DISSERTAÇÕES E TESES
Dissertações e teses
Horizonte, Belo Horizonte, v. 3, n. 5, p. 189-191, 2º sem. 2004
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SILVA, José Maria da. O cristianismo e o pluralismo religioso:
possibilidades dialogais com a pós-modernidade
RESUMO: A não ser que queira flertar com o perigoso risco do
fundamentalismo, o cristianismo, como religião na História, deve
abrir-se ao diálogo com o contexto cultural no qual está inserido: esse é o pano de fundo desta pesquisa. O desajuste reflexivo
teológico, ou seja, a inadequação entre o que se escreve teologicamente e o contexto cultural em que estão situados esses escritos, tolerável há alguns séculos, uma vez que não se verificava
um destoar dessas formas reflexivas na cultura ambiental, na
modernidade, contudo, provocou uma tensão que se foi tornando insuportável, podendo ser mortal no alvorecer do século XXI!
Foi “tardia” a passagem católico-cristã da Antigüidade à modernidade. O adágio exclusivista – Extra ecclesiam nulla salus –
vigorou oficialmente na Igreja católica e praticamente em sua
reflexão teológica até o Concílio Vaticano II. Desde a ContraReforma até esse evento conciliar, o catolicismo e sua reflexão
teológica seguiram rechaçando as exigências modernas. Após o
concílio, em meio a avanços e retrocessos, abriu caminho na reflexão teológica católico-cristã, com base no inclusivismo conciliar, vertente reflexiva “aberta” às exigências modernas relacionadas à pluralidade religiosa do mundo, culminando na proposição de um pluralismo de princípio (de iure), segundo o qual
o pluralismo religioso existente de fato no mundo é algo desejado por Deus, faz parte de seus planos para a humanidade. Tais
reflexões, ao mesmo tempo em que respondiam aos desafios antropocêntricos modernos, percebiam, sob o processo de globalização em marcha, a aproximação dos novos ventos culturais da
pós-modernidade. As primeiras aproximações reflexivas teológicas a esse novo contexto cultural, iniciais tentativas de respostas diretas às exigências pós-modernas, são encetadas por Hans
Küng (propõe, em 1990, um novo macroparadigma: ético mundial), Andrés Torres Queiruga (propõe, em 2000, um novo paradigma teológico: Deus está sempre aqui) e John Hick (propõe,
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Tese de Doutorado
apresentada ao
Programa de Pósgraduação em
Ciênica da Religião
da Universidade
Federal de Juiz de
Fora, Minas Gerais,
2004, sob orientação
do prof. Dr. Faustino
Teixeira.
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em 1993, um novo paradigma teológico: pluralista); Roger Haight, por seu lado, dispõe-se a fazer uma teologia em diálogo
com essa nova realidade. De maneira geral, é bastante sensível a
abertura desses autores às exigências pós-modernas; nos três
primeiros, ela se faz ainda de forma atrelada aos pilares da modernidade, enquanto em Roger Haight ela se mostra mais afeita
ao contexto pós-moderno. A tese central de Haight, com base
na qual surgem todos os desdobramentos de sua reflexão, pode
ser expressa na afirmação: para os cristãos, Jesus é o símbolo
concreto de Deus. Suas reflexões vão no sentido de que os cristãos hoje podem relacionar-se com Jesus como normativo da
verdade religiosa acerca de Deus, do mundo e da existência humana, convictos, ao mesmo tempo, de que também existem outras mediações religiosas que são verdadeiras e, portanto, normativas. Essa é a concepção normativa, mas não constitutiva de
Jesus Cristo.
Esta pesquisa enxergou a ligação entre a reflexão de Haight e
as exigências pós-modernas e aqui a apresenta, no sentido de
uma teologia cristã católica; nesse caso, especificamente, valendo-se desse autor, que se está movendo em direção ao atual contexto cultural, ensaiando formas de diálogo frutífero com ele.
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RIBEIRO, Flávio Augusto Senra. Culpa y responsabilidad en
Nietzsche
RESUMEN: La relevancia de la genealogía del concepto de culpa
en la crítica nietzscheana de la moral y de la metafísica occidentales de rasgo ascético es el objeto de este estudio. Tomando como hilo conductor a La genealogía de la moral, la génesis de la
culpabilidad puede ser investigada en tres niveles. El primer nivel revela que en las comunidades primitivas el hacerse responsable es la destinación misma en la cual el animal-hombre se
crea animal calculable y regular. El segundo y tercero niveles desvelan, respectivamente, el proceso de interiorización de la culpa
y la posterior reorientación que el cristianismo ascético le ofrece
instaurando el modelo ascético en el vientre de toda interpretación de la realidad y haciendo de él el único sentido para la existencia del hombre y el sentido del mundo. La redención de la
culpa y la transvaloración de este modelo ascético empiezan con
el necesario crepúsculo de los ídolos en el anuncio de la muerte
de Dios. En contra de los ídolos del más allá (Verdad, Ser, Dios)
que tienen en la negación de la vida, la libertad y el mundo sus
características principales, la filosofía de Nietzsche presenta en
su doctrina de la voluntad de poder y el eterno retorno los principios de una nueva consideración sobre lo que ha sido hasta
entonces negado. Revisar la estructura de culpabilidad con la
que el ascetismo ha generado la evaluación moral y metafísica
del mundo es la oportunidad de liberar al hombre y la filosofía
para una nueva creación y valoración en las que el modelo negativo y trasmundano del ascetismo cede paso al modelo afirmador sin que por ello esté ocultado el carácter trágico de la necesaria superación del sí mismo, de la vida y del mundo exigidas
por la libertad creadora.
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Tesis doctoral presentada a la Facultad
de Filosofía de la
Universidad Complutense de Madrid,
bajo dirección del
Prof. Dr. Juan Manuel Navarro Cordón,
leída y aprobada con
la calificación de sobresaliente cum laude, en ouctubre de
2004.
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