Leia estas instruções: 1 Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. 2 Este Caderno contém 50 questões de Ginecologia e Obstetrícia. 3 Se o Caderno estiver incompleto ou contiver imperfeição gráfica que impeça a leitura, solicite imediatamente ao Fiscal que o substitua . 4 Cada questão apresenta quatro opções de resposta, das quais apenas uma é correta. 5 Utilize qualquer espaço em branco deste Caderno para rascunhos e não destaque nenhuma folha. 6 Os rascunhos e as marcações feitas neste Caderno não serão considerados para efeito de avaliação. 7 Você dispõe de, no máximo, quatro horas para responder as questões e preencher a Folha de Respostas. 8 O preenchimento da Folha de Respostas é de sua inteira responsabilidade. 9 Ao retirar-se definitivamente da sala, devolva ao fiscal a Folha de Resposta s. 10 Retirando-se antes de decorrerem três horas do início da prova , devolva também este Caderno; caso contrário poderá levá-lo. As s i nat ur a d o Can di dat o : ______________________________________________________ UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia 01 a 50 01. As distopias ou prolapsos dos órgãos pélvicos mais comuns são as retoceles, as cistoceles, as enteroceles e o prolapso uterino. Em relação a esses prolapsos, é correto afirmar: A) A maioria das enteroceles ocorre para baixo, entre os ligamentos uterossacros e o espaço retovaginal, mas também podem ser apicais. B) A cistocele, em geral, ocorre quando há enfraquecimento do tecido muscul ar e conjuntivo pubococcígeo na linha média ou quando este se desloca de seus pontos de fixação mediais ou inferiores. C) A retocele ocorre como consequência do enfraquecimento da parede muscular do reto e do tecido muscular e conjuntivo paracervical, que mantêm o reto em posição apical. D) O prolapso uterino, em geral, é consequência da má sustentação apical dos ligamentos uterossacros e íleo-lombar, que possibilitam a protusão descendente do colo e do corpo do útero em direção ao introito. 02. Dentre os cânceres ginecológicos, as neoplasias malignas ovarianas se configuram como um difícil desafio clínico pela alta mortalidade que acarreta. Em relação a esses tipos de tumores, considere as afirmações a seguir. I II III IV A maioria dos cânceres de ovário hereditários é consequência de mutações da linhagem germinativa nos genes BRCA1 e BRCA2, sendo essa herança autossômica dominante. Aproximadamente 5% das neoplasias ovarianas após a menopausa são malignas como também o são cerca de 70% dos tumores epiteliais ovarianos antes da menopausa. Nas duas primeiras décadas da vida, quase 70% dos tumores ovarianos t êm origem nas células germinativas e 1/3 destes é maligno. Os tumores do estroma ovariano têm alto grau de malignidade e são representados principalmente pelos tumores das células da granulosa e do seio endodérmico. Das afirmações, estão corretas A) I e II. B) II e IV. C) I e III. D) III e IV. 03. Dentre os fatores de prognóstico do carcinoma de mama, em que os linfonodos são negativos, existe diminuição do risco de recorrência quando A) o receptor do fator de crescimento epidérmico é baixo. B) a citometria de fluxo do DNA é aneupl oide. C) a expressão do oncogene HER-2/neu é alta. D) o índice de identificação do tumor é menor q ue 3%. 04. Os contraceptivos orais combinados (estrogênio -progesterona) proporcionam excelente contracepção quando usados corretamente. Além da ação contraceptiva, prop iciam, comprovadamente, outros benefícios à saúde da mulher. São exemplos desses benefícios: A) redução da anemia ferropriva, da dismenorreia e do risco de IAM. B) redução dos fibroadenomas mamários, da doença inflamatória pélvica e da artrite reumatoide. C) redução dos casos de CA colorretal, da acne e do risco de adenomas benignos do fígado. D) redução do CA de ovário, do CA de endométrio e da globulina de ligação do hormônio tireoidiano circulante. UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia 1 05. Em adolescentes, o uso de contracepção de emergência é indicado quando houver abuso sexual, relação sexual desprotegida e falhas no uso regular do método anticoncepcional usado. Sobre essa indicação, considere as afirmações a seguir . I II III IV O fármaco de escolha para a contracepção de emergência é o levanorgestrel em dose única de 1,5 mg, devendo ser administrado logo após o coito desproteg ido, de preferência em até 72 horas pós-coito. Na indisponibilidade do uso do levanorgestrel na dose única de 1,5 mg, pode m ser usadas 60 microgramas de etinilestradiol associado a 75 microgramas de desogestrel em dose única, de preferência em até 72 horas pós -coito. o DIU de cobre pode ser uma opção muito eficaz para a anticoncepção de emergência, quando inserido em até cinco dias após a relação sexual desprotegida, especialmente para adolescentes obesas. O acetato de ulipristal constitui também uma boa opção terapêutica para a anticoncepção de emergência, em substituição ao levanorgestrel, mas sua eficácia só é comprovada se for usado antes do início do pico do LH. Das afirmações, estão corretas A) I e II. B) I e III. C) II e IV. D) III e IV. 06. A mulher vítima de violência sexual está exposta ao risco de várias doenças sexualmente transmissíveis e, entre elas, a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Em relação a esse tipo de infecção, é correto afirmar : A) A profilaxia do HIV deve ser indicada quando ocorrer penetração vaginal e/ou anal e deve ser iniciada no prazo máximo de 72 horas da violência sexual e m antida por 04 semanas consecutivas. B) Os inibidores da enzima proteas, a zidovudina e a lamivudina, devem ser administrados, respectivamente, na dose de 600 mg e 300 mg ao dia, juntamente com 800 mg de lopinavir e 400 mg de ritonavir diários. C) As pacientes vítimas de violência sexual, que estão amamentando, devem ser orientadas a suspender o aleitamento materno durante 60 dias para evitar o risco de transmissão vertical, em caso de soroconversão. D) O uso do preservativo masculino ou feminino faz parte das medidas de aconselhamento à mulher vítima de violência sexual, quando esta retomar a sua vida sexual durante a terapia antirretroviral, visando proteger o parceiro da infecção pelo HIV. 07. A infecção pela Chlamydia é bastante frequente na população f eminina, com alto grau de morbidade e sequelas, mesmo pós-tratamento. Em relação a essa infecção, é correto afirmar: A) O tratamento da endocervicite provocada Chlamydia deverá ser instituído por meio da administração de Azitromicina 1g via oral em dose ún ica, após seu diagnóstico confirmado pela bacterioscopia vaginal a fresco. B) A infecção por Chlamydia acomete principalmente as pacientes das classes socioeconômicas mais baixas, contribuindo, sobremaneira, para aumentar a incidência de gravidez ectópica, esterilidade conjugal, endometriose e dor pélvica crônica. C) A cervicite causada pela Chlamydia tem evolução rápida, haja vista que esse agente tem trofismo pelas células do epitélio escamoso, sendo a endocérvice seu principal alvo. D) A infecção por Chlamydia é adquirida por meio da relação sexual ou pelo contato da mucosa com outra área infectada, podendo, em muitos casos, provocar uma infecção significante, sem, no entanto, promover sintomatologia exuberante. 2 UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia 08. A doença inflamatória pélvica (DIP) tem caráter agudo, decorrente da ascensão de patógenos do trato genital inferior. Para o seu diagnóstico, incluem -se critérios classificados em maiores, menores ou elaborados. Com base nesses critérios, diagnostica -se um caso de DIP quando a paciente apresentar A) dor no abdômen inferior, dor à palpação dos anexos, leucocitose e PCR elevada. B) dor no abdômen inferior, dor à mobilização do colo uterino e da massa pélvica e PCR elevada. C) dor à mobilização do colo uterino, dor no abdômen inferior, dor à pa lpação dos anexos e temperatura axilar maior que 37,8º C. D) dor no abdômen inferior, dor à palpação dos anexos, secreção vaginal anormal e PCR elevada. 09. O sangramento uterino anormal é uma queixa comum em mulheres, sendo definido como qualquer sangramento que não tenha as características de um ciclo menstrual normal. A Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), em 2011, propôs uma classificação para as causas de sangramento uterino anormal em pacientes não grávidas, em idade reprodutiva. Baseando-se nessa classificação, é correto afirmar: A) A disfunção ovariana, os leiomiomas uterinos e a adenomiose estão incluídos entre as anomalias não estruturais causadoras de sangramento uterino anormal. B) As coagulopatias, a adenomiose e os leiomiomas uterinos estão incluídos entre as anomalias estruturais causadoras de sangramento uterino anormal. C) As coagulopatias, a disfunção ovariana e a iatrogenia estão incluídas entre as anomalias não estruturais causadoras de sangramento uterino a normal. D) A disfunção ovariana, a adenomiose e as hiperplasias endometriais estão incluídas entre as anomalias estruturais causadoras de sangramento uterino anormal. 10. Mulheres em idade reprodutiva podem apresentar, no final da fase lútea, queixas físi cas e psiquiátricas que constituem a síndrome pré-menstrual (SPM). Com relação a essa entidade clínica, é correto afirmar: A) A piridoxina (Vitamina B6), que é um cofator da cisteína -hidroxilase, atua na síntese na serotonina e pode ser usada no tratamento da SPM, preconizando-se doses mínimas de 800 mg ao dia. B) As causas exatas da SPM não são completamente conhecidas, porém existem evidências que demonstram uma desregulação no sistema serotonérgico, em virtude do aumento da atividade deste na fase lútea. C) As propriedades antimineralocortic oides e a possível inibição do sistema Renina Angiotensina-Aldosterona, ocasionada pela ação do estrogênio, podem explicar sintomas como o inchaço e o ganho de peso na SPM. D) Conforme os critérios do American College of Obstetricians and Ginecologists (2000), os sintomas da SPM devem começar, no mínimo, cinco dias antes da menstruação. 11. Os distúrbios benignos da mama predominam nas mulheres jovens e na perimenopausa. Geralmente, para que sejam avaliados, é necessit ário realizar a anamnese meticulosa, o exame físico, o exame de imagem e, quando indicado, a biópsia. Em relação às patologias benignas da mama, é correto afirmar: A) A maioria dos cistos mamários forma-se a partir de metaplasia apócrina dos ácinos lobulares. B) Os fibroadenomas são constituídos, histologicamente, por estruturas epiteliais císticas que devem ser excisados, mesmo se considerados benignos após teste triplo concordante. C) Os tumores filoides benignos da mama são histologicamente distintos dos fibroadenomas, pois são envoltos por células estromais policlonais. D) A descarga papilar é considerada fisiológica quando apresenta coloração verde escura ou serosa e é uniductal. UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia 3 12. Os tumores malignos do corpo uterino são divididos em três tipos princ ipais: carcinomas, sarcomas e carcinossarcomas. Em relação a esses tumores, é correto afirmar: A) Os tumores do estroma endometrial ocorrem, principalmente, em mulheres na pós menopausa e, raramente, na perimenopausa, sendo frequente em mulheres negras. B) Os tumores homólogos que fazem parte dos sarcomas uterinos podem ser classificados como sarcoma de baixo grau do estroma, rabdomiossarcoma e lipossarcoma. C) Os três tipos histológicos mais comuns de sarcoma uterino são o de estroma endometrial, o leiomiossarcoma e o tumor mulleriano misto maligno, de tipos homólogo e heterólogo. D) O leiomiossarcoma mixoide tem uma macroscopia endurecida com bordas não definidas , uma microscopia com alto índice mitótico e um comportamento de baixa agressividade. 13. Uma adolescente de 18 anos, G0P0, é examinada no consultório por secreção vaginal. É feito o diagnóstico presumível de vaginose bacteriana (VB). Um achado consistente com VB é A) organismos flagelados. C) secreção vaginal grumosa. B) pH menor do que 4,5. D) predominância de anaeróbios. 14. A figura abaixo representa a “teoria da dupla célula”, na qual o “ligante 1” e o “ligante 2” são gonadotrofinas, e Y e Z são esteroides. De acordo com essa figura, A) o processo de transformação de A até B é cha mado aromatização. B) o LH corresponde ao ligante 1. C) a célula A representa a célula da granulosa. D) o esteroide Y corresponde ao estradiol. 15. Os miomas uterinos são muito comuns, assintomáticos em sua maioria e podem ser tratados de forma conservadora. Em relação aos miomas uterinos, é correto afirmar: A) sua incidência é de, aproximadamente, 2,9% em mulheres negras quando comparada à incidência em mulheres brancas, sem relação a outros fatores de riscos conhecidos. Contudo esses miomas surgem, mais precocemente, nas mulheres brancas do que nas negras. B) são monoclonais e cerca de 40% deles apresentam anormalidades cromossômicas que incluem deleções do cromossomo 9 e trissomia do cromossomo 16, principalmente em miomas unicelulares e atípicos. C) sua alta incidência é favorecida por fatores que aumentam a exposição ao estrogênio ao longo da vida, como a obesidade, a menarca precoce, a menopausa tardia e o tabagismo. D) são tumores monoclonais benignos das células musculares lisas do miométrio e contêm grandes agregados de matriz extracelular constituídos de colágeno, elastina, fibronectina e proteoglicanos. 4 UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia 16. Muitos fatores endógenos e exógenos podem modificar a prevalência das várias espécies de microrganismos que compõem o ecossistema vaginal. Em relação à vaginite inflamatória descamativa, analise as afirmações a seguir. I II III IV É uma síndrome clínica caracterizada por vaginite exudativa difusa, esfoliação de células epiteliais e corrimento vaginal purulento abundante. Seus sintomas clínicos são dispareunia, queimação ou irritação vulvovaginal e prurido vulvar intenso. Para o tratamento inicial dessa vaginite, deve-se usar creme vaginal à base de nitrato de miconazol a 50%, por 10 dias. Nesse tipo de vaginite, a bacterioscopia em lâminas coradas pelo gram evidencia uma ausência relativa de bacilos gram positivos normais. Das afirmações, estão corretas A) III e IV. B) II e III. C) I e II. D) I e IV. 17. M.A.S, 17 anos, nulípara, afirma que ainda não começou a menstruar. Nega perda de peso excessiva ou exercícios em excesso. Todas as suas irmãs tiveram a menarca aos 13 anos de idade. De acordo com a mãe, um médico havia mencionado que sua filha não tinha o rim direito, fato detectado a partir de uma ultrassonografia de abdome. Ao ser examinada, constatou-se o seguinte: 1,65 m de altura; 58 kg de peso; pressão sanguínea de 110/60; glândula tireoide normal à palpação; desenvolvimento mamário, genitália externa feminina e pelos axilares e pubianos no estágio 4 de Tanner; sem lesões de pele. O provável diagnóstico dessa paciente é A) agenesia mülleriana. B) síndrome de Morris. C) síndrome de Swyer. D) disgenesia gonadal pura. 18. Paciente de 42 anos com o laudo citopatológico de lesão intraepitelial escamosa de alto grau e biopsia de colo uterino revelando NIC III. Foi submetida à excisão de zona de transformação, cujo laudo histopatológico evidenciou invasão de 2,3 mm e margens comprometidas por lesão intraepitelial escamosa de alto grau sem lesões de pele. Nesse caso, a conduta indicada é A) histerctomia radical. B) seguimento da lesão. C) nova conização. D) histerctomia simples. 19. Paciente de 14 anos nunca menstruou e apresenta dor cíclica em baixo ventre. O exame físico da paciente está mostrado na figura reproduzida a o lado. É compatível com esse quadro clínico a presença de A) mamas padrões M4. B) gônadas em fita. C) agenesia uterina. D) hábito eunucoide. UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia 5 20. A secreção do GnRH é pulsátil e modulada pela interação com várias substâncias, especialmente, os neurotransmissores e os ester oides gonadais periféricos. A substância qu e atua estimulando os pulsos de GnRH é: A) ácido gama-aminobutírico (GABA) B) serotonina C) hormônio liberador de corticotropina D) melatonina 21. Mulher, 61 anos, nuligesta, menopausa há 5 anos, apresenta queixa de sangramento intermitente em borra de café. Exame físico normal. O médico realiza colpocitologia oncótica e analisa a ultrassonografia trazida pela paciente e reproduzida a seguir. Para essa adequada é paciente, a conduta A) reavaliar a partir de ultrassonografia com 1 ano. outra B) indicar vídeo-histeroscopia. C) realizar vídeo-colposcopia. D) solicitar pélvica. ressonância magnética 22. A figura reproduzida a seguir é o resultado de um exame feito por uma paciente. Em relação a esse resultado, é correto afirmar: A) A paciente tem osteoporose no fêmur e necessariamente na coluna lombar. B) O indicado é considerar o escore Z para o diagnóstico de osteoporose por se tratar de uma paciente que está na menopausa. C) Todas as regiões apresentadas no exame (colo, W ard, trocânter e fêmur total) devem ser consideradas para o diagnóstico de osteoporose. D) A paciente tem risco aumentado de fratura no fêmur, a qual deve ser tratada. 6 UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia 23. Atualmente, a endometriose afeta cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e 30% tem chances de ficarem estéreis. Em relação ao tratamento medicamentoso para endometriose pélvica, é correto afirmar: A) Os medicamentos hormonais agem causando atrofia ou decidualização do endométrio ectópico. B) O tratamento medicamentoso apresenta impacto resolutivo na doença profunda com acometimento intestinal. C) Os anti-inflamatórios não esteroides são a primeira opção para mulheres com dor pélvic a e infertilidade. D) Os contraceptivos hormonais orais com doses menores que 20 mcg são superiores aos contraceptivos multifásicos. 24. Mulher de 18 anos apresenta quadro de amenorreia secundária há 6 meses, associado a alterações visuais e cefaleia. Ao exame físico, apresenta pilificação adequada para idade e sexo, mamas e pubis em estágio 5 de Tanner. Considerando o diagnóstico mais provável dessa paciente, é correto afirmar: A) A prolactina estará aumentada, e a tomografia de sela túrcica apresentará a denoma de hipófise. B) O TSH deverá estar aumentado, e o T4 livre diminuído. C) A testosterona deverá estar aumentada, e o teste de provera será positivo. D) O FSH e o LH estarão aumentados, e o teste de provera será negativo. 25. Adolescente de 14 anos nunca menstruou, mamas M4, pelos P3, vaginometria normal. Nesse caso, a conduta adequada é A) FSH, LH e estradiol. C) expectante. B) ultrassonografia pélvica. D) estrogenioterapia. 26. Uma paciente de 21 anos, no curso da 25ª semana de sua primeira gestação, previamente normotensa, apresenta pressão arterial de 140 x 90 mmHg em duas aferições separadas por três dias e cursa com proteinúria de 370 mg/24 horas. Com esse quadro, o diagnóstico dessa paciente é A) hipertensão gestacional. C) pré-eclâmpsia leve. B) pré-eclâmpsia grave. D) hipertensão arterial transitória da gravidez. a 27. Primigesta de 19 anos, no curso da 23 semana gestacional conforme ultrassom do 1º trimestre, portadora de lúpus eritematoso sistêmico (LES), apresentand o hematócrito de 41%, creatinina de 1,7 mg/dL e proteinúria de 2,7g/24 horas. A paciente está em uso de 1 g de alfametildopa de 8/8horas e 30 mg de nifedipina de 12/12 horas, mantendo níveis tensionais diastólicos em torno de 110 mm Hg. A biometria fetal atual é compatível com a 19ª semana gestacional, e há redução do volume de líquido amniótico. Para essa paciente, a conduta adequada é: A) salvaguardar o prognóstico materno como prioridade no tratamento, optando -se pela resolução da gestação como alternativa terapêutica efetivamente capaz de interromper a cadeia fisiopatológica da doença em curso. B) considerando a idade gestacional atual e a associação com o LES, recomenda-se adição de droga hipotensora e manejo expectante, viabilizando a corticot erapia para acelerar a maturação pulmonar fetal e a interrupção da gestação na viabilidade fetal. C) considerar a possibilidade de amnioinfusão a fim de garantir o tempo necessário para que se evite a associação da prematuridade com restrição do crescimento intrauterino, relacionada ao aumento do risco de óbito fetal. D) hemodiálise, como alternativa terapêutica, indicada para melhorar a evolução materna com o objetivo de instituir medidas para o tratamento fetal, como dieta hiperproteica, transfusão intraútero e corticoterapia para maturação pulmonar. UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia 7 a 28. Paciente de 30 anos, G3 P2, no curso da 18 semana gestacional, classificação sanguínea “O” Rh negativo, apresenta resultado de Teste de Coombs Indireto de 1:8. Há história de óbito fetal por hidropsia, no segundo trimestre da gestação anterior. Na atual idade gestacional, o manejo adequado para a situação clínica apresentada é: A) realizar amniocentese para espectrofotometria do líquido amniótico com o objetivo de avaliar a necessidade de transfusão intrauterina, de acordo com a quantidade de bilirrubina no líquido amniótico. B) controlar, mensalmente, a titulação do Teste de Coombs Indireto e proceder avaliação da velocidade do fluxo sanguíneo na artéria cerebral média fetal se titulação for maior que 1:16. C) mensurar a velocidade do fluxo sanguíneo na artéria cerebral m édia fetal para predizer a severidade da anemia fetal e avaliar a necessidade de transfusão intrauterina. D) controlar, mensalmente, a titulação do Teste de Coombs Indireto e, na 28ª semana gestacional, administrar 300 mcg de imunoglobulina anti D, se a titulação se mantiver menor que 1:16. 29. Mulher com 40 anos, sete gestações anteriores, teve o último parto há um ano da gestação atual. Em consulta médica na 38ª semana desta gestação, apresentava queixa de sangramento vaginal, recebeu a informação de que estava com placenta prévia, confirmada por ultrassom. Foi encaminhada à maternidade, mas não compareceu ao serviço. Dois dias após a consulta, foi internada em choque hipovolê mico e encaminhada ao centro cirúrgico para realizar a cesariana de emergência. Durante o procedimento, sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu. Para o adequado preenchimento da Declaração de Óbito, reproduzida acima, no item CAUSAS DA MORTE, PARTE I, linha “a” (Devido ou como consequência de) deve constar A) choque hipovolêmico. B) placenta prévia. C) parada cardiorrespiratória. D) complicação de cirurgia cesariana. 30 A insinuação representa o primeiro tempo do mecanismo do parto e consiste na passagem da maior circunferência da apresentação através do estreito superior da bacia. Assim, considerando o mecanismo de parto na apresentação cefálica fletida em bacia ginecoide, a insinuação é identificada quando o A) biparietal ultrapassa o plano III de Hodge. B) vértice da apresentação ultrapassa o plano zero de De Lee. C) lâmbda ultrapassa o plano zero de De Lee. D) bregma ultrapassa o plano III de Hodge. 8 UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia 31. Paciente de 27 anos, nuligesta, epiléptica, usando Carbamazepina, Ácido Valpr oico e Ácido Fólico 5 mg/dia, vem para consulta desejando programar uma gravidez. A conduta adequada para a situação descrita é A) manter inalterada a prescrição atual quanto às drogas e às doses utilizadas. B) manter o Ácido Fólico e a Carbamazepina na menor dose eficaz para o controle clínico e suspender o Ácido Valproico. C) suspender os anticonvulsivantes em função do alto risco de malformações fetais. D) suspender a Carbamazepina e manter o Ácido Fólico e o Valpr oico na menor dose eficaz para o controle clínico. 32. No curso da 27ª semana gestacional, paciente procura o serviço de urgência obstétrica, referindo mal-estar geral, náuseas, vômitos e dor abdominal há três dias. Ao exame o clínico, apresenta: temperatura axilar 38,7 C, frequência cardíaca 127 bpm, pressão arterial 90 x 60mmHg, altura uterina 27 cm, dinâmica uterina ausente, frequência cardíaca fetal 140 bpm e dor à punho-percussão de ambos os flancos. O hemograma foi normal, e o exame de sumário da urina revelou leucocitúria e estearase leucocitária positiva. A conduta adequada para esse o caso é: A) B) C) D) administrar sintomáticos e dose única de 3 g de Fosfomicina na urgência. solicitar urocultura e referir para definição da conduta no pré -natal. iniciar tratamento ambulatorial empírico e solicitar urocultura de controle. internar em hospital para antibioticoterapia sistêmica e sintomáticos. 33. Paciente de 27 anos, GI PI, recebe alta no segundo dia pós-parto normal a termo, sem episiotomia, evolução puerperal sem intercorrências. Durante o pré -natal, recebeu o diagnóstico de infecção pelo HIV, tendo feito uso de terapia antirretroviral (TARV) desde a 3 14ª semana gestacional, quando aprese ntava contagem de linfócitos T CD4 de 550 céls/mm . Na 38ª semana, apresentava carga viral (CV) indetectável e contagem de linfócitos T CD4 de 3 650 céls/mm . De acordo com o que atualmente preconiza o Ministério da Saúde do Brasil, é recomendável A) manter a TARV. B) suspender a TARV. C) repetir CV e contagem de linfócitos T CD4 e manter TARV se CV > 1.000 cópias e CD4 < 3 350 céls/mm . D) repetir CV e contagem de linfócitos T CD4 e manter TARV se CV > 10.000 cópias e CD4 < 3 200 céls/mm . 34. No mecanismo de parto com a apresentação cefálica fletida, a cabeça nasce quando occipício, bregma, fronte, nariz, boca e, por fim, queixo passam, sucessivamente, sobre a margem anterior do períneo. A cabeça cai para baixo, de tal modo que o queixo se localiza sobre o ânus materno. Se o occipício estava originalmente direcionado no sentido da esquerda, nesse momento, acontece A) B) C) D) a a a a extensão completa rotação externa da extensão completa rotação externa da da cabeça, cabeça, no da cabeça, cabeça, no no sentido sentido da no sentido sentido da UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia da tuberosidade isquiática direita. tuberosidade isquiátic a direita. da tuberosidade isquiática esquerda. tuberosidade isquiática esquerda. 9 35. A análise da atividade uterina medida eletricamente permite algumas generalizações acerca do padrão de contração miometrial capaz de resultar em trabalho de parto. Uma dessas generalizações é: A) A maior espessura miometrial na região do segmento uterino justifica a propagação da despolarização no sentido do colo uterino, promovendo o esvaecimento e a dilatação cervicais. B) A origem da onda contrátil normal do trabalho de parto no terço médio da parede uterina posterior representa um mecanismo útil para direcionar a descida fetal no sentido do colo uterino. C) A onda contrátil normal do trabalho de parto origina -se próximo à extremidade do útero de uma das tubas uterinas, tendo intensidade máxima no fundo e diminuindo no útero inferior. D) Todas as partes do útero contraem -se simultaneamente, permitindo um gradiente ascendente de pressão miometrial que representa a principal força motriz para a descida fetal. 36. Um casal cuja esposa tem 30 anos, vive com o HIV há dez anos, faz terapia com antirretrovirais (zidovudina/lamivudina + lopinavir/ritonavir) e, há três anos, apresenta carga viral indetectável. Ela tem um filho de cinco anos, fruto de um relacionamento anterior, portador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O marido atual é negativo para a infecção pelo HIV. O casal, atualmente sem comorbidades, deseja engravidar. Nesse caso, a abordagem recomendada é A) desencorajar a gravidez e sugerir a adoção. B) orientar a autoinseminação do sêmen no período fértil. C) indicar fertilização in vitro com transferência de embriões D) propor a utilização de útero de substituição (“barriga de aluguel”) 37. Analise o partograma reproduzido a seguir pertencente a uma paciente primigesta de 25 anos, no curso de 40 semanas e 3 dias de gestação, em trabalho de parto. Em relação a essa paciente, a conduta adequada é 10 A) utilizar fórceps de alívio. C) infundir ocitocina. B) conduta expectante. D) realizar cesárea. UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia 38. Primigesta de 19 anos, gestação no curso da 39ª semana, apresenta progressão da dilatação cervical de 2 para 3 cm durante três horas. O diagnóstico mais provável é: A) fase ativa prolongada. B) trabalho de parto normal. C) parada da fase ativa. D) parada da descida. 39. Grávida assintomática, no curso da 15ª semana, chega à consulta pré -natal trazendo resultado de sorologia para toxoplasmose com IgG e IgM reagentes. Realizado na mesma amostra de sangue, o teste da avidez da IgG específica revelou resultad o de 87%. A conduta adequada para essa paciente é A) indicar amniocentese para diagnóstico da infecção fetal por PCR no líquido amniótico. B) prescrever Espiramicina para profilaxia da transmissão vertical de infecção aguda. C) prescrever Sulfadiazina, Pirimetamina e Ácido Folínico para tratamento de infecção crônica. D) manter seguimento em pré-natal de risco habitual, por se tratar de infecção pregressa. 40. Gestante a termo, no primeiro período do trabalho de parto, realizou cardiotocografia cujo resultado está reproduzido a seguir. A partir desse resultado, conclui-se que o feto apresenta A) vitalidade preservada. B) sofrimento agudo. C) sofrimento crônico. D) sofrimento crônico agudizado. 41. As modificações que a gestação provoca no organismo materno, por vezes, transformam -se em queixas da gestante e requerem intervenção por parte do profissional de saúde, durante o pré-natal. Em relação a essas modificações, é correto afirmar: A) Para o aumento do diâmetro dos pelos e cabelos, é necessária a investigação do endocrinologista sob pena de se negligenciar um tumor adrenal. B) Para as modificações pigmentares significativas em nevos melanocíticos, a conduta deve considerar biópsia excisional por suspeita de malignidade. C) Na ocorrência de taquicardia, que denota um aumento do débito cardíaco com redução do volume sistólico, a conduta deve incluir medicação para evitar a fibrilação ventricular. D) Na ocorrência de constipação intestinal, causada pela exacerbação estrogênica na gravidez, devem ser utilizados medicamentos laxantes pelo risco de obstrução intestinal. UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia 11 42. A incompatibilidade Rh é a causa mais comum de aloimunização. Caso a classificação sanguínea materna seja Rh negativo, é necessário A) investigar a ocorrência de restrição de crescimen to fetal quando a pesquisa de anticorpos irregulares resultar positiva, caracterizando -se como aloimunização. B) repetir a pesquisa de anticorpos, mensalmente, se o resultado inicial do exame for positivo, e aplicar imunoglobulina anti-D imediatamente após o primeiro exame. C) aplicar a imunoglobulina Rh no final do terceiro trimestre para proteção fetal durante o parto, se o tipo sanguíneo do pai for Rh negativo. D) fazer a pesquisa de anticorpos irregulares mensalmente, se o sangue do pai for Rh positivo ou desconhecido, e aplicar a imunoglobulina anti -D na 28ª semana de gravidez, se o resultado do exame der negativo. 43. O acompanhamento pré-natal precisa ser feito para evitar intercorrências n a gravidez que determinem aumento dos índices de morbimortalidade do binômio materno -fetal. Em relação a esse acompanhamento e à propedêutica obstétrica, é correto afirmar: A) O útero, habitualmente, estará fora da pelve após 12 semanas, e a altura uterina estará no nível da cicatriz umbilical, em torno de 20 semanas de gestação. B) O exame sorológico para toxoplasmose deve ser realizado na primeira consulta, e o resultado IgG positivo indica que a paciente é suscetível à doença. C) No primeiro trimestre, a medida ultrassonográfica mais precisa para a datação da gravidez é o comprimento do fêmur. D) Entre a 6ª e a 9ª semana de gravidez, a avaliação da translucência nucal é o teste de rastreamento de aneuploidias mais amplamente utilizado nos últimos anos. 44. Abortamento é a causa obstétrica mais comum de sangramento na primeira metade da gravidez. Sobre essa intercorrência, é correto afirmar: A) O conceito de aborto retido é a presença de saco gestacional irregular, medindo no máximo 50 mm e sem embrião no seu interior. B) Nas mulheres com tipo sanguíneo Rh negativo em condição de abortamento, antes da 12ª semana, não há necessidade de profilaxia para a aloimunização Rh. C) No abortamento completo, a mulher tem história de sangramento, geralmente não tem cólicas, mas o colo encontra-se sem dilatação. D) O abortamento incompleto é mais frequente antes de 10 semanas de gestação, o sangramento é intenso e a ultrassonografia mostra espessura endometrial <15 mm. 45. Os sangramentos que ocorrem na segunda metade da gravidez podem determinar uma situação de urgência. Sobre esse tema, é correto afirmar: A) O diagnóstico do descolamento prematuro da placenta é feito por meio da ultrassonografia, que mostra hemorragia decíduo placentária, do relato de dor súbita e da hipertonia uterina. B) No descolamento prematuro da placenta, a liberação de fatores tissulares e de tromboplastina, na circulação materna, origina o quadro de coagulação intravascular disseminada. C) O toque vaginal é fundamental para o diagnóstico da pla centa prévia, determinando se esta obstrui total ou parcialmente o orifício do colo. D) Na rotura de vasa prévia, o sangramento ocorre em vários episódios e há hipertonia uterina moderada, com boa sobrevida fetal, pois o sangramento tem origem materna. 12 UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia 46. Perda de líquido por via vaginal é uma queixa frequente nos serviços de urgência e deve ser investigada para melhor encaminhamento do caso. Em relação a essa perda, é correto afirmar: A) Entre os critérios diagnósticos de infecção ovular, encontram -se febre, taquicardia materna e bradicardia acentuada fetal, que se manifesta m precocemente devido à redução do líquido amniótico que comprime a caixa torácica. B) Desde que haja diagnóstico de hipoplasia pulmonar fetal, a conduta ativa deve ser tomada em idade gestacional inferior a 24 semanas, e a resolução deve ser por via abdominal , devido à prematuridade extrema. C) Na presença de infecção ovular, a conduta, em qualquer idade gestacional, é iniciar antibióticos de amplo espectro e interrupção da gravidez, preferencialmente, por via vaginal. D) Para complementar o diagnóstico de rotura prematura das membranas, quando não há perda evidente de líquido via vaginal, mede -se o pH vaginal que se modifica de alcalino (7,1) para ácido (4,5), na presença de líquido amniótico. 47. Doença trofoblástica gestacional é uma expressão genérica que engloba as alterações que se formam a partir do trofoblasto humano, responsável por 1% dos casos de abortamento. Em relação a essa doença, é correto afirmar: A) Os cistos tecaluteínicos associados aos casos de mola hidatiforme devem ser imediatamente retirados devido ao risco de ruptura e quadro de abdome agudo. B) No que concerne aos exames complementares, valores séricos de hCG acima de 200.000 mUI/ml e imagens ultrassonográfic as com muitas áreas anecoicas estão associados à ocorrência de mola hidatiforme. C) A paciente que desenvolve mola hidatiforme está protegida contra pré -eclâmpsia devido à implantação placentária que não destrói a camada endotelial dos vasos sanguíneos do leito placentário. D) A hiperemese gravídica está presente em casos de mola hidatiforme e relaciona -se à grande produção estrogênica pelo sinciciotrofoblasto, podendo ser necessária a internação hospitalar. 48. As distócias são anormalidades que dificultam ou impedem a ocorrência do parto. Em relação a essas anormalidades, é correto afirmar: A) A distócia biacromial acontece no parto , em apresentação pélvica na qual o acrômio impede o parto por se posicionar atrás da sínfise púbica materna. B) Os vícios do estreito superior são considerados quando o diâmetro bituberoso for menor que 10 cm e o polo cefálico estiver insinuado. C) A anormalidade do estreito médio pode ser suspeitada quando o polo cefálico se encontra retido no plano 0 de DeLee, apesar de contrações efetivas. D) O partograma com parada secundária à dilatação é característico da desproporção céfalo pélvica e indica resolução por via abdominal. 49. O fórceps é um instrumento destinado a ajudar a extração do polo cefálico, reduzindo o tempo de período expulsivo. A respeito desse instrumento de parto, é correto afirmar: A) O fórceps de Piper é o único utilizado em casos de necessidade de rotação da cabeça fetal, pois apresenta ramos mais longos que os demais. B) O fórceps de Simpsom-Braun tem colheres fenestradas, articulação fixa por encaixe e é indicado para a rotação das variedades oblíquas. C) A utilização do fórceps está indicada em condições críticas maternas, inclusive quando houver período expulsivo prolongado, desde que o feto tenha boa vitalidade. D) A aplicação do fórceps está indicada nas seguintes condições: bacia clinicamente normal, colo completamente dilatado, feto vivo e bolsa rota. UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia 13 50. Diabetes gestacional é a intolerância a carboidratos diagnosticada durante o período de gestação. Em relação a esse tema, é correto afirmar: A) Nas pacientes diabéticas mal controladas, o parto deve ser postergado para 41 semanas a fim de que se controle a glicemia com uso de insulina NPH e da insulina regular, reduzindo-se, assim, o risco de hipoglicemia neonatal. B) O excesso de estrogênio, principal hormônio contra -insulínico da gravidez, ocorre com a atividade endócrina da placenta entre 24 e 28 semanas de gestação, sendo a principal indicação para se aguardar esse período a fim de fazer teste diagnóstico. C) A macrossomia fetal decorrente do aumento dos níveis séricos maternos de insulina representa um importante fator de risco para a ocorrência de hipoglicemia neonatal. D) Entre os fatores de risco para o diabetes gestacional, têm -se: idade materna maior ou igual a 25 anos, história de macrossomia e de diabetes em gestação anterior, além de 2 IMC>30 Kg/m . 14 UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia UFRN Residência Médica 2016 Ginecologia e Obstetrícia 15