MTB-2-PM
Polícia Militar do Estado de São Paulo
Manual Técnico de Bombeiros
HIDRANTES
Setor Gráfico do CSM/M Int
Impresso em abril de 2003
2ª Edição
Tiragem: 4.500 exemplares
Publicado no Bol G PM 119/03
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMANDO GERAL
São Paulo, 19 de maio de 2003.
DESPACHO Nº DSist-002/322/03
1. O Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, usando das
atribuições que lhe conferem os artigos 16 e 43 das I-1-PM (Instruções para as
Publicações da Polícia Militar), manda pôr em execução e autoriza a impressão do
MTB-2-PM - Manual Técnico de Bombeiros da Polícia Militar, HIDRANTES, 2º
Edição, e determina a sua publicação e impressão em anexo ao Boletim Geral PM.
2. Fica revogado o Manual Técnico de Bombeiros da Polícia Militar (MTB-2-PM)
HIDRANTES (1º Edição) aprovado pelo Despacho nº 1EM/PM-112/02, de 21JUL78
e publicado no Bol G PM nº 008/79.
ALBERTO SILVEIRA RODRIGUES
Cel PM Cmt Geral
DISTRIBUIÇÃO
1. Órgãos de Direção
a. Geral
Cmt G .............................................................................................................. 1
Scmt PM.......................................................................................................... 1
EM/E (Coord. Operacional) ............................................................................. 1
Seções do EM/PM (cada) ............................................................................... 1
Corregedoria PM ............................................................................................. 1
b. Setorial
Diretorias (cada) .............................................................................................. 1
2. Órgãos de Apoio
a. OAE (cada) ................................................................................................... 1
b. OPM de Apoio Logístico (cada) .................................................................... 1
c. OPM de Apoio de Pessoal (cada) ................................................................. 1
d. OPM de Apoio de Saúde (cada) ................................................................... 1
e. OPM de Apoio de Sistemas (cada) ............................................................... 1
f. OPM de Apoio de Bombeiros
CSM/MOpB ..................................................................................................... 5
CEIB ............................................................................................................ 300
3. Órgãos Especiais de Apoio
a. DSA/CG........................................................................................................ 1
b. C Mus ........................................................................................................... 1
4. Órgãos de Execução
a. CPC e CPM (cada) .......................................................................................... 1
b. CPA/M e CPI (cada) ........................................................................................ 1
c. UOp (cada) ...................................................................................................... 1
d. CCB ............................................................................................................. ..60
e. CBM ................................................................................................................ 5
f. UOp/CB (cada) ............................................................................................. 150
5. Órgãos Especiais de Execução
a. CPChq, CPRv, CPAmb e GRPAe (cada) ..................................................... 1
b. UOp (cada) ................................................................................................... 1
6. Casa Militar ......................................................................................................... 2
7. Reserva do Comando Geral
a. 1ª EM/PM .................................................................................................... ..20
b. DSist ................................................................................................................ 1
c. CSM/M Int (para venda) .............................................................................. 200
(*) Obs: os exemplares serão distribuídos às Unidades pelo CSM/M Int e
controlados por meio de recibo conforme o prescrito no artigo 57 das I-1-PM
(Instruções para as Publicações da Polícia Militar).
ÍNDICE GERAL
Pág.
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO ............................................................................ 05
CAPÍTULO II - TIPOS DE HIDRANTES ............................................................. 07
CAPÍTULO III - MEDIDORES DE PRESSÃO E DE VAZÃO .............................. 09
CAPÍTULO IV - PLANEJAMENTO DA INSTALAÇÃO DE HIDRANTES ............ 12
CAPÍTULO V - INSPEÇÃO DE HIDRANTES .................................................... 17
CAPÍTULO VI - TESTES DE VAZÃO E PRESSÃO ........................................... 27
CAPÍTULO VII - MATERIAIS PARA OPERAÇÕES COM HIDRANTES ............ 37
ANEXO A - RELATÓRIO DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE HIDRANTES.42
ANEXO B - TABELA DE VAZÕES DE HIDRANTES..........................................43
ANEXO C - TABELA DE VAZÕES DE HIDRANTES (em PSI)...........................44
ANEXO D - RELATÓRIO DE TESTES OPERACIONAIS DE HIDRANTES.......45
ÍNDICE REMISSIVO .......................................................................................... 46
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 47
ELABORAÇÃO .................................................................................................. 48
OPM RESPONSÁVEL ....................................................................................... 48
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1.0 - O combate ao incêndio se baseia na remoção de um dos três elementos cuja
coexistência é indispensável à combustão: o combustível, o comburente e o calor.
2.0 - Em termos gerais, a água tem sido considerada como o melhor agente extintor
de incêndio; razões principais:
2.1 - boa ação de resfriamento;
2.2 - sob as condições usuais, apresenta composição química estável;
2.3 - recobrindo a superfície de substâncias combustíveis, na forma líquida ou de
vapor, pode impedir o acesso de suficiente oxigênio do ar.
3.0 - A eficácia da água em dominar o fogo, usualmente, depende em atingir o
combustível e resfriá-lo a um ponto em que cessem a combustão contínua e o
desprendimento de gases ou vapores formadores de misturas ignicíveis.
4.0 - Para atingir o material em combustão, o jato de água, emitido pelo esguicho,
deve ter forma (secção transversal) e energia (velocidade) capazes de permitir-lhes
vencer uma considerável resistência do ar e passar através de gases ou vapores
aquecidos;
4.1 - nestas condições, decorrem as observações práticas enunciadas a seguir:
4.1.1 - os esguichos devem ter requintes (peças de extremidade) capazes de
produzir jatos compactos;
4.1.2 - o consumo de água depende muito da precisão com que se consiga fazer o
jato atingir e dominar extensões sucessivas de partes básicas, alimentadoras do
fogo;
4.1.3 - o combate a incêndio, em que se possa trabalhar com o esguicho no interior
do edifício, nas proximidades dos focos incandescentes, exige volume de água bem
menor do que quando o jato só pode ser dirigido do exterior;
4.1.4 - quando o jato só pode ser dirigido do exterior, é preferível ter-se poucos
esguichos de grande vazão do que a mesma quantidade de água lançada por meio
de numerosos esguichos de pequena capacidade, pois os jatos de pequeno porte
não exercem uma ação compacta sobre o material em combustão, ou, talvez nem
mesmo consigam molhá-lo; o material continua queimando e emitindo calor,
impossibilitando uma conquista progressiva de terreno, na luta contra o fogo;
4.1.5 - usando-se jatos possantes, é importante ir-se deslocando seguidamente o
ponto de impacto; 1200 litros por minuto é um bom jato emissível, podendo-se
perceber que, apenas um ou dois minutos de aplicação, em geral, bastarão para
molhar e resfriar simultaneamente qualquer ponto;
4.1.6 - após essa curta aplicação, se não houver redução apreciável das chamas e
do calor, é de se presumir que o jato não esteja incidindo em parte vital, devendose, portanto, escolher outro ponto de ataque;
4.1.7 - os requisitos de capacidade (vazão e quantidade de esguichos) crescem
sensivelmente com as dimensões do incêndio, especialmente com o volume e
natureza (calor específico, temperatura de ignição, limites de explosividade etc) do
material combustível interveniente; ação do vento sobre a renovação do comburente
-5-
e transmissão do calor, bem como, sobre o alcance dos jatos, é também um fator
ponderável.
5.0 - Existem condições especiais em que é recomendável a aplicação de jatos de
água sob a forma de neblina; são empregados esguichos especiais; pode-se
também recorrer aos esguichos comuns, manobrando-os no sentido da verticalidade
de modo que passem a trabalhar com um ângulo superior ao máximo permissível
para jato compacto, à distância considerada.
6.0 - O emprego de água sobre a superfície de edifícios ou estruturas
circunvizinhas, seriamente ameaçadas, poderá ser a medida adequada para
controlar a temperatura, evitando propagação do incêndio e ocorrência de danos,
principalmente nas vidraças, devido ao calor.
7.0 - Lançamento de água sob a forma de neblina sobre a área acometida pelo fogo
pode acarretar um abaixamento conveniente da temperatura; é, porém, uma tática
só cogitada quando, em definitivo, se verificar que o jato compacto disponível não
consegue um melhor efeito de ação direta sobre o núcleo do fogo.
8.0 - O combate a incêndio, mediante o uso de jato compacto de água, no caso de
derivado de petróleo e de outros líquidos inflamáveis em geral é de pouca valia;
eventualmente, há efeito negativo, aumentando a superfície atingida pelo líquido em
chamas;
8.1 - por meio de jato de água sob a forma de neblina, regando toda a superfície
inflamada, pode-se baixar a temperatura de modo a fazer cessar a combustão; para
dar resultado, deve-se dispor de bastante água e de eficientes esguichos;
8.2 - no caso de líquidos que não a gasolina e semelhantes produtos refinados, a
aplicação de jato de água sob a forma de neblina em alta pressão, pode formar
emulsões temporárias na superfície, constituindo um manto de efeito abafador.
9.0 - Uma série de outras situações específicas pode ser catalogada, em conexão
com uma aplicação de água sob forma de neblina, notadamente na remoção ou
confinamento de emanações tóxicas resultantes do incêndio e no controle de
explosividade de fluídos pré-existentes ou decorrentes do incêndio.
10.0 - A água sob a forma de neblina, obtida mecanicamente por meio de esguichos
especiais, possui qualidades de eficiência e rapidez na remoção do calor e de gases
tóxicos, eficácia contra a explosividade de gases, capacidade de controlar o fogo em
líquidos inflamáveis e condutividade elétrica muito reduzida.
-6-
CAPÍTULO II
TIPOS DE HIDRANTES
11.0 - Tipos de hidrantes:
11.1 - hidrantes são dispositivos existentes em redes hidráulicas, que possibilitam a
captação de água para o emprego nos serviços de bombeiros, principalmente no
combate a incêndios;
11.2 - os hidrantes podem ser de coluna ou subterrâneos.
12.0 - Hidrantes de coluna:
12.1 - os hidrantes de coluna instalados nos passeios públicos são dotados de junta
de união para conexão com mangueiras ou mangueirotes - A NBR 5667 estabelece
as normas de fabricação dos hidrantes de coluna - Sua abertura é feita através de
um registro de gaveta, cujo comando é colocado ao lado do hidrante - Possui uma
expedição de 100 mm em sua parte frontal e duas expedições de 60 mm, na suas
laterais;
12.2 - tem sobre os hidrantes subterrâneos, a vantagem de permitir captação de
maior volume de água, além de oferecer visibilidade e dificilmente ser obstruído;
12.3 - as expedições possuem tampões que exigem uma chave especial para
removê-los.
Fig. 2-1 - Hidrante de coluna
-7-
13.0 - Hidrantes subterrâneos:
13.1 - hidrantes subterrâneos - são aqueles situados abaixo do nível do solo, como
suas partes (expedição e válvula de paragem) colocadas dentro de uma caixa de
alvenaria, fechada por uma tampa metálica;
13.2 - na Capital de São Paulo, a grande maioria dos hidrantes é deste tipo - são
antiquados, facilmente obstruídos por sujeira e de difícil localização. Para sua
utilização, há necessidade do aparelho de hidrante;
Fig. 2-2 - Hidrante com expedições simples
13.3 - não há norma técnica padronizando a sua fabricação. Estão sendo
desativados e substituídos por hidrantes de coluna.
-8-
CAPÍTULO III
MEDIDORES DE PRESSÃO E DE VAZÃO
14.0 - Medidores de pressão:
14.1 - são aparelhos destinados a aferir a ação da água, estática ou dinâmica, no
interior de uma tubulação ou quando expelida, assinalando o resultado através da
marcação em um manômetro;
14.2 - um tipo de medidor de pressão possui o tubo Pitot para determinar a pressão
dinâmica;
14.3 - o manômetro pode ser calibrado para libras por polegada quadrada (PSI ou
2
Lb/Pol ), podendo ser calibrado em metros de coluna de água (mca) e, ainda,
simultaneamente, em duas ou mais dessas medidas em escalas correspondentes;
14.4 - no uso do medidor de pressão com tubo Pitot, a agulha deve ser colocada
diretamente na linha central do jato, distante da face do esguicho, não mais do que
uma vez e meia o diâmetro do esguicho;
14.5 - o diâmetro de entrada do tubo Pitot deve ser maior que a metade do diâmetro
do esguicho, por exemplo: para um esguicho de 25 mm, o diâmetro de entrada do
tubo Pitot deve ser maior que 12,5 mm e, este deve ser colocado à distância de 38
mm da extremidade do esguicho.
15.0 - Princípio de funcionamento:
15.1 - o princípio de funcionamento do aparelho Pitot se baseia na Equação de
Bernoulli e esta, por sua vez se baseia no princípio da conservação da energia - A
energia de velocidade da água conduzida por um conduto forçado, ao ser
introduzida na agulha do aparelho Pitot se transforma em energia de pressão que
poderá ser aferida através do manômetro instalado no final da tubulação do
aparelho;
15.2 - equação de Bernoulli:
V1
2g
2
+
P1

+
Z1
=
V2
2g
2
+
P2

+
Z2
15.2.1 - a energia no ponto 1 (água escoando por uma tubulação) que consiste em
energia de velocidade se transforma, no ponto 2 (interior do aparelho Pitot) em
energia de pressão.
15.3 - outro tipo de medidor de pressão consiste em um “tampão” colocado na
expedição do hidrante:
15.3.1 - este medidor determina a pressão estática em um hidrante; é também
usado para determinar a pressão em vários pontos da linha de mangueiras;
15.3.2 - consta de uma peça de curta extensão, com manômetro e torneira de
escoamento conectado;
15.3.3 - torneira de escoamento é utilizada para liberar o ar do hidrante, antes de se
efetuar a medição.
15.4 - nas operações com hidrantes algumas regras gerais devem ser observadas, a
fim de obter o melhor rendimento e sua conservação:
-9-
15.4.1 - abrir a válvula do hidrante lentamente, e em especial quando a mangueira
está ligada diretamente à expedição;
15.4.2 - fechar a válvula também lentamente, para prevenir o conhecido golpe de
aríete e a possibilidade de danos na tubulação;
15.4.3 - após o uso, certificar-se que a válvula do hidrante está devidamente
fechada, se não há vazamentos e que a tampa está bem colocada, para que a
válvula não sofra danos;
15.4.4 - a válvula do hidrante não deve ser operada sem que o aparelho de hidrante
(para hidrante subterrâneo) ou mangueira estejam conectados;
15.4.5 - abrindo-se a válvula do hidrante subterrâneo com a canalização vazia,
poderá ocorrer contaminação pela sujeira da caixa, poluindo assim o suprimento de
água, quando do retorno de água na tubulação;
15.4.6 - uma falha comum a alguns Corpos de Bombeiros é o uso inadequado da
capacidade do hidrante, particularmente em grandes incêndios;
15.4.7 - quando um hidrante é conectado numa tubulação de grande diâmetro, boa
pressão é mantida, ele pode satisfatoriamente suprir dois auto-bombas;
15.4.8 - em zonas de cidade onde tubulações são feitas em ligações cruzadas em
intervalos relativamente curtos, um simples hidrante pode suprir até três autobombas, fora a alimentação por gravidade.
Fig. 3-1 - Tubo Pitot para
Fig. 3-2 - Tampão para Pressão
Pressão Dinâmica
Estática
16.0 - Medidores de vazão:
16.1 - são aparelhos destinados a aferir a quantidade de água (vazão), que percorre
o interior de uma tubulação, ou quando de sua saída, assinalando o seu resultado,
através de um marcador analógico ou digital, de boa qualidade;
16.2 - existem vários tipos de medidores de vazão, porém o mais recomendado e
utilizado é o tipo roda d’água, por ser de fácil instalação, operação e manutenção;
16.3 - para operar este tipo de medidor, basta acoplá-lo ao hidrante ou ao aparelho
de hidrante;
16.4 - ao abrir o hidrante lentamente, a água vai fluir pelo seu corpo ou pelo
aparelho de hidrante. O medidor de vazão, estando acoplado ao hidrante, faz com
que a água percorra um tubo, o qual faz parte do medidor, acionando as suas
-10-
palhetas, que giram em torno de seu próprio eixo, fazendo desta forma a leitura da
vazão e, indicando no visor do aparelho, a vazão daquele momento;
16.5 - o aparelho vem com um medidor de vazão, calibrado de fábrica e pode indicar
as vazões em litros por minuto ou em galões por minuto. Podem ser analógicos ou
digitais, sendo este último, alimentado por uma fonte de energia de corrente
contínua C.C (bateria).
Fig. 3-3 - Medidor de Vazão Digital
-11-
CAPÍTULO IV
PLANEJAMENTO DA INSTALAÇÃO DE HIDRANTES
17.0 - Para o planejamento da instalação de hidrantes, primeiramente o
Comandante do Posto de Bombeiros, deverá solicitar junto à Concessionária local, o
mapa onde constem as adutoras, com diâmetro igual ou maior a 100 mm (4
polegadas):
17.1 - esse procedimento deverá ser feito mediante documentação da Seção
competente e direcionada ao Departamento de Operações da Concessionária ou
pessoa equivalente;
17.2 - recebido o mapa das adutoras e após análise e avaliação, deve-se relacionar
os locais em que há necessidade da instalação de hidrantes, visando atender
principalmente os pontos de maior concentração, tais como: residencial, comercial,
industrial, hospitais, escolas, terminais de ônibus e favelas;
17.3 - é recomendada a instalação do hidrante de coluna (Figura 4-1),
preferencialmente nas adutoras de maior diâmetro;
ADUTORA
CANALIZAÇÃO
CURVA
REGISTRO DE
GAVETA
REGISTRO
DE GAVETA
Fonte: Concessionária de Águas de Campinas ( SANASA )
Fig. 4-1 - Instalação do hidrante de coluna
17.4 - uma vez relacionados os locais, verificar em conjunto com a Concessionária
de Águas local se existe a possibilidade técnica de instalar os hidrantes nos locais
escolhidos, verificando-se as plantas (projetos) e mapas existentes (Figura 4-2);
-12-
Fonte: SANASA - Campinas
Fig. 4-2 - Detalhe de um mapa de adutoras
17.5 - se não houver rede disponível do diâmetro mínimo requerido, deve-se
procurar outros pontos para instalação, verificando sempre o diâmetro da rede, uma
vez que a necessidade mínima para instalação do hidrante de coluna ser adutora de
100 mm (4 polegadas);
17.6 - havendo rede disponível, deve-se escolher o local exato da instalação e
relacioná-lo, para que posteriormente seja visitado e marcado o melhor
posicionamento do hidrante a ser instalado;
17.7 - o posicionamento deve atender às normas técnicas brasileiras e
regulamentos de cada concessionária dentro do seu Município;
17.8 - a instalação do hidrante deve ser acompanhada de perto (figuras 4-3 a 4-6):
Fig. 4-3 - Corte do asfalto e escavação para a instalação do hidrante
-13-
Fig. 4-4 - Execução da derivação da rede para o hidrante
Fig. 4-6
Finalização da instalação do hidrante
Fig. 4-5
Instalação do hidrante
17.8.1 - após a sua instalação, deve-se efetuar uma inspeção, seguida de um teste
para saber as condições de pressão e abastecimento do hidrante, seguindo o
preconizado pelos POP de Inspeção e Testes de Hidrantes (figura 4-7).
-14-
Fig. 4-7 - Execução da inspeção e testes no hidrante depois de instalado
17.9 - o próximo passo é numerar o hidrante, seguindo o que versa o POP de
inspeção de hidrantes, e incluí-lo na relação do COBOM, assim como, no mapa de
hidrantes e demais controles operacionais;
17.10 - finalmente, deve-se colocar o hidrante em operação, para a utilização das
guarnições (figura 4-8), sendo esse fato documentado e divulgado aos Postos de
Bombeiros e órgãos necessários;
Fonte: Manual de Fundamentos Do CB
Fig. 4-8 - Hidrante de coluna em operação, abastecendo uma viatura por meio de
mangueirote
-15-
17.11 - o planejamento adequado da instalação dos hidrantes urbanos fará com que
o abastecimento para as viaturas em um combate a incêndio, seja mais prático e
racional, evitando-se, desta forma, a perda de tempo na sua localização e operação,
pois a escolha do local ideal é aquela em que o hidrante fornecerá um volume de
água conhecido e em abundância;
17.12 - deve-se sempre observar um detalhe importante: não importa que os
hidrantes urbanos estejam distantes entre si, pois é melhor perder um certo tempo
no deslocamento, do que no abastecimento. Por este motivo deve-se instalá-los nas
adutoras de maior diâmetro, a fim de garantir grandes vazões para o combate
eficiente aos incêndios.
-16-
CAPÍTULO V
INSPEÇÃO DE HIDRANTES
18.0 - Freqüentemente, o sucesso do Corpo de Bombeiros na extinção de um
incêndio depende da quantidade de água disponível para combatê-lo. Por isso, é
fundamental que os hidrantes da área de atuação dos Postos de Bombeiros,
estejam em perfeitas condições de funcionamento e sejam inspecionados
periodicamente pelas guarnições da respectiva área:
18.1 - todos os hidrantes devem ser inspecionados com regularidade. A inspeção
deverá ser feita pelo menos duas vezes por ano, como recomenda organismos
internacionais, como a ISSO;
18.2 - a inspeção começa com um exame físico do hidrante e das suas adjacências,
para identificar quaisquer dificuldades potenciais que o auto-bomba possa ter para
conectar-se a ele e utilizá-lo;
18.3 - a seqüência de procedimentos para a inspeção do hidrante é descrita a
seguir:
18.3.1 - verificar se o hidrante não está obstruído;
18.3.2 - checar se não foram instalados equipamentos públicos que possam
bloquear o acesso ao hidrante. Dentre essas obstruções incluem-se: postes de
eletricidade, sinais de trânsito, árvores, cercas etc. Verificar também se a válvula de
abertura e fechamento do hidrante, não foi instalada na frente e muito próxima da
expedição de 100 mm;
Fig. 5-1 - Obstruções
18.3.3 - verificar se as expedições estão na posição correta para uso.
-17-
18.4 - por vezes, o hidrante é instalado com a expedição de 100 mm, voltada para o
lado contrário da rua, impossibilitando o seu uso. Verificar também se o hidrante não
foi instalado com muita inclinação, impedindo qualquer conexão a ele:
Fig. 5-2 - Posição das expedições
18.4.1 - verificar se há altura suficiente entre as expedições e o solo, isto é, se o
hidrante não foi instalado demasiado fundo no solo.
18.5 - tal erro de instalação obriga que o bombeiro tenha que cavar o solo ao redor
do hidrante, para utilizá-lo:
Fig. 5-3 - Altura entre o solo e as expedições
-18-
18.5.1 - verificar se o corpo do hidrante e as expedições não estão danificados;
Fig. 5-4 - Integridade do hidrante
18.5.2 - checar se o hidrante e as expedições não sofreram danos por choques de
veículos ou se o hidrante não está instalado demasiado perto da guia, expondo-o a
danos;
18.5.3 - verificar o estado da pintura do corpo do hidrante e da tampa da válvula de
abertura.
18.6 - checar se a pintura do hidrante, tanto do seu corpo como da tampa da válvula
de abertura está em boas condições, permitindo que ele seja facilmente identificado.
Se a pintura estiver em mau estado, deverá ser renovada:
Fig. 5-5 - Estado da pintura
-19-
18.6.1 - verificar a existência e o funcionamento da válvula de abertura e
fechamento do hidrante;
18.6.2 - verificar se a válvula não está obstruída por terra ou entulho e se ela está
em pleno funcionamento;
Fig. 5-6 - Válvula de abertura
18.6.3 - verificar a existência de todos os tampões.
18.7 - checar se todos os tampões estão propriamente instalados:
Fig. 5-7 - Tampões
-20-
18.7.1 - verificar se não há objetos estranhos no interior do corpo do hidrante.
18.8 - se um ou mais tampões estiverem faltando, provavelmente haverá material
estranho no seu interior. Verificar e fazer a limpeza antes de abrir a válvula de
abertura:
Fig. 5-8 - Objetos estranhos no interior do hidrante
18.8.1 - verificar a existência e estado da tampa da válvula de abertura e
fechamento do hidrante.
18.9 - checar se existe a tampa de ferro fundido que protege o registro, bem como
se a mesma não está quebrada:
Fig. 5-9 - Estado da tampa do registro
-21-
18.9.1 - inspecionar a gaxeta e a calafetação ao redor das expedições.
Fig. 5-10 - Inspeção quanto a vazamentos
18.10 - remover um dos tampões da expedição e abrir a válvula de abertura e
fechamento do hidrante, até que a água se torne mais clara;
18.11 - esta abertura destina-se a remover a água que se encontra parada após a
válvula de abertura e fechamento do hidrante. Observar que a abertura e o
fechamento do hidrante deverá ser sempre feito de forma lenta, para evitar o golpe
de aríete:
Fig. 5-11 - Escoamento de água
-22-
18.11.1 - abrir e fechar a válvula, verificando se há alguma resistência incomum na
operação:
18.11.1.1 - checar se a válvula de abertura e fechamento está funcionando
adequadamente.
Fig. 5-12 - Abertura e fechamento da válvula
18.11.2 - fechar a válvula, verificando se não há vazamento na gaxeta:
18.11.2.1 - verificar se a gaxeta está em boas condições e não apresenta
vazamentos.
Fig. 5-13 - Estado da gaxeta
-23-
18.11.3 - verificar se o padrão das roscas das expedições é compatível com os
equipamentos do CB.
18.12 - acoplar adaptações de rosca fêmea para engate rápido Storz, tanto nas
expedições de 60 mm como na de 100 mm, para verificar se o padrão de rosca
permite um acoplamento perfeito;
Fig. 5-14 - Teste do padrão de rosca
18.13 - lubrificar as roscas das juntas:
18.13.1 - antes de recolocar os tampões, as roscas deverão ser lubrificadas com
uma mistura de óleo lubrificante e grafite. Se houver ferrugem ou outro tipo de
sujeira nas roscas e no interior dos tampões, ela deverá ser removida com uma
escova antes de ser aplicado o lubrificante. Verificar também o estado das
borrachas de vedação dos tampões. Se necessário, substituí-las;
-24-
Fig. 5-15 - Lubrificação das roscas
18.13.2 - recolocar os tampões das expedições, fixando-os bem.
18.14 - os tampões deverão ser recolocados em seus locais e fixados firmemente
para não serem retirados por pessoas não autorizadas;
Fig. 5-16 - Recolocação dos tampões
-25-
18.15 - registrar os defeitos constatados no relatório próprio:
18.15.1 - os Postos de Bombeiros deverão manter em arquivo um registro completo
do resultado da inspeção de cada hidrante, preenchendo-se o relatório próprio
(Anexo A );
18.15.2 - qualquer reparo necessário no hidrante deverá ser solicitado por escrito à
concessionária dos serviços de água local. Após a execução dos reparos, nova
inspeção deverá ser realizada, para verificar se foram adequadamente executados.
Fig. 5-17 - Registro no relatório
19.0 - Advertências:
19.1 - alguns órgãos fornecedores de água dos municípios instalam uma segunda
válvula de abertura e fechamento na rua, a qual pode estar, eventualmente, na
posição fechada, impedindo o uso do hidrante;
19.2 - muitas vezes o hidrante não fornece água (é considerado seco), devido à
existência dessa segunda válvula, que foi esquecida fechada pela concessionária
local dos serviços de água, quando da instalação ou manutenção do hidrante;
19.3 - se esta válvula estiver visível deverá ser checada quanto à sua abertura ou,
então, o defeito apresentado pelo hidrante deverá ser comunicado à empresa
concessionária;
19.4 - após o uso do hidrante em operação de combate a incêndios, ele deverá ser
completamente inspecionado, a fim de ser deixado em plenas condições de
funcionamento para um uso futuro;
19.5 - a inspeção de hidrante, se rotineiramente realizada, seguindo o padrão aqui
estabelecido, seguramente permitirá que as guarnições familiarizem-se com a sua
localização, bem como, assegurar-se-á a constante disponibilidade dos mesmos
para o serviço.
-26-
CAPÍTULO VI
TESTES DE VAZÃO E PRESSÃO
20.0 - A fim de que o Corpo de Bombeiros determine a quantidade de água
disponível para uso em combate a incêndio, é necessária a realização de testes nos
hidrantes instalados. Estes testes consistem na medição da pressão estática e da
pressão dinâmica dos hidrantes;
20.1 - conhecer a capacidade de um sistema de água é tão importante quanto
conhecer as capacidades das bombas e dos tanques de água. Esse também é um
conhecimento essencial quando da realização de planos preventivos. Além disso, os
resultados obtidos com os testes de hidrantes podem ser utilizados tanto pelo Corpo
de Bombeiros como pela Concessionária de Águas do Município;
20.2 - a finalidade do presente capítulo é ilustrar e padronizar as ações a serem
desenvolvidas pelas guarnições de bombeiros habilitando-as a realizar testes dos
hidrantes urbanos.
21.0 - Como realizar o teste:
21.1 - todos os hidrantes devem ser testados com regularidade. O teste deve ser
feito anualmente, ou seja, cada hidrante deverá ser testado pelo menos uma vez por
ano, ficando a critério de cada Posto de Bombeiros a programação do dia e
quantidade de hidrantes a serem testados;
21.2 - a seqüência de procedimentos para o teste de um hidrante é descrita a
seguir:
21.2.1 - remover um tampão;
21.2.2 - retirar um tampão de uma das expedições de 60 mm, utilizando-se a chave
de hidrante;
Fig. 6-1 - Retirada de um dos tampões de 60 mm
-27-
21.2.3 - posicionar a capa de pino;
21.2.4 - deve-se abrir a tampa da caixa do comando do hidrante, utilizando-se a
chave apropriada e posicionar a capa de pino sobre o eixo-parafuso do registro do
hidrante;
Fig. 6-2 - Posicionando uma capa de pino
21.2.5 - abrir o registro do hidrante.
21.3 - apoiar a chave “T” sobre a capa de pino colocada e girá-la lentamente no
sentido anti-horário - Permita a saída de água até que a mesma se torne mais clara.
Esse procedimento tem a finalidade de retirar impurezas que por ventura tenham se
acumulado no interior do corpo do hidrante.
Fig. 6-3 - Abertura da válvula e saída de água
22.0 - Aferição da Pressão Dinâmica do Hidrante:
22.1 - posicionar o aparelho Pitot;
-28-
22.2 - posicionar o aparelho Pitot no centro da expedição de 60 mm do hidrante, a
uma distância aproximada de 3 (três) centímetros da mesma;
Fig. 6-4 - Posicionamento do aparelho Pitot
22.3 - em se utilizando o aparelho Pitot, que se conecta diretamente à expedição do
hidrante, basta rosqueá-lo à expedição;
22.4 - o registro do hidrante deverá ser novamente acionado, a fim de permitir a
saída de água através da expedição de 60 mm do hidrante e a entrada da mesma
na agulha do aparelho Pitot, permitindo a indicação da pressão dinâmica no
manômetro. Feito isto, proceder à leitura da pressão indicada no manômetro;
22.5 - a leitura poderá ser feita em quilograma-força por centímetro quadrado
2
(Kgf/cm ), em libras por polegada quadrada (PSI) ou em Kilo Pascal (KPa):
Fig. 6-5 - Leitura da pressão dinâmica no aparelho Pitot
-29-
22.5.1 - leitura no aparelho Pitot fixo.
22.6 - o procedimento é idêntico devendo-se, antes, somente acoplá-lo à expedição
do hidrante;
Fig. 6.6 - Pitot fixo acoplado ao hidrante
Fig. 6.7 - Leitura no Pitot fixo
22.7 - o encarregado da leitura, neste caso, não necessita segurar o aparelho
durante a medição da pressão dinâmica, garantindo maior precisão na leitura;
22.8 - fazer a anotação da leitura obtida no manômetro no campo para ele destinado
no relatório próprio (anexo “D”):
Fig. 6.8 - Anotação do resultado em relatório.
-30-
22.8.1 - obter a vazão consultando a tabela de vazões de hidrantes;
22.8.2 - uma vez anotada a pressão dinâmica, deve-se consultar a tabela de vazões
de hidrantes a fim de se obter a vazão correspondente. Para tanto, deve-se fazer
uso dos anexos “B” ou “C”;
22.8.3 - outra maneira de se obter a vazão correspondente a uma determinada
pressão dinâmica é através do uso de fórmula:
22.8.3.1 a fórmula adotada para a confecção das tabelas anexas (anexos “B” e ”C”)
é a seguinte:
Q=0,19116.D P
Onde:
Q= vazão (em litros por minuto) – dado que se deseja obter;
D= diâmetro (em milímetros) e
P= pressão (em metros de coluna d’água - mca)
2
Importante: após obter-se a pressão no aparelho Pitot em PSI ou Kgf/cm ou KPa
deve-se transformar o resultado obtido em MCA. Para tanto, deve-se utilizar a
seguinte relação:
2-
2
10 MCA = 14,7 PSI = 1Kgf/cm = 100 KPa
23.0 - Aferição da pressão estática do hidrante:
23.1 - acoplar a adaptação rosca fêmea - engate rápido;
23.2 - antes da colocação do tampão com manômetro é necessário acoplar a
adaptação rosca fêmea - engate rápido de 2½” em uma das expedições de 60 mm
do hidrante testado;
Fig. 6-9 - Colocação da adaptação
-31-
23.3 - colocar o tampão com manômetro;
23.4 - colocar o tampão com manômetro na adaptação rosca fêmea engate rápido já
instalada na expedição do hidrante;
Fig. 6.10 - Colocação do tampão com manômetro
23.5 - abrir o registro do hidrante;
23.6 - abrir o registro do hidrante girando a chave “T” no sentido anti-horário;
23.7 - abra o dreno do tampão - Dessa forma a água empurrará para fora o ar que
ainda possa se encontrar no corpo do hidrante. Ao começar a sair apenas água,
fechar o dreno;
Fig. 6-11 - Abertura do dreno
-32-
23.8 - fazer a leitura da pressão;
23.9 - proceder à leitura da pressão indicada no manômetro que poderá ser feita
2
em Kgf/cm , em PSI ou em KPa, semelhantemente à leitura feita no aparelho Pitot.
Após a leitura, a válvula do hidrante deverá ser fechada, o dreno deverá ser aberto
a fim de se aliviar a pressão interna, deverão ser retiradas as peças colocadas e
recolocado o tampão;
23.10 - anotar o resultado no relatório próprio;
23.11 - os resultados obtidos deverão ser transcritos em relatório próprio (anexo
“D”).
Fig. 6-12 - Anotação do resultado
24.0 - Teste em hidrantes subterrâneos:
24.1 - para posicionar o aparelho Pitot e o tampão com manômetro é necessária a
utilização do aparelho de hidrante;
Fig. 6-13 - Teste de pressão estática em hidrante subterrâneo
-33-
Fig. 6-14 - Uso do aparelho Pitot em hidrante subterrâneo
2
24.2 – novamente, deverá ser feita a leitura da pressão indicada em Kgf/cm ou PSI
ou KPa, da mesma forma que é feita no hidrante de coluna.
25.0 - Pintura de cabeçotes e expedições:
25.1 - uma vez determinada a capacidade do hidrante, ele deve ter seus tampões e
cabeçotes pintados (ver tabela abaixo), com a finalidade de indicar a vazão
disponível em um hidrante;
25.2 - deve-se entender que as cores significam somente a capacidade individual do
hidrante testado e não de um grupo de hidrantes;
25.3 - o critério a ser adotado na utilização de cores é o seguinte:
Tabela de classificação dos hidrantes por cores:
VAZÃO (em litros por minuto)
Maior que 2.000
De 1.000 a 2.000
Menor que de 1000
COR DO CABEÇOTE E EXPEDIÇÕES
Verde
Amarelo
Vermelho
-34-
25.4 - os hidrantes com vazão menor do que 1000 l/min não serão pintados, ou
seja, permanecerão na cor vermelha, conforme a NBR 5667/80;
VERDE
Fig. 6-15 - Hidrante com vazão maior
que 2.000 litros por minuto
AMARELO
Fig. 6-16 - Hidrante com vazão
entre 1.000 e 2.000 litros por minuto
VERMELHO
Fig. 6-17-Hidrante com vazão menor que 1.000 litros por minuto
-35-
25.5 - a fim de se evitar que um hidrante testado, cuja vazão é menor do que 1000
litros por minuto, seja confundido com um outro que simplesmente não foi ainda
testado, é recomendado que os hidrantes sejam numerados com números na cor
branca em sua parte frontal, logo acima da expedição de 4 polegadas (Figura 6-18).
123
Cor branca
Fig. 6-18 - Numeração dos hidrantes
-36-
CAPÍTULO VII
MATERIAIS PARA OPERAÇÕES COM HIDRANTES
26.0 - Equipamentos utilizados:
26.1 - chave de hidrante:
26.1.1 - destina-se à retirada e colocação dos tampões de 60 e de 100 mm das
expedições do hidrante.
Fig. 7-1 - Chave de hidrante
27.0 - Chave para abrir tampa da caixa:
27.1 - utilizada para abrir a tampa da caixa de hidrante. Possui a extremidade curva
e achatada formando um cinzel ou cunha, a fim de facilitar sua introdução na
abertura da tampa da caixa do hidrante. Existem diversos modelos utilizados pelo
Corpo de Bombeiros e algumas são confeccionadas pelas próprias guarnições.
Fig. 7-2 - Chave de abertura de tampa de hidrantes
-37-
28.0 - Capa de pino:
28.1 - é uma peça metálica de forma trapezoidal com uma tomada quadrada
semelhante à existente na parte inferior do ferro de água. Sua finalidade é permitir o
acoplamento entre o eixo-parafuso do registro do hidrante com a parte inferior do
ferro de água, a fim de que não haja falso giro (espanação), pois nem sempre a
tomada quadrada do ferro de água se ajusta perfeitamente nos eixos-parafusos dos
hidrantes, quer pelo desgaste de suas arestas, quer pela diferença de
dimensionamento;
28.2 - algumas capas de pino possuem parafuso de ajuste lateral que facilita o
acoplamento, uma vez que a tomada quadrada dos eixos-parafusos dos hidrantes
são de dimensões variadas nem sempre coincidentes com as da capa de pino,
embora o parafuso de ajuste auxilie sobremaneira a acoplagem, há dificuldades em
operá-lo uma vez que os eixos-parafusos dos hidrantes em alguns casos ficam
demasiadamente fundos em razão da profundidade da adutora de água. Dessa
maneira é comum utilizar-se diversas capas de pino, com dimensões variadas,
desprezando-se o uso de parafuso de ajuste lateral;
Fig. 7-3 - Capa de pino
28.3 - ferro de água (ou chave “t”);
28.4 - consiste em uma barra de ferro em forma de “T” com uma tomada quadrada
que serve para girar o eixo parafuso do hidrante sendo utilizada apoiada sobre as
capas de pino - Um dos lados do “T” pode ou não ter uma extremidade achatada,
em forma de cinzel ou cunha, para uso na abertura da tampa do hidrante; neste
caso substitui o uso das chaves de abertura das tampas dos hidrantes. É também
denominada chave “T.
-38-
Fig. 7-4 - Ferro de água ou chave “T”
29.0 - Adaptação rosca fêmea engate rápido:
29.1 - utilizada na expedição de 60 mm do hidrante para permitir a utilização do
tampão com manômetro.
Fig. 7-5 - Adaptação rosca fêmea engate rápido
30.0 - Chave de mangueira:
30.1 - é utilizada para facilitar as conexões das peças que utilizam rosca do tipo
engate rápido (união storz).
-39-
Fig. 7-6 - Chave de mangueira
31.0 - Tampão com manômetro:
31.1 - medidor destinado a aferir a pressão estática da água no interior de uma
tubulação;
31.2 - consiste em uma peça de curta extensão, com manômetro e torneira de
escoamento conectados;
31.3 - os manômetros utilizados deverão estar sempre aferidos e deverão ser
preenchidos com vaselina líquida, a fim de se permitir uma maior precisão nas
leituras.
Fig. 7-7 - Tampão com manômetro
32.0 - Aparelho pitot:
32.1 - medidor destinado a aferir a pressão dinâmica da água (pressão de
velocidade) ao ser expelida de uma tubulação.
Fig. 7-8 - Aparelho Pitot
-40-
33.0 - Aparelho pitot fixo:
33.1 - consiste em uma variação do aparelho Pitot onde o mesmo é acoplado
diretamente à expedição de 60 mm do hidrante de coluna. Com o acoplamento feito
diretamente à expedição do hidrante há uma maior precisão na leitura.
Fig. 7-9 - Pitot com acoplagem direta à expedição do hidrante
34.0 - Medidor de vazão portátil:
34.1 - o seu funcionamento se dá através do sistema de roda d’água. Em seu
interior há pás fixadas em um rotor composto por um metal magnético que é
sensibilizado por um sensor, que por sua vez transmite as informações a um
processador, o qual faz com que o sinal recebido transforme-se em leitura visual, e
a vazão será apresentada em um mostrador.
Fig. 7-10 - Medidor de vazão portátil
-41-
ANEXO A - RELATÓRIO DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE HIDRANTES
PMESP – CB
(OPM)
RELATÓRIO DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE HIDRANTES
Data
Hora
Quadrícula
LOCALIZAÇÃO
INSPEÇÃO
Defeito apresentado
MANUTENÇÃO
Serviço
a executar
-42-
ANEXO B - TABELA DE VAZÕES DE HIDRANTES (em Kgf/cm2)
Pressão
(Kgf/cm2)
0,02
0,09
0,16
0,23
0,3
0,37
0,44
0,51
0,58
0,65
0,72
0,79
0,86
0,93
1
1,07
1,14
1,21
1,28
1,35
1,42
1,49
1,56
1,63
1,7
1,77
1,84
1,91
1,98
2,05
2,12
Vazão (lpm)
307,7616
652,8610
870,4814
1043,670
1191,955
1323,732
1443,530
1554,120
1657,347
1754,511
1846,569
1934,252
2018,128
2098,654
2176,203
2251,082
2323,549
2393,823
2462,093
2528,520
2593,245
2656,395
2718,077
2778,390
2837,422
2895,250
2951,946
3007,573
3062,189
3115,849
3168,600
Pressão
(Kgf/cm2)
2,19
2,26
2,33
2,4
2,47
2,54
2,61
2,68
2,75
2,82
2,89
2,96
3,03
3,1
3,17
3,24
3,31
3,38
3,45
3,52
3,59
3,66
3,73
3,8
3,87
3,94
4,01
4,08
4,15
4,22
4,29
Vazão
(lpm)
3220,487
3271,551
3321,830
3371,360
3420,172
3468,297
3515,764
3562,598
3608,825
3654,467
3699,546
3744,082
3788,094
3831,601
3874,620
3917,166
3959,255
4000,901
4042,118
4082,919
4123,317
4163,322
4202,947
4242,201
4281,096
4319,640
4357,844
4395,715
4433,263
4470,496
4507,421
Pressão
(Kgf/cm2)
4,36
4,43
4,5
4,57
4,64
4,71
4,78
4,85
4,92
4,99
5,06
5,13
5,2
5,27
5,34
5,41
5,48
5,55
5,62
5,69
5,76
5,83
5,9
5,97
6,04
6,11
6,18
6,25
6,32
6,39
6,46
Vazão (lpm)
4544,046
4580,378
4616,424
4652,191
4687,685
4722,913
4757,879
4792,591
4827,053
4861,270
4895,248
4928,993
4962,507
4995,797
5028,867
5061,720
5094,361
5126,795
5159,025
5191,055
5222,888
5254,529
5285,980
5317,245
5348,327
5379,230
5409,956
5440,508
5470,890
5501,105
5531,154
-43-
ANEXO C - TABELA DE VAZÕES DE HIDRANTES (em PSI)
Pressão
(PSI)
0,294
1,323
2,352
3,381
4,41
5,439
6,468
7,497
8,526
9,555
10,584
11,613
12,642
13,671
14,7
15,729
16,758
17,787
18,816
19,845
20,874
21,903
22,932
23,961
24,99
26,019
27,048
28,077
29,106
30,135
31,164
Vazão (lpm)
307,7616
652,8610
870,4814
1043,670
1191,955
1323,732
1443,530
1554,120
1657,347
1754,511
1846,569
1934,252
2018,128
2098,654
2176,203
2251,082
2323,549
2393,823
2462,093
2528,520
2593,245
2656,395
2718,077
2778,390
2837,422
2895,250
2951,946
3007,573
3062,189
3115,849
3168,600
Pressão
(PSI)
32,193
33,222
34,251
35,28
36,309
37,338
38,367
39,396
40,425
41,454
42,483
43,512
44,541
45,57
46,599
47,628
48,657
49,686
50,715
51,744
52,773
53,802
54,831
55,86
56,889
57,918
58,947
59,976
61,005
62,034
63,063
Vazão (lpm)
3220,487
3271,551
3321,830
3371,360
3420,172
3468,297
3515,764
3562,598
3608,825
3654,467
3699,546
3744,082
3788,094
3831,601
3874,620
3917,166
3959,255
4000,901
4042,118
4082,919
4123,317
4163,322
4202,947
4242,201
4281,096
4319,640
4357,844
4395,715
4433,263
4470,496
4507,421
Pressão
(PSI)
64,092
65,121
66,15
67,179
68,208
69,237
70,266
71,295
72,324
73,353
74,382
75,411
76,44
77,469
78,498
79,527
80,556
81,585
82,614
83,643
84,672
85,701
86,73
87,759
88,788
89,817
90,846
91,875
92,904
93,933
94,962
Vazão (lpm)
4544,046
4580,378
4616,424
4652,191
4687,685
4722,913
4757,879
4792,591
4827,053
4861,270
4895,248
4928,993
4962,507
4995,797
5028,867
5061,720
5094,361
5126,795
5159,025
5191,055
5222,888
5254,529
5285,980
5317,245
5348,327
5379,230
5409,956
5440,508
5470,890
5501,105
5531,154
-44-
ANEXO D - RELATÓRIO DE TESTES OPERACIONAIS DE HIDRANTES
TIPO
COR
VAZÃO
OBSERVAÇÃO
VERM
PRESSÃO
DINÂMICA
AMAR
SUBTER
COLUNA
PRESSÃO
ESTÁTICA
VERDE
LOCALIZAÇÃO
DATA/HORA
-45-
ÍNDICE REMISSIVO
Pág.
Adaptação rosca fêmea engate rápido, 23.1 ......................................................... 31
Água, 2.0 . ............................................................................................................... 05
Aparelho pilot, 32.0 . ............................................................................................... 40
Aparelho pilot fixo, 33.0........................................................................................... 41
Calor , 4.1.7 ........................................................................................................... 05
Capa de pino, 21.2.3 ............................................................................................... 28
Chave “T”, 21.3 ....................................................................................................... 28
Chave de hidrante, 26.1 ......................................................................................... 37
Chave de mangueira, 30.0 . .................................................................................... 39
Chave para abrir tampa da caixa,27.0 .................................................................... 37
Cobom, 17.9 ........................................................................................................... 15
Comburente, 1.0 .................................................................................................... 05
Combustível, 1.0 .................................................................................................... 05
Equação de Bernoulli, 15.1 .................................................................................... 09
Esguichos, 4.1.1 ..................................................................................................... 05
Ferro de água, 28.1 ................................................................................................ 38
Golpe de aríete, 15.4.2 .......................................................................................... 10
Hidrantes, 11.0 ....................................................................................................... 07
Hidrantes de coluna, 12.0 ...................................................................................... 07
Hidrantes subterrâneos, 13.0 .................................................................................. 08
Mapa de hidrantes, 17.9 . ....................................................................................... 15
Medidor de vazão portátil, 34.0 .............................................................................. 41
Medidores de pressão, 14.2 ................................................................................... 09
Medidores de vazão, 16.0 ...................................................................................... 10
Posto de Bombeiros, 21.1 ...................................................................................... 27
Pressão dinâmica, 20.0 .......................................................................................... 27
Pressão estática, 20.0 ............................................................................................ 27
Roda d’àgua, 16.2 .................................................................................................. 10
Tampão com manômetro, 23.2 .............................................................................. 31
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BIBLIOGRAFIA
1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5667 – Hidrantes
urbanos de incêndio – especificação. Rio de Janeiro: ABNT. 1980.
2. _______. NBR 12218 - Rede de distribuição de água para abastecimento
público. Rio de Janeiro: ABNT. 1994.
3. BIANCHINI, Flávio José. “Medidores de vazão” proposta para emprego nas
viaturas de combate a incêndios do Corpo de Bombeiros. Monografia. CAO I/99.
São Paulo: CAES. 1999.
4. COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. Procedimento Operacional Padrão
– Inspeção de Hidrantes. São Paulo: CCB. 1998.
5. ________. Procedimento Operacional Padrão – Planejamento da Instalação
de Hidrantes. São Paulo: CCB. 2000.
6. ________. Procedimento Operacional Padrão – Teste de Hidrantes. São
Paulo: CCB. 1998.
7. POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Manual de fundamentos de
bombeiros. 1ª Ed. São Paulo. 1996.
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ELABORAÇÃO
Revisão elaborada pela COMISSÃO REGIONAL DE PADRONIZAÇÃO –
HIDRANTES, DO CORPO DE BOMBEIROS DA PMESP, presidida pelo Major PM
JULIO FLÁVIO ROSOLEN.
OPM DESENVOLVEDORA
CCB - Comando do Corpo de Bombeiros
Praça Clovis Bevilacqua nº 421
Centro - São Paulo -SP
CEP - 01018-001
Tel: (11) 3242-0977
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MTB – 02 – PM – Manual Técnico de Bombeiros – Hidrantes