Itinerário (s) Percursos, projectos, encontros: Total: um actor envolvido com o continente africano FORNECER ENERGIA SOLAR ÀS ZONAS MAIS REMOTAS P. 08 PROMOVER O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E O EMPREENDEDORISMO P. 22 SEGURANÇA NO CENTRO DOS DESAFIOS P. 12 EDIÇÃO DE 2015 4 n°. ÍNDICE 02 20 04 22 As nossas actividades em África 02 Os nossos 8 compromissos em África 06 Favorecer o acesso à educação e ao emprego 20 24 Compromisso com a saúde Preservar o ambiente 08 26 Facilitar o acesso à energia Construir relações duradouras 10 28 Desenvolver o tecido industrial local E ainda… 12 29 SUPLEMENTO ESPECIAL: SEGURANÇA, PRIORIDADE N°.1 10 Promover o desenvolvimento económico e o empreendedorismo A acção da Fundação Total 22 Agradecemos aos entrevistados, aos editores e a toda a equipa por terem contribuído para a realização deste documento. Itinerário (S) Total, um actor envolvido com o continente africano 24 Presentes em África há muito tempo, temos como missão contribuir através das nossas diversas actividades para a dinâmica de crescimento do continente. Todos os setores de atividade do Grupo, desde a Operação-Produção ao Marketing & Serviços, passando pela Refinaria-Química e Novas Energias, participam nesta iniciativa. Todos consideram muito importante manter um diálogo constante com os nossos intervenientes e construir parcerias inovadoras. Convidamo-lo a descobrir o resultado destas iniciativas ao longo das páginas e testemunhos desta quarta edição da Itinerário(s). Aproveitamos a oportunidade desta publicação para apresentar os novos aspectos do nosso papel de actor local, prestando atenção às necessidades e expectativas dos nossos interlocutores, da Libéria, da Zâmbia, do Gabão e Angola. Apesar de as nossas acções se dirigirem, frequentemente, para a segurança, que deve ser a prioridade absoluta, também abordam a educação, o emprego, a saúde, o acesso à energia, o empreendedorismo ou ainda a protecção do ambiente. Numa altura em que África está empenhada num desenvolvimento económico e social inclusivo, a Total, a mais africana das maiores petrolíferas, deve, mais do que nunca, criar no continente oportunidades para todos os seus intervenientes. Boa leitura a todos! 26 Guy Maurice Momar Nguer Director África, Total Exploração-Produção Director África/Médio Oriente, Total Marketing & Serviços AS NOSSAS ACTIVIDADES EM ÁFRICA Cerca de Com vista a preparar um futuro energético duradouro em África, a Total introduz campanhas de exploração ambiciosas e prossegue permanentemente os seus esforços para aumentar as reservas dos campos de petróleo em produção. Para que a produção seja adequada e duradoura, multiplicámos as iniciativas a favor de uma maior eficácia energética através, em especial, da promoção do gás ou ainda do fim da queima. Inovar para mobilizar novos recursos e transmitir o nosso know-how às jovens gerações que são as nossas prioridades para descobrir e desenvolver o único potencial do continente. O Grupo é, antes de mais, o primeiro distribuidor de produtos petrolíferos (combustíveis, lubrificantes, betumes, GPL etc.) no continente. Confiante nas suas raízes históricas, na excelência dos seus produtos e serviços ou ainda nas suas cerca de 4.200 estações de serviço em cerca de quarenta países, a Total surge como o Grupo energético de referência e de proximidade junto dos seus clientes particulares e profissionais. O nosso objetivo é facilitar um acesso o mais amplo possível à energia, o que passa igualmente pelo desenvolvimento de fontes de energia complementares e económicas tal como a solar, nomeadamente, através da comercialização de equipamentos solares. Atentos aos nossos parceiros, agimos com eles para promover o desenvolvimento económico, o emprego, a educação e a saúde. 02 Edição de 2015 | Itinerário(s) 10.000 COLABORADORES 1 POLO DE QUÍMICA DE ESPECIALIDADES (Tunísia) 10 MIL MILHÕES DE DÓLARES investidos pelo Grupo em África em 2014 5 Cerca de 30% REFINARIAS DA PRODUÇÃO de hidrocarbonetos do Grupo (África do Sul, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Senegal) nas quais o Grupo detém uma participação 18 2 MILHÕES DE TONELADAS de produtos petrolíferos distribuídos, ou seja, 18% da quota de mercado MILHÕES DE CLIENTES por dia em 4.200 estações de serviço em mais de 40 países 2 CENTRAIS SOLARES na África do Sul com a SunPower (filial do Grupo) Dados do fim de 2014. 03 Edição de 2015 | Itinerário(s) TOTAL EM ÁFRICA OS NOSSOS 8 COMPROM EM ÁFRICA Facilitar o acesso à energia Compromisso com a saúde As boas condições sanitárias de um país têm um papel fundamental no seu desenvolvimento. O nosso objectivo: contribuir para o bem-estar dos nossos colaboradores e das suas famílias, mas também da sociedade civil no seu todo. Como? Participando activamente nas políticas públicas através do financiamento de infraestruturas médicas, formação de profissionais de saúde, campanhas contra o VIH/SIDA, a malária e mais recentemente, as doenças cardiovasculares. Por outro lado, no terreno, a nossa Comissão Sida, gerida pela Fundação Total, coloca a experiência do Instituto Pasteur em virologia ao serviço das populações. Sem electricidade, 600 milhões de pessoas em África (57% da população do continente) encontram-se afastadas da formação, da informação e de qualquer perspectiva de desenvolvi mento económico e social. Para ajudar na evolução desta situação, a Total permite às populações, mesmo as mais isoladas, aceder à eletricidade, ao GPL, ao gás engarrafado, mas também a equipamentos solares eficazes e acessíveis da marca a Página 06 Quase 145.000 consultas nas clínicas da Total em África (Uganda, Nigéria, Angola, Congo e Gabão) em 2014. Favorecer o acesso à educação e ao emprego Como não existe desenvolvimento económico duradouro sem um sistema de educação eficaz, a Total fez disso um dos seus eixos prioritários de compromisso em África. Contribuímos em todas as escalas de ensino – primário, secundário, superior – para reforçar as competências técnicas dos alunos e professores para responder às necessidades das empresas do continente. Estabelecemos parcerias com universidades africanas Awango by Total. Adaptámos as nossas soluções às diferentes necessidades dos clientes e populações e respondemos através da inovação às suas exigências crescentes. a Página 08 1.000.000 de candeeiros Awango by Total vendidos em África entre 2010 e 2015. Promover o desenvolvimento económico e o empreendedorismo de renome onde os estudantes seguem percursos profissionalizantes e que conduzem a empregos em áreas diversas. Pequenas e médias empresas, cooperativas… todas as iniciativas podem contribuir para o crescimento dos países africanos. É por isso que a Total encoraja o empreendedorismo sob diferentes formas (micro créditos, formação em gestão empresarial, apoio à criação de empresas, parcerias…), em todos os sectores de actividade. Lançado em 1960, o programa “Jeunes gérants” permite igualmente que jovens empreendedores africanos se tornem a Página 20 37 universidades parceiras da Total em África no fim de 2014. 04 Edição de 2015 | Itinerário(s) responsáveis de estações de serviço. Por outro lado, em zonas remotas, a nossa rede de revendedores de candeeiros e kits solares dinamiza a actividade económica local. a Página 22 40 jovens angolanos com formação na profissão de operador trabalham no bloco 17 da Total E&P Angola. TOTAL EM ÁFRICA ISSOS Desenvolver o tecido industrial local Reforçar a segurança Com o intuito de fornecer respostas rápidas e adequadas, a Total dá prioridade ao recrutamento de mão-de-obra local e à colaboração com empresas nacionais. Isto sem infringir as regras de segurança e as normas éticas de um Grupo internacional. Acompanhámos as nossas parcerias através de conselhos, formação, ajuda no estabelecimento local de actores regionais ou internacionais… Uma iniciativa que pressupõe Para a Total, a segurança dos seus colaboradores e dos seus parceiros é prioridade. Nesse campo, a nossa política de voluntariado articula-se em redor de três eixos: desenvolver uma cultura de segurança industrial e rodoviária no seio do Grupo, divulgar as nossas normas aos prestadores de serviços e intervenientes, mas também sensibilizar, formar e acompanhar as populações locais. Esta insere-se num trabalho de fundo iniciado há vários anos, que nos SUPLEMENTO ESPECIAL uma grande transferência de know-how e de competências. a Página 10 21 milhões de horas trabalhadas localmente previstas para a exploração do campo petrolífero nigeriano de Egina, ou seja, mais de 2.000 empregos por ano. Preservar o ambiente A Total empreende todos os esforços necessários para reduzir o potencial impacto das suas actividades industriais e limitar a sua pegada ambiental. Este compromisso é concretizado através de diversas iniciativas: estudos sobre o impacto na água, no ar, no solo e na biodiversidade antes de iniciarmos todos os nossos projectos de exploração ou de construção de instalações; plano de gestão ambiental; criação de estações de serviço que respeitem mais o ambiente; implementação da reciclagem permitiu definir regras e que também depende amplamente da partilha de boas práticas. Desta forma, a Total é membro da Global Road Safety Partnership e parceira da Década de acção para a segurança rodoviária das Nações Unidas. a Página 12 100.000 alunos formados em segurança rodoviária pela Total em 2014. Construir relações duradouras de óleos usados nas nossas estações e nas instalações dos nossos clientes industriais, multiplicação das parcerias internacionais (Zero Routine Flaring by 2030 do Banco Mundial), etc. A profissionalização do diálogo com os nossos intervenientes garante relações duradouras e um trabalho de qualidade, em conjunto. Foi por isso que a Total apoiou um programa de investigação sobre o desempenho social realizado pela École Supérieure des Sciences Économiques et Commerciales (Essec). O desafio: compreender melhor as expectativas das comunidades do Níger e da Nigéria para melhor responder-lhes. a Página 24 10% de redução do volume de gás queimado nas actividades de ExploraçãoProdução: o projecto offshore Ofon (Nigéria) contribui para este objectivo ambiental. 05 Edição de 2015 | Itinerário(s) De um modo mais geral, graças à Stakeholder Relationship Management (SRM), criada em 2005, a Total pode igualmente consultar as populações ribeirinhas das suas localizações para implementar planos de acção adequados. a Página 26 38 inquéritos SRM + realizados em 17 países de África em 2014. COMPROMISSO COM A SAÚDE Ajudar a Cruz Vermelha a combater o vírus do Ébola Graças a uma relação de mais de dez anos com a Cruz Vermelha, a Total conseguiu reagir rapidamente numa situação de emergência. Géraldine Houlière, da Cruz Vermelha francesa, e Fayiah Tamba, secretário-geral da Cruz Vermelha da Libéria, relatam a forma como esta colaboração ajudou a controlar a crise do vírus do Ébola. A ajuda financeira de 500.000 € da Fundação Total durante a crise do Ébola foi partilhada equitativamente entre a Cruz Vermelha e as associações do Crescente Vermelho nos três países mais afectados: a Guiné, a Libéria e a Serra Leoa. Foi utilizada para financiar os recursos humanos – foram necessárias 200 pessoas por dia para gerir um centro de tratamento com 50 camas – para comprar equipamentos de protecção individual ou ainda para permitir que as famílias desinfectassem as suas habitações após um falecimento e financiar os funerais”, explica Géraldine Houlière. “Graças a estas acções, conseguimos controlar a crise do vírus do Ébola, acrescenta Fayiah Tamba. A ajuda financeira permitiu-nos empreender uma vasta campanha de informação, especialmente para explicar até que ponto os funerais tradicionais são perigosos para os que manuseiam os restos mortais. Tivemos que convencer os familiares das vítimas de que os corpos dos falecidos continuavam a ser contagiosos”, observa. Uma colaboração vital “Era muito importante que essa campanha fosse empreendida pelos locais, que conhecem bem as tradições. As raízes locais da Total e a grande proporção de colaboradores nacionais nas suas equipas permitiram ao Grupo compreender bem a situação e ver até que ponto trabalhar em conjunto com a Cruz Vermelha era vital. Hutchinson, uma filial da Total, chegou a fabricar luvas esterilizadas num valor de 100.000 €”, acrescenta Géraldine Houlière. “Graças aos equipamentos de protecção e ao respeito pelos protocolos, nenhum dos nossos colegas foi vítima do Ébola, o que nos deixou satisfeitos. Embora a Cruz Vermelha beneficie de uma imagem positiva, graças ao trabalho empreendido na área da saúde e da educação sexual, tínhamos que aumentar a nossa visibilidade para que os nossos conselhos fossem divulgados ao maior número de pessoas. Este apoio financeiro, permitiu-nos comunicar com mais impacto junto das comunidades locais, que se apoiaram em nós”, conclui Fayiah Tamba. Outros compromissos da Total com a saúde Ajudar a combater as doenças Ministério da Saúde Pública cardiovasculares, segunda causa e da Acção Social Senegalesa e de mortalidade em África segundo contribui para o financiamento dos a Organização Mundial de Saúde, inquéritos públicos de prevalên- é o objectivo que a Total fixou em cia*, que pretendem identificar os África e no Médio Oriente. Assinou factores de risco para construir um um acordo de parceria com o plano de acção nacional adaptado. 06 Edição de 2015 | Itinerário(s) A Total também lançou um programa de despistagem e de sensibilização em três países piloto (Congo, Senegal e Tunísia). *A taxa de prevalência estima o número de pessoas que sofrem de uma determinada doença num determinado momento em relação a uma população exposta ao risco desta doença. As raízes locais da Total e a grande proporção de colaboradores nacionais nas suas equipas permitiram ao Grupo compreender bem a situação.” Géraldine Houlière, Responsável de Parcerias da Cruz Vermelha francesa LIBÉRIA Capital: MONRÓVIA População: 4.092.312 HAB. Superfície: 111.369 KM² 10 Centro de tratamento da Cruz Vermelha francesa na Guiné. ANOS DE PRESENÇA DA TOTAL NA LIBÉRIA EM 2015 TOTAL NA LIBÉRIA 80 colaboradores Actividades de Marketing & Serviços Presente em toda a cadeia de distribuição de produtos petrolíferos – rede, lubrificantes, comércio geral, aviação –, a Total Libéria dispõe de uma rede de 30 estações de serviço por todo o país. Em 2014, a Total lançou a construção de quatro novas estações para responder às crescentes necessidades do mercado, diversificando a sua gama de serviços com, por exemplo, soluções de pagamento móvel propostas em parceria com os operadores telefónicos. Graças aos equipamentos de protecção e ao respeito pelos protocolos, nenhum dos nossos colegas foi vítima do Ébola, o que nos deixou satisfeitos.“ Fayiah Tamba, Secretário-Geral da Cruz Vermelha da Libéria. 07 Edição de 2015 | Itinerário(s) QUÉNIA Capital: NAIROBI População: 45.010.056 HAB. Superfície: 580.367 KM² 16,5 MILHÕES DE DÓLARES INVESTIDOS PARA DESENVOLVER AS ACTIVIDADES DE MARKETING & SERVIÇOS NO QUÉNIA EM 2014 A parceria é natural e complementar gerir a ambição partilhada pela Total e a Solarkiosk: ligar a energia solar a quem nunca teve acesso à electricidade.” Rachna Patel, Directora-Geral da Solarkiosk Quénia TOTAL NO QUÉNIA 400 colaboradores Atividades Operação-Produção Criada em Nairobi em outubro de 2012, a filial Total E&P Kenya B.V. é operadora no bloco offshore e detém participações em cinco blocos offshore operados pela Anadarko. Já foram realizados importantes trabalhos de operação (designadamente a perfuração de dois poços). Actividades de Marketing & Serviços Presente em toda a cadeia de distribuição de produtos petrolíferos – rede, lubrificantes, comércio geral, betumes, GPL e aviação –, a Total Quénia dispõe de uma rede de 175 estações de serviço por todo o país. Parceiro de referência dos clientes industriais no Quénia, a Total é fornecedor, por exemplo, da Del Monte, um dos principais produtores de frutas e legumes do país. 08 Edição de 2015 | Itinerário(s) FACILITAR O ACESSO À ENERGIA Fornecer energia solar às zonas mais remotas Paralelamente à comercialização de candeeiros solares, a Total reforça o seu compromisso sobre o acesso à energia solar graças a um projecto inovador empreendido com a Solarkiosk. Rachna Patel, directora-geral da Solarkiosk Quénia, explica como as zonas rurais e periurbanas irão beneficiar com isso. A Total e a Solarkiosk partilham a ambição de fornecer produtos e serviços com base na energia solar aos residentes das zonas periurbanas e rurais que não estão ligados a uma rede eléctrica. A Solarkiosk, situada em Berlim, é uma empresa que emprega 18 pessoas em Nairobi. Lançou-se em Novembro de 2012, no Quénia, a venda de bens de consumo, como açúcar, farinha, leite e pão, num quiosque alimentado por energia solar. Estes produtos do quotidiano atraem clientes e permitem que a actividade persista. Contudo, antes de concluir uma venda apresentamos-lhes candeeiros solares portáteis de grande qualidade e os Solar Home Systems* vendidos no quiosque. Também lhes indicamos que podem ter, por uma quantia irrisória, diferentes serviços alimentados por energia solar: um frigorífico para conservar as vacinas das clínicas ou dos residentes locais, um local onde carregar telemóveis ou tirar fotocópias e uma televisão para ver um filme ou um jogo de futebol. Desta forma, não só damos acesso a uma gama de produtos e serviços anteriormente inacessíveis, como também o quiosque tornou-se vector de relações sociais. E não se fica por aqui: permite alimentar torres de telecomunicações, mini-redes eléctricas ou ainda fornecer uma fonte de energia solar aos comércios e instituições das imediações. Recrutar as pessoas adequadas Os operadores dos quiosques devem ter conhecimentos básicos de matemática, saber ler e escrever para que lhes possamos dar formação sobre como efectuar um inventário com a ajuda de um scanner, acompanhar o volume de negócios ou gestão da tesouraria. Recebem uma comissão, maior sobre a gama solar do que sobre os bens de consumo. Pensamos que a experiência da Total em África e a sua vontade de investir em projectos inovadores irão ajudar a Solarkiosk em vários campos, quer se trate de recrutar as equipas adequadas, construir a nossa estratégia de vendas, de nos abastecer a baixo preço graças à aquisição por atacado dos bens de consumo, acompanhar a distribuição ou ainda criar parcerias com actores locais. Do nosso lado, nos nossos quiosques, fazemos a promoção dos produtos TOTAL, em especial os candeeiros solares Awango. O projecto-piloto é bastante promissor e já permitiu às equipas partilharem as suas experiências e competências. * Instalações solares domésticas: painel solar de 2 watts ligado a uma lâmpada de 85 lúmenes; painel solar de 6 watts ligado a quatro destas lâmpadas. Outros compromissos da Total para o acesso à energia Com um milhão de candeeiros solares Awango by Total vendidos, a Total atingiu o seu objectivo determinado em 2012 contribuindo, assim, para melhorar o quotidiano de 5 milhões de pessoas que dificilmente teriam acesso à eletricidade. Comercializados em quase 20 países africanos, fornecem uma energia fiável, adequada e económica. Além disso, alguns permitem carregar telemóveis. Novo desafio: vender 5 milhões até 09 Edição de 2015 | Itinerário(s) 2020. A Total procura, por outro lado, responder a novas necessidades pensando nas soluções para alimentar rádios, televisões e ventiladores de baixa tensão com energia solar. CONGO Capital: BRAZZAVILLE População: 4.662.446 HAB. Superfície: 342.000 KM² A Total confia nas competências dos nossos técnicos locais, o que é encorajador para o futuro do país.” 47 ANOS DE PRESENÇA DA TOTAL NO CONGO (DESDE 1968) Serge Mberi, Director-Geral da Chapet Congo. TOTAL NO CONGO 1.412 colaboradores Vista aérea da plataforma Moho Nord. Actividades de ExploraçãoProdução A Total é o principal operador do país com 60% da produção nacional. O campo offshore Moho Bilondo, no qual a Total opera, atingiu um patamar de produção de 90 kbep/dia em meados de 2010. A Total E&P Congo também obteve aprovação completa da autorização de alto-mar B, em Junho de 2014. Por fim, a filial acaba de lançar o projecto de desenvolvimento de Moho Nord, o maior projecto petrolífero de sempre realizado no Congo. Actividades de Marketing & Serviços Presente em toda a cadeia de distribuição de produtos petrolíferos – rede, lubrificantes, comércio geral, betumes –, a Total Congo dispõe de uma rede de 40 estações de serviço por todo o país. Como está atenta aos seus clientes, a Total enriquece regularmente a sua gama de produtos e serviços e, assim, lançou diversas novidades no mercado congolês em 2014. Entre elas, uma solução de pagamento móvel e de transferência de dinheiro nas estações proposta em parceria com a Airtel, os produtos solares Awango by Total e os combustíveis de qualidade superior TOTAL Effimax. Os jovens do país têm lugar no estaleiro do projecto Moho Nord.” Herman Loemba, Engenheiro de Qualidade Technip 10 Edição de 2015 | Itinerário(s) DESENVOLVER O TECIDO INDUSTRIAL LOCAL Desenvolver as competências locais Tal como para todos os seus outros pólos, a Total E&P Congo efectuou subcontratação local para o seu projecto Moho Nord. O objectivo é a transferência de competências e a formação para as PME locais. Serge Mberi e Herman Loemba, subcontratantes, dão o seu testemunho. Por intermédio da empresa Technip, presente em Moho Nord, mas também como subcontratantes directos, trabalhamos em diferentes projectos com a Total, explica Serge Mberi, director-geral da Chapet Congo, uma empresa local especializada em trabalhos públicos e engenharia civil. Esta colaboração intensificou-se num ano e meio com cerca de trinta propostas recebidas: restauro da sede da Total E&P Congo, renovação da escola de Djeno, criação de barragens vegetais no terminal petrolífero de Djeno, etc.” Na obra, equipas locais estão presentes, o que permite favorecer o desenvolvimento da economia congolesa. “Em pouco mais de um ano, o facto de ser referenciada pela Total, fez com que o nosso volume de negócios progredisse 40%, confirma Serge Mberi. Contratámos cerca de sessenta colaboradores e deveremos ultrapassar a centena até ao fim do ano.” Uma parceria baseada nas partilhas e na formação Para implementar a subcontratação local, a Total E&P Congo pede aos seus subcontratantes directos ou indirectos que se comprometam com dispositivos de transferência de competências ambiciosos. Foi assim que Herman Loemba, engenheiro de qualidade da Chapet Congo, foi nomeado no pólo da Technip para acompanhar a Total no Moho Nord. Relembra uma experiência bastante enriquecedora: “Tenho oito anos de profissão no controlo de qualidade, mas a minha participação no projeto Moho Nord permite-me descobrir novos horizontes. É a primeira vez que contribuo no pré-fabrico e na criação de novas estruturas. Os meus responsáveis também me inscreveram numa formação que me permitirá passar no COFREND, um certificado de magnetoscopia para a inspecção não destrutiva. Um verdadeiro trunfo para mim.” “Eu já beneficiei de uma formação de seis meses em gestão, contabilidade, marketing, gestão de riscos etc., continua Serge Mberi. Isso deveria contribuir para reforçar a nossa competitividade. Outros compromissos da Total para desenvolver o tecido industrial local O Centro Incubador de PME no Níger (CIPMEN) beneficia, desde o seu início em 2014, do apoio da Total. Esta associação mobiliza-se para a criação de pequenas empresas e start-ups nos cam- pos das tecnologias de informação e comunicação, das energias renováveis e do ambiente. Desafio: contribuir para o desenvolvimento social e económico do Níger. 11 Edição de 2015 | Itinerário(s) Num ano, o CIPMEN formou cerca de 500 pessoas em empreendedorismo. A sua acção já permitiu a criação de seis empresas. SEGURANÇA, PRIORIDADE N°.1 A segurança encontra-se no centro dos desafios de responsabilidade social da Total e condiciona o seu desempenho. É, por isso, uma prioridade absoluta para o Grupo. A segurança dos nossos colaboradores e parceiros, tal como a das nossas instalações e veículos, é regida por regras estritas e não negociáveis. Estas regras são apoiadas por uma política voluntária que se baseia em três eixos: desenvolvimento de uma cultura da segurança no seio do Grupo, divulgação das nossas normas aos nossos colaboradores e prestadores de serviços, mas também a sensibilização, formação e acompanhamento de todos os nossos intervenientes, a começar pelas populações locais. 12 Edição de 2015 | Itinerário(s) SEGURANÇA, PRIORIDADE N°. 1 ÁFRICA, SEGURANÇA NO CENTRO DOS DESAFIOS Entrevista com MARCEL SIMARD, professor de segurança e saúde no trabalho na Universidade de Montreal Marcel Simard deu aulas durante cerca de trinta anos na Universidade de Montréal. Paralelamente a esta actividade, este perito cumpriu diversas missões, especialmente como consultor de segurança na Total. Recorda-se dos maiores desafios de segurança em África e dá-nos a sua análise relativamente ao papel que as empresas devem ter neste campo. Quais os maiores desafios de segurança que a África enfrenta actualmente? MARCEL SIMARD: Estou a ver três principais. O primeiro diz respeito à segurança rodoviária. Com apenas 2% do parque automóvel global, a África representa 16% das mortes na estrada à escala mundial. Aí morrem 24 habitantes em 100.000. Esta situação dramática explica-se, nomeadamente, pela ausência de estruturas nacionais de gestão da segurança rodoviária, mas também pela falta de coordenação entre os países. Diversos chefes de estado africanos já reconheceram que a segurança rodoviária é uma prioridade, o que é um ponto positivo. O segundo desafio prende-se com as actividades de alto risco, tal como a perfuração de poços offshore. Não dominadas, estas operações podem provocar desastres humanos, ambientais e económicos. Apesar de constatarmos a presença de verdadeiras competências técnicas no local, a sensibilização para os riscos ainda é muito fraca. Por fim, a falta de uma verdadeira cultura de segurança constitui o terceiro desafio com o qual o continente africano é confrontado. Está especialmente ligado ao facto de a história industrial de África ainda ser recente e a cultura de segurança ainda não ter tido tempo de se estabelecer firmemente nas mentalidades. A multiplicidade de prestadores de serviços que trabalham nos grandes projectos locais não facilita a construção desta base comum. Os problemas de segurança na estrada constituem um dos principais obstáculos para o desenvolvimento de África.” Marcel Simard 13 Edição de 2015 | Itinerário(s) SEGURANÇA, PRIORIDADE N°. 1 Na Total, temos uma abordagem social da segurança que diz respeito a todos os nossos intervenientes. COLABORADORES REFORÇAR PRIMEIRO A CULTURA DE SEGURANÇA DIVULGAR E APLICAR AS MELHORES NORMAS ALGUMAS ACÇÕES 12 “Regras de Ouro” para a segurança no posto de trabalho da Total FORMAR E ACOMPANHAR Radès Training Center by Campus na Tunísia Programa “Liderança de Segurança” no Congo PARTILHAR E SENSIBILIZAR Esta política voluntária assenta em regras não negociáveis e numa colaboração a todos os níveis. Como é que as empresas privadas podem contribuir para melhorar a segurança em África? M. S.: As empresas privadas que se instalam em África têm um papel crucial porque fornecem a sua experiência em termos de segurança rodoviária e industrial, acompanhada por recursos adequados para efectuar bem os seus projectos. Determinam as normas técnicas que elas e os seus prestadores de serviços devem respeitar. Também têm a responsabilidade de construir com os africanos e isso a Total compreendeu bem. Precisamente, em que termos as respostas fornecidas pela Total, em termos de segurança industrial ou rodoviária, lhe parecem adaptadas? M. S.: Em África, a Total continua a aumentar a sua presença e a participar no desenvolvimento económico e social local, colocando a segurança no primeiro patamar de prioridade. Nem todas as maiores indústrias fizeram obrigatoriamente essa escolha. Em termos de segurança, várias acções efectuadas pela Total parecem-me interessantes, tal como a implementação de um 14 Edição de 2015 | Itinerário(s) sistema de gestão da segurança ou, relativamente à exploração dos seus poços offshore, a estação submarina HORUS, que supervisiona continuamente os riscos geológicos segundo uma abordagem preventiva. Por fim, a acção efectuada pela Total em Angola parece-me exemplar. Desde 2010 que a filial lançou a avaliação do nível de cultura de segurança para todas as pessoas. Os efeitos dos planos de acção que se seguiram sentem-se até agora. l PARCEIROS SOCIEDADE CIVIL ALGUMAS ACÇÕES ALGUMAS ACÇÕES Um programa de inspecção e acompanhamento dos transportadores e dos contratantes Global Road Safety Partnership Safe Way Right Way Um guia de boas práticas entregue a todos os transportadores Programa “Na estrada para tua segurança” com o “cubo de segurança” Apoiado pela Total TRANSMITIR BONS REFLEXOS Os problemas de segurança ainda estão na origem de várias mortes no continente africano. É imprescindível uma evolução dos comportamentos. Mas se é indispensável uma alteração de visão, esta demora tempo. Sobre essa questão, várias acções devem contribuir para construir e perpetuar uma verdadeira cultura de segurança no terreno. À sua escala, a Total mobiliza todos os seus colaboradores, das equipas operacionais aos gestores, à volta de uma iniciativa comum, compromisso igualmente partilhado pelos prestadores de serviços do Grupo. Criar as condições de partilha e apropriação Disseminar as boas práticas para que se tornem reflexos, essa é uma das grandes ambições da Total em termos de segurança. Desta forma, ao participar, todos os anos no Dia Mundial da Segurança, 15 Edição de 2015 | Itinerário(s) o Grupo pretende favorecer a partilha de boas práticas nessa matéria. Estas últimas são conhecidas e formalizadas através da recolha das 12 “Regras de Ouro” da segurança no posto de trabalho. Contudo, não basta estipular normas para criar a tomada de consciência: também é preciso garantir que cada um as adopta concretamente no âmbito de uma cultura partilhada. A Total E&P Congo, por exemplo, identificou seis estaleiros prioritários l l l SEGURANÇA, PRIORIDADE N °. 1 O Radès Training Center by Campus na Tunísia pode receber até 1 000 profissionais por ano em formação. l l l para melhorar a cultura de segurança na filial. “Estes eixos foram desenvolvidos com mais de 3.000 colaboradores e parceiros industriais inquiridos sobre a sua percepção de segurança, explica Alexis Mayet, chefe do departamento de Segurança de Operações na divisão de HSA da filial. O programa Liderança de Segurança, o primeiro a ser implementado, deu lugar a workshops que permitiram aos gestores encontrar em conjunto as ferramentas para progredir.” E para divulgar mais amplamente as lições provenientes desta iniciativa e facilitar a sua apropriação pelas equipas no terreno foi implementado igualmente um dispositivo de pares-animadores. Identificados como “líderes de opinião”, estes interlocutores empenhados “ensinam” os seus colegas e transmitem-lhe as boas práticas que estes irão espalhar por sua vez. Um destes paresanimadores, Marcel Ngouama, mecânico sénior no pólo offshore Alima, testemunha o balanço positivo desta iniciativa: “Ao longo da semana, observo o comportamento das equipas no estaleiro e, todos os domingos, organizo uma reunião de segurança com todos os cargos. É ocasião para fazer o ponto da situação sobre as Regras de Ouro da segurança, ilustradas a partir de exemplos concretos, e introduzir as partilhas. Num ano e meio, observei melhorias reais no terreno.” RTC: um programa de formações teóricas e práticas. Formar na teoria e, principalmente, na prática Para ir mais longe na divulgação desta cultura de segurança, a Total aposta também na formação. Dispomos, na Tunísia, de um centro inédito que abrange todas as profissões da logística: o Radès Training Center by Campus (RTC). Colocado à disposição das equipas da Total e dos seus parceiros, pretende principalmente reforçar as competências dos profissionais envolvidos no domínio dos riscos em toda a cadeia logística petro lífera, do armazenamento dos produtos à sua distribuição nas estações de serviço, passando pelo seu transporte. Para isso, o centro aposta num conhecimento teórico, mas principalmente prático, convencido de que a segurança se baseia tanto no respeito pelas regras como no conhecimento do gesto. Nos dois 16 Edição de 2015 | Itinerário(s) casos, a qualidade das lições deve estar na ordem do dia. Foi por isso que o RTC recorreu a parceiros especialistas, como a APTH*, fiel parceiro da Total no campo do transporte, e se apoia em equipamentos topo de gama. Desta forma, no campo, a Total criou um reservatório vertical de 500 m3, uma oficina de manutenção de depósito ou ainda uma estação de serviço operacional, que permitem efectuar as formações em condições reais. l * Associação para a Prevenção nos Transportes de Hidrocarbonetos. Em 2014, 128 colaboradores e parceiros industriais da Total E&P Congo, de todos os pólos, participaram nos workshops de Liderança de Segurança, cujo formato dinâmico e pedagógico inclui role-plays e simulações. COLOCAR A SEGURANÇA NO CENTRO DAS NOSSAS PARTILHAS Como os nossos camiões percorrem centenas de milhares de quilómetros todos os anos para transportar os nossos produtos pelo continente, a segurança rodoviária é um dos nossos principais compromissos, relativamente às nossas equipas, às dos nossos prestadores de serviços e às populações locais. Estabelecer regras e zelar pelo seu respeito Directivas e procedimentos internos, Regras de Ouro, programa de melhoria do transporte rodoviário, sistema de gestão dedicado… Para melhorar o desempenho do transporte em África, nos últimos dez anos, a Total implementou uma série de normas e métodos que enquadram o encaminhamento de produtos petrolíferos, particularmente arriscado. Em Dezembro de 2012, com o intuito de garantir que eram correctamente aplicadas, a direcção África/Médio Oriente (AMO) da Total Marketing & Serviços desenvolveu, assim, um programa de inspecção dos seus transportadores. “Queríamos verificar se estavam em conformidade com as normas do Grupo, partilhando competências e uma cultura da segurança”, refere Pierre Prod’Homme, responsável de logística de transporte na direção AMO. Estas inspecções, efectuadas por profissionais independentes, avaliam também a formação dos motoristas e as normas técnicas das frotas, a gestão dos trajectos ou a existência de um sistema de gestão do transporte. Um camião cisterna TOTAL atesta com combustível em Moçambique. 17 Edição de 2015 | Itinerário(s) Perpetuar os progressos A avaliação não tem nenhum sentido se não for sustentada por uma ambição de progresso e por medidas de acompanhamento adequadas para que haja sucesso. Assim, as inspecções são, geralmente, acompanhadas por um plano de melhorias que é alvo de uma nova inspecção no ano seguinte. Desta forma, entre Dezembro de 2012 e Dezembro de 2014, mais de 90% dos transportadores contratados pela Total foram inspecionados. A maioria deles conseguiu obter uma avaliação em conformidade com as normas e progredir. Em contrapartida, aqueles cuja inspecção não originou resultados satisfatórios e que não seguiram o plano de melhorias viram o seu contrato rescindido. Para além da inspecção, é instalada uma cooperação permanente com os transportadores. Os primeiros resultados puderam ser medidos rapidamente, com, nomeadamente, uma redução de 31% do número de acidentes graves entre 2013 e 2014 em todo o perímetro África/Médio Oriente. “No final, estas inspecções já não são encaradas como uma obrigação pelos transportadores, mas mais como um meio de melhorar o seu desempenho, de optimizar a sua frota e aumentar a sua competitividade”, analisa Mehmet Celepoglu, diretor de HSEQ e Desenvolvimento Sustentável da direção AMO. Os resultados são tais que a Total conta generalizar esta iniciativa com todos os contratantes que intervêm nos seus pólos industriais e estações de serviço. l SEGURANÇA, PRIORIDADE N°. 1 EFECTUAR A PREVENÇÃO JUNTO DAS POPULAÇÕES 80% das mortes por acidentes de circulação ocorre em países com receitas fracas ou intermédias. África é o continente mais afectado – com 24 pessoas em 100.000 que falecem devido a um acidente rodoviário* –, o que lhe custa entre 1 e 5% do seu PIB** todos os anos. Assim, a Total dedica todos os meios para lutar contra este flagelo. Consciente da sua responsabilidade empresarial, o Grupo efectua acções de sensibilização junto das populações mais vulneráveis: condutores de motociclos, peões e os mais novos. A união faz a força Para encontrar soluções adaptadas, a partilha de experiências é indispensável. Foi por isso que, desde 2005, a Total aderiu ao Global Road Safety Partnership (GRSP) ao lado de outras empresas privadas, associações e agências de desenvolvimento. Barry Watson, o seu director-geral, salienta: “O GRSP tem como objectivo diminuir o número de mortes e feridos nas estradas a nível mundial, facilitando parcerias entre vários sectores relativamente à segurança rodoviária. Concedemos especial atenção aos países com receitas fracas ou médias, que enfrentam uma motorização rápida e taxas crescentes de acidentes na estrada.” E para aprofundar um trabalho global conduzido a longo prazo, a Total e o GRSP inserem as suas acções no âmbito da Década de Acção para a segurança rodoviária das Nações Unidas para o período 2011-2020. Trata-se de um plano de acção mundial, construído à 18 Edição de 2015 | Itinerário(s) volta de cinco pilares: gestão da segurança rodoviária, segurança dos veículos, a das estradas e mobilidade, comportamento dos utilizadores da estrada e os cuidados pós acidentes. Acções específicas África é, principalmente, atraves sada por corredores rodoviários bastante utilizados, com grande acidentologia, nas quais é necessário concentrar as operações de prevenção rodoviária. Em parceria com o Banco Mundial, a Total identificou dois eixos rodoviários prioritários nos quais intervir: um entre o Quénia e o Uganda (eixo Mombasa-Kampala); o outro entre os Camarões e Chade (eixo DoualaN’Djamena). De forma a organizar-se com eficácia, a Total criou em 2012 um fórum de partilhas: Safe Way Right Way (SWRW), que reúne empresas privadas, autoridades nacionais e locais, ONG e instituições internacionais. O SWRW implementa nos dois eixos prioritários uma séria de acções. No Quénia, com a formação dos condutores de motociclos, o apoio às forças policiais (equipamento de radares) ou o financiamento de um centro de primeiros socorros em Salgaa (a norte de Nairobi). Reconhecido pela sua experiência, o SWRW Quénia também foi consultado pelas autoridades no âmbito da elaboração de leis, como o Traffic Amendment Bill, que fixa em 30 km/h a velocidade máxima autorizada perto de escolas. Sensibilizar os mais vulneráveis A prudência e os bons reflexos na estrada aprendem-se desde jovens. As filiais da Total sabem-no bem, abordando igualmente as crianças, a população mais vulnerável a este ambiente hostil. Com “Na estrada para tua segu rança”, a Total sensibiliza e ensina A segurança rodoviária é um jogo para crianças “Na estrada para tua segurança” baseia-se numa ferramenta inovadora: um cubo de segurança vermelho que encerra diversas ferramentas lúdicas e pedagógicas para professores e alunos. Entre elas, brochuras de aulas, acessórios e, sobretudo, um minicircuito rodoviário a instalar no pátio da escola para pôr em prática os conhecimentos da formação. No fim, os alunos recebem o certificado e alguns tornam-se “embaixadores da segurança rodoviária” nas escolas. Uma iniciativa que responsabiliza as crianças e promove o impacto do programa. as crianças entre 6-12 anos sobre segurança rodoviária: 33 filiais de África e do Médio Oriente implementaram este dispositivo, que permitiu chegar a mais de 450.000 jovens entre 2012 e 2014. Uma iniciativa pretende igualmente melhorar as infraestruturas envolvendo todos os intervenientes afectados. l * Fonte Relatório OMS, Global Status Report on Road Safety, 2013. ** Fonte Relatório do Banco Mundial Transport for Health, 2014. Formação de alunos em Madagáscar. 19 Edição de 2015 | Itinerário(s) FAVORECER O ACESSO À EDUCAÇÃO E AO EMPREGO Se está a precisar de um desafio, este programa foi feito para si!” Livhuwani Nembliwi, Auditora no âmbito do Young Graduate Program ZÂMBIA Capitale: LUSAKA População: 16.638.505 HAB. Superfície: 752.614 KM² Uma experiência 65 internacional e início de carreira ANOS DE PRESENÇA DA TOTAL NO PAÍS EM 2015 TOTAL NA ZÂMBIA Inovador, o Young Graduate Program da Total permite aos recém-licenciados das universidades de África trabalharem num dos 40 países do continente onde o Grupo está presente e adquirir competências que os seus futuros empregadores irão valorizar. Livhuwani Nembliwi fala da sua experiência. Após ter obtido uma licença para o exercício de actividades em Contabilidade na Universidade de Venda, em Limpopo, em 2013, descobri o Young Graduate Program ao navegar pela internet. Candidatei-me, tal como quase 10.000 outras pessoas, porque queria desafiar-me para adquirir uma experiência profissional num país que não o meu. Fui um dos 100 sortudos selecionados! Passei seis meses em Joanesburgo nos serviços de Auditoria e Controlo interno da Total South Africa, onde aprendi a efectuar uma auditoria completa. Tive missões interessantes e os meus colegas ajudaram-me sempre. Uma porta aberta para o mundo do trabalho Agora estou na segunda fase do programa. Estou a trabalhar como auditora na Zâmbia durante um ano. Já tive oportunidade de efectuar auditorias em duas estações de serviço, uma a cerca de 150 km de Lusaka e a outra mais longe. Passei uma semana em cada uma. No total, pareceu-me um mês. Estava muito nervosa porque nunca antes tinha efectuado uma auditoria sozinha. Os operadores ficaram um pouco surpreendidos por trabalhar com uma mulher jovem, mas ser sul-africana foi muito útil porque ficaram impressionados por a Total ter-me enviado para tão longe! Foram bastante amigáveis. O que gosto realmente neste programa é sair da minha zona de conforto. Ao trabalhar em outro país ganha-se qualquer coisa que nunca ganharíamos ao ficar no nosso. Observamos métodos e formas de trabalhar diferentes e aprendemos mais. Acho que é um dos melhores programas deste tipo. Isso permite aos licenciados que não têm meios para ir para o estrangeiro estudar ou trabalhar adquirirem uma experiência profissional internacional. Nenhum dos meus amigos fez algo do género! No fim desta experiência, se existir um cargo vago na Total South Africa, irei candidatar-me. Se não existir, provavelmente irei voltar à universidade para conseguir um diploma especializado em auditoria. 20 Edição de 2015 | Itinerário(s) 179 colaboradores Actividades de Marketing & Serviços Presente em toda a cadeia de distribuição de produtos petrolíferos – rede, lubrificantes, comércio geral, betumes, GPL, aviação –, a Total Zâmbia dispõe de uma rede de quase 50 estações de serviço por todo o país. Parceiro de referência das empresas de exploração mineira, a Total fornece, nomeadamente, produtos petrolíferos aos pólos mineiros de Kalumbila e Kansanshi, no norte do país. Em 2014, a Total construiu instalações de armazenamento com uma capacidade global de mais de 8.000 m3 nestes dois pólos. Outro compromisso O primeiro ano do Mestrado de Engenharia Petrolífera do Instituto do Petróleo e do Gás (IPG) de Port-Gentil*, no Gabão, licenciou-se no fim de Junho de 2015. Este curso é dirigido aos engenheiros de engenharia química, mecânica civil, hidráulica ou equivalentes. Os jovens bacharéis em ciências ou FAVORECER O ACESSO À EDUCAÇÃO E AO EMPREGO Victor Rogandji, Responsável do CEP de Port-Gentil Sandrina Songo Mboumba, da turma de Instrumentação 2004-2005. Uma formação de futuro para os jovens do Gabão Todos os anos, o Centro de Especialização Profissional (CEP) de Port-Gentil forma cerca de quarenta jovens para responder às necessidades dos industriais do petróleo. Encontro entre o director desta estrutura patrocinada pela Total Gabão e uma antiga aluna. Trabalho em engenharia de exploração na Total Gabão e, quando me propuseram em 2010, dirigir o centro de Especialização Profissional (CEP) de Port-Gentil, não hesitei nem um segundo: chegou a altura de me colocar ao serviço dos jovens do meu país”, conta Victor Rogandji, actual responsável do CEP. Neste centro de formação criado da Total com a educação técnicos beneficiam desde 2011 de um programa de preparação para a profissão de operador de produção com obtenção de um diploma de operador no fim. * Criado em março de 2010 pela República do Gabão, o IPG provém de uma cooperação perfeita público-privada (Total Gabão, Shell Gabão e Perenco presidem o Conselho de Administração). em 2003 por iniciativa do governo do Gabão e da Total Gabão, os alunos acedem por concurso a cursos de formação leccionados durante nove meses, com aulas teóricas e práticas. Podem integrar um dos quatro ramos seguintes: Manutenção, Mecânica Industrial, Manutenção Eléctrica Industrial, Canalização/Soldadura ou Instrumentação/Regulação. “Após o BAC, esta formação deu-me acesso a um conhecimento teórico que consegui colocar imediatamente em prática porque o pólo está bem equipado, explica Sandrina Songo Mboumba, da turma de Instrumentação 2004-2005. Os intervenientes são experientes e alguns deles vêm do mundo profissional, o que permite projectarem-se aí”, continua a antiga aluna, actualmente técnica de previsão na Total Gabão. Uma abertura para o mundo do trabalho Virado para a indústria petrolífera, o CEP de PortGentil é patrocinado pelas empresas do sector, incluindo a Total. Esta parceria com o mundo profissional permite aperfeiçoar os programas em função das expectativas das empresas e que os jovens sejam operacionais. “O nosso objectivo delineado é fazer com que os nossos estagiários encontrem um emprego no fim da sua formação, continua Victor Rogandji. Efectivamente, 98% dos alunos certificados são contratados, um resultado bastante satisfatório. 21 Edição de 2015 | Itinerário(s) GABÃO Capital: LIBREVILLE População: 1.672.597 HAB. Superfície: 667.267 KM² 14,5 MILHÕES DE DÓLARES INVESTIDOS PARA DESENVOLVER AS ACTIVIDADES DE MARKETING & SERVIÇOS NO GABÃO EM 2014 TOTAL NO GABÃO 632 colaboradores Actividades de ExploraçãoProdução Com uma produção que atingiu 60.000 barris por dia em 2014, após trabalhos de desenvolvimento efectuados no campo de Anguille, a Total Gabão é sempre um dos primeiros produtores e investidores no Gabão. Este nível de produção deverá ser mantido durante vários anos, graças aos projectos de desenvolvimento que a Total Gabão ainda tem no seu portefólio. Actividades de Marketing & Serviços Presente em toda a cadeia de distribuição de produtos petrolíferos – rede, lubrificantes, comércio geral, betumes, GPL, aviação –, a Total Marketing Gabão dispõe de uma rede de perto de 50 estações por todo o país. Em 2014, a Total dedicou 42% dos seus investimentos à manutenção e modernização da sua rede de estações: 12 delas foram remodeladas para se adaptarem à nova imagem das estações TOTAL. A Total deu-me tudo o que precisava para lançar a minha empresa, da máquina de costura ao aluguer do atelier.“ NIGERIA Capital: ABUJA População: 177.155.754 HAB. Superfície: 923.768 KM² UM OBJECTIVO DE 21 , MILHÕES DE HORAS LOCAIS TRABALHADAS NO PROJECTO EGINA TOTAL NA NIGÉRIA 3.325 colaboradores Actividades de Exploração-Produção A produção da Total duplicou durante a década passada. A Nigéria é o principal país que contribui para a produção do Grupo, com actividades que incluem as convencionais offshore e onshore, águas profundas e o LNG. A Total opera cinco licenças de produção das 37 (OML) e tem participação em 4 licenças de exploração. Além disso, estão em desenvolvimento dois grandes projectos: Egina, cujo plateau de produção será alcançado em 2018, e Ofon, que está em fase final de desenvolvimento. Actividades de Marketing & Serviços Presente em toda a cadeia de distribuição de produtos petrolíferos – rede, lubrificantes, comércio geral, betumes, GPL, aviação –, a Total Nigéria dispõe de uma rede de mais de 500 estações de serviço por todo o país. Em 2014, para responder ainda melhor às necessidades dos seus clientes e contribuir para transformar as estações em verdadeiras zonas de vida, a Total efectuou uma parceria com a KFC e propõe esta oferta de restauração rápida em algumas estações de serviço da sua rede. Também inaugurou a sua primeira estação totalmente alimentada a energia solar. Rukayya Aliyu, costureira A formação profissional ao serviço das microempresas O programa de aquisição de competências da Total Nigéria contribui para diminuir o desemprego entre os jovens nigerianos desfavorecidos, fornecendo-lhes competências manuais e técnicas. Rukayya Aliyu, uma costureira de 30 anos, explica como foi ajudada. Tal como todos os nigerianos, terminei o secundário. Estudei numa escola árabe religiosa. Os meus filhos, três raparigas e dois rapazes, frequentam uma escola pública e espero ganhar dinheiro suficiente para poder inscrevê-los numa escola privada. Gostava de trabalhar perto da minha casa, em Makera, no estado de Kaduna, para estar perto da minha família. A gerente de uma loja ensinou-me primeiro a coser e falou-me do programa de aquisição de competências. Então inscrevi-me. Já sou um dos 60 diplomados deste programa, que começou em 2008. Neste âmbito, outros aprenderam soldadura, construção, marcenaria, moda, agricultura, aquacultura ou informática. A minha 22 Edição de 2015 | Itinerário(s) vocação era ser costureira e, assim, a Total formou-me em costura e deu-me um subsídio mensal durante a minha formação para que pudesse comprar material de aprendizagem e suprir as minhas necessidades. Quando o programa de um ano terminou, a Total forneceu-me um kit de arranque que incluía uma máquina de costura, um tear, um gerador, um ferro de engomar e outras ferramentas usadas pelas costureiras. Assim consegui abrir a minha própria empresa. A Total até ficou responsável pelo aluguer do meu atelier durante dois anos. Na direcção de um futuro promissor Durante a minha formação fui bastante minuciosa e aplico-me em colocar em prática tudo o que aprendi. Actualmente ficaria orgulhosa se quem me deu formação me viesse ver trabalhar. Esta formação era muito importante porque aí aprendi a organizar o meu atelier. Menos de três anos após tê-lo lançado já tenho três aprendizes. Trabalhamos todos juntos, o que é bastante agradável. Graças a este programa, agora faço o que queria realmente fazer. Espero que, no futuro, possa continuar a desenvolver a minha empresa, que tenha ainda mais aprendizes e que possa transmitir a outros o que já aprendi. PROMOVER O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E O EMPREENDEDORISMO Passar de um stand a uma empresa Não forneço apenas serviços de internet, mas também um serviço de assistência às pessoas.” O Centro de Negócios do EGI – apoiado pela Total –, a Assembleia Popular do EGI e o Banco de microfinanças Fortis fornecem um espaço de escritórios e uma formação para ajudar as empresas locais a desenvolverem-se. Udo Benson, fundador dos Services de l’Adbent ICT*, aproveitou. Udo Benson, fundador dos Services de l’Adbent ICT as minhas próprias instalações. Também desejo alargar a minha actividade à manutenção e reparação de telemóveis. Como funciona o Centro de Negócios do EGI Queria trabalhar por minha conta. Desta forma, há sete anos – apesar de um diploma em contabilidade –, criei “uma cabine telefónica” que permite às pessoas que não têm telefone utilizar o meu mediante pagamento. Quando ouvi falar do Centro de Negócios do EGI pensei que poderia ajudar-me a desenvolver a minha empresa. Há três anos consegui lançar os Adbent ICT Services para instalar as redes de Wi-Fi 3G que os gigantes das telecomunicações da Nigéria não forneceram aos habitantes desta região. Actualmente, a minha empresa tem dois funcionários e o meu volume de negócios anual passou de 15,5 milhões de nairas (71.000 €) em 2013 para 18 milhões de nairas (83.000 €) em 2014. Estou muito orgulhoso e espero continuar este desenvolvimento. Nos próximos cinco anos, o meu objectivo é atingir um volume de negócios de 40 milhões de nairas (cerca de 184.000 €), contratar uma dezena de pessoas e passar para Neste momento possuo um dos 31 escritórios do Centro de Negócios do EGI, que foi inaugurado em 2011. Propõe serviços de enquadramento para as actividades e para a formação, que me deram uma grande ajuda. Por exemplo, mostraram-me como manter um livro de contabilidade e gerir os stocks e os inventários. A Total também me ajudou a preparar-me para o concurso de empreendedorismo do governo federal, que concede subsídios. Consegui e recebi um dos 10 milhões de nairas (46.000 €) que investi na tecnologia necessária para a rede de Wi-Fi 3G. Trabalho com a Total na instalação desta rede nas estações de serviço. Hoje instalámo-la numa estação. O nosso objetivo: instalá-la rapidamente em quatro outras. Paralelamente, desejo alargar a 3G às escolas e clínicas da minha região, mas também aos particulares. * Tecnologia da Informação e da Comunicação. Outro compromisso da Total para o desenvolvimento do empreendedorismo Em Angola, a Total celebrou uma parceria com a Federação das Mulheres Empreendedoras de Porto Amboim, World Vision e Banco SOL, para contribuir para o desenvolvimento do empreendedorismo das mulheres da região. Este projecto permite-lhes, desta forma, aumentar as receitas do seu núcleo e contribuir para o desenvolvimento económico regional. Assenta, nomeadamente, na mecanização da rizicultura, produção de amendoins e criação de suínos. Para além de garantir o sucesso desta iniciativa, 23 Edição de 2015 | Itinerário(s) a metodologia escolhida permite tornar duradouras as missões implementadas, articulando-se em redor de um apoio de proximidade junto das populações locais e de uma transferência progressiva das competências. PRESERVAR O AMBIENTE Sacos mais respeitadores do meio ambiente e do ser humano No Senegal, a Total decidiu substituir, em todas as suas estações de serviço, os sacos de plástico por modelos de papel fabricados localmente. Yves Crémieux, presidente e director-geral da Rufsac, a empresa que os produz, apresenta o seu testemunho. No Senegal, os sacos de plástico representam uma grande poluição. Poluem os solos, as águas e afectam os animais que os ingerem. Os poderes públicos não podem gerir estes resíduos e a situação agrava-se. Habitante do país há anos, já não conseguia suportar ver este desastre ocorrer perante os meus olhos. Então, em 2009, para além dos sacos de papel de utilização industrial que produzimos e reciclamos desde 1978, decidi lançar uma gama de sacos de pequeno formato, fabricados na nossa fábrica de Rufisque, no sul de Dakar. A Total Senegal mostrou-se logo interessada. Desde 2010 que baniram os sacos de plástico das suas estações de serviço para privilegiar os nossos modelos de papel. Também lançaram uma campanha de publicidade destinada ao grande público para encorajar a sua utilização. Vários efeitos benéficos Apoiados por este primeiro contrato e pela visibilidade que esta colaboração nos deu, conseguimos contratar. De 65 colaboradores a Rufsac passou para mais de 100 funcionários, todos recrutados localmente. Depois, o nosso portefólio de clientes aumentou bastante, passando de 25, no início de 2010, para 1.500. São, essencialmente, clientes de proximidade (farmácias, grandes lojas ou restaurantes). Os meus colaboradores estão orgulhosos por lhes fornecer uma alternativa adaptada. E mesmo que os sacos de papel sejam mais caros do que os de plástico, os nossos clientes mostram-se cada vez mais motivados pela redução do seu impacto ambiental porque, tal como eu, constatam todos os dias os danos desta poluição. Também têm um papel activo na alteração dos comportamentos, o que é bem recebido pelos consumidores. Estamos orgulhosos por termos aberto o caminho e termos a confiança da Total. No entanto, acaba de ser adoptada uma lei que proíbe os sacos de plástico finos no Senegal. Outros compromissos da Total com o ambiente Na África do Sul, a Total é parceiro oficial histórico da Arbor Week organizada todos os anos pela direcção nacional da Agricultura. Durante uma semana, este programa nacional de sensibilização recorda a importância das árvores para o planeta através de diferentes acções: reflorestação que privilegia as espécies autóctones em vias de extinção e as árvores de fruto, prevenção dos fogos florestais; valorização das profissões da botânica, etc. Desta forma, mais de 56.000 árvores foram 24 Edição de 2015 | Itinerário(s) plantadas em 2014. Na Nigéria, a Total também conduziu o projeto Ofon 2 para valorizar os gases queimados e obter, desde 2015, uma diminuição da queima de 0,9 milhões de m³/dia, em média. SENEGAL Capital: DAKAR População: 13.635.927 HAB. Superfície: 196.722 KM² 30,9% Na caixa da loja de uma estação TOTAL no Senegal, um cliente coloca as suas compras num saco de papel. DO CAPITAL DA TOTAL SENEGAL É DETIDO POR ACCIONISTAS MINORITÁRIOS LOCAIS TOTAL NO SENEGAL 182 colaboradores Limitar a poluição relacionada com os sacos de plástico é um grande desafio para o Senegal, tanto para as populações locais como para a atractividade do país.” Yves Crémieux, presidente e director-geral da Rufsac 25 Edição de 2015 | Itinerário(s) Actividades de Marketing & Serviços Presente em toda a cadeia de distribuição de produtos petrolíferos – rede, lubrificantes, comércio geral, betumes, GPL, aviação –, a Total Senegal dispõe de uma rede de 175 estações de serviço por todo o país. Em 2014, para responder ainda melhor às necessidades dos seus clientes e contribuir para transformar as suas estações de serviço em verdadeiras zonas de vida, a Total efectuou uma parceria com a La Croissanterie, que entra no mercado senegalês e propõe a sua gama de sandes e bolos em duas estações do Grupo. Em conjunto com as escolas Eiffel, empenhamo-nos junto das populações locais, dando aos jovens a oportunidade de continuarem os seus estudos.” ANGOLA Capital: LUANDA População: 19.088.106 HAB. Superfície: 1.246.700 KM² TOTAL, OPERADOR PETROLÍFERO N°.1 Dr João Cafuquena,. Director Nacional do Ensino Geral . , EM ANGOLA TOTAL EM ANGOLA 2.321 colaboradores Actividades de ExploraçãoProdução A Total é, actualmente, o primeiro operador petrolífero em Angola com cinco licenças para operar em águas profundas e diversas instalações no bloco 17 (quatro FPSO*, quatro aparelhos de perfuração, duas acomodações offshore e 40 barcos de apoio). Após o início de produção do FPSO de CLOV em 2014, a filial celebrou os 2 mil milhões de barris produzidos no bloco 17 em Abril de 2015. O Grupo também é parceiro em três outros blocos petrolíferos e numa fábrica de GNL em terra. O primeiro projecto de desenvolvimento no bloco 32 (Kaombo) foi lançado em Abril de 2014, com o início de produção previsto para 2017. Estão também a decorrer actividades de exploração nos blocos 25, 32 e 40 para identificar novos recursos. Aos colaboradores do Grupo presentes em Angola juntam-se cerca de 8.000 pessoas que trabalham nos pólos operados pela Total. Actividades de Marketing & Serviços Graças a três distribuidores parceiros, a Total efectuou as suas primeiras vendas no mercado da distribuição dos lubrificantes em Angola em 2013. * Floating Production Storage and Offloading: unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga. Alunos em aulas numa numa das escolas Eiffel. 26 Edição de 2015 | Itinerário(s) CONSTRUIR RELAÇÕES DURADOURAS Nota “Excelente” para a juventude angolana Em 2014, 174 alunos Angolanos concluíram o ensino secundário nas escolas Eiffel. Estes estabelecimentos, financiados pela Total, deverão ser totalmente geridos pelo Ministério da Educação de Angola a partir 2017. evolução da sociedade angolana, explica o antigo aluno. A escola ensinou-me a resolver problemas de diferentes naturezas. E, em concreto, tenho o privilégio de trabalhar num laboratório para a indústria do açúcar e da bioenergia, única e grande em Angola.” Um investimento a longo prazo As escolas Eiffel são fruto de uma cooperação desde 2008 entre o Ministério da Educação angolano, a Total e a Missão Laica Francesa, explica o Dr. João Cafuquena, Director Nacional do Ensino Geral. Desta forma, nasceram quatro escolas do 2º ciclo do ensino secundário nas províncias de Bengo, Cuanza Norte, Cunene e Malanje.” Fornecendo um ensino essencialmente centrado na matemática, ciências físicas e biológicas, estas escolas dirigem-se a alunos de nível secundário. Um deles, Manuel João, conciliou pequenos trabalhos e os longos trajectos a pé para poder continuar a sua escolaridade até ao exame de admissão da escola de Malanje, cujas despesas de inscrição e escolaridade são gratuitas. “Estou orgulhoso por ter estudado lá, porque isso me permitiu ser alguém que pode contribuir para a Desde 2011, as escolas Eiffel registam uma taxa de sucesso no ensino secundário de 94%, que inclui todas as turmas. “Estes estabelecimentos são uma referência no sistema de educação local, continua o Dr. João Cafuquena. Têm contribuído bastante para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem em Angola, organizando regularmente acções de formação para os seus professores e directores adjuntos, mas também para equipas provenientes de outras escolas públicas. O objectivo destas formações: melhorar a organização, a gestão administrativa e pedagógica das escolas e têm proporcionado um grande contributo na melhoria da Qualidade de Ensino-aprendizagem. Uma iniciativa bastante importante em Angola, país confrontado com a insuficiência do número de escolas públicas. Outros compromissos da Total para relações duradouras Em 2014, a Total Togo iniciou um processo de consulta dos intervenientes ribeirinhos do seu depósito de armazenamento de GPL em Katanga, no sudeste de Lomé. As discussões com os representantes da sociedade civil permitiram salientar as necessidades das populações locais e melhor enquadrar a contribuição da Total para o desenvolvimento económico e social. Foi sugerido, nomeadamente, o fornecimento de material escolar para evitar o abandono escolar das crianças mais desfavorecidas. A Total respondeu às suas expecta- 27 Edição de 2015 | Itinerário(s) tivas fornecendo kits escolares aos alunos com mais mérito da escola pública da localidade. Com vontade de continuar as suas acções sociais, a Total Togo pretende introduzir iniciativas semelhantes nas escolas dos arredores. E ainda… Um panorama não exaustivo das iniciativas realizadas noutros países de África, através das filiais da Total. GABÃO Ligado ao resto do mundo através de fibra óptica Em 2010, o governo do Gabão e a Total Gabão concluíram uma convenção para o financiamento de um projecto de instalação do cabo de fibra óptica. Em conjunto criaram um fundo diversificado que irá custear dois terços do financiamento deste equipamento, ficando o resto a cargo do governo do Gabão. 12.000 km de cabos e 387,8 mil milhões de francos CFA (590 M€) de investimento irão oferecer à população do Gabão um melhor acesso à internet. ETIÓPIA Árvores e material escolar Após um diálogo com os intervenientes da cidade de Dukam, onde a Total Etiópia possui um depósito de produtos petrolíferos, foram lançadas duas iniciativas propostas pelas populações para melhorar o seu quotidiano. Em 2014, a filial organizou um vasto programa de reflorestação, plantando 3.000 árvores. Baptizada como “Green village of Total Ethiopia and Dukam Town Administration Village*”, a iniciativa será repetida todos os anos. Além disso, renovou os locais de uma escola da cidade (Gorgicha Primary Elementary Government School) e forneceu material escolar aos seus alunos. * Aldeia verde da Total Etiópia e da cidade de Dukam. ILHAS MAURÍCIAS MADAGÁSCAR Para a Protecção dos corais Após um enfraquecimento maciço ocorrido em 2009, morreram imensos recifes de corais nas ilhas Maurícias. Em Anse La Raie, no norte do país, 60% da população coralina foi dizimada desta forma. A ONG Reef Conservation, apoiada pela Total Maurícias, efectuou um importante ponto da situação dos locais, bem como diferentes estudos. Também criou, na zona de conservação marinha (VMCA) de Anse La Raie, uma zona de criação de corais para efectuar transplantes e contribuir para reconstruir o recife coralino. Ajudar as famílias rurais a melhorar o seu bem-estar de forma duradoura A Total Madagáscar financia o programa de apoio aos micro projectos de desenvolvimento rural do distrito de Morafenobe. Lançada no fim de 2010 com a ONG Cite, esta iniciativa pretende diminuir a pobreza das populações procurando, nomeadamente, aumentar as suas receitas através da mecanização da rizicultura. Em 2014, este programa permitiu a 516 famílias efectuar actividades produtoras de receitas. Em 2015 o objectivo é 675 famílias. Itinerário(s) Documento publicado em francês, inglês, árabe e português pela direcção África da Total Exploration-Production e pela direcção África/Médio Oriente da Total Marketing & Services • Responsáveis pela publicação: Anne-Valérie Troy – Comissão editorial: Abiodun Afolabi, Michaël Crochet-Vourey, Corinne Deleporte • Colaboradores: Julie Dejean, Rafaela Essamba, Lana Ravel • Créditos fotos: GettyImages – DR Total Moçambique, Studio Saint-Louis – DR Total Liberia/Cruz Vermelha da Libéria, DR Cruz Vermelha francesa, DR Nicolas Beaumont, Cruz Vermelha francesa – DR Total Kenya – DR Total E&P Congo – DR Total Outre Mer, Radès Training Center by Campus – DR Total Moçambique/Studio Saint-Louis – DR Total, Pascal Laurent – DR Total Madagasikara – DR Total Zambia – DR Total Gabon, DCE – DR Total Nigeria Plc – DR Total E&P Nigeria – DR Rufsac, DR Total Sénégal – DR Total E&P Angola – DR Total Gabon, DCE, DR Total Ethiopia, DR Total Mauritius, DR CITE – DR Bruno Demeocq, DR Musée du quai Branly. • Os números chave relativamente à superfície e ao número de habitantes dos países são provenientes do CIA World Factbook, versão online (maio de 2015) – Agosto de 2015 • Concepçãorealização: – +33 1 55 76 11 11 – [email protected] – 13416 • Impressão: Advence S.A. • Contactos: [email protected] e [email protected] 28 Edição de 2015 | Itinerário(s) A acção da Fundação Total Os campos que definem o empenho da Fundação Total são a cultura, a solidariedade, a saúde e a biodiversidade marinha. Fornece o seu contributo a projectos criados com os seus parceiros (associações, instituições, ONG) e a iniciativas de interesse local, empreendidas por associações nas quais os colaboradores da Total participam a título pessoal e voluntário. Para saber mais: http://fondation.total.com Foco saúde infantil com Pasteur Mobilizar uma comunidade de investigadores, médicos, enfermeiros para mais perto das populações fazer com que a ciência e a medicina avancem: uma aposta partilhada há dez anos que tornou a Fundação Total o mecenas mais pragmático do Instituto Pasteur. Centrada na melhoria da saúde infantil, esta parceria implementa programas de investigação e de saúde pública. Na República Centro-Africana, por exemplo, um programa permitiu introduzir as técnicas de identificação das causas das diarreias infantis graves. Outros programas são apoiados nos Camarões (diagnóstico precoce do VIH), no Níger (meningites e infecções respiratórias) e no Senegal (resistência aos antibióticos). A componente social – formação de enfermeiros, conselhos para as mães – faz parte integral da iniciativa. De 2015 a 2017 os projectos irão aproximar-se mais do terreno e irão favorecer as partilhas interdisciplinares e internacionais, algumas delas reunindo equipas africanas e asiáticas. Uma boa dinâmica sul-sul… Bona, Amesterdão, Paris: a galeria dos escultores africanos Com o intuito de valorizar as culturas dos países de localização do grupo Total, a Fundação Total apoiou a exposição “Os Mestres da escultura da Costa do Marfim”, de 14 de Abril a 26 de Julho de 2015 no Musée du Quai Branly, em Paris, após uma apresentação em Bona e Amesterdão. Esta exposição escolheu apresentar mais a dimensão artística do que ritual das obras e mostrou o local central que a escultura costa-marfinense ocupava na história da arte. Desta forma, as esculturas de madeira provenientes da África Ocidental – principalmente da Costa do Marfim – exibiam as suas qualidades técnicas e a sua força estética dentro de um percurso que narrava os maiores estilos da região. Grande mecenas do Musée du Quai Branly, a Fundação Total apoiou esta iniciativa na continuidade das anteriores exposições a favor da influência das culturas africanas: “Presença africana” e “Artistas de Abomey” em 2009-2010; “Rio Congo” em 2010; “Dogon” em 2011; “Nigéria, artes do vale de Bénoué” em 20122013 e “Segredos da Costa do Marfim, a arte dos Lega da África Central” em 2013-2014. 29 Edição de 2015 | Itinerário(s) Desde que está disponível que a energia criou uma dinâmica de progresso. Permitir que todos tenham acesso a ela e utilizá-la da melhor forma são os dois grandes desafios de um futuro energético responsável. É neste contexto que a Total insere a sua acção. Presente em mais de 130 países, o nosso Grupo é uma das primeiras companhias internacionais de petróleo e de gás. Produtor de petróleo, refinador, distribuidor e petroquímicos, também somos um grande actor no campo do gás natural e o número dois mundial da energia solar com a SunPower. Empenhados numa melhor energia, os nossos 100.000 colaboradores contribuem em todo o mundo para fornecer aos nossos clientes produtos e serviços mais seguros, adequados, eficazes, inovadores e acessíveis ao maior número de pessoas. Em relação aos nossos intervenientes, implementamos tudo para que as nossas actividades contribuam para os progressos económicos, sociais e ambientais. TOTAL S.A. Sede social: 2, place Jean Millier – La Défense 6 92400 Courbevoie – France Capital social: 5.963.168.812,50 euros 542 051 180 RCS Nanterre www.total.com Total Exploration-Production Direção África Contacto: [email protected] Total Marketing & Services Direção África/Médio Oriente Contactos: [email protected] [email protected] Este documento foi impresso com tintas vegetais em papel Cocoon Silk, fabricado com pasta FSC 100% reciclada, contribuindo para a redução da pressão sobre os recursos florestais. Este papel, que apresenta o rótulo europeu Ecolabel, foi produzido numa fábrica com a certificação ISO 14001 e FSC. O tipógrafo que imprimiu este documento também tem a certificação Imprim’Vert®, o que garante a gestão dos resíduos perigosos em locais aprovados. total.com