ACAD DEMIA VERSUS V INDÚSTR I RIA NA AUDITOR A RIA DAS S MALHA AS DE CON NTROLE E: UM ES STUDO DE D CASO NO BRA ASIL Bruno L Leandro Esteves da Silva S – brunno.lespaul@ @hotmail.com m Igor Ab britta Costaa – igorabriitta@yahoo .com.br Marlon n José do Carmo C – maarloncarmo@ @ieee.org Lindolp pho O. de Araújo A Jún nior – lindollpho@leopo oldina.cefettmg.br Ângelo Rocha de Oliveira O – a.oliveira@ @ieee.org Centro F Federal de Educação E Tecnológica T a de Minas Gerais G – Cam mpus III Rua Jossé Peres 5588 - Centro 36700-0000 – Leopooldina – Miinas Gerais Resumoo: Controlaadores de processos p iindustriais têm seus parâmetros p sintonizad dos para obtençãão do rastrreamento da a referênciaa independ dente do distúrbio ou carga inseerido no sistema.. O desemppenho máxim mo do contrrolador, não é atingido o na maioriia dos caso os e para que se oobtenha opeeração em nível ótimoo é realizad da uma audiitoria da maalha de con ntrole. A eficiênccia da malhha de contrrole é definnida por diiversos crittérios e índdices abord dados na teoria dde controle.. Os métod dos necessárrios para a realização o da auditooria das ma alhas de controlee estão senddo ensinado os na acadeemia? O objjetivo deste trabalho é realizar um m estudo de casoo quanto à oferta de disciplinas d que envolvvem auditorria em malhhas de conttrole em alguns ccursos de enngenharia no n Brasil, leevantando dados d e analisando os rresultados obtidos. o Palavraas-chave: Auditoria A das d Malhaas de Con ntrole, Aca ademia, Inddústria, Ín ndice de Desemppenho. 1 INT TRODUÇÃ ÃO As consultorass para a anáálise de des empenho para sistemaas de controole estão em m recente mento, uma vez que, são vastas as suas ap plicações e tecnologiaas inerentes, como crescim sistemass mecânicoos, pneumáticos, hiddráulicos, elétricos, e eletrônicos, microproccessados, biológiccos e sistem mas inteligen ntes, que uttilizam malh has de conttrole, que naa maioria dos d casos não estãão operanddo em seu máximo m dessempenho (CARMO & GOMESS, 2008). Dentro da teoria de controle convenciona c al existem ccritérios e ín ndices devid damente esttabelecidos,, embora as bibliiografias prrincipais nãão os aborrdam. Para o projeto ótimo de sistemas e para a otimizaçção paraméétrica de sistemas de coontrole a medida m quan ntitativa do desempenh ho de um sistema é necessáriia. Enttretanto, nãoo se sabe see a academiia está dand do a devida importânciaa para esse ramo do ensino dde engenhaaria, o qual a indústria utiliza cadaa vez mais em suas linnhas produttivas. As auditoriias em malhhas de conttrole são utiilizadas com m muita ênfase no meercado interrnacional (CARM MO & GOM MES, 2008),, porém de forma poucco ativa no mercado bbrasileiro, so obretudo na acaddemia, ondee o tema fica f restritoo à pós-graaduação em m alguns caasos. Baseaados nas observaações supraccitadas proccurou-se innvestigar alg guns cursoss de graduaação que têm como base diisciplinas de controle de proccessos. Ressultados sãão verificad ados para algumas instituiçções e com base na am mostragem eespera-se qu ue o resultad do seja facttível para ass demais instituiçções. Estte trabalho está e dividid do da seguinnte forma: na n seção do ois descrevee-se como são feitas as audittorias em malha m de co ontrole; na sseção três é mostrada uma metoddologia aplicada na pesquisaa das ofertas de disciplinas relaccionadas co om auditoria em malhhas de contrrole, em algumass universidaades do Brrasil e está dividida em m procedim mentos, pesqquisa e anáálise dos resultaddos; por fim m, na seção quatro, q concclui-se este trabalho. t 2 AU UDITORIA A EM MALHAS DE C CONTROL LE O ccontrolador mais utilizaado em malhhas de conttrole na indú ústria brasilleira é o con ntrolador PID (P Proporcionall Integral e Derivatiivo) devido o à simplicidade de implementtação, a versatiliidade de applicações e funcionameento simplees. A audito oria em mallhas de controle faz com quue o controolador atinj nja níveis dde desempeenho máxim mo. A exeemplo, umaa malha industrial operandoo a níveis ótimos podde reduzir considerav velmente o gasto enerrgético e melhoraar a qualiddade final do d produtoo. Esta mottivação vem m despertanndo no meercado a necessiddade da impplementaçãão de critériios e índicees pré-estab belecidos naa teoria de controle convenccional, a fiim de se obter o melhoorias em to odos os asp pectos das malhas in ndustriais (HARR RIS et al., 19999). 2.1 Auditoria em malhas de controle n nas indústriias O ttrabalho de auditoria de d malhas dde controle é um ótim mo instrumeento para id dentificar pontos de melhoriia (CARMO O & GOM MES, 2008), possibilid dades de reedução de custos e aumentoo da qualidade de prod dutos por m meio de ajusstes em sisteemas de conntrole e auttomação, como m mostrado naa “Figura 1”. Na décaada de 90, os o trabalhos nesta áreaa ganharam m grande contribuuição. Análises críticaas e revisõões dos váários métod dos utilizaddos para avaliar a o desempenho das malhas m de co ontrole podeem ser enco ontradas em m Harris (HA ARRIS, 1989), Qin G et al., 199 7). (QIN, 1998), Huanng (HUANG Figu ura 1: Auditooria em malhas de controle. A metodologiia básica utilizada u atuualmente por p empresaas prestadooras de serrviço de auditoriia em malhaa de controle no Brasil apresenta as a seguintes etapas: 1. A Avaliação e detecção das malhass de contro ole com baiixo desemppenho: A paartir dos cálculoss dos índicees de desem mpenho e suaa análise co omparativa com c o bencchmark (HA ARRIS et al., 19899), que é um m referenciaal de excelêência, é posssível identifi ficar as malhhas de contrrole com o pior ddesempenhoo. 2. D Diagnósticoo das causass raízes: Idenntificar as causas c pelass quais uma determinad da malha está com m baixo dessempenho (E ENDER, 19993); 3. S Sugestões de d melhoriaas: Com baase na caussa principall identificadda, propor soluções para o pproblema poor meio de re-sintonia r dos controlladores, ou projeto p de nnovas estrattégias de controlee, ou re-projjeto do proccesso e sua instrumentaação. A aavaliação dee desempen nho é muitoo importantee para serviir de figura de mérito imediata da qualiidade do coontrole, o qu ue possibiliita a compaaração entree malhas e pperíodos hiistóricos. Para a iidentificaçãão dos prob blemas e o embasamen nto das pro oposições de novas açõ ões para melhoriias no sistema, são utiilizados inddicadores de d Oscilação o, Inatividaade do Controlador, Agarram mento da Válvula, V Não N Linearridade, Pertturbação e Principaiss Componeentes de Frequênncia. Em segguida é reallizada toda uma discusssão e análisse dos resulltados identificados. E os diiagnósticos possíveis são inadequ quabilidade dos sensorres, ou dos atuadores,, ou dos controlaadores, ou de d perturbaçções do proccesso. Um ma vez efetuuadas as anaalises, algum mas atividaades podem ser proposttas para otim mizar os sistemass de controole, para que q apresenntem melho ores resultaados em reelação ao processo, p relacionnando-se, dentre d outrras, à mannutenção da d instrumeentação e/oou re-sinto onia dos parâmettros dos conntroladores e/ou implanntação de no ovas estratéégias de conntrole. 3 EST TUDO DE CASO DA A OFERTA A DE DISCIPLINAS DE D AUDIT TORIA EM M MA ALHAS DE E CONTRO OLE NO BR RASIL 3.1 Meetodologia Diaante da impportância daa avaliação de desempeenho em malhas de coontrole foi realizado r um estuudo de casoo no Brasil,, envolvenddo 29 univeersidades feederais e esstaduais, do o país. O critério de seleção mais signifficativo obteeve-se na faacilidade dee acesso às ementas do os cursos em sítioos da interrnet, porém m alguns daados foram m obtidos por contato telefônico com as universiidades. Naa “Tabela 1” encontrra-se a disstribuição geográfica das univeersidades pesquisaadas, por reegião. Taabela 1 – Distribuição ggeográfica das d universidades pesquuisadas. Regiãoo Nordestte Sul Sudestte Centro-O Oeste Quantidade Q e 3 6 18 2 Os cursos esccolhidos foram algunss dos que mais estão envolvidoos com a teeoria de nte com m malhas de controle c e processos industriais, sendo: controlee, mais esppecificamen Engenhharia de Coontrole e Automaçãoo / Mecatrrônica, Eng genharia Ellétrica, Eng genharia Mecânicca e Engenhharia Químiica. Forram pesquissados 34 currsos em 29 universidad des do Brasiil, sendo esttes 6 de Eng genharia Químicaa, 11 de Engenharia dee Controle e Automaçãão, 15 de En ngenharia Ellétrica e doiis cursos de Engeenharia Meccânica, com mo mostradoo na “Tabelaa 2”. T Tabela 2 – Quantidade Q de cada currso de gradu uação pesquuisado. Graduação G Qu uantidade Pe esquisada Enge enharia Quím mica 6 Engenharia de Conttrole e Automação A 11 Enge enharia Elétrrica 15 Engen nharia Mecâ nica 2 Total 34 3.2 Pessquisa e ressultados Noss 34 cursoss de graduação na áreea de engeenharia foi pesquisadoo sobre a oferta o de disciplinnas referenttes à Audito oria em Mallha de Conttrole e Otim mização de M Malhas de Controle, C como m mostrado nass “Tabelas 3 e 4”, respeectivamentee. T Tabela 3 – Oferta O de dissciplinas refferentes a Auditoria A em m Malha de Controle de cada curso de ggraduação pesquisado. p Graduação G Co ontém a Discciplina de Auditoria Enge enharia Quím mica 2 Engenharia de Conttrole e Automação A 0 Enge enharia Elétrrica 0 Engen nharia Mecâ nica 0 Total 2 D Devido a disciplina d dee Auditoria em Malhaa de Controle não ser iincluída na maioria das emeentas obserrvadas, opto ou-se pela expansão da d pesquisa à matéria de Otimizaação em Malhas de Controlee por ser um m dos possívveis recurso os quando see trata de auuditoria. Tabela 4 – Oferta O de disciplinas refferentes a Otimização O de d Malha dee Controle de d cada curso de ggraduação pesquisado. p Graduação G Co ontém a Discciplina de Otimização Enge enharia Quím mica 3 Engenharia de Conttrole e Automação A 2 Enge enharia Elétrrica 4 Engen nharia Mecâ nica 1 Total 10 Com m os dados em mãos fo oi feito umaa comparação entre a “Tabela “ 2” e as “Tabelaas 3 e 4” para obbter a resposta pretendida em porrcentagem, uma vez qu ue é necesssário para a análise estatística dos dadoos, como mo ostrado nas “Tabelas 5 e 6”. T Tabela 5 – Oferta O de dissciplinas refferentes à Auditoria A em m Malha de Controle de cada curso de d graduaçãoo pesquisad do em porcentagem. Graduação G Co ontém a Discciplina de Auditoria a(%) Enge enharia Quím mica 6 Engenharia de Conttrole e Automação A 0 Enge enharia Elétrrica 0 Engen nharia Mecâ nica 0 Nã ão oferecem m 94 Total 100 O de disciplinas refferentes à Otimização O de d Malha dee Controle de d cada Tabela 6 – Oferta curso de d graduaçãoo pesquisad do em porcentagem. Graduação G Co ontém a Discciplina de Otimizaçã ão(%) Enge enharia Quím mica 9 Engenharia de Conttrole e Automação A 6 Enge enharia Elétrrica 12 Engen nharia Mecâ nica 3 Nã ão oferecem m 71 Total 100 A pprimeira anáálise, quantto ao ensinoo de otimizaação de PID D, resulta naa “Figura 2”. 2 Podese obserrvar que 700% das univ versidades ppesquisadas, não ofereccem a discipplina de otiimização de contrrolador PID D. Tendo em m vista de qque se trata apenas de uma u das etap apas da meto odologia da audittoria em maalhas de con ntrole. Figura 2: Oferta da disciplin na de otimizzação de con ntrolador PIID nos curssos de engen nharia. A ssegunda análise, quantto ao ensinno de audito oria em maalhas de coontrole, prop posta do estudo dde caso, ressulta na “Fiigura 3”, onnde apenas os alguns cursos c de E Engenharia Química oferecem m a discipliina investigada. Apesarr da indústriia ainda estar despertanndo para a obtenção o de melhhores resulttados atravéés da auditooria das malhas de co ontrole, com m os dadoss obtidos cria-se uuma hipótesse sobre a alteração da ementa doss cursos de graduação g eenvolvidos havendo a inserçção de discciplinas qu ue envolvem m auditoriaa de malhaas de contrrole. Vale ressaltar também m que ao concluir c o curso c de ggraduação, um u engenh heiro químiico encontrra-se em melhorees condiçõees de atuaação no meercado de trabalho, do que oss outros cu ursos de engenhaaria inseriddos na pesq quisa, em rrelação ao conteúdo programátic p co de audittoria nas malhas de controlee. Figuraa 3: Oferta da d disciplinaa de auditorria em malh has de controle nos curssos de engeenharia. Um m terceiro esstudo, utilizzando a messma metodo ologia. Foi realizado qquanto ao en nsino da disciplinna em nível de pós-graduação. O Obteve-se qu ue na maiorria dos curssos em que há uma abordaggem mais inntensa da matéria m de coontrole o en nsino de aud ditoria em m malhas é tid do quase como obbrigatório na n grade currricular. 4 CO ONCLUSÃO O Vim mos um breeve conceito o sobre o quue vem a seer auditoria em malhas de controlee e quais são os m métodos maais comumeente aplicaddos no Brasiil. É de se esperar e quee indústrias, visando um mellhor desem mpenho e menores m gasstos tendam m a buscar melhores rresultados nos n seus sistemass automatizzados por meio m da auuditoria. En ntretanto, a academia,, que é a principal p formadoora dos futuuros audito ores, em suaa maior paarte, não estta disponibi bilizando naa diretriz curricullar dos curssos de engenharia com m ênfase em e controlee as matériaas de otimiização e auditoriia em malhha de contro ole, o que leva os en ngenheiros recém-form r mados deste ramo a procuraarem cursoss de pós-graaduação quue dão ênfaase a esse conceito. c A Apresentou-sse, neste trabalhoo, uma revissão bibliogrráfica, bem como justifficativas qu ue leve a um ma possível inserção de matéérias com ênnfase em otimização e auditoria de d malhas dee controle eem alguns cursos c de engenhaaria na área de controlee de processsos. Agradeecimentos Os autores agradecem ao MEC C/SESu, FN NDE, CA APES, FAPPEMIG, Fundação F CEFETMINAS e CEFET-MG C G pelo apoioo ao desenvo olvimento deste d trabalhho. REFER RÊNCIAS BIBLIOGR B RÁFICAS CARMO O, M. J. ; GOMES, F. J. Avaaliação de Desempenh ho em Mal alhas Industtriais de Controle: uma Neecessidade de Inserçãão nos Currrículos e Meios M Induustriais. An nais: XI Encontrro de Modellagem Com mputacional. Volta Redo onda, 2008. ENDER R, D. B. Proocess Contro ol Performaance: not as good as you u think. Coontrol Engin neering, p. 180-1190, 1993. HARRIIS, T. J. Asssessment of o control lloop perform mance. Can nadian Jouurnal of Chemical C Engineeering, vol. 67, p. 856–861, 1989. HARRIIS, T. J.; BO OUDREAU U, F.; GREG GOR, J. F. M. A revieew of perfoormance mo onitoring and asseessment tecchniques forr univariate and multivaariate control system. JJ. Process Control, C vol. 9, pp. 1–17, 19999. HUANG G, B.; SHA AH, S. L.; KWORK, K K K. E. Good, bad or optimal? perfoormance asssessment of multiivariable process. Auto omatica, vool. 6, p. 1175–1183, 1997. QIN, S S. J. Controol performaance monittoring a reeview and assessmentt. Computers and Chemiccal Engineeering, vol. 23, 2 p. 173–1186, 1998. SPEND DOLINI, M. J. Benchmarking. Sãoo Paulo: Makron Bookss, 1993. ACA ADEMY VERSUS INDUST TRY IN PE ERFORM MANCE A ASSESME ENT CO ONTROL L LOOP: A CASE STUDY IN I BRAZ ZIL Abstracct: Industriaal process controllers c have their parameterss tuned to oobtain total quality regardleess of the disturbance d or load insserted into the t system. The maxim mum perform mance of the conttroller is noot achieved in most casses and in order o to gett an optimaal level of op peration an asseessment in control c loop p is requireed. The effficiency of the t control loop is def efined by several criteria andd indexes covered by tthe control theory. Are the necessaary method ds for the executioon of auditss in control loops beingg taught at the t academyy? The objeective of thiss work is to realizze a case stuudy as to th he offer of ddisciplines th hat revolve around auddits in contrrol loops in somee of the engiineering cou urses in Braazil, raising g data and analyzing obbtained resu ults. Key-words: Perforrmance asseessment, Acaademy, Indu ustry, Perfo ormance Inddex.