que o que pode-se concluir é 4 - 12 de novembro de 2015 Reunião profícua com o secretário da Agricultura Ernani Polo Engº. Florestal Roberto M. Ferron – Diretor Executivo do IBRAMATE Divulgação Secretário Ernani Polo recebeu a camisa do Ibramate Importantes assuntos foram tratados Divulgação prol da cadeia produtiva da erva-mate, conforme legislação vigente; 5º) Oficialização do Cadastro Ervateiro (produtores, indústrias ervateiras, viveiristas, e árvores superiores de erva-mate) pela SEAPI, conforme legislação vigente. Este cadastro foi desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Rural da Universidade Federal de Santa Maria, através de Convênio de Cooperação Técnica com IBRAMATE, cujo custo foi de R$ 30.000,00. Os aplicativos GEOMATE e C-7 ILEX estão concluídos. O IBRAMATE está buscando um Convênio de Prestação de Serviços Técnicos com a EMATER-RS para levantamento de dados e a realização do cadastro com informações estatísticas oficiais da cadeia produtiva da erva-mate no RS. Atualmente, estamos executando o projeto piloto no município de Doutor Ricardo, cujos resultados serão colocados em apreciação junto a SEAPI-FUNDOMATE para definir os custos de sua execução pela EMATER-RS. Ressaltamos que este cadastro poderá ser utilizado por todas as Secretarias de Estado para as atividades de fiscalização, controle e base para o planejamento e gestão de políticas públicas; 6º) Requeremos e reiteramos que o GT DA FISCALIZAÇÃO instituído por Decreto do Governador centre seu foco de discussão nas ações que gerem mecanismos eficientes de fiscalização da industrialização da erva-mate, seja nos aspectos de sanidade, ambiental, fiscal, tributário, dentro das atribuições de cada Secretaria. Como exemplo, citamos a falta de cobrança dos inadimplentes do pagamento das taxas do FUNDOMATE desde o exercício de 2014, conforme levantamento apresentado pela própria SEFAZ; 7º) Requeremos o acompanhamento dos processos administrativos abertos pela SEAPI, conforme deliberado na CÂMARA SETORIAL DA ERVA-MATE, e Divulgação A direção do IBRAMATE, presidente Alfeu Strapasson e o diretor executivo Roberto Ferron estiveram em audiência com o secretário Estadual de Agricultura Ernani Polo, coordenador da Câmara Setorial da Erva-mate e secretário executivo do FUNDOMATE/SEAPI Tiago Fick, e assessor Fabricio Azolin, no dia 10 de novembro, para tratar de assuntos importantes para a cadeia produtiva da erva-mate. Nesta audiência os diretores do IBRAMATE solicitaram apoio político e administrativo para diversos pleitos, conforme abaixo relacionado: 1º) Renovação do Convênio SEAPA/ IBRAMATE nos moldes do atual convênio, que finaliza em 31 de dezembro de 2015, mediante apresentação do novo Plano de Trabalho e Plano de Aplicação de Recursos Financeiros para 2016, no montante de R$ 500.000,00; 2º) Definição do cronograma do repasse dos R$ 500.000,00. Para tanto, sugerimos o repasse em duas parcelas, sendo a primeira de R$ 250.000,00, após a aprovação do respectivo Plano de Trabalho, preferencialmente no mês de janeiro de 2016. E a segunda no início do segundo semestre, preferencialmente no mês de julho de 2016. Justificamos esta proposta em razão dos Programas e Ações do IBRAMATE já planejados e definidos em nosso Planejamento Estratégico e de Ações para o período de 2014 a 2019; 3º) Considerando que, recentemente, a Secretaria Estadual da Fazenda desviou os recursos arrecadados pelo FUNDOMATE exercício 2014 para o Caixa Único, solicitamos estudos para a cobrança de 50% da taxa de contribuição diretamente ao IBRAMATE, a exemplo do IBRAVIN; 4º) E requeremos garantia desta Secretaria no repasse dos recursos arrecadados pelo FUNDOMATE - exercício 2015 ao IBRAMATE no próximo ano, para fins de continuidade das politicas públicas implementadas pelo Estado em Secretário da Agricultura Ernani Polo, presidente do Ibramate Alfeu Strapasson, diretor executivo do Ibramate Roberto Ferron que tramitam em outras Secretarias, a exemplo da inclusão da erva-mate na merenda escolar, que se encontra na Secretaria Estadual de Educação; legislação que torna as Árvores matrizes cadastradas no C7-ILEX imunes ao corte, cujo processo se encontra na SEMA; e a cobrança dos inadimplentes do FUNDOMATE, que se encontra na SEFAZ. Segundo o Secretário Ernani Polo, os pleitos são justos e importantes para a continuidade dos trabalhos, programas e projetos do IBRAMATE em conjunto com a SEAPI, FUNDOMATE e CÂMARA SETORIAL DA ERVA-MATE. Determinou à sua assessoria que desse andamento aos pleitos, e principalmente que se agilizasse a efetivação do novo Convênio de Cooperação com o IBRAMATE, garantindo o repasse dos recursos financeiros para o exercício de 2016. Para o presidente Alfeu Strapasson, a garantia do repasse dos recursos financeiros para o exercício 2016 é fundamental para a continuidade do ótimo trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Instituto. . Ilópolis, 11 de novembro de 2015.