PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA NO 1.º E NO 2.º CICLO
DO ENSINO BÁSICO
DE QUE MODO AS ATIVIDADES PRÁTICAS PROMOVEM A
AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO NO ÂMBITO DO ESTUDO DO
MEIO, EM ALUNOS DO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO
Maria João Fernandes Dias
Relatório de Estágio apresentado à Escola Superior de Educação de Lisboa para obtenção
de grau de mestre em Enisno do 1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico
2014
DE QUE MODO AS ATIVIDADES PRÁTICAS PROMOVEM A
AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO NO ÂMBITO DO ESTUDO DO
MEIO, EM ALUNOS DO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO
Maria João Fernandes Dias
Relatório de Estágio apresentado à Escola Superior de Educação de Lisboa para obtenção
de grau de mestre em Ensino do 1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico
Orientador: Professor Doutor António Almeida
2014
RESUMO
O presente relatório foi elaborado no âmbito da Unidade Curricular Prática do
Ensino Supervisionada II (PESII) do Curso de Mestrado em Ensino do 1.º e do 2.º Ciclo
do Ensino Básico (CEB), da Escola Superior de Educação de Lisboa, refletindo todo o
processo formativo desenvolvido.
Nele é apresentado um conjunto de experiências de Ensino-Aprendizagem que
ocorreram numa turma do 3.º ano do 1.º CEB, e algumas reflexões sobre o modo como
estas experiências decorreram, analisando-se, em particular, as dificuldades dos alunos
da turma e as estratégias utilizadas para as ultrapassar.
Partindo-se de aspetos incluídos no plano de intervenção, é apresentada a
avaliação dos resultados dos alunos, numa tentativa de melhor se perceber se os
objetivos delineados foram ou não atingidos.
Para além disso, apresenta-se uma investigação que incide sobre a eficácia das
atividades práticas na promoção do conhecimento científico em alunos do 1.º CEB,
investigação essa relacionada com a área do Estudo do Meio (EM). Este estudo
comparou a aprendizagem de duas turmas em relação a quatro temas desta área, em que
apenas uma vivenciou os assuntos através da realização das referidas atividades.
Os resultados evidenciam de forma clara que as atividades práticas efetivamente
promovem a aprendizagem de conhecimento científico, uma vez que a diferença de
resultados entre turmas nas fichas de verificação de conhecimentos foi estatisticamente
significativa.
Termina-se o relatório com considerações finais, em que é feita uma reflexão de
todo o percurso da PES II.
Palavras-chave: Prática de Ensino Supervisionada, Estudo do Meio, Atividades
práticas,
ASTRACT
This report was done under the domain of the Supervisor Teaching Practice
Curricular Unit II (STP II as in Supervisor Teaching Practice) of the Masters Degree in
the Teaching of the 1st and 2nd Cycle of Basic Schooling by Lisbon’s Basic Schooling
Teaching College, reflecting the whole formation process developed.
In it is presented a Teaching and Learning’s set of experiments that occurred in a
3rd grade class of the 1st Basic Schooling Cycle, and some thoughts on how these
experiences took place, analyzing in particular the difficulties of the class’s students and
the strategies used to overcome them.
Beginning with aspects included in the intervention plan, the assessment of the
student’s outcomes is presented in an attempt to better understand if the outlined
objectives have been achieved.
In addition, it is present a research which focuses on the effectiveness of the
practical activities in order to promote the scientific knowledge in the students of the 1 st
Basic Schooling Cycle. That research is also related to the field of environmental
studies. This study compared the learning of two classes regarding four topics of this
area, where only one class experienced the subjects trough the practical activities.
The results show clearly that the practical activities effectively promote the
learning of scientific knowledge, since the difference in results between groups on
knowledge’s checklists was statistically significant.
The report ends with closing remarks, in which a reflection is taken upon the
entire course of STP II.
Keywords: Supervised Teaching Practice, Environmental Studies, Practical
activities,
ÍNDICE GERAL
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 1
2.
CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO SOCIOEDUCATIVO .............. 3
2.1. Análise reflexiva dos documentos regulamentadores da ação educativa ... 3
2.2. Caracterização do meio .............................................................................. 4
2.3. Caracterização do colégio ........................................................................... 5
2.4. Caracterização da turma ............................................................................. 6
2.5. Caracterização da sala de aula: a equipa educativa e modos de intervenção
na turma .............................................................................................................. 6
2.6. Finalidades educativas e princípios orientadores da ação pedagógica ....... 7
2.7. Gestão dos tempos, conteúdos, materiais e espaços de aprendizagem ....... 8
2.8. Estruturação da aprendizagem e diferenciação do trabalho pedagógico .... 9
2.9. Sistemas de regulação/ avaliação do trabalho de aprendizagem .............. 10
2.10.
Avaliação diagnóstica dos alunos ..................................................... 11
2.10.1.
Competências Sociais ........................................................................ 12
2.10.2.
Português ........................................................................................... 13
2.10.3.
Matemática ........................................................................................ 14
2.10.4.
Estudo do Meio ................................................................................. 15
3.
FUNDAMENTAÇÃO DA PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS DE
INTERVENÇÃO.............................................................................................. 16
4.
METODOLOGIA: MÉTODOS E TÉCNICAS DE RECOLHA E
TRATAMENTO DE DADOS ......................................................................... 21
5.
APRESENTAÇÃO
FUNDAMENTADA
DO
PROCESSO
DE
INTERVENÇÃO EDUCATIVA ..................................................................... 23
5.1. Apresentação e fundamentação dos princípios orientadores do Projeto de
Intervenção ....................................................................................................... 23
5.2. Apresentação das estratégias globais de intervenção ............................... 25
5.3. Apresentação do contributo das diferentes áreas disciplinares para a
concretização dos objetivos do Plano de Intervenção ...................................... 27
6.
AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS ..................... 29
6.1.1.
Competências sociais ........................................................................ 30
6.1.2.
Português ........................................................................................... 30
6.1.3.
Matemática ........................................................................................ 33
6.1.4.
Estudo do Meio ................................................................................. 34
7.
AVALIAÇÃO DO PLANO DE INTERVENÇÃO ................................. 35
8.
APRESENTAÇÃO
FUNDAMENTADA
DO
PROCESSO
DE
INTERVENÇÃO EDUCATIVA COM ENFOQUE PARA O ESTUDO DE
INVESTIGAÇÃO ............................................................................................ 38
8.1. O Metodologia: métodos e técnicas de recolha e tratamento de dados .... 38
8.2. A Importância das atividades práticas no 1.ºCiclo do Ensino Básico ...... 39
8.3. Apresentação e análise dos Resultados .................................................... 43
9.
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 46
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 48
ANEXOS .......................................................................................................... 51
Anexo A – Empregabilidade da população ...................................................... 52
Anexo B – Abandono escolar ........................................................................... 53
Anexo C – Distribuição do género dos alunos ................................................. 54
Anexo D – Distribuição das idades dos alunos ................................................ 55
Anexo E – Descrição dos instrumentos e materiais existentes na área da
organização e na área de apoio ao Programa ................................................... 56
Anexo F – Planta da sala de aula ...................................................................... 58
Anexo G – Exemplo de planificação semanal.................................................. 59
Anexo H – Grelha para registo da avaliação diagnóstica das Competências
Sociais .............................................................................................................. 60
Anexo I – Análise da grelha para registo da avaliação diagnóstica das
competências sociais ........................................................................................ 62
Anexo J – Grelha para registo da avaliação diagnóstica de Português ............ 66
Anexo K – Análise da grelha para registo da avaliação diagnóstica de
Português .......................................................................................................... 71
Anexo L – Grelha para registo da avaliação diagnóstica de Matemática ........ 73
Anexo M – Análise da grelha para registo da avaliação diagnóstica de
Matemática ....................................................................................................... 77
Anexo N - Ponderações realizadas pela orientadora cooperante relativa ao
Estudo do Meio ................................................................................................ 79
Anexo O – Grelha para registo da avaliação sumativa de Competências Sociais
80
Anexo P – Grelha para registo da avaliação sumativa de Português ............... 83
Anexo Q – Grelha para registo da avaliação sumativa de Matemática ............ 89
Anexo R – Avaliação dos objetivis do Plano de Intervenção .......................... 93
Anexo S – Ficha de exploração da atividade prática “Porque Chove?” .......... 94
Anexo T - Ficha de exploração da atividade prática “Porque é que uns objetos
flutuam e outros vão ao fundo?” ...................................................................... 95
Anexo U – Ficha de exploração da atividade prática “ Permeabilidade dos
Solos” ............................................................................................................... 98
Anexo V – Ficha de exploração da atividade “Identificação dos Solos” ....... 100
Anexo W – Ficha de verificação “Porque Chove?” ....................................... 102
Anexo X – Ficha de verificação “Porque é que uns objetos flutuam e os outros
vão ao fundo?”................................................................................................ 103
Anexo Z – Ficha de verificação “ Identificação dos Solos”........................... 106
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1- Comparação da avaliação diagnóstica com a avaliação sumativa sobre a
identificação da informação principal de um texto. Dados recolhidos através do
preenchimento das grelhas de registo para a avaliação diagnóstica e sumativa. ............ 30
Figura 2- Comparação da avaliação diagnóstica com a avaliação sumativa no domínio
da leitura e compreensão. Dados recolhidos através dos resultados das grelhas para a
avaliação diagnóstica e sumativa .................................................................................... 31
Figura 3- Comparação da avaliação diagnóstica com a avaliação sumativa no domínio
da escrita. Dados recolhidos através da análise dos resultados das grelhas para a
avaliação diagnóstica e sumativa. ................................................................................... 32
Figura 4- Comparação da avaliação diagnóstica com a avaliação sumativa no domínio
do CEL. Dados recolhidos através da análise dos resultados das grelhas para avaliação
diagnóstica e sumativa. ................................................................................................... 33
Figura 5- Avaliação do objetivo “desenvolver competências de escrita e de explicação
de regras de ortografia”. Dados recolhidos através da análise dos resultados das grelhas
para avaliação diagnóstica e sumativa. ........................................................................... 36
Figura 6- Avaliação do objetivo “desenvolver competências de comunicação
matemática”. Dados recolhidos através da análise dos resultados das grelhas para
avaliação diagnóstica e sumativa. ................................................................................... 37
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Potencialidades e Fragilidades da turma..................................................... 16
Tabela 2 – Relação entre os objetivos gerais e as estratégias desenvolvidas ................ 26
Tabela 3 – Contributo de cada área disciplinar para a consecução dos objetivos gerais
.................................................................................................................................... 28
Tabela 4 – O papel a assumir pelo aluno e pelo professor na aprendizagem
experimental ............................................................................................................... 42
Tabela 5 – Definição do tipo de distribuição das variáveis ........................................... 43
Tabela 6- Apresentação dos resultados .......................................................................... 44
LISTA DE ABREVIATURAS
ABRP – Aprendizagem Baseada na Resolução de problemas
CEB – Ciclo do Ensino Básico
CEL – Conhecimento Explícito da Língua
CS – Competências Sociais
EM – Estudo do Meio
INE – Instituto Nacional de Estatística
LP – Língua Portuguesa
MAT – Matemática
MP – Modelo Pedagógico
NEE – Necessidades Educativas Especiais
OTD – Organização e Tratamento de Dados
PCT – Plano Curricular de Turma
PE – Projeto Educativo
PES II – Prática de Ensino Supervisionada II
PI – Plano de Intervenção
PIT – Plano Individual de Trabalho
RI – Regulamento Interno
SFK – Std. Error of Skewness (Desvio padrão d respetivo enviesamento)
SK – Skewness (enviesamento)
TEA – Tempo de Estudo Autónomo
1. INTRODUÇÃO
O presente relatório resulta da PES II, unidade curricular do 2.º ano do Mestrado
do Ensino do 1.º e 2.º CEB, realizada numa turma de 3.º ano do 1.º CEB de um colégio
na atual1 freguesia de Belém, em que delineou um Plano de Intervenção (PI) que se
procurou cumprir em todas as suas vertentes.
A concretização do PI decorreu de uma primeira fase de observação e
caracterização da situação educativa, que teve a duração de aproximadamente quatro
semanas, fundamental para adequar a posterior prática interventiva no âmbito das
diversas áreas disciplinares e não disciplinares. Durante a observação referida foram
colhidos dados acerca do meio local, da organização e funcionamento da instituição e,
não menos importante, das características da turma onde decorreu a intervenção. Para
esta última caracterização, foram construídos instrumentos para análise do desempenho
das crianças em cada uma das áreas disciplinas e para verificação das suas competências
sociais, de modo a obter uma diagnose, tão rigorosa quanto possível. A implementação
do PI decorreu durante seis semanas, tendo-se selecionado diversas estratégias e
atividades que visaram contribuir para atingir os objetivos gerais propostos.
Este relatório apresenta também uma investigação que foi implementada durante
o período de intervenção. Nesta investigação, procurou verificar-se se as atividades
práticas eram facilitadores da aprendizagem de alguns temas de EM.
O presente documento encontra-se organizado em sete capítulos fundamentais e
respetivos
subcapítulos.
O
primeiro
capítulo,
Caracterização
do
contexto
socioeducativo, inicia-se com uma análise reflexiva dos documentos regulamentadores
da ação educativa, realizando-se de seguda a caracterização do meio local, do colégio,
da turma e da sala de aula. Faz-se também referência às finalidades educativas e aos
princípios orientadores da ação educativa, à organização e gestão dos tempos e
conteúdos de aprendizagens, às modalidades do processo de ensino-aprendizagem, à
estrutura de aprendizagem e diferenciação do trabalho pedagógico, ao sistema de
1
Através da Lei 56/2012 de 8 de novembro a organização administrativa de Lisboa cria um
novo mapa da cidade, fazendo uma alteração geográfica das freguesias, passando de 53 a 24
freguesias, agregando algumas e delimitando outras.
1
regulação e de avaliação do processo de ensino-aprendizagem. Por fim, contempla-se a
avaliação diagnóstica relativa às Competências Sociais (CS) e às áreas disciplinares de
Língua Portuguesa (LP), Matemática (MAT) e de EM.
No segundo capítulo é apresentada a
Fundamentação da problemática e
objetivos de intervenção. Os objetivos gerais pretendem dar resposta à problemática
apresentada, de acordo com as potencialidades e fragilidades dos alunos da turma em
questão.
O terceiro capítulo dedica-se a evidenciar a Metodologia: métodos e técnicas
de recolha e tratamento de dados que foram utilizados para recolher a informação
necessária relativamente ao PI.
No quarto capítulo é efetuada a Apresentação fundamentada do processo de
intervenção educativa, ou seja, são apresentadas as etapas e ações implementadas nas
diferentes áreas disciplinares.
No capítulo seguinte,o quinto, apresenta-se a Análise dos resultados, dando-se
destaque à avaliação das aprendizagens dos alunos nas CS e nas diferentes áreas
disciplinares, e ainda se procede à Avaliação do Plano de Intervenção.
O sexto capítulo é dedicado ao tema de investigação, em que são apresentados
todos os aspetos a ele associados, nomeadamente, o design da investigação e os
métodos e técnicas de recolha de dados, para além dos próprios resultados.
Por fim, no sétimo capítulo, são apresentadas as Considerações finais sobre as
diferentes dimensões relativas ao projeto de intervenção e formação, bem como os
constrangimentos identificados, e os modos de os ultrapassar. Ainda neste capítulo são
apresentadas algumas reflexões no que dizem respeito ao tema de investigação e o
modo com a PESII foi determinante para a sua implementação.
2
2. CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO SOCIOEDUCATIVO
2.1.
Análise reflexiva dos documentos regulamentadores da ação
educativa
O contexto educativo em que decorreu a prática foi numa turma de 3.º ano do 1.º
CEB, num colégio que faz parte de um grupo de quatro colégios, com o mesmo modelo
pedagógico, e que se situam em locais diferentes.
O colégio segue as linhas e os princípios orientadores que constam no Projeto
Educativo (PE), sendo este o documento de referência da atividade escolar. Nele
constam o modelo pedagógico do Pré-Escolar e do 1.º CEB. Relativamente ao 1.º CEB
são evidenciados os seguintes aspetos: o modelo ensinar a investigar, que é apresentado
como um projeto que abre novos caminhos nos processos de aprendizagem das
crianças; os objetivos pedagógicos que são considerados como as grandes linhas
orientadoras para a realização de atividades; o modelo curricular com as linhas
orientadoras do projeto curricular, as metodologias e estratégias, o papel do professor e
do aluno seguido das competências gerais e transversais.
De acordo com o decreto-lei nº 33/2014, artigo 26.º “ 1- Cada estabelecimento
dispõe de um Regulamento Interno (RI) de funcionamento, do qual constam,
designadamente: a) As condições de admissão dos utentes; b) Os cuidados e serviços a
prestar; c) Os direitos e deveres; d) O horário de funcionamento; e) O preçário ou
critérios de determinação das comparticipações familiares” (pág.1690). Neste sentido,
no RI do colégio encontram-se todos os pontos assinalados no decreto-lei, bem como
ainda outras finalidades educativas.
No PE é apresentado o modelo pedagógico do grupo de colégios. No entanto, o
colégio no qual decorreu a prática rege-se por um documento oficial de um Modelo
Pedagógico (MP) específico. No mesmo podemos constatar que o colégio propõe que os
alunos aprendam através dos cinco sentidos: Tato, Audição, Visão, Paladar e Olfato.
Refere que o colégio assenta em quatro pilares fundamentais, que são: 1- Convivênciamais tempo livre para a família; 2- Personalização- cada criança é tratada como um caso
específico; 3- Interatividade com os pais- forte comunicação família/colégio e, por fim,
3
4-Qualidade-a melhor qualidade do mercado. Neste documento é ainda referido, que o
MP é sustentado por dois grande pilares, que são: Um quadro teórico organizado com
base em ciências tais como a Epistemologia, a Psicologia, a Pedagogia, a Sociologia, a
Linguística, a Matemática, a Geografia; Um conjunto de propostas pedagógicodidáticas, construídas em função dos princípios teóricos selecionados, ou por outras
palavras, as implicações no plano educativo de um dado sistema teórico
multidisciplinar.
Tendo em consideração o que foi referido anteriormente, o Plano Curricular de
Turma (PCT) foi elaborado através dos seguintes princípios orientadores da ação
pedagógica: desenvolver o aluno como ser pensante e construtor do seu próprio
conhecimento; privilegiar aprendizagens ativas; pedagogia de diferenciação de modo a
respeitar as potencialidades e fragilidades da turma bem como os seus interesses; criar
um ambiente de cooperação e inclusão
2.2. Caracterização do meio
O colégio no qual decorreu a PES II pertence à recém criada2 freguesia de
Belém, concelho e distrito de Lisboa. Como não existem ainda dados disponíveis, fruto
da alteração geográfica das freguesias introduzida em 2012, recorreu-se à caracterização
tendo por base os dados relativos à anterior freguesia - São Francisco Xavier. Assim, no
decorrer da análise dos dados recolhidos no Instituto Nacional de Estatística (INE)
constata-se que a população residente em 2009 é de 8020 habitantes, sendo que 3656
são do sexo masculino e 4364 do sexo feminino. Quanto à empregabilidade da
população, e tal como consta no anexo A, verifica-se que 3422 habitantes encontram-se
empregados. A taxa de abandono escolar da freguesia é de 0,93%, encontrando-se
abaixo da percentagem de Portugal que é de 1,58% (anexo B).
O colégio encontra-se localizado num bairro com várias Embaixadas, o que faz
aumentar a proteção policial da zona. Importa ainda referir que o Hospital São
Francisco Xavier localiza-se a 6 minutos, a pé, do colégio. O colégio situa-se ainda
2
Com a Lei 56/2012 a localidade em estudo passou a fazer parte da freguesia de Belém, sendo
que anteriormente pertencia à freguesia São Francisco Xavier.
4
numa zona muito próxima do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém, dois
monumentos históricos bastante importantes e com grande valor educativo para os
alunos.
2.3.
Caracterização do colégio
O colégio defende o Modelo Pedagógico Ensinar a Investigar que é sustentado
por dois grandes sistemas de referência.
O primeiro, um sistema teórico, encontra-se organizado com base em quatro
componentes: epistemológica (formação e evolução do conhecimento); científica
(objeto do conhecimento); psicológica (relativa ao sujeito do conhecimento);
pedagógica (quanto ao ensino do conhecimento). O segundo, um sistema
pedagógico/didático, constituído por três componentes: objetivos (linha orientadoras da
construção das atividades); atividades (estruturadas em temas integradores segundo
aprendizagens executadas pelo sujeito); avaliação (sistema regulador do processo de
ensino/aprendizagem) (Projeto Educativo, 2011/2012).
Deste modo, o colégio tem como finalidade essencial o desenvolvimento de
estratégias centradas no aluno, que promovam a autonomia e a responsabilidade
(Projeto Educativo, 2011/2012). De modo a que os alunos possam ir ganhando
capacidades de construção dos seus próprios conhecimentos, o colégio tem por base um
Sistema Pedagógico próprio, centrado nos seguintes pilares: Metodologia de Trabalho
de Projeto; Metodologia de Resolução de Problemas; Pedagogia por Descoberta.
O colégio ainda oferece um ensino bilingue, em que o inglês “está presente não
só na hora formal diária, mas também noutras matérias que fazem parte integrante do
curriculum como a Educação Física, Música, Artes & Drama, Information Technology e
STEM (Science, Technology, Engeneering and Math)” (O Parque, s.d.A).
5
2.4.
Caracterização da turma
A turma de 3.ºano do 1.º CEB era constituída por vinte alunos, nove do sexo
masculino e onze do sexo feminino (anexo C )., e com idades compreendidas entre os
oito e os nove anos. (anexo D).
Todos os alunos são de origem portuguesa, tal como a maioria dos pais, à
exceção de dois pais com nacionalidades Inglesa e Argentina. Relativamente ao local de
residência, a grande maioria dos alunos residia perto do Colégio e apenas um em Algés
e outro em Miraflores.
A análise dos dados resultantes das conversas informais com a orientadora
cooperante permite acrescentar que as famílias têm um nível socioeconómico médioalto, tendo todos os pais o grau de licenciatura e alguns o grau de mestre.
Por fim, importa referir que na turma não existe nenhum aluno diagnosticado
com Necessidades Educativas Especiais (NEE).
2.5.
Caracterização da sala de aula: a equipa educativa e modos de
intervenção na turma
A sala de aula foi o principal espaço onde decorreu a ação educativa. Esta
encontrava-se organizada por diferentes áreas de trabalho, em que os alunos podiam
aceder facilmente e autonomamente aos materiais disponíveis. Neste sentido, importa
referir que existiam duas principais áreas: área da organização do trabalho e a área de
apoio ao Programa. Na área da organização encontravam-se instrumentos de
organização e pilotagem de todo o trabalho, designadamente o mapa das tarefas, o mapa
do tempo, o mapa das presenças, a agenda semanal, o diário de turma, as atas da
assembleia de turma, as regras da sala de aula, o Plano Individual de Trabalho (PIT), os
ficheiros e armários de material cooperativo. Na área de apoio ao Programa existia a
biblioteca de turma, o painel da Língua Portuguesa, o painel da Matemática e ainda o
painel dos Projetos. No anexo E encontra-se a descrição de cada um destes instrumentos
e materiais.
6
De acordo com o Plano Curricular de Turma (2013/ 2014) optou-se por uma
disposição das mesas (anexo F) que permitia a formação de grupos de trabalho, para a
possibilitar uma maior interação entre pares. Os lugares dos alunos não eram fixos,
havendo uma rotatividade constante de modo a promover a interação entre todas as
crianças e para que estas aprendessem a trabalhar e a respeitar todos os colegas,
opiniões e ritmos de trabalho.
A sala de aula teve assim um clima indicado para o desenvolvimento das
aprendizagens dos alunos, devido à sua organização, material disponível e pela maneira
como os alunos se deslocam pela sala, o que faz com que os mesmos aproveitem todo o
espaço da melhor maneira.
2.6.
Finalidades educativas e princípios orientadores da ação
pedagógica
De acordo com a filosofia do modelo curricular do colégio é privilegiada uma
aprendizagem ativa “onde os alunos são os motores de toda a ação educativa. São os
seus interesses e a sua iniciativa que determinam os projetos em que se envolvem” (O
Parque, s.d.B). Neste sentido, este é o princípio fundamental e o fio condutor de toda a
filosofia da ação educativa, que tem como principal propósito tornar os alunos seres
pensantes e capazes de construir os seus próprios conhecimentos (Plano Curricular de
Turma, 2013/ 2014,). Deste modo, para que os alunos se tornem seres ativos na
construção do seu conhecimento, é privilegiado o trabalho entre pares em todos os
momentos da sua aprendizagem.
Para além de se privilegiar uma aprendizagem ativa, verifica-se ainda que o
respeito pelos outros e pelas suas diferenças, a capacidade de sociabilização e a
autonomia são três das competências que se pretendem desenvolver nas crianças,
propiciando-se assim um ambiente de cooperação e de inclusão.
É ainda de salientar que se pretende promover nos alunos aprendizagens
significativas e que lhes façam sentido. Deste modo, tendo-se como ponto de partida a
heterogeneidade do grupo e a necessidade de alcançar cada aluno de acordo com as suas
7
características, verifica-se a existência de uma pedagogia de diferenciação, na qual o
professor parte das necessidades, potencialidades e interesses dos alunos nos diferentes
momentos de aprendizagem. Assim, o professor assume um papel de regulador e de
gestor do processo de ensino e aprendizagem, ajudando os alunos a construir os seus
percursos do saber e a descobrir as melhores estratégias para o fazerem (Plano
Curricular de Turma, 2013/ 2014).
2.7.
Gestão dos tempos, conteúdos, materiais e espaços de
aprendizagem
O horário letivo decorreu de segunda a sexta-feira das 8:30 horas às 16:30 horas,
pelo que os conteúdos de aprendizagem se encontram distribuídos durante este período
de tempo. As áreas disciplinares de Português, Matemática e Estudo do Meio, bem
como o PIT, foram lecionadas pela orientadora cooperante e organizaram-se sobretudo
em rotinas. Intercaladas no horário com estas áreas disciplinares foram colocadas as
disciplinas de Educação Física, Música, Arts & Drama que foram lecionadas por outros
professores em inglês.
Os conteúdos de aprendizagem foram planificados em conjunto com todos os
professores do mesmo ano, antes do início de cada período. Estes reuniram-se
semanalmente para discutir conteúdos, definir estratégias e organizar materiais. No final
de uma semana, o professor organizou o tempo a disponibilizar para cada área
disciplinar, para a semana seguinte, tendo em conta as necessidades dos alunos e os
conteúdos selecionados na reunião coletiva com os restantes professores. No anexo G
encontra-se um exemplo de uma planificação semanal. Alguns materiais foram
partilhados pelos diferentes professores mas sempre adaptados à realidade de cada
turma.
8
2.8.
Estruturação da aprendizagem e diferenciação do trabalho
pedagógico
Segundo Perrenoud (1997) diferenciar é terminar com uma pedagogia magistral
e iniciar uma nova forma de organização de trabalho, criando-se atividades didáticas
que permitam expor ao alunos a situações mais favoráveis de aprendizagem.
Foi neste sentido que se instituiu na sala o Tempo de Estudo Autónomo (TEA),
realizado todos os dias durante cerca de 45 minutos. Este tempo como o nome indica,
tem os seguintes objetivos: desenvolver a autonomia dos alunos, permitindo que
ganhem consciência das suas próprias fragilidades e dificuldades; possibilitar a
organização correta dos seus registos; e estimular a entreajuda, promovendo a avaliação
dos trabalhos realizados.
Este momento de trabalho era iniciado à segunda-feira, com a distribuição de um
PIT. Os alunos, no PIT, planificavam as atividades que irão desenvolver, de modo a
colmatar as suas dificuldades e fragilidades e também de acordo com os seus interesses
e necessidades, recorrendo-se dos vários ficheiros de atividades referentes às diferentes
áreas disciplinares.
Sempre que um aluno sentia necessidade de ter um apoio mais especializado, o
professor trabalhava individualmente com ele, incidindo especificamente no(s)
conteúdo(s) em que o mesmo revela mais dificuldades. Paralelamente a este trabalho,
houve um registo de inscrições, para que estes se pudessem organizar em parcerias de
trabalho cooperativo.
No final da semana, à sexta-feira, os alunos realizavam a avaliação do trabalho
desenvolvido no TEA. Neste momento, os alunos analisavam todo o trabalho
desenvolvido durante a semana, registavam as suas impressões, confrontando-as com a
opinião de um colega e posteriormente com a do professor.
Assim, os alunos foram respeitados como seres únicos, com características
diferentes uns dos outros e foram criadas condições para o desenvolvimento e a criação
de mecanismos de regulação do estudo, de cooperação e de regulação dos seus
conhecimentos
9
2.9.
Sistemas de regulação/ avaliação do trabalho de aprendizagem
O sistema de regulação e de avaliação do processo de enino-aprendizagem
adotado compreendeu a avaliação diagnóstica, avaliação formativa e a avaliação
sumativa.
No que diz respeito à avaliação diagnóstica, foi fundamental para o docente
identificar as fragilidades, potencialidades e interesses do grupo, delineando estratégias
que permitiram diferenciar os alunos, de forma a promover aprendizagens significativas
e providas de sentido para as crianças.
Relativamente à avaliação formativa, professor e alunos tiveram um papel ativo
na sua realização. Neste processo de avaliação, partindo-se dos registos de trabalho, dos
instrumentos de pilotagem onde todo o trabalho que era desenvolvido diária e
semanalmente era registado e avaliado, e das reflexões sistemáticas, pretendia-se que o
aluno regulasse as suas aprendizagens, tornando-se um ser consciente sobre o seu
percurso de aprendizagem, tendo sempre o professor como gestor desse trabalho. (Plano
Curricular de Turma, 2013/1014)
Assim, este modo de avaliação, em que os alunos são diariamente implicados no
processo de avaliação, esteve ao serviço da sua evolução e da correção dos seus erros de
forma a conseguirem adquirir novas competências.
A avaliação sumativa, como forma de complemento do trabalho descrito
anteriormente, foi realizada através de provas de avaliação escritas, que possuem um
carater formal e estão instituídas ao nível global do colégio. (Plano Curricular de
Turma, 2013/2014).
Para que os Encarregados de Educação tomassem conhecimento acerca das
aprendizagens dos seus educandos, no final de cada período, todos os materiais eram
reunidos, analisados e refletidos e era entregue uma descrição sobre o percurso
individual de cada aluno, para ser arquivada aos processos individuais de cada um.
(Plano Curricular de Turma, 2013/2014).
10
2.10. Avaliação diagnóstica dos alunos
Durante as semanas de observação, avaliaram-se os conhecimentos prévios dos
alunos, assim como as potencialidades e fragilidades dos mesmos.
Ribeiro (1993) refere que a avaliação diagnóstica, tem como função essencial
“verificar se o aluno está de posse de certas aprendizagens anteriores que servem de
base à unidade que se vai iniciar” (p.79). Neste sentido, é essencial realizar uma
avaliação diagnóstica, para que seja possível efetuar uma análise coerente dos
conhecimentos dos alunos.
Para tal, durante as semanas de observação criaram-se grelhas para registo dos
resultados da avaliação diagnóstica relativas às CS, e às áreas disciplinares curriculares
de PT e de MAT. Estas foram elaboradas em sintonia com os Programas e com as
Metas Curriculares de cada área disciplinar curricular.
Importa referir que estes registos nas grelhas foram efetuados com base na
análise dos produtos dos alunos, realizados durante as semanas de intervenção, sendo
que os dados foram recolhidos a partir de atividades diversas para cada área curricular, e
não apenas através das fichas de avaliação. Aspetos comportamentais foram também
observados.
No que diz respeito ao EM, não foi necessário criar uma grelha para registo da
avaliação diagnóstica, uma vez que não foi desenvolvida nenhuma atividade que
permitisse recolher informações fidedignas sobre esta área disciplinar no período de
observação. Contudo, através da análise dos dados das ponderações realizadas pela
orientadora cooperante e de conversas informais com a mesma, foi possível identificar
algumas das potencialidades e das fragilidades da turma no que se refere a esta área
disciplinar.
11
2.10.1. Competências Sociais
A grelha para registo dos resultados da avaliação diagnóstica das Competências
Sociais
(anexo
H)
encontra-se
dividida
em
seis
domínios:
Autonomia,
Responsabilidade, Cooperação, Comportamento, Participação e Relacionamento que
posteriormente se subdividem em indicadores, considerados pertinentes, para avaliação
do grupo de crianças em estudo.
No que respeita à Autonomia (anexo I, figura I7, figura I8 e figura I9) os alunos
revelaram-se muito autónomos, sendo que a grande maioria dos alunos realizavam
sempre os trabalhos sozinhos. No que diz respeito ao domínio da Responsabilidade
(anexo I, figura I10), os alunos mostravam ter esta competência bem desenvolvida, uma
vez que realizavam todas as atividades propostas, respeitando também o trabalho dos
colegas e arrumando o material utilizado para a concretização das atividades.
Relativamente ao domínio da Cooperação, importa referir que os alunos cooperavam
muito uns com os outros, ajudando-se nas atividades e partilhando o material (anexo I,
figura I11).
No domínio do Comportamento verificou-se que os alunos da turma falavam
entre si quando necessário, ou seja, aquando da realização de trabalhos de grupo ou a
pares.(anexo I, figura I12).
A Participação da turma revelou ser uma das potencialidades do grupo, visto que
todos os alunos mostraram interesse em participar, respeitando as regras de
comunicação (anexo I, figura I13).
Por último, nas competências interpessoais de Relacionamento (anexo I, figura
I14), os alunos da turma manifestaram um bom relacionamento entre si, conseguindo
resolver os conflitos existentes recorrendo aos colegas e à professora, sendo que na
maioria das vezes os conflitos eram resolvidos de uma forma organizada na assembleia
de turma.
12
2.10.2. Português
A grelha para registo dos resultados da avaliação diagnóstica, no que diz
respeito ao PT (anexo J), encontra-se organizada em cinco partes essenciais que dizem
respeito às cinco competências específicas da Língua Portuguesa, presentes no
Programa e nas Metas: Compreensão do Oral, Expressão Oral, Leitura, Escrita e
Conhecimento Explícito da Língua (CEL). Estas competências encontram-se,
posteriormente, divididas em descritores de desempenho, que se consideram ser
pertinentes para a avaliação das competências dos elementos da turma relativamente a
esta área disciplinar curricular.
Na Compreensão oral (anexo K, figura K15), verificou-se que todos os alunos
(100%) conseguem ouvir histórias com atenção e concentração e que 75% dos alunos
identificaram sempre a informação principal dos textos, e apenas 25% manifestaram
algumas dificuldades a este nível. Relativamente à Expressão Oral (anexo K, figura
K16),em geral todos os alunos conseguiam exprimir-se de forma correta, participando
em debates, dando opiniões, fazendo apresentações e comentando as apresentações dos
colegas. No que diz respeito à Leitura e Compreensão (anexo K, figura K17), 65% dos
alunos liam corretamente as palavras de um texto, 25% liam às vezes e os restantes 10%
raramente. No que diz respeito à leitura fluente e expressiva, 80% dos alunos apenas o
conseguiam fazer às vezes e os restantes 20% raramente. Só algumas vezes os alunos
compreendiam o significado de palavras iguais incluídas em frases e expressões
diferentes. Na identificação do tema do texto, 90% faziam-no às vezes e os restantes
10% raramente. De todos os alunos da turma, 25% descobria sempre nos textos o
significado de palavras difíceis, 10% às vezes e os restantes 65% dos alunos só as
descobriam raramente.
Relativamente ao domínio da escrita (anexo K, figura K18), os alunos sentiam
algumas dificuldades no que respeita às regras de ortografia, visto que só às vezes as
respeitavam, problema partilhado por todos. No que diz respeito à escrita com correção
ortográfica, 75% faziam-no às vezes e os restantes 25% raramente. Neste sentido uma
das fragilidades da turma dizia respeito às regras de ortografia. A turma não sentia
dificuldade em escrever vários tipos de textos. No entanto, ao longo da observação,
13
verificou-se que os alunos sentiam dificuldade no texto descritivo, nomeadamente na
sua estrutura.
2.10.3. Matemática
A grelha para registo dos resultados da avaliação diagnóstica das competências
dos alunos na área curricular de MAT (anexo L), encontra-se estruturada em três
grandes temas - Números e Operações, Geometria e Medida e Organização e
Tratamento de Dados (OTD), temas presentes no Programa e nas Metas Curriculares.
Posteriormente, estes temas encontram-se divididos em descritores de desempenho, que
se consideraram ser pertinentes para a avaliação das competências dos elementos da
turma relativamente a esta área disciplinar curricular.
No que diz respeito ao tema Números e Operações, mais especificamente quanto
à leitura de números árabes e de número romanos, os alunos não mostraram ter
dificuldades (anexo M, figura M19). Os alunos sentiram maior dificuldade na resolução
de problemas (anexo M, figura M20) e na explicação do raciocínio, uma vez que apenas
6% dos alunos não mostraram ter dificuldades a este nível, utilizando estratégias
adequadas. Assim, 65% dos alunos às vezes sentia dificuldade na resolução de
problemas, e os últimos 5% raramente conseguiram mesmo resolvê-los utilizando a
estratégia mais adequada. Em relação à explicação oral do raciocínio, 6% dos alunos
não sentiram dificuldades em explicar o seu raciocínio oralmente, 60% apenas o
conseguiu às vezes e 10% raramente.
Na Geometria e Medida importa salientar os indicadores que dizem respeito às
medidas de comprimento e de área, uma vez que foi um conteúdo muito trabalhado ao
longo da observação. Neste sentido, todos os alunos reconheceram e fizeram conversões
com medidas de comprimento e de área (anexo M, figura M21). Relativamente à
utilização da medida de área em situações problema 35% dos alunos conseguiam
sempre faze-lo e os restantes 65% às vezes.
Em relação a OTD, este domínio não foi observado no tempo de observação.
14
Através da utilização de outras técnicas de recolha de dados, pode-se ainda
acrescentar que os alunos sentiram algumas dificuldades na capacidade transversal de
Comunicação Matemática, considerando-se este aspeto uma fragilidade da turma.
2.10.4. Estudo do Meio
Pelo motivo que já foi referido anteriormente, para a avaliação diagnóstica de
EM (anexo N) procedeu-se à análise das ponderações realizadas pela orientadora
cooperante. Neste sentido, nas fichas de avaliação realizadas, todos os alunos atingiram
um valor superior aos 70%, e a maioria dos alunos obteve resultados iguais ou
superiores a 90%. Os conteúdos das fichas de avaliação foram trabalhados tendo por
base o trabalho de projeto, com pesquisa e investigação autónomas sobre temas. Desta
forma, houve uma certa aproximação à metodologia da Aprendizagem Baseada na
Resolução de problemas (ABRP) que, segundo Vasconcelos e Almeida (2012), é
centrada no aluno, partindo sempre de situações problemas para os quais os alunos
procuram resposta através de atividades de investigação.
Também se verificou que no trabalho desenvolvido em sala de aula, apenas um
aluno, revelou ter dificuldades na participação, na apresentação e na concretização das
tarefas relativa ao EM.
Os alunos revelavam alguma fragilidade ao nível do conhecimento científico e
do pensamento crítico, embora esta fragilidade decorre-se da falta de abordagem de
assuntos do EM.
15
3. FUNDAMENTAÇÃO DA PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS DE
INTERVENÇÃO
A análise dos dados de caracterização do grupo de crianças e do contexto
socioeducativo permitiu identificar um conjunto de potencialidades que puderam ser
reconvertidas em aprendizagens mais consistentes e de melhor qualidade, bem como um
conjunto de fragilidades, que através de uma intervenção eficaz e promotora de
atividades significativas tentaram ser minimizadas ou até superadas.
Assim, na tabela seguinte, apresenta-se a síntese das potencialidades e
fragilidades do grupo, no que respeita às competências sociais e às áreas disciplinares de
Português, de Matemática e Estudo do Meio.
Tabela 1 – Potencialidades e Fragilidades da turma
Potencialidades
Competências
- Comportamento
Sociais
- Autonomia
Fragilidades
- Cooperação
- Relacionamento
- Participação
- Responsabilidade
Língua
- Compreensão Oral
Portuguesa
- Expressão Oral
Matemática
Estudo do Meio
- Escrita (texto descritivo)
-Conhecimento Explícito da
- Leitura
Língua (explicação das regras de
- Escrita
ortografia em produção de textos)
- Cálculo Mental
-
Comunicação
matemática
- Raciocínio matemático
(representação de informação e
- Resolução de problemas
ideias matemáticas)
-
Interesses
científicos
pelos
assuntos
- Conhecimento científico
- Pensamento crítico
16
Assim, a partir da análise conjunta das potencialidades e fragilidades do
contexto socioeducativo caracterizado, foi possível definir a problemática associada à
intervenção e identificar questões, que conduziram aos objetivos gerais do projeto de
intervenção, tais como:
Que tipo de estratégias implementar para a explicitação de regras de ortografia
em produção de texto?
Que estratégias utilizar para potenciar a competência de comunicação
matemática?
Que tipo de atividades realizar para desenvolver o conhecimento cientifico e o
pensamento crítico?
Deste modo, a identificação das questões anteriores levaram à definição dos
objetivos gerais do plano de intervenção e das competências gerais que se considera
serem fundamentais desenvolver nos alunos, tais como:
Desenvolver competências de escrita e de explicação de regras de ortografia;
Desenvolver competências de comunicação matemática;
Aprofundar o conhecimento científico, promovendo atividades práticas que
contribuam para estimular o pensamento crítico.
Importa agora fundamentar a escolha destes objetivos, uma vez que os mesmos
foram orientadores de toda a prática.
O primeiro objetivo foi desenvolver competências de escrita e de explicação
de regras de ortografia.
De acordo com Reis et al. (2009), para a competência da Escrita é esperado que
os alunos do 3.º e do 4.º ano recorram às diversas técnicas existentes para poderem
registar, organizar e transmitir informação. Espera ainda que utilizem instrumentos de
apoio para a planificação e revisão de textos e consigam escrever diferentes tipos de
textos, tendo em consideração as regras de ortografia e pontuação. Do referido,
constata-se de imediato a relevância do objetivo formulado e também a perceção da
dificuldade do mesmo. Para Baptista, Viana & Barbeiro (2011):
17
A escrita exige a capacidade de seleccionar e combinar as expressões
linguísticas, organizando-as numa unidade de nível superior, para construir uma
representação do conhecimento, correspondente aos conteúdos que se quer
expressar. A escrita encontra no texto a forma mais relevante de representação
do conhecimento. Escrever é, em grande parte das situações, escrever um texto.
(p.60)
Uma vez que a escrita é um processo de aprendizagem contínuo, e apenas existe
uma forma de escrita, por vezes são sentidas algumas dificuldades de ortografia por
parte dos alunos que podem ser ultrapassadas com a ajuda do professor. Deste modo,
não basta afirmar que os alunos têm problemas de ortografia, é preciso intervir, sendo
que o professor deve ser capaz de avaliar com rigor qual o nível a que se encontra a
dificuldade ortográfica que o aluno ainda não ultrapassou (Baptista, Viana & Barbeiro,
2011).
Neste sentido, foi importante criar condições para que os alunos tivessem
momentos de escrita e também de treino da ortografia. Esses momentos foram
realizados em grupo e de forma individual ao longo da intervenção em momentos
específicos e no TEA.
O
segundo
objetivo
apresentado
foi
desenvolver
competências
de
comunicação matemática.
De acordo com os objetivos gerais do ensino da Matemática, os alunos devem
ser capazes de: formular enunciados matemáticos, tanto oralmente como por escrito;
utilizar a linguagem matemática para expressar as suas ideias; descrever oralmente e por
escrito todas as estratégias matemáticas que utilizam, tal como os resultados obtidos, e
por fim, discutir e argumentar as ideias dos colegas (Ponte, et al., s.d.). Neste sentido, os
alunos devem conseguir descrever tanto oralmente como por escrito a sua compreensão
matemática e os seus procedimentos matemáticos, assim como explicar o seu raciocínio,
analisando a informação que lhes é fornecida.
No Programa de Matemática do Ensino Básico encontram-se três capacidades
transversais para o 1.º CEB, sendo que a última diz respeito à comunicação matemática.
Esta capacidade envolve duas vertentes: a comunicação oral e escrita. Deste modo, é
18
necessário que o aluno expresse as suas ideias, tal como compreenda as ideias que lhe
são apresentadas, participando assim nas discussões sobre processos e resultados
matemáticos, em grande e pequeno grupo. A comunicação oral promove a comunicação
escrita, visto que, através de discussões em grupo, os alunos devem ser capazes de fazer
um registo escrito sobre os assuntos matemáticos em questão. O desenvolvimento da
capacidade de comunicação torna-se assim um objetivo importante assumido como
essencial no trabalho realizado em sala de aula. (Ponte, et al, s.d.).
Por fim, o último objetivo foi aprofundar o conhecimento científico,
promovendo atividades práticas que contribuam para estimular o pensamento
crítico.
Como refere Fumagali (1998, citado em Martins et al, 2009), a educação em
ciência é muito importante desde cedo, pois “o conhecimento científico é um valor
social que permite aos indivíduos melhorar a qualidade da sua interacção com a
realidade natural”, (p. 14). Assim, é importante que a visão tradicional de “ouvir falar
sobre a Ciência dê lugar ao fazer Ciência.” (Sá, 2000, p.1), permitindo que a criança se
deslumbre com factos e experiencias científicos.
O tema de investigação realizado procurou ir ao encontro deste objetivo, através
da realização de uma série de atividades práticas que motivassem os alunos para o
conhecimento científico e os treinassem em alguns processos inerentes à Ciência.
Simultaneamente, procurou-se que as atividades se enquadrassem no programa,
mas que estas se relacionassem com assuntos que motivassem a sua adesão, pois é
fulcral que “as atividades tenham significado para as crianças e que, dessa forma, lhes
despertem a curiosidade e o interesse” (Martins et al, 2009, p.19).
Todavia, esta abordagem deve ter em atenção os conhecimentos prévios que os
alunos possuem. Como defende Martins et al (2009) o professor deve aperceber-se das
ideias prévias que os alunos manifestam relativamente a determinados fenómenos
observáveis e considerá-las como um ponto de partida para o desenvolvimento de novas
aprendizagens. Desta forma, a utilização de atividades e materiais diversificados, pouco
vistos no quotidiano, aumenta a curiosidade nos alunos e cria um momento propício
para novas descobertas e aprendizagens.
19
Através das atividades práticas é possível desenvolver-se o Pensamento Crítico
que, segundo Tenreiro-Vieira e Vieira (2000), é uma capacidade importante, uma vez
que funciona como a pedra basilar na formação de indivíduos capazes de enfrentarem e
lidarem com a alteração contínua dos sistemas, cada vez mais complexos, que
caracterizam o mundo atual. Deste modo, é emergente que se estimule o pensamento
crítico a par com as questões científicas, para que possa ser possível raciocinar
logicamente sobre o tópico em causa, detetar incongruências na argumentação, avançar
possíveis respostas, ensaiá-las e verificar a sua veracidade (Tenreiro-Vieira & Vieira,
2000). No contexto do estudo referido deu-se particular atenção a algumas capacidades
do pensamento crítico como, por exemplo, avaliar hipóteses, classificar dados ou avaliar
conclusões.
20
4. METODOLOGIA: MÉTODOS E TÉCNICAS DE RECOLHA E
TRATAMENTO DE DADOS
A PESII visou o desenvolvimento, em contexto real, de competências de suporte
ao desempenho profissional no 1.º CEB, num contexto educativo específico. Este
desenvolvimento decorreu em fases distintas seguintes: a fase de observação, a fase de
intervenção e, por fim, a fase de avaliação da intervenção. Estas fases implicaram de
igual modo momentos de recolha de dados, apesar de terem processos e finalidades
distintas.
Segundo Ketele & Roegier (1999), a recolha de informação é definida como um
processo de obtenção de informações em diversas fontes, de modo a que o
conhecimento de uma situação passe para outro nível de representação.
No que diz respeito às fases de observação e intervenção, optou-se por uma
metodologia qualitativa/ interpretativa, quanto ao método, e que segue os princípios de
uma Investigação-Ação, quanto ao propósito, visto que tem como principal objetivo a
reflexão sobre a prática com reflexos nos processos interventivos subsequentes (Sousa
& Baptista, 2011). Ainda de acordo com as mesmas autoras, a investigação-Ação apela
a processos participativos e colaborativos, implicando todos os intervenientes no
processo, incluindo naturalmente o investigador. Neste sentido, o investigador
caracteriza-se por ser um agente interno, ou seja, um agente que participa em todos os
campos de ação de uma certa realidade, de modo a melhorá-la.
No que diz respeito, às técnicas de recolha de dados utilizadas durante o período
de observação, com o intuito de se proceder à caracterização do contexto
socioeducativo, recorreu-se essencialmente à observação direta não participante na sala
de aula e à análise documental dos documentos oficiais do colégio, tais como o PE e o
PCT, aos processos individuais dos alunos e ainda aos produtos realizados pelos
mesmos. O recurso a entrevistas não estruturadas à orientadora cooperante permitiu
ainda recolher mais alguns dados essenciais para a referida caracterização e também
para a diagnose e a diagnose das aprendizagens dos alunos. O registo de notas de campo
e a identificação de indicadores para a avaliação com recurso aos documentos
21
normativos do 1.º CEB das diferentes áreas disciplinares, foi outra via utilizada. Desta
forma, a diagnóstica dos alunos, apoiada por grelhas de registo foi efetuada para as CS,
o PT e à MAT. Após a recolha dos dados, o tratamento foi realizado com recurso à
análise de conteúdo e à quantificação de alguns dados, construindo-se gráficos para
ajudar na sua interpretação e análise.
Na fase de intervenção recorreu-se a uma observação estruturada, direta e
participativa, com o objetivo de se realizar a avaliação dos alunos. A recolha de dados
foi constante e apoiada também em grelhas de registo relativas às CS, ao PT e à MAT.
(anexos O, P e Q respetivamente), Os dados foram posteriormente tratados através da
análise de conteúdo e da elaboração de gráficos que ajudaram a interpretá-los. Ainda
neste período, foram comparados os progressos realizados pelos alunos durante as duas
fases anteriormente referidas.
Assim, de um modo geral, considera-se que estas técnicas e processos foram de
extrema importância visto que permitiram orientar as opções da prática ao nível de
seleção de estratégias e atividades.
22
5. APRESENTAÇÃO FUNDAMENTADA DO PROCESSO DE
INTERVENÇÃO EDUCATIVA
5.1.
Apresentação e fundamentação dos princípios orientadores do
Projeto de Intervenção
A escola é um local onde devem ser criadas condições para que os alunos
desenvolvam as suas capacidades e adquirem um conjunto de novos saberes. Neste
sentido, o professor assume um papel muito importante, pois os seus princípios
orientadores influenciam em grande parte as aprendizagens dos alunos.
Ao longo do plano de intervenção pretendeu-se que as aprendizagens dos alunos
fossem integradas, significativas, ativas, diversificadas e socializadoras.
Com o objetivo de se trabalhar todas as áreas disciplinares de forma integrada,
gerando a articulação das competências das diversas áreas disciplinares, pretendeu-se,
por isso, visar a promoção da interdisciplinaridade. Saviani (2003) afirma que a
interdisciplinaridade “é indispensável para a implantação de um processo inteligente de
construção do currículo de sala de aula Através da interdisciplinaridade o conhecimento
passa de algo setorizado para um conhecimento integrado onde as disciplinas científicas
interagem entre si “ (citado por Cardona, 2010).
Deste modo, considerou-se importante manter algumas rotinas já existentes e
criar outras que visassem a consolidação das aprendizagens, já adquiridas ou em
processo de aquisição, dos alunos. As rotinas propostas tiveram como principal objetivo
desenvolver aprendizagens significativas nos alunos, tendo em conta os interesses,
potencialidades e fragilidades dos mesmos. Segundo Pelizzari, Kriegl, Fink, &
Dorocinski (2002), para que as aprendizagens sejam significativas são necessárias duas
condições: em primeiro o aluno necessita de ter disposição para aprender e não para
memorizar o conteúdo, pois se assim for a aprendizagem será mecânica.
Simultaneamente, o conteúdo a aprender deve tem um significado lógico e psicológico
para os alunos
23
A promoção da aprendizagem significativa estruturou-se tendo em conta as
dimensões de aprendizagem por descoberta versus aprendizagem recetiva. De acordo
com Ausubel (citado por Pelizzari, Kriegl, Fink, & Dorocinski, 2002), quando as
aprendizagens dos alunos se aproximam do polo da descoberta, não são definitivas e os
alunos têm que descobrir antes de assimilar; em contra partida, quando essas
aprendizagens se aproximam do polo da aprendizagem recetiva são fixas e os conteúdos
são aprendidos de uma forma acabada.
Deste modo, pretendeu-se que os alunos fossem capazes de construir as suas
próprias aprendizagens através de outras já existentes, existindo assim uma conexão
entre aquilo que o aluno já sabia com as novas aprendizagens. Pretendeu-se também que
as aprendizagens para além de significativas fossem: a) ativas, dando continuidade à
filosofia do modelo curricular do colégio, em que os alunos constituem membros ativos
da sala de aula, tendo estes a oportunidade de manipular, experimentar e descobrir; b)
socializadoras de modo a criar e desenvolver o sentido de cooperação, entreajuda e
autonomia nos alunos; c) diversificadas, tanto no que diz respeito aos materiais como às
modalidades de trabalho.
Relativamente ao sentido de cooperação e entreajuda, referidos anteriormente,
desenvolveram-se situações de interação entre os alunos, tanto a pares como em grande
grupo, de modo a existir um ambiente cooperativo em sala de aula. Neste sentido, ao
desenvolver-se aprendizagem no sentido da cooperação promove-se a “igualdade de
oportunidades e a dimensão intercultural da educação” (Cochito, 2004, p. 35),
No sentido de se serem criadas condições de diferenciação, considerou-se a
avaliação diagnóstica como ponto de partida, pois através da análise dos resultados
obtidos foi possível perceber o desenvolvimento de cada aluno em particular.
Diferenciar exige a elaboração de “atividades que apoiam as preferências de
aprendizagem e os pontos fortes dos alunos, ao mesmo tempo que lhes apresentam
tarefas que encorajam o seu desenvolvimento nas áreas em que são mais fracos”
(Heacox, 2006, p.13). Deste modo, o ambiente em sala de aula permitiu que cada aluno
pudesse ultrapassar as suas dificuldades e desenvolver conteúdos que até então não
tinham sido abordados de forma sistemática, o que aconteceu particularmente durante o
TEA.
24
5.2.
Apresentação das estratégias globais de intervenção
Ao longo da intervenção, foram trabalhadas competências de todas as áreas
disciplinares.
O plano de ação emergiu quer de uma lógica de continuidade com o Plano de
Turma da orientadora cooperante quer de uma lógica de proposta/negociação de
alternativas junto do grupo turma. As estratégias implementadas foram discutidas
intensamente com a orientadora cooperante.
Para incentivar a entreajuda e a cooperação nos pares, na medida em que o
trabalho autónomo fosse valorizado, os alunos continuaram dispostos em grupos de
trabalho, trocando de lugar semanalmente de forma a trabalharem e a cooperarem com
todos os elementos da turma.
Os conteúdos que foram abordados tiveram em conta as fragilidades observadas
e os objetivos definidos para os colmatar, e ainda os que constavam na planificação
anual para o 3ºperíodo.
Para a área disciplinar de PT, e no que se refere à competência da leitura,
realizou-se um momento semanal de leitura orientada do livro “Dentes de Rato” de
Agustina Bessa-Luís, bem como de outras leituras de textos dos alunos e também de
textos injuntivo, dramático, convites e recados. Também se pretendeu que os alunos
adquirissem competências na escrita de textos narrativos, informativos e descritivos.
Relativamente ao Conhecimento Explícito da Língua, os alunos adquiriram
conhecimentos no que diz respeitos aos quantificadores numerais e relembraram outros,
tais como as classes de palavras.
Relativamente à área disciplinar de MAT, em Números e Operações, foram
realizadas atividades didáticas para que que os alunos adquirissem os conteúdos do
número até ao milhão e resolvessem problemas e operações envolvendo o algoritmo da
divisão e da multiplicação. No que se refere à Geometria e Medida, as atividades foram
sobre a planificação de sólidos geométricos, as conversões de medidas de capacidade e
a diferenciação dos conceitos de circunferência e círculo e de raio e diâmetro.
Em EM utilizaram-se duas abordagens distintas. A primeira foi a Metodologia
de Trabalho de Projeto e a segunda a resolução de atividades práticas. Assim,
25
relativamente à Metodologia de Trabalho de Projeto, foi desenvolvido um projeto que
conduziu os alunos à descoberta de Portugal, e que lhes permitiu identificar os aspetos
geomorfológicos do país, as atividades económicas, bem como distinguir as principais
características entre cidade, vila e aldeia. Na parte de resolução de atividades práticas,
foi criada uma rotina, realizada quinzenalmente, em que um conteúdo era explorado
recorrendo a este tipo de atividades. Nestas atividades os alunos chegavam a
determinadas conclusões e adquiriam novas aprendizagens através da experimentação.
Por fim foi realizada uma ficha de verificação dos conhecimentos.
Para uma melhor compreensão da relação entre as competências desenvolvidas,
os objetivos gerais propostos e as estratégias globais de intervenção, na tabela seguinte
é compilada informação referente a estes três pontos.
Tabela 2 – Relação entre os objetivos gerais e as estratégias desenvolvidas
Competências a
Objetivos gerais do plano
Estratégias globais de intervenção
desenvolver
- Escrita (texto
descritivo);
- Conhecimento
Explícito da Língua
(explicitação das regras
de ortografia em
produção de texto).
Desenvolver competências
-Comunicação
matemática.
Desenvolver competências
de escrita e de explicação
de regras de ortografia
de comunicação
matemática
- Realização de ficheiros de escrita;
- Realização de ficheiros sobre ortografia;
- Trabalho com a professora;
- Produção das atas da assembleia de turma;
- Escrita de textos para apresentar à turma na
apresentação de produções;
- Realização de trabalho de texto (melhoria
de textos produzidos pelos alunos, através de
contributos com opiniões e sugestões dos
alunos);
- Escrita no diário de turma
- Realização de “Rotinas” (jogos de
ortografia, casos de leitura, etc.);
- Escrita de textos no caderno de escrita.
- Discussão das estratégias utilizadas no
cálculo mental;
- Realização de “Rotinas” de matemática que
necessitem de explicitação do raciocino;
- Apresentação de estratégias de cálculo
utilizadas em problemas;
- Organização da informação em tabelas e
gráficos;
- Realização de ficheiros de resolução de
problemas;
- Realização de ficheiros de Geometria e
26
-Conhecimento
científico
- Pensamento crítico
Aprofundar o
conhecimento científico,
promovendo atividades
práticas que contribuam
para estimular o
pensamento crítico
5.3.
Medida.
- Trabalho com a professora;
- Construção de ficheiros de problemas.
- Realização de atividades práticas;
- Realização de visitas de estudo;
- Recolha de informação;
- Seleção da informação recolhida;
- Construção de tabelas para o projeto
“Conhecer Portugal”.
- Apresentação de produções sobre o
trabalho desenvolvido;
- Desenvolvimento de trabalhos com a
metodologia de trabalho projeto .
Apresentação do contributo das diferentes áreas disciplinares
para a concretização dos objetivos do Plano de Intervenção
Cabe ao professor selecionar os conteúdos a abordar de acordo com os objetivos
que define para os seus alunos. Deste modo, deve ter autonomia suficiente para
selecionar as melhores estratégias para abordar os diversos conteúdos.
Para a apresentação do contributo de cada área disciplinar para a concretização
dos objetivos do PI, apresenta-se uma tabela que ilustra o que anteriormente foi
referido. Nela não constam todas as áreas do currículo, pelos motivos já anteriormente
justificados.
27
Tabela 3 – Contributo de cada área disciplinar para a consecução dos objetivos gerais
Objetivos Gerais
Desenvolver
competências de
escrita e de
explicação de
regras de
ortografia;
Língua Portuguesa
- Realização de ficheiros
de escrita;
- Realização de ficheiros
sobre ortografia;
- Produção das atas da
assembleia de turma;
- Escrita de textos para
apresentar à turma na
apresentação de
produções;
- Escrita no diário de turma
- Realização de “Rotinas”
(jogos de ortografia, casos
de leitura, etc.);
Desenvolver
competências de
comunicação
matemática;
- Leitura de problemas;
- Escrita de problemas no
caderno de escrita;
- Escrita de estratégias
utilizadas na realização das
atividades;
Aprofundar o
conhecimento
científico,
promovendo
atividades
práticas que
contribuam para
estimular o
pensamento
crítico
- Discussão das atividades
práticas;
- Escrita das aprendizagens
desenvolvidas nas
atividades práticas;
- Realização de trabalho de
texto;
- Escrita de textos sobre o
projeto “Conhecer
Portugal”, no caderno de
escrita.
Matemática
- Discussão e
justificação das
estratégias utilizadas
no cálculo mental;
- Explicação do
raciocínio matemático
quer oral quer escrito;
- Construção de
ficheiros de problemas.
- Realização de
“Rotinas” de
matemática que
necessitem de
explicitação do
raciocino;
- Apresentação de
estratégias de cálculo
utilizadas em
problemas.
- Realização de
ficheiros de resolução
de problemas;
- Realização de
ficheiros de Geometria
e Medida.
- Organização de
informação em tabelas
e gráficos;
Estudo do Meio
- Recolha de informação;
- Escrita de textos com a
informação selecionada;
- Apresentação de produções
sobre o trabalho
desenvolvido;
- Realização de questões
sobre as atividades práticas;
- Preenchimentos dos guiões
das visitas de estudo;
- Seleção da informação
recolhida;
- Organização da
informação recolhida;
- Construção de tabelas para
o projeto “Conhecer
Portugal”.
- Realização de atividades
práticas;
- Realização de visitas de
estudo;
- Recolha de informação;
- Seleção da informação
recolhida;
- Construção de tabelas para
o projeto “Conhecer
Portugal”.
- Apresentação de produções
sobre o trabalho
desenvolvido;
28
6. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS
A avaliação do processo e dos resultados obtidos é uma das fases fundamentais
do desenvolvimento curricular (Zabalza, 2003), que se caracteriza por ser o processo de
fazer juízos de valor ou de decidir sobre o mérito de uma certa abordagem ou de um
trabalho de um aluno (Arends, 1995).
De acordo com o Despacho Normativo nº30/2011, de 19 de julho “A avaliação é
um elemento integrante e regulador da prática educativa, permitindo uma recolha
sistemática de informações que, uma vez analisadas, apoiam a tomada de decisões
adequadas à promoção da qualidade das aprendizagens.” (pág.4438).
Neste sentido, tendo em conta o Decreto- Lei nº 6/2011, de 18 de janeiro que
defende que “a avaliação das aprendizagens compreende as modalidades de avaliação
diagnóstica, de avaliação formativa e de avaliação sumativa” (p. 261) é fundamental
apresentar uma síntese das aprendizagens dos alunos, realizadas ao nível das diferentes
áreas disciplinares.
No processo avaliativo é importante realizar uma análise comparativa a
avaliação diagnóstica (fase de observação), avaliação formativa (fase de intervenção) e
a avaliação sumativa (fase final da intervenção). Desta forma, considerou-se ser
pertinente preencher novamente as grelhas para registo da avaliação diagnóstica,
utilizadas na fase de observação, com o intuito de se proceder à avaliação sumativa nas
diferentes áreas curriculares comparando a avaliação dos mesmos indicadores antes e
depois da intervenção. Esta comparação permitiu compreender as evoluções e as
dificuldades mais sentidas nas diferentes áreas disciplinares.
Assim, a avaliação das aprendizagens dos alunos incidiu sobre as CS e as
seguintes áreas disciplinares - LP, MAT e EM.
29
6.1.1. Competências sociais
No que diz respeito às CS, os alunos mantiveram o seu nível elevado de
desempenho, tendo mesmo alguns conseguido progredir em alguns domínios. Assim, os
alunos da turma mostraram ser bastante autónomos, cooperativos, responsáveis e
participativos. O comportamento da turma manteve-se no final relativamente à
avaliação diagnóstica efetuada, sendo que o momento em que os alunos mais tiveram a
tendência para conversar foi no decurso dos trabalhos de grupo, o que é compreensível.
6.1.2. Português
Ao longo da prática realizaram-se atividades ao nível das cinco competências já
referidas: Compreensão do Oral, Expressão Oral, Leitura, Escrita e CEL.
No que diz respeito à compreensão oral verificou-se alguma evolução, no que
diz respeito à identificação da informação principal de um texto.
Figura 1- Comparação da avaliação diagnóstica com a avaliação sumativa sobre a identificação da
informação principal de um texto. Dados recolhidos através do preenchimento das grelhas de registo para
a avaliação diagnóstica e sumativa.
Relativamente ao domínio da expressão oral, este manteve-se sempre elevado
comparativamente à avaliação diagnóstica.
No domínio da leitura houve um aumento significativo em vários indicadores,
visto que a leitura foi um domínio sempre presente em vários momentos na intervenção,
30
e ainda devido à existência de um momento semanal específico de avaliação da leitura
realizado por uma psicóloga do colégio.
Avaliação diagnóstica
Sempre
Às vezes
Raramente
Nunca
Não observado
6
Descobre pelo texto o significado
Identifica o tema do texto
0
Compreende palavras com significados iguais em frases e
expressões diferentes
0
Lê de forma fluente e expressiva
0
12
2 0
18
2 0
20
0
16
4
13
Lê corretamente as palavras de um texto
0
5
2 0
Avaliação sumativa
Sempre
Às vezes
Raramente
Nunca
11
Descobre pelo texto o significado
7
12
Identifica o tema do texto
Compreende palavras com significados iguais em frases e
expressões diferentes
8
Lê de forma fluente e expressiva
8
Lê corretamente as palavras de um texto
Não observado
2 0
6
2 0
12
8
17
0
4
0
3 0
Figura 2- Comparação da avaliação diagnóstica com a avaliação sumativa no domínio da leitura e
compreensão. Dados recolhidos através dos resultados das grelhas para a avaliação diagnóstica e
sumativa
No que se refere à escrita houve uma progressão positiva no desenvolvimento
desta competência, uma vez que os alunos vivenciaram diversas situações de escrita,
quer a pares, em grande grupo e individualmente.
31
Avaliação diagnóstica
Sempre
Às vezes
Raramente
Nunca
Não observado
18
Escreve textos respeitando a proposta dada
Faz sugestões para melhorar e completar um texto
Escreve com correção ortográfica 0
4
0
15
5
0
15
5
0
Respeita as regras de ortografia 0
20
0
Avaliação sumativa
Sempre
Às vezes
Raramente
Nunca
Não observado
Escreve textos respeitando a proposta dada
17
3 0
Faz sugestões para melhorar e completar um texto
17
3 0
Escreve com correção ortográfica
Respeita as regras de ortografia
12
14
7
10
6
0
Figura 3- Comparação da avaliação diagnóstica com a avaliação sumativa no domínio da escrita. Dados
recolhidos através da análise dos resultados das grelhas para a avaliação diagnóstica e sumativa.
Por fim, em relação ao último domínio do português, o CEL, verificou-se
também uma evolução relativamente a vários indicadores. Esta deveu-se certamente ao
trabalho realizado ao longo da intervenção, em que o CEL foi muito trabalhado em
rotinas e em atividades específicas de cada conteúdo.
32
Avaliação diagnóstica
Sempre
Às vezes
Raramente
Nunca
Não observado
Comprende e identifica os graus dos adejetivos 0
20
Identifica quantificadores numerais 0
20
Identifica GN e GV da frase
5
0
15
Utiliza os tempos verbais corretamente nas frases 0
20
Classifica as palavras como agudas, graves e exdrúxulas 0
20
0
0
Avaliação sumativa
Sempre
Às vezes
Raramente
Nunca
Não observado
17
Comprende e identifica os graus dos adejetivos
19
Identifica quantificadores numerais
Classifica as palavras como agudas, graves e exdrúxulas
10
13
Identifica GN e GV da frase
Utiliza os tempos verbais corretamente nas frases
3 0
7
7
0
13
16
0
4
0
Figura 4- Comparação da avaliação diagnóstica com a avaliação sumativa no domínio do CEL. Dados
recolhidos através da análise dos resultados das grelhas para avaliação diagnóstica e sumativa.
6.1.3. Matemática
Da análise dos dados relativos à área curricular disciplinar de MAT, verificou-se
que os alunos, tiveram uma ligeira progressão na aquisição de alguns dos conteúdos, e
adquiriram outros que até então não tinham sido trabalhados. A análise dos resultados
foi bastante positiva, uma vez que os alunos foram tendo resultados cada vez melhores
nos conteúdos trabalhados em diferentes tipos de atividades.
33
6.1.4. Estudo do Meio
Como foi explicado no ponto 2.10, não se realizou nenhuma grelha para registo
dos resultados da avaliação diagnóstica, o que não permite que haja uma comparação da
avaliação diagnóstica com a sumativa relativamente a esta área curricular. No final da
PESII, os alunos da turma ainda não tinham realizado a ficha de avaliação de EM, o que
também não nos permite apresentar os resultados dos alunos. No entanto, ao longo da
intervenção, o projeto relativo ao EM teve resultados bastante positivos, uma vez que
todos os alunos conseguiram cumprir as atividades propostas.
No que diz respeito às atividades práticas que foram sendo realizadas os alunos
obtiveram resultados muito positivos na maioria dos alunos da turma.
34
7. AVALIAÇÃO DO PLANO DE INTERVENÇÃO
Para além de se realizar uma avaliação dos alunos, é necessário, que após a
implementação de um PI, se proceda à sua avaliação. Essa avaliação foi realizada
incidido sobre o grau de consecução dos objetivos gerais propostos no início da
intervenção. Para isso, foram definidos alguns indicadores que permitem concluir se os
objetivos formulados foram ou não atingidos (anexo R).
A implementação de um projeto de intervenção de qualidade necessita de uma
gestão e uma avaliação contínua de modo a que seja possível alcançar uma construção
positiva e uma efetiva mudança (Leite, 1999). Neste sentido, é necessário que a
avaliação de um projeto não seja feita por intuição, mas sim de um forma profissional
em que a equipa assuma um papel de “professor investigador” e de um “professor
reflexivo” (Leite,1999).
Relativamente ao objetivo “desenvolver competências de escrita e de
explicação de regras de ortografia” constatou-se, através de variados momentos de
escrita, que os alunos foram progressivamente sendo cada vez mais capazes de escrever
textos completos e com sentido.
Nos momentos de trabalho de texto, verificou-se que os alunos conseguiam
melhorar um texto de um colega, tendo em conta a correção ortográfica e as regras de
ortografia, sendo capazes também de aplicar essas aprendizagens nas suas próprias
produções de texto. Ainda no que diz respeito a este objetivo, através da análise da
figura 5, pode-se verificar que, no decorrer das semanas de intervenção, a percentagem
de alunos com classificação “sempre” foi aumentando gradualmente, o que revela um
progresso dos alunos que inicialmente só “às vezes” tinham conseguido um
desempenho positivo nestes indicadores.
35
0
Respeita as regras de
ortografia
9
14
Alunos com classificação
"sempre" na 1ª semana
0
Escreve com correção
ortográfica
7
Alunos com classificação
"sempre" na 4ª semana
10
17
17
17
Escreve textos completos e
com sentido
0
5
10
15
Alunos com classificação
"sempre" na 6ª semana
20
Figura 5- Avaliação do objetivo “desenvolver competências de escrita e de explicação de regras de
ortografia”. Dados recolhidos através da análise dos resultados das grelhas para avaliação diagnóstica e
sumativa.
Com o intuito de “desenvolver competências de comunicação matemática”
durante o período de intervenção pedagógica foram proporcionados momentos em que
os alunos tiveram de comunicar o seu raciocínio/ pensamento. A participação foi
considerada uma das potencialidades da turma, logo, esta foi incentivada com
frequência, nomeadamente, aquando da explicação do seu pensamento acerca das
estratégias utilizadas na resolução de problemas e ainda em outras atividades. No
entanto, verificou-se que os alunos com mais dificuldades na oralidade eram aqueles
que manifestavam em simultâneo mais dificuldades no raciocínio matemático. Neste
sentido, foram realizadas diversas atividades exploratórias, com a possibilidade de
utilização de diversas estratégias de resolução, e realizadas parcerias de trabalho para
que os alunos com mais dificuldades as conseguissem superar. Para além disso,
aquando da correção das atividades, convidou-se sempre os alunos a explicar o modo
como tinham raciocinado, dando-lhes sistematicamente um feedback positivo centrado
no realce dos aspetos mais positivos que tinham conseguido relatar.
36
Assim, ao longo das semanas, e pela análise da figura 6, verificou-se uma
progressão significativa na resolução de problemas, tanto ao nível do uso de estratégias
adequadas, como da explicação oral do raciocínio.
6
Explica oralmente o seu
raciocínio
9
15
Alunos com classificação
"sempre" na 1ª semana
Alunos com classificação
"sempre" na 4ª semana
6
Resolve problemas usando
estratégias adequadas
Alunos com classificação
"sempre" na 6ª semana
11
16
0
5
10
15
20
Figura 6- Avaliação do objetivo “desenvolver competências de comunicação matemática”. Dados
recolhidos através da análise dos resultados das grelhas para avaliação diagnóstica e sumativa.
Por último, ao longo de toda a ação pedagógica, também foram realizadas
algumas atividades práticas, com o objetivo de ir ao encontro do objetivo “aprofundar
o conhecimento científico, promovendo atividades práticas que contribuam para
estimular o pensamento crítico.”
Nestas atividades, os alunos demonstraram sempre bastante interesse e
entusiamo, pelo que se obtiveram resultados muito positivos. Assim, no seu decurso,
foram capazes de formular e conjeturar hipóteses, de seguir os procedimentos descritos,
de analisar dados e retirar e avaliar conclusões. Quando não tiveram oportunidade de
realizar este tipo de atividades a formulação de conclusões nunca foi tão clara.
37
8. APRESENTAÇÃO FUNDAMENTADA DO PROCESSO DE
INTERVENÇÃO EDUCATIVA COM ENFOQUE PARA O
ESTUDO DE INVESTIGAÇÃO
8.1.
O Metodologia: métodos e técnicas de recolha e tratamento de
dados
O presente estudo pretende abordar a questão da pertinência das atividades
práticas em sala de aula, no âmbito do EM, e perceber se as mesmas facilitam a
aquisição de conhecimento nos alunos do 1.ºCEB.
O tema surgiu ao longo do tempo de observação, em que se constatou que a
realização de atividades práticas não era frequente. Assim, e no sentido de ir ao
encontro do último objetivo geral do PI e também de um interesse pessoal sobre o
assunto, procurou-se criar uma dinâmica de intervenção que incluísse as atividades
práticas, e também perceber se as mesmas influenciavam as aprendizagens dos alunos.
Para tal, optou-se por um modelo quasi-experimental, com uma seleção não
aleatória das turmas participantes. Consequentemente foi necessário a participação de
duas turmas com características semelhantes em termos de desempenho e postura na
sala de aula, de modo a comparar as aprendizagens dos alunos porque sujeitas a um
tratamento diferente. Para tal, foram selecionados os quatro temas programáticos
seguintes. Porque é que Chove?; Porque é que uns objetos flutuam e os outros vão ao
fundo?; Permeabilidade dos Solos; Identificação das Rochas. Os temas foram
trabalhados quinzenalmente, sempre à quarta-feira, em ambas as turmas, recorrendo-se
a uma apresentação em PowerPoint sobre cada um dos temas e que foi explorado como
exercício de discussão. Para se assegurar alguma equidade, a abordagem foi efetuada
pela mesma professora estagiária em ambas as turmas, e a turma em que foi
implementado o PI apenas se diferenciou por abordar os assuntos também através de
atividades práticas que antecidiam sempre a respetiva apresentação em PowerPoint. As
atividades práticas que foram implementadas tiveram um teor ligeiramente diferente.
Foram sobre os temas: Porque Chove?; Porque é que os objetos flutuam e os outros vão
ao fundo?, Permeabilidade dos Solos e Identificação de rochas. As atividades sobre a
38
flutuação e sobre os solos tiveram um carácter experimental, com manipulação de
variáveis. Nos anexos S, T, U e V encontram-se as fichas de exploração das atividades
realizadas. No final da semana respetiva, foi aplicada uma ficha de verificação de
conhecimentos do conteúdo trabalhado nessa semana (anexos W, X, Y e Z). A primeira
ficha teve uma estrutura um pouco diferente das restantes. No início definiu-se que as
fichas iriam conter três questões, em que as duas primeiras seriam de resposta curta e a
última seria uma pergunta de aplicação, com um grau de dificuldade maior. No entanto,
após a aplicação da primeira ficha, verificou-se a necessidade de cada ficha conter mais
itens para melhor avaliar a compreensão dos alunos sobre o tema. Neste sentido, a
pergunta número 2 passou ser constituída por várias frases em que os alunos tinham de
verificar a veracidade (verdadeiro ou falso). Cada ficha foi cotada com o valor máximo
de 20 valores, em que a primeira e a segunda valiam 5 valores cada e a última, a de
aplicação, os restantes 10 valores.
As fichas de verificação foram quantificadas, como se de um teste se tratasse,
tendo os resultados das aprendizagens das duas turmas sido comparados no sentido de
verificar se as diferenças eram estatisticamente significativas (p<0,05).
Foram utilizados dois tipos de testes para se obter a significância: o MannWhitney test e o t-test. Utilizou-se o primeiro teste para as variáveis enviesadas e o
outro para as variáveis normalmente distribuídas.
8.2.
A Importância das atividades práticas no 1.ºCiclo do Ensino
Básico
As crianças são seres com uma grande curiosidade sobre tudo o que as rodeia.
São várias as questões que fazem sobre temas que muitas vezes achamos que não são do
seu interesse. Neste caso, os professores têm um papel fundamental, não devendo
mutilar a curiosidade dos alunos, mas sim alarga-la, mantendo viva a necessidade que as
crianças têm em tocar e experimentar. O EM apresenta-se como uma disciplina que
pode proporcionar o desenvolvimento de várias competências, pois no seu seio podem
39
ser realizadas atividades práticas relacionadas essencialmente com as Ciências da
Natureza.
Segundo Sá (2000), a Ciência deve ser vista para as crianças “como um processo
que lhes interpela o pensamento e incita à acção na busca de superiores níveis de
conhecimentos e compreensão do mundo físico-natural envolvente.” (p.3).
No decorrer do processo de ensino-aprendizagem, Peixoto (2008), afirma que o
trabalho prático em sala de aula, tem um papel fundamental precisamente pela sua
natureza prática. Os conteúdos a ser trabalhados passam a ter mais significado para as
crianças, e as suas aprendizagens tornam-se significativas. Neste sentido quando os
alunos podem contactar com o objeto concreto, transmite-lhes a ideia de algo real, o que
aproxima esse conteúdo do quotidiano.
Para Pires (2002), as atividades práticas permitem desenvolver nos alunos
competências cognitivas simples e complexas. Neste sentido, as primeiras estão
“relacionadas com a aquisição de conhecimento que requer um baixo nível de
abstracção e que se manifesta na capacidade de adquirir conhecimento factual e de
compreender conceitos ao mais baixo nível” (p. 61); já as segundas, estão “relacionadas
com a aquisição de conhecimento que exige um elevado nível de abstracção e que se
manifesta na capacidade de compreender conceitos ao mais alto nível e na aplicação de
conhecimentos a situações novas” (p. 61). Para além de competências a nível cognitivo,
as atividades práticas permitem ainda desenvolver nos alunos competências
psicomotoras, e ainda se forem realizadas em grupo, competências sócio afetivas, pois
estimulam a cooperação, respeito entre todos, responsabilidade e a ajuda entre colegas
(Pires, 2002).
Assim, as atividades práticas não são (ou não podem ser) meramente
manipulações físicas, que são executadas pelos alunos de uma forma mecânica seguindo
as instruções dadas. Por isso, segundo Sá (2000), o ensino experimental das Ciências
deve ser encarado como um todo, em que o pensamento e ação se relacionam entre si. O
mesmo autor ressava ainda a importância de em qualquer atividade deste tipo se incluir
três momentos fulcrais: a) antes: previsão; b) durante: execução e observação e c)
depois: explicação, reflexão e avaliação.
40
Segundo Pereira (2002), no âmbito do EM, as atividades práticas para além de
promoverem as aprendizagens dos alunos sobre o conteúdo a trabalhar, também
desenvolvem competências de outras áreas disciplinares, pois os três momentos
essências do trabalho prático, referidos já anteriormente, ajudam os alunos a
desenvolver a capacidade de comunicação oral e escrita.
As atividades práticas e as atividades experimentais são duas nomenclaturas que
são utilizadas por vários autores, mas que encerram alguma diferença na sua
conceptualização. Pode-se definir as atividades práticas como atividades realizadas
pelos alunos com a utilização de materiais para observar determinados fenómenos, e
atividades experimentais como as atividades que envolvem a definição de vários tipos
de varíaveis (independente, dependente e de controlo), sendo que as atividades
experimentais podem ser incluidas nas atividades práticas. (Santos, 2002).
Na tabela seguinte é apresentado um resumo da responsabilidade de Sá (2002),
que sistematiza o papel do aluno e do professor no decurso da aprendizagem
experimental.
41
Tabela 4 – O papel a assumir pelo aluno e pelo professor na aprendizagem experimental
Alunos
-Explicar os seus pensamentos e ideias.
Professores
-Valorizar o pensamento do aluno;
-Formular questões para estimular o pensamento
crítico dos alunos;
-Procurar intender as ideias transmitidas pelos
alunos.
-Partilhar argumentos em grande e pequeno grupo.
-Estimular a discussão e cooperação entre os
grupos.
-Refletir sobre as suas ideias e as ideias dos
-Estimular nos alunos a curiosidade de confronto
colegas;
de ideias com os procedimentos
-Confrontar as suas ideias com a dos colegas e
práticos/experimentais
com a prova prática/experimental.
-Planificar e executar os procedimentos seguindo
-Promover o questionamento pertinente nos alunos
as normas do plano estabelecido.
de modo a que os mesmo vão evoluindo ao nível
reflexivo.
-Submeter as evidências a reflexões individuais e
-Estimular os alunos a comunicar as suas reflexões
em grupo;
individuais e em grupo
-Resolver questões que surgem e interpretar
-Focalizar a atenção dos alunos para os aspetos
resultados.
mais relevantes das evidências.
-Consolidar as suas aprendizagens através do
-Incentivar os alunos a fazerem relatórios;
registo oral e escrito, confrontando as suas ideias
-Assinalar erros e questões pertinentes;
iniciais com as conclusões obtidas.
-Solicitar aos alunos para partilharemos seus
relatórios.
Para além das atividades serem uma mais-valia para o desenvolvimento das
aprendizagens, as crianças mostram também um grande interesse por este tipo de
atividades. Contudo, infelizmente, não é frequente a sua inclusão em EM nas escolas,
existindo a desculpa de falta de tempo e da falta de materiais necessários para a
realização das mesmas. No entanto, importa reforçar a ideia de que as atividades
práticas não podem ser vistas como uma perca de tempo, mas sim como uma forma de
promoção das aprendizagens dos alunos. Alem do mais, a aprendizagem de alguns
conteúdos torna-se muito mais clara para os alunos quando estes estão em contacto com
o objeto de estudo.
42
8.3.
Apresentação e análise dos Resultados
Para verificar diferenças significativas nos resultados obtidos nas quatro fichas
de verificação nas duas turmas, realizou-se uma base de dados com os resultados e que
foi introduzida no programa de SPSS
Primeiramente criaram-se cinco variáveis dependentes com o nome Tot1, Tot2,
Tot3, Tot4 e Totalfinal em que cada simbolizava os resultados obtidos por cada aluno
em cada ficha de verificação respetivamente, sendo que o Totalfinal correspondia à
média obtida nas quatro fichas de verificação e uma variável independente que definia a
turma a que pertencia cada aluno e que correspondia à realização ou não de atividades
práticas.
Para definir que teste aplicar, foi importante perceber a distribuição das variáveis
dependentes. A distribuição das variáveis pode ser normalmente distribuída ou
enviesada, aplicando-se no primeiro caso um teste paramétrico e no segundo um teste
não paramétrico.
Para definir se a variável é normalmente distribuída ou enviesada é necessário
dividir os valores obtidos em Skewness (Enviesamento) (SK) pelo Std.Error of
Skewness (Desvio-Padrão do respetivo enviesamento) (SFK). Se o resultado for igual
ou < 1,96 (positivo ou negativo) a distribuição não é significativamente enviesada, logo
assume-se que os valores estão normalmente distribuídos. Na tabela 5 encontram-se
apresentados os resultados obtidos, para definir o modo de distribuição das variáveis.
Tabela 5 – Definição do tipo de distribuição das variáveis
Variáveis
Tot1
Tot2
Tot3
Tot4
TotFinal
SK
SFK
Sk/ SFK = Z
Distribuição
-0,861
0,378
-2,27
Enviesada
0,102
0,378
0,27
Normalmente distribuída
-0,200
0,378
-0,53
Normalmente distribuída
-0,618
0,378
-1,63
Normalmente distribuída
-0,633
0,378
1,67
Normalmente distribuída
43
Pela análise da tabela anterior, verifica-se que apenas a variável Tot1 tem uma
distribuição enviesada. Neste sentido, o teste a aplicar para esta variável é o não
paramétrico Mann-Whitney test e para as restantes o paramétrico t-test.
De seguida é apresentada uma tabela com os resultados obtidos com os
respetivos valores de p obtidos.
Tabela 6- Apresentação dos resultados
Graus de
Variáveis
liberdade
Significância
Valor de t
(DF)=N-2
Tot1
Tot2
Tot3
Tot4
TotFinal
das diferenças
Resultados
de médias (p)
37
-0,861
0,389
T(37)= - 0,861, p = 0,389
37
3,34
0,001
T(37)= 3,34, p=0,001
37
3,31
0,002
T(37)= 3,31, p = 0,002
37
8,84
0,000
T(37) = 8,84, p < 0,001
37
6,65
0,000
T(37) = 6,65, p < 0,001
Neste sentido, verifica-se que na ficha de verificação 1, as aprendizagens dos
alunos da turma que vivenciaram atividades práticas não foi significativamente diferente
das dos alunos que não as vivenciaram. No entanto, em todas as outras fichas de
verificação a diferença foi significativa.
A menor diferença na ficha de verificação 1 pode estar relacionada com a sua
estrutura que foi ligeiramente diferente das restantes. De facto, esta ficha tinha menos
itens do que as restantes, podendo o resultado sido condicionado por este motivo.
Assume-se que na aplicação da primeira ficha se estava ainda a tentar encontrar um
modelo consistente, que só surgiu a partir da segunda atividade.Este modelo consistiu
em conter um maior número de itens para permitir avaliar o desempenho de cada aluno
de uma forma mais pormenorizada.
44
Os resultados do estudo permitem concluir que as atividades práticas promovem
as aprendizagens, pois os conteúdos passaram a tornar-se mais claros para os alunos.
Assim, este estudo vem reforçar a posição expressa por vários autores acerca da
pertinência das atividades práticas, lembrando ainda que neste estudo não foram
analisados outras aspetos que poderiam igualmente ter sido interessantes verificar como
as interações dos alunos no decursos destas mesmas atividades e a melhoria dos
mesmos em termos de alguns processos científicos.
45
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como conclusão, importa tecer algumas considerações acerca da importância da
PES II no processo formativo dos estudantes estagiários, recorrendo-se a considerações
de carácter mais pessoal. De facto, A PES II possibilitou a inserção numa realidade
educativa do 1.ºCEB, bem como a possibilidade de lecionar as diferentes áreas
disciplinares, o que se traduzir por um enorme enriquecimento ao nível da lecionação de
conteúdos e da seleção das estratégias e atividades mais eficazes para essa mesma
lecionação.
O contexto de estágio permite colocar em prática as aprendizagens e
competências adquiridas no decorrer de toda a formação académica, evidenciando até a
pertinência de algumas abordagens que fora do contexto da prática parecerem na altura
menos necessárias. É também contexto da prática que que surgem mais percetíveis as
potencialidade e fragilidades de cada um, uma vez que se é confrontado com novas
situações que colocam á prova as nossas competências.
Importa também referir que todo o projeto de intervenção foi desenvolvido num
contexto de estágio estimulante, que permitiu relacionar a teoria com a prática e
enfrentar situações que permitem contribuir para um processo formativo que está longe
de ter terminado.
As semanas de observação, que antecederam a prática, foram essenciais para
conhecer o contexto socioeducativo no qual esta se iria desenvolver. Durante esse
período recolheu-se o maior número de dados que permitissem identificar as vivências
dos alunos, bem como as potencialidades e fragilidades dos alunos da turma. Com a
recolha desses dados foi possível definir um conjunto de objetivos gerais, que foram
mobilizados para as planificações das atividades e para as estratégias a utilizar na
intervenção. Neste sentido, é de realçar que a relação existente entre o par e a
orientadora cooperante, que sempre se mostrou recetiva a novas propostas, apoiandonos sempre que necessário, se revelou essencial para o sucesso alcançado.
Ao longo da intervenção existiu uma preocupação em desenvolver propostas de
trabalho que requeriam uma planificação cuidada de modo a tornar o trabalho exigente e
46
coerente. Neste sentido, todas as semanas se realizaram reuniões com a orientadora
cooperante de modo a se avaliar as aprendizagens dos alunos e delinear novas
atividades e pensar novas estratégias.
Por todas as razões apontadas, o período de intervenção conduziu claramente a
um crescimento pessoal. Este crescimento decorreu também do facto de ter contactado
com um modelo pedagógico que até então nunca tinha vivenciado, e que incluía a
dimensão do Ensinar a Investigar, que conduziu ao desenvolvimento de um projeto de
EM, em que as diferentes áreas disciplinares eram também mobilizadas. Esse projeto
tinha como temática “Conhecer Portugal”. No início algum receio foi sentido, perante a
falta de familiarização com o modelo pedagógico já referido. No entanto, após o
esclarecimento do mesmo por uma responsável do colégio, bem como de esforços de
pesquisa pessoal, os receios forma ultrapassados e o projeto foi bem sucedido.
Ao longo do PESII foi ainda desenvolvido um estudo com o objetivo de
perceber se as atividades práticas promovem a aquisição de conhecimento no âmbito do
EM. Para além do interesse pessoal sobre a temática em causa, o estudo constituiu uma
mais valia para a turma em que foi desenvolvido o PI, uma vez que estas atividades
tinham sido raras até então.. Este estudo vim a concluir que é acentuou a necessidade de
a escola privilegiar igualmente uma dimensão prática na ação educativa, permitindo
assim o desenvolvimento nos alunos de um leque mais alargado de competências.
Em suma, todos os momentos de intervenção foram essenciais para desenvolver
a aprendizagem enquanto docente. Um bom professor deve-se desafiar a si mesmo,
apostando sempre na sua formação de modo a evoluir e refletir sobre as suas práticas,
tentando não repetir certos erros que podem prejudicar o desenvolvimento das
competências dos alunos. O momento de partilha entre profissionais torna-se uma maisvalia, uma vez que a troca de experiências e de conhecimentos são essenciais para uma
reflexão continuada acerca da nossa prática. Em termos pessoais, este foi um período
sem dúvida marcante para o meu futuro profissional.
47
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Batista, A., Viana, F. L. & Barbeiro, L. F. (2011). O Ensino da Escrita: Dimensões
Gráfica e Ortográfica. Lisboa: Ministério da Educação
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http://pessoal.utfpr.edu.br/sant/arquivos/Transdisciplinaridade.pdf
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Acime.
Heacox, D. (2006). Diferenciação curricular na sala de aula. Porto: Porto Editora
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Instituto Piaget.
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A. V., … Pereira, S. J. (2009). Despertar para a Ciência: Actividades dos 3 aos 6 anos.
Lisboa: Ministério de educação – Direcção Geral de inovação e desenvolvimento
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Consultado a 30 de março de 2014, em
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48
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Consultado a 30 de março de 2014, em
http://www.oparque.com/pt/curriculum/1-ciclo
Peixoto, A. (2008). A criança e o conhecimento do mundo: atividades laboratoriais em
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Aprendizagem Significativa Segundo Ausubel. Rev. PEC, Curitiba, 2(1) 37-42,
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Perrenoud, P. (1997). Conceber e desenvolver dispositivos de diferenciação à volta das
competências. L'Éducateur Magazine.
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1º ciclo do Ensino Básico. Tese de doutoramento, Faculdade de Ciências da
Universidade de Lisboa.
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Oliveira, P.A. (s.d.). Programa de matemática do Ensino Básico. Lisboa: Ministério da
Educação.
Reis, C. (Coord.) (2009). Programas de Português do Ensino Básico. Lisboa:
Ministério da Educação.
Ribeiro, L. (1993). Avaliação da Aprendizagem. Lisboa: Texto Editora.
Sá, J. (2000). A Abordagem Experimental das Ciências no Jardim de Infância e 1ºCiclo
do Ensino Básico: Sua Relevância para o Processo de Educação Científica nos Níveis
de Escolaridade Seguintes. Braga: Universidade do Minho
49
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Porto Editora.
Santos, M. C. (2002). Trabalho Experimental no Ensino das Ciências. Lisboa: Instituto
de Inovação Educacional.
Sousa, M. J. & Baptista, C. S. (2011).Como fazer investigação, Dissertações, Teses e
Relatórios. (3.ªED.). Lisboa: LIDEL
Tenreiro-Vieira, C. e Vieira, R. (2000). Promover o Pensamento Crítico dos Alunos –
Propostas Concretas para a Sala de Aula. Porto: Porto Editora.
Vasconcelos, C. & Almeida, A. (2012). Aprendizagem Baseada na. Resolução de
Problemas no Ensino das Ciências. Porto: Porto Editora
Zabalza, M (2003). Planificação e desenvolvimento curricular na escola. Edições ASA.
Documentos Oficiais
Plano Curricular de Turma (2013/ 2014)
Projeto Educativo (2011/2012)
Decretos - Lei
Decreto – Lei nº6/2011, de 18 de janeiro
Decreto – Lei nº33/2014, de 4 de março
Despacho Normativo nº 30/2011, de 19 de julho
50
ANEXOS
51
Anexo A – Empregabilidade da população
FiguraA1 – População empregada na freguesia de São Francisco Xavier. Dados recolhidos no IME,2012
52
Anexo B – Abandono escolar
Figura B2 – Taxa de abandono escolar de freguesia de São Francisco Xavier e de Portugal. Dados
recolhidos no IME,2013
53
Anexo C – Distribuição do género dos alunos
Masculino
45%
Feminino
55%
Figura C3 – Género dos alunos da Turma. Dados recolhidos através do PCT
54
Anexo D – Distribuição das idades dos alunos
8 anos
9 anos
3
17
Idades dos alunos da turma
Figura D4 – Idades dos alunos da turma até ao final do ano letivo. Dados recolhidos através da
calendarização dos aniversários.
55
Anexo E – Descrição dos instrumentos e materiais existentes na área
da organização e na área de apoio ao Programa
Tabela E1 – Descrição dos instrumentos e materiais
Área / Instrumentos / Materiais
Descrição
Mapa das tarefas
Tabela de dupla entrada, onde, semanalmente,
se regista e avaliam os alunos responsáveis por
determinadas tarefas definidas pela turma.
Potencia a progressiva responsabilização e
envolvimento dos alunos.
Mapa do Tempo
Calendário ampliado, onde os alunos registam
os dias da semana e indicam o tempo
meteorológico.
Mapa das Presenças
Registo mensal, onde os alunos, diariamente
registam as presenças e faltas, para análise
mensal.
Agenda
Agenda semanal, onde se encontram registados
os momentos de trabalho diários negociados em
turma à segunda-feira. Pode ser consultada
autonomamente por todos os alunos e
professores.
Diário de Turma
Cartaz, a que as crianças podem recorrer
autonomamente para registar propostas e
assuntos a serem debatidos e resolvidos em
conselho de turma.
Atas dos Conselhos de
Turma
Documentos têm como função regular e orientar
o trabalho dos alunos, com registo das decisões
e compromissos que são tomados em conselho
de turma. Sintetiza a vida social do grupo.
Regras da sala de aula
Cartaz elaborado com os alunos, de regras
negociadas para o bom funcionamento de
trabalho em sala de aula.
PIT
Documento
regulador
de
atividades
a
desenvolver no tempo de estudo autónomo,
com auto e heteroavaliação do trabalho
realizado.
Ficheiros
Contribui para o funcionamento de tempo de
estudo autónomo, tendo ficheiros de diversas
áreas,
acompanhados
de
grelhas
de
preenchimento, para que os alunos registem as
Área da
Organização
56
Armários de material
cooperativo
Biblioteca
Área de
apoio ao
Programa
Painel Língua Portuguesa
Painel Matemática
Painel Projetos
fichas realizadas.
Onde se organizam os materiais de desgaste
diários (lápis carvão, borrachas, canetas filtro,
etc.) utilizados pelos alunos. Estes estão à
disponibilidade das crianças para utilizar em
determinadas situações, de forma autónoma e
responsável.
Espaço onde os alunos podem encontrar
diferentes tipos de escritos – desde histórias,
livros informativos, revistas, manuais – que
podem ler e consultar no TEA ou para a
realização de projetos.
Estes placards têm como função a organização
de todos os cartazes e materiais construídos
com e para os alunos, onde podem recorrer
autonomamente para a execução das tarefas e
atividades.
57
Anexo F – Planta da sala de aula
Figura F5 – Planta da sala de aula
Legenda:
1 – Mesas
2 – Cadeiras
3 – Computador
4 – Quadro de ardósia
5 – Quadro interativo
6 – Armários de material cooperativo
7 – Biblioteca de turma
8 – Área da organização
9 – Área de apoio ao programa
10 – Ficheiros do TEA
11 – Janelas
12 – Porta
58
Anexo G – Exemplo de planificação semanal
Figura G6 – Planificação semanal
59
Anexo H – Grelha para registo da avaliação diagnóstica das Competências Sociais
Tópicos
Autonomia
Realiza os
trabalhos
Sozinho
Com ajuda
Do professor
Dos colegas
É assíduo
É pontual
Responsabilidade
Realiza as atividades
Cumpre as suas tarefas
Respeita o trabalho dos colegas
Arruma o material que utiliza
Ajuda os colegas
Cooperação
Pede ajuda
À professora
Aos colegas
Partilha o material
Permanece sentado no seu lugar
Comportamento
Está sentado corretamente
60
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
Indicadores
2
1
Alunos
Conversa com os colegas
Manipula objetos não necessários à atividade
Agride/ agarra os colegas
Produz ruídos desnecessários
Danifica trabalhos
Por iniciativa própria
Participa
Quando lhe é solicitado
Respeita as
Participação
Pede autorização para intervir
regras de
Os colegas
comunicaçã
Interrompe
o
A professora
É oportuno nas intervenções
Relacionamento
Aceita
Dos colegas
críticas
Do professor
Resolve
conflitos
recorrendo
Ao professor
Aos colegas
Integra-se com a turma
Tabela H2 – grelha para registo da avaliação diagnóstica das CS
LEGENDA
Sempre
Às vezes
Muito raramente
Nunca
61
Não observado
Anexo I – Análise da grelha para registo da avaliação diagnóstica das
competências sociais
Sempre
Às vezes
Raramente
Nunca
Não observado
19%
0%
0%
81%
Figura I7-. Realiza os trabalhos sozinho. Dados recolhidos através do preenchimento da grelha de
avaliação diagnóstica de Competências Sociais
Sempre
Às vezes
0%
Raramente
Nunca
0%
0%
Não observado
35%
65%
Figura I8 -. Realiza os trabalhos com a ajuda do professor. Dados recolhidos através do preenchimento da
grelha de avaliação diagnóstica de Competências Sociais
62
Sempre
Às vezes
Raramente
Nunca
Não obsrevado
0%
0%
100%
FiguraI9 -. Realiza os trabalhos com a ajuda dos colegas. Dados recolhidos através do preenchimento da
grelha de avaliação diagnóstica de Competências Sociais
Figura I10. Responsabilidade dos alunos. Dados recolhidos através do preenchimento da grelha de
avaliação diagnóstica de Competências Sociais
63
Figura I11 -. Cooperação dos alunos. Dados recolhidos através do preenchimento da grelha de avaliação
diagnóstica de Competências Sociais
Figura I12- Comportamento dos alunos. Dados recolhidos através do preenchimento da grelha de
avaliação diagnóstica de Competências Sociais
64
Figura I13. Participação dos alunos. Dados recolhidos através do preenchimento da grelha de avaliação
diagnóstica de Competências Sociais
Sempre
20
Às vezes
Raramente
20
0 0 0 0
Aceita críticas
dos colegas
20
0 0 0 0
0
Nunca
Não observado
20
0 0 0
20
0 0 0 0
0 0 0 0
Aceita críticas do Resolve conflitos Resolve conflitos Integra-se com a
professor
recorrendo ao
recorrendo aos
turma
professor
colegas
Figura I14-. Relacionamento dos alunos. Dados recolhidos através do preenchimento da grelha de
avaliação diagnóstica de Competências Sociais
65
Anexo J – Grelha para registo da avaliação diagnóstica de Português
1. Utiliza vocabulário variado
2. Explica pensamentos com sentido e de
forma organizada
Compreensão e expressão oral
3. Justifica as suas escolhas e opiniões
4. Reconta histórias ouvidas
5.
Ouve
histórias
com
atenção
e
concentração
6. Identifica a informação principal de um
texto
7. Responde oralmente a perguntas que
lhe são colocadas
8. Espera pela sua vez de falar
9. Apresenta produções aos colegas
66
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
1
Indicadores
2
Alunos
10.
Faz
comentários
sobre
as
apresentações dos colegas
11. Dá a opinião e debate ideias
1. Lê corretamente as palavras de um texto
2. Lê de forma fluente e expressiva
3. Compreende palavras com significados
Leitura e compreensão
iguais em frases e expressões diferentes
4. Identifica o tema do texto
5.Relaciona
informações
para
compreender a mensagem principal
6. Sublinha palavras desconhecidas para
procurar no dicionário
7. Dá opinião sobre um texto lido
8. Lê textos por iniciativa própria
9. Identifica a parte da história em que teve
dificuldade de compreensão
10. Reconhece onomatopeias
11. Descobre pelo texto o significado de
palavras difíceis
67
1. Escreve com letra legível
2. Respeita as regras de ortografia
3. Escreve com correção ortográfica
4. Utiliza corretamente o parágrafo
5. Usa a pontuação corretamente
Escrita
6. Faz a translineação corretamente
7.
Faz
sugestões
para
melhorar
e
completar um texto
8. Escreve textos completos e com sentido
9. Escreve diferentes tipos de texto
10. Planifica corretamente um plano de
escrita
11. Respeita as regras do diálogo
12.. Escreve textos respeitando a proposta
dada
68
1. Divide as palavras silabicamente e em
translineação
2. Classifica as palavras como agudas,
graves e esdrúxulas
3. Identifica nomes próprios e comuns
Conhecimento Explícito da Língua
4. Conhece os tempos verbais
5. Utiliza os tempos verbais corretamente
nas frases
6. Sabe procurar palavras no dicionário
7. Conhece e utiliza os acentos gráficos
8. Conjuga verbos regulares e irregulares
9. Identifica pronomes pessoais
10. Conhece e identifica determinantes
possessivos
11. Conhece e identifica determinantes
demonstrativos
12. Identifica quantificadores numerais
13. Identifica o advérbio de negação e
afirmação
14.
Distingue
palavras
variáveis
de
invariáveis
69
15. Identifica GN e GV da frase
16. É capaz de expandir o GN e GV
17. Identifica o sujeito e predicado na frase
18. Forma palavras partindo de prefixos e
sufixos
19. Sabe o que são palavras homófonas e
homógrafas e homónimas
20.Identifica discurso direto e indireto
21. Compreende e identifica os graus dos
adjetivos
22. Distingue palavras simples de palavras
complexas
Tabela J3- Grelha para registo da avaliação diagnóstica de PT
LEGENDA
Sempre
Às vezes
Muito raramente
Nunca
70
Não observado
Anexo K – Análise da grelha para registo da avaliação diagnóstica de
Português
Sempre
Às vezes
Raramente
Nunca
0
Não observado
0
5
20
15
Ouve histórias com atenção e
concentração
Identifica a informação
principal de um texto
Figura K15- Compreensão oral. Dados recolhidos através do preenchimento da grelha de avaliação
diagnóstica de Língua Portuguesa
Sempre
0
2
Às vezes
0
Raramente
0
Nunca
5
0
4
4
7
Não observado
6
9
10
11
8
Explica
pensamentos
com sentido e
de forma
organizada
Justifica as
suas escolhas
e opiniões
11
Apresenta
produções aos
colegas
0
1
13
9
Faz
comentários
sobre as
apresentações
dos colegas
Dá opinião e
debate ideias
Figura K16- Expressão oral. Dados recolhidos através do preenchimento da grelha de avaliação
diagnóstica de Língua Portuguesa
71
Sempre
0
2
0
4
Às vezes
0
Raramente
0
2
Nunca
0
Não observado
0
0
5
13
20
16
18
20
20
13
2
5
0
0
0
0
Lê
Lê de forma Compreende Identifica o
Relaciona Lê textos por Descobre
corretamente fluente e palavras com tema do texto informações
iniciativa
pelo texto o
as palavras expressiva significados
para
própria
significado de
de um texto
iguais em
compreender
palavras
frases e
a mensagem
difíceis
expressões
principal
diferentes
Figura K17- Leitura e Compreensão. Dados recolhidos através do preenchimento da grelha de avaliação
diagnóstica de Língua Portuguesa
72
Anexo L – Grelha para registo da avaliação diagnóstica de Matemática
1. Lê e escreve números cardinais até ao
milhar
2. Lê e escreve números cardinais até ao
milhão
Números e Operações
3. Faz a leitura de números por ordens e por
classes
4. Lê e escreve os números ordinais
5. Lê e escreve numeração romana
6. Decompõe números até ao milhar
7. Decompõe números até ao milhão
8. Utiliza sinais de < = >
9. Lê e escreve números decimais
10. Arredonda números utilizando o valor e
posição dos algarismos
11.
Utiliza
o
algoritmo
da
adição
com
transporte
73
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
1
Indicadores
2
Alunos
12. Utiliza o algoritmo da subtração com
empréstimo
13. Memoriza as tabuadas
14. Identifica e calcula os múltiplos
15. Sabe calcular números por 10; 100 e 1000.
16. Utiliza estratégias de cálculo mental
trabalhadas.
17. Utiliza o algoritmo da multiplicação
18. Resolve problemas usando as estratégias
adequadas
19. Explica oralmente o seu raciocínio
20. Identifica o divisor, dividendo e resto
21. Representa frações na reta numérica
22. Identifica o numerador e o denominador na
fração
23. Representa valores decimais em forma de
fração
a
d
i
d
e
M
1. Descreve itinerários
e
a
ri
t
e
m
o
e
24. Identifica frações equivalentes
74
2. Indica direções com linguagem apropriada
3. Identifica quadrículas seguindo coordenadas
4. Sabe a diferença entre circunferência e
círculo
5. Distingue centro, raio e diâmetro
6. Relaciona notas e moedas
7. Lê e representa as horas
8. Calcula intervalos de tempo
9. Reconhece as medidas de comprimento
10.
Faz
conversões
das
medidas
de
comprimento
11. Reconhece as medidas de área
12. Faz conversões das medidas de área
13.
Relaciona
sólidos
com
as
suas
planificações
OTD
1. Organiza dados num diagrama de caule-efolhas
2. Identifica a frequência absoluta
3. Identifica a moda
75
4. Interpreta e constrói tabelas de dupla
entrada
5. Identifica a amplitude entre valores máximos
e mínimos
6. Resolve problemas de análise de tabelas,
diagramas e gráficos.
7.
Resolve
problemas
envolvendo
a
organização de dados por categorias/ classes.
Tabela L4 – Grelha para registo da avaliação diagnóstica de MAT
LEGENDA
Sempre
Às vezes
Muito raramente
Nunca
76
Não observado
Anexo M – Análise da grelha para registo da avaliação diagnóstica de
Matemática
Sempre
Às vezes
0
2
20
18
Raramente
Nunca
0
2
0
1
18
19
Não observado
0
4
16
0
1
19
0
Figura M19. Leitura e escrita de números. Dados recolhidos através do preenchimento da grelha de
avaliação diagnóstica de Matemática
0
1
0
2
13
12
6
6
20
15
10
5
0
Resolve problemas usando as
estratégias adequadas
Sempre
Às vezes
Explica oralmente o seu
raciocínio
Raramente
Nunca
Não observado
Figura M20. Resolução de problemas. Dados recolhidos através do preenchimento da grelha de avaliação
diagnóstica de Matemática
77
Sempre
Às vezes
0
0
20
Reconhece as
medidas de
comprimento
Raramente
Nunca
Não observado
0
0
13
13
7
7
20
Faz conversões
das medidas de
comprimento
Reconhece as
medidas de área
Faz conversões
das medidas de
área
Figura M21- Medidas de comprimento e de área. Dados recolhidos através do preenchimento da grelha
de avaliação diagnóstica de Matemática
78
Anexo N - Ponderações realizadas pela orientadora cooperante relativa ao Estudo do Meio
Tabela N5 – Ponderações relativas ao EM
79
Indicadores
Sozinho
Reali
Autonomia
za os
Do
Com
trabalhos
professor
ajuda
Dos
colegas
É assíduo
É pontual
Realiza as atividades
Responsa
bilidade
Cumpre as suas tarefas
Respeita o trabalho dos colegas
Arruma o material que utiliza
Cooperaç
ão
Ajuda os colegas
Ped
e ajuda
À professora
Aos colegas
80
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
Alunos
2
Tópicos
1
Anexo O – Grelha para registo da avaliação sumativa de Competências Sociais
Partilha o material
Permanece sentado no seu lugar
Está sentado corretamente
Conversa com os colegas
Manipula objetos não necessários
Comporta
mento
à atividade
Agride/ agarra os colegas
Produz ruídos desnecessários
Danifica trabalhos
Parti
Por iniciativa própria
Quando lhe é
cipa
Participaç
ão
solicitado
Res
peita as
regras de
comunicaç
ão
Pede autorização
para intervir
Os
Inter
colegas
rompe
A
professora
É oportuno nas intervenções
Relaciona
Aceit
Dos colegas
81
mento
a críticas
Do professor
Ao
Res
olve
conflitos
recor
professor
rendo
Aos
colegas
Integra-se com a turma
Tabela O6 – Grelha para registo da avaliação sumativa as CS
LEGENDA
Sempre
Às vezes
Muito
raramente
Nunca
82
Não observado
1. Utiliza vocabulário variado
2.
Explica
pensamentos
com
sentido e de forma organizada
Compreensão e expressão oral
3. Justifica as suas escolhas e
opiniões
4. Reconta histórias ouvidas
5. Ouve histórias com atenção e
concentração
6. Identifica a informação principal
de um texto
7. Responde oralmente a perguntas
que lhe são colocadas
8. Espera pela sua vez de falar
9.
Apresenta
produções
aos
colegas
83
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0
1
1
9
0
Indicadores
8
7
6
5
4
3
2
Alunos
1
Anexo P – Grelha para registo da avaliação sumativa de Português
10.
Faz
comentários
sobre
as
apresentações dos colegas
11. Dá a opinião e debate ideias
1. Lê corretamente as palavras de
um texto
2. Lê de forma fluente e expressiva
Leitura e compreensão
3.
Compreende
palavras
com
significados iguais em frases e expressões
diferentes
4. Identifica o tema do texto
5.Relaciona
informações
para
compreender a mensagem principal
6. Sublinha palavras desconhecidas
para procurar no dicionário
7. Dá opinião sobre um texto lido
8. Lê textos por iniciativa própria
9. Identifica a parte da história em
que teve dificuldade de compreensão
10. Reconhece onomatopeias
11.
Descobre
pelo
texto
o
84
significado de palavras difíceis
1. Escreve com letra legível
2. Respeita as regras de ortografia
3. Escreve com correção ortográfica
4. Utiliza corretamente o parágrafo
Escrita
5. Usa a pontuação corretamente
6. Faz a translineação corretamente
7. Faz sugestões para melhorar e
completar um texto
8. Escreve textos completos e com
sentido
9. Escreve diferentes tipos de texto
10. Planifica corretamente um plano
de escrita
11. Respeita as regras do diálogo
12.. Escreve textos respeitando a
proposta dada
85
1. Divide as palavras silabicamente
e em translineação
2. Classifica as palavras como
Conhecimento Explícito da Língua
agudas, graves e esdrúxulas
3.
Identifica
nomes
próprios
e
comuns
4. Conhece os tempos verbais
5.
Utiliza
os
tempos
verbais
corretamente nas frases
6.
Sabe
procurar
palavras
no
dicionário
7. Conhece e utiliza os acentos
gráficos
8. Conjuga verbos regulares e
irregulares
9. Identifica pronomes pessoais
10.
Conhece
e
identifica
e
identifica
determinantes possessivos
11.
Conhece
86
determinantes demonstrativos
12.
Identifica
quantificadores
numerais
13. Identifica o advérbio de negação
e afirmação
14. Distingue palavras variáveis de
invariáveis
15. Identifica GN e GV da frase
16. É capaz de expandir o GN e GV
17. Identifica o sujeito e predicado
na frase
18. Forma palavras partindo de
prefixos e sufixos
19. Sabe o que são palavras
homófonas e homógrafas e homónimas
20.Identifica
discurso
direto
e
indireto
21. Compreende e identifica os
graus dos adjetivos
22. Distingue palavras simples de
palavras complexas
Tabela P7- Grelha para registo da avaliação sumativa de PT
87
LEGENDA
Sempre
Às vezes
Muito
raramente
Nunca
88
Não observado
1. Lê e escreve números cardinais até
ao milhar
Números e Operações
2. Lê e escreve números cardinais até
ao milhão
3. Faz a leitura de números por ordens
e por classes
4. Lê e escreve os números ordinais
5. Lê e escreve numeração romana
6. Decompõe números até ao milhar
7. Decompõe números até ao milhão
8. Utiliza sinais de < = >
9. Lê e escreve números decimais
10. Arredonda números utilizando o
valor e posição dos algarismos
11. Utiliza o algoritmo da adição com
89
1
1
1
1
1
1
1
1
2
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0
1
1
0
Indicadores
9
8
7
6
5
4
3
2
Alunos
1
Anexo Q – Grelha para registo da avaliação sumativa de Matemática
transporte
12. Utiliza o algoritmo da subtração com
empréstimo
13. Memoriza as tabuadas
14. Identifica e calcula os múltiplos
15. Sabe calcular números por 10; 100
e 1000.
16. Utiliza estratégias de cálculo mental
trabalhadas.
17. Utiliza o algoritmo da multiplicação
18. Resolve problemas usando as
estratégias adequadas
19. Explica oralmente o seu raciocínio
20. Idenfica o divisor, dividendo e resto
21.
Representa
frações
na
reta
numérica
22.
Identifica
o
numerador
e
o
denominador na fração
23. Representa valores decimais em
forma de fração
24. Identifica frações equivalentes
90
1. Descreve itinerários
2.
Indica
direções
com
linguagem
quadriculas
seguindo
apropriada
3.
Identifica
coordenadas
Geometria e Medida
4. Sabe a diferença entre circunferência
e círculo
5. Distingue centro, raio e diâmetro
6. Relaciona notas e moedas
7. Lê e representa as horas
8. Calcula intervalos de tempo
9.
Reconhece
as
medidas
de
comprimento
10. Faz conversões das medidas de
comprimento
11. Reconhece as medidas de área
12. Faz conversões das medidas de
área
13. Relaciona sólidos com as suas
91
planificações
1. Organiza dados num diagrama de
caule-e-folhas
2. Identifica a frequência absoluta
OTD
3. Identifica a moda
4. Interpreta e constrói tabelas de dupla
entrada
5. Identifica a amplitude entre valores
máximos e mínimos
6. Resolve problemas de análise de
tabelas, diagramas e gráficos.
7. Resolve problemas envolvendo a
organização de dados por categorias/ classes.
Tabela Q8 – Grelha para registo da avaliação sumativa de MAT
LEGENDA
Sempre
Às vezes
Muito
raramente
Nunca
92
Não observado
Anexo R – Avaliação dos objetivis do Plano de Intervenção
Tabela R9 -Avaliação dos objetivos do Plano de Intervenção
Avaliação do Plano
Objetivos Gerais do Plano
de Intervenção
Indicadores de avaliação
Atingido
Respeita as regras de ortografia
Desenvolver competências de
escrita e de explicação de
regras de ortografia
Desenvolver competências de
comunicação matemática
Escreve com correção ortográfica
Escreve textos completos e com
sentido
Resolve problemas usando
estratégias adequadas
Explica oralmente o seu raciocínio
Realiza as atividades práticas
Desenvolver competências de
conhecimento científico e
pensamento crítico
de Intervenção
Descreve os procedimentos
utilizados
Formula e conjetura hipóteses
Não
atingido
x
x
x
x
x
x
x
x
Nota. Dados recolhidos através da análise dos indicadores de avaliação que se pretendiam
atingir.
93
Anexo S – Ficha de exploração da atividade prática “Porque Chove?”
Atividade Prática
Título:________________________________________________________________
Material utilizado:
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Procedimentos:
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Concluí que...
________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
94
Anexo T - Ficha de exploração da atividade prática “Porque é que uns
objetos flutuam e outros vão ao fundo?”
Nome:______________________________________data:_______
Questão problema: Quais os objetos que flutuam/não flutuam
na água (da torneira)?
1. Observa os objetos que te foram dados, assinala com X na tabela
quais os objetos que achas que flutuam e os que não flutuam.
Objetos
Flutuam
Não flutuam
Mola
Rolha
Batata
Vela
Botão
Maçã
Plasticina
1.1.
Porque razão uns objetos flutuam e outros não?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
_______________________________________________________________
95
Experimentação
2. Coloca um por um os objetos no recipiente com água da
torneira e verifica o que acontece.
Objetos
Flutuam
Não flutuam
Mola
Rolha
Batata
Vela
Botão
Maçã
Plasticina
2.1. Agora compara as tuas ideias iniciais com o que realmente
aconteceu. Escreve no retângulo os objetos que na experimentação
não obtiveram o mesmo resultado que as tuas ideias iniciais.
3. Vamos agora partir a batata aos bocados, será que os bocados mais
pequenos irão flutuar? Porquê?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
96
3.1.
Depois de feita a experimentação, os bocados mais pequenos
flutuam ou não?________________________________________________
4. Sabes explicar a razão pela qual uns objetos flutuam e outros não?
Confronta as tuas ideias com os teus colegas e formulem uma
resposta.
97
Anexo U – Ficha de exploração da atividade prática “ Permeabilidade
dos Solos”
Nome: ______________________________________________ Data: __________
Atividade prática- Os solos
Questão problema- Como se comportam diferentes tipos de solo à
passagem da água?
Materiais:

3 amostras de solos, solo arenoso, solo argiloso e solo do jardim

3 garrafas de plástico em forma de funil

1 colher

água q.b.

um recipiente para colocar a água
1º. Procedimento- Colocar a mesma quantidade de solo em cada
garrafa-funil.
2º Adiciona a mesma quantidade de água a
cada garrafa funil.
98
3º Após teres deitado a água num dispositivo, espera 3 minutos e
observa o que acontece. Procede da mesma forma para os outros
dispositivos.
Utiliza um marcador para assinalar o nível máximo de água que se
depositou.
Resultados: Coloca um x, de acordo com o que observaste.
Amostra de solo
Solo argiloso
Solo arenoso
Solo do jardim
Quantidade de água que atravessou o solo
Pouca
Alguma
Muita
O que podes concluir em relação à permeabilidade de cada tipo de
solo?
99
Anexo V – Ficha de exploração da atividade “Identificação dos Solos”
Nome : ______________________________Data:_________________
Como podemos identificar os vários tipos de rochas?
1. Utilizando a chave dicotómica abaixo indicada, identifica as amostras
que se encontram na tua mesa de trabalho.
Chave Dicotómica para Identificação das Rochas
Rocha
Constituída por grãos soltos
Segue para 1
Não constituída por grãos soltos
Segue para 2
Constituída por grãos < 2 mm (muito
1 pequenos)
Constituída por grãos > 2 mm (médios)
Muito laminada
2 Maciça (compacta, sem cavidades) ou
pouco laminada
3
4
5
6
Areia
Cascalho
Xisto
Segue para 3
Bafejada, cheira a barro
Segue para 4
Bafejada, não cheira a barro
Segue para 5
Faz efervescência com os ácidos
Marga
Não faz efervescência com os ácidos
Argila
Faz efervescência com os ácidos
Segue para 6
Não faz efervescência com os ácidos
Segue para 7
Geralmente com aspecto compacto
Calcário
Com aspecto cristalino
Mármore
100
Geralmente, de cor clara, com muitos
7
Granito
cristais visíveis a olho nu
De cor escura, sem ou com raros cristais
Basalto
visíveis a olho nu
2. Completa as seguintes frases com a ajuda da Chave Dicotómica.
a)
O ___________________ é uma rocha maciça, não cheira a barro, faz
efervescência
com
ácidos
e
tem
geralmente
um
aspecto
compacto.
b)
O ___________________ é uma rocha que não cheira a barro, não faz
efervescência com os ácidos e tem geralmente uma cor clara com
cristais visíveis a olho nu.
c)
A ___________________ é uma rocha que cheira a barro e não faz
efervescência com os ácidos.
d)
O __________________ é uma rocha que não é constituída por grãos
soltos e é muito maciça.
3. O que aprendi....
101
Anexo W – Ficha de verificação “Porque Chove?”
Nome: __________________________
Data:
____________
Ficha de Verificação da Experiência “Porque Chove?”
1. Quando chove, de onde vem a água que cai?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
2. Devido ao calor, a água transforma-se no gás leve que
sobe no ar. Que nome damos a esse gás?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
3. Como é que começa a chover?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
102
Anexo X – Ficha de verificação “Porque é que uns objetos flutuam e os
outros vão ao fundo?”
Nome: __________________________
Data: ____________
Ficha de Verificação da atividade prática“Porque é que uns objetos
flutuam e outros vão ao fundo?”
1. Assinala com X a resposta correta. Um objeto lançado numa tina
com água da torneira vai ao fundo porque tem....
Menor densidade do que a água
Maior densidade do que a água
2. Assina com um V as afirmações verdadeiras e com um F as
afirmações falsas.
Os objetos vão ao fundo porque são pesados.
A chave tem uma densidade maior do que a rolha
A batata na água vai ao fundo
Se cortarmos uma batata ao meio as suas metades
flutuam
A flutuação de um objeto em água depende em grande
parte da sua densidade
A densidade de um objeto é a relação entre o seu peso e
o seu volume.
103
3. Um determinado objeto afundou numa tina com água da torneira
e flutuou numa tina com água salgada.
O que te permite concluir esta experiência quanto à densidade
da água salgada em comparação com a água doce. Explica.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
104
Anexo Y – Ficha de verificação “ Permeabilidade dos Solos”
Nome:_____________________________________________________Data:___________
Ficha de Verificação da atividade prática “Permeabilidade dos Solos”
1. Assinala com X na opção correta. “Um solo que é muito impermeável
quando...”
Deixa passar muita quantidade de
água
Deixa passar pouca quantidade de
água
Não deixa passar água
2. Assinala com V, as afirmações verdadeiras e com F, as afirmações falsas.
Os solos têm todos o mesmo tipo de permeabilidade
As
características dos solos influenciam
a sua
permeabilidade.
O solo arenoso é mais permeável do que a terra do jardim.
O solo argiloso é constituído por grãos muito grossos o que
deixa passar água facilmente.
A terra do jardim é um solo permeável o que favorece o
desenvolvimento das plantas.
3. A Clara gostava muito de plantas, mas gastava muita água para manter as
plantas vivas no seu quintal. Regava e regava, mas as plantas não se
desenvolviam, e tinham um aspeto murcho, como se lhes faltasse água. Foi a
uma casa de plantas e disseram-lhe que era do tipo solo que tinha no seu
quintal, e deram-lhe o conselho de adicionar alguma terra vegetal.
1-Diz que tipo de solo tem a Clara no seu quintal.
2-Qual a razão do conselho dado, de adicionar terra vegetal?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
105
Anexo Z – Ficha de verificação “ Identificação dos Solos”
Nome:_______________________________ Data: _______________________
Ficha de verificação da atividade prática “ Identificação das Rochas”.
1.
Como se chama o documento que permite identificar rochas?
______________________________________________________________________
________________________________________________________________
2. Assinala com um V as respostas verdadeiras e com um F as respostas
erradas.
A argila é uma rocha que quando bafejada não cheira a barro.
O calcário é uma rocha utilizada na pavimentação das ruas.
O calcário e o mármore são rochas que fazem efervescência
com os ácidos.
O basalto é uma rocha de cor clara sem cristais a olho nu.
O granito e o mármore são rochas que têm um aspeto cristalino.
3. A Joana tem na cozinha uma bancada de pedra onde prepara os seus
cozinhados. Todavia, sempre que ela deixa cair algum vinagre ou outra
substância ácida sobre a pedra verifica que a pedra vai ficando
danificada.
1-Explica de que rocha é feita a bancada, justificando.
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
2-Escolhe outro tipo de rocha para a bancada que melhor resistisse à
ação dos ácidos.
___________________________________________________________________
106
Download

De que modo as actividades práticas promovem a aquisição de