“Agroecologia, Mapeamento e Participação: processos em rede na construção do
conhecimento agroecológico”
UFF/ Departamento de Geografia
Mônica Cox de Britto Pereira1, Thiago Michelini Barbosa, Flaviane Canavesi, Claudemar
Mattos, Denis Monteiro, Alexandre Gollo
Resumo
O trabalho se propõe a desenvolver metodologias de identificação, mapeamento, sistematização e
intercâmbio de experiências em agroecologia, dinamizando redes locais e regionais de construção
do conhecimento agroecológico, bem como implantar processos participativos de identificação,
mapeamento e sistematização das experiências em agroecologia em andamento no Estado do Rio de
Janeiro, ampliando o número total de experiências coletivas vinculadas às dinâmicas de construção
do conhecimento agroecológico potencializadas através da Articulação de Agroecologia do Rio de
Janeiro. Está em curso entre agricultores das várias regiões um processo organizativo em torno do
pertencimento a identidade agroecológica, dinamizando o fortalecimento de um processo social em
torno de uma agricultura em bases agroecológicas.
Palavras-chave: rede, mapeamento participativo, experiência agroecológica, território, Rio de
Janeiro.
Abstract
This article deals with development of identification, mapping, systematization methodologies of
agroecology experiences, encouraging local and regional networks of agroecology knowledge
construction as well as participative processes of identification, mapping, systematization of the
experiences in agroecology in the State of Rio de Janeiro, in order to enlarge the total number of
coletive experiences linked in the processes of agroecology knowledge construction potencialized
by Agroecology Articulation of Rio de Janeiro. It is in progress among agriculture workers a
organizative process around agroecology identity, enlarging the social process around agriculture on
agroecology basis.
Keywords: network, participative mapping, agroecological experience, territory, Rio de Janeiro.
A agricultura familiar se apresenta ao longo do Brasil com grande riqueza de expressões e
experiências de manejo da agrobiodiversidade. O Rio de Janeiro é usualmente visto como um
estado preponderantemente urbano, o que acaba por esconder a diversidade e os diferentes grupos
sociais envolvidos na agricultura familiar. É ressaltado como um estado marcado por forte processo
1 [email protected]
histórico de metropolização e desruralização como características dominantes na organização do
espaço fluminense (Alentejano, 2003), todavia esses processos não eliminaram contradições
presentes e que se materializam de forma distinta nas diferentes regiões do Estado. Sublinhamos a
resistência dos agricultores e a existência de experiências marcadas por permanências e inovações
em torno da diversidade da agricultura familiar fluminense, que não conseguem ter maior expressão
localmente, nem regionalmente (Pereira, 2006).
A própria diversidade ambiental do estado compõe uma riqueza de possibilidades e de usos para
agricultura, tanto em termos de garantia de soberania alimentar das famílias, como de
comercialização de alimentos em circuitos locais. A região metropolitana com serras e baixadas, a
região da baixada litorânea, a região norte fluminense que concentra o maior número de
assentamentos rurais, bem como as regiões serrana e sul fluminense com vales e serra do mar
proeminentes. Vale chamar a atenção para muitas feiras alimentadas pela base agrícola familiar de
agricultores que mantém suas atividades sob inúmeras estratégias alternativas, bem como o número
de assentamentos rurais que cobrem praticamente toda a diversidade regional do estado. São cerca
de oitenta assentamentos rurais sob gestão do INCRA em sua maioria, e alguns do ITERJ. São
vários os acampamentos em diferentes regiões do estado.
Estão presentes nas regiões do Rio de Janeiro diferentes situações socioambientais. Na região norte
fluminense, não são apenas os assentamentos que caracterizam a dinâmica da agricultura, mas são
as usinas de cana de açúcar que retomam sua produção com base em políticas federais, bem como a
entrada do eucalipto como um fator de desenvolvimento regional, trazendo conflitos e pressão sobre
a diversidade da agricultura familiar. Na região da baixada litorânea existem assentamentos rurais,
agricultores em áreas do sopé da serra, e um forte apelo da especulação imobiliária, bem como das
políticas ambientais preservacionistas que trazem também um isolamento e cercamento das
experiências agrícolas da agrobiodiversidade. Na região metropolitana inúmeros agricultores periurbanos com histórico familiar de expulsão do campo inovam com estratégias de incorporação
produtiva, garantindo parte da segurança alimentar da família. Na região sul há uma concentração
de atividades e políticas voltadas para o turismo e o meio ambiente, deixando escondidas
experências ricas de manejo da Mata Atlântica com base na agrofloresta, garantindo a manutenção
da conservação ambiental, bem como da família na terra. Por fim, a região serrana, tem iniciativas
de agricultura em uma transição agroecológica, como um contraponto a olericultura predominante
na região de base agroquímica com uso intensivo de agrotóxicos. Mantém com base em uma
presença de muitos agricultores locais, tradicionais, bem como de neorurais saídos da cidade para
uma vida melhor no campo.
O presente trabalho tem como meta acompanhar e promover o desenvolvimento de experiências em
Agroecologia no estado do Rio de Janeiro, e encontra-se em andamento. O presente artigo está
relacionado ao projeto “Desenvolvimento participativo de metodologias e processos de
construção do conhecimento agroecológico no Estado do Rio de Janeiro” CNPq/UFF/AARJ que
foi proposto a partir de uma demanda da Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro e vem
sendo desenvolvido em conjunto com diversas experiências de mapeamento que integram a
Articulação Nacional de Agroecologia.
Enfocamos o desenvolvimento de metodologias participativas de identificação, intercâmbio,
mapeamento e sistematização de experiências agroecológicas por agricultores familiares no estado
do Rio de Janeiro, tendo como eixo a participação e o diálogo de saberes. Objetiva-se, assim,
potencializar e articular os conhecimentos necessários à promoção de processos sustentáveis de
desenvolvimento local e territorial, abordando a partir do processo da organização local em torno da
agroecologia no Rio de Janeiro.
Tendo como ponto de partida as iniciativas locais, as dinâmicas de intercâmbio e a atuação destas
redes no território, foram consideradas as experiências em agroecologia desenvolvidas pelos
agricultores familiares em nível local. O conceito de “experiência em agroecologia” foi considerada
uma estratégia familiar ou coletiva de utilização/ incorporação de princípios agroecológicos ao
manejo dos agroecossistemas e ecossistemas naturais associados e aos processos de organização
social e comunitária.
Nosso entendimento tem como base que o enfoque agroecológico vá se construindo no cotidiano da
diversidade das experiências, possibilitando a construção social de mapeamentos que dêem
visibilidade à apropriação do território pela agricultura familiar com base na agroecologia. A
dimensão territorial pode se apresentar como um contraponto ao modelo dominante excludente para
agricultura familiar.
Com base na metodologia que considera a organização social e articulação em torno da presença
das diversas experiências agroecológicas, apresentamos a seguinte regionalização no Rio de
Janeiro: 1- Serra-mar (compreendendo os municípios de Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Rio das
Ostras, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Nova Friburgo); 2- Metropolitana (municípios de
Mangaratiba, Itaguaí, Rio de Janeiro, Seropédica, Paracambi, Queimados, Mesquita, Nilópolis, São
João de Meriti, Belford Roxo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí); 3Costa Verde (Paraty, Angra dos Reis e Ubatuba - exceção, trata-se de um município do estado de
São Paulo, que participa ativamente das atividades envolvidas pela articulação); 4- Médio Paraíba
(municípios de Rio Claro, Pirai, Barra do Pirai, Volta Redonda, Resende, Valença, Vassouras, Paty
do Alferes, Miguel Pereira, Barra Mansa ); 5- Serrana (Petrópolis,Teresópolis, São Jose do Vale do
Rio Preto, Sumidouro, Nova Friburgo, Bom Jardim); e 6- Norte Fluminense (Macaé, Carapebus,
Conceição de Macabu, Campos de Goytacazes, São Fidelis, São João da Barra, Cardoso Moreira,
São Francisco do Itabapoana, Bom Jesus do Itabapoana). Nessas regiões (ver figura abaixo a seguir)
vem se dando o fortalecimento de experiências de agricultores e agricultoras frente às políticas
públicas, que em sua maioria, desconhecem a realidade e a proposta agroecológica. Verificamos
uma amplitude de experiências em torno de: educação, comercialização, organização, alimentação,
conservação e recuperação ambiental através de agroflorestas, e estamos abordando e analisando os
desafios e possibilidades para uma agricultura em bases agroecológicas.
Como resultados, estão sendo construídos mapas das expressões agroecológicas em nosso estado,
como também mapeados os principais entraves ao desenvolvimento da Agroecologia. Estamos
reconhecendo regiões nominadas com base no processo de organização e intercâmbio entre as
experiências agroecológicas que ali ocorrem, bem como os entraves e as limitações para uma
agricultura familiar e as expressões do agronegócio nas distintas regiões do estado. Assim:
- Região Metropolitana:
1) forte pressão imobiliária sobre as áreas agrícolas; 2) problemas urbanos – violência; desigualdade
e exclusão social; insegurança alimentar; rede pública de saúde ineficiente; mercantilização da
alimentação, da saúde e outros; desvalorização do rural; padronização de hábitos; "americanização";
poluição; bolsões de pobreza com péssima infra-estrutura de moradia; desemprego – ligados ao
"modus de vida" urbano; 3) pressão da fiscalização sobre os produtos da Pastoral, 4) impasses no
acesso a terra, 5) transformação da zona rural em zona urbana para arrecadação de impostos
(indefinição de categorias que contemplem a dinâmica rural/urbano), 6) grilagem em áreas urbanas.
- Região Serramar:
1) questão fundiária: expansão de unidades de conservação, 2) impasse no acesso a terra
(acampamento/pré-assentamento, 3) conflitos ambientais (legislação/fiscalização pelo IBAMA), 4)
comercialização – atravessadores, 5) aspectos geográficos - relevo e pluviosidade, 6) organização
comunitária - conflitos internos, 7) especulação imobiliária - lazer e turismo, 8) degradação
Ambiental – assentamentos em area muito alterada, 8) problemas com a lógica produtiva imposta
pelo PRONAF.
- Região Norte Fluminense:
1) problema histórico do controle das terras por latifúndios, 2) pressão de fiscalização ambiental
sobre os assentamentos e ameaças diretas sobre os agricultores, 3) ausência do INCRA, 4) subsídio
financeiro apenas para cultivos de eucalipto e cana, 5) uso intenso de produtos químicos por parte
dos agricultores, 6) assentamentos em áreas de restinga (não ideal a ocupação, sendo verificado
períodos de cheias), 7) falta de entusiasmo para conhecer novas experiências nos assentamentos.
- Região Costa Verde:
1) a região possui muitas áreas caracterizadas como zonas de proteção ambiental e unidades de
conservação, levando a impasses para atividades relacionadas à agricultura familiar; 2) históricos de
grande exploração baseada no extrativismo (caso do palmito Jussara).
- Região Médio Paraíba:
1) impasses no acesso a terra - acampamentos (ex. acampamento Terra Livre que possui cerca de 10
anos); 2) entrada do eucalipto na região.
- Região Serrana: 1) uso intensivo de agrotóxicos pela agricultura familiar na região.
As regiões metropolitana, serramar e norte fluminense em especial, vem apresentando uma
dinâmica de organização social e de intercâmbio que tem levado ao fortalecimento de muitas das
experiencias agroecológicas. A meta agora está sendo sistematizar um conjunto dessas experiências
e realizar os mapas regionais e um mapa das expressões de agroecologia no estado do Rio de
Janeiro.
A metodologia de mapeamentos participativos tem gerado bons resultados, os mapas têm sido
utilizados como instrumentos que podem revelar as construções sociais no território e, justamente
por esse potencial, apontar conflitos e harmonias territoriais. Existem alguns estudos que abordaram
a construção social de territórios, utilizando-se de mapas como instrumentos políticos e
pedagógicos no processo de apropriação territorial pelas populações locais (Anjos, 2000).
O foco territorial do trabalho se constitui com base em um processo de construção social de
identificação e de mapeamento das experiências agroecológicas, de forma a fazer emergir o debate
acerca das experiências, a disputa de modelos pela construção territorial e como a apropriação
social vai se dando em torno de estratégias para disputa do território. Percebemos que esse processo
vem sendo dinamizado a partir das metodologias participativas que estamos construindo. Está em
curso entre os agricultores um processo de pertencimento a identidade agroecológica e um processo
de fortalecimento em torno de uma agricultura em bases agroecológicas.
O mapeamento tem sido planejado e utilizado como um importante componente metodológico,
pedagógico e político, há um aprendizado e apropriação do território enquanto um processo de luta,
de planejamento e de conquista de metas. Entendemos o mapa como um instrumento que possibilita
o reconhecimento como parte de um movimento, bem como a expressão pública de uma identidade.
São elementos que tem permitido analisar e debater a realidade das experiências agroecológicas dos
agricultores em suas distintas realidades nas várias regiões abordadas. Está em curso entre
agricultores das várias regiões de trabalho no estado do Rio de Janeiro, o fortalecimento de um
processo social em torno de uma agricultura em bases agroecológicas que contrapõe o processo de
organização com base na monocultura.
Há autores que consideram somente o Estado como ator central do mapa, de forma que o
mapeamento que se considera é o oficial, desconsiderando a possibilidade de uma cartografia
popular. Por que mapear? No presente trabalho partimos da existência de outros sujeitos envolvidos
no mapa, um processo de contra-mapeamento, tornando-se o próprio mapa um objeto de ação
política, aonde se transforma o uso das representações espaciais buscando-se instrumentos para
organização social, constituição de redes e validação de diferentes representações sociais. Conforme
Almeida (2008) categorias oficiais estão sendo revistas, tais como censo, museu e mapa.
Este processo de disputas territoriais vem acontecendo num embate pelo reconhecimento da
diversidade de identidades que não são reconhecidas usualmente pela política pública oficial, pelo
órgão do Estado, como é o caso do IBGE. Há processos sociais em curso que vem lidando com
mapeamentos sociais, de forma que ressalta a situação do Estado perdendo o monopólio de
construção do mapa, visto que outros sujeitos elaboram seus mapas (Ascelrad, 2008).
Pontos polêmicos e em debate são levantados a partir dessa perspectiva, tais como: a) ao mapear
comunidades em área de floresta p.ex. não se parte a priori de uma definição estatal de floresta
enquanto bioma, e sim é central considerar-se uma outra concepção da floresta enquanto ocupada e
fruto da construção social; b) mapeamento de grupos indígenas na cidade, levando a relativizar o
rural-urbano, visto que para Funai não se considerava anteriormente o reconhecimento de terras
indígenas no urbano; c) as unidades de conservação não são vistas como o ponto de partida, o que
se considera é o território relacionado às populações tradicionais que ali habitam, e portanto não
incorre na concepção de que uma unidade de conservação é de natureza virgem sem gente, e por
conseguinte vista como vazia e desocupada, levando portanto a condição de muitas vezes levantar o
debate de que a área da unidade de conservação está sobre a comunidade, e não a comunidade que
está como invasora da área; d) contrapor mapas de empresas - mineradoras, resorts, condomínios –
que não marcam a expressão das comunidades, porque essas muitas vezes disputam seus territórios,
não tendo a titulação e escrituras das terras, dando margem para que o empreendimento reproduza a
concepção de que serão estes a valorizar o verde, a área de natureza virgem, agora mercadoria do
empreendimento. Desta forma, podemos levantar os diferentes mapas e fazer emergir as disputas e a
luta pelo direito ao território de reprodução familiar.
Trabalhamos com a concepção a partir do PNCSA (Almeida, 2008) de mapas situacionais, que
mostram como os grupos estão no presente reconhecendo seus territórios e a apropriação dos
recursos da natureza, bem como lutando pelos seus direitos. Assim poder trabalhar no mapa as
expressões dos atores sociais, tais como o uso do território e da agrobiodiversidade, bem como a
expressão da degradação ambiental. Está envolvido, tanto um componente técnico, quanto um
político, de forma que está em jogo um processo de fortalecimento da participação e da tomada de
decisões por parte de uma conjunto de grupos sociais que resistem ao processo de silenciamento e
dominação e demandam o direito de permanecer ou retomar seus territórios.
É nesse processo que se possibilita a documentação da realidade dos grupos sociais marginalizados
e que não são reconhecidos pelo Estado, não estão em documentos oficiais. Por que então estamos
fazendo mapas das expressões da agroecologia na agricultura familiar? Como estratégia para
reconhecermos as múltiplas identidades em diferentes escalas. Permite aumentar a visibilidade dos
conflitos territoriais. Amplia a lente para os entraves e impasses sobre a agricultura de bases
familiares agroecológicas. E possibilita a partir do próprio processo de cada grupo ir se
reconhecendo no mapeamento, poder se construir a capilaridade da organização social, que pode
também se enxergar num processo mais amplo, se fortalecendo em uma rede, não mais se
percebendo em isolamento. Assim permitindo fortalecer as vozes das diferentes expressões da
agroecologia, não reconhecidas e portanto silenciadas, de forma a fortalecermos as possibilidades
de apoio junto às políticas oficiais. Assim, permite dar condições às populações e suas organizações
de sustentar a legitimidade de suas reivindicações habituais de recursos da agrobiodiversidade,
reforçando o direito dos agricultores no uso e na conservação ambiental destes frente a grandes
desafios como o da urbanização, pólo petroquímico, monocultura de cana e eucalipto, a não
valorização do rural, bem como a própria política ambiental, presentes enquanto desafios vários
para a agricultura no Rio de Janeiro.
Nas últimas décadas as organizações do campo agroecológico operaram mudanças importantes em
suas abordagens metodológicas, passando a incorporar, de uma forma cada vez mais significativa,
uma abordagem sistêmica dos processos sociais e ecológicos envolvidos na transição para a
agroecologia, bem como uma percepção da agroecologia como um processo social, processo em
curso e que vem ocorrendo no Rio de Janeiro estimulado pelo processo de intercâmbio entre
técnicos e pesquisadores e agricultores.
O esforço no sentido de romper com o sentido vertical e unidirecional do difusionismo tecnológico,
que vê o agricultor como um depositário passivo dos conhecimentos gerados pelas instituições de
pesquisa, tem levado também a um repensar do papel desempenhado pelos técnicos e da
importância da construção do conhecimento conjuntamente com base no diálogo de saberes, e
especialmente nos fluxos horizontais de saber que se estabelecem entre os próprios agricultores,
processo que está sendo construído no Rio de Janeiro com avanços no processo de aprendizado e
construção do conhecimento agroecológico frente às transformações da relação natureza-sociedade
no processo crescente de modernização e mercantilização da vida num crescente leque de conflitos
sócio-ambientais.
Referências
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