Tecnologia
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POR ROSELAINE ARAUJO
ETIQUETAS INTELIGENTES
RADIOFREQUÊNCIA PARA ALAVANCAR A PRODUÇÃO E A COMERCIALIZAÇÃO DE PEÇAS
Foto: Divulgação
Código de barras é coisa do passado. Aliás, há tempos
ele poderia estar aposentado, já que desde a década de
1990 existem as etiquetas por radiofrequência (RFID, do
inglês radio-frequency identification). Essa tecnologia é
muito mais ampla e precisa que o código de barras e
permite rastrear o produto durante todo o processo de
comercialização – do estoque à venda ao cliente. No
entanto, apesar das inúmeras vantagens, só agora a
tecnologia está mais acessível ao mercado consumidor,
especialmente dentro do setor têxtil e confeccionista.
Em agosto do ano passado, a empresa Threesale
iTag expôs ao público da Febratex uma linha de
produtos de radiofrequência. Edson Jaccoud, diretorexecutivo da Threesale, revela como as etiquetas
funcionam. “A tecnologia RFID implementada pelo
software iTag permite a leitura em lotes e até em caixas
fechadas. Isso graças à capacidade que o chip tem de
emitir uma frequência de rádio. Assim, a leitura deixa de
ser individual, como ocorre no código de barras, e
passa a ser em lotes. Pode ser feita num carrinho, numa
caixa, e assim por diante. Não é preciso escanear cada
peça, ou seja, isso elimina horas de operação, espaço,
e também o número de pessoas que fazem conferências”, ressalta.
A iTag levou seis anos para ser criada e testada,
mas, ao chegar ao mercado, já traz vantagens especiais
para o setor têxtil e confeccionista. “A indústria da moda
é considerada uma das mais adequadas para a
implementação da Tag-RFID. Isso porque essa tecnologia permite obter informações em tempo real,
contagem e validação dos itens apenas passando o
leitor nas caixas. Além disso, todo o processo desde a
fabricação até a distribuição, incluindo segurança
antifurto, está coberto pela tecnologia iTag”, ressalta.
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QUEM PODE USAR
A aplicação das etiquetas inteligentes é simples. Elas
podem ser adesivas ou costuradas, como explica o
diretor da Threesale. “A aplicação da etiqueta inteligente
pode ser feita na hora do acabamento. Temos também
etiquetas adesivas e costuráveis, ambas com a função
de controle de entrada e saída. Existe ainda a
possibilidade de adotar a etiqueta em processos de
produção para controlar lotes de partes dos produtos,
como, por exemplo, controlar tecidos coloridos para
que sejam costuradas peças de mesmo tingimento”,
detalha. A tecnologia está disponível para a indústria, o
varejo e o atacado de qualquer segmento. Segundo o
diretor-executivo da Threesale, o investimento inicial gira
em torno de R$ 20 mil.
Especializada há quase 30 anos em atacado de
moda bebê e infantojuvenil, a Brascol adotou a
identificação por radiofrequência (RFID) há mais de um
ano. Antônio Almeida, superintendente da companhia,
Foto: Divulgação
APARELHO
DE LEITURA
RFID
INSTALADO NA
BRASCOL.
diz o que mudou de lá para cá: “Aumentamos o controle geral sobre as
movimentações, reduzimos o número de check-outs e diminuímos em
50% o número de operadores. Hoje, conseguimos passar o dobro de
mercadorias no mesmo intervalo de tempo. Vamos inclusive ampliar a
utilização da tecnologia para outras áreas da empresa”, aposta. O uso da
tecnologia rendeu à Brascol o Prêmio Automação, promovido em
novembro pela GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação. O
prêmio teve o apoio da iTag.
“Ficamos muito orgulhosos com o convite para participar do Global
Standards GS1. Com esse prêmio, temos certeza de que estamos no
caminho certo. Vamos continuar investindo em tecnologia, inovação e
gestão de pessoas”, garante Almeida.
Para mais detalhes, acesse www.threesale.com.
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