CONCURSO SEE-MG - EDITAL 2011 LÍNGUA PORTUGUESA GRAMÁTICA CLASSE DE PALAVRAS ATENAS – CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS PÚBLICOS. Critérios para as aulas do cursinho de Língua Portuguesa. • Celulares desligados. Caso precise deixá-lo ligado, coloque-o no silencioso. • Dúvidas serão tiradas somente as que se referirem a matéria ministrada. O que estiver fora do conteúdo “poderá” ser comentado após os horários em sala.. • Tudo pode ser dito, depende da maneira de dizer. Reclamações podem e devem ser repassadas ao professor logo após a aula, dessa forma, as dúvidas e possíveis problemas serão sanados e a aula se tornará mais produtiva. • Fazer exercícios se torna indispensável para o aprendizado. • Cursinho é “apenas” um norte, uma direção, não é o mapa da mina. • Conversas paralelas atrapalham o professor e o seu amigo, e devem ser evitadas em sala. • Você é um vencedor e passará no concurso. A língua portuguesa subdivide-se em QUATRO GRUPOS DE ESTUDOS, levando em consideração cada aspecto da língua. SINTAXE - A sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. SEMÂNTICA - é o estudo do sentido das palavras de uma língua. MORFOLOGIA - é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição. FONOLOGIA - é o ramo da linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones (sons) se organizam dentro de uma língua, classifica-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas. MORFOLOGIA Classes gramaticais Variáveis – Invariáveis - substantivos, adjetivos, pronomes, artigos, numerais e verbos. preposições, conjunções, advérbios e interjeições. SUBSTANTIVO Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam: lugares: Alemanha, Porto Alegre... / sentimentos: raiva, amor... /estados: alegria, tristeza... / qualidades: honestidade, sinceridade... / -ações: corrida, pescaria... CLASSIFICAÇÃO Comum - é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica. Ex: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. Próprio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular. Ex: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres. Obs: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário. real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc. imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc. Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir. Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir. Ex: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). Coletivos - é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie. Ex: abelha - enxame, colmeia; aluno – classe. Nota: o coletivo é um substantivo singular, mas com ideia de plural. Formação dos Substantivos Simples: é aquele formado por um único elemento. Ex: tempo, sol, sofá, etc. Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos. Ex: beijaflor, passatempo. Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão. Derivado: é aquele que se origina de outra palavra. FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo, pode sofrer variações para indicar: Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho Flexão de Gênero Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: - O velho e o mar. / - Um Natal inesquecível. / - Os reis da praia Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: Ex: A história sem fim - / Uma cidade sem passado. Substantivos Biformes e Uniformes Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata,/ homem – mulher / poeta – poetisa / prefeito – prefeita. Uniformes: são aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o feminino. Classificamse em: Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Ex: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea. Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Ex: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo. Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo. Ex: o colega e a colega, o doente, a doente, o artista , a artista. Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em seu significado. Por exemplo: o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital (cidade) Plural dos Substantivos Compostos A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples: Aguardente - aguardentes pontapé - pontapés girassol – girassóis malmequer – malmequeres O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras b)Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de: verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos c) Flexiona-se somente o primeiro elemento substantivo + preposição clara + substantivo = água-decolônia e águas-de-colônia substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo anterior. Exemplos: palavra-chave - palavras-chave bomba-relógio - bombas-relógio notícia-bomba - notícias-bomba homem-rã - homens-rã peixe-espada - peixes-espada ADJETIVOS Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo. Ao analisarmos a palavra bondoso, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa. Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo, pois admite o artigo: a bondade. Classificação Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Por exemplo: neve fria. Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. Por exemplo: fruta madura. Formação simples - Formado por um só radical. brasileiro, escuro. Composto - Formado por mais de um radical. lusobrasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário. Primitivo - aquele que dá origem a outros adjetivos. belo, bom, feliz, puro. Derivado - É aquele que deriva de substantivos ou verbos. belíssimo, bondoso, magrelo. *** Morfossintaxe do Adjetivo: O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). Pátrio - indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles: Estados e cidades brasileiros: Acre acreano Alagoas alagoano Amapá amapaense Pátrio Composto - na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe : África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros *** LOCUÇÃO ADJETIVA Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.) Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada). Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Ex: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu. **** É necessário critério! Há muitos adjetivos que mantêm certa correspondência de significado com locuções adjetivas, e vice-versa. No entanto, isso não significa que a substituição da locução pelo adjetivo seja sempre possível. Tampouco o contrário é sempre admissível. Colar de marfim é uma expressão cotidiana; seria pouco recomendável passar a dizer colar ebúrneo ou ebóreo, pois esses adjetivos têm uso restrito à linguagem literária. Contrato leonino é uma expressão usada na linguagem jurídica; é muito pouco provável que os advogados passem a dizer contrato de leão. Em outros casos, a substituição é perfeitamente possível, transformando a equivalência entre adjetivos e locuções adjetivas em mais uma ferramenta para o aprimoramento dos textos, pois oferece possibilidades de variação vocabular. Por exemplo: A população das cidades tem aumentado. A falta de planejamento urbano faz com que isso se torne um imenso problema. FLEXÃO DOS ADJETIVOS O adjetivo varia em gênero, número e grau. Gênero - os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos, classificam-se em: Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. ativo e ativa, mau e má, judeu e judia. Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Ex: homem feliz e mulher feliz. Nos adjetivos compostos, só o último elemento vai para o plural: cantor norte-americano – cantores norte-americanos. Exceções: 1. adjetivos compostos invariáveis: sapato azulmarinho – sapatos azul-marinho, camisa azul-celeste – camisas azul-celeste. 2. São invariáveis os adjetivos compostos cujo último elemento é um substantivo: Blusa verde-bandeira – blusas verde-bandeira tecido verde-abacate – tecidos verde-abacate batom vermelho-paixão – batons vermelho-paixão 3. Também são invariáveis os adjetivos composto por COR+DE+SUBSTANTIVO: Blusa cor-de-rosa, Blusas corde-rosa Grau Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo. Comparativo - Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo: 1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão. 2) Sou mais alto (do) Superioridade Analítico que você. Comparativo de No comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do que" ou "mais...que". 3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo de Superioridade Sintético. Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: bom-melhor pequeno-menor mau-pior alto-superior grande-maior baixo-inferior 4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De Inferioridade. Sou menos passivo (do) que tolerante. Superlativo - expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades: Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresentase nas formas: Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). O secretário é muito inteligente. Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo. Observe alguns superlativos sintéticos: (pouco usado) benéfico beneficentíssimo bom boníssimo ou ótimo Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação pode ser: De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala. IMPORTANTE: a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a “mais pequeno e mais mau”, respectivamente. b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno. Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elementos. Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmo elemento. As formas analíticas dos adjetivos bom, mau e grande (mais bom, e mais grande, podem ser empregadas quando se confrontam duas qualidades do mesmo ser. Ex: Pedro é bom e atencioso: mais bom que atencioso. Em lugar de menor usa-se mais pequeno, uma forma que, normalmente se evita empregar no Brasil, porém muita usada em Portugal. ADJETIVO COMPARATIVO DE SUPERIORIDADE SUPERLATIVO ABSOLUTO RELATIVO BOM MELHOR ÓTIMO O MELHOR MAU PIOR PÉSSIMO O PIOR GRANDE MAIOR MÁXIMO O MAIOR PEQUENO MENOR MÍNIMO O MENOR Adjetivos, leitura e produção de textos. A adjetivação é um dos elementos modalizadores de um texto, ou seja, imprime ao que se fala ou escreve. Quando é excessiva e voltada a obtenção de efeitos retóricos, prejudica a qualidade do texto e evidencia o despreparo ou a má-fé de quem escreve. Quando é feita com sobriedade e sensibilidade, contribui para a eficiência interlocutiva do texto. Nos textos dissertativos, os adjetivos normalmente explicitam a posição de quem escreve em relação ao assunto tratado. É muitas vezes por meio de adjetivos que os juízos e avaliações do produtor do texto vêm a tona, transmitindo ao leitor atitudes como provação, reprovação, aversão, admiração, indiferença. Analisar a adjetivação de um texto dissertativo é, portanto, um bom caminho para captar com segurança a opinião de quem o produziu. Lembrese de que é a sua adjetivação que deve cumprir esse papel quando você escreve. Nos textos ou passagens descritivas, os adjetivos cumprem uma função mais plástica: é por meio deles que se costuma atribuir formas, cor, peso, sabor e outras dimensões aos seres que estão sendo descritos. É óbvio que, neste caso, o emprego de uma seleção sensível e eficiente de adjetivos conduz a um texto mais bem-sucedido, capaz de transmitir ao leitor uma impressão bastante nítida do ser ou objeto descrito. São nessas passagens descritivas que a adjetivação atua nos textos narrativos. NUMERAL Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência. Exemplos: Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. [quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"] Eu quero café duplo, e você? ...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"] A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! ...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"] *** Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos. Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena. Classificação Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. um, dois, cem mil, etc. Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc. Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc. Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc. Flexão Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais são invariáveis. Os numerais ordinais variam em gênero e número: primeiro segundo milésimo primeira segunda milésimas Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Por exemplo: Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção. Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Por exemplo: Teve de tomar doses triplas do medicamento. Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja: uma dúzia / um milheiro / duas dúzias É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. É o que ocorre em frases como: Me empresta duzentinho... É artigo de primeiríssima qualidade! O time está marcdo por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol) Emprego dos Numerais Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo: Ordinais João Paulo II (segundo) D. Pedro II (segundo) Ato II (segundo) Século VIII (oitavo) Canto IX (nono) Cardinais Tomo XV (quinze) Luís XVI (dezesseis) Capítulo XX (vinte) Século XX (vinte) João XXIII ( vinte e três) Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante: Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Por exemplo: Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades comunitárias de seu bairro. Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática. (redundância ou pleonasmo) Numerais, leitura e produção de textos. O conhecimento das formas da norma padrão dos numerais é obviamente importante para quem tem necessidade de produzir e interpretar textos em linguagem formal. Em particular nas exposições orais, o uso dessas formas é indispensável, por razões óbvias (não é possível substituir numerais por algarismos na língua falada!), e evita constrangimentos que podem comprometer a credibilidade do expositor. Os numerais também podem ser empregados na produção e interpretação de textos dissertativos escritos. As palavras dessa classe gramatical compartilham com os pronomes a capacidade de retomar ou antecipar entes e dados e de inter-relacionar partes do texto. São, por isso, elementos importantes para a obtenção de coesão e coerência textuais. 1. Qual das palavras destacadas a seguir não é um adjetivo? a) As pesquisas eliminaram PARTE da emoção. b) Os BONS candidatos nem sempre são eleitos. c) Nas eleições há feriado NACIONAL. d) As GRANDES empresas patrocinam candidatos. e) Os resultados são dados no dia SEGUINTE. 2. Assinale a palavra cujo gênero está indevidamente indicado pelo artigo. a) a dó b) a dinamite c) o suéter d) o champanhe e) a cal 3 - Das palavras abaixo, qual pode trocar de gênero, sem sofrer nenhuma alteração ortográfica, apenas pela troca de artigo que a anteceda? a) cientistas b) biólogo c) princípio d) professor e) altura Pronome É a palavra que acompanha ou substitui o substantivo, indicando sua posição em relação às pessoas do discurso ou mesmo situando-o no espaço e no tempo. OS PRONOMES PODEM SER: •substantivos: são aqueles que tomam o lugar do substantivo. Ela era a mais animada da festa. (No lugar de A menina) •adjetivos: são aqueles que acompanham o adjetivo. Minha bicicleta quebrou. CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES •Pronome pessoal •Pronome possessivo •Pronome demonstrativo •Pronome relativo •Pronome indefinido •Pronome interrogativo Pronome pessoais. Os pronome pessoais são aqueles que indicam as pessoas do discurso. Dividem-se em retos que exercem a função de sujeito e os oblíquos que exercem a função de complemento. RETOS Número 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa Singular *Eu *Tu (você) Ele Plural Nós Vós (Vocês) Eles EXERCEM A FUNÇÃO DE SUJEITO / PODEM EXERCER A FUNÇÃO DE COMPLEMENTO QUADRO DOS PRONOMES PESSOAIS NÚMERO PESSOA CASO RETO PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS SEM PREPOSIÇÃO SINGULAR PLURAL TÔNICOS COM PREPOSIÇÃO 1ª **EU ME MIM, COMIGO 2ª **TU TE TI, CONTIGO 3ª ELE O, A, LHE, SE SI,ELE,ELA, CONSIGO 1ª NÓS NOS NÓS, CONOSCO 2ª VÓS VOS VÓS, CONVOSCO 3ª ELES OS, AS, LHES SE SI,, ELES, ELAS CONSIGO. EXEMPLO DO USO DOS PRONOMES Ela avisou a todos sobre a festa. Caso reto – sujeito (na frase o pronome não é precedido de preposição) Todas as pessoas olhavam para ela. Caso oblíquo - complemento (na frase o pronome “ela” está preposicionado e exerce a função de complemento e não de sujeito, pois o sujeito da frase é: Todas as pessoas Portanto, podemos concluir que os únicos dois pronomes que sempre funcionam como sujeito e nunca como complemento são: “eu e tu”. As principais preposições: por, para, perante, a, ante, até, após, de, desde, em, entre, com, contra, sem, sob, sobre e trás. Emprego dos pronomes pessoais Os pronomes pessoais retos funcionam como sujeitos de frases: Eu vou à loja, talvez ele esteja lá. (eu sujeito do verbo “vou”) “ele” sujeito do ver esteja. Retos: Eu, tu, ele, nós, vós, eles. . .Os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, nós,vós, eles) NUNCA aparecem DEPOIS DE UMA PREPOSIÇÃO. Torna-se obrigatório o uso dos pronomes oblíquos: Entre mim e ti há uma distância enorme. Preposição (palavras invariáveis) Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos. •São pronomes oblíquos átonos: ( sem preposição) me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes. Os pronomes pessoais oblíquos átonos, com formas verbais: A mãe esperava-o ansiosa •São pronomes oblíquos tônicos: ( com preposição) mim, ti, ele, ela, si, nos, vos, eles, elas. Os pronomes pessoais oblíquos tônicos são usados com preposição: A mãe ansiosa esperava por mim. – oblíquo tônico. (Observe que o pronome veio precedido de preposição) EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS • Os pronomes oblíquos átonos “o, a, os, as” exercem a função de objeto direto: A enfermeira examinou o garoto. Objeto direto A enfermeira examinou-o (quem examina, examina alguma coisa – VTD) •Os pronomes oblíquos átonos “lhe, lhes” exercem a função de objeto indireto. O garçom oferece-lhe bebida. (quem oferece, oferece alguma coisa a alguém) preposição •Antes de verbo no infinitivo só usamos eu e tu, jamais mim e ti. Fizeram de tudo para eu me emocionar. Fizeram de tudo para tu comprares a casa. Nos casos acima os pronomes “eu e tu” são sujeitos dos verbos emocionar e comprares. ***Obs: Os pronomes retos “eu e tu” nunca serão complementos, mesmo regidos de preposição. Como regra prática podemos perceber o seguinte: quando precedidos de preposição, não se usam as formas retas “eu e tu”, mas as formas oblíquos “mim e ti”. Ninguém irá sem EU. Ninguém irá sem mim. Nunca houve discussões entre EU E TU. Nunca houve discussões entre mim e ti. Apenas um caso em que empregamos as formas retas eu e tu, mesmo precedidas por preposições: quando essas formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo. Deram um livro pra eu ler. ( eu: sujeito do verbo ler) Importante: Só se usam os pronomes eu e tu quando funcionarem como sujeito de um verbo. Perceba, então, que o segredo é este: analisar sintaticamente a oração: caso o pronome funcione como sujeito, use “eu” ou “tu”; senão, use “mim” ou “ti”. Ex: Era para eu sair mais cedo hoje”, pois o sujeito de “sair” é o pronome “eu”; “Ela trouxe o livro para mim”, pois o pronome não funciona como sujeito. O sujeito dessa frase é “ela”. ***Agora preste atenção a esta frase: “Foi difícil para mim conseguir o emprego.” Parece estar errada, não é mesmo? mas está certa, pois o pronome não funciona como sujeito, como à primeira vista possa parecer. Na verdade, “conseguir o emprego” é uma oração que funciona como sujeito do verbo “ser”. Observe a inversão: “Conseguir o emprego foi difícil para mim.” (Observe a pergunta para se saber o sujeito- o que foi difícil?) ***A resposta então é o sujeito da oração, que no caso não é uma palavra, mas uma oração infinitiva) Percebeu como o pronome não funciona como sujeito? Isso ocorre quando surgir “custar, faltar, restar, bastar ou verbo de ligação com predicativo do sujeito”: “ Custou para mim aceitar a situação.” “ Falta para mim conversar com três candidatos.” “ Resta para mim explicar duas teorias.” “ Basta para mim ter você ao meu lado.” “ É necessário para mim aguardar ordens superiores.” Os pronomes oblíquos “se, si, consigo” são pronomes reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados na voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca. Reflexiva - quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo. Carla machucou-se. Marcos cortou-se com a faca. Reflexiva recíproca - quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro. Paula e Renato amam-se. Os jovens agrediram-se durante a festa. Os ônibus chocaram-se violentamente. Conosco e convosco - são utilizados normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, tais pronomes devem ser substituídos por formas analíticas. Queria falar conosco. Queria falar com nós dois. Os oblíquos “o, os ,a ,as” quando precedidos de verbos que terminem em “r, s, z” assumem as formas: lo, los, la, las. (VTD). (VTD) – verbo transitivo direto Vou (amar) amá-lo por toda a vida. O jogo (fiz) fi-lo sozinho. Tu (amas) amá-lo como a ti mesma. Quando precedidos de verbos que terminam em “-m, -ão, -õe, assumem a forma no, nas, nos, nas. Entregaram-no ao professor. Entregaram o livro ao professor. – objeto direto. O assunto, dão-no por encerrado. Independentemente da predicação verbal, se o verbo terminar em mos, seguido de nos ou de vos, retira-se a terminação -s. Ex. * Encontramo-nos ontem à noite. * Recolhemo-nos cedo todos os dias. Obs: Se o verbo for transitivo indireto terminado em “s”, seguido de lhe, lhes, não se retira a terminação s. Ex. * Obedecemos-lhe cegamente. * Tu obedeces-lhe? Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivos, exercendo a função sintática de adjunto adnominal. (termo ligado a um substantivo) Roubaram-me o livro. = Roubaram o meu livro. Escutei-lhe os conselhos = Escutei seus conselhos. As formas plurais “nós e vós” podem ser empregadas para representar uma única pessoa (singular), adquirindo valor de modéstia.(política) Nós – disse o prefeito – procuramos resolver o problema das enchentes. COLOCAÇÃO PRONOMINAL USO DOS PRONOMES – me, te, se, lhes,o,a,os, as,nos,vos. Próclise - antes do verbo – Nos o amamos muito. Ênclise - depois do verbo – Entregaram-me as camisas. Mesóclise - aparece no meio do verbo - Convidar-me-iam para a festa. REGRA GERAL – OS PRONOME DEVEM VIR EM ÊNCLISE. Uso da próclise – 1- Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum. Exemplos: Nada me perturba. / Ninguém se mexeu. / De modo algum me afastarei daqui. Ela nem se importou com meus problemas. 2- Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que. Exemplos: - Quando se trata de comida, ele é um gênio. - É necessário que a deixe na escola. - Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros. 3 – quando aparecem advérbios (palavras invariáveis que indicam circunstância) Aguns: assim, bem, mal, depressa, devagar, melhor, pior, bondosamente, generosamente e muitos outros terminados em mente. Exemplos - Aqui se tem paz. / - Sempre me dediquei aos estudos. / Talvez o veja na escola. OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome. Aqui, trabalha-se. 4 - Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos. - Alguém me ligou? (indefinido) - A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo) -Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo 5 – Quando aparecer frases interrogativas. Exemplo: Quanto me cobrará pela tradução? 6- Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo). - Deus o abençoe! (Exclamativa) - Macacos me mordam! (exclamativa) -Deus te abençoe, meu filho! (optativas) 7 - Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM. - Em se plantando tudo dá. -Em se tratando de beleza, ele é campeão. 8 - Com formas verbais proparoxítonas -Nós o censurávamos. ( verbo com a tonicidade proparoxítona) MESÓCLISE •Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, …) Convidar-me-ão para a festa. - Convidar-me-iam para a festa. *Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória. -Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa. ÊNCLISE 1 - Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada. Tornarei-me……. (errada) Tinha entregado-nos……….(errada) * Nesse caso usa-se próclise) 2 - Ênclise de verbo no infinitivo estará sempre correta. Entregar-lhe (correta) -Não posso recebê-lo. (correta) (verbo terminado em r, faz-se o objetivo direto retirando a letra “r” e colocando a letra”l”. 3 - Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas. 4 - Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportemse. 5 - Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes. 6 - Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo. OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá a próclise: Exemplos: Em se tratando de cinema, prefiro o suspense. Saiu do escritório, não nos revelando os motivos. COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS *Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio. AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar. Havia-lhe contado a verdade. - Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade. AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal. Exemplos: Infinitivo - Quero-lhe dizer o que aconteceu. - Quero dizer-lhe o que aconteceu. Gerúndio - Ia-lhe dizendo o que aconteceu. -Ia dizendo-lhe o que aconteceu. Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. Infinitivo - Não lhe quero dizer o que aconteceu. - Não quero dizer-lhe o que aconteceu. Gerúndio - Não lhe ia dizendo a verdade. - Não ia dizendo-lhe a verdade. EXERCÍCIOS Assinale a frase com erro de colocação pronominal: a) Tudo me era completamente indiferente b) Ela não me deixou concluir a frase c) Este casamento não deve realizar-se d) Ninguém havia lembrado-me de fazer as reservas Assinale a frase incorreta: a) Nunca mais encontrei o colega que me emprestou o livro b) Retiramo-nos do salão, deixando-os sós c) Faça boa viagem! Deus proteja-o d) Não quero magoar-te, porém não posso deixar de te dizer a verdade Estas conservas são para nós __________ durante o inverno. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna: a) alimentarmos- nos b) alimentar- mo- nos c) nos alimentarmos d) nos alimentarmo- nos Caso _______ lá, _______, para que não _______ Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas: a) se demoram – avisem-nos – nos preocupemos b) se demorem – avisem-nos – preocupemo-nos c) demorem-se – nos avisem – preocupemo-nos d) demorem-se – nos avisem – nos preocupemos O pronome está mal colocado em apenas um dos períodos. Identifique-o: a) Finalmente entendemos que aquela não era a estante onde deveriam-se colocar cristais b) Ninguém nos falou, outrora, com tanta sinceridade c) Não se vá, custa-lhe ficar um pouco mais? d) A mão que te estendemos é amiga O pronome pessoal oblíquo átono está bem colocado em um só dos períodos. Qual? a) Isto me não diz respeito! Respondeu-me ele, afetadamente. b)Segundo deliberou-se na sessão, espero que todos apresentem-se na hora conveniente. c) Os conselhos que dão-nos os pais, levamo-los em conta mais tarde. d) Amanhã contar-lhe-ei por que peripécias consegui não envolver-me Pronomes Possessivos São aqueles que indicam posse, em relação às três pessoas do discurso. São eles: meu(s),minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s). Empregos dos pronomes possessivos - O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu, sua, seus, suas pode dar duplo sentido à frase (ambiguidade). Para evitar isso, coloca-se à frente do substantivo dele, dela, deles, delas, ou troca-se o possessivo por esses elementos. Ex: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos. De quem eram os documentos? Não há como saber. Então a frase está ambígua. Para tirar a ambiguidade, coloca-se, após o substantivo, o elemento referente ao dono dos documentos: se for Joaquim: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com documentos dele; se for Sandra: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com documentos dela. É facultativo o uso de artigo diante dos possessivos. Ex.• Trate bem seus amigos. ou Trate bem os seus amigos. Não se devem usar pronomes possessivos diante de partes do próprio corpo Ex. • Amanhã, irei cortar os cabelos. (meus) • Vou lavar as mãos. (minhas) • Menino! Cuidado para não machucar os pés! (seus) Não se devem usar pronomes possessivos diante da palavra casa, quando for a residência da pessoa que estiver falando. Ex. Acabei de chegar de casa. Estou em casa, tranquilo. Pronomes Demonstrativos Pronomes demonstrativos são aqueles que situam os seres no tempo e no espaço, em relação às pessoas do discurso. São os seguintes: Este, esta, isto: são usados para o que está próximo da pessoa que fala e para o tempo presente. Este chapéu que estou usando é de couro. ( próximo a 1ª pessoa) Este ano está sendo cheio de surpresas. (presente) Esse, essa, isso: são usados para o que está próximo da pessoa com quem se fala, para o passado recente e para o futuro. Ex. Esse chapéu que você está usando é de couro? 2012. Esse ano será envolto em mistérios. Em novembro de 2010, inauguramos a loja. Até esse mês, nada sabíamos sobre comércio. Aquele, aquela, aquilo: são usados para o que está distante da pessoa que fala e da pessoa com quem se fala e para o tempo passado remoto. Ex. Aquele chapéu que ele está usando é de couro? Em 1974, eu tinha 15 anos. Naquela época, Londrina era uma cidade pequena. ***Outros usos dos demonstrativos Em uma citação oral ou escrita, usa-se este, esta, isto para o que ainda vai ser dito ou escrito, e esse, essa, isso para o que já foi dito ou escrito. Esta é a verdade: existe a violência, porque a sociedade a permitiu. Existe a violência, porque a sociedade a permitiu. A verdade é essa. Usa-se este, esta, isto em referência a um termo imediatamente anterior. Ex. O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser preservada. Quando interpelei Roberval, este assustou-se inexplicavelmente. ***Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos anteriormente citados, usa-se este, esta, isto em relação ao que foi mencionado por último e aquele, aquela, aquilo, em relação ao que foi nomeado em primeiro lugar. • Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio destes sobre aquele. • Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas, mas eu prefiro aqueles a estas. O, “a, os, as, os” são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s). Ex.• Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou) • Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu) Pronomes Indefinidos Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso de uma maneira vaga, imprecisa, genérica. São eles: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, mais, menos, demais, algum, alguns, alguma, algumas, nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas, todo, todos, toda, todas, muito, muitos, muita, muitas, bastante, bastantes, pouco, poucos, pouca, poucas, certo, certos, certa, certas, tanto, tantos, tanta, tantas, quanto, quantos, quanta, quantas, um, uns, uma, umas, qualquer, quaisquer além das locuções pronominais indefinidas cada um, cada qual, quem quer que, todo aquele que, tudo o mais... Usos de alguns pronomes indefinidos Todo - deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o substantivo à sua frente o exigir. Caso signifique cada ou todos não terá artigo, mesmo que o substantivo exija. Ex. • Todo dia telefono a ela. (Todos os dias) • Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro) • Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a palavra ele não admite artigo) Todos, todas - devem ser usados com artigo, se o substantivo à sua frente o exigir. Ex. • Todos os colegas o desprezam. • Todas as meninas foram à festa. • Todos vocês merecem respeito. Algum - tem sentido afirmativo, quando usado antes do substantivo; passa a ter sentido negativo, quando estiver depois do substantivo. Ex. • Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo) • Algum amigo o ajudará. (Alguém) Certo - será pronome indefinido, quando anteceder substantivo e será adjetivo, quando estiver posposto a substantivo. Ex. • Certas pessoas não se preocupam com os demais. • As pessoas certas sempre nos ajudam. Qualquer - não deve ser usado em sentido negativo. Em seu lugar, deve-se usar algum, posteriormente ao substantivo, ou nenhum. Ex.• Ele entrou na festa sem qualquer problema. Essa frase está inadequada gramaticalmente. O adequado seria • Ele entrou na festa sem problema algum. • Ele entrou na festa sem nenhum problema Pronomes Interrogativos São os pronomes “que, quem, qual e quanto” usados em frases interrogativas diretas ou indiretas. Ex. • Que farei agora? - Interrogativa direta. • Quanto te devo, meu amigo? - Interrogativa direta. • Qual é o seu nome? - Interrogativa direta. • Não sei quanto devo cobrar por esse trabalho. - Interrogativa indireta. Notas: Na expressão interrogativa Que é de? subentende-se a palavra feito: Que é do sorriso? (= Que é feito do sorriso? ), Que é dele? (= Que é feito dele?). Nunca se deve usar “quédê, quedê ou cadê”, pois essas palavras oficialmente não existem, apesar de, no Brasil, o uso de cadê ser cada dia mais constante. *** Não se deve usar a forma “o que” como pronome interrogativo; usa-se apenas que, a não ser que o pronome seja colocado depois do verbo. Ex. Que você fará hoje à noite? e não O que você fará hoje à noite? • Que queres de mim? e não O que queres de mim? • Você fará o quê? Pronomes Relativos “Que” - deve ser utilizado com o intuito de substituir um substantivo (pessoa ou "coisa"), evitando sua repetição. Na montagem do período, deve-se colocá-lo imediatamente após o substantivo repetido, que passará a ser chamado de elemento antecedente. Ex: nas orações Roubaram a peça. A peça era rara no Brasil há o substantivo peça repetido. Pode-se usar o pronome relativo que e, assim, evitar a repetição de peça. O pronome será colocado após o substantivo. Então teremos Roubaram a peça que... . Este “que” está no lugar da palavra peça da outra oração. Deve-se, agora, terminar a outra oração: ...era rara no Brasil, ficando Roubaram a peça que era rara no Brasil. Outro exemplo: 01) Encontrei o garoto. Você estava procurando o garoto. • Substantivo repetido = garoto • Colocação do pronome após o substantivo = Encontrei o garoto que ... • Restante da outra oração = ... você estava procurando. • Junção de tudo = Encontrei o garoto que você estava procurando. Obs: O pronome que pode ser substituído por “o qual, a qual, os quais e as quais” sempre. O gênero e o número são de acordo com o substantivo substituído. Observe esses exemplos: Encontrei o livro o qual você estava procurando. Você estava procurando o livro o qual encontrei. Eu vi o rapaz o qual é seu amigo. O rapaz o qual vi é seu amigo. • Nós assistimos ao filme o qual vocês perderam. Vocês perderam o filme ao qual nós assistimos. • O gerente precisa dos documentos os quais o assessor encontrou. O assessor encontrou os documentos dos quais o gerente precisa. O Pronome Relativo Cujo Este pronome indica posse (algo de alguém). Na montagem do período, deve-se colocá-lo entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo) Ex: Antipatizei com o rapaz. Você conhece a namorada do rapaz. O substantivo repetido rapaz possui namorada. Deveremos, então usar o pronome relativo cujo, que será colocado entre o possuidor e o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, tem-se a namorada do rapaz = o rapaz cujo a namorada. Não se pode, porém, usar artigo (o, a, os, as) depois de cujo. Ele deverá contrair-se com o pronome, ficando: cujo + o = cujo; cujo + a = cuja cujo + os = cujos; cujo + as = cujas. Então a frase ficará o rapaz cuja namorada. Somando a duas orações, tem-se Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece. O artista morreu ontem. Eu falara da obra do artista. • Substantivo repetido = artista - o substantivo repetido possui algo. • Algo de alguém = Alguém cujo algo: a obra do artista = o artista cuja obra. Somando as duas orações, tem-se O artista cuja obra eu falara morreu ontem. Observe que, nesse último exemplo, a junção de tudo ficou incompleta, pois a segunda oração é Eu falara da obra do artista, porém, na junção, a prep. de desapareceu. Portanto o período está inadequado gramaticalmente. A explicação é a seguinte: Quando o verbo da oração subordinada adjetiva exigir preposição, deve-se colocá-la antes do pronome relativo. Então, tem-se: O artista “de” cuja obra eu falara morreu ontem. O Pronome Relativo Qual Este pronome tem o mesmo valor de que e de quem. É sempre antecedido de artigo, que concorda com o elemento antecedente, ficando o qual, a qual, os quais, as quais. *** Se a preposição que anteceder o pronome relativo possuir duas ou mais sílabas, só poderemos usar o pronome “qual”, e não “que” ou “quem”. Então só se pode dizer: O juiz perante o qual testemunhei. Os assuntos sobre os quais conversamos, e não O juiz perante quem testemunhei, nem “Os assuntos sobre que conversamos. Meu irmão comprou o restaurante. Eu falei a você sobre o restaurante. • Substantivo repetido = restaurante • Colocação do pronome após o substantivo = Meu irmão comprou o restaurante que ... • Restante da outra oração = ... eu falei a você. • Junção de tudo = Meu irmão comprou o restaurante que eu falei a você. Observe que o verbo falar, na oração apresentada, foi usado com a preposição sobre, que deverá ser anteposta ao pronome relativo: Meu irmão comprou o restaurante sobre que eu falei a você. Como a preposição sobre possui duas sílabas, não se pode usar o pronome que, e sim o qual, ficando, então, Meu irmão comprou o restaurante sobre o qual eu falei a você. O Pronome Relativo Onde Este pronome tem o mesmo valor de “em que.” Sempre indica lugar, por isso funciona sintaticamente como adjunto adverbial de lugar. Se a preposição “em” for substituída pela prep. “a” ou pela prep. “de”, substituiremos onde por aonde e donde, respectivamente. Por exemplo: O sítio aonde fui é aprazível. A cidade donde vim fica longe. Será pronome relativo indefinido, quando puder ser “subtituído” por o lugar em que. Por exemplo na frase: Eu nasci onde você nasceu. = Eu nasci no lugar em que você nasceu. Outro exemplo: Eu conheço a cidade. Sua sobrinha mora na cidade. • Substantivo repetido = cidade • Colocação do pronome após o substantivo = Eu conheço a cidade que... • Restante da outra oração = ... sua sobrinha mora. • Junção de tudo = Eu conheço a cidade que sua sobrinha mora. O verbo morar exige a prep. em, pois quem mora, mora em algum lugar. Então: Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade na qual sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade onde sua sobrinha mora. O Pronome Relativo Quanto Este pronome é sempre antecedido de tudo, todos ou todas, concordando com esses elementos (quanto, quantos, quantas). Exemplo: Fale tudo quanto quiser falar. / Traga todos quantos quiser trazer. Beba todas quantas quiser beber. Pronomes de Tratamento São pronomes empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou respeitosamente. Embora o pronome de tratamento se dirija à segunda pessoa, toda a concordância deve ser feita com a terceira pessoa. Usa-se Vossa, quando conversamos com a pessoa, e Sua, quando falamos da pessoa. • Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e não com as de Sua Excelência, o Prefeito, que se encontra ausente. Eis uma pequena lista de pronomes de tratamento: Civis Vossa Excelência - V. Ex.a Presidente da República, Senadores da República, Ministro de Estado, Governadores, Deputados Federais e Estaduais, Prefeitos, Embaixadores, Vereadores, Cônsules, Chefes das Casas Civis e Casas Militares. Vossa Magnificência- V. M. - Reitores de Universidade Vossa Senhoria - V. S. - Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais Judiciárias Vossa Excelência V. Ex.ª - Desembargador da Justiça, curador, promotor. Meritíssimo Juiz - M. - Juiz Juízes de Direito Vossa Senhoria - V. S.ª - Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais. Militares Vossa Excelência - V. - Ex.ªOficiais generais (até coronéis) Vossa Senhoria -V. S.ª - Outras patentes militares Vossa Senhoria - V. S.ª - Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais. Autoridades eclesiásticas. Vossa Santidade - V. S. – Papa Vossa Eminência Reverendíssima - V. Em.ª Revm.ª - Cardeais, arcebispos e bispos Vossa Reverendíssima V. Revm.ª - Abades, superiores de conventos, outras autoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral. Autoridades monárquicas Vossa Majestade - V. M. - Reis e Imperadores Vossa Alteza - V. A. - Príncipe, Arquiduques e Duques Vossa Reverendíssima - V. Revmª - Abades, superiores de conventos, outras autoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral. Outras autoridades Doutor - Dr. - Doutor Comendador - Com. – Comendador Professor - Prof. – Professor Pronomes Possessivos São aqueles que indicam posse, em relação às três pessoas do discurso. São eles: meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s). Empregos - o emprego dos possessivos de terceira pessoa seu, sua, seus, suas pode dar duplo sentido à frase (ambiguidade). Para evitar isso, coloca-se à frente do substantivo dele, dela, deles, delas, ou troca-se o possessivo por esses elementos. Ex.• Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos. De quem eram os documentos? Não há como saber. Então a frase está ambígua. Para tirar a ambiguidade, coloca-se, após o substantivo, o elemento referente ao dono dos documentos: se for Joaquim: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos dele; se for Sandra: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos dela. Pode-se, ainda, eliminar o pronome possessivo: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com os documentos dele (ou dela). É facultativo o uso de artigo diante dos possessivos. Trate bem seus amigos. ou Trate bem os seus amigos. Não se devem usar pronomes possessivos diante de partes do próprio corpo. • Amanhã, irei cortar os cabelos. / • Vou lavar as mãos. • Menino! Cuidado para não machucar os pés! Não se devem usar pronomes possessivos diante da palavra casa, quando for a residência da pessoa que estiver falando. Acabei de chegar de casa. / • Estou em casa, tranquilo. 6) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da frase: As crianças, _________ enorme capacidade de criar devem ser continuamente exercitada, encontram variados meios de escapar do mundo _____imperam as leis de objetos industrializados. a) cuja, em que b) cujas, onde c) a cuja, para que d) cuja a, em que 07) A carta vinha endereçada para ______e para _____: _____é que abri. a) mim, tu, porisso b) mim, ti, porisso c) mim, ti, por isso d) eu, ti, por isso 8) a) b) c) d) Assinale o período com erro relacionado ao emprego dos pronomes relativos: O livro a que me referi é este Ele é uma pessoa de cuja honestidade ninguém duvida O livro em cujos os dados nos baseamos é aquele A pessoa perante a qual compareci foi muito agradável Artigo É a palavra variável em gênero e número que precede um substantivo, determinando-o de modo preciso (artigo definido) ou vago (artigo indefinido). Os artigos classificam-se em: 1) Artigos Definidos: o, a, os, as. 02) Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas. Ex.• O garoto pediu dinheiro. (Antecipadamente, sabe-se quem é o garoto.) • Um garoto pediu dinheiro. (Refere-se a um garoto qualquer, de forma genérica.) Emprego dos artigos Ambos - Usa-se o artigo entre o numeral ambos e o elemento posterior, caso este exija o seu uso. Ex: Ambos os atletas foram declarados vencedores. (Atletas é substantivo que exige artigo.) Ambas as leis estão obsoletas. (Leis é substantivo que exige artigo.) • Ambos vocês estão suspensos. (Vocês é pronome de tratamento que não admite artigo.) Todos - Usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento posterior, caso este exija o seu uso. Ex: Todos os atletas foram declarados vencedores. • Todas as leis devem ser cumpridas. • Todos vocês estão suspensos. Todo - diante do pronome indefinido todo, usa-se o artigo, para indicar totalidade; não se usa, para indicar generalização. Ex. Todo o país participou da greve. (O país todo, inteiro.) • Todo país sofre por algum motivo. (Qualquer país, todos os países.) Cujo - Não se usa artigo após o pronome relativo cujo. Ex. As mulheres, cujas bolsas desapareceram, ficaram revoltadas. (e não cujo as bolsas.) Pronomes Possessivos - diante desses pronomes o uso do artigo é facultativo.Ex. • Encontrei seus amigos no Shopping. • Encontrei os seus amigos no Shopping. Nomes de pessoas - diante de nome de pessoas, só se usa artigo, para indicar afetividade ou familiaridade. Ex.• O Pedrinho mandou uma carta a Fernando Henrique Cardoso. Casa - diante da palavra casa (lar, moradia), se a palavra estiver especificada. Ex. • Saí de casa há pouco. / • Saí da casa do Gilberto há pouco. Terra - se a palavra terra significar "chão firme", só haverá artigo, quando estiver especificada. Se significar planeta, usa-se com artigo. Ex. • Os marinheiros voltaram de terra, pois irão à terra do comandante. • Os astronautas voltaram da Terra. Nomes de lugar - só se usa artigo diante da maioria dos nomes de lugar, quando estiver qualificado. Ex. • Estive em São Paulo, ou melhor, estive na São Paulo de Mário de Andrade. Nota: Alguns nomes de lugar vêm acompanhados de artigo: a Bahia / o Rio de Janeiro / o Cairo; outros têm o uso do artigo facultativo. São eles: África, Ásia, Europa, Espanha, França, Holanda. PREPOSIÇÃO Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando-os. Isso significa que a preposição é o termo que liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc. Por exemplo, na frase: Os alunos do colégio assistiram ao filme de Walter Salles comovidos, teremos como elementos da oração os alunos, o colégio, o verbo assistir, o filme, Walter Salles e a qualidade dos alunos comovidos. O restante é preposição. Observe: “de” liga alunos a colégio, “a” liga assistir a filme, “de” liga filme a Walter Salles. Portanto são preposições. O termo que antecede a preposição é denominado regente, e o termo que a sucede, regido. Portanto em "Os alunos do colégio..." teremos: os alunos = elemento regente; o colégio = elemento regido. Tipos de preposição: Essenciais: por, para, perante, a, ante, até, após, de, desde, em, entre, com, contra, sem, sob, sobre, trás. As essenciais são as que só desempenham a função de preposição. Acidentais: afora, fora, exceto, salvo, malgrado, durante, mediante, segundo, menos. As acidentais são palavras de outras classes gramaticais que eventualmente são empregadas como preposições. São, também, invariáveis. Locução Prepositiva: São duas ou mais palavras, exercendo a função de uma preposição: acerca de, a fim de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, para com, à procura de, à busca de, à distância de, além de, antes de, depois de, à maneira de, junto de, junto a, a par de... As locuções prepositivas têm sempre como último componente uma preposição. Combinação: Junção de algumas preposições com outras palavras, quando não há alteração fonética. Ex. ao (a + o); aonde (a + onde) Contração: Junção de algumas preposições com outras palavras, quando a preposição sofre redução. Ex. do (de + o); neste (em + este); à (a + a) Obs: Não se deve contrair a preposição “de” com o artigo que inicia o sujeito de um verbo, nem com o pronome ele(s), ela(s), quando estes funcionarem como sujeito de um verbo. Por exemplo a frase "Isso não depende do professor querer" está errada, pois professor funciona como sujeito do verbo querer. Portanto a frase deve ser "Isso não depende de o professor querer" ou "Isso não depende de ele querer“. Circunstâncias: As preposições podem circunstâncias: • Lugar = Estivemos em São Paulo. • Origem = Essas maçãs vieram da Argentina. • Causa = Ele morreu, por cair de um andaime • Assunto = Conversamos bastante sobre você • Meio = Passeei de bicicleta ontem. • Posse = Recebeu a herança do avô. • Matéria = Comprei roupas de lã indicar diversas