Fernando Lopes-Graça
1
Centenário do Nascimento
1906-1994
2
1906

A 17 de Dezembro de
1906 nasce, em
Tomar, Fernando
Lopes-Graça aquele
que viria a ser uma
das figuras mais
emblemáticas do séc.
XX português.
3
1917

Inicia, na sua cidade
natal, estudos de
piano.

«A música foi para
mim um puro acaso,
um acidente, uma
brincadeira aí dos
meus onze anos».
4

Apenas com 14 anos,
começou a trabalhar
como pianista no CineTeatro de Tomar,
procedendo ele próprio
aos "arranjos" dos
trechos que
interpretava, tocando
peças de Debussy e de
compositores russos
contemporâneos.
5

Estudou, depois,
com Rita de Lemos
Lopes, que o
preparou para
superar os
sucessivos exames
no Conservatório
Nacional como
aluno externo.
6

1923 - frequenta o Curso Superior do
Conservatório de Lisboa, tendo como
professores: Adriano Meira, Tomás Borba
e Luís de Freitas Branco
1927 - frequenta a
Classe Superior de piano
onde tem como professor
o pianista Vianna da Motta
7
1928
Frequenta o curso de Ciências Históricas
e Filosóficas na Faculdade de Letras de
Lisboa, que abandona em 1931, em
protesto contra a repressão a uma greve
académica.
 Funda em Tomar o semanário republicano
“A Acção”.

8
1931

Primeiras
colaborações
na
revista Seara Nova tornam-no
conhecido
nos
círculos
oposicionistas.
Concorre aos lugares de professor de Solfejo
e de Piano no Conservatório de Lisboa. Obtém
a primeira classificação, mas, detido por
motivos políticos após as provas do concurso, é
julgado e desterrado para Alpiarça.
9
1933
Instala-se em Coimbra
como professor da
Academia de Música.
Relaciona-se com o
grupo da Presença,
iniciando relações de
amizade com Adolfo
Casais Monteiro, João
Gaspar Simões e José
Régio
10
1934

Ganha uma bolsa de Musicologia
para estudar em França, que lhe é
recusada por motivos políticos.

Compõe canções para voz e piano
sobre poemas de Fernando Pessoa,
Adolfo Casais Monteiro e António
Botto
11
1935

É detido por razões
políticas, acusado de
colaborar com a
criação, em Coimbra,
de uma Frente
Popular
No Forte de Peniche
12
1937
Parte para Paris, onde
permanece durante
dois anos.
 Assiste a primeiras
audições de obras de
importantes
compositores da
primeira metade do
século XX, - Bartók,
Schoenberg,
Stravinsky
 Frequenta na
Sorbonne a cadeira
de Musicologia
13

1939

Em 1939 regressa a Portugal.

Inicia um período de grande produção:
harmonização de canções tradicionais
portuguesas para voz e piano assente
sobre elementos harmónicos, melódicos e
rítmicos do folclore português
14
1941 - Ganha o prémio de Composição do
Círculo de Cultura Musical com Concerto
para piano e orquestra nº 1.
1942 - Cria, juntamente com outras
personalidades, a Sociedade de Concertos
“ Sonata”, dedicada à música do século XX
15
1943

É mais uma vez
distinguido com o
primeiro prémio de
composição do Círculo
de Cultura Musical.
A obra premiada é o ciclo de canções com
acompanhamento orquestral intitulado
História Trágico-Marítima, baseado em
poemas de Miguel Torga
16
1945
Colabora com o Movimento
de Unidade Democrática
(MUD), sendo nesta altura
militante do Partido Comunista
Português.

Funda o Coro do Grupo
Dramático Lisbonense, que
participa na campanha do MUD
17
1945

Escreve música para
canções a partir de
textos de poetas
associados ao neorealismo que são
publicadas no volume
Marcha, danças e
canções,
imediatamente
apreendido pela
Censura.
18
Canções “Heróicas”
MÃE POBRE
(Poema de Carlos de Oliveira)

CONVITE
(Poema de Antunes da Silva)

LIVRE
(poema de Carlos de Oliveira)

Pelo Grupo Coral do SPM
19
1948
 Promove, no âmbito da
“Sonata”, a 1ª audição
integral dos quartetos de
Bela Bartók pelo
Quarteto Húngaro.
1949
 É convidado para membro do Júri do
Concurso Internacional Béla Bartók, em
Budapeste.
 Mais uma vez é impedido de sair do país.
20
1950

Funda o Coro
da Academia
de Amadores
de Música,
que
interpretará
durante
décadas as
suas
numerosas
obras corais
Dirigiu este coro durante mais de 40 anos
21
Bicentenário da morte de Bach
(1950)
Dirige o Coro da Academia
de Amadores de Música e a
Orquestra Sinfónica Nacional
•Lisboa, Teatro
Tivoli, 6 de Maio
de 1950.
22
Primeira estreia de uma
obra orquestral da sua
autoria, no Porto. Tratase da Suite Rústica nº
1, que é interpretada
pela Orquestra Sinfónica
do Conservatório sob a
batuta de Frederico de
Freitas.
 Funda, com o apoio de
João José Cochofel, a

1951
Gazeta Musical
23
SUITE RÚSTICA Nº 1
Fernando Lopes-Graça


MELODIA DE FOZ CÔA
MELODIA DE PÓVOA DO LANHOSO
Orquestra Sinfónica Nacional Húngara
Maestro Tamás Pal
24
1953

Publica o volume
intitulado A canção
popular portuguesa,
onde edita recolhas de
música tradicional

Em 1954 é-lhe retirado o
diploma Ensino Particular
Artístico
25
1954
Promove a publicação
do Dicionário de
Música, projecto
iniciado por Tomás
Borba.
 São estreadas em
Paris “Quatro

canções de
Federico Garcia
Lorca”, para barítono
e conjunto
instrumental.
 A obra foi
posteriormente
gravada pela DECCA,
26
1961

Edita, juntamente
com Michel
Giacometti, o
primeiro volume da
Antologia da Música
Regional Portuguesa,
dedicado a Trás-osMontes.
Compõe canções sobre poesia de Fernando
Pessoa, Vitorino Nemésio, Luís de Camões,
Alberto de Lacerda e Sá de Miranda.
27
Canções Regionais Portuguesas

MILHO VERDE, MILHO VERDE
(Douro Litoral)

A MODA DA RITA
(Alentejo)
Pelo Grupo Coral do SPM
28
1969
É estreado em Moscovo,
pelo célebre violoncelista
Mtislav Rostropovich o
Concerto de Câmara para
violoncelo Obrigado
encomendado a LopesGraça
Inicia In Memoriam a Béla Bartók (8 suites
progressivas para piano) que completa em
1975
29
Abril de
1974
Vozes ao alto! /
Vozes ao alto! /
Unidos como os dedos da
mão / havemos de chegar ao
fim da estrada /
ao som desta canção.
José Gomes Ferreira
“ Revolta e Liberdade são sinónimos, são
leis imutáveis gravadas na face do
Cosmo, eternas e divinas como ele”
30
1975

É candidato, pelo Partido Comunista
Português, à Assembleia da República

É condecorado com a Ordem da Amizade
dos Povos concedida pelo Soviete
Supremo da URSS.
31
1979 -1981

Por encomenda da
Secretaria de Estado
da Cultura compõe,
para grande
orquestra, solistas e
coro o «Requiem
pelas vítimas do
fascismo em
Portugal»
32
1981

Estreia do
Requiem pelas
vítimas do
fascismo em
Portugal, no VII
Festival de Música
da Costa do Estoril
33
Homenagens
1980 - Grande Oficial da Ordem Militar
de Sant'iago da Espada, investido pelo
então Presidente da República, António
Ramalho Eanes
1981 - Convite do governo húngaro para as
Comemorações do Centenário do nascimento de
Béla Bartók
1986 - É-lhe atribuída a Grã-Cruz da Ordem do
Infante D. Henrique, pelo então Presidente da
República, Mário Soares.
 Doutor Honoris Causa pela Universidade de
Aveiro.
 1988 - É-lhe atribuída a Ordem de Mérito
34
Cultural.
Olga Prats e Lopes-Graça

Fernando LopesGraça com Olga Prats
durante um
recital/conferência na
Casa da Cultura das
Caldas da Raínha, em
comemoração do 1º
Centenário de Béla
Bartok.
Caldas da Rainha,
Outubro de 1981
35






1986-Em louvor à paz (orquestra).
1987 - Aquela nuvem e outras (Eugénio de
Andrade) e canções sobre textos de Pessoa e de
dois dos seus heterónimos (Ricardo Reis e
Alvaro de Campos).
1988 - Canciones de Tierras Altas (António
Machado).
1989 - Geórgicas (dedicada ao Opus
Ensemble).
1990 - Tríptico de D. João (José Saramago).
1992 - Jardim Perdido (Sophia de Mello
Breyner Andresen)
36
1994

Morre na noite de 27 Novembro, na
sua casa na Av. da República, na
Parede, junto a Cascais.

O seu arquivo pessoal foi legado ao
Museu da Música Portuguesa,
dependente da Câmara Municipal de
Cascais e presentemente está aberto
ao público.
37
Cem anos após o seu
nascimento …
Lopes-Graça foi um cidadão do
mundo,
Compositor com obra reconhecida
a nível internacional,
Difusor e reabilitador da Música
Popular Portuguesa,
Cidadão com voz interveniente e
crítica
38
39
DIA EUROPEU DA MÚSICA
Apresentação de Adília Andrade
21/06/2007
Sala de conferências do SPM
www.Lopes-Graça.com
www.insriruro-camoes.pt
www.vidaslusofonas.pt
Antena2.rtp.pt
40
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Fernando Lopes