UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CRISTINA MARIA CARVALHO PEIXOTO EVOLUÇÃO DOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS E OPERACIONAIS DO PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE EM CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ. ENTRE 1995 E 2005 Rio de Janeiro 2007 CRISTINA MARIA CARVALHO PEIXOTO Evolução dos Indicadores Epidemiológicos e Operacionais do Programa de Controle da Tuberculose em Campos dos Goytacazes - RJ. Entre 1995 e 2005 Dissertação apresentada à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Saúde da Família. Orientador: Prof. Dr. Haroldo José de Matos Rio de Janeiro 2007 CRISTINA MARIA CARVALHO PEIXOTO Evolução dos Indicadores Epidemiológicos e Operacionais do Programa de Controle da Tuberculose em Campos dos Goytacazes/RJ. Entre 1995 e 2005 Dissertação apresentada à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Saúde da Família. Aprovada em BANCA EXAMINADORA ____________________________________________________ Prof. Dr.Haroldo José de Matos Universidade Estácio de Sá ___________________________________________________ Prof. Dr.Carlos Gonçalves Serra Universidade Estácio de Sá ________________________________________________ Prof. Dr.José Uéleres Braga Universidade do Estado do Rio de Janeiro A todos que participam da luta pelo controle da Tuberculose. AGRADECIMENTOS Ao orientador Dr. Haroldo José de Matos, pela dedicação ao ensino. A Regina Célia, amiga e companheira de trabalho, pela imensa colaboração que me foi dada. Ao Dr. Rodrigo Sérgio C. Quitete de Moraes, Secretário Municipal de Saúde de Campos dos Goytacazes-RJ, pelo apoio dado aos profissionais do PSF-Mestrandos. Ao Dr. Luiz Clóvis Parente Soares Coordenador do Programa de Controle da Tuberculose de Campos dos Goytacazes – RJ A enfermeira Mônica Reis e demais membros da equipe do Centro de Referência Augusto Guimarães, pela atenção que me foi dispensada. RESUMO A Tuberculose (TB) é um problema de saúde pública e preocupa as autoridades sanitárias do mundo, do Brasil e particularmente do Estado do Rio de Janeiro. O presente estudo descreve e analisa a evolução dos indicadores epidemiológicos e operacionais do Programa de Controle da Tuberculose em Campos dos Goytacazes – RJ entre 1995 e 2005. Trata-se de um estudo ecológico exploratório temporal dos referidos indicadores, com a finalidade de avaliar a situação epidemiológica da tuberculose no município de Campos dos Goytacazes, e avaliar o gerenciamento do Programa de Controle da Tuberculose (PCT), bem como a interação entre PCT e o Programa Saúde da Família (PSF) na luta pelo controle da TB. Os dados analisados tiveram como fonte o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e foram complementados pelos dados do Programa de Controle da Tuberculose da Secretaria Municipal de Saúde, de Campos dos Goytacazes. A taxa de incidência de TB foi variável ao longo do período estudado, com tendência decrescente nos últimos cinco anos (o pico foi observado em 1996, com uma taxa de incidência de 51,34 por cem mil habitantes, e o valor mais baixo foi observado em 2005, com uma taxa de 23,23 por cem mil). Verificou-se que a doença predominou em indivíduos do sexo masculino ao longo do período estudado (proporção média de 69,3%). Em todo o período estudado, a faixa etária predominante foi a faixa entre 20 e 39 anos, exceto em 2005, em que predominou a faixa entre 40 e 59 anos. A forma clínica que predominou foi a pulmonar em todo o intervalo estudado (com proporção média de 82,4%) e em relação aos resultados da baciloscopia, a maior parte foi positiva, também em todo o período (proporção média de 63,5%). O percentual médio de associação TB/HIV entre os que fizeram o teste de HIV foi de 34,5%. Quanto ao tipo de entrada para tratamento no PCT, predominou a categoria “caso novo” (79,6%) seguido de “reingresso após abandono” (7,7%). “O esquema I” (esquema básico) tratou a quase totalidade dos casos novos (98%) e quanto ao encerramento, a maior parte dos pacientes recebeu alta por cura (66,4%). O “abandono” médio foi de 15,3%, chegando a um máximo de 28,5% em 1997. A taxa de letalidade média foi de 6,8%. O gerenciamento do PCT tem como parâmetros os objetivos e metas do Ministério da Saúde (MS) no que diz respeito ao controle da doença. O MS preconiza, dentre outras metas, que o percentual de cura deve ser de no mínimo 85% e o percentual de abandono não deverá superar os 5%, portanto os dados analisados mostram que a situação da tuberculose no município ainda está aquém do esperado. O laboratório é vinculado ao LACEN (Laboratório Central de Saúde Pública) e o acesso ao local do PCT é difícil para os pacientes. Apesar de todos os esforços, o PCT necessita descentralizar suas ações para o PSF, pois a TB em Campos dos Goytacazes apresenta percentual de cura abaixo da meta ministerial, o abandono do tratamento está acima do percentual aceitável pelo MS e é preciso melhorar os resultados de outros indicadores. O PSF poderá encontrar maior facilidade em desenvolver as ações de profilaxia, diagnóstico e tratamento da TB, pois esse programa atua dentro do território das comunidades assistidas. Palavras-chave: Tuberculose. Epidemiologia da Tuberculose. Programa de Controle da Tuberculose. Programa Saúde da Família. ABSTRACT Tuberculosis (TB) is a problem of public health and concerns medical authorities around the world, including Brazil and specifically the State of Rio de Janeiro. This ecological study describes and analyzes the evolution of this disease through operational and epidemiological indicators of the Tuberculosis Control Program (PCT) in Campos dos Goytacazes, RJ, between 1995 and 2005. The main objectives are: to evaluate the epidemiological status of TB in Campos dos Goytacazes; evaluate the PCT’s management and evaluate the interactions between PCT and Family Health Program (PSF).The analyzed data comes from the Brazilian National Disease Notification System (SINAN), combined with statistics from Program for Control of Tuberculosis (Municipal Secretary of Health) – Campos dos Goytacazes. The incidence rate was variable along the studied period, with a decreasing tendency over time (the highest value was observed in 1997: 51,34 /100.000, whereas the lowest rate was detected in 2005: 23,23/100.000. The results show that TB prevails among men during the whole observed time interval (mean proportion: 69.3%); The predominant age group was the 20-39 years group, except in 2005, in which the predminante age group was the 40-59 years group. The most prevalent clinical form is the pulmonary during the whole analysed period (mean proportion: 82, 4%) and most of the bacilloscopy results are positive (mean proportion: 63, 5%). The percentage of TB/HIV association is relatively constant over time, wutn mean proportion of 34, 5%, among patients who has had their HIV tests performed. Considering the capture, there is predominance of the “new cases” category (79,6%) all over the studied period. The Basic Treatment was the preferred treatment for the new cases (mean proportion: 98%) and most of the pacients were considered cured (mean proportion: 66,4%). A variable proportion of patients have abandoned tretament, from a maximum of 28,5% in 1997, with a mean proportion of 15,3%. Mean fatality ratewas 6,8%. The management of PCT follows objectives and parameters of the Brazilian Ministry of Health (MS), which recommends a minimum cure percentage of 85% and a maximum rate of 5% related to interrupted treatments. Therefore, the situation of TB control in Campos dos Goytacazes is not yet satisfactory, taking the standards from the Ministry of Health from Brazil. The Tuberculosis Control Program has a laboratory associated to the LACEN (Public Health Central Laboratory). On the other hand, access to PCT’s facility is dificult for patients. Although PCT has put all efforts into controlling TB, Campos dos Goytacazes doesn’t meet the MS’s recommended cure rate. Besides that, there are other rates to consider, such as patients who had given up. The conclusion is that PSF could successfully take part, with the advantage of working closely to patient homes. Key-words: Tuberculosis. Epidemiology of Tuberculosis. Tuberculosis Control Program. Family Health Program. LISTA DE SIGLAS AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária ATA – American Thoracic Association BCG – Bacilo de Calmette e Guerrin CDC – Centers For Disease Control CNS – Conselho Nacional de Saúde DOTS – Directely Observed Therapy Short Course Strategy ESB – Equipe de Saúde Bucal ESF – Equipe de Saúde da Família H – Isoniazida HIV – Virus de Imunodeficiência Humana INH – Hidiazida IUATLD – Internacional Union Against Tuberculosis and Lung Disease LACEN – Laboratório Central de Saúde Pública MS – Ministério da Saúde OMS – Organização Mundial de Saúde OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde PACS – Programa de Agentes Comunitários de Saúde PAS – Ácido para-amino-salicílico PCT – Programa de Controle de Tuberculose PNCT – Plano Nacional de Controle da Tuberculose PSF – Programa Saúde da Família PZA – Pirazinamida R – Rifampicina RA – Reingresso após Abandono RC – Recidiva após Cura RJ – Rio de Janeiro RMP – Rifampicina RNTA – Royal Netherland Turbeculosis Association SES – Secretaria Estadual de Saúde SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação SM – Streptomicina SMS – Secretaria Municipal de Saúde TB – Tuberculose VT – Virgem de Tratamento Z – Pirazinamida SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 12 2 2.1 2.2 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECIFICOS 20 20 20 3 JUSTIFICATIVA 21 4 4.1 4.2 4.2.1 4.2.2 4.3 METODOLOGIA DESENHO DO ESTUDO FONTE DE DADOS Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN Dados do PCT/SMS PERÍODO DO ESTUDO E INDICADORES GESTÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE – CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ 22 22 22 22 22 23 5 RESULTADOS 27 6 GESTÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ 58 7 DISCUSSÃO. 63 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 70 REFERÊNCIAS 72 ANEXOS 76 4.4 25 1 INTRODUÇÃO É possível que a tuberculose seja uma doença tão antiga quanto a própria humanidade (MARCH, 2002). Segundo Kritski, Conde e Souza (2000), existem relatos de evidência de tuberculose (TB) em ossos humanos pré-históricos encontrados na Alemanha e datados de 8.000 A.C. Documentos antigos, hindus e chineses, já descreviam quadros de uma doença pulmonar muito semelhante à TB. Hipócrates, na antiga Grécia, definiu a TB como doença natural e por levar o indivíduo a consumpção ele a denominou de tísica (do grego phthisikos). Há relatos de que na Idade Média, começou-se a admitir a possibilidade de contágio da TB de pessoa para pessoa e que o isolamento dos doentes e seus pertences, evitavam a disseminação da doença (GOMES, 2002). Com a evolução da ciência, que a partir dos séculos XVII e XVIII, foi impulsionada pelo estudo da Anatomia Humana, através de cadáveres, puderam ser observadas vísceras que traziam aspectos de tubérculos, principalmente pulmões de cadáveres acometidos pela tísica. A partir dessa época, essa doença torna-se mais estudada e recebe o nome de tuberculose (KRITSKI, CONDE E SOUZA, 2000). Na sucessão de fases históricas, o ser humano continua a ser acometido pela tuberculose, seja por precariedade sanitária nos períodos de pós-guerras, seja pelo êxodo rural e conseqüente aumento populacional nas cidades, sem infra-estrutura para suportar tal acontecimento, marcado pela Revolução Industrial da Inglaterra no século XVIII/XIX (MAYRINCK, 2001; COSTA, 1985). Em 24 de março de 1882, Robert Koch comunicou à Sociedade Médica de Berlim (Alemanha) a identificação do Bacilo causador da Tuberculose (SES/RJ, 2005). Em 1885, Roentgen, com suas pesquisas e descobertas, possibilita melhorias para o diagnóstico e acompanhamento da TB através da radiografia (KRITSKI, CONDE E SOUZA, 2000). O 1º sucesso de vacinação contra TB foi uma experiência científica desenvolvida por Albert Calmette e Camille Guerin em 1906 usando linhagens atenuadas da tuberculose bovina. Era então a vacina BCG (Bacilo de Calmette e Guerin). Esta vacina foi usada pela primeira vez em humanos em 18 de julho de 1921 na França. (DANIEL, 2007). No Brasil, em 1927, foi aplicada pela primeira vez o BCG oral em recém-nascidos. Em 1973, implanta-se a vacinação com BCG intradermica, a partir de 1976 passa a ser obrigatória para menores de um ano de idade (NETTO, 2002). Quanto ao tratamento da TB, somente em torno da segunda metade do século XX, ocorre a descoberta de medicamentos eficazes para a cura da doença, pois antes deste período, o tratamento era basicamente boa alimentação e repouso nos chamados sanatórios. (GONÇALVES, 1999). Havia também a tentativa de tratamento pela cirurgia (ressecção do pulmão acometido pela TB). O pneumotorax era outra forma terapêutica que alcançava pouco sucesso (CONDE, SOUZA E KRITSKI, 2002; GONÇALVES, 2000). A partir dos anos 60, faz-se a utilização de esquemas terapêuticos associando três quimioterápicos estreptomicina (SM), acido para-amino-salicílico (PAS) e hidrazida (INH), este esquema padronizado tinha a duração de 18 meses (NETTO, 2002). Netto (2002) nos diz que, a partir de 1965, o esquema terapêutico foi reduzido para 12 meses e que o esquema de tratamento de curta duração (6 meses) utilizando a Rifampicina (RMP), a Hidrazida (INH) e a Pirazinamida (PZA) foi introduzido em 1979. Apesar de tantos anos de estudo e dedicação à causa do controle da tuberculose pelos profissionais envolvidos com a questão, essa doença ainda assume proporções alarmantes no mundo, em nosso país e particularmente em nosso estado: Rio de Janeiro. De acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS) em torno de 100 milhões de pessoas são infectadas por TB anualmente e nos países subdesenvolvidos apresenta 30 a 60 % de adultos infectados sendo destes 8 a 10 milhões desenvolverão a doença, em torno da metade destes serão portadores de forma contagiosa e 3 milhões de óbitos são identificados por ano (FUNASA, 2002; TEXEIRA, 2002). Há de se considerar o aumento da incidência da TB a partir da 2ª metade do século XX, assim como a morte pela doença associada à pandemia da AIDS (JOB et al., 1998). Segundo Oliveira (2005) aproximadamente 8 milhões de pessoas em todo o mundo, são coinfectadas pelo HIV e pela tuberculose. Existe dificuldade no controle da TB, não somente pela associação de TB/HIV como também dentre outros fatores, a farmacorresistência múltipla do bacilo de Koch (FUNASA, 2002; BARROSO et al, 2003, OPAS, 2005; AVILA, 2002). Desde 1993, a OMS declarou a tuberculose como uma prioridade mundial. Há 22 países que detêm 80% dos casos estimados no mundo, dentre eles o Brasil ocupa o 16º lugar, apresenta aproximadamente 85 mil casos novos por ano e cerca de 5-6 mil mortes pela doença (MS, 2005; HIJJAR et al, 2001). FIGURA 1: MAPA DOS PAÍSES ONDE 80% DOS CASOS DE TUBERCULOSE ESTÃO CONCENTRADOS NO MUNDO. Fonte: Organização Mundial da Saúde, 2005. Na figura 1, apresentamos o mapa-mundi com destaque para os 22 países (Índia, China, Indonésia, Nigéria, África do Sul, Bangladesh, Paquistão, Etiópia, Filipinas, Quênia, Congo, Rússia, Vietnã, Tanzânia, Uganda, Brasil, Afeganistão, Tailândia, Moçambique, Zimbábue, Miamar, Camboja) (WHO, 2006). No Estado do Rio de Janeiro, em 2003 foram registrados 8.574 casos novos de TB, o que representou 56,4% dos casos esperados, baseando-se em estimativas de incidência de TB no estado. A taxa de incidência foi de 57,6/100.000 (TB todas as formas) e 28,6/100.000 TB pulmonar com bacilospia positiva. Dos 92 municípios que compõem o estado, 32 destes, são considerados prioritários para as ações de controle da tuberculose, seja pela taxa de incidência e/ou número de habitantes (municípios com mais de 100.000 habitantes). Nos municípios prioritários, o percentual de cura foi de 19,4% (abaixo da meta MS = 85%) (MS, SVS, 2005). Em Campos dos Goytacazes-RJ, em 2005, a taxa de incidência da TB com baciloscopia positiva foi de 14,5/100.000 (SINAN, 2007) o percentual de cura foi de 62,5%, o percentual de abandono do tratamento foi de 15%, baseando-se no livro de Registro do Programa de Controle da Tuberculose no município de Campos dos Goytacazes, em consultas dirtas realizadas em 2007.Na figura 2 – mapa do estado do Rio de Janeiro, destacando os municípios prioritários entre eles Campos dos Goytacazes. MUNICÍPIOS PRIORITÁRIOS VARRE E SAI PORCIÚNCULA 32 Municípios prioritários Totalizando 92% dos casos de Tuberculose NATIVIDADE LAJE DO MURIAÉ BOM JESUS DE ITABAPOANA ITAPERUNA SÃO JOSÉ MIRACEMA DE UBÁ SÃO FRANCISCO DO ITABAPOANA ITALVA SANTO ANTONIO DE PÁDUA APERIBÉ MACUCO ENG. PAULO DE FRONTIN ITATIAIA SAPUCAIA RIO DAS FLORES VALENÇA BARRA DO PIRAÍ ANGRA DOS PARATY REIS VASSOURAS PATY DO ALFERES MIGUEL PEREIRA BARRA MANSA PIRAÍ PARACAMBI SEROPÉDICA PARAÍBA DO SUL TRES RIOS AREAL QUATIS JAPERI CARMO PINHEIRAL PORTO REAL RESENDE COM. LEVY GASPARIAN NO VA IGUAÇU RIO CLARO S.J.VALE RIO PRETO TERESÓPOLIS DUQUE DE CAXIAS MAGÉ ITAGUAI Q UEIMADO S MESQUITA BOM JARDIM NITERÓI BELFORD ROXO MARICÁ CONCEIÇÃO DE MACABU CAMPOS DOS GOYTACASES SÃO JOÃO DA BARRA QUISSAMÃ CARAPEBUS CASEMIRO DE ABREU RIO DAS OSTRAS CABO FRIO ARARUAMA S. PEDRO D’ALDEIA SAQUAREMA TANGUÁ SANTA MARIA MADALENA MACAÉ SILVA JARDIM RIO BONITO SÃO SEBAS. DO ALTO TRAJANO DE MORAES NOVA FRIBURGO G UA CACHOEIRAS PIMI DE MACACU RIM SÃO GONÇALO MANG ARATIBA NILÓPO LIS DUAS BARRAS PETRÓPOLIS ITABORAÍ RIO DE JANEIRO SUMI DOURO CANTAGALO CARDOSO MOREIRA SÃO FIDÉLIS ITAOCARA CORDEIRO MENDES VOLTA REDONDA CAMBUCI IGUABA GRANDE ARRAIAL DO CABO S. JOÃO DE MERITI ARMAÇÃO DE BUZIOS 0 até 9 10 até 49 50 até 99 100 até 300 FIGURA 2: MAPA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, LEGENDA DA TAXA DE INCIDÊNCIA DA TB. Fonte: PCT/SES/RJ, 2005. Municípios Prioritários: 10 até 49/100.000 Barra do Piraí Barra Mansa Campos dos Goytacazes Nova Friburgo Petrópolis Resende Teresópoilis Três Rios Total = 8 50 até 99/100.000 Angra dos Reis Araruama Belfort Roxo Cabo Frio Itaboraí Itaguaí Itaperuna Japerí Macaé Magé Marica Mesquita Nilópolis Niterói Nova Iguaçu São João de Meriti Rio das Ostras Vassouras Volta Redonda São Gonçalo Total = 20 100 até 300/100.000 Duque de Caxias Paracambi Queimados Rio de Janeiro Total = 4 Fonte: PCT/SES/RJ (www.saude.rj.gov.br) Em 1993, a OMS declarou estado de urgência em relação a situação da TB no mundo. Essa instituição percebeu que necessitava de parceiros para controlar a doença. Elaborou a estratégia STOP TB que reúne instituições científicas e/ou instituições de alto poder econômico: OMS, Banco Mundial, International Union Against Tuberculosis and Lung Disease (IUATLD); o Centers for Disease Control (CDC) Atlanta, Royal Netherlands Tuberculosis Association (RNTA) e American Thoracic Association (ATA) (NETTO, 2002; MS, 2006). Numa busca constante por controlar a TB, o Brasil desenvolveu políticas de saúde no decorrer de toda sua história. Políticas inseridas no contexto de acontecimentos e decisões de âmbitos nacional e internacional. O Ministério da Saúde (MS), em 1996, implantou o Plano Emergencial para controlar a tuberculose, implementando atividade específicas em 230 municípios prioritários que concentravam 75% dos casos estimados no Brasil (NETTO, 2002). Em 1998, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) analisou a situação da doença no país e concluiu que a TB era problema prioritário de saúde pública no Brasil. Nesse mesmo ano, o MS lançou o Plano Nacional de Controle da Tuberculose com articulação e ações complementares envolvendo os três níveis federal, estadual e municipal, envolveu também a participação social e Organizações não Governamentais (NETTO, 2002). O Plano Nacional de Controle da Tuberculose é desenvolvido pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose que está integrado à rede de serviços de saúde, apresentando uma programação de ações técnicas e assistenciais, garantindo distribuição gratuita de medicamentos e desenvolvendo ações preventivas e de controle da TB. Apregoa a descentralização de sua produção para que as diferenças culturais dos indivíduos sejam respeitadas e desse modo suas ações sejam eficazes (BRASIL, SVS, 2004). O Programa Nacional de Controle da Tuberculose tem dentre seus objetivos: aumentar a detecção de casos novos; aumentar a cura e diminuir o abandono do tratamento. Expandir o tratamento supervisionado na Atenção Básica, principalmente pelo Programa Saúde da Família (PSF), Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e unidades de saúde dos grandes centros urbanos, manter cobertura de vacina BCG e outros. Dentre suas metas estão a detecção de pelo menos 90% dos casos estimados, tratar 100% dos casos de TB, e curar pelo menos 85%, manter o abandono de tratamento no máximo em 5%, aumentar em 100% o número de sintomáticos respiratórios examinados (MS, 2002 e 2005). No Brasil, a área da saúde progrediu baseada na Constituição Federal de 1988. Nesta constituição, no capítulo “Seguridade Social”, havia uma seção que abordava a área de saúde, adotando resoluções da oitava conferência Nacional de Saúde, elaborando então, um Sistema Único de Saúde (SUS) para todo território nacional. Em 1990 foi regulamentado o SUS, com princípios norteadores (universalidade, integralidade, equidade e controle social) e princípios voltados para organização dos serviços de saúde: descentralização, regionalização e hierarquização (GOLDSCHIMIDT & PIMENTEL, 2006). Baseados nos princípios do SUS, objetivando melhorar os serviços ofertados às comunidades, criou-se o Programa Saúde da Família do Brasil (PSF), em 1994, constituído por uma equipe multidisciplinar (médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, agentes comunitários de saúde) atendendo populações adscritas (CUTAIT, 2002; TEXEIRA, 2000). A partir de 2001, foram implantadas Equipes de Saúde Bucal (ESB) junto às Equipes de Saúde da Família (ESF) do PSF, pelo Ministério da Saúde (MS, 2004). O PSF configura-se como um modelo assistencial no primeiro nível de atenção à saúde unindo esforços para melhorar a qualidade de saúde do brasileiro (TEMPORÃO, 2005). A ESF e ESB do PSF desenvolvem ações de proteção, promoção e recuperação de saúde dos usuários do programa, considerando o contexto familiar e comunitário no qual estão inseridos, observando os limites assistenciais do PSF, que como porta de entrada da rede hierárquica do SUS, deve quando necessário, encaminhar os pacientes para os outros níveis de atenção à saúde, utilizando o sistema de referência e contra-referência (CUTAIT, 2002). Nesse trabalho, pesquisei e registrei a evolução dos indicadores epidemiológicos e operacionais do PCT em Campos dos Goytacazes de 1995 até 2005, observando a história da TB nos últimos dez anos, nesse município, através do estudo ecológico exploratório, tendo como fonte de dados o SINAN e complementados pelos dados do PCT/SMS Campos dos Goytacazes. Apesar da Tuberculose ser enfermidade evitável e curável, ainda constitui uma importante ameaça para a saúde pública e o controle dessa doença é um compromisso de todos. 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Avaliar a evolução da situação epidemiológica e controle da TB no município de Campos dos Goytacazes-RJ, no período de 1995 a 2005. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1 – Analisar a cada ano a evolução temporal dos indicadores epidemiológicos e operacionais do PCT de Campos dos Goytacazes, no período de 1995 a 2005: 2 – Avaliar, a gestão do PCT de Campos dos Goytacazes-RJ e sua interação com o PSF do referido município. 3 JUSTIFICATIVA Mediante a constatação de que a TB é um problema de saúde pública que necessita ser solucionado (OMS) e pelo fato de, no Brasil, o estado do Rio de Janeiro apresentar a maior taxa de incidência por tuberculose (MS/SVS/SINAN, 2005), considero relevante estudar a evolução dos indicadores epidemiológicos e operacionais do Programa de Controle da Tuberculose em um dos municípios considerados como prioritários do estado do Rio de Janeiro. Em 1999, O Ministério da Saúde deu início a um processo de descentralização das ações de controle de Tuberculose e Hanseníase, incorporando as ações desses programas à Atenção Básica, e em especial ao Programa Saúde da Família (TEIXEIRA, 2002). Nesse sentido, vale perguntar se a interação profissional vigente entre o PCT e PSF é suficiente para alcançar melhores resultados na luta pelo controle da TB no município. 4- METODOLOGIA 4.1 DESENHO DO ESTUDO Foi realizado um estudo ecológico exploratório no tempo. Foram analisados os indicadores epidemiológicos e operacionais do Programa de Controle da Tuberculose de Campos dos Goytacazes. O estudo ecológico exploratório temporal avalia a evolução das taxas de doença em uma determinada população geograficamente definida ao longo de um período de tempo pré-definido (ROUQUAYROL, 1999). 4.2 FONTE DE DADOS 4.2.1 SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) é a principal fonte de dados do sistema de informação epidemiológica da tuberculose nos níveis federal, estadual e municipal. Este sistema coleta dos dados provenientes das secretarias municipais e estaduais de saúde, oriundos do Sistema de Vigilância Epidemiológicas, transmitindo os dados até o Ministério da Saúde (FUNASA, 2002; MS, 2002). 4.2.2 Dados do Livro de Registro do Programa de Controle da Tuberculose /SMS Campos dos Goytacazes, fornecidos através de relatórios elaborados a partir do Livro de Registro de Pacientes e Controle de Tratamento dos Casos de Tuberculose. São dados complementares em decorrência da falta de dados do SINAN (ANEXO A). 4.3 PERÍODO DO ESTUDO E INDICADORES O período estudado foi de 1995 a 2005 e os indicadores foram: Taxa de Incidência de TB pulmonar positiva: corresponde ao número de casos novos de TB pulmonar cuja baciloscopia de escarro é positiva. Calcula-se a taxa formando uma fração onde o numerador é o nº de casos novos (num período determinado) e o denominador é população estimada no meio do período. O resultado da fração multiplica-se por 100.000(habitantes). Taxa de incidência = nº casos novos (no período)_ X 100.000 População estimada no meio do período Proporção de casos de TB por faixa etária/ano – é a proporção de casos de TB (todas as formas) distribuídos por faixa etária a cada ano. As faixas etárias analisadas foram: 0-4; 5-9; 10-14; 15-19; 20-29; 30-39; 40-49; 50-59; 60 ou + anos. Proporção de casos de TB classificados por sexo/ano. O SINAN apresenta três categorias: masculino, feminino e ignorado. Quando o campo masculino ou feminino não é preenchido, preenche-se o campo “ignorado”. Classificação do tipo de entrada no Programa de Controle de Tuberculose do município – é a categoria a qual o paciente pertence quando entra para tratamento. São cinco categorias: Caso novo – caso sem tratamento anterior, virgem de tratamento (VT), tratamento por menos de 30 dias ou com tratamento anterior há 5 anos ou mais. Recidiva ou retratamento – recidiva após cura (RC) com o esquema básico, por menos de cinco anos. Reingresso após abandono (RA) - considera-se caso de abandono o doente que após ter iniciado o tratamento, não comparece à unidade de saúde por mais de 30 dias consecutivos a partir da data agendada para seu retorno. Não sabe – quando o campo das demais categorias não é preenchido. Transferência – quando o paciente vem transferido de outra unidade de saúde (MS, 2002). Forma clínica da TB – o SINAN apresenta 3 categoria: pulmonar, extrapulmonar e pulmonar + extrapulmonar. Baciloscopia de escarro – é a proporção de baciloscopia de escarro com resultado positivo, negativo ou que não foi realizado. É analisado pelo laboratório, a lâmina contendo esfregaço de secreção da árvore brônquica (escarro) “fresco” corado pela técnica de Ziehl-Neelsen considera-se positiva se for detectada a presença do bacilo de Koch (MS, 2002) (FUNASA, 2002). Proporção de casos de TB com HIV positivo (percentual anual de co-infecção TB/HIV) Proporção de casos novos tratados com Esquema I – analisa-se o total de casos novos de TB tratados com o esquema I, também chamado esquema básico. Esquema Básico (Esquema I) – 2 RHZ/4RH Indicado nos Casos Novos de Todas as Formas de Tuberculose Pulmonar e Extrapulmonar Peso do doente Fases do tratamento 1ª fase (2 meses – RHZ) 2ª fase (4 meses – RH) Drogas Até 20 kg R H Z R H mg/kg/dia 10 10 35 10 10 Siglas: Rifampicina = R; Fonte: (FUNASA, 2002) (MS-2002). Mais de 20 kg e até 35 kg mg/dia 300 200 1.000 300 200 Isoniazida = H; Mais de 35 kg e até 45 kg mg/dia 450 300 1.500 450 300 Mais de 45 kg mg/dia 600 400 2.000 600 400 Pirazinamida = Z Proporção de categorias de encerramento do tratamento – é o encerramento de casos novos de acordo com as categorias: cura, abandono, óbito, transferência (para outro serviço de saúde) mudança de diagnóstico e falência. Observação: Falência – é quando a baciloscopia do escarro permanece positiva ao final do 4º ou 5º mês de tratamento, com ou sem negativação anterior do exame. São pacientes que apresentam forte positividade no início do tratamento (++ ou +++) e mantêm essa situação até o 4º mês ou doentes que apresentam positividade no começo do tratamento, depois negativam o exame e em seguida apresentam nova positividade por dois meses consecutivos, a partir do 4º mês de tratamento (MS, 2002). 4.4 GESTÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE – CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ Os dados abaixo mencionados são provenientes de observação direta (visita) do pesquisador e entrevista a enfermeira supervisora do PCT. Observei diretamente o local onde se desenvolvem as ações do PCT: 2º andar do Hospital Ferreira Machado. O local é composto de 6 ambientes arejados, com luz solar, quatro salas têm ventilador na parede formando fluxo de ar entre o paciente e quem estiver atendendo-o, a sala de espera é ampla, um ambiente onde uma das paredes não é completa, formando uma grande janela de 1,50m de altura e aproximadamente 5 m de comprimento. O laboratório é no 1º andar do hospital, é vinculado ao LACEN (Laboratório Central de Saúde Pública), disponibiliza o resultado de baciloscopia em torno de 30 min. Os recursos humanos são suficientes em números e em qualificação profissional. Há medicamentos quantitativa e qualitativamente suficientes. Entretanto, o acesso ao local é difícil para a maioria dos pacientes. As ações de profilaxia dos “contatos intradomiciliares”, o diagnóstico e o tratamento dos pacientes são baseados nas normas do MS. 5 RESULTADOS Na figura 3 observamos a variação da taxa de incidência de Tuberculose no município de Campos dos Goytacazes. Observamos que as taxas de incidência de TB pulmonar positiva no período de 1995 a 1999 foram maiores do que no período de 2000 a 2005 há uma variação digna de nota entre os dois períodos, observando-se uma tendência de queda ao longo do período entre 2003 e 2005. Taxa(casos novos/100.000) Evolução da Taxa de Incidência 60 50 40 30 taxa 20 10 0 199 199 199 199 199 200 200 200 200 200 200 taxa 30,6 51,3 50,7 50,6 48,9 35,9 39,5 41,6 42 36,5 23,2 ano FIGURA 3: TAXA DE INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE (CASOS NOVOS POR 100.000), NO MUNICÍPIO DE CAMPOS DE GOYTACAZES NO PERÍODO ENTRE 1995 E 2005. Fonte: SINAN – 1995 a 2005 Na figura 4, observamos o número de casos TB distribuído por faixas etárias (TB todas as formas). Observa-se que no período estudado, os casos de TB são predominantes na faixa etária de 20 a 39 anos, exceto no ano de 2005, em que predominou a faixa de 40 a 59 anos. Número de casos Distribuição por faixa etária 120 100 80 60 40 20 0 0a9 10 a 19 20 a 39 40 a 59 ano ano ano ano ano ano ano ano ano ano ano 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 60 e mais Ano FIGURA 4. DISTRIBUIÇÃO DE CASOS DE TUBERCULOSE, TODAS AS FORMAS, EM FAIXAS ETÁRIAS, NO MUNICÍPIO DE CAMPOS, RJ, NO PERÍODO ENTRE 1995 E 2005. Fonte: SINAN. Na figura 5, observamos o número de casos de TB classificados por sexo no período de 1995 a 1999. 180 160 140 120 100 157 156 149 142 masculino 88 66 80 60 40 20 0 49 2 19 59 19 feminino ignorado 9 1 19 68 72 4 19 3 19 FIGURA 5: CASOS DE TB CLASSIFICADOS POR SEXO NO PERÍODO DE 1995 A 1999 Fonte: SINAN Observamos que o maior número de casos ocorre em indivíduos do sexo masculino. Na figura 6 observamos a proporção dos casos de TB classificados por sexo. Feminino 35,3% = 49 Masculino 63,3% = 88 Ignorado 1,4%= 2 Total = 139 FIGURA 6: CASOS DE TB CLASSIFICADOS POR SEXO NO ANO DE 1995 Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de casos ocorre em indivíduos do sexo masculino (63,3%); no sexo feminino a proporção é de 35,3% e ignorados 1,4%. Na figura 7 observamos a proporção dos casos de TB classificados por sexo. Feminino 29,5% = 66 Masculino 70,1% = 157 Ignorado 0,4% = 1 Total = 224 FIGURA 7: CASOS DE TB CLASSIFICADOS POR SEXO NO ANO DE 1996 Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de casos ocorre em indivíduos do sexo masculino 70,1%; no sexo feminino a proporção é de 29,5% e ignorados 0,4%. Na figura 8 observamos a proporção dos casos de TB classificados por sexo. Feminino 26,3% = 59 Masculino 69,6% = 156 Ignorado 4% = 9 Total = 224 FIGURA 8: CASOS DE TB CLASSIFICADOS POR SEXO NO ANO DE 1997 Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de casos ocorre em indivíduos do sexo masculino 69,6%; no sexo feminino a proporção é de 26,3% e ignorados 4%. Na figura 9 observamos a proporção dos casos de TB classificados por sexo. Fem inino 31,8% = 68 Masculino 66,4% = 142 Ignorado 1,9% = 4 Total = 214 . FIGURA 9: CASOS DE TB CLASSIFICADOS POR SEXO NO ANO DE 1998 Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de casos ocorre em indivíduos do sexo masculino 66,4%; no sexo feminino a proporção é de 31,8% e ignorados 1,9%. Na figura 10 observamos a proporção dos casos de TB classificados por sexo. Feminino 32,1% = 72 Masculino 66,5% = 149 Ignorado 1,3% = 3 Total = 224 FIGURA 10: CASOS DE TB CLASSIFICADOS POR SEXO NO ANO DE 1999 Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de casos ocorre em indivíduos do sexo masculino 66,5 %; no sexo feminino a proporção é de 32,1% e ignorados 1,3%. Na figura 11, observamos o número de casos de TB classificados por sexo no período de 1995 a 1999. 180 154 153 160 143 140 120 121 113 97 100 60 feminino 71 80 62 55 49 46 ignorado 29 40 20 0 masculino 3 2000 1 2001 0 2002 0 2003 0 2004 0 2005 FIGURA 11: CASOS DE TB CLASSIFICADOS POR SEXO NO PERÍODO DE 2000 A 2005. Fonte: SINAN Observamos que o maior número de casos ocorre em indivíduos do sexo masculino, seguido do sexo feminino e a categoria “ignorado” apresentou somente nos anos 2000 (3 casos) e 2001 (1 caso). Na figura 12 observamos a proporção dos casos de TB classificados por sexo. Fem inino 28,4% = 46 M asculino 69,8% = 113 Ignorado 1,9% = 3 Total = 162 FIGURA 12: CASOS DE TB CLASSIFICADOS POR SEXO NO ANO DE 2000 Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de casos ocorre em indivíduos do sexo masculino 69,8 %; no sexo feminino a proporção é de 28,4% e ignorados 1,9%. Na figura 13 observamos a proporção dos casos de TB classificados por sexo. Fe minino 24,1% = 49 M as culino 75,4% = 153 Ignor ado 0,5% = 1 Total = 203 FIGURA 13: CASOS DE TB CLASSIFICADOS POR SEXO NO ANO DE 2001 Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de casos ocorre em indivíduos do sexo masculino 75,4 %; no sexo feminino a proporção é de 24,1% e ignorados 0,5%. Na figura 14 observamos a proporção dos casos de TB classificados por sexo. Fem inino 33,2% = 71 M as culino 66,8% = 143 Ignorado 0,0% Total = 214 FIGURA 14: CASOS DE TB CLASSIFICADOS POR SEXO NO ANO DE 2002 Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de casos ocorre em indivíduos do sexo masculino 66,8 %; no sexo feminino a proporção é de 33,2% ignorados 0%. Na figura 15 observaremos a proporção dos casos de TB classificados por sexo. Fe m inino 26,3% = 55 Masculino 73,7% = 154 Ignorado 0,0% Total = 209 FIGURA 15: CASOS DE TB CLASSIFICADOS POR SEXO NO ANO DE 2003 Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de casos ocorre em indivíduos do sexo masculino 73,7 %; no sexo feminino a proporção é de 26,3% e ignorados 0%. Na figura 16 observamos a proporção dos casos de TB classificados por sexo. Fem inino 33,9% = 62 Masculino 66,1% = 121 Ignorado 0,0% Total = 183 FIGURA 16: CASOS DE TB CLASSIFICADOS POR SEXO NO ANO DE 2004 Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de casos ocorre em indivíduos do sexo masculino 66,1 %; no sexo feminino a proporção é de 33,9% e ignorados 0%. Na figura 17 observamos a proporção dos casos de TB classificados por sexo. Fem inino 23% = 29 Ignorado 0,0% Mas culino 77% = 97 Total = 126 FIGURA 17: CASOS DE TB CLASSIFICADOS POR SEXO NO ANO DE 2005 Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de casos ocorre em indivíduos do sexo masculino 77 %; no sexo feminino a proporção é de 23% e ignorados 0%. Em todo o período, a proporção de casos no sexo masculino foi sistematicamente, pelo menos duas vezes a proporção de casos no sexo feminino. Na figura 18 observamos o tipo de entrada dos casos TB no Programa de Controle da Tuberculose em Campos. 250 200 150 100 50 0 caso novo recidiva reingresso após abandono não sabe transferência 1 2 3 4 5 109 197 189 198 160 10 8 12 3 11 9 16 13 11 18 11 3 10 2 35 0 0 0 0 1995 N =139 1996 N= 224 1997 N =224 1998 N =214 0 1999 N =224 FIGURA 18: TRATAMENTO POR TIPO DE ENTRADA NO PCT NO PERÍODO DE 1995 A 1999. Fonte: SINAN Observamos que, no período entre 1995 e 1999, o maior número de casos dá entrada como “caso novo” (853 = 83,2%) seguido de “reingresso após abandono” (67=6,5%). No ano de 1999, a categoria “não sabe” apresenta 35 casos que é igual a 3,4% do período, e de 1995 a 1998, esta categoria apresenta 26 casos que é igual a 2,5%. A categoria “recidiva” apresenta 44 casos que é igual a 4,3% e nesse período não houve entrada no PCT por “transferência”. Na figura 19 observamos o tipo de ingresso no Programa de Controle de Tuberculose no período entre 2000 e 2005. 200 150 100 50 0 caso novo 1 2 3 4 5 6 77 161 171 175 152 99 3 16 11 14 10 8 reingresso após abandono 13 25 19 13 13 17 não sabe 69 1 1 0 1 0 0 0 12 7 7 recidiva transferência 2000 N =162 2001 N =203 2002 N =214 2003 N= 209 2004 N =183 2 2005 N =126 FIGURA 19: TRATAMENTO POR TIPO DE ENTRADA NO PCT NO PERÍODO DE 2000 A 2005. Fonte: SINAN Observamos que no período estudado, o maior número de casos dá entrada como “caso novo” (835=76,1%), seguido de “reingresso após abandono” (100=9,1%). No ano 2000, a categoria “não sabe” apresenta 69 casos que é igual a 6,3%. De 2001 a 2005 está categoria apresenta 3 casos que é igual a 0,2% do período. A categoria recidiva apresenta 62 casos que é igual a 5,6%. Por fim, a categoria “transferência” apresenta o menor número de casos no período: 28 que é igual a 2,5%. Na figura 20, observamos as formas clínicas de TB no período de 1995 a 1999. 250 193 200 150 192 183 178 118 100 50 4 2 37 36 27 19 16 16 4 0 0 1995 Pulmonar 1996 1997 Extrapulmonar 1998 1999 Pulmonar + Extrapulmonar FIGURA 20: FORMA CLÍNICA DA TB DE 1995 A 1999 Fonte: SINAN Observamos que a forma predominante é a pulmonar, seguida da forma extrapulmonar, e em menor número ocorre a forma pulmonar + extra-pulmonar, sendo que no ano de 1997 as formas extra-pulmonar e pulmonar + extra-pulmonar se igualam em número de casos. Na figura 21, observamos a proporção das formas clínicas de TB no ano de 1995. Extr apulmonar 13,7% = 19 Total = 139 Pulmonar + Extr apulm onar 1,1% = 2 Pulmonar 84,9% = 118 FIGURA 21: FORMA DE TB NO ANO DE 1995. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção é da forma pulmonar: 84,9%, seguida da forma extra-pulmonar, de 13,7%, e a menor proporção é da forma pulmonar + extra-pulmonar 1,1%. Na figura 22, observamos a proporção de formas clínicas de TB no ano de 1996. Extrapulmonar 12,1% = 27 Total = 224 Pulmonar + Extrapulmonar 1,8% = 4 Pulmonar 86,2% = 193 FIGURA 22. FORMA DE TB NO ANO DE 1996. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção é da forma pulmonar: 86,2%, seguida da forma clínica extra-pulmonar, de 12,1%, e a menor proporção é da forma pulmonar + extrapulmonar 1,8%. Na figura 23 observamos a proporção de formas clínicas de TB no ano de 1997. Extrapulmonar 7,1% = 16 Pumonar + Extrapulmonar 7,1% = 16 Pulmonar 85,7% = 192 Total = 224 FIGURA 23. FORMA DE TB NO ANO DE 1997. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção é da forma pulmonar: 85,7%, e a proporção das formas extra-pulmonar e pulmonar + extra-pulmonar se equiparam em 7,1% respectivamente. Na figura 24 observamos a proporção de formas clínicas de TB no ano de 1998. Extrapulmonar 16,8% = 36 Pumonar + Extrapulmonar 0% Pulmonar 83,2% = 178 Total = 214 FIGURA 24. FORMA DE TB NO ANO DE 1998. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção é da forma pulmonar, 83,2%, seguida da forma extra-pulmonar de 16,8% e a menor proporção é da forma pulmonar + extra-pulmonar 0%. Na figura 25 observamos a proporção de formas clínicas de TB no ano de 1999. Pumonar + Extrapulmonar 1,8% = 4 Extrapulmonar 16,5% = 37 Pulmonar 81,7% = 183 Total = 224 FIGURA 25. FORMA DE TB NO ANO DE 1999. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção é da forma pulmonar: 81,7%, seguida da forma extrapulmonar de 16,5% e a menor proporção é da forma pulmonar + extrapulmonar 1,8%. Na figura 26 observamos as formas clinicas de TB no período do ano de 2000 a 2005. 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 181 169 165 140 130 99 33 31 22 28 22 10 2000 Pulmonar 7 2001 11 2002 Extrapulmonar 23 12 2003 10 2004 4 2005 Pulmonar+Extrapulmonar FIGURA 26. FORMA CLÍNICA DA TB DE 2000 A 2005. Fonte: SINAN Observamos que a forma predominante é a pulmonar, seguida da extra-pulmonar e em menor número ocorre a forma pulmonar + extra-pulmonar. Na figura 27 observamos a proporção de formas clínicas de TB no ano de 2000. Pumonar + Extrapulmonar 6,2% = 10 Extrapulmonar 13,6% = 22 Total = 162 P ulmonar 80,2% = 130 FIGURA 27. FORMA DE TB NO ANO DE 2000. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção é da forma pulmonar (80,2%), seguida da forma extra-pulmonar (13,6%) e a menor proporção é da forma pulmonar + extra-pulmonar a 6,2%. Na figura 28 observamos a proporção de formas clínicas de TB no ano de 2001 Extrapulmonar 15,3% = 31 Total = 203 Pumonar + Extrapulm onar 3,4% = 7 Pulm onar 81,3% = 165 FIGURA 28. FORMA DE TB NO ANO DE 2001. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção é da forma pulmonar: 81,3%, seguida da forma extra-pulmonar de 15,3% e a menor proporção é da forma pulmonar + extra-pulmonar a 3,4%. Na figura 29 observamos a proporção de formas clínicas de TB no ano de 2002. Extrapulm onar 22 = 10,3% Pum onar + Extrapulm onar 11 = 5,1% Pulm onar 181 = 84,6% Total = 214 FIGURA 29. FORMA DE TB NO ANO DE 2002. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção é da forma pulmonar: 84,6%, seguida da forma extrapulmonar de 10,3% e a menor proporção é da forma pulmonar + extrapulmonar 5,1%. Na figura 30 observamos a proporção de formas clínicas de TB no ano de 2003 Pumonar + Extrapulm onar 12 = 5,7% Extrapulm onar 28 = 13,4% Total = 209 Pulmonar 169 = 80,9% FIGURA 30. FORMA DE TB NO ANO DE 2003. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção é da forma pulmonar: 80,9%, seguida da forma extra-pulmonar de 13,4% e a menor proporção é da forma pulmonar + extra-pulmonar 5,7%. Na figura 31 observamos a proporção de formas clínicas de TB no ano de 2004 Pum onar + Extrapulm onar 5,5% = 10 Extrapulm onar 18% = 33 Pulm onar 76,5% = 140 Total = 183 FIGURA 31. FORMA DE TB NO ANO DE 2004. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção é da forma pulmonar, 76,5%, seguida da forma extra-pulmonar de 18% e a menor proporção é da forma pulmonar + extra-pulmonar 5,5%. Na figura 32 observamos a proporção de formas clínicas de TB no ano de 2005 Extr apulm onar 18,3% = 23 Total = 126 Pumonar + Extrapulmonar 3,2% = 4 Pulm onar 78,6% = 99 FIGURA 32. FORMA DE TB NO ANO DE 2005. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção é da forma pulmonar: 78,6%, seguida da forma extra-pulmonar de 18,3% e a menor proporção é da forma pulmonar + extra-pulmonar, 3,2%. Nesta figura 33 observamos o número de exames de baciloscopia de escarro realizados no período de 1995 a 1999, com seus respectivos resultados. 180 168 160 160 138 137 140 120 108 100 80 64 49 53 60 37 40 25 20 37 19 11 6 13 0 1995 positiva 1996 1997 negativa 1998 1999 não realizada FIGURA 33: BACILOSCOPIA DE ESCARRO NO PERÍODO DE 1995 A 1999. Fonte: SINAN Observamos que neste período de tempo, houve um predomínio de baciloscopias positivas, seguido de baciloscopias negativas e o menor numero foi de não realizadas, sendo que em 1999 houve um aumento da categoria “não realizada”. Na figura 34 observamos a proporção de baciloscopias realizadas no ano de 1995. não realizada; 4,3% = 6 negativa; 18% = 25 positiva; 77,7% = 108 N=139 FIGURA 34: BACILOSCOPIA DE ESCARRO NO ANO DE 1995. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de baciloscopias foi positiva (77,7%) seguida de baciloscopias negativas (18%) e a menor proporção foi de baciloscopias não realizadas (4,3%). Na figura 35 observamos a proporção de baciloscopia realizadas no ano de 1996 não re alizada; 8,5% = 19 negativa; 16,5% = 37 positiva; 75% = 168 FIGURA 35: BACILOSCOPIA DE ESCARRO NO ANO DE 1996 Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de baciloscopias foi positiva (75%) seguida de baciloscopias negativas (16,5%) e a menor proporção foi de baciloscopias não realizadas (8,5%). Na figura 36 observamos a proporção de baciloscopia realizadas no ano de 1997 não realizada; 4,9% = 11 negativa; 23,7% = 53 positiva; 71,4% = 160 Total = 224 FIGURA 36. BACILOSCOPIA DE ESCARRO NO ANO DE 1997. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de baciloscopias foi positiva (71,4%) seguida de baciloscopias negativas (23,7%) e a menor proporção foi de baciloscopias não realizadas (4,9%). Na figura 37 observamos a proporção de baciloscopia realizadas no ano de 1998. não realizada; 6,1% = 13 positiva; 64% = 137 negativa; 29,9% = 64 Total = 214 FIGURA 37. BACILOSCOPIA DE ESCARRO NO ANO DE 1998. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de baciloscopias foi positiva (64%) seguida de baciloscopias negativas (29,9%) e a menor proporção foi de baciloscopias não realizadas (6,1%). Na figura 38 observamos a proporção de baciloscopia realizadas no ano de 1999 não realizada; 16,5% = 37 positiva; 61,6% = 138 negativa; 21,9% = 49 Tota l = 224 FIGURA 38. BACILOSCOPIA DE ESCARRO NO ANO DE 1999. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de baciloscopias foi positiva (61,6%) seguida de baciloscopias negativas (21,9%) e a menor proporção foi de baciloscopias não realizadas (16,5%). Na figura 39, observamos o número de baciloscopias de escarro realizadas no período de 2000 a 2005, com seus respectivos resultados. Observamos que neste período de tempo, há um predomínio de baciloscopias positivas. A não realização de baciloscopias neste período, mostrou números mais elevados do que os de baciloscopias negativas. 160 143 140 117 120 100 116 98 93 80 69 50 60 39 30 40 56 50 47 41 38 37 36 21 16 20 0 2000 N = 162 2001 N = 203 2002 N = 214 positiva 2003 N = 209 2004 N = 183 negativa 2005 N = 126 não realiz ada FIGURA 39. BACILOSCOPIA DE ESCARRO NO PERÍODO DE 2000 A 2005. Fonte: SINAN Na figura 40 observamos a proporção de baciloscopias realizadas no ano de 2000. não realizada; 24,1% = 39 positiva; 57,4% = 93 negativa; 18,5% = 30 Total=162 FIGURA 40. BACILOSCOPIA DE ESCARRO NO ANO DE 2000. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de baciloscopias foi positiva (57,4%) seguida de baciloscopia não realizadas (24,1%) e a menor proporção foi de baciloscopia negativa (18,5%). Na figura 41 observamos a proporção de baciloscopias realizadas no ano de 2001 não realizada; 24,6% = 50 positiva; 57,6% = 117 negativa; 17,7% = 36 Total=203 FIGURA 41. BACILOSCOPIA DE ESCARRO NO ANO DE 2001. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de baciloscopias foi positiva (57,6%) seguida de baciloscopia não realizadas (24,6%) e a menor proporção foi de baciloscopia negativa (17,7%). Na figura 42 observamos a proporção de baciloscopias realizadas no ano de 2002. não realizada; 23,4% = 50 positiva; 66,8% = 143 negativa; 9,8% = 21 Total=214 FIGURA 42. BACILOSCOPIA DE ESCARRO NO ANO DE 2002. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de baciloscopias foi positiva (66,8%) seguida de baciloscopia não realizadas (23,4%) e a menor proporção foi de baciloscopia negativa (9,8%). Na figura 43 observamos a proporção de baciloscopias realizadas no ano de 2003. não realizada; 26,8% = 56 positiva; 55,5% = 116 negativa; 17,7 % = 37 Total=209 FIGURA 43. BACILOSCOPIA DE ESCARRO NO ANO DE 2003. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de baciloscopias foi positiva (55,5%) seguida de baciloscopia não realizadas (26,8%) e a menor proporção foi de baciloscopia negativa (17,7%). Na figura 44 observamos a proporção de baciloscopias realizadas no ano de 2004 não realizada; 25,7% = 47 positiva; 53,6% = 98 negativa; 20,8% = 38 Total=183 FIGURA 44. BACILOSCOPIA DE ESCARRO NO ANO DE 2004. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de baciloscopias foi positiva (53,8%) seguida de baciloscopia não realizadas (25,7%) e a menor proporção foi de baciloscopia negativa (20,8%). Na figura 45 observamos a proporção de baciloscopias realizadas no ano de 2005 não realizada; 32,5% = 41 positiva; 54,8% = 69 negativa; 12,7% = 16 Total=126 FIGURA 45. BACILOSCOPIA DE ESCARRO NO ANO DE 2005. Fonte: SINAN Observamos que a maior proporção de baciloscopias foi positiva (54,8%) seguida de baciloscopia não realizadas (32,5%) e a menor proporção foi de baciloscopia negativa (12,7%). Em relação ao indicador de baciloscopias realizadas, há que se levar em conta que este exame somente é realizado nos casos de forma clínica pulmonar, em que há secreção. Então, o que se chama a atenção é a razão entre os resultados positivos e negativos, que é relativamente constante ao longo do período estudado, cerca de três vezes maior. Na figura 46, observamos a situação de realização do Teste para detecção do HIV em casos de TB nos períodos de 1995 a 1999. 250 206 199 192 200 143 150 121 100 40 50 5 13 9 1 23 4 6 0 10 2 19 18 3 0 0 1995 1996 N= 136 1997 N= 223 positivo 1998 N= 223 negativo 1999 N= 220 N= 212 em andamento não realizado FIGURA 46. TESTE DE HIV NO PERÍODO DE 1995 A 1999. Fonte: SINAN Observamos que neste período de tempo, a maior parte dos casos de TB não realizou o teste para detecção do HIV. Dos que realizaram, em 1995 a maior parte foi negativo; de 1996 a 1998 a maior parte foi positivo e em 1999 houve um caso a mais com resultado positivo em relação ao negativo e neste ano, comparando com o período, tivemos um número expressivo de exames em andamento. O percentual anual da associação TB/HIV (dos que realizaram o teste) o resultado foi: 1995 – 33,3%; 1996 – 76,5%; 1997 – 74,2%; 1998 – 77%; 1999 – 24,7%. Na figura 47 observamos a situação de realização do Teste para detecção do HIV em casos de TB nos períodos de 2000 a 2005. 133 140 125 119 120 99 100 88 84 76 80 63 60 40 20 43 42 37 36 28 21 18 15 8 11 5 9 12 10 3 1 0 2000 N= 159 positivo 2001 N= 198 2002 N= 214 negativo 2003 N= 209 em andamento 2004 N= 181 2005 N= 125 não realizado FIGURA 47. TESTE DE HIV NO PERÍODO DE 2000 A 2005. Fonte: SINAN Observamos que do ano 2000 a 2002 a maior parte dos casos de TB não realizou o Teste para detecção do HIV. De 2003 a 2005 houve um aumento do número de testes (p/HIV) em andamento e houve uma queda da variável não realizado. Dos testes com resultados, a maior parte deles foi negativo e a menor parte positivo. O percentual anual da associação TB/HIV (dos que realizaram o teste) o resultado foi: 2000 – 25%; 2001 – 27,7%; 2002 – 22,1%; 2003 – 5 %; 2004 – 6,6%; 2005 – 8,1%. Dentro de todo período 1995-2005 a média do percentual dos testes realizados é de 34,5 %. Na figura 48 observamos o número de casos novos tratados pelo Esquema I no período do estudo. 250 200 150 100 50 0 1 2 3 4 5 6 109 197 189 198 160 casos novos 108 192 183 192 152 tratados com esquema I 95 96 97 98 99 7 8 9 10 11 77 161 171 175 152 99 77 159 170 175 151 96 00 01 02 03 04 05 FIGURA 48. TOTAL DE CASOS NOVOS TRATADOS COM ESQUEMA I NO PERÍODO DE 1995 A 2005. Fonte: SINAN Observamos que um percentual alto (98%) dos casos que dão entrada no PCT sob a forma de “caso novo” é tratado com o “esquema I”. Na figura 49 observamos a situação de encerramento dos casos de TB nos períodos de 1995 a 1999. % 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1 2 3 4 59,4 66,2 68 77,3 65 abandono 1,6 10,2 28,5 14 22,4 óbito 4,6 4,6 6,1 5,1 7,5 cura 5 3,8 trans ferência 0 mudanç a de giagnóstic o 1,3 falência 1995 1996 1997 1998 1999 N = 237 FIGURA 49. SITUAÇÃO DE ENCERRAMENTO DE CASOS NOVOS NO PERÍODO DE 1995 A 1999. Fonte: PCT/SMS –Campos dos Goytacazes Observamos que no período de 1995 a 1998 não há dados sobre as categorias: transferência, mudança de diagnóstico e falência. O maior percentual de casos encerrados é por cura (67,2%) seguido por percentual de abandono (15,3%) e menor percentual é o óbito (5,6%). Sendo que no ano de 1995 o percentual de óbito (4,6%) foi mais elevado que o percentual de abandono (1,6%). No ano de 1999 temos as categorias transferência (3,8%), falência (1,3%) e mudança diagnóstico (0,0%). Na figura 50 observamos a situação de encerramento dos casos de TB nos períodos de 2000 a 2005. % 80 60 40 20 0 1 2 3 4 5 6 63 70,2 69,2 69,4 59,8 62,5 17,1 16,7 13,3 9,5 20,5 15 9,3 6,6 10 4,1 7,6 7,5 transferência 10,2 4,4 5,4 8,6 8 11,5 mudança de diagnóstico 0 0 1,3 4,1 2 1,2 cura abandono óbito 2000 N = 205 2001 N = 228 2002 N = 240 2003 N = 222 2004 N = 252 2005 N = 258 FIGURA 50. SITUAÇÃO DE ENCERRAMENTO DE CASOS NOVOS NO PERÍODO DE 2000 A 2005. Fonte: PCT/SMS –Campos dos Goytacazes Observamos que no período de 2000 a 2005, a maior proporção de casos encerrados é por cura (65,7%), seguido por percentual de abandono (15,3%) e em seguida, os percentuais de transferência (8%) e óbito (8%) se igualam, por falência (1,5%) e a “mudança de diagnóstico” (1,4%). 6 GESTÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ. O Programa de Controle da Tuberculose (PCT) funciona no Hospital Ferreira Machado, situado à Rua Rocha Leão nº 2 – Bairro: Caju. Este hospital é referência para região norte e noroeste fluminense, em Doenças Infecciosas e Parasitárias (D.I.P.) no terceiro nível de atenção à saúde (internação). O ambulatório de atendimento para diagnóstico e tratamento da Tuberculose (TB) funciona no 2º andar e a internação é no 4º andar. O programa dispõe de seis ambientes para seu funcionamento: * 1 sala de espera ampla, onde uma das paredes não é completa, formando uma grande janela de 1,50m de altura e aproximadamente 5 m de comprimento, bem ventilada e com luz solar, há cadeiras arrumadas numa distância em torno de 70 cm uma da outra e espaço para pessoas transitarem. A sala apresenta uma área de aproximadamente 5 m X 3 m. * 1 balcão largo (aproximadamente de 1 m.) em sua parte superior tem grade, destinado às informações, recebimento de material para análise em laboratório e outras funções afins. Há um ventilador na parede, formando um fluxo de ar entre o atendente e o usuário do serviço. * 1 sala média para arquivos que é separada deste local de balcão por uma divisória até o teto, sem porta. * 1 sala grande com 2 conjuntos de mesas uma para consulta de enfermagem e outra para atendimento ora com a assistente social ora com a nutricionista. A distância entre as mesas é de aproximadamente 1,20 m. A sala tem janela grande de frente para os profissionais e um ventilador na parede atrás dos profissionais. * 1 sala pequena (em torno de 2 m X 3 m) com uma janela, onde são atendidos por médico, pacientes com TB de baciloscopia negativa. Há um ventilador formando fluxo de ar entre o paciente e o médico, o ar vai em direção à janela. * 1 sala pequena (em torno de 2m x3m) para acondicionamento da medicação. Todas as salas são arejadas, com luz solar e tem acesso à sala de espera. Para o diagnóstico laboratorial o PCT dispõe de 1 laboratório (no 1º andar do hospital) vinculado ao LACEN. Em relação aos medicamentos, evidenciou-se que o PCT disponibiliza em quantidade e qualidade suficientes para atender aos usuários inscritos no programa, segundo a enfermeira supervisora do PCT. Quanto aos recursos humanos, a equipe do programa é multidisciplinar, composta por um médico pneumologista/tisiologista, um médico pneumologista/cirurgião torácico, três médicos clínicos gerais/pneumologistas, uma médica pediatra/pneumologista, duas enfermeiras, sendo uma delas especialista em pneumologia sanitária, além de dois técnicos de enfermagem, uma auxiliar de enfermagem, uma assistente social e uma nutricionista. Não há dentro do serviço, atividades voltadas para a educação permanente dos profissionais da equipe. A enfermeira supervisora do Programa de Controle da Tuberculose (especialista em pneumologia sanitária) participa das reuniões mensais para os municípios prioritários, promovidas pela Secretaria Estadual de Saúde no Rio de Janeiro-RJ. O PCT desenvolve suas funções diariamente, de 2ª a 6ª feira, de 8 h às 17h sendo que até às 13h há atendimento aos pacientes e o restante do tempo é empregado em trabalhos burocráticos e de manutenção do local (limpeza, consertos de materiais, etc.). Os profissionais usam máscara N 95, em dia de atendimento aos pacientes bacilíferos e aos “contatos intradomiciliares”. O atual coordenador do programa assumiu a gestão a partir de 1999, implementou medidas que visam atender os pacientes em sua integralidade. Rotina de Serviço: Todas as manhães: - 2ª feira – consultas para pacientes que estão no controle pós-alta por cura. - 3ª feira – consultas para pacientes portadores de Tb pulmonar cuja baciloscopia de escarro está negativa - 4ª feira – 8 h – consulta para pacientes menores de 15 anos de idade que apresenta TB todas as formas; atendimento a esta faixa etária para Quimioprofilaxia e para eventos adversos pós vacina BCG. 10 h – consulta para pacientes com TB extrapulmonar (faixa etária – 15 anos ou mais). - 5ª feira – consultas para pacientes com TB pulmonar cuja baciloscopia de escarro está positiva. - 6ª feira – atendimento para quimioprofilaxia em pessoas com 15 anos de idade ou mais e atendimento às pessoas que são contatos intradomiciliares ou institucionais (escolas, asilos, penitenciárias, etc.) de pessoas TB bacilíferas. O PCT recebe pacientes de livre demanda ou referenciados. Na 1ª consulta, o paciente faz o teste de pesquisa de BAAR (bacilo Álcool Acido Resistente) cujo material é o escarrocolhido (em local próprio) no PCT ou trazido dentro das recomendações sanitárias. Em torno de 30 minutos o resultado da baciloscopia de escarro está disponibilizado pelo laboratório do PCT. Independente do resultado da baciloscopia (positiva ou negativa) o paciente é encaminhado para realização de radiografia de tórax. Apresentando o pulmão radiografado sinais sugestivos de tuberculose ou não, se a baciloscopia for positiva, inicia-se o tratamento da TB. É indicado ao paciente que envie no dia seguinte o material para exame de escarro (baciloscopia). É entregue no 1º dia, medicamento para 15 dias de tratamento e uma máscara modelo N 95(“bico de pato”). O paciente recebe orientações sobre a doença, contágios e a necessidade de retornar ao ambulatório. A notificação na ficha do SINAN (ANEXO B) é semanal, mas o registro no livro de Controle de Tratamento dos casos de Tuberculose é feita no 1º dia de confirmação diagnóstica. Se o paciente apresentar rouquidão faz-se à pesquisa para fungos. A equipe faz aconselhamento para o exame anti HIV para indivíduos de todas as idades. Dependendo do caso, o sangue para o teste é colhido no PCT (presidiários, moradores de rua e outras pessoas de difícil contato) e sempre é precedido de assinatura em termo de consentimento. Outros casos são encaminhados para o Centro de Testagem Anônima (CTA) – Programa DST/AIDS. O PCT a partir de 2006 vem usando um prontuário elaborado pela equipe do serviço (ANEXO C). Há um cadastro social com formulário (ANEXO D) para averiguar situação sócioeconômica do paciente. Se a renda mensal for menor que um salário mínimo federal, o paciente recebe uma cesta básica mensalmente. Para controle de pessoas que são contatos intradomiciliares há uma ficha para acompanhamento (ANEXO E) que permanece no PCT e essas pessoas são submetidas a investigação diagnóstica e quimioprofilaxia, se necessário, como preconiza o MS (2002). Em caso de transferência do paciente para outro local, ele leva uma folha com resumo de tratamento (ANEXO F). O Programa de Controle da Tuberculose atende também presidiários. Realiza os testes para diagnóstico de TB e HIV, inicia o tratamento e transfere o detento para Hospital Penitenciário de Clínica Tisiológica (Rio de Janeiro – RJ). O prontuário para atendimento desses internos é fornecido pela Coordenação de Saúde Penitenciária – RJ. Quando há necessidade de realização de cultura de escarro e teste de sensibilidade, o material é encaminhado ao Laboratório Central Noel Nutels. Toda semana (1 vez por semana) é levado o material ao laboratório acima citado, após acondicionamento em geladeira. O PCT tem um receituário próprio para a prescrição do tratamento da TB para adultos (ANEXO G) e para crianças (ANEXO H). O livro de sintomáticos respiratórios (SR) é utilizado em campanhas e em casos de SR que procuram o PCT. Não há implantação da estratégia DOTS. Quanto à acessibilidade das pessoas ao local do PCT, não é fácil, pois necessitam na maioria dos casos, deslocamentos que exigem pagamento aos meios de transporte, sem ajuda de custo. 7 DISCUSSÃO Os dados analisados neste trabalho nos mostram que, em Campos dos Goytacazes, no período compreendido entre 1995 e 2005, a taxa de incidência apresentou uma tendência de queda no período analisado. Isso pode refletir uma queda real nos casos novos, ou um subregistro de casos novos, ou os dois fenômenos podem ainda estar representados. A tuberculose acometeu mais a faixa etária economicamente mais produtiva (15 a 59 anos de idade 84,2%), apresentou uma predominância em indivíduos do sexo masculino (69,3%), seguida do sexo feminino (29,4%) e em menor proporção a categoria “ignorado” (1,3%). Está categoria apresentou uma queda de números a cada ano do período estudado e a partir do ano 2002 não houve nenhum caso registrado, o que denta melhora no gerenciamento do sistema de informação. Os dados referentes a predominância do sexo masculino acometido pela TB e a faixa etária de 15 a 59 anos estão de acordo com os dados do Ministério da Saúde (MS, 2006). A forma clinica pulmonar foi a mais freqüente 82,4% e segundo o MS, existem várias formas de tuberculose (meníngea, pulmonar, miliar, óssea, renal cutânea, genital, etc.) sendo a mais freqüente e contagiosa a pulmonar (MS, 2006). O diagnóstico confirmado a partir do exame de escarro (fresco) – a baciloscopia direta, mostrou-se positivo na maioria dos casos (66,8%), isto vai de encontro aos parâmetros do MS, pois a baciloscopia direta do escarro é o método primordial porque permite identificar as fontes mais importantes de infecção – os casos bacilíferos. Esse exame, executado corretamente, detecta um percentual de 70 a 80% dos casos de tuberculose pulmonar em pacientes acometidos pela doença (MS, 2002). É o exame de eleição para diagnostico a curto prazo, pela saúde pública (FERREIRA et al, 2005). A categoria “não realizado”, no período de 1995 a 1999 – apresentou um percentual de 8,4% e no período de 2000 a 2005 aumentou para 27,6%. Esta não realização da baciloscopia não contribui para o diagnóstico. Os dados nos dizem que o “Tipo de Entrada” no PCT, na maioria dos indivíduos foi “caso novo” e o “esquema I” foi tratamento dispensado, atingindo uma proporção alta (98%). Isto é muito positivo à medida que estamos diante de pessoas que nunca se submeteram à quimioterapia antituberculose (virgem de tratamento) ou fizeram uso de tuberculostáticos por menos de 30 dias ou submeteram-se ao tratamento para tuberculose há cinco anos (MS, 2002), portanto concluímos que medidas preventivas contra tuberculose foram aplicadas no município. O fato do esquema I de tratamento ter sido predominante nos diz que o controle da tuberculose está facilitado, pois uma das situações agravantes para o controle é o paciente multidrogarresistente (BECERRA, 2000; FUNASA, 2002). A entrada no PCT por “reingresso após abandono” nos períodos de 1995 a 1999 e de 2000 a 2005 foi a 2 a causa de tratamento, apresentando um percentual de 7,8%. No período de 1995 a 1999 a categoria “não sabe” ocupou o 3 o lugar no indicador tratamento por tipo de entrada no PCT num percentual de 6,5%, isto denota falha no preenchimento dos dados do sistema de informação. O número de casos para tratamento por recidiva, neste período foi de 4,2%. Não foram constatados casos de entrada para tratamento por transferência. No período de 2000 a 2005 a categoria recidiva ocupou o 3º lugar, com um percentual de 5,6%. O percentual de pacientes provenientes de transferência foi de 2,5%, isto justifica-se possivelmente por migração das pessoas. No ano de 2000, num total de 162 casos, 69 foram registrados como “não sabe”, portanto 42,5%. Isto além de denotar uma falha no preenchimento de dados do sistema de informação, prejudica o diagnóstico da real situação de tipo de entrada no PCT. No período de 2001 a 2005, a categoria “não sabe” assume níveis baixos, pois num total de 935 casos, em cinco anos, apenas três casos foram registrados nesta categoria, demonstrando uma melhora no sistema de informação e na possibilidade de fazerse um diagnóstico melhor da situação dos pacientes que deram entrada no PCT neste período. Quanto à realização do teste para detecção do HIV, no período de 1995 a 1999, a maioria dos pacientes não fez o teste, totalizando um percentual de 84,9% (de 1014 pacientes, 861 não realizaram o teste), dos que fizeram o teste, foi observado que a cada ano havia casos positivos (HIV+) e em 1999 apresentou um número expressivo de exames em andamento (40 exames para 220 pacientes), dado que nos anos anteriores, era muito baixo e até ausente. O MS (1989) alerta que houve um recrudescimento nos casos de tuberculose a partir de 1986, provavelmente pela associação com a AIDS, portanto não se justifica a não realização do teste anti-HIV no período estudado, mesmo que as pessoas não aceitassem fazê-lo, devia ter havido mais esforços no sentido de esclarecimento ao paciente e/ou maior divulgação nos meios de comunicação sobre a associação tuberculose + HIV. De acordo com a FUNASA (2002) e OPAS/OMS (2005) o vírus da imunodeficiência humana (HIV) modifica a epidemiologia da tuberculose e dificulta o seu controle. No período de 2000 a 2002 ainda predominou a categoria não realizado (de 571 pacientes, 351 não realizaram o teste = 61,4%), neste período o número de HIV positivos atingiu uma média de 18 casos por ano e o número de HIV negativos, atingiu uma média de 47,3 casos por ano. Durante este período, 2000 a 2005, esteve presente a categoria “em andamento” e de 2003 a 2005 esta categoria atingiu números mais elevados, 289 em 515 pacientes, ainda neste período (2003 a 2005) houve uma queda significativa dos números de categoria “não realizado”, de 515 pacientes, 32 não realizaram, sendo que os melhores números foram em 2004 e 2005, (01 e 03 pacientes) não realizaram o teste anti-HIV, num total de 181 e 125 pacientes respectivamente. Houve uma melhora do indicador teste de HIV nos três últimos anos (2003 a 2005) em 515 pacientes, 93,7% (483 pacientes) realizaram o teste, refletindo uma situação de melhoria para o diagnostico da associação TB/HIV. A situação de “encerramento” no período de 1995 a 1998 não houve dados sobre as categorias Transferência, Falência e Mudança de Diagnostico. Em 1999 o maior percentual de casos novos encerrados foi por cura 65%, em seguida abandono 22,4%; óbito 7,5%; transferência 3,8%; falência 1,3% e 0% mudança de diagnóstico. No período de 1995 a 1999 em relação aos dados que obtivemos, podemos observar que o maior percentual de casos encerrados foi por “cura”, apresentando uma média de 67,2%, seguido de percentual de abandono 15,3% e o menor percentual foi de óbito 5,6%. As situações de “encerramento” no período de 2000 a 2005, obtivemos dados de todas as categorias e detectamos que o maior percentual de casos encerrados foi por “cura” 65,7%; seguido de “abandono” 15,3%; “óbito” 8,0%; “transferência” 8,0%; “mudança de diagnóstico” 1,4%; “falência” 1,5%. De acordo com o MS (2005) a meta é curar pelo menos 85% dos casos diagnosticados e manter o percentual de no máximo 5% para o abandono do tratamento. Analisando os dados podemos dizer que o percentual de cura foi menor que o preconizado pelo MS como meta e o percentual de abandono foi alto. O Programa de Controle da Tuberculose em Campos dos Goytacazes apresenta resultados numéricos que nos levam a concluir que a situação da TB neste município ainda não está controlada, necessitando melhorar. Em especial, a taxa de abandono ainda é muito alta, em torno de 20%, e a proporção de casos curados, 67%, ainda está aquém da meta do Ministério da Saúde, que é de 85%. Quanto à gestão do PCT observamos que o Sistema de Registro de Informação, que é o SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação) apresenta dados incompletos. Faz-se necessário, então, melhorar a qualidade das informações, pois dependemos delas para chegarmos a um diagnóstico fidedigno da situação TB e para que sejam tomadas decisões mais coerentes e eficazes. De acordo com FUNASA (2002), o SINAN abrange os três níveis de competências: federal, estadual, municipal e possibilita a comparação entre a situação nacional e a internacional. Quanto aos recursos humanos do PCT, tratam-se de profissionais qualificados para o trabalho, num quantitativo bom para atender a demanda, contudo necessitam de educação permanente (LEITE E PEREIRA, 1991). Em relação à acessibilidade ao local do PCT não é ideal, o custo na utilização dos meios de transporte, propiciam o abandono do tratamento, apesar de haver medicamentos disponibilizados em quantidade suficiente, atendendo as necessidades de cada caso. De acordo com o Comitê Executivo da OPAS na 136ª sessão realizada em Buenos Aires nos dias 20 a 24 de junho de 2005, relata que o difícil acesso da população a rede de serviços sanitários dificulta o controle da tuberculose. Em relação à situação da biossegurança é adequada tanto para os usuários quanto para os profissionais (ANVISA, 2002; BRITO et al, 2003; KRITSKI, CONDE, SOUZA, 2005). As pessoas contatos intradomiciliares de TB são assistidas e tratadas de acordo com as normas do MS (2002) e Gazetta et al (2006). O serviço do laboratório é oferecido em tempo hábil, proporcionando conforto ao paciente por curto tempo de espera do resultado da baciloscopia de escarro (30 min) o que propicia mais adesão ao tratamento desde o 1º dia de diagnóstico confirmado, porém o laboratório não realiza a cultura do escarro. O relacionamento profissional entre o Programa de Controle da Tuberculose e o Programa de Saúde da Família é informal, digo até superficial, e penso que seja por falta de realização de ações conjuntas. Há planejamento para ações que levem à integração entre PSF e PCT, mas por questões político-administrativas ainda não foram colocadas em prática. O Programa Nacional de Controle da Tuberculose ao apresentar seus objetivos e metas, inclui enfaticamente o PACS, o PSF e Unidades de Saúde de grandes centros urbanos na luta pelo controle da tuberculose. Compreendemos que, sendo o PSF uma estratégia que ocupa lugar como um modelo assistencial no nível primário de atenção à saúde, desenvolvendo suas atividades em um território delimitado, assistindo a uma população adscrita, trabalhando através de uma equipe multidisciplinar, tem condições de assumir a prevenção, diagnóstico e tratamento da TB, nos casos de baixa complexidade (sem complicações) mantendo um sistema de referência e contra-referência quando necessário, para o PCT. Em Campos dos Goytacazes o PSF dispõe de 53 equipes de saúde da família oferecendo uma cobertura populacional em 72%. (SES/RJ, 2001; STARFIELD, 2002). Segundo Paixão e Gontijo (2006) o controle da TB está diretamente relacionado a melhoria das atividades oferecidas pelos serviços de saúde tais como: sistema de informação confiável, atendimentos descentralizados que possibilitem a implementação do tratamento supervisionado, trabalho em equipe com profissionais capacitados, otimização da referência e contra-referência, abordagem individual e valorização das atividades educativas. Diz ainda que é preciso ajudar o paciente a tornar-se co-responsável pelo enfretamento de sua doença. A descentralização deve ocorrer de forma planejada, gradativa e responsável para que a equipe de saúde e os pacientes sintam segurança e controle sobre suas condutas. Deve-se tornar como ponto de partida, as áreas de PSF que apresentem maior nº de casos de tuberculose e implantar nessas áreas a Terapia Supervisionada. Em paralelo a esta atividade implantar também a busca dos indivíduos classificados como sintomáticos respiratórios. Atendendo às propostas do MS para descentralização das ações do Programa de Controle da Tuberculose, expandindo-as e formando parceria com a ESF do PSF, sobretudo nos municípios prioritários, a secretaria estadual de saúde (SES - RJ) promoveu nos dias 26 e 27 de outubro de 2006 na cidade de Macaé-RJ, uma Oficina de Planejamento do Plano Municipal de Controle da Tuberculose da Regional Norte-Fluminense. Dentre os municípios constava Campos dos Goytacazes, que através de representantes do PCT e PSF (pesquisadora participou como colaboradora) elaboraram o plano que consta de implementação da Busca de Sintomáticos Respiratórios e Terapia Supervisionada em cinco equipes de saúde da família e uma Unidade Médica de Saúde. O plano municipal de controle da tuberculose (ANEXO I), deste município foi apresentado ao conselho Municipal de Saúde e por este aprovado em novembro de 2006, porém ainda não foi posto em prática por motivos político administrativos. 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS A tuberculose é um problema de saúde pública a nível mundial, nacional e particularmente municipal (Campos dos Goytacazes – RJ). Para o enfrentamento desse problema, foram desenvolvidas no Brasil, a princípio, ações centralizadas, que apesar dos esforços não alcançavam os resultados almejados: diminuição dos índices de morbidade e mortalidade a ponto de se considerar ser possível a erradicação da doença. Diante deste fato, conclui-se que, adotar políticas de saúde que horizontalizassem as ações, descentralizando-as para serviços de saúde, seriam medidas mais eficazes para controlar a TB, sobretudo porque surgiram situações que vieram a agravar o problema: associação TB/HIV e farmacorresistência da tuberculose. Em Campos dos Goytacazes, indivíduos acometidos pelo bacilo de Koch, infectados ou adoecidos, seja de forma menos complexa ou com complicações, estão com seus diagnósticos, profilaxia e tratamentos a cargo do PCT. Esse programa mostra-se bem estruturado porém esbarra com o percentual de cura abaixo da meta ministerial e o abandono do tratamento acima do esperado como aceitável pelo MS, além de outros indicadores que necessitam melhorar seus resultados. Dentre os princípios e diritrezes do SUS, encontra-se a descentralização das ações de saúde, que deverão acontecer dentro de um espaço territorializado, desenvolvendo aí uma vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental, proporcionando às comunidades fácil acesso aos serviços de saúde bem como controle social. O PSF com suas características de trabalho é apontado como parceiro necessário para o PCT na luta pelo controle da TB. Assim sendo, estaríamos fazendo prevalecer os princípios do nosso sistema de saúde e proporcionando a população seu direito constitucional de saúde e dignidade humana. REFERÊNCIAS AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA(ANVISA). Resolução RDC nº50, 21 fevereiro 2002. AVILA, RAMIRO – Aspectos de Organização do Combate à Tuberculose, 2002 A TUBERCULOSE É ANTIGA, MAS NÃO É http:/www.saude.rj.gov.br/Docs/Tuberculose. Acesso em 22 setembro 2005. PASSADO. BARROSO, E. C; MOTA, R. M. S; MORAIS, M. F. M; CAMPLE, C. L; RODRIGUES, J. L. N. Fatores associados aos tratamentos inadequados em grupo de portadores de tuberculose multirresistente. Jornal de Pneumologia, v. 29 (6), p. 350-356, 2003. BECERRA, M.C; RODRIGUES, J.; FERMER PE; KIM JY. Redefining MDR-TB transmission “hot spots”. Int J Tuberc Lung Dis 2000; 4: 387-394. BRASIL, Ministério da Saúde. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Fonte: www.saude.gov.br acessado em 16/05/2006 BRASIL, Ministério da Saúde. 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ANEXO A – Dados do PCT ANEXO B; Formulário do SINAN ANEXO C: Prontuário do PCT ANEXO D – Formulário do Cadastro Social ANEXO E – Ficha para controle de Contatos intradomiciliares ANEXO F – Resumo do Tratamento ANEXO G – Receituário para adultos e para criança ANEXO H – Plano Municipal de Controle da Tuberculose