20/03/2013
Atributos relacionados à
matéria-prima
CONTROLE DE QUALIDADE
DE MATÉRIAS-PRIMAS
Identidade
Pureza
Teor
Carla Guazelli
[email protected]
Unip - 2013
ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
Objetivo
Comprovar que a amostra a ser utilizada é a substância
que deve ser
 Observação visual
cor (branco, amarelado)
aspecto (pó cristalino branco, líquido, cristais)
 Análises químicas
ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
Características
Específico
Confiável
Baixo custo
Fácil realização
reações de precipitação, coloração, desprendimento de gases
 Análises físico-químicas
solubilidade, pH, densidade, ponto de fusão, viscosidade
ENSAIOS DE PUREZA
Fixam os limites das quantidades aceitáveis de
impurezas
ENSAIOS DE TEOR
Expressam a quantidade do ingrediente ativo
Espectrofotometria
Perda por dessecação
Titulação
Ensaio-limite de cloretos, sulfatos, ferro
Cromatografia
Ensaio-limite de metais pesados
1
20/03/2013
Especificação técnica de MP
• É um documento do sistema da qualidade que
descreve as características necessárias que
determinada MP deve atender, de modo a satisfazer
os requisitos desejados para a produção de um
produto (medicamento)
Requisitos de uma especificação de
MP
• Nome e o código de referência
• Referência
• Requisitos quantitativos e qualitativos com os
respectivos limites de aceitação
Requisitos de uma especificação de
MP
Requisitos de uma especificação de
MP
FLUCONAZOL
FLUCONAZOL
• Código identificação: 6161
• Referência:
Farmacopéia Brasileira V ed. pág xxx
• Caracteres físicos: Pó branco, inodoro.
• Solubilidade: Pouco solúvel em água, facilmente solúvel em etanol e
metanol
• Faixa de fusão: 138 ºC a 140 ºC
• Identificação: A, B, C
• Ensaios de pureza:
»
»
»
»
»
»
Cloretos: No máximo 0,035% (350 ppm)
Sulfatos: No máximo 0,1% (1000 ppm)
Metais pesados: No máximo 0,0025% (25 ppm)
Ferro: No máximo 0,0025% (25 ppm)
Perda por dessecação: No máximo 0,5%
Cinzas sulfatadas: No máximo 0,2%
• Doseamento: 98,0% a 101,0%
Especificação técnica
X
Metodologia de análise
• Especificação técnica: cita os ensaios a serem realizados e
estabelece os limites de aceitação
(FB V)
Atributos relacionados à
matéria-prima
Identidade
• Metodologia de análise: descreve como proceder os ensaios
• Podem ser documentos independentes ou um único
documento contendo as duas informações
Pureza
Teor
2
20/03/2013
ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
APARÊNCIA E COR
Descrição
AMOSTRA
Destinam-se a avaliação preliminar da integridade da
substância
PADRÃO
Características organolépticas
Aparência
Cor
Odor
Sabor
Vidro relógio
Tubo Nessler
APARÊNCIA E COR
Resíduos
Turbidez
Separação de fases
Cor
Viscosidade
ODOR
Embeber a fita de papel de filtro no produto,
secar e sentir o aroma
Cuidado  Substâncias voláteis, tóxicas e irritantes
SABOR
Adstringente, refrescante, doce, amargo
Testar o sabor apenas quando exigido na monografia
Características organolépticas
Pó cristalino branco ou amarelado
Cristais incolores, inodoro
Liquido transparente
....
3
20/03/2013
REAÇÕES QUÍMICAS DE
IDENTIFICAÇÃO
Identificação de íons ou grupos funcionais
Formação de precipitado
Produto colorido
Desprendimento de gás
Desaparecimento da cor do reagente
REAÇÕES QUÍMICAS DE
IDENTIFICAÇÃO
Reação de precipitação
AAS
NaOH
Esfriar
Δ
H2SO4
AS (↓↓ branco cristalino)
Reação com formação de produto colorido
AAS H2O + FeCl3 Fenol (cor violeta)
Δ
Desprendimento de gás
AAS Etanol Acetato de Etila (odor característico)
H2SO4
REAÇÕES QUÍMICAS DE
IDENTIFICAÇÃO
REAÇÕES QUÍMICAS DE
IDENTIFICAÇÃO
Não são confirmatórios!
CONCLUSIVAS
São eliminatórios!!
REAÇÕES QUÍMICAS DE
IDENTIFICAÇÃO
Vantagens
Pode ser usado em MP e produto acabo
DETERMINAÇÃO DE
CONSTANTES FÍSICAS
 Solubilidade
 pH
 Acidez/Alcalinidade
Redução de custo com instrumentação
 Densidade
 Viscosidade
 Ponto de fusão
 Índice de refração
4
20/03/2013
A expressão partes refere-se à dissolução de um g de sólido ou um mL de líquido no
número de mililitros do solvente estabelecido no número de partes
SOLUBILIDADE
Farmacopeia Brasileira
Temperatura = 25°C
Pressão = 1 atm (760 mmHg)
É a máxima quantidade de uma substância que pode
ser dissolvida em uma quantidade especifica de
solvente a uma dada pressão e temperatura
Solúvel 1:20?
Solúvel em 30 partes?
Muito solúvel?
Levemente solúvel?
Procedimento
A expressão PARTES refere-se à dissolução de 1 g de sólido ou 1 mL de líquido no
número de mililitros do solvente estabelecido no número de partes
Procedimento
0,1 g de amostra + 0,1 mL do solvente testado
↓
Se dissolver totalmente  Muito solúvel
Se não, acrescentar 0,9 mL do solvente
↓
Se dissolver  Facilmente solúvel
Se não, acrescentar 2 mL do solvente
↓
Se dissolver  Solúvel
Se não, acrescentar 7 mL do solvente
0,01 g de amostra + 10 mL do solvente testado
↓
Se dissolver  Pouco solúvel
Se não, acrescentar 90 mL do solvente
↓
Se dissolver  Muito pouco solúvel
Se não  Insolúvel
↓
Se dissolver  Levemente solúvel
Se não,....
5
20/03/2013
DETERMINAÇÃO DO pH
Colorimétrico
Emprego de soluções indicadoras
Métodos utilizados
Colorimétricos
Potencionétricos
Método prático, econômico e rápido
Determinação APROXIMADA de pH
Potenciométrico
pHmetros
ACIDEZ E ALCALINIDADE
Uma solução é considerada neutra quando não modifica a cor dos
papéis azul e vermelho de tornassol, ou quando o papel indicador
universal adquire as cores da escala neutra, ou quando 1 mL da
mesma solução se cora de verde com uma gota de azul de
bromotimol SI (pH 7,0).
É considerada ácida quando cora em vermelho o papel azul de
tornassol ou 1 mL se cora de amarelo por uma gota de vermelho
de fenol SI (pH 1,0 a 6,6).
ACIDEZ E ALCALINIDADE
É considerada fracamente ácida quando cora levemente de
vermelho o papel azul de tornassol ou 1 mL se cora de alaranjado
por uma gota de vermelho de metila SI (pH 4,0 a 6,6).
É considerada fortemente ácida quando cora de azul o papel
vermelho de congo ou 1 mL se cora de vermelho pela adição de
uma gota de alaranjado de metila SI (pH 1,0 a 4,0).
ACIDEZ E ALCALINIDADE
É considerada alcalina quando cora de azul o papel vermelho de
tornassol ou 1 mL se cora de azul por uma gota de azul de
bromotimol SI (pH 7,6 a 13,0).
É considerada fracamente alcalina quando cora de azul o papel
vermelho de tornassol ou 1 mL se cora de rosa por uma gota de
vermelho de cresol SI (pH 7,6 a 8,8).
É considerada fortemente alcalina quando se cora de azul por uma
gota de timolftaleina SI (pH 9,3 a 10.5) ou de vermelho por uma
gota de fenolftaleina SI (pH 10,0 a 13,0).
6
20/03/2013
DENSIDADE ABSOLUTA
Ou MASSA ESPECÍFICA
É a relação entre a massa de uma substância e o volume que ela
ocupa
d = m/v
g/cm3
g/mL
Kg/m3
Densidade da água = 1 g/cm3 a 25°C
1 g de água ocupa o volume de 1 mL
DENSIDADE RELATIVA
Razão da massa de um corpo em
relação a massa de outro de igual
volume (água)
Picnômetro (volume invariável)
Procedimento
Pesar o picnômetro vazio com a tampa (P1)
↓
Encher o picnômetro até a borda com o produto do qual se vai
determinar a massa
↓
Tampar o picnômetro de modo a transbordar o excesso do produto.
Limpar e secar o exterior do picnômetro
↓
Pesar o picnômetro cheio (P2)
↓
Subtrair de P2 o valor de P1, adotando este resultado como a massa
(m) do produto contido no picnômetro
↓
Adotar como volume (v), o declarado no certificado de calibração do
picnômetro
DENSIDADE APARENTE DE PÓS
d ap. = m/v
(g/mL)
PONTO DE FUSÃO
É a temperatura na qual a substância funde (passa do
estado sólido para o estado líquido) totalmente
Procedimento
Pesar 10 g da MP
↓
Transferir para proveta calibrada (com auxílio de funil)
↓
Verificar o volume
Amostra em capilar de vidro
Termômetro
Aquecimento
Fusão da amostra  verifica-se a temperatura
7
20/03/2013
FAIXA DE FUSÃO
É a faixa de temperatura na qual a substância começa a
fluidificar até a fusão completa
Cada substância, por sua estrutura química, apresenta
uma faixa de fusão característica
Atributos relacionados à
matéria-prima
IDENTIFICAÇÃO
OUTROS MÉTODOS
Identidade
Espectrofotométricos
Cromatográficos
Pureza
Ressonância Magnética Nuclear
Espectrometria de Massa
Teor
Ensaio de Pureza
Origem das Impurezas
1. Durante a fabricação de MP
Qual a origem das impurezas
a.
b.
c.
d.
e.
f.
Contaminação particulada
Contaminação microbiológica
Contaminação cruzada
Erros no processo
Reação com material de embalagem
Produtos de degradação
2. Armazenamento inadequado
a. Sujidade
b. Instabilidade química
8
20/03/2013
Ensaios de Pureza
Limite permitido
• As monografias dos produtos especificam as
impurezas e os limites permitidos
Qual o limite permitido
• Limites são expressos em:
– ppm
– mg/kg
• Limite > 1000 mg/kg
Ex. 5000 mg/kg ---------- 0,5%
IMPUREZAS
Como determinar
a pureza
 INORGÂNICAS
 ORGÂNICAS
IMPUREZAS INORGÂNICAS
IMPUREZAS ORGÂNICAS
• Perdas por dessecação
• Métodos de separação
• Teor de umidade
• Determinação da faixa de fusão
• Cinzas sulfatadas
• Determinação de pH
• Ensaio limite
• Acidez / Alcalinidade
• Outros
• Densidade
– substâncias solúveis / insolúveis
– Cinzas insolúveis em HCl
– Substâncias não voláteis
• Índice de refração
• Viscosidade
9
20/03/2013
PERDA POR DESSECAÇÃO
PERDA POR DESSECAÇÃO
• Determina a quantidade de substância volátil que é
eliminada nas condições especificadas na monografia
como.
Triturar a amostra
• No caso de ser a água a única substância volátil, basta determinar seu teor
segundo um dos métodos descritos na farmacopéia
↓
Pesar exatamente 1 a 2 g (Pa)
↓
Transferir para pesa-filtro previamente dessecado e pesar (Pi)
↓
Secar à estufa pelo tempo e temperatura indicado na
monografia (105°C, 2h)*
Estufa
Estufa à vácuo
Dessecadores
↓
Esfriar em dessecador à T ambiente ou P reduzida*
↓
Pesar após atingir T ambiente (Pf)*
*Repetir até atingir peso constante
Pesa filtro
Dessecador
Dessecador
• Vidraria utilizada em laboratórios
• Função:
– diminuir a umidade de alguma substância (via uso de um
dessecante - sílica-gel; cloreto de cálcio anidro; pentóxido
de fósforo; ácido sulfúrico – propriedades higroscópicas)
– Usado para guardar substâncias em ambientes contendo
baixo teor de umidade
• A tampa possui uma resina vedante (geralmente,
silicone), para que o conteúdo esteja completamente
isolado do meio
PERDA POR DESSECAÇÃO
PERDA POR DESSECAÇÃO
Perda (%) = Pi – Pf (g) x 100
Pa (g)
FÁRMACO
Perda (%) = Peso subst voláteis (g) x 100 (g)
Peso da amostra (g)
QUANTIDADE
(g)
CONDIÇÃO
TEMPERATURA
°C
TEMPO
(h)
LIMITE
(% máx)
AAS
1
Dessecador
TA
Peso cnte
0,5
Fenobarbital
1
Estufa
105
2
1
Bromazepam
1
Estufa à
vácuo
80
4
0,2
Pi = peso do pesa-filtro + amostra antes de dessecar
Pf = peso do pesa-filtro + amostra após a dessecação
Pa = peso da amostra
10
20/03/2013
DETERMINAÇÃO DA UMIDADE
• Utililizar método especificado na monografia
– Perda por dessecação (*subst voláteis)
– Volumétrico – Karl Fisher
• Baseia-se na titulação da água com solução de iodo e
dióxido de enxofre dissolvidos em piridina e metanol
(reagente de Karl Fisher)
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CINZAS
SULFATADAS
Resíduo por incineração ou ignição
– Baseia-se na determinação de resíduos de sólidos
inorgânicos resultantes da incineração da amostra
com ácido sulfúrico
– Azeotrópico ou destilação com tolueno
• A água é destilada com tolueno e o volume de água
condensada é medido em tubo coletor em escala de mL
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CINZAS
SULFATADAS
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CINZAS
SULFATADAS
Resíduo por incineração ou ignição
Pesar 1 g ou X g da amostra pulverizada
↓
Transferir para cadinho
↓
Aquecer até carbonizar (bico de bunsen) com 2 mL de H2SO4 R
↓
Incinerar (mufla 800°C) até desaparecer o carbonizado (1-2h)
↓
Resfriar em dessecador
↓
Repetir até peso constante
CADINHO
MUFLA
% resíduo = p3 – p1 (g) x 100
p2- p1a (g)
% resíduo = Peso cinzas (g) x 100
Peso da amostra (g)
p1 = peso cadinho (45000 g)
p2 = peso cadinho + amostra (48000 g)
P3 = cadinho + cinzas (45300 g)
DETERMINAÇÃO DE IMPUREZAS
ENSAIOS-LIMITE
Objetivo
Comprovar que o conteúdo de impurezas NÃO excede
o limite especificado na farmacopeia
 Cloreto, sulfato, metais pesados, ferro e arsênio
Resistente a temperaturas elevadas
Atinge temperaturas na casa dos 1000°C
11
20/03/2013
DETERMINAÇÃO DE IMPUREZAS
ENSAIOS-LIMITE
1. Comparar
ENSAIOS-LIMITE PARA
SULFATO
Fundamento
Comparação entre a turvação obtida na reação entre CLORETO
DE BÁRIO e SULFATO existente
SO4- + BaCl2  BaSO4 + 2ClSolução padrão de sulfato
1 mL H2SO4 0,005M  0,0012008 g de SO4
2. Observar
Cor ou turbidez
Resultado
ENSAIOS-LIMITE PARA
CLORETO
turbidez da amostra < padrão
ENSAIOS-LIMITE PARA
FERRO
Fundamento
Fundamento
Comparação entre a turvação obtida na reação entre NITRATO
DE PRATA e CLORETO existente
A reação do ÁCIDO TIOGLICÓLICO com SAIS DE Fe III em meio
alcalino forma composto róseo avermelhado
Cl- + AgNO3  AgCl + NO3Solução padrão de cloreto
1 mL HCl 0,01M  0,0003546 g de Cl-
Resultado
2Fe+++ + 2 HSCH2COOH  2Fe++ + HOOCCH2S-SCH2COOH + 2H+
Resultado
coloração da amostra < padrão
turbidez da amostra < padrão
ENSAIOS-LIMITE PARA
METAIS PESADOS
Fundamento
IMPUREZAS METÁLICAS presentes no fármaco em meio ácido
reagem com ÍON SULFETO formando coloração amarelo
pardo
Pb++ + Na2S  PbS + 2Na+
Resultado
cor da amostra < padrão (solução de chumbo)
12
20/03/2013
LIOFILIZAÇÃO
LIOFILIZAÇÃO
Remove a água e outros solventes do produto
congelado pelo processo de sublimação
Vantagens
A sublimação ocorre quando a água no estado
sólido é convertida diretamente em vapor de
água, sem passar pelo estado líquido
- Reduzidas alterações nos nutrientes, cor, aroma e gosto (alimentos)
- Produtos com estrutura inalterada, fáceis de transformar em pó e
de dissolver, fáceis de (re)hidratar;
- Produtos liofilizados tem melhor qualidade que os mesmos
produtos desidratados por outros métodos;
- Processo não poluidor, água residual baixa (1 a 3%), fácil de
armazenar e de transportar;
LIOFILIZAÇÃO
LIOFILIZAÇÃO
Desvantagens
Quando utilizar
- Equipamento muito caro (3 x mais que em outros
métodos de secagem)
- Produtos instáveis;
- Sensível ao calor;
- Elevado custo energético (2-3 vezes mais que em
outros métodos de secagem)
- Processo demorado (mais do 24 horas)
- Produtos devem ser cuidadosamente embalados e
armazenados devido a facilidade de hidratar
- Quando a rápida e completa re-hidratação é requerida;
- Produtos de elevado valor;
- Minimização do peso;
CONTROLE DE QUALIDADE DE
MEDICAMENTOS
SEMI-SÓLIDOS E
LÍQUIDOS
13
20/03/2013
FORMAS FARMACÊUTICAS
SEMI-SÓLIDAS
• FF consistentes e pegajosas de aparência translúcida
ou opaca, destinadas à aplicação na pele ou
mucosas, visando ação local ou penetração
percutânea
» Cremes
» Pomadas
» Géis
» Pastas
FORMAS FARMACÊUTICAS
SEMI-SÓLIDAS
Creme:
– Consistência mole
– Uso tópico
– Difere das pomadas por possuir
• grande quantidade de água
• absorção mais rápida
– Ideal para lesões úmidas
FORMAS FARMACÊUTICAS
SEMI-SÓLIDAS
FORMAS FARMACÊUTICAS
SEMI-SÓLIDAS
Gel:
Pomadas:
– Grande quantidade de água
– Consistência mole e oleosa
– Uso tópico
– Oleosidade  absorção do princípio
ativo pode ser mais lenta, porém de
efeito local mais prolongado.
– Poder hidratante
– Ideal para lesões secas
– Absorção mais rápida se comparar
com creme e pomada
– O gel em si não é absorvido pela
pele, sendo utilizado quando a
pele do indivíduo for oleosa
– Polímero não deve se ligar ao
fármaco
FORMAS FARMACÊUTICAS
SEMI-SÓLIDAS
Pasta:
– Consistência pastosa
– Proporção de partículas sólidas
insolúveis ~ 50%
– Eficazes para absorver
secreções de lesões
CONTROLE DE QUALIDADE DE
FF SEMI-SÓLIDAS
DETERMINAÇÃO DO PESO
Procedimento
Pesar, individualmente, 10 unidades (P1)
Remover o conteúdo e lavar os recipientes
Secar, esfriar à temperatura ambiente e pesar novamente (P2)
Peso do conteúdo (Pc) = P1 – P2
Determinar o peso médio (PM) do conteúdo das 10 unidades
PM = (Pc1 + Pc2 + Pc3 + ...10) / 10
14
20/03/2013
CONTROLE DE QUALIDADE DE
FF SEMI-SÓLIDAS
ASPECTOS VISUAIS E SENSORIAIS
CONTROLE DE QUALIDADE DE
FF SEMI-SÓLIDAS
DETERMINAÇÃO DO PESO
Bolhas, sedimentos e homogeneidade de cor
Especificações
PM dos conteúdos ≥ ao peso declarado
Grau de pegajosidade e espalhamento
Peso individual (Pc) de nenhuma das unidades testadas é
inferior à porcentagem indicada, em relação ao peso
declarado
Tipo de toque (seco ou molhado)
Brilho
CONTROLE DE QUALIDADE DE
FF SEMI-SÓLIDAS
Exemplo
Gel – 60 g (mínimo 90% = 54g)
DETERMINAÇÃO DO PESO
Pc1
Caso não seja cumprida essa exigência,
Pc2
Pc3
Pc4
Pc5
Pc6
Determinar o peso individual do conteúdo de 20 unidades adicionais
Pc cada unidade ≥ 54 g
PM do conteúdo das 30 unidades ≥ ao peso declarado
Pc7
Pc8
Pc9
Pc10
PM
PM10 ≥ 60 g
Peso individual (Pc) de não mais que uma unidade em 30 é
inferior à porcentagem indicada, em relação ao peso
declarado
 CUMPRE O TESTE
Gel – 60 g (mínimo 90% = 54g)
Gel – 60 g (mínimo 90% = 54g)
Pc1
Pc1
Pc11
Pc21
Pc2
Pc2
Pc12
Pc22
Pc3
Pc3
Pc13
Pc23
Pc4
Pc4
Pc14
Pc24
Pc5
Pc5
Pc15
Pc25
Pc6
Pc16
Pc26
Pc7
Pc7
Pc17
Pc27
Pc8
Pc8
Pc18
Pc28
Pc9
Pc9
Pc19
Pc29
Pc10
Pc10
Pc20
Pc30
Pc6
PM
Pc cada unidade ≥ 54 g
PM10 ≥ 60 g
PM
Pc cada unidade ≥ 54 g
PM30 ≥ 60 g
 CUMPRE O TESTE
15
20/03/2013
CONTROLE DE QUALIDADE DE
FF SEMI-SÓLIDAS
VISCOSIDADE
Resistência de líquidos ao escoamento
Unidade = centipoise (cP) – força necessária para deslocar
camada de 1 cm2 a velocidade de 1 cm/s
CONTROLE DE QUALIDADE DE
FF SEMI-SÓLIDAS
VISCOSIDADE
 resistência de líquidos ao escoamento - tempo de vazão de
um líquido através de um capilar (viscosímetro de Oswald,
Ubbelohde, Baumé e Engler)
 medida do tempo de queda de uma esfera através de tubos
contendo o líquido sob ensaio (Höppler);
 medindo a resistência ao movimento de rotação de eixos
metálicos quando imersos no líquido (reômetro de
Brookfield).
CONTROLE DE QUALIDADE DE
FF LÍQUIDAS
DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE RELATIVA
Razão da massa de um corpo em relação
a massa de outro de igual volume (água)
Picnômetro (volume invariável)
CONTROLE DE QUALIDADE DE
FF LÍQUIDAS
ASPECTOS VISUAIS E SENSORIAIS
Sedimentação
Separação de fases
Transparência
Coloração
VISCOSIDADE
Procedimento
Pesar o picnômetro vazio com a tampa (P1)
↓
Encher o picnômetro até a borda com o produto do qual se vai
determinar a massa
↓
Tampar o picnômetro de modo a transbordar o excesso do produto.
Limpar e secar o exterior do picnômetro
↓
Pesar o picnômetro cheio (P2)
↓
Subtrair de P2 o valor de P1, adotando este resultado como a massa
(m) do produto contido no picnômetro
↓
Adotar como volume (v), o declarado no certificado de calibração do
picnômetro
16
20/03/2013
CONTROLE DE QUALIDADE DE
FF LÍQUIDAS
DETERMINAÇÃO DE VOLUME
Produtos Líquidos de Dose Múltipla
Procedimento
Pesar individualmente 10 unidades sem rótulo (P1)
Produtos líquidos em recipientes para doses múltiplas
↓
Retirar o conteúdo e lavar a embalagem
↓
Produtos líquidos em recipientes para dose única
Secar em estufa (105°C, 1 hora ou até peso constante) e
Esfriar a temperatura ambiente
↓
Preparações líquidas
Pesar embalagem vazia, limpa e seca (P2)
↓
Preparações líquidas obtidas a partir de pós para reconstituição
Volumes correspondentes através do cálculo:
V = m/d
V = volume em ml das unidades testadas
m = peso do conteúdo em g
d = densidade do produto em g/ml
Calcular o volume médio das unidades testadas
Especificação
Volume médio ≥ volume declarado
e
Volume individual de nenhuma das unidades testadas é
inferior a 95,0% do volume declarado
Verificar a diferença entre a embalagem vazia/cheia (P1 – P2)
Exemplo
Solução – 100 mL (mínimo 95% = 95 mL)
P1
V1
P2
V2
P3
V3
P4
V4
P5
V5
P6
V6
P7
V7
P8
V8
P9
V9
P10
V10
VM
V cada unidade ≥ 95 mL
VM10 ≥ 100 mL
 CUMPRE O TESTE
Produtos Líquidos de Dose Única
Especificação
Procedimento
Separar 10 unidades.
Verter o conteúdo de cada unidade em provetas
↓
Volume médio ≥ volume declarado
e
Volume individual de nenhuma das unidades testadas é
inferior a 95,0% ou superior a 110,0% do volume declarado
Deixar o líquido escoar por 5 segundos, ou conforme monografia
↓
Efetuar a medição
↓
Calcular o volume médio das unidades testadas
17
20/03/2013
Exemplo
Produtos Líquidos Injetáveis
Solução – 5 mL (mín 95% e máx 110% = 4,75 – 5,5 mL)
Ampolas, frascos-ampola, frascos plásticos
V1
V2
V3
V4
V5
4,75 ≤ V cada unidade ≤ 5,5 mL
V6
Preenchidos com pequeno excesso volume,
de acordo com as características do produto,
permitir a administração do volume declarado.
V7
V8
V9
V10
VM10 ≥ 5 mL
VM
 CUMPRE O TESTE
Produtos Líquidos Injetáveis
Especificação
Procedimento
Volume cada recipiente ≥ volume declarado
Remover o conteúdo total de cada unidade com auxílio de seringa
↓
Transferir o conteúdo da seringa para proveta;
Alternativamente, o conteúdo da seringa pode ser transferido para
béquer seco tarado, calcula-se o volume a partir do peso e densidade
Volume ≤ 2 mL
Volume dos conteúdos reunidos não é inferior à soma dos
volumes declarados
CONTROLE DE QUALIDADE DE
FF LÍQUIDAS
ENSAIO DE GOTEJAMENTO
Número de gotas /mL
Quantidade de fármaco por gota
Frasco invertido
posição vertical
ângulo de gotejamento indicado pelo
fabricante
Pressão  apenas em frascos de polietileno
18
20/03/2013
Número de gotas/mL = (n1 x d)/m1
Procedimento
Verificar número declarado de gotas/mL(bula)
n1= número declarado de gotas/ml
d = densidade do produto em g/ml
m1= massa, em g, relativo ao número de gotas utilizado no teste
↓
Determinar a massa relativa ao número de gotas correspondente a 1mL
↓
Determinar o volume a partir da densidade
Exemplo
Bula – Este medicamento contém 20 gotas em 1 mL
CQ Pesar 20 gotas do medicamento
Determinar o volume
Calcular n° gotas / mL
Qntidade fármaco/gota = Q / Nt
Q = quantidade de fármaco em mg/ml determinada no ensaio de doseamento
Nt = número de gotas/ml calculado
Percentagem em relação ao declarado = Qt x 100 / (Qd x N1)
Qt = quantidade de fármaco em mg/gota calculada;
Qd = quantidade declarada do fármaco, em mg/ml;
N1 = número declarado de gotas por mililitro;
Especificação
Das 30 unidades:
Porcentagens de cada uma das 10 unidades
testadas:
entre 85,0 e 115,0% da quantidade declarada
DPR não é maior que 6,0% (DPR ≤ 6,0%)
Se uma unidade estiver fora desta faixa ou a cima deste DPR,
testar mais 20 unidades...
No máximo uma unidade estiver fora da faixa de 85,0 e 115,0%
e
Nenhuma unidade estiver fora da faixa de 75,0 e 125,0%
e
DPR das 30 unidades testadas não é maior que 7,5% (DPR ≤ 6,0%)
 CUMPRE O REQUISITO
CONTROLE DE QUALIDADE DE
FF LÍQUIDAS
DETERMINAÇÃO DE SOLUBILIDADE
Determinações feitas à 25°C
Solvente  água, a não ser que a monografia indique outro
CONTROLE DE QUALIDADE DE
FF LÍQUIDAS
DETERMINAÇÃO DO pH
Métodos colorimétricos
Métodos potencionétricos
1 mL de líquido no
número de ml do solvente estabelecido no número de partes
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20/03/2013
Colorimétrico
Potenciométrico
Emprego de soluções indicadoras
pHmetros
Método prático, econômico e rápido
Determinação APROXIMADA de pH
OBJETIVOS
TESTES FÍSICOS EM
FORMAS FARMACÊUTICAS
• Satisfazer exigências
• Confirmar se os procedimentos de fabricação foram
corretamente seguidos
• Assegurar lote a lote a reprodutibilidade do produto
Segurança
SÓLIDAS
Qualidade
Desintegração
Comprimido
Testes Físicos
Desintegração
Granulado
Dissolução
Pó
Dissolução
Fármaco em solução
Absorção
Fármaco no sangue
Eficácia
Destrutivos
Não destrutivos
Dureza
Friailidade
Desintegração
Dissolução
Peso médio
Diamêtro
Espessura
Distribuição
Tecidos, órgãos, células
(local de ação)
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20/03/2013
DETERMINAÇÃO DE PESO
Peso do comprimido/núcleo
punção inferior da compressora
volume de pó/granulado que ocupa a câmara de compressão
AJUSTES
DETERMINAÇÃO DE PESO
Amostragem
Dose múltipla (pós e granulados)  10 embalagens
Dose individual (comp., cápsula, drágea)  20 unidades
Balança semi-analítica, nivelada, calibrada e limpa
Peso médio e desvio padrão  uniformidade do envase
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA:
DUREZA
Comprimido é submetido à ação de um aparelho que
mede a força (em newtons – N) necessária para
esmagá-lo
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA:
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA:
DUREZA
DUREZA
Resistência ao esmagamento ou à ruptura sob pressão
Amostragem  10 unidades
Proporcional à força de compressão
↑ força de compressão ↑ dureza
Resíduos superficiais
Orientação (forma, ranhura)
Inversamente proporcional à porosidade
↑ porosidade
↓ dureza
Resultado  média dos valores
 informativo
21
20/03/2013
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA:
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA:
FRIABILIDADE
FRIABILIDADE
Resistência dos comprimidos ao atrito/abrasão
Amostragem
PM ≤ 0,65 g  20 comprimidos
PM > 0,65 g  10 comprimidos
Procedimento
Pesar, com exatidão, os comprimidos, e introduzi-los no aparelho
↓
Ajustar velocidade e tempo (25 rotações/min, 4 min)
↓
Remover resíduo de pó da superfície dos comprimidos
↓
Cilindro Rotativo
Pesar novamente
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA:
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA:
FRIABILIDADE
FRIABILIDADE
Critérios de aceitação
FRIABILIDADE = Peso inicial – Peso final x 100
(% perda)
Peso inicial
Nenhum comprimido  quebrado, lascado, rachado ou partido
Perda Aceitável ≤ 1,5% do peso inicial ou porcentagem estabelecida
na monografia
Resultado duvidoso ou perda superior  repetir 2x
(considerando resultado médio das três determinações)
DESINTEGRAÇÃO
Verificar se comprimidos e cápsulas se desintegram dentro do limite
de tempo especificado
DESINTEGRAÇÃO
Verificar
FF de liberação imediata
desintegra em condições gastrointestinais simuladas
FF com revestimento entérico
resiste às condições gástricas simuladas
desintegra em condições simuladas do intestino
Desintegração reprodutível após o armazenamento do produto
Conclusão do teste  desintegração completa
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20/03/2013
DISSOLUÇÃO
Quantidade de substância ativa dissolvida no meio de dissolução
DISSOLUÇÃO
Objetivos
Avaliação “in vitro” da disponibilidade do fármaco a partir da FF
Orientar desenvolvimento e otimização das formulações e
processos tecnológicos
Resultado  % da quantidade declarada no rótulo
DISSOLUÇÃO
Condições específicas na monografia
•
•
•
•
•
•
•
Composição do meio de dissolução
Volume
Aparato 1 ou 2 (cesta ou pá)
Velocidade de agitação (rpm)
Tempo
Método de determinação
Tolerância (Q - % do fármaco dissolvido em relação a declarada)
DISSOLUÇÃO
Fatores que influenciam o teste
•
•
•
•
•
Centralização do recipiente
Velocidade de rotação
Temperatura do meio (37°C ± 0,5°C)
Vibração do aparelho
Deformação da superfície da cuba
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CONTROLE DE QUALIDADE DE MATÉRIAS