Desenvolvimento sustentável
Das visões do empresariado
às práticas das organizações
Metas e legados da Rio+20
A visão do empresariado sobre a principal conferência de sustentabilidade em 2012
Aspectos discutidos na conferência e que impulsionarão mudanças nos negócios (em % dos respondentes)
Adoção de novas tecnologias
20
Implantação de certificações ou auditorias
19
Racionalização de recursos naturais empregados
16
Aderência a regulamentações na área ambiental
14
Pesquisa
2012
Caminhos a serem adotados para a concretização das discussões da conferência (em %)*
Definir metas claras a serem cumpridas
30
Definir sanções legais a quem não cumprir as metas estabelecidas
30
Aumentar o envolvimento das pessoas com os temas de sustentabilidade
22
Aumentar o envolvimento dos governos com os temas de sustentabilidade
13
* Itens mais assinalados pelos respondentes (respostas múltiplas)
“Deloitte” refere-se à sociedade limitada estabelecida no Reino Unido “Deloitte
Touche Tohmatsu Limited” e sua rede de firmas-membro, cada qual constituindo
uma pessoa jurídica independente. Acesse www.deloitte.com/about para uma
descrição detalhada da estrutura jurídica da Deloitte Touche Tohmatsu Limited
e de suas firmas-membro.
© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados.
Principais resultados da pesquisa
A pesquisa “Desenvolvimento sustentável – Das
visões do empresariado às práticas das organizações”,
realizada pela Deloitte, uma das maiores organizações
de consultoria e auditoria do mundo, para identificar
as práticas, visões e preocupações das empresas em
relação às questões da sustentabilidade, foi desenvolvida
a partir da aplicação de um questionário disponibilizado
no website da Deloitte (www.deloitte.com.br),
ao longo de abril e maio de 2012.
Responderam à pesquisa 108 empresas que atuam
no País, cujo faturamento conjunto (R$ 700 bilhões)
representava 17% do Produto Interno Bruto (PIB)
do Brasil, em 2011. Os gestores das organizações
também demonstraram as suas visões sobre a principal
conferência relacionada aos temas de sustentabilidade
em 2012, a Rio+20, realizada pela Organização das
Nações Unidas (ONU).
Compromisso com o desenvolvimento
sustentável: o tema está formalizado no
planejamento estratégico de 77% das empresas
abrangidas pela pesquisa. A adoção de políticas e
diretrizes de sustentabilidade ocorre em 47% das
organizações (outras 26% indicam que pretendem
adotar). A elaboração de relatórios de sustentabilidade
se dá em 43% das empresas, com outros 25% delas
informando intenção de fazê-lo. O gerenciamento de
impactos ambientais ocorre em 42% da amostra.
Para mudanças efetivas: dos aspectos a serem
discutidos na Rio+20, o empresariado acredita
que os que trarão maior impacto à gestão de suas
organizações (veja gráfico na última página), após
a conferência, serão a adoção de novas tecnologias
(20%), a implantação de certificações e auditorias
(19%), a racionalização do uso de recursos naturais,
com o emprego de matérias-primas e insumos
(16%), e a necessidade de aderência a
regulamentações na área ambiental (14%).
Expectativas divididas: quase metade dos empresários
entrevistados (45%) acredita que a Rio+20 contribuirá
para acelerar as discussões em curso. Enquanto isso,
o mesmo percentual de respondentes aposta que
a conferência não trará mudanças significativas. Os
restantes, 10% dos entrevistados, têm visões também
bastante distintas, que vão da aposta no evento para
promover grandes transformações, até a possibilidade
de que ocorra um retrocesso nas negociações globais.
Das discussões para a ação: para transformar
as questões a serem discutidas na Rio+20 em ações
concretas, as alternativas mais assinaladas pelo
empresariado (veja gráfico na página seguinte) indicam
para a necessidade de definir metas claras a serem
cumpridas (item indicado por 30% dos respondentes)
e definir sanções legais a países e empresas que não
cumprirem as metas (também 30%).
Outro caminho bastante indicado pelos entrevistados
é a importância de aumentar o envolvimento com
os temas da sustentabilidade, por parte das pessoas,
como cidadãos e consumidores (22% das respostas),
do governo (13%) e das empresas (9%).
A evolução dos últimos anos: a adoção de
práticas sustentáveis vem ganhando gradativamente
maior adesão no ambiente empresarial brasileiro, como
se verifica na comparação entre os resultados dessa
pesquisa com as informações apontadas em estudo
anterior, promovido em 2009 pela Deloitte.
Na ocasião, 78% das empresas de uma amostra
numericamente semelhante à atual responderam
que adotavam práticas sustentáveis e 18% pretendiam
adotar. Na pesquisa de 2012, 85% afirmam adotar
essas práticas e 12% (na sua grande maioria, pequenas
e médias empresas) manifestam intenção de fazê-lo.
Maturidade nos investimentos: em 2009, 29% das
empresas direcionavam entre 1% e 3% da sua receita
para práticas desse tipo. Em 2012, o índice cai para 7%.
Da mesma forma, em 2009, 15% das empresas ficavam
na faixa de menor investimento (com apenas 0,1%
da receita sendo destinada a iniciativas sustentáveis),
contra 21% na amostra atual.
A aparente diminuição de investimento pode ser
contextualizada a partir da compreensão dos
investimentos conduzidos ao longo da última década.
Naquele momento, principalmente as grandes
empresas estavam numa fase mais intensa de
aderências a novas práticas ambientais, enquanto, hoje,
o foco está na manutenção desse perfil de iniciativa e
no aumento de investimentos em outras áreas ligadas
à sustentabilidade, como a social.
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