Título da Palestra (Org. por Sérgio Biagi Gregório) 15/12/2010 O Bem e o Mal 1 O Bem e o Mal Introdução O que é o bem? E o mal? O mal é ausência do bem? Onde está a origem do mal? Em Deus? Nos Homens? Com essas questões, introduzimos este tema, que subdividirá em: a origem do mal, as necessidades humanas e o bem versus o mal. 15/12/2010 O Bem e o Mal 2 O Bem e o Mal Conceito Bem – Designa, em geral, o acordo entre o que uma coisa é com o que ela deve ser. É a atualização das virtualidades inscritas na natureza do ser. Mal – Para a moral, é o contrário de bem. Aceita-se, também, como mal, tudo o que constitui obstáculo ou contradição à perfeição que o homem é capaz de conceber, e, muitas vezes, de desejar. 15/12/2010 O Bem e o Mal 3 O Bem e o Mal Considerações Iniciais Malinovsky, etnólogo polonês, estudando a moral sexual dos selvagens australianos, chegou à conclusão de que tudo o que entre nós é considerado válido e até santo, lá é considerado mal. O valor das coisas está constantemente se alterando. Um fato pode ser analisado, respectivamente, como proveniente de uma ação má, feia ou “pecaminosa”. Na Doutrina Espírita, a questão do bem e do mal está relacionado com as leis de Deus e o progresso alcançado pelo Espírito. 15/12/2010 O Bem e o Mal 4 O Bem e o Mal O Mal não Pode Ter Origem em Deus Muitos pensam que Deus, que é o criador do mundo e de tudo o que existe, também é o criador do mal. Baseando-nos demonologia, seríamos forçados a crer que existem dois deuses, digladiando-se reciprocamente. A lógica e os ensinamentos espíritas apontam-nos, porém, para a existência de um único Deus, que é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Como um de seus atributos é ser infinitamente bom, Ele não poderia conter a mais insignificante parcela do mal. 15/12/2010 O Bem e o Mal 5 O Bem e o Mal A Causa do Mal O mal existe e tem uma causa. Há, porém, males físicos e morais. Há os que não se pode evitar (flagelos) e os que se podem evitar (vícios.) No sentido moral, o mal só pode estar assentado numa determinação humana, que se fundamenta no livre-arbítrio. Enquanto o livre-arbítrio não existia, o homem não cometia o mal responsabilidade. 15/12/2010 O Bem e o Mal 6 O Bem e o Mal Princípio do Bem e do Mal O bem e o mal como princípios podem ser encontrados no livro da natureza Adão e Eva. O conhecimento deles requer experiência valor moral e responsabilidade. Para o Espiritismo, quando o princípio inteligente adentra na fase hominal, ele adquire o pensamento contínuo, o livre-arbítrio e a razão. Aos poucos esses operários espirituais vão entregando o aprendizado ao livre-arbítrio, sob a própria responsabilidade. 15/12/2010 O Bem e o Mal 7 O Bem e o Mal Necessidades Humanas Necessidade é a consciência de que nos falta algo. Por que nos falta algo? Porque a necessidade, sendo um estado de espírito e um atributo do homem subjetivo, impõe ao homem este ou aquele desejo. Em termos espirituais, as necessidades vão se depurando conforme vamos galgando novos degraus de evolução espiritual. 15/12/2010 O Bem e o Mal 8 O Bem e o Mal Os Vícios Os vícios são as ações que tendem para mal. Allan Kardec diz: “Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, não há duvidar de que se pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra”. O animal, por exemplo, só come para preservar a sua vida; o homem, dotado de inteligência, come mais com os olhos do que com a boca. 15/12/2010 O Bem e o Mal 9 O Bem e o Mal Dor A dor é teleológica e leva consigo um destino. Se não fosse a dor, sucumbiríamos a muitas doenças sem sequer nos dar conta do perigo. Ela é sempre positiva; no sofrimento, estamos purgando algo ou preparando-nos para o futuro. De acordo com Allan Kardec, “A dor é o aguilhão que impele o Espírito para frente, na senda do progresso”. 15/12/2010 O Bem e o Mal 10 O Bem e o Mal Estender o Bem Depois de um temporal (mal), em que parece ter destruído a paisagem, novas forças congregam-se para a obra de refazimento. O sol envia luz sobre o lamaçal, curando as chagas do chão, o vento acaricia o arvoredo e enxuga-lhe os ramos, o cântico das aves substitui a voz do trovão... Incita-nos, com isso, a aprender com a natureza, ou seja, mesmo sofrendo os maiores dos males, deveríamos nos concentrar no bem, estendendo-o ao infinito. 15/12/2010 O Bem e o Mal 11 O Bem e o Mal Desertor do Bem Se soubéssemos, de antemão, o tributo de dor que a vida nos cobrará, evitaríamos o homicídio, a calúnia, a ingratidão e o egoísmo. Se o desertor do bem conseguisse enxergar as perigosas ciladas com que as trevas lhe furtarão o contentamento de viver, deter-seia feliz, sob as algemas santificantes dos mais pesados deveres. 15/12/2010 O Bem e o Mal 12 O Bem e o Mal Resistir ao Mal Jesus dizia que o joio (mal) deveria crescer junto com o trigo (bem). No momento certo, haveria a separação. Resistir ao mal significa suportar pacientemente a sua presença, mas sem perder de vista o bem. Tentações, desânimo, mal-entendidos e incompreensões alheias. Nada disso deve tirar o ensejo de continuarmos firmes em nossa jornada evolutiva, pois “a seu tempo ceifaremos se não houvermos desfalecidos”. 15/12/2010 O Bem e o Mal 13 O Bem e o Mal Conclusão Não nos detenhamos apenas em praticar atos de caridade; sejamos também caridosos. Auxiliemos o próximo, não por uma espécie de convenção social, mas como um arroubo que parte do íntimo de nosso coração. 15/12/2010 O Bem e o Mal 14 O Bem e o Mal Bibliografia Consultada KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975. XAVIER, F. C. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, [s.d.p.] Texto em HTML: http://www.sergiobiagigregorio.com.br/palestra/bem-e-omal.htm 15/12/2010 O Bem e o Mal 15