Política Anápolis, de 19 a 25 de junho de 2015 5 Tributos Conta de energia mais cara com reajuste na tarifa da CIP Prefeitura editou decreto reajustando a Contribuição de Iluminação Pública. O aumento virá na conta de energia dos contribuintes anapolinos a partir de agosto próximo. A medida causou reações em vários setores da comunidade Claudius Brito A Contribuição de Iluminação Pública- CIP, prevista no Código Tributário e de Rendas do Município de Anápolis (Lei Complementar nº 136/2006), sofrerá um aumento e vai, consequentemente, onerar o valor da cobrança que o consumidor recebe no talão de energia elétrica. A medida consta do Decreto nº 38.712, publicado no Diário Oficial do Município da última terça-feira, 16, assinado pelo Prefeito João Gomes, pelo Secretário da Fazenda, José Roberto Mazon e pelo Procurador Geral do Município, Edmar Silva. Segundo consta no Decreto 38.712, os valores da CIP variam de acordo com a localização do setor onde o contribuinte resida. Para efeito de distribuição, a Cidade foi dividida em quatro zonas fiscais, sendo que os valores, tanto para os imóveis residenciais quanto para os comerciais, industriais e prestacionais, varia de R$ 14,09 a R$ 24,15. Os imóveis não edificados (lotes), também, estão distribuídos nestas quatro zonais fiscais, com os valores da CIP variando de R$ 5,03 a R$ 8,05. Os valores, então vigentes, regulamentados pelo Decreto nº 31.594, de 01 de fevereiro de 2011, para os imóveis residenciais, variavam de R$ 7,21 a R$ 4,20 para as quatro zonas fiscais dos imóveis residenciais, comerciais, industriais e prestacionais e para os imóveis não edificados, de R$ 1,80 a R$ 2,44. O Secretário Municipal da Fazenda, José Ro- berto Mazon, justificou que o aumento da CIP é decorrente do aumento abrupto nos valores do KWH (quilowatts/hora) cobrado pela concessionária, no caso, a Companhia Energética de Goiás (Celg). Conforme demostrou, o Município desembolsava, até o final do ano passado, em torno de R$ 650 mil a R$ 750 mil na conta de iluminação pública. A última fatura, referente ao mês de maio, já paga, veio no valor exato - citou - de R$ 1.349.492,22. Neste valor foi inserida uma cobrança de tarja vermelha, de mais de R$ 221 mil para um fundo de investimentos no sistema energético. O secretário explicou que a CIP foi criada com o objetivo de suprir a Prefeitura de recursos necessários aos serviços de iluminação pública, abrangendo, para efeitos de base de cálculo, o valor que a Prefeitura paga à concessionária sobre o consumo de energia por poste; os equipamentos adquiridos como lâmpadas, relés, dentre outros; e o custo operacional como pessoal e veículos. O Có- Vereador Miguel Marrula (DEM) quer explicações da Prefeitura digo Tributário prevê que o reajuste da CIP pode ser feito com base da média aritmética dos três últimos meses. Conforme observou José Mazon, os valores que a Prefeitura vem arrecadando este mês não estavam mais suprindo mesmo os custos da energia paga a Celg, fora os investimentos e encargos com pessoal, que estão sendo cobertos por meio de outras dotações. Daí, a necessidade do aumento. Ele disse que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) deve auto- Secretário José Roberto Mazon diz que aumento é inevitável rizar um novo aumento para ser aplicado pelas companhias energéticas do País, a partir do segundo semestre. Entretanto, informou que a determinação do Prefeito João Gomes é de que não haja outro aumento da CIP, fora este aplicado ago- ra e que deverá ser contabilizado nos talões de energia, provavelmente, a partir do mês de agosto, por conta de procedimentos operacionais referentes à cobrança. A Prefeitura só receberá os valores acrescidos lá pelo mês de setembro. Vereadores querem que Executivo reveja decisão Na última sessão ordinária deste semestre, na Câmara Municipal, na quarta-feira, 17, o reajuste da CIP foi o principal assunto debatido pelos vereadores. A medida pegou muitos de surpresa, já que o aumento não passa pela Casa, pelo fato de a legislação em vigor permitir a medida via decreto. O descontentamento, entretanto, foi quase que geral, inclusive, entre os parlamentares que com- põem a base de apoio de João Gomes. Foram vários posicionamentos inflamados sobre a questão. O vereador Mauro Severiano (SD), disse que votou na criação na CIP, na época que o então Vereador Antônio Gomide (PT), fazia campanha veemente contrária a ela. Porém, lembrou Mauro Severiano, após o petista se eleger prefeito, a CIP foi mantida e vem sendo cobrada de lá para cá. O Ve- reador Jean Carlos (PTB), sugeriu que a Mesa Diretora da Casa faça um convite para o secretário da Fazenda, José Roberto Mazon, a fim de que ele explique quais foram os critérios utilizados para justificar o aumento da CIP. O vereador Wederson Lopes (PSC), observou que “faltou sensibilidade” ao Chefe do Executivo para criar este aumento, num momento em que a população en- frenta dificuldades com a crise no País. Para Jakson Charles (PSB), a culpa por todos os aumentos é do Governo Federal. Em sua opinião, nem mesmo a bancada petista tem tido condições de defender a Presidente Dilma Rousseff (PT). A Vereadora Mirian Garcia (PSDB), defendeu que deve ser revista a autonomia dada ao Executivo de aumentar a CIP por decreto. O discurso mais con- tundente foi o do vereador Miguel Marrula (DEM). Ele informou que está avaliando a possibilidade de entrar com uma medida jurídica para tentar barrar este aumento da Contribuição de Iluminação Pública que, conforme disse, em alguns casos vai haver majoração em mais de 100%. “Vamos avaliar a legalidade e a abusividade desse aumento”, pontuou. Logística Anápolis, o eixo da Região Centro-Oeste Manoel Vanderic A nápolis é classificada como um dos mais importantes ramais rodoviários do Brasil. Onde se encontram ou se entrelaçam as BRs 060, 153 e 414, e duas rodovias estaduais, as GOs 222 e 330. Em decorrência de sua estratégica localização geográfica – entre Goiânia e Brasília – Anápolis é uma das cidades mais privilegiadas do interior do país. Eixo de um fantástico mercado de sete milhões de consumidores, localizado a apenas 1.300 km de 60% do PIB do Brasil, o município assume o seu legítimo lugar no mapa socioeconômico do Centro-Oeste, ao consolidar a sua vocação industrial, focada em tecnologia e logística. Com acesso aos maiores mercados de consumo do país, mão de obra abundante e qualificada, boa infra-estrutura econômica, linhas de crédito competitivas, através de incentivos fiscais, e um mercado de consumo regional em plena ascendência, Anápolis desponta com uma das melhores cidades do Brasil para investimentos. Desde 2009, mais de 31 mil empresas foram abertas na área de influência do corredor de riqueza formado por Goiânia, Anápolis e Brasília. É, de longe, o maior pólo de atração de novos negócios entre os dez principais eixos de desenvolvimento brasileiros. Segundo pesquisa encomendada pela revista Exame, outras 70 mil empresas virão para este corredor até 2025. A história de Anápolis tem íntima relação com os segmentos comercial e industrial. É um grande centro comercial e tornou-se, desde 1976, sede do maior e mais pujante distrito industrial do estado. Anápolis granjeou dois títulos pela força de sua indústria: “Capital Brasileira dos Medicamentos Genéricos” e “Capital Industrial do Estado de Goiás” gerando riqueza econômica e bem-estar social com influência numa grande região. Em Anápolis está o Daia, maior complexo industrial do Centro-Oeste, com cerca de 20 mil vagas de emprego e quase 200 indústrias, entre as quais a montadora da Hyundai. O segundo maior pólo farmacêutico do Brasil. O maior centro de produção de medicamentos genéricos da América Latina. O Porto Seco Centro-Oeste, estação aduaneira que impulsiona a exportação/importação e projeta Anápolis nos mercados interno e externo e um importante complexo logístico em implantação, que vai operar os modais de transporte rodoviário, ferroviário, nos trilhos das ferrovias Centro-Atlântica e Norte-Sul, e aéreo, através do Aeroporto Internacional de Cargas, em construção. Anápolis é o eixo de um fantástico mercado de sete milhões de consumidores O aumento substancial da rede atacadista e do comércio varejista, o advento de lojas de departamento e shoppings, os avanços no setor de prestação de serviços para atender a grande demanda da indústria e da construção civil, a preparação de mão de obra, através da criação de dezenas de cursos técnicos, tecnológi- cos e universitários, bem como o boom imobiliário e a verticalização elevam as taxas de crescimento do Município, cujas estatísticas mudam da noite para o dia. Na esteira do desenvolvimento estratégico do município, a nova diretoria da Associação Comercial e Industrial de Anápolis prioriza o resgate do processo de industrialização, a partir da revitalização e ampliação do Daia, em caráter de urgência máxima. Tribute-se ao presidente Anastácios Dágios a sinergia que gerou mobilização e ação conjunta pela retomada do desenvolvimento industrial, pedra angular da consolidação de Anápolis como eixo da economia do Centro-Oeste.