FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza [email protected] [email protected]/edwin www.engenharia Objetivos A disciplina busca possibilitar ao Aluno: Caracterizar os problemas, grandezas e fenômenos elétricos relacionados com a utilização da eletricidade; caracterizar sistemas de iluminação, máquinas á i elétricas, lé i di dispositivos ii d manobra de b e proteção, ã relacionados l i d com os sistemas elétricos os quais o Engenheiro de Produção lida em suas atividades profissionais de modo a garantir instalações elétricas seguras, não colocando em risco a segurança das pessoas e o desempenho adequado do equipamento (consumo de energia, durabilidade, rendimento, etc). Fundamentos de Eletricidade 2 Metodologia e Técnicas de Ensino ¾ Aulas Expositivas; grupo ¾ Atividades individuais e em grupo. Fundamentos de Eletricidade 3 Avaliação ¾ Aplicação de 1 prova durante o semestre; ¾ Apresentação de Trabalhos. Fundamentos de Eletricidade 4 E Ementa t Introdução. Noções sobre geração, geração transmissão transmissão, distribuição e utilização de energia elétrica. Fundamentos de Corrente Alternada. Riscos de acidentes e problemas nas instalações elétricas. Dispositivos e equipamentos elétricos e eletrônicos eletrônicos. Introdução às fontes de suprimento de energia elétrica. Introdução à iluminação artificial. Introdução às máquinas elétricas. Introdução A Eletricidade ¾ A eletricidade está presente em muitas atividades do nosso dia a dia l no aparelho lh televisivo t l i i que transmite t it a novela l que como, por exemplo, assistimos, nos aparelhos de rádio que nos trazem a narração de uma partida de futebol, nos aparelhos que transmitem e captam as ondas do rádio, rádio nos aparelhos de chamada telefônica que atendemos, atendemos ou na geladeira que usamos para resfriar e manter os alimentos conservados. Fundamentos de Eletricidade 7 A Eletricidade computador ¾ Não podemos esquecer também que ela alimenta o nosso computador, hoje tão presente e importante na realização de inúmeras tarefas, as quais sem eletricidade não poderíamos realizar. Fundamentos de Eletricidade 8 A Eletricidade bem estar e lazer, lazer mas ¾ A eletricidade é importante não só para o nosso bem‐estar também para o desenvolvimento de nossas atividades no trabalho. Uma vez que ela é tão importante, vamos conhecer um pouco mais sobre essa fonte de energia e sobre como ela pode fazer funcionar todos esses aparelhos. Fundamentos de Eletricidade 9 A Eletricidade ¾ O estudo sobre a funcionalidade dos equipamentos elétricos & eletrônicos aborda questões como o movimento da corrente elétrica através das diversas partes de um circuito, que forças a impulsionam e de que modo a energia é convertida em calor, calor movimento ou luz. luz Fundamentos de Eletricidade 10 Eletricidade na Prática ¾ A eletricidade é uma das formas de aproveitar apro eitar os recursos naturais para o desenvolvimento humano. ¾ Possui características únicas: seu armazenamento é difícil e caro,, comparado com outras fontes como o petróleo. ¾ Pode ser transmitido com facilidade, e a entrega desta energia é instantânea. instantânea ¾ Sua extração da natureza pode ser realizada de diversas formas, mas cada uma possui uma desvantagem: seja no impacto ambiental, ou nos custos elevados da tecnologia. ¾ Desta forma, a civilização atual depende fortemente da energia elétrica, aonde não é possível imaginar um desenvolvimento sem eletricidade. eletricidade ¾ A engenharia, de todos os campos, deve saber usar da eletricidade para a realização de seus projetos. Fundamentos de Eletricidade 11 Sistema de Medidas Ampliar o entendimento e perceber a importância da notação científica. notação científica Avaliar ordens de grandeza e de representar medidas em notação científica. Reconhecer e transformar unidades básicas. As Origens ¾ A necessidade de medir é muito antiga e remonta à origem das civilizações. ¾ Por longo tempo cada país teve o seu próprio sistema de medidas, b d em unidades id d arbitrárias bi á i e imprecisas i i l aquelas l baseado como, por exemplo, do corpo humano: palmo, pé, polegada, braça, côvado, jarda. ¾ Isso criava muitos problemas para o comércio, porque as pessoas de uma região não estavam familiarizadas com o sistema de medida das outras regiões. iõ Fundamentos de Eletricidade 13 As Origens ¾ Em 1789, 1789 numa tentativa de resolver o problema, problema o Governo Republicano Francês pediu à Academia de Ciências da França que criasse um sistema de medidas baseado numa “constante natural”. f i definido, d fi id em 1791, como uma fração f d 1/10000000 / d ¾ O metro foi de da distância do Polo Norte ao Equador, seguindo o traçado do meridiano que passa por Paris. Fundamentos de Eletricidade 14 As Origens ¾ Posteriormente, muitos outros países adotaram o sistema, inclusive o Brasil, aderindo à “Convenção do Metro”. adotou inicialmente, inicialmente três unidades básicas ¾ O Sistema Métrico Decimal adotou, de medida: o metro, o litro e o quilograma. ¾ Entretanto, o desenvolvimento científico e tecnológico passou a exigir medições cada vez mais precisas e diversificadas. Por isso, em 1960, o sistema métrico decimal foi substituído pelo Sistema Internacional de Unidades (SI), mais complexo e sofisticado, adotado também pelo Brasil ifi d l C lh N i l de d Metrologia, M l i em 1962 e ratificado pelo Conselho Nacional Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO). ¾ Em outubro de 1983, o metro foi redefinido como a distância percorrida pela luz, no vácuo, durante o intervalo de tempo de 1/299792458 segundos. Fundamentos de Eletricidade 15 Sistema Internacional de Medidas (SI) ¾ O SI não mas evolui ã é estático, ái l i de d modo d a acompanhar h as crescentes exigências mundiais demandadas pelas medições, em todos os níveis de precisão, em todos os campos da ciência, da tecnologia e das atividades humanas humanas. ¾ Atualmente o SI possui sete unidades de base que fornecem as referências q que p permitem definir todas as unidades de medida do sistema. As unidades bases são: metro (comprimento), quilograma (massa), segundo (tempo), ampère (corrente elétrica), kelvin (temperatura termodinâmica), mol (quantidade de substância) e candela (intensidade luminosa). Fundamentos de Eletricidade 16 Sistema Internacional de Medidas (SI) Grandeza Nome Símbolo Comprimento metro m Área metro quadrado q m2 Volume metro cúbico m3 Ângulo plano radiano rad Tempo segundo s Frequência hertz Hz V l id d Velocidade t d metro por segundo / m/s Aceleração metro por segundo por segundo m/s2 Massa quilograma kg Massa específica quilograma por metro cúbico kg/m3 Vazão metro cúbico por segundo m3/s Fundamentos de Eletricidade 17 Sistema Internacional de Medidas (SI) – cont. cont Grandeza Nome Símbolo Quantidade de matéria mol Mol Força ç newton N Pressão pascal Pa Trabalho, energia joule J Potência, fluxo de energia watt W Corrente elétrica ampère A C lét i Carga elétrica l b coulomb C Tensão elétrica volt V Resistência elétrica ohm Ω Condutância siemens S Capacitância Farad F Fundamentos de Eletricidade 18 Sistema Internacional de Medidas (SI) – cont. cont Grandeza Nome Símbolo Temperatura Celsius grau celsius oC Temp. Termodinâmica p Kelvin K Intensidade Luminosa Candela cd Fluxo Luminoso Lúmen lm Iluminamento lux lx Fundamentos de Eletricidade 19 Notação Científica ¾ A notação de muito ã científica i ífi é uma forma f d escrever valores l i grandes d ou muito pequenos de forma que facilite seu uso em operações matemáticas. Medidas Valores Peso do planeta terra 6586242500000000000000000000 g Carga de um elétron 0 00000000000000000016 C 0,00000000000000000016 ¾ Essa simplificação pelo uso de p ç na representação p ç desses valores é realizada p potências de 10. Para escrever um número utilizando a notação científica, usa‐se o seguinte formato: N ×10 n Fundamentos de Eletricidade 20 Notação Científica ¾ A seguir alguns números de grandezas, em i são ã ilustrados il d l ú d algumas l d potências de 10. Esta parte é interessante para ilustrar o tamanho das grandezas elétricas. Assim como o metro, todas as grandezas elétricas podem ser expressas com o auxílio dos múltiplos e submúltiplos do sistema internacional. Fundamentos de Eletricidade 21 Conceitos Fundamentais de Grandezas Elétricas Conhecer o conceito das principais grandezas elétricas como tensão, corrente, resistência e potência. Grandezas Elétricas ¾ As grandezas fundamentais em eletricidade são a tensão elétrica, elétrica a corrente elétrica, a resistência elétrica e a potência elétrica. Essas grandezas sempre estão presentes em qualquer circuito elétrico e não podem ser dissociadas. Fundamentos de Eletricidade 23 Tensão Elétrica ¾ A tensão elétrica é a diferença de potencial elétrico (d.d.p.) (d d p ) gerada entre dois pontos quaisquer. Essa diferença é responsável por colocar em movimento ordenado as cargas elétricas livres do meio condutor. i de d tensão elétrica lé i pode d ser exemplificado lifi d fazendo f d analogia l i ¾ O conceito com um reservatório de água: ¾ Nessa figura, o reservatório de água encontra encontra‐se se em um ponto muito mais alto do que o ponto onde está o homem. Quanto mais alto estiver o reservatório, maior será a força com a qual a água irá fluir em direção ao homem. Fundamentos de Eletricidade 24 Tensão Elétrica ¾ O potencial elétrico funciona do mesmo modo. O reservatório seria o ponto onde d haveria h i a maior i concentração ã de d elétrons, lé e o ponto onde d o homem está seria onde há menor concentração de elétrons. ¾ Quanto maior for essa diferença de elétrons entre os dois pontos, maior será a diferença de potencial (d.d.p.). ¾ A unidade de tensão elétrica é o volt (V) e a grandeza é representada pela letra e v, em minúsculo, l t V, V em maiúsculo, iú l para sinais i i contínuos tí i ú l para sinais alternados. Fundamentos de Eletricidade 25 Tensão Elétrica ¾ Geradores G d d tensão: de ã Usinas Ui hid lé i hidrelétricas, pilhas ilh e baterias. b i ¾ O gerador, d libera lib uma partícula í l eletrizada, l i d esta percorre o condutor d e faz f acender a lâmpada, depois essa partícula continua seu percurso até retornar à pilha. ¾ Com isso, pode‐se concluir que a tensão elétrica é a quantidade de energia que um gerador fornece pra movimentar uma carga elétrica durante um condutor. Fundamentos de Eletricidade 26 Tensão Elétrica ¾ Exemplos: E l Uma pilha está carregada eletricamente com 1,5 V. Æ V = 1,5 V A tensão ã residencial id i l no norte do d país í é de d 120 20 V. V Æ v = 120 20 V ¾ A tensão elétrica é medida por um equipamento chamado voltímetro. O voltímetro lí d deve ser conectado d em paralelo l l aos dois d i pontos onde d se deseja d j obter o valor da tensão: Fundamentos de Eletricidade 27 Corrente Elétrica ¾ Antes A t de d definirmos d fi i corrente t elétrica, lét i vamos imaginar i i a seguinte i t situação: it ã você está em uma estação de trem urbano ou de metrô, no qual o passageiro passa por roletas para ter acesso aos trens. Sua finalidade ali é avaliar a quantidade de pessoas que passam por minuto. minuto ¾ Obter essa informação é simples: basta contar quantas pessoas passam em p se contou 100 p pessoas, você responderá p que q um minuto. Por exemplo, passam 100 pessoas por minuto. Para atingir uma média melhor, você pode contar por mais tempo. Digamos que tenha contado 900 pessoas em 10 minutos. A média agora será 900/10 = 90 pessoas por minuto. ¾ Então alguém lhe pede que avalie a massa média das pessoas que passam por minuto pelas l roletas. l Fundamentos de Eletricidade 28 Corrente Elétrica ¾ Se S a massa médias édi das d pessoas no Brasil B il é 70 Kg. K Massa média = 900 × 70kg = 6300 kg/min 10 min ¾ Essa ideia é similar à usada para definir a intensidade de corrente elétrica ‐19 C . ((i). ) Sabe‐se q que a carga g de um elétron é igual g a 1,6×10 , ¾ Se conseguimos contar a quantidade de elétrons (n) que atravessa uma região plana de um fio em 1 segundo poderia afirmar que a intensidade da corrente elétrica é: n × 1, 6 × 10−19 C i= = n × 1, 6 × 10−19 C s 1s Fundamentos de Eletricidade 29 Corrente Elétrica ¾ A intensidade i t id d da d corrente t elétrica lét i pode d também t bé ser definida d fi id como a razão ã entre o módulo da quantidade de carga ΔQ que atravessa certa secção transversal do condutor em um intervalo de tempo Δt. i= ΔQ Δt ¾ A unidade de intensidade de corrente elétrica é o Coulomb por segundo, denominada ampère (A), representada pela letra I, em maiúsculo, para para sinais alternados. sinais contínuos e i, em minúsculo, p ¾ Um ampère (1 A) equivale a 6,2x1018 elétrons atravessando a secção reta de um meio qualquer em um segundo. Esse mesmo número de elétrons transporta uma carga elétrica igual a um Coulomb (1 C). C) “A quantidade de elétrons de um material define a sua carga elétrica.” Fundamentos de Eletricidade 30 Corrente Elétrica ¾ Como C exemplo l de d corrente t elétrica, lét i podemos d citar it os raios, i o vento t solar l ou o fluxo de elétrons eu um condutor metálico. por um equipamento q p chamado amperímetro. p ¾ A corrente elétrica é medida p O amperímetro deve ser conectado em série aos dois pontos onde se deseja obter o valor da corrente. Fundamentos de Eletricidade 31 Resistência Elétrica ¾ Sabemos S b que os materiais t i i apresentam t graus de d dificuldade difi ld d para a passagem da corrente elétrica. Esse grau de dificuldade é denominado resistência elétrica. A unidade de medida da resistência é o ohm (Ω). ¾ O valor da resistência elétrica determina se um material é isolante ou condutor. Quanto maior a resistência elétrica, mais isolante será o quanto menor a resistência elétrica, mais material. Da mesma forma, q condutor será o material em relação à corrente elétrica. “Materiais condutores permitem que as cargas, os elétrons, se movam com facilidade Nos materiais isolantes as cargas não podem se mover” facilidade. Nos materiais isolantes as cargas não podem se mover Fundamentos de Eletricidade 32 Resistência Elétrica ¾ Cada C d material t i l resiste i t à corrente t elétrica lét i de d uma maneira. i I Isso ocorre porque cada material possui uma resistividade elétrica ρ diferente. por exemplo, p , é um elemento q que p possui baixa resistividade. ¾ O alumínio,, p Sua resistividade é de 2,8×10‐8 Ω.m. Esse valor de resistividade indica que o alumínio é um bom condutor. O vidro possui uma resistividade muito grande (1×1012Ω.m) fazendo com q g que ele seja j um bom isolante. ¾ Quando dizemos que um material, como o ouro, possui uma resistividade de 2,45×10‐8 Ω.m, significa dizer que uma barra de ouro com 1 m de m² de área de secção reta transversal (A) tem uma comprimento (ℓ) e 1 m resistência de 2,45×10‐8 Ω .m. Fundamentos de Eletricidade 33 Resistência Elétrica ¾ Utilizamos Utili as medidas did de d comprimento i t e área á na determinação d t i ã do d valor l da resistência porque a resistência de um material irá variar se seu comprimento for maior ou menor e se sua área da seção transversal for maior ou menor. menor ¾ De acordo com a equação da resistência, a resistência de um condutor de ç reta e uniforme é diretamente p proporcional p ao seu comprimento p e seção inversamente à área da seção reta. A R=ρ A onde: R é a resistência elétrica, em Ω ; ρ é a resistência específica do material, em Ω.m; ℓ é o comprimento do resistor, em m; A é a área da d secção reta transversall do d resistor, em m2. Fundamentos de Eletricidade 34 Potência Elétrica ¾ Nós Nó já ouvimos i muitas it propagandas d sobre b produtos d t eletrônicos l tô i nas quais i é destacada a potência desses equipamentos. Bons exemplos são os aparelhos de som, os chuveiros e lavadoras que sempre apresentam em destaque sua potência de trabalho. trabalho ¾ Esses aparelhos necessitam de energia elétrica para funcionar e, ao g elétrica, transformam‐na em outra forma de receberem essa energia energia. No caso do chuveiro, por exemplo, a energia elétrica é transformada em energia térmica. tempo ¾ Quanto mais energia for transformada em um menor intervalo de tempo, maior será a potência do aparelho. Dessa forma temos que a potência elétrica é a razão entre a energia elétrica transformada e o intervalo de tempo dessa transformação. transformação Fundamentos de Eletricidade 35 Potência Elétrica ¾ Na N utilização tili ã de d um equipamento i t elétrico lét i vocêê pode d observar b que ele l esquenta durante seu funcionamento. Esse aquecimento é chamado de efeito Joule e ocorre por causa das colisões entre os elétrons. A energia que é drenada nesse aquecimento é chamada de energia dissipada. dissipada ¾ A potência é o produto da tensão pela corrente. Sua unidade de medida é o volt‐ampère p (VA) e a g grandeza é representada p pela letra P. Essa p p potência é também chamada de potência aparente. ¾ A potência aparente é composta por duas parcelas: a potência ativa e a reativa potência reativa. Fundamentos de Eletricidade 36 Potência Elétrica ¾ A potência tê i ativa ti é aquela l efetivamente f ti t transformada t f d em potência tê i mecânica, potência térmica e potência luminosa. Sua unidade de medida é o watt (W). ¾ A potência reativa é a parcela transformada em campo magnético, necessário ao funcionamento de motores, transformadores e reatores. Sua unidade de medida é o volt‐ampère reativo (VAr). Fundamentos de Eletricidade 37 Fator de Potência ¾ A potência tê i ativa ti é uma parcela l da d potência tê i aparente, t ou seja, j ela l representa uma porcentagem da potência aparente que é convertida em potência mecânica, térmica ou luminosa. Essa porcentagem é denominada de fator de potência. potência Fp = Pativa × 100 Paparente Fundamentos de Eletricidade 38 Sinais Contínuos e Alternados Conhecer o conceito de sinais e apresentar as características dos dois principais tipos de sinais elétricos que são utilizados no dia a dia. O Conceito de Sinal ¾ O conceito de sinal envolve a observação e a medida de um fenômeno físico com o passar do tempo. ¾ Qualquer registro que se utilize de números pode facilmente se tornar um i l como exemplo l o desempenho d h de d uma máquina, á i d um sinal, a gravação de som, a captura de uma imagem, entre outros. ¾ Associando o conceito de sinal à matemática: sinal corresponde a um modelo matemático para representação de uma informação ao longo do tempo. O sinais i i são ã usados d para descrever d d variedade i d d de d fenômenos f ô ¾ Os uma grande físicos e podem ser descritos de muitas maneiras, através de números, de gráficos, de uma sequência de dígitos (bits) para serem introduzidos no computador etc. computador, etc Fundamentos de Eletricidade 40 O Conceito de Sinal ¾ Exemplos: a cotação do dólar ao longo de um período e o sinal do eletrocardiograma. Fundamentos de Eletricidade 41 Sinal Contínuo ¾ Um sinal é contínuo se seu valor e polaridade (positiva ou negativa) não variarem no tempo, ou seja, em qualquer momento em que você observar esse sinal, ele apresentará o mesmo valor e polaridade. Exemplo: a tensão de uma bateria. ¾ Muitos equipamentos elétricos funcionam a partir de sinais contínuos, porém o sinal das tomadas residenciais é alternado. Para garantir seu funcionamento, os circuitos desses equipamentos utilizam componentes que convertem o sinal alternado em contínuo. elétricos q Fundamentos de Eletricidade 42 Sinal Contínuo ¾ Quando a fonte de tensão que alimenta o circuito elétrico é contínua, contínua dizemos que o circuito opera em corrente contínua (CC). ¾ A principal desvantagem do sinal contínuo é que ele não pode ter seu í l elevado l d ou reduzido. d id nível ¾ Na transmissão de um sinal contínuo a longa distância, grande parte do sinal se perde durante o transporte (no condutor por efeito Joule) e não poderá ser recuperado. Um dos efeitos da corrente elétrica é o efeito térmico, ou seja, ela provoca o aquecimento dos condutores elétricos pelos quais percorre. Esse efeito recebe o nome de efeito jjoule e corresponde p à transformação ç de energia elétrica em energia térmica. Fundamentos de Eletricidade 43 Sinal Alternado ¾ Um sinal alternado é aquele que muda de polaridade periodicamente e varia sua intensidade no tempo. Exemplo: o sinal alternado da tomada residencial de 110 V. ¾ A forma de onda alternada mais importante é a senoidal porque as concessionárias de energia utilizam essa forma para transmitir a energia gerada para os consumidores. ¾ Outros exemplos de forma de sinal alternado são: quadrada, triangular e d t de dente d serra. Fundamentos de Eletricidade 44 Sinal Alternado ¾ A forma de onda senoidal é utilizada tanto para a geração quanto para a distribuição de energia elétrica porque permite que ela seja elevada ou reduzida por meio de transformador. N transporte de d energia i para longas l di â i é necessário á i elevar l ¾ No distâncias a tensão a níveis que chegam a 750 kV, reduzindo assim as perdas no transporte (principalmente por efeito Joule). Nos centros de consumo a tensão t ã é reduzida d id e distribuída di t ib íd aos consumidores. id ¾ Outra importante razão para o uso do sinal alternado é o comportamento passivos ((R,, L e C)) q quando dos circuitos elétricos e seus elementos p submetidos a sinais senoidais. ¾ O tratamento matemático permite que os mesmos teoremas de análise de circuitos de corrente contínua (CC) possam ser aplicados à análise de circuitos com sinais alternados senoidais. Fundamentos de Eletricidade 45 Sinal Alternado ¾ Quando o circuito é alimentado por uma fonte de sinal alternado, alternado diz‐se que ele está em corrente alternada (CA). ¾ Os geradores de corrente alternada são construtivamente menos l d d corrente contínua. í I d complexos que os geradores de Isto é uma grande vantagem, pois reduz custos e cuidados com a manutenção. Fundamentos de Eletricidade 46 Características do Sinal Alternado Sinoidal ¾ O sinal senoidal apresenta algumas características como: Período, Frequência Frequência, Amplitude, instantâneo Valor instantâneo, Valor eficaz e médio Valor médio. Fundamentos de Eletricidade 47 Período 9 Período é o tempo que a onda necessita para completar um ciclo completo. Um ciclo completo é igual ao comprimento da onda. O ciclo completo é composto por dois semiciclos, um positivo e outro negativo. i l completo l j 2π radianos. di 9 O ciclo tem 360 , ou seja, 9 O período da onda senoidal, da Figura, é de 10 s, ou seja, ela precisa de dez segundos para completar um ciclo. 9 A unidade de medida do período é o segundo (s) e a grandeza é representada pela letra T. Fundamentos de Eletricidade 48 Frequência 9 A frequência de um sinal é dada pelo inverso do período, período ou seja, seja é a quantidade de ciclos completos em 1 s. f = 1 1 = = 0,1Hz 0 1Hz T 10 9 A frequência da onda senoidal da figura anterior é de 0,1 Hz, ou seja, em um segundo apenas 10% d ela l completou l % de d seu ciclo. i l 9 A unidade de medida da frequência é o Hertz (Hz) e a grandeza é representada pela letra f. 9 Quanto menor for o período da onda, maior será a frequência dela. Fundamentos de Eletricidade 49 Amplitude 9 A amplitude de uma onda é dada pelo valor máximo. máximo 9 A amplitude de uma onda senoidal é também denominada de Valor de pico (Vp). 9 O valor de pico é igual à metade do Valor pico a pico (Vpp). Vpp = 2 × Vp. Fundamentos de Eletricidade 50 Valor Instantâneo 9 Valor instantâneo em uma onda senoidal é o valor medido em um determinado momento. Valor instantâneo de 100 V quando o tempo é 3 s. 9 O valor instantâneo da tensão em qualquer ponto da onda senoidal é dado pela equação: v = V ∗ sin θ v = valor alor instantâneo da tensão (em volts) olts) V= valor médio da tensão senoidal (em volts) θ = ângulo de rotação/fase (em graus) Fundamentos de Eletricidade 51 Valor Eficaz 9 Valor eficaz (Vrms) é a intensidade do sinal senoidal que desenvolve, desenvolve em uma resistência, o mesmo efeito de aquecimento que um sinal contínuo de mesmo valor. P lifi l eficaz fi d senoidal, id l pode‐se d i i 9 Para exemplificar o valor em uma onda imaginar que essa onda pudesse ser achatada, tornando‐se assim um sinal contínuo. 9 O valor eficaz (Vrms) é igual ao valor de pico divido pela raiz de 2. Vmrs = Vp 2 Fundamentos de Eletricidade 52 Valor Médio 9 O valor médio de um sinal corresponde à média aritmética dos valores desse sinal durante um ciclo. 9 No caso da onda senoidal, o valor médio é igual a zero, pois ela é simétrica l i O valores l d semiciclo i i l positivo i i se anulam l em relação ao eixo. Os do com os valores do semiciclo negativo, que são iguais.. Fundamentos de Eletricidade 53 Características do Sinal Alternado Sinoidal ¾ As análises de ondas são feitas utilizando um equipamento chamado osciloscópio. ¾ Nesse equipamento é possível medir a amplitude e o período de uma onda. ¾ Os O osciloscópios, il ó i normalmente, l possuem dois d i canais i que permitem i que seu usuário visualize dois sinais ao mesmo tempo. Fundamentos de Eletricidade 54