II CONFERÊNCIA ESTADUAL DE
POLÍTICA PARA AS MULHERES
AUTONOMIA E IGUALDADE NO MUNDO DO TRABALHO E CIDADANIA
IGUALDADE DE OPORTUNIDADES NO MERCADO DE TRABALHO
ARLETE CARMINATTI ZAGO
VICE PRESIDENTE DA BPW BRASIL – FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE
MULHERES DE NEGÓCIOS E PROFISSIONAIS DO BRASIL
CONSELHEIRA CNDM – CONSELHO NACIONAL DOS DIRETOS DA MULHER
CONSELHEIRA CEDIM/SC - CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA MULHER
Local: Hotel Praiatur/Ingleses/ SC
DATA: 12/07/2007
TEMÁRIO II CNPM
I – Análise da realidade brasileira: social, econômica, política, cultural e os
desafios para a construção da igualdade na perspectiva da
implementação do PNPM;
II – Avaliação das ações e políticas propostas no PNPM, sua execução e
impacto;
III – Participação das mulheres nos espaços de poder
TEMA DE DISCUSSÃO
AUTONOMIA E IGUALDADE NO MUNDO DO TRABALHO E CIDADANIA
IGUALDADE DE OPORTUNIDADES NO MERCADO DE TRABALHO
DADOS SOBRE A MULHER EM SC
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Somos 50,6% da população catarinense
23,5% das famílias catarinenses (431.643) são chefiadas por mulheres
43,6% da população são economicamente ativas
82,7% vivem em áreas urbanas
89,6% são brancas, 10% são negras, 0,15% amarelas e 0,21%
indígenas
93,2% são alfabetizadas
50% das mulheres trabalhadoras ganham até 2 salários mínimos
11,7% das mulheres trabalhadoras prestam serviços domésticos.
19% trabalham na área da educação, saúde e serviços sociais
20,5% trabalham na agricultura
18,2% atuam na industria
Em 2003 a diferença salarial mostrada pelos dados do IBGE era de
41% entre homens e mulheres.
TRABALHO E RENDA
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Analfabetas no início do século XX, as mulheres brasileiras fizeram extraordinários avanços
na sua escolaridade e no final do século tem um grau de instrução, na média superior a dos
homens. Cresceu sua participação no mercado de trabalho, embora ainda permaneçam
diferenças salariais, no entanto, estes diminuíram na década de 1990.

A mulher enfrenta discriminação no mercado de trabalho, auferindo menores rendimentos do
que os homens. Este quadro é agravado porque as mulheres têm maior dificuldade de
conciliar trabalho fora de casa com a tarefa de cuidar dos filhos

A situação é mais dramática para as mulheres negras que recebem remunerações
sistematicamente inferiores a das mulheres brancas. Considerando o recorte de sexo, negras
recebem 50% dos rendimentos auferidos pelas brancas.

É importante assinalar que este diferencial de salário que ainda persiste é uma das
explicações significativas da desigualdade de renda do país.

A diferença em favor dos homens é muito grande estes recebem 40% a mais que as
mulheres. Esta diferença é pura discriminação e não é devido ao pior desempenho das
mulheres na produção. Por último, este hiato é maior nos domicílios chefiados por mulheres.
A proporção de mulheres chefes de família tem crescido no Brasil e isso provavelmente tem
um impacto enorme no aumento da pobreza e da exclusão social
MULHER E SALÁRIO
 AS MULHERES BRASILEIRAS, ASSIM COMO AS MULHERES
DE TODO O MUNDO GANHAM AINDA MENOS DO QUE OS
HOMENS, MESMO QUE TENHAM O MESMO VÍNCULO DE
TRABALHO, TRABALHEM O MESMO NÚMERO DE HORAS,
EXERÇAM AS MESMAS PROFISSÕES E TENHAM A MESMA
ESCOLARIDADE . SEGUNDO A ONU OS HOMENS RECEBEM
2,4 VEZES MAIS DO QUE AS MULHERES.
 AS MULHERES EXECUTAM 2/3 DO TRABALHO REALIZADO
PELA HUMANIDADE., RECEBEM 1/3 DO TOTAL DE SALÁRIOS
PAGOS NO MUNDO E SÃO PROPRIETÁRIAS DE APENAS 1%
DOS BENS IMÓVEIS.
 A FORÇA DE TRABALHO DAS MULHERES TRAZ RIQUEZAS E
PROGRESSO A ESTE ESTADO. COM GRANDE PESO NO
PRODUTO
INTERNO
BRUTO
(PIB),
SOMOS
AS
CONSTRUTORAS DE PARTE EXPRESSIVA DA RIQUEZA
NACIONAL. EM TERMOS ECONÔMICOS, MESMO REALIZANDO
66% DO TRABALHO EM TODO O MUNDO, AS MULHERES
CONTROLAM APENAS 10% DA ECONOMIA MUNDIAL.
SITUAÇÃO EM SANTA CATARINA
 AS MULHERES SÃO MAIS DA METADE DA POPULAÇÃO CATARINENSE, QUE
CONSTROEM ANONIMAMENTE A RIQUEZA E O PROGRESSO DESTE ESTADO.
 SEGUNDO DADOS DO IBGE A POPULAÇÃO FEMININA DO ESTADO É DE
2.932.417 (50,6%) ULTRAPASSANDO A POPULAÇÃO MASCULINA
 REPRESENTAMOS 42% DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA DESTE
ESTADO. SOMOS AS CONSTRUTORAS DE PARTE EXPRESSIVA DA RIQUEZA
NACIONAL COM NOSSA FORÇA DE TRABALHO COM GRANDE PESO NO
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), E NÃO PODEMOS MAIS SER ROTULADAS DE
PERTENCENTE ÀS MINORIAS.
 O DEPARTAMENTO DA MULHER DA FETIESC – FEDERAÇÃO DOS
TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS E FIAÇÃO E TECELAGEM DO VESTUÁRIO
EM DEZEMBRO DE 2003 COORDENOU PESQUISA COM TRABALHADORAS DE 27
MUNICÍPIOS CATARINENSES SOBRE A VIOLÊNCIA NO TRABALHO.

A VIOLÊNCIA NO TRABALHO FOI CITADA POR 55% DAS MULHERES E O CHEFE
É O PRINCIPAL RESPONSÁVEL (58%).
 APENAS UMA EM CADA 10 MULHERES VÍTIMA DA VIOLÊNCIA NO TRABALHO
DENUNCIOU A SITUAÇÃO A MAIORIA (34,21% ) PREFERIU COMENTAR COM O (A)
COLEGA.
MERCADO FORMAL DE TRABALHO EM
SANTA CATARINA
SEGUNDO PUBLICAÇÃO DO SINE (SISTEMA NACIONAL DE EMPREGO) - A
MULHER NO MERCADO DE TRABALHO FORMAL EM SANTA CATARINA EM
2006, ELABORADO POR OSNILDO VIEIRA FILHO, TEMOS DADOS
ESTATÍSTICOS QUE TRAZEM A REFLEXÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DA
MULHER NO MERCADO FORMAL. ESTE TRABALHO FOI RESULTANTE DA
ANÁLISE DE DADOS DA RAIS ( RELAÇÃO ANUAL DE INFORMAÇÕES
SOCIAIS) E DO CAGED – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E
DESEMPREGADO:
 INDICAM QUE NO MERCADO DE TRABALHO FORMAL, O EMPREGO
FEMININO VEM AUMENTANDO MUITO LENTAMENTE E AVANÇOU NUMA
PROPORÇÃO DE APENAS 7% NOS ÚLTIMOS 20 ANOS.
 ENTRE 1986 e 2006, A PARTICIPAÇÃO FEMININA NO MERCADO DE
TRABALHO PASSOU DE 34% PARA 41%. PROPORCIONALMENTE, A
INSERÇÃO FEMININA SUPERA A INSERÇÃO MASCULINA APENAS NOS NÍVEIS
DE ESCOLARIDADE MAIS ELEVADOS (ENSINO MÉDIO, SUPERIOR
INCOMPLETO E SUPERIOR COMPLETO).
 DE CADA 10 VAGAS CRIADAS NO ANO PASSADO PARA TRABALHADORES
COM O ENSINO SUPERIOR COMPLETO OU INCOMPLETO, QUATRO FORAM
OCUPADAS POR HOMENS E SEIS POR MULHERES
O MERCADO FORMAL DE TRABALHO EM
SANTA CATARINA
 Destacamos que para os níveis mais elevados de escolaridade (superior
incompleto e superior completo), o número de empregos gerados para
mulheres superou o número de vagas para os homens. De cada 10 mulheres
que se inseriram no mercado de trabalho no ano passado, duas tinham o
ensino superior completo ou incompleto (Tabela 2).
 Isto mostra que as mulheres, mesmo ainda sendo minoria no mercado de
trabalho formal, proporcionalmente estão mais presentes nos grupos com
maior perfil de escolaridade
Tabela 2
EMPREGOS FORMAIS(*) GERADOS POR GÊNERO SEGUNDO A ESCOLARIDADE
Período: Janeiro de 2006 a dezembro de 2006 SANTA CATARINA – SC
Escolaridade
Fundamental Incompleto
Fundamental Completo
Médio Incompleto
Médio Completo
Superior Incompleto
Superior Completo
Total
(*) Com carteira assinada
Fonte: MTE/Caged
MASCULINO
-5.468
4.461
4.529
23.237
2.355
1.635
30.749
FEMININO
665
2.822
2.980
18.016
3.079
3.011
30.573
TOTAL
-4.803
7.283
7.509
41.253
5.434
4.646
61.322
tabela 7
REMUNERAÇÃO MÉDIA MENSAL(*) POR GÊNERO E DIFERENCIAL NA REMUNERAÇÃO SEGUNDO A
ESCOLARIDADE
Período: Janeiro de 2006 a dezembro de 2006
SANTA CATARINA – SC
ESCOLARIDADE
Fundamental Incompleto
Fundamental Completo
Médio Incompleto
Médio Completo
Superior Incompleto
Superior Completo
Total
Masculino
Feminino
502,33
543,02
506,45
593,57
750,86
1.603,04
582,91
(*) Remuneração média mensal de contratação em Reais
Fonte: MTE/Caged
413,65
435,96
424,93
486,07
600,12
1.020,59
497,1
Total
475,32
506,05
475,27
545,38
669,75
1.269,35
549,18
Diferencial
na remuner.
-17,7%
-19,7%
-16,1%
-18,1%
-20,1%
-36,3%
-14,7%
 Na tabela 4, verifica-se que a remuneração nominal média mensal de
contratação, em 2006, no Brasil foi de R$ 549,18 em Santa Catarina, o que
corresponde a 7,5% abaixo da média nacional que foi de R$ 593,47.
 Vale ressaltar que o diferencial entre a remuneração feminina e masculina no
Estado é maior que a verificada no nível nacional. Enquanto em Santa Catarina
as mulheres foram contratadas recebendo, mensalmente, 14,7% a menos que os
homens, no país a diferença cai para 9,9%.
Tabela 4
REMUNERAÇÃO MÉDIA MENSAL(*) POR GÊNERO E DIFERENCIAL NA
REMUNERAÇÃO SEGUNDO OS NÍVEIS GEOGRAFICOS SELECIONADOS
Período: Janeiro de 2006 a dezembro de 2006
Nível Geográfico
Santa Catarina
Brasil
Masculino
Feminino
582,91
613,64
497,10
553,12
Diferencial
na remuner.
549,18
-14,7%
593,47
-9,9%
Total
(*) Remuneração média mensal de contratação em Reais
Fonte: MTE/Caged
 De acordo com a Rais/2005, considerando o total do contingente de trabalhadores
do mercado formal em Santa Catarina em 2005, o rendimento médio da mulher,
correspondia a um valor 23,7% menor que o percebido pelos homens. Esta
diferença superava os 42% quando ambos tinham o ensino superior.
DIFERENCIAL NA REMUNERAÇÃO SEGUNDO GRANDES
SETORES ECONÔMICOS


Em relação aos grandes setores de atividade econômica, o maior diferencial na remuneração entre os
contratados no ano passado ocorreu na Indústria, com as mulheres recebendo cerca de 20% menos que
os homens.
Em contrapartida, na Construção Civil observa-se uma maior igualdade na remuneração entre os
gêneros. Neste caso, a inserção feminina em ocupações de níveis mais elevados aliada à baixa
participação de mulheres no referido setor econômico, pode ter elevado a remuneração média destas,
reduzindo o diferencial.
Tabela 6
REMUNERAÇÃO MÉDIA MENSAL(*) POR GÊNERO E DIFERENCIAL NA REMUNERAÇÃO SEGUNDO
GRANDES SETORES ECONÔMICOS
SANTA CATARINA - SC
Período: Janeiro de 2006 a dezembro de 2006
Grande Setor de
Atividade Econômica
Industria
Construcao civil
Comercio
Servicos
Agropecuaria
Total
Masculino
602,51
580,13
549,86
618,71
452,32
582,91
Feminino
481,97
561,47
486,27
526,89
397,91
497,1
Total
555,39
579,39
520,88
577,18
439,75
549,18
Diferencial
na remuner.
-20,0%
-3,2%
-11,6%
-14,8%
-12,0%
-14,7%
(*) Remuneração média mensal de contratação em Reais
Fonte: MTE/Caged

O diferencial na remuneração média de contratação entre os gêneros não pode ser atribuído somente a
diferenças na jornada de trabalho. A média de horas contratadas masculina é cerca de 43 horas
semanais e a feminina é de 42 horas. Vale lembrar que a remuneração média feminina é inferior a
masculina em todos os níveis de escolaridade, sendo as maiores diferenças verificadas nos graus de
instrução superior completo

Na Construção Civil em Santa Catarina, apenas 8% dos empregos formais são ocupados por
mulheres contra 92% ocupados por homens.
DADOS DO SEBRAE SOBRE A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO
MUNDO DOS NEGÓCIOS.
Indicadores Sociais 2004, do IBGE, revelou que no Brasil apesar de as
mulheres apresentarem melhores indicadores na área de educação que os
homens, no mercado de trabalho elas recebem remuneração bem menor que
a deles
o salário da brasileira é, em média, 30% inferior ao do homem. Diferença
que chega a 61% se a mulher for negra. Fonte: Unifem (Fundo de
Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher)
das 500 maiores empresas brasileiras, 58% não contém nenhuma mulher
na direção
total dos cargos executivos dessas empresas, apenas 9% são ocupados
por mulheres, embora elas representem 35% do conjunto de funcionários
somente 0,1% desses cargos têm mulheres negras e apenas 3% das
empresas entrevistadas possui políticas de igualdade de gêneros.
da mulher", é fundamental na tomada de decisões e já se comprovou
cientificamente que os homens são menos intuitivos.
PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO MUNDO DOS
NEGÓCIOS
•
No Brasil, a média de anos de estudos das mulheres é maior que a
dos homens: 7 e 6,8 anos, respectivamente. E, dentre as que
trabalham, essa diferença é ainda maior, pois elas apresentam um ano
a mais de estudo que os homens.
•
mulheres são maioria nos grupos de maior escolaridade,
correspondentes ao último ano do ensino médio, curso superior e na
pós-graduação.
•
55% das mulheres no mercado de trabalho possuem pelo menos o
ensino fundamental, enquanto 55% dos homens ocupados não
terminaram este mesmo
•
O número de engenheiras, por exemplo, aumentou 67% nos últimos
doze anos e 47% dos administradores de empresas são do sexo
feminino. O mesmo ocorre nos cursos de pós-graduação onde elas
representam maioria absoluta nas salas de aula.
•
Competências mais valorizadas, muitas são genuinamente femininas.
A intuição, também chamada de "6º sentido
DADOS SOBRE A MULHER NA ESPFERA PÚBLICA
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
No serviço público federal as mulheres respondem por 44% dos funcionários (234
mil em 530 mil) - mas, por outro lado, ocupam as piores posições, baseadas na área
operacional e por via de conseqüência, recebem os salários mais baixos. Anote-se
que apenas 18 dos 136 cargos mais importantes são exercidos por mulheres.
No Poder Judiciário, há apenas 2 Ministras no Tribunal Superior do Trabalho e 2 no
Superior Tribunal de Justiça, sendo que somente agora uma mulher ocupa a
Suprema Corte do país, apesar de que as representam, 30% do corpo de juizes do
país.
É curioso notar que, no Brasil, a Magistratura sempre foi uma instituição masculina e
branca, mas vem passando, nos últimos anos, por um processo intenso de
feminilização e juvenilização,... mas continua sendo branca.
Nas polícias militares observe-se que somente nos anos 80 foram as mulheres
admitidas nesta instituição na maior parte do Estados. Mas a presença feminina é
limitada a 10% do pessoal da corporação e apenas no estado de São Paulo há
mulheres coronéis, no topo da carreira
No serviço Diplomático as mulheres foram admitidas à partir de 1954. Hoje temos
apenas 6 embaixadoras num total de 98 embaixadores
Nas forças armadas as mulheres foram admitidas também à partir dos anos 80 mas
ainda estão excluídas das funções de combate. Na Marinha estão impedidas de
embarcar. São consideradas prejudiciais à guerra pois despertariam nos homens o
sentimento de proteção
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA INSERÇÃO DA MULHER NO
MERCADO E TRABALHO.
ALGUMAS AÇÕES QUE DEVEM SER COBRADAS DO GOVERNO
 diagnosticar as dificuldades para inserção da Mulher no Mercado
de Trabalho: URBANO e RURAL
 promover a inserção e participação da mulher no mercado de Trabalho.
 promover a autonomia econômica e financeira das mulheres
 promover a equidade de gênero, raça e etnia nas relações de trabalho;
 promover políticas de ações afirmativas que reafirmem a condição
das mulheres como sujeitos sociais e políticos;
 promover o direito a vida na cidade com qualidade, acesso a bens e serviços
 ampliar a inclusão das mulheres na reforma agrária e na agricultura familiar
 acesso alinhas de crédito
 fortalecimento a agricultura familiar
 orientação e fiscalização dos direitos previdenciários da mulher
 contribuir para o implemento de serviços e instrumentos e equipamentos
sociais voltados para a autonomia das mulheres
 apoiar projetos de referência para a geração de emprego, trabalho e renda
das mulheres;
 fortalecer políticas institucionais de qualificação e inserção de mulheres
no mundo do trabalho.
.
EXEMPLO DE AÇÕES DA SPM

SPM - rubrica 1087 no orçamento o relativo ao Programa Incentivo à autonomia
Econômica das Mulheres no Mundo do Trabalho que em 2006 atendeu em todo o Brasil
Projetos num total de R$ 3.498.304,54 dos quais a região Sul teve aprovado R$ 651.592,70

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Convênio SPM/Sebrae Nacional/BPW BRASIL – Prêmio Sebrae Mulher de Negócios
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
Divulgar as iniciativas vitoriosas de mulheres empreendedoras em todo o território
nacional
Premiação para duas categorias:
negócio individual – micro empresa
Negócio coletivo - associação
Em 2006 – 1.700 inscrições em todo o país.

Premiação Nacional - capacitação em evento nacional sobre o empreendedorismo

Premiação Internacional – Milão na Itália.

Tivemos a grata satisfação de termos duas ganhadoras de Santa Catarina a entre as 20
classificadas:
Empresária Maitê Lange da Nugalli Chocolates de Pomerode/SC
Instituto Evoluir de Blumenau, cuja coordenadora Cristina Marques foi a ganhadora do
Prêmio Internacional com viagem de capacitação em Centro de Empreendedorismo
Internacional em Milão na Itália


CONSIDERAÇÕES FINAIS
 As mulheres brasileiras e do mundo têm, apesar das dificuldades, violências e
exclusões, avançado fantasticamente, no decorrer dos anos, em suas conquistas,
seja no espaço íntimo de suas casas e na relação com os seus, seja no espaço
público da participação no mundo do trabalho, na participação política e de gestão.
Estas são conquistas na maioria das vezes alcançadas com dificuldades
indescritíveis, e por isso mesmo, muito valorizadas por cada uma. Mas, no entanto,
há muito que avançar, e é neste sentido que construímos a nossa atuação.
 A flexibilidade é desenvolvida pelas meninas desde a infância enquanto que os
meninos são ensinados a fazer uma coisa de cada vez e, quando adultos, continuar
a repetir igual comportamento.
As mulheres estão cada vez mais participando de posições de decisão nas
corporações, colocações que eram ocupadas em grande parte por homens.
 Várias oportunidades estão garantindo as mulheres uma posição de prestígio nas
organizações, mas elas infelizmente ainda têm que trabalhar mais para
comprovarem que são merecedoras de tal situação.
 No entanto, podemos constatar que esta liderança aflora de forma evidente quando
a mulher se propõe a trabalhar com o terceiro setor. No voluntariado vemos a
realização do segmento feminino que está a dirigir a maioria das organizações não
governamentais, com grande sucesso.
 E desta forma há mais exposição na mídia o que leva a uma falsa idéia de que a
mulher está ocupando todos os espaços de direção e gerenciamento nas empresas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS .

Hoje, quando as mulheres lideram numa empresa transportam em si competências seculares
que são inovadoras no meio empresarial. Educar, ensinar, formar, treinar (coaching), transmitir
experiência e valores (mentoring), identificar o que cada um tem de especial e extraordinário
em si próprio, potenciar o desenvolvimento de cada um e do grupo faz parte do papel da
mulher.

Agora, no início do século 21, precisamos encarar o desafio de fazer desta a era da total
participação das mulheres no campo da liderança e das tomadas de decisão.

A capacidade das mulheres para alcançar a excelência nas áreas por elas escolhidas já foi
provada há muito tempo. No entanto, a habilidade delas para atingir o topo nos campos por
elas eleitos permanece problemática.

As mulheres representam a maioria das professoras, mas uma minoria na direção das escolas;

muitas tornam-se letradas, mas, comparadas com os homens, poucas ocupam cátedras
universitárias;

muitas chegam a ser advogadas, mas poucas atingem os altos escalões do meio jurídico;

mulheres parlamentares, já em minoria em todos os Congressos Nacionais, sabem que
quando se trata de assumir pastas ministeriais essa minoria encolhe ainda mais;

não faltam mulheres jornalistas, mas poucas ocupam postos de comando na imprensa.

Em todos os aspectos da vida e nas diretorias, comitês e conselhos onde decisões políticas
são tomadas, as mulheres esbarram em um teto de vidro antes de alcançar os níveis nos quais
a influência e a
autoridade são exercidas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

ENTENDEMOS QUE ESTAS RECOMENDAÇÕES E REIVINDICAÇÕES SÃO AS QUESTÕES
MAIS PREMENTES DA SOCIEDADE CATARINENSE NA BUSCA POR UM AMBIENTE MAIS
HARMÔNICO E JUSTO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO.

HÁ MUITO QUE SE FAZER E REVER NAS RELAÇÕES SOCIAIS E, POR ISSO, HÁ UMA
CRESCENTE ONDA DE VIOLÊNCIA E INSEGURANÇA AFETANDO TODAS AS
COMUNIDADES.

É PRECISO RECUPERAR A VISÃO DO TODO, REINTEGRAR AS PESSOAS, AGRUPAR
TODOS EM TORNO DA IDÉIA DE CIDADANIA E RESPEITO COLETIVO. ISSO NÃO SERÁ
POSSÍVEL SEM UMA VERDADEIRA AÇÃO INTEGRADORA. NÃO HÁ DIREITOS HUMANOS
SEM OS DIREITOS DA MULHER, QUE É A ESTRUTURA BÁSICA EM TORNO DA QUAL SE
CONSTRÓI A FAMÍLIA, A SOCIEDADE E O FUTURO.

SÓ REIVINDICAMOS A OPORTUNIDADE DE PARTICIPAR ATIVAMENTE NA CONSTRUÇÃO
DE UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E, PORTANTO, MAIS PRÓSPERA, NA MEDIDA QUE
AUMENTA A INCLUSÃO E OFERECE DIGNIDADE A TODOS OS SEUS MEMBROS.

JUNTOS, HOMENS E MULHERES PARCEIROS NESTE NOVO MILÊNIO DEVEM SE UNIR
PARA A CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO MAIS JUSTO E IGUALITÁRIO.
ABRAÇO FRATERNO
ARLETE CARMINATTI ZAGO
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Santa Catarina