II Congreso Internacional Arte y Entorno ciudades globales, espacios locales NELSON BRISSAC Nelson Brissac es filósofo, profesor de Universidad Católica de São Paulo y trabaja con cuestiones relativas al arte y al urbanismo. Es organizador y comisario de Arte/Ciudade (www.artecidade.org.br), desde 1994. Publicó Paisagens Urbanas, Ed. Senac, 1996; Arte/Cidade Intervenções Urbanas, Ed. Senac, 2002. Actualmente se dedica a la investigación sobre las dinámicas territoriales en la región sudeste de Brasil (www.mges-brasil.org) y las relaciones entre arte e industria. Intervenciones en megaciudades La zona del este es un área estratégica en el desarrollo urbano y social de São Paulo. Escenario de la inmigración y de la primera industrialización de la ciudad, la región atravesó un largo periodo de desinversión, además de la implantación de grandes sistemas de transporte. Recientemente surgieron allí enclaves corporativos y urbanizaciones modernizadas. El área fue blanco de grandes proyectos internacionales de desarrollo urbano,según los moldes de aquellos que reconfiguraran las metrópolis mundiales. Sin embargo en los vastos intervalos abandonados de la zona este, proliferan favelas, comercio callejero, actividades de reciclaje y otros modos informales de ocupación del espacio urbano. Allí, diversos grupos sociales desarrollan nuevos dispositivos de supervivencia en la metrópoli. Tratamientos constructivos constituidos por la asociación de materiales, procesos de construcción y modos operacionales provenientes de diferentes contextos técnicos y sociales. Las poblaciones afectadas por esos procesos dinámicos desarrollan equipamientos para habitar y operar en la ciudad global. Artefactos, vehículos, puestos de ventas, arquitecturas de vivienda precaria: una parafernalia para el desplazamiento y asentamiento, instrumentos de supervivencia en situaciones urbanas críticas. Carros compuestos con los más diversos materiales y técnicas, desmontables, transportables. Instrumentos para superar barreras y normativas, para ocupar terrenos vacíos o intensamente transitados, para suplir necesidades de estancia y circulación. Los artistas y arquitectos participantes de Arte/Cidade desarrollaron propuestas de intervención para diferentes situaciones de la región. Proyectos que indican procedimientos alternativos frente a la reestructuración global de la ciudad, basados en la activación de los espacios locales y en la diversificación del uso de la infraestructura. Propuestas que, en cierta medida, retoman procedimientos engendrados por las poblaciones itinerantes que ocupan esos vacíos urbanos. Estas pretenden detectar el surgimento de nuevas condiciones urbanas, identificar sus líneas de fuerza e instrumentalizar sus agentes. Intervenciones que se contraponen a la apropiación institucional y corporativa del espacio urbano y del arte. Arte/Cidade busca desarrollar un nuevo repertorio _ estético, técnico e institucional _ para prácticas artísticas y urbanísticas. En el momento en que se procesa la inserción de Brasil en el sistema económico y cultural globalizado, el proyecto pretende discutir los procesos urbanos y los dispositivos de la producción de arte. Se trata, en el escenario vigente de la administración de las ciudades y de la cultura, dominado por operaciones corporativas e institucionales de gran poder económico y político, de crear nuevos modos de intervención en megacidades. 2nd International Conference Art and Environment NELSON BRISSAC Nelson Brissac é filósofo, professor Ada Universidade Católica de São Paulo e trabalha com questões relativas à arte e ao urbanismo. É organizador e curador de Arte/Cidade (www.artecidade.org.br), desde 1994. Publicou Paisagens Urbanas, Ed. Senac, 1996; Arte/Cidade Intervenções Urbanas, Ed. Senac, 2002. Dedica-se agora a pesquisas sobre as dinâmicas territoriais na região sudeste do Brasil (www.mges-brasil.org) e as relações entre arte e indústria. Intervenções em megacidades A zona leste é uma área estratégica no desenvolvimento urbano e social de São Paulo. Palco da imigração e da primeira industrialização da cidade, a região atravessou longo período de desinvestimento, além da implantação de grandes sistemas de transporte. Recentemente surgiram ali enclaves corporativos e condomínios habitacionais modernizados. A área foi alvo de grandes projetos internacionais de desenvolvimento urbano, nos moldes daqueles que reconfiguraram as metrópoles mundiais. Nos vastos intervalos abandonados da zona leste, porém, proliferam favelas, comércio de rua, atividades de reciclagem e outros modos informais de ocupação do espaço urbano. Ali, diversos grupos sociais desenvolvem novos dispositivos de sobrevivência na metrópole. Agenciamentos constituídos pela associação de materiais, processos construtivos e modos operacionais provenientes de diferentes contextos técnicos e sociais. As populações afetadas por esses processos dinâmicos desenvolvem equipamentos para habitar e operar na cidade global. Artefatos, veículos, barracas de vendas, arquiteturas de moradia precária: uma parafernália para deslocamento e assentamento, um instrumental de sobrevivência em situações urbanas críticas. Traquitanas compostas com os mais diversos materiais e técnicas, desmontáveis, transportáveis. Instrumentos para enfrentar cercas e regulamentos, para ocupar terrenos vazios ou intensamente trafegados, para suprir necessidades de estadia e circulação. Os artistas e arquitetos participantes de Arte/Cidade desenvolveram propostas de intervenção para diferentes situações da região. Projetos que indicam procedimentos alternativos diante da reestruturação global da cidade, baseados na ativação dos espaços intersticiais e na diversificação do uso da infra-estrutura. Propostas que, em certa medida, retomam procedimentos engendrados pelas populações itinerantes que ocupam esses vazios urbanos. Elas visam detectar o surgimento de novas condições urbanas, identificar suas linhas de força e instrumentalizar seus agentes. Intervenções que se contraponham à apropriação institucional e corporativa do espaço urbano e da arte. Arte/Cidade busca desenvolver um novo repertório _ estético, técnico e institucional _ para práticas artísticas e urbanísticas. No momento em que se processa a inserção do Brasil no sistema econômico e cultural globalizado, o projeto pretende discutir os processos urbanos e os dispositivos da produção de arte. Trata-se de, no cenário vigente da administração das cidades e da cultura, dominado por operações corporativas e institucionais de grande poder econômico e político, criar novos modos de intervenção em megacidades.