OBSERVATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
BANCO DE DADOS REGIONAL
Eixo Temático: Demografia1
A variável Demografia do Banco de Dados Regional reúne dados estatísticos
relativos aos principais aspectos da dinâmica populacional no Vale do Rio
Pardo, a saber:
- População total;
- População urbana;
- Taxa de urbanização;
- População rural;
- Taxa de ruralização;
- Densidade demográfica;
- Nascidos vivos;
- Taxa de natalidade;
- Óbitos;
- Taxa de mortalidade;
- Óbitos até 1 ano;
- Taxa de mortalidade infantil.
Os dados secundários aqui reunidos, referente à demografia dos municípios
que integram a região do Vale do Rio Pardo, foram obtidos junto à Contagem
da População 1996 (IBGE), MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre
Nascidos Vivos – SINASC e MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre
Mortalidade - SIM.
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Texto elaborado por Clarissa Robaina Leite e Mariana Barbosa de Souza (PPGDR-UNISC).
A
organização dos dados contempla um conjunto de planilhas, gráficos e mapas
temáticos de modo a alcançar ao público distintas formas de apresentação dos
dados relativos a essa temática.
A Demografia estuda a dinâmica populacional humana, e seu objeto de estudo
engloba diversas dimensões, dentre elas: estatística, estrutura e distribuição
das diversas populações humanas. Estas últimas não são estáticas, variando
devido à natalidade, mortalidade, migrações e envelhecimento. A análise
demográfica centra-se também nas características de toda uma sociedade ou
um grupo específico, definido por critérios como a educação, a nacionalidade,
religião e pertença étnica.
Análise dos dados demográficos do Vale do Rio Pardo
Cabe mencionar que os dados variam consideravelmente a partir das
emancipações de alguns municípios no início da década de 1990. Assim, a
partir de interpretação dos dados secundários organizados em planilhas,
algumas considerações merecem destaque.
População Total
A partir de 1996, a população total dos municípios que integram a Região do
Vale do Rio Pardo, apresentou situações distintas. Alguns municípios tiveram
crescimento gradativo, enquanto outros, em razão das emancipações e/ou das
dificuldades estruturais econômicas, apresentaram redução. No conjunto da
população total regional, entre 1996 e 2010, houve um aumento de 10%.
Dentre os municípios que mais aumentaram a sua população, nesse período,
destacam-se Santa Cruz do Sul, com novos 17.941 habitantes; Venâncio Aires,
com acréscimo de novos 8.875 habitantes e Candelária, que teve um aumento
de 1.720 habitantes. Por outro lado, destacam-se os municípios de Sobradinho
(- 5.918 habitantes) e Arroio do Tigre (- 2.974 habitantes) dentre os que, nesse
período, mais reduziram seu contingente populacional.
População Urbana
No que tange à população urbana nenhum dos municípios que compõem a
região tiveram perdas significativas entre os anos de 1996 e 2010. A população
urbana regional cresceu 24,76% no período com 52.392 novos habitantes
urbanos. Dentre os municípios que tiveram destacado aumento em sua
população urbana, destacam-se Mato Leitão, Vale do Sol e Vera Cruz, que
dobraram a sua população urbana no período entre 1996 e 2010. Já entre as
maiores cidades da região, Santa Cruz do Sul apresentou um aumento de
26,14% com um incremento de 21.801 novos habitantes, Venâncio Aires teve
um aumento de 29,22%, com 9.364 novos habitantes.
Taxa de urbanização
A taxa de urbanização é a relação da população urbana com a população total.
Na região, no período, ela cresceu de 55,81% para 63,12%. Grande parte dos
municípios da região ainda apresenta uma taxa de urbanização inferior a 50%.
Em 2010, dentre os municípios da Região do Vale do Rio Pardo mais
urbanizados, destacam-se: Encruzilhada do Sul com 69,77%, Venâncio Aires
com 62,77%, Sobradinho com 79,44% e .Santa Cruz do Sul com 88,86%.
População rural
No mesmo período a população rural da região apresentou uma redução de
13.297 habitantes, um decréscimo de 7,93%. Com exceção de Segredo, todos
os municípios apresentaram redução da sua população rural. Nesse período,
dentre os municípios que mais perderam população rural na região, destacamse: Sobradinho (-6.970 habitantes), Santa Cruz do Sul (-3.860 habitantes) e
General Câmara (2.438 habitantes).
Taxa de ruralização
A taxa de ruralização é a relação da população rural com a população total.
Região do Vale do Rio Pardo apresentou uma redução em sua taxa de
ruralização de 44,18% para 36,87%. Dentre os municípios com maior taxa de
ruralização em 2010, destacam-se: Vale do Sol com 88,72%, Sinimbu com
85,72% e Lagoa Bonita do Sul com 85,57%. E no outro extremo, os municípios
com menor taxa de ruralização, são justamente os mais urbanizados, como
Santa Cruz do Sul, Sobradinho, Venâncio Aires e Encruzilhada do Sul.
Densidade demográfica
A densidade demográfica regional praticamente se manteve estável no
período, passando de 29 hab/km², em 1996, para 32hab/km² em 2010. Entre os
municípios com menor densidade demográfica em 2010 se encontram:
Encruzilhada (7 hab/km²), Pantano Grande (12 hab/km²) e Estrela Velha (13
hab/km²). Já entre os municípios com maior densidade demográfica em 2010,
se destacam: Santa Cruz do Sul (161 hab/km²), Sobradinho (109 hab/km²), e
Venâncio Aires (85 hab/km²).
Taxa de Natalidade
Por taxa de natalidade deve entender-se o número de crianças que nascem
anualmente por cada mil habitantes, numa determinada área. No caso em
análise pode-se afirmar que a taxa de natalidade regional diminuiu de 17,55
para 11,16. Em todos os municípios da região houve redução da taxa de
natalidade. E dentre os municípios que apresentam maior redução da taxa de
natalidade destacam-se: Sobradinho de 20,00 para 10,99, Rio Pardo de 16,22
para 9,39, e Venâncio Aires de 17,64 para 11,19.
Taxa de Mortalidade
Em 2010, entre os municípios da região que detém maior taxa de mortalidade
destacam-se: Vale Verde, Encruzilhada do Sul, Candelária e General Câmara.
Por outro lado, os municípios que detém menor taxa são: Estrela Velha,
Ibarama e Mato Leitão
Taxa de mortalidade infantil
A taxa de mortalidade infantil é constituída pelo número de óbitos de crianças
menores de um ano de idade, por cada mil nascidos vivos, na população
residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Em relação
ao estado do Rio Grande do Sul a taxa de mortalidade infantil na região
melhorou seu desempenho, pois enquanto em 1996 a taxa do Vale do Rio
Pardo era de 0,043 e a do estado era de 0,035, em 2010, a da região passou
para 0,009 e a do estado passou para 0,013. De um modo geral em grande
parte dos municípios houve redução dessa taxa. Dentre os municípios que
apresentaram as principais reduções na taxa de mortalidade infantil nesse
período, destacam-se: Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Vera Cruz. Em
2010, os municípios que apresentavam as maiores taxas são: Ibarama (0,046),
Boqueirão do Leão (0,039) e Lagoa Bonita do Sul (0,038).