“Não é sinal de saúde adaptar-se a uma sociedade doente”.
Jiddu KrishnaMurti
Apresento estes textos, que foram surgindo a partir de agosto do ano
de 2011, os quais veem sendo revisados, editados, completados e
corrigidos, porém, eu digo que ainda preciso continuar estudando
muito o tema, pois a cada lua eu observo mais detalhes da sutil força
da menstruação, quem sabe dentro de 10 anos eu terei muito mais a
falar sobre isso.
Este tema é considerado corriqueiro por muitas pessoas, mas cada
dia aumenta o índice de mulheres que estão sendo incentivadas
pelos médicos a usar um anticoncepcional continuo que corta a
menstruação, como se isso não fosse afetar a vida da mulher em
vários campos. Meditando muito sobre o tema, eu encontrei a cura
para a base de muitos dos meus desequilíbrios. É provável que
quando você se autocurar da cólica, você também repare um
processo em cadeia de outras curas, não somente ligadas à
menstruação diretamente, mas de forma holística você entenderá
como o efeito do conhecimento age na saúde do corpo através da
mente.
Parece que um véu cobre nossos olhos internos, desviando-nos da
luz do conhecimento, pois por razões impostas aos nossos hábitos
culturais, hoje, não mais vivemos a vida muito conectada à Natureza,
de estranha forma, nós a tememos, tememos tanto a vida quanto a
natureza, não podemos sequer imaginar como seria viver sem
supermercado ou shopping.
A vida se modernizou positiva e negativamente, positiva porque
também nos proporciona conhecimento e negativa porque nos
distancia de nós mesmos. Quem hoje planta sua própria comida?
Quem hoje tece suas próprias roupas, ou constrói sua própria casa?
Quem hoje se auto observa?
A Terra sem males nunca deixou de existir e ela sempre foi e sempre
será um espaço dentro de nós mesmos, se não for dentro não pode
ser fora. Através dos textos, tento transcrever o que me levou a ver
com outros olhos a energia poderosa da menstruação, me esforço
para devolver a mim mesma este poder todos os meses, é uma tarefa
para minha concentração. Espero que você também se reconecte.
Com carinho, Dani.
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Wakura – Autocura da Cólica
Capitulo cientifico
 Cura da cólica
 Depoimento de Autocura
 O mês em que a dor voltou – O que eu aprendi
 A Lua do ventre
 Acordo de Paz
 Sagrado feminino
 Teste final da Lua
 Sexo, Orgasmo e Jasmim
 O sexo deles e o sexo delas
 Entendimentos sobre Autocura
 Energia de Cura
 Três Fontes de energia
 Alimentação
 Respiração consciente e alongamento
 Meditação
Capitulo íntimo
 Carta de Amor
Capitulo poético
 Poção deste livro
 Inclinação bendita
 Concentrada ação
 Chakra em movimento
 Beija-mim, beija-flor
 Extra Dosagem
 Perfume do Bom caminho
 Om ponto da fé
 3õ
 Morte entendida
 Com o amor eu fico
Capitulo agradável silêncio
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“Olhe para a Lua. Conheça como te toca cada uma de suas fases”.
“Mestre Cristo, meu nobre Guerreiro”.
“Eu conto como foi que eu me libertei.
Você se liberta”.
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Vozes dos becos da Alma.
Havia vozes que falavam causando-me dores, inclinando-me a
causar dores aos próximos.
Notei que não me levavam a lugar algum, só me envolvia em
rodeios internos, nada era muito claro.
Os pensamentos viciados tentavam-me a repetir os erros, e eu os
repetia.
Primeiramente acreditei que podia calar as vozes com meu mando,
mas não consegui facilmente; tive que lutar, comigo mesma, sem
violência e sentindo dores.
Fui dar ouvido aos sofrimentos de minha alma para entender o que
estava acontecendo. Eram frequentes tormentas em meus
pensamentos.
Eu não queria ouvir mais vozes que me inclinavam ao erro,
atentamente eu observava os hábitos impressos dentro de mim
pelos acontecimentos da vida e, destrinchando um a um, fui
afrouxando o nó e desembaraçando o laço, e em certo momento, o
nó se desatou, e entendi a causa do problema.
Nunca aceitei viver com dores, a dor da cólica era a dor mensal,
hoje eu vivo com respeito ao meu ciclo, cuido do corpo, da mente e
do espírito, e consigo controlar a situação apreciando minha
menstruação. O que me levou a isso, certamente, foi o abrir da
janela interna, que me faz respirar conscientemente, concentrada e
silenciosamente.
3õ
O Símbolo 3õ nos textos é uma indicação para uma reflexão sobre
o que você acabou de ler ou uma indicação de atenção ao que
vem a seguir. Para que a leitura seja agradável e, acima de tudo,
que gere efeitos práticos quanto às estimadas curas, respeite os
momentos em que você precisar parar de ler e distrair-se um
pouco, as vezes precisamos disso para obter entendimentos, ou,
pode ser necessária uma noite de sono para absorver os
entendimentos que levam à cura. Apenas ouça-se e respeite-se.
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Dedicatórias e agradecimentos.
Dedico este livro a meu amor Raphael, por todo carinho, respeito,
responsabilidade, dedicação, fidelidade, por viver comigo o amor,
agradeço a ele também pelas brigas e pelas ofensas, pois através
delas nós evoluímos nosso sentimento.
Agradeço eternamente à minha família terrestre, Regina, Valter,
Caroline, Rafael, Hayra, Manuella, Joaninha, Iracema, e a todos os
primos, primas, tios, tias; também agradeço aos espíritos dos meus
ancestrais, e a todos os meus amigos, quem eu tanto amo!
Agradeço imensamente às Graciosas Luas que tornaram este livro
possível, cordialmente ajudando-me a revisar, dando-me dicas
ótimas e incentivando-me, sou muito grata a Edna Martins e Selma
Isabel Silveira.
Agradeço à Pantera, ao Lobinho, à Coral (Titi), à Onça (Ow´â) e a
todos os animais que me acompanham.
Sou grata pela sua saúde e pela sua felicidade.
Namastê.
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3õ
Capitulo cientifico.
Cura da Cólica.
Demorei 12 anos para aprender a amar minha menstruação como
ela merece ser amada. Tão linda e tão poderosa fonte de energia,
geradora de vida.
Hoje entendo como eu fui mal ensinada pelos tempos atuais sobre
minha menstruação, tanto através da propaganda, quanto através
da medicina e do arquivo coletivo de energia.
Menstruei aos 13 anos, foi algo que não comemorei muito, fiquei
tecnicamente emocionada, pois tinha ouvido dizer que a mulher se
torna uma mocinha quando menstrua.
Eu entendia que ser mocinha era poder namorar, usar salto alto e
ver TV até mais tarde.
Uau! Eu estava crescendo... Também ouvi dizer que eu poderia
engravidar, mas não pensei muito sobre isso.
No primeiro dia que menstruei, ensinaram-me a colocar o
absorvente, também conhecido como “modes”, um pedaço de
plástico com tecido, elástico e cola.
Na embalagem estava escrito: Com gel absorvente.
Tem com abas e tem sem abas.
“Abre a embalagem, desdobra, tira o papel aparece a cola, gruda
na calcinha e joga o resto fora.”
Quanto desperdício!!
Aquilo me pareceu estranho. No começo me deu alergia na virilha
e em outras partes. O plástico na calcinha foi bem desconfortável.
Contei para algumas amigas que tinha ficado menstruada, a
maioria dizia: “Está de chico!”.
Fui me acostumando a chamar assim minha menstruação. Sempre
ouvia as pessoas falando mal da sua menstruação. Era comum.
“Ai que saco, tô de chico”
“Eu tô menstruada, uma merda.”
E eu fui me acostumando a pensar assim da menstruação também.
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Chamo isso de memórias do arquivo coletivo, as vozes que vem de
fora começam a ser repetidas pelas vozes de dentro e quando
vemos, estamos agindo tal qual o padrão do meio em que vivemos.
Nós recebemos as energias, temos que lidar com elas, mas,
principalmente, temos que filtrá-las.
Acredito que, mesmo recebendo energias ruins do arquivo coletivo,
podemos filtrar sempre em energias boas, mas no caso da
menstruação eu só ‘’peguei para mim’’, e pensava o mesmo do
sangramento mensal.
“Uma merda... Estou menstruada.”
Diziam que não dava para ir à praia, nem para pegar uma piscina,
nem para vestir algumas roupas. Isso era realmente... uma
merda...
Recordo-me quando eu tinha 15 anos, todo mês era um tormento.
Eu tinha que começar a tomar analgésicos antes de menstruar,
pois se eu não tomasse, não aguentava de dor.
Ficava emburrada, nervosa, triste, irritada.
Minha avó dizia: "Está borocochô, minha filha".
Tinha que ficar quieta e deitada na cama de barriga para baixo com
compressa quente no ventre para aliviar a dor, mas mesmo assim
não escapava de senti-la.
Geralmente, os dois primeiros dias eram de dor. O primeiro sempre
mais intenso.
Mas havia meses em que a alternativa era ir para o hospital, tomar
analgésico na veia, senão eu não conseguia trabalhar.
O médico receitou anticoncepcionais para aliviar este sofrimento,
eu tinha 15 anos, ele disse que eu tinha cólica porque tinha cistos
nos ovários, nesta época eu não tinha entendimento sobre a
medicina alopática e aceitei a proposta do médico, comecei a
tomar anticoncepcionais e realmente deixei de sentir tantas dores
mensais, mas o sangue se tornou mais escuro e escasso.
Depois que comecei a estudar as medicinas alternativas, comecei
a me conscientizar sobre os efeitos dos medicamentos alopáticos.
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A visão sobre sintomas, causas, doença e saúde se transmutou
absolutamente dentro de mim.
A visão sobre dor também mudou completamente.
A visão sobre tratamento e prevenção também se transformou
completamente.
Arrependi-me muito de ter tomado pílulas por tanto tempo da
minha vida, pois pude entender que estava de braços cruzados
diante de minha própria natureza. Minha essência feminina.
Parei de tomar pílulas com 22 anos, esta foi a primeira medida
para resgatar minha essência natural feminina.
Naturalmente, as dores voltavam todos os meses, mas eu sentia
que estava fazendo algo bom para mim, pois percebi que, por
tomar anticoncepcionais, parte da minha natureza estava sendo
interrompida. Refleti muito sobre isso e hoje não sou
completamente a favor do método anticoncepcional, principalmente
os contínuos, que interrompem a ovulação e a menstruação;
depois que conheci filosofias que ensinam outros valores para o
amor e sexo, líquido seminal e sublime prazer, energia vital e fluxo
da vida, confrontei esses métodos, mas compreendo sua
importância atual para o controle da natalidade mundial.
Comecei a ter muitas espinhas, minha pele ficou suja, acredito que
foram efeitos colaterais do anticoncepcional.
Iniciei meus estudos de Yoga e meditação e gradualmente comecei
a entender que a mente é um campo de hábitos que repetidamente
se manifestam.
Passei a me tratar das cólicas com Moxa bustão (bastão feito de
uma planta chamada Artemísia Vulgaris) e compressa de sal
grosso quente.
Não tomava mais nenhum analgésico, mesmo que me contorcesse
de dor, e me contorcia...
Analgésicos são como sabotadores, inibem a força da auto
superação e do profundo autoconhecimento. Deixam-nos fracas e
submissas a um hábito que pode ser transformado. Entendo que é
uma benção em alguns casos, por exemplo, uma insuportável dor
de dente, ou dores cirúrgicas, coisas do gênero. Mas não
aconselho que as pessoas adaptem-se a tomar tantas pílulas de
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analgésicos e antibióticos. Nossas dores são somas do nosso
estado psíquico e emocional, se buscar entender a raiz das razões,
perceberá que o mais lógico a fazer é estimular força vital a TODO
o organismo, para que ele alcance equilíbrio, colaborando com os
órgãos, sangue, funções hormonais, e (atenção), funções mentaissentimentais-emocionais, todo este conjunto.
3õ
A meditação é uma poderosa medicina, pois me encaminha
diretamente ao centro do Universo através de mim.
... Onde estão todos os Eus.
O que penso que realmente preciso saber quando tenho dores é:
“No que eu tenho que me corrigir?
O que tenho que corrigir na minha alimentação e hábitos mentais?
Quem e o que me projeta energias nocivas?
Quem me agride, seja física ou moralmente?
Quem eu agrido? Como? Porque?
O que eu preciso mudar em mim para transformar o 'meu' mundo
interior?
Como causo esse sintoma em mim?
Que emoções-sentimentos-pensamentos existem para eu ter este
resultado?”.
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Daí, com todo amor e carinho do mundo, eu cuido dessas
questões, de corrigir defeitos dos Eu´s.
Isto para mim é o princípio da autocura, pois o Ser precisa aceitar
conhecer os caminhos externos, caminhando pelos caminhos
internos.
Sempre tive uma ligação forte com a cultura indígena e com a
cultura indiana, ambas me remetem ao Eu Xamã que há em mim.
É algo que me motiva sempre a me superar, a acreditar que sou
livre para manifestar minha essência, e que é um direito de cada
um ser imensamente Feliz.
Iniciei meus estudos xamânicos através de vivências no Ribeirão
Grande (Vale do Paraíba).
Foi então que tudo, absolutamente tudo, mudou. O Xamanismo me
levou para cavernas e mares profundos do meu Ser, eu achava
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