DER/PR ES-OA 07/05
OBRAS DE ARTE ESPECIAIS:
FUNDAÇÕES
Departamento de Estradas Especificações de Serviços Rodoviários
de Rodagem do Estado do
Aprovada pelo Conselho Diretor em 14/12/2005
Paraná - DER/PR
Avenida Iguaçu 420
CEP 80230 902
Curitiba Paraná
Fone (41) 3304 8000
Fax (41) 3304 8130
www.pr.gov.br/transportes
Deliberação n.º 281/2005
Esta especificação substitui a DER/PR ES-OA 06/91
Autor: DER/PR (DG/AP)
Palavra-chave: Obras de arte especiais, fundações.
RESUMO
17 páginas
SUMÁRIO
0 Prefácio
1 Objetivo
2 Referências
Este documento define a sistemática
empregada na execução de fundações
aplicáveis nas obras de arte especiais. Aqui
são definidos os requisitos técnicos relativos
aos materiais, equipamentos, execução,
controle de qualidade, manejo ambiental,
além dos critérios para aceitação, rejeição,
medição e pagamento dos serviços. Para a
aplicação desta especificação é essencial a
obediência, no que couber, à DER/PR IG01/05.
3 Definições
4 Condições gerais
5 Condições específicas
6 Manejo ambiental
7 Controle interno de qualidade
8 Controle externo de qualidade
9 Critérios de aceitação e rejeição
10 Critérios de medição
11 Critérios de pagamento
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0
PREFÁCIO
Esta especificação de serviço estabelece os procedimentos empregados na execução,
no controle de qualidade, nos critérios de medição e pagamento do serviço em epígrafe, tendo
como base as especificações de serviços DNER-ES 334/97, DERBA ES-OAE 05/01, DERBA
ES-OAE 06/01, DERBA ES-OAE 07/01, DERBA ES-OAE 08/01, DERBA ES-OAE 09/01,
DERBA ES-OAE 10/01 e DER/PR ES-OA 06/91.
1
OBJETIVO
Definir os critérios que orientam a execução das fundações de obras de arte especiais
em obras rodoviárias sob jurisdição do DER/PR.
2
REFERÊNCIAS
ABNT NBR-6118/03 (NB-1)
ABNT NBR-6122/96 (NB-51)
ABNT NBR-6502/80
ABNT NBR-7187/03 (NB-2)
Projeto de execução de obras de concreto armado;
Projeto e execução de fundações;
Rochas e solos;
Projetos e execução de pontes de concreto armado
e protendido - procedimento;
ABNT NBR-9061/85 (NB-942)
- Segurança de escavação a céu aberto;
ABNT NBR-10839/89 (NB-1223) - Execução de obras-de-arte especiais em concreto
armado e protendido;
ABNT NBR-12131/92 (MB-3472) - Estacas – prova de carga estática;
DER/PR ES-OA 02/2004
- Concretos e argamassas;
DER/PR ES-OA 03/2004
- Armaduras para concreto armado;
DER/PR ES-OA 08/2004
- Estruturas de concreto armado;
DER/PR ES-OA 09/2004
- Estruturas de concreto protendido;
DNER-EM 034/94
- Água para concreto;
DNER-EM 036/95
- Cimento Portland – recebimento e aceitação;
DNER-EM 037/94
- Agregado graúdo para concreto de cimento;
DNER-EM 038/94
- Agregado miúdo para concreto de cimento;
Manual de Construção de Obras-de-Arte Especiais - DNER, 1995;
Manual de Execução de Serviços Rodoviários do DER/PR;
Manual de Instruções Ambientais para Obras Rodoviárias do DER/PR;
Normas de Segurança para Trabalhos em Rodovias – DER/PR.
3
-
DEFINIÇÕES
3.1
Fundação: parte da obra de arte especial destinada a transmitir ao solo os esforços
provenientes do peso próprio e das cargas atuantes. São executadas em concreto, aço ou
madeira e classificadas conforme a profundidade de assentamento em fundações superficiais
ou profundas.
3.2
Fundações superficiais ou fundações diretas: assentes em profundidade inferior a
1,50m e maiores duas vezes que a menor dimensão de sua base, exceto as fundações apoiadas
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diretamente na rocha que podem ter profundidade menor que 1,50m. São os blocos, as sapatas
e os “radiers”.
3.3
Fundações profundas: utilizadas quando os solos resistentes estão a profundidade
difíceis de atingir por escavações convencionais. São as fundações em estacas, tubulões e
caixões.
3.4
Estacas: elementos estruturais longos e esbeltos, executados mediante cravação sob
ação de repetidas pancadas produzidas através da queda de um peso ou por escavação ou
ainda, moldadas no local.
3.5
Tubulações: peças cilíndricas que podem ser executadas a céu aberto ou sob ar
comprimido e ter ou não a base alargada. Podem ser executadas com ou sem revestimento, de
concreto ou aço, neste caso, a camisa pode ser perdida ou recuperada.
3.6
Caixão: elemento de forma prismática, concretado na superfície e instalado por
escavação interna, usa-se ou não ar comprimido, podendo ter ou não a base alargada.
4
CONDIÇÕES GERAIS
4.1
Preliminarmente à execução das fundações, a executante deve prever alguns serviços
complementares, tais como: escavações, escoramentos, drenagem de cavas e rebaixamento de
lençol d’água.
5
CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
5.1
Materiais: todos os materiais utilizados devem satisfazer às especificações aprovadas
pelo DER/PR.
5.1.1
Concreto: deve satisfazer a especificação DER/PR ES-OA 02/05 e a norma ABNT
NBR-6118/03 e apresentar qualidades, tais como: permeabilidade, estanqueidade,
compatibilidade com a agressividade do meio ambiente, exposição ou confinamento ou
presença de água.
5.1.2
Aço: o aço empregado nas armaduras deve estar de acordo com a especificação
DER/PR ES-OA 03/2004. Também podem ser empregados perfis e chapas de aço na
confecção de estacas e tubulões. Qualquer material escolhido deve sempre atender às
indicações do projeto.
5.1.3
Madeira: quando considerada material integrante das fundações, é sempre a
madeira-de-lei, de primeira qualidade e deve ser protegida contra o ataque de organismos. O
uso de outro tipo de madeira somente é permitido em serviços provisórios, tais como:
escoramento de cava e estacas de escoramento.
5.1.4
Pedra para alvenaria: a pedra para alvenaria empregada nas fundações deve ser
resistente e durável, oriunda de granito ou outra rocha sadia e aceitável. Pode ter acabamento
grosseiro e forma variada, porém possuir faces razoavelmente planas. Cada bloco de pedra
deve ter no mínimo espessura de 20,0cm, largura de 30,0cm e comprimento de 60,0cm e ser
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livre de depressões ou saliências que dificultem assentamento adequado ou provoquem
enfraquecimento da alvenaria.
5.1.5
Argamassa: a argamassa deve ser de cimento e areia e resistir às tensões indicadas no
projeto. Para as alvenarias de pedra indica-se o traço em volume de cimento e areia de 1:3.
Em caso especiais, tais como recebimento de armadura, a relação em peso água/cimento não
deve exceder a 0,50.
5.3
Equipamentos
5.3.1
Todo o equipamento, antes do início da execução do serviço, deve ser
cuidadosamente examinado e aprovado pelo DER/PR, sem o que não é dada a autorização
para o seu início.
5.3.2
Os equipamentos devem ser do tipo, tamanho e quantidade que venham a ser
necessários para a execução satisfatória dos serviços. Os equipamentos básicos necessários
são:
a) bate-estacas;
b) martelo de gravidade, automáticos ou vibradores;
c) perfuratriz;
d) gerador;
e) equipamentos para escavação de estacas e injeção de argamassa, campânulas,
compressores, guinchos, betoneira de no mínimo 320 litros ou central de concreto.
5.4
Execução
5.4.1
A responsabilidade civil e ético-profissional pela qualidade, solidez e segurança do
serviço é da executante.
5.4.2
Locação
a) A escavação para fundação é feita em conformidade com o alinhamento, cotas e
profundidades indicadas no projeto. Sempre que necessário, devem ser feitas
sondagens complementares de reconhecimento do subsolo.
b) A executante deve informar ao DER/PR, com antecedência suficiente, o início das
etapas de construção, de modo a permitir a realização das anotações necessárias à
medição e aceitação dos serviços executados.
c) Não é permitido reaterro de qualquer natureza para compensar escavações feitas além
do limite da fundação. Caso ocorra, a regularização do excesso deve ser realizada com
concreto, de resistência compatível com a fundação, após verificar a estabilidade para
novas condições. Nas escavações a céu aberto é vedada a escavação além de um metro
das faces externas da fundação, a menos que expressa no projeto.
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d) No nível definitivo de implantação da fundação, a rocha ou o material firme
encontrado deve ficar isento de todo o material solto. Nas fundações em areia e/ou
pedregulho, ou modelo (solo concrecionado), o terreno deve ser cortado segundo uma
superfície horizontal, plana e firme. No caso de rocha, esta deve ser cortada conforme
indicação do projeto, devendo ser todas as fendas limpas e preenchidas com material
apropriado.
e) Quando o terreno previsto para o embasamento da fundação não for rocha, a escavação
deve ser interrompida antes de ser alcançada a cota de projeto e só deve ser concluída
quando iminente a concretagem.
f) Quando o material encontrado na cota prevista para a fundação não é o previsto no
relatório de sondagem, o serviço deve ser paralisado para a consulta ao autor do
projeto.
g) O mesmo procedimento deve ser adotado quando o material previsto para a cota de
fundação é encontrado em cota superior ao previsto no relatório de sondagem.
h) Quando necessário o escoramento da cava de fundação, a executante deve solicitar ao
DER/PR autorização para o seu início. Pode partir do DER/PR esta determinação, caso
julgue necessário.
5.4.3
Escoramento de cavas de fundação (ensecadeiras)
a) As ensecadeiras podem ser de madeira ou metálicas, face à profundidade da escavação
suas dimensões em planta e natureza do solo devem possuir medidas internas
suficientes para a manipulação das fôrmas e o eventual bombeamento d’água do
interior.
b) Devem ser detalhadas previamente, para permitir a retirada do contraventamento
durante o processamento da concretagem das fundações. Em caso contrário, os
contraventamentos que ficarem incorporados à massa de concreto devem ser de aço.
Depois de completada a estrutura, os contraventamentos expostos são cortados em pelo
menos 5cm para dentro da face externa e as cavidades resultantes são preenchidas com
argamassa de cimento e areia de traço 1:3, em volume.
5.4.4
Blocos, sapatas e “radiers”
a) Os blocos, sapatas e “radiers” devem ser concretados sempre que possível à seco.
Quando a concretagem for sob água, seguir os critérios estabelecidos no item 5.3.2 da
especificação DER/PR ES-OA 02/2005, no que couber.
b) De modo geral, os blocos e sapatas devem ser executados sobre um leito para
regularização do terreno, de concreto simples (C10), com pelo menos 5,0cm de
espessura.
c) Todos os espaços escavados e não ocupados pela estrutura (protegida com pintura
apropriada) devem ser preenchidos por solos isentos de materiais orgânicos e o
reaterro executado em camadas compactadas com equipamento de pequeno porte ou
manualmente, colocadas uniformemente em torno dos elementos estruturais.
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5.4.5
Estacas
a) Estacas de madeira
a.1) É desaconselhável o emprego de estacas de madeira em fundações de obras de
arte especiais, ficando as mesmas limitadas às fundações de escoramentos e de
pontes de serviços.
a.2) Podem ser empregadas nas fundações das obras de arte especiais somente quando
indicado no projeto e forem encontradas condições satisfatórias sobre a
conveniência de tal medida. Neste caso, em fundações definitivas devem ter seus
topos e cota de arrasamento abaixo do nível d’água permanente, sendo a
exigência dispensada em obras provisórias.
a.3) As emendas devem ser evitadas, bem como, sua cravação em terrenos com
matacões.
b) Estacas de aço
b.1) Podem ser constituídas por perfis laminados ou soldados, simples ou múltiplos,
tubos de chapas dobradas, tubos sem costura e trilhos.
b.2) As emendas devem oferecer a maior resistência possível e neste caso executadas
de acordo com os detalhamentos do projeto executivo. Devem ser praticamente
retilíneas e resistir à corrosão, pela natureza do aço ou por tratamento adequado
relacionado com o solo a atravessar. Havendo segmento exposto ou cravado em
aterro com materiais capazes de atacar o aço, proteger com um encamisamento de
concreto, pintura ou proteção catódica, por exemplo.
b.3) As estacas tubulares de aço, geralmente constituídas de chapas calandradas e
soldadas, segundo geratriz do cilindro devem apresentar, de preferência,
extremidade inferior fechada. O concreto utilizado deve apresentar resistência
característica mínima de 12 MPa (120 kgf/cm2), armado ou não, conforme
indicado no projeto.
b.4) As estacas metálicas constituídas por trilhos devem ter seu emprego evitado. No
caso de utilizadas somente são recomendáveis as compostas por três trilhos
soldados pelos patins. A carga admissível deve ser considerada com uma redução
de 25% em relação às estacas de seção eqüivalente, compostas de perfis
metálicos. A seção da estaca de trilho considerada deve ser a menor existente ao
longo da mesma.
b.5) Todas as mudanças de horizonte de material que requeiram mudança de
equipamento para a sua escavação, caracterizando assim uma mudança de
categoria, devem ser comunicadas ao DER/PR para a sua autorização, se estiver
de acordo, e para os procedimentos de medição.
c) Estacas pré-moldadas de concreto
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c.1) As estacas pré-moldadas, executadas em concreto armado vibrado, concreto
armado centrifugado e concreto protendido tem suas formas e dimensões
indicadas no projeto.
c.2) As de concreto vibrado podem ser executadas no próprio canteiro de serviço e
sua fabricação é feita por lotes, em áreas protegidas das intempéries. Para fins do
controle de qualidade, cada estaca deve ser identificada pelo número do lote e
data de concretagem. Todas as estacas de um lote devem ser de um mesmo tipo.
c.3) O concreto de cada estaca deve ser lançado na fôrma de madeira contínua
revestida com folha metálica ou de perfil metálico, convenientemente vibrado.
Cuidados especiais devem ser tomados para não deslocar a armadura, mantendo o
cobrimento igual ou superior a 3,0cm, para obter o acabamento da face superior
tão perfeito quanto o das demais. As fôrmas devem estar em posição horizontal e
sobre plataforma indeformável, nivelada e drenada.
c.4) As fôrmas laterais podem ser retiradas 24 horas após a concretagem, as estacas
apoiadas em todo o comprimento, no mínimo pelos primeiros sete dias. As
estacas devem ser empilhadas separadas, umas das outras, por calços de madeira,
continuando o período da cura. O sistema adotado para transporte,
armazenamento e colocação na posição de cravação, nas guias dos bate-estacas
devem impedir qualquer fratura ou estilhaçamento do concreto.
c.5) A suspensão das estacas, o apoio quando colocadas horizontalmente e o
transporte para o bate-estaca merecem cuidados especiais do executante, como
providenciar a substituição das estacas eventualmente danificadas por outras em
perfeitas condições de utilização, sem ônus adicional para o contratante.
d) Estacas de concreto moldadas no local
d.1) A execução de estacas moldadas no local deve ser cuidadosamente acompanhada
pelo executante e pelo DER/PR, impondo-se a realização de provas de carga sob
orientação do projetista, para confirmação dos elementos do projeto.
d.2) As estacas de concreto moldadas no local são executadas nas posições previstas
no projeto, com o auxílio de um tubo cravado até a cota exigida e que deve ser
retirado gradualmente à medida que se procede o enchimento com concreto
apiloado ou comprimido. A ponta do tubo deve ser mergulhada no concreto em
no mínimo 30,0cm. Incluem-se, ainda, as estacas com fuste pré-moldado,
cravadas nos bulbos com o concreto ainda fresco, antes da retirada do tubo, e as
estacas tubadas cravadas nas suas posições definitivas, com o auxílio de um tubo
metálico, não recuperáveis, preenchidos com concreto.
d.3) A recuperação das camisas metálicas só pode ser realizada quando a natureza do
solo permitir e contar com auxílio de mão-de-obra especializada. Caso contrário,
o revestimento deve permanecer definitivamente no solo, incorporado à estaca,
que passa a estaca tubada.
d.4) Caso prevista a execução de uma base alargada (bulbo) de concreto, deve ser
executada antes do início da retirada do tubo.
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d.5) Sendo o tubo recuperável ou não, a extremidade inferior da estaca é aberta e a
descida conseguida por:
−
fechamento da ponta por meio de uma rolha e descida do tubo por cravação;
−
ponta do tubo aberta, para retirada do material terroso do seu interior por meio de
equipamento especial e descida do tubo pelo próprio peso ou por ação de uma
pequena força externa.
d.6) Ao ser cravado o tubo, recuperável ou não, no caso de sair a rolha e o tubo ser
invadido por água, lodo ou outro material devem os mesmos ser expulsos por
meio de uma nova rolha mais compacta, ou então o tubo é arrancado e cravado
novamente no mesmo local, enchendo-se o furo com areia. Antes do lançamento
do concreto, feito sem interrupção em toda a extensão da estaca, o DER/PR deve
comprovar que o interior do tubo esteja seco e limpo.
d.7) No caso de estacas tubadas, o lançamento de concreto em qualquer delas somente
pode ser feito depois de cravados todos os tubos até sua posição definitiva, num
raio de 1,50m a partir da estaca considerada.
d.8) Quando concretada uma estaca tubada, nenhuma outra pode ser cavada a menos
de 4,05m de distância, em qualquer direção, salvo se já tiver sido lançado o
concreto há mais de sete dias. O lançamento do concreto dentro do tubo deve ser
feito em camadas de, no máximo, 50,0cm de espessura, e somente após a
colocação da armadura da estaca. Cada camada deve ser vibrada ou fortemente
compactada antes da concretagem da camada seguinte, procedendo-se
lançamento ininterrupto, desde a ponta ate a cabeça da estaca, sem segregação
dos materiais.
d.9) O concreto empregado nas estacas moldadas no local deve ter resistência
característica mínima de 16 MPa (160 kgf/cm2).
d.10) Os tubos podem ser soldados, caso necessário executar acréscimos, preservando a
estanqueidade do tubo para não haver penetração de água ou outro material. Os
tubos devem ser soldados de topo, em toda seção transversal com emprego de
solda elétrica.
e) Estacas injetadas de pequeno diâmetro
e.1) As estacas injetadas de pequeno diâmetro, até 20,0cm, conhecidas como “estacasraiz”, “microestacas” e “presso estacas” são escavadas e concretadas no local,
utilizadas em obras de arte especiais, principalmente, para reforço de fundação.
e.2) A escavação é feita através de perfuração com equipamento mecânico, até a cota
indicada no projeto, com uso ou não de lama bentonítica e revestimento total ou
parcial.
e.3) Seguir a limpeza do furo e injeção de produtos aglutinantes sob pressão, em uma
ou mais etapas, com introdução de armadura adicional. O consumo de cimento de
calda ou argamassa deve ser no mínimo de 350 kg/m3 de material injetado.
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f) Estacas mistas: são constituídas pela associação de dois tipos de estacas, já
considerados, não sendo permitida a associação de mais de dois tipos. Destinam-se a
aterros particularmente difíceis ou fundações com problemas espaciais.
g) Disposições construtivas: a execução de estacas pode ser feita por cravação, percussão,
prensagem ou perfuração. A escolha do equipamento é feita de acordo com o tipo de
dimensão da estaca, características do solo, condições de vizinhança e peculiaridades
do local.
g.1) Cravação
1º ) Antes do início da cravação, devem ser definidos os seguintes elementos:
−
−
−
−
−
−
capacidade de carga da estaca;
comprimento aproximado;
seção transversal;
peso do martelo do bate-estaca;
altura de queda do martelo;
nega nos dez últimos golpes.
2º ) Não é aceita, em qualquer caso, penetração superior a 3,0cm nos dez últimos
golpes.
3º ) A cravação de estacas através de terrenos resistentes à sua penetração pode ser
auxiliada com jato d’água ou ar, lançagem ou perfuração. Para estacas
trabalhando à compressão, a cravação final deve ser feita sem estes recursos,
cujo emprego é levado em consideração no cálculo da capacidade de carga de
estaca e análise do resultado da cravação.
4º ) Toda estaca danificada nas operações de cravação devido a defeitos internos ou
de cravação, deslocamento de posição, ou topo abaixo da cota de arrasamento
fixado no projeto, deve ser corrigida às expensas da executante, que adota um
dos seguintes procedimentos:
− a estaca é arrancada e cravada outra no mesmo local;
− uma segunda estaca é cravada em posição adjacente a da estaca defeituosa;
− a estaca é emendada com uma extensão suficiente para atender o objetivo.
5º ) O furo deixado por uma estaca ao ser arrancada deve ser preenchido com areia,
mesmo que uma nova estaca seja cravada no mesmo local.
6º ) Uma estaca é considerada defeituosa quando tiver fissura ou várias fissuras
visíveis que se estendam por todo o perímetro da sessão transversal, ou quando
acusa qualquer defeito que afete sua resistência ou vida útil.
7º ) Nos caos de estacas de madeira, aço e pré-moldadas de concreto, para carga
admissível até 1 MN (100 tf) quando empregado um martelo de queda livre, a
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relação entre os pesos do pilão e da estaca deve ser igual ou superior a 0,5 para
estacas pré-moldadas de concreto, e de 1,0 para estacas de aço ou de madeira.
8º ) No caso de uso de martelo automático ou vibratório devem ser seguidas as
recomendações do fabricante. O equipamento de cravação deve ser
dimensionado de modo a levar a estaca até a profundidade prevista para sua
capacidade de carga, sem danificá-la.
9º ) Para estaca pré-moldada de concreto ou estaca metálica com carga admissível
superior a 1 MN, a escolha do equipamento de cravação deve ser analisada em
cada caso e os resultados controlados através de provas de carga.
10º ) A executante ao submeter ao DER/PR o tipo do equipamento de cravação que
pretende adotar, deve fornecer as seguintes informações: altura da queda do
martelo, peso do martelo, trabalho simples ou duplo efeito, número de golpes por
minuto, marca de fabricação e especificações do equipamento.
11º ) Para que uma estaca possa ser considerada como de base alargada, tipo Francki,
é necessário que os últimos 150 litros de concreto dessa base sejam introduzidos
com uma energia mínima de 2,5MNm, para estacas de diâmetro inferior ou igual
a 45,0cm e 5MNm, para estacas de diâmetro superior a 45,0cm. No caso de
volume diferente, a energia deve ser proporcional ao volume.
12º ) As cabeças de todas as estacas devem ser protegidas com capacetes de tipo
aprovado, de preferência provido de coxim, de corda ou outro material adequado
que se adapte ao capacete e se apoie, por sua vez , em um bloco de madeira.
13º ) Na cravação de todas as estacas, verticais ou inclinadas, são sempre empregadas
guias ou uma estrutura adequada para suporte e colocação do martelo, salvo
indicação no projeto permitido o emprego de outro procedimento.
14º ) Todas as estacas que sofrerem deslocamentos devidos à cravação de estacas
adjacentes ou outras causas, devem ser recravadas.
15º ) O executante deve tomar precauções no sentido de evitar ruptura da estaca ao
atingir o horizonte rochoso ou outro qualquer material e obstáculo que torne
difícil sua penetração. Os obstáculos que impeçam a penetração das estacas até a
profundidade requerida devem ser removidos.
16º ) Quando a cota de arrasamento estiver abaixo do plano de cravação da estaca e as
características da camada de apoio permitirem uma previsão, pode ser utilizado
um elemento suplementar, desligado da estaca propriamente dita, arrancado após
a cravação. O emprego deste suplemento deve ser levado em consideração no
cálculo da capacidade de carga e análise dos resultados da cravação, seu uso
deve ser restrito a comprimentos máximos de 2,5m, caso não previstos recursos
especiais.
g.2) Emenda e arrasamento:
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1º ) A emenda nas estacas pré-moldadas de concreto deve ser evitada sempre que
possível; no entanto, pode se executada, desde que respeitados os seguintes
preceitos:
− o concreto da extremidade da estaca deve ser cortado no comprimento
necessário à emenda das barras longitudinais da armadura, por justaposição;
− as superfícies de contato do concreto e a emenda da armação devem ser
tratadas como uma emenda de concreto armado, com o emprego de “epoxy”
e os demais cuidados necessários;
− deve ser assegurado o alinhamento entre as faces da estaca e da parte
prolongada;
− a armadura da parte prolongada deve ser idêntica à estaca, assim como o
concreto a empregar;
− a concretagem, adensamento do concreto, remoção das fôrmas, cura e
acabamento são como especificado no item 5.4.5, alínea c;
− as exigências desta especificação relativas à cravação de estacas monolíticas
aplicam-se também às estacas emendadas.
2º ) As estacas de fundação, logo que concluídas sua cravação, são arrasadas nas
cotas indicadas no projeto, de maneira que fiquem embutidas 20,0cm, pelo
menos, no bloco de coroamento e sua armação mergulhada na massa do concreto
num comprimento igual ou superior ao comprimento da ancoragem dos
vergalhões. O controle da estaca deve ser sempre normal ao seu eixo.
g.3) Tubulões e caixões
1º ) Tubulões cravados sem revestimento
− Podem ser executados com escavações manual ou mecânica.
− Quando escavados manualmente só podem ser executados acima do nível
d’água, naturais ou rebaixados ou quando for possível bombear a água sem
risco de desmoronamento ou perturbação no terreno de fundação, abaixo
deste nível. Podem ou não ser dotados de base alargada tronco-cônica.
− Quando escavados mecanicamente com equipamento adequado, a base
alargada pode ser aberta quando em seco, manual ou mecanicamente.
− Pode ser utilizado total ou parcialmente para evitar risco de desmoronamento,
escoramento de madeira, aço ou concreto.
− A concretagem, quando a escavação for seca, é feita com concreto lançado da
superfície, através de tromba (funil) de comprimento igual ou superior a
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cinco vezes o seu diâmetro. Sob água, o concreto deve ser lançado através de
tremonha ou outro processo eqüivalente.
É desaconselhável o uso de vibrador, quando o concreto apresentar
plasticidade adequada.
2º ) Tubulões cravados com revestimento em concreto armado
− A camisa de concreto armado (cilindro) do tubulão é concretada em partes,
com comprimento dimensionado em função do projeto. Pode ser concretada
sobre a superfície aplainada do terreno e introduzida depois de estar o
concreto com resistência adequada à operação, por escavação interna. Após
um elemento ser arriado verticalmente, é concretado sobre ele o elemento
seguinte até atingir-se devidamente escorada, de modo a evitar a sua descida.
− Caso atingido o lençol d’água deve ser adaptado o equipamento pneumático à
camisa já cravada, de forma a permitir a execução dos trabalhos a seco sob
pressão conveniente de ar comprimido. Durante a descida a distribuição das
cargas deve ser regulada de maneira a não comprometer a estabilidade da
obra.
− Em obras dentro d’água, a camisa deve ser concretada quando possível no
próprio local, sobre estrutura provisória e descida até o terreno com auxílio
de equipamento ou concretada em terra e transportada para local definitivo.
− Em casos especiais, as camisas podem ser executadas com alargamento, de
modo a facilitar o preparo da base alargada.
− No assentamento do tubulão sobre uma superfície de rocha devem ser
previstos recursos para evitar fuga: lavagem do concreto ou desaprumo do
tubulão
− Após abertura do alargamento de base, é executada a concretagem, conduzida
de maneira a obter um maciço compacto e estanque. O período máximo entre
o término da execução do alargamento base e sua concretagem deve ser de 24
horas. Caso este período seja ultrapassado, deve ser feita nova inspeção,
limpando-se cuidadosamente o fundo da base e removendo-se a camada
eventualmente amolecida.
O concreto empregado no fuste deve ter resistência característica mínima de
16 MPa (160kgf/cm2).
3º ) Tubulões com camisa de aço
− A camisa de aço, com a mesma finalidade da de concreto armado, pode ser
introduzida por cravação com bate-estacas, vibração ou equipamento com
movimento de vai e vem simultâneo, com força de cima para baixo.
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− A escavação interna pode ser manual ou mecânica, feita à medida da
penetração do tubo ou de uma só vez, após a cravação total do mesmo.
− Caso previsto, pode ser executado um alargamento de base, com escavação
manual sob ar comprimido ou não.
− A camisa de aço deve ser ancorada ou receber contrapeso para evitar sua
subida, quando utilizado ar comprimido. Pode ser recuperada à medida que
for sendo concretado o seu núcleo ou posteriormente, se não considerado no
dimensionamento.
6
MANEJO AMBIENTAL
6.1
Durante a execução dos serviços devem ser preservadas as condições ambientais
exigindo-se, entre outros, os procedimentos a seguir descritos.
a) O corte das árvores deve ser feito de acordo com a legislação ambiental vigente.
b) Considere-se como condição básica para a instalação do canteiro, a disponibilidade de
água potável e a disposição de esgoto sanitário em fossas sépticas instaladas a
distâncias seguras de poços de abastecimento d’água e de talvegues naturais.
c) As áreas utilizadas como canteiro de serviço devem ter os efluentes, tais como graxas e
óleos utilizados na limpeza e manutenção de equipamentos das oficinas de campo,
controlados através de dispositivos de filtragem e contenção.
d) Cuidados devem ser adotados, para evitar represamento e empoçamento d’água que
possam produzir áreas insalubres naturais, causa de proliferação de mosquitos e outros
vetores.
e) Os solos vegetais, removidos da área destinada à instalação do canteiro de obra, devem
ser estocados em local não sujeito à erosão, devendo ser reincorporados à área de
origem após a desmobilização.
f) As áreas afetadas pelas operações de construção e execução devem ser recuperadas
mediante a limpeza do canteiro de obras, devendo também ser efetuada a
recomposição ambiental.
g) A desmobilização deve abranger a recuperação de uso da área anteriormente ocupada
pelas instalações.
h) Não provocar queimadas como forma de desmatamento.
i)
Não realizar barragens ou desvios de curso d’água que alterem em definitivo o leito
dos rios.
j)
Evitar a realização de serviços em área de preservação permanente.
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k) É vedado o lançamento de refugo de materiais usados na faixa de domínio, nas áreas
lindeiras, no leito dos rios, ou em qualquer outro lugar onde possam causar prejuízos
ambientais.
6.2
Além destes procedimentos, devem ser atendidas, no que couber, as recomendações
do Manual de Instruções Ambientais para Obras Rodoviárias do DER/PR.
7
CONTROLE INTERNO DE QUALIDADE
7.1
Compete à executante a realização de testes e ensaios que demonstrem a seleção
adequada dos insumos e a realização do serviço de boa qualidade e em conformidade com
esta especificação.
7.2
As quantidades de ensaios para controle interno de execução referem-se às
quantidades mínimas aceitáveis, podendo a critério do DER/PR ou da executante, serem
ampliados para garantia da qualidade da obra.
7.3
Controle do material: deve atender ao constante nas especificações DNER-EM
034/94, DNER-EM 036/95, DNER-EM 037/94 E DER-EM 038/94.
7.4
Controle da execução
7.4.1
Estacas
a) Durante a concretagem das estacas pré-moldadas devem ser colhidas amostras para a
moldagem de uma série de quatro corpos de prova cilíndricos para cada 25 estacas
concretadas, ou para cada dia de concretagem. As rupturas são feitas a sete e/ou a 28
dias, sempre com o rompimento de dois corpos de prova para cada idade do
rompimento, moldados no mesmo ato.
b) Para sua própria orientação, a executante pode cravar às suas expensas, tantas estacas
de prova quantas considere necessárias.
c) A executante crava estacas de prova e realiza provas de carga nas estacas indicadas no
projeto ou nas que forem consideradas necessárias; nas obras normais, para as estacas
cravadas, além destas, deve ser feita uma prova de carga para cada 500 estacas e, nas
especiais, uma para cada 200 estacas. Nas estacas escavadas deve ser feita uma prova
de carga para obras de mais de 100 estacas. Sempre que possível, as estacas de prova
são localizadas de modo a ser aproveitadas como estacas de fundação, caso resultado
satisfatório da prova. Sempre que houver dúvida sobre uma estaca, deve ser
comprovado o seu comportamento satisfatório. Se não for suficiente, é realizada uma
prova de carga.
d) A executante deve manter um registro completo em duas vias, uma destinada à
fiscalização, da cravação de cada estaca, inclusive as de prova. Anotar para todas as
estacas: o número e a localização; dimensões; cota do terreno no local da estaca; nível
da água (se houver); características do equipamento de cravação ou escavação;
desaprumo e desvio de locação; qualidade de materiais utilizados e consumo por
estaca; comprimento real da estaca abaixo do arrasamento; volume da base;
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anormalidade de execução e anotação rigorosa de horários de início e fim de cravação
ou escavação. Ainda registrar para as estacas cravas: suplemento de estaca utilizado
(tipo e comprimento); profundidade de penetração da estaca com peso próprio e com
peso do martelo; número de golpes necessários para a cravação de um metro de estaca;
número efetivo de golpes por minuto, durante a cravação; duração de qualquer
interrupção na cravação e hora de ocorrência; cota final do ponto da estaca cravada;
cota de cabeça da estaca antes do arrasamento (pré-moldada); data de concretagem da
estaca pré-moldada; data da cravação; negas no final da cravação e na recravação,
quando houver. Em caso de estacas escavadas, mencionar os horários de início e fim
da escavação e de cada etapa de concretagem, a comparação do consumo real de
materiais em relação ao teórico e o comportamento da armadura durante e
concretagem.
e) O diagrama de cravação deve ser tirado em 10% das estacas, no mínimo, com
prioridade para as mais próximas aos furos de sondagem.
f) É permitido entre eixos de estacas isoladas e o ponto de aplicação da resultante das
solicitações do pilar, um desvio de 10% do diâmetro da estaca. Desvios superiores no
caso de estacas não travadas obriga na verificação estrutural quanto à flambagem do
pilar e da estaca. Para estacas travadas, as vigas de travamento devem ser
redimensionadas para a excentricidade real e verificada a flambagem do pilar.
g) Para conjunto de estacas alinhadas, admite-se um acréscimo de, no máximo, 15%
sobre a carga admissível na estaca de excentricidade, na direção do plano das estacas.
Acréscimos superiores devem ser corrigidos com acréscimo de estacas ou recurso
estrutural. Para excentricidade na direção normal ao plano das estacas, vide parágrafo
anterior.
h) Para conjunto de estacas não alinhadas, deve ser verificada a solicitação em todas as
estacas, admitindo-se o acréscimo de, no máximo, 15% sobre a carga admissível de
projeto.
i)
7.4.2
Quanto ao desvio de inclinação, é tolerado, sem correção, um desvio angular em
relação à posição projetada de 1:100.
Tubulões e caixões
a) Devem ser anotados na execução da fundação em tubulão os seguintes elementos,
conforme o tipo: cota de arrasamento; dimensões reais da base alargada; material de
apoio; equipamento de cada etapa; deslocamento e desaprumo; comparação do
consumo de material durante a concretagem com o previsto; qualidade dos materiais;
anormalidades de execução e providências tomadas, inspeção do terreno ao longo do
fuste e assentamento da fundação.
b) É tolerado um desvio entre eixos do tubulão e ponto de aplicação da resultante das
licitações do pilar, de 10% do diâmetro do fuste do tubulão.
c) Ultrapassados os limites quanto à excentricidade e, ou ao desaprumo, é feita
verificação estrutural com os redimensionamentos necessários.
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8
CONTROLE EXTERNO DE QUALIDADE – DA CONTRATANTE
8.1
Compete ao DER/PR a realização aleatória de testes e ensaios que comprovem os
resultados obtidos pela executante, bem como, formar juízo quanto à aceitação ou rejeição do
serviço em epígrafe.
8.2
O controle externo de qualidade é executado através de coleta aleatória de amostras,
por ensaios e determinações previstas no item 7, cuja quantidade mensal mínima corresponde
pelo menos a 10% dos ensaios e determinações realizadas pela executante no mesmo período.
8.3
O DER/PR pode requerer, junto à contratada, o projeto de fundação para a
apreciação, entretanto esta ação não a isenta de qualquer responsabilidade, em eventuais
problemas que possam ocorrer.
8.4
Para o controle e/ou recomendações do serviço, devem ser obedecidas as normas da
ABNT NBR-6122/96 e NBR-12131/92
8.5
O DER/PR deve ter arquivado todas as anotações, dos elementos requerentes na
execução da fundação e inspecionar o maior número possível de execuções de fundações.
9
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO
9.1
São aceitas as fôrmas que atendam às recomendações dos itens 5.1, 5.3, 7.1 e 7.2.
9.2
Serviços que não atenderem ao item 9.1, devem ser corrigidos, complementados,
refeitos ou substituídos.
10
CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO
10.1
Escoramento de cavas de fundações (ensecadeiras):são medidos por metro quadrado
de pranchas verticais (ensecadeiras), com altura determinada pela diferença entre a cota de
implantação da ensecadeira e a cota necessária à contenção. Não é medido em separado o
escoramento e contraventamento das pranchas verticais, bem como, o enchimento e
apiloamento do material de enchimento, no caso de ensecadeira dupla.
10.2
Escavação e aterros: a medição dos volumes é feita em metros cúbicos através da
seções transversais determinadas antes e depois da execução dos serviços.
10.3
Blocos e sapatas: são medidos separadamente por metro quadrado de fôrmas
colocadas, por metro cúbico de concreto, por quilograma de aço dobrado e colocados nas
fôrmas.
10.4
Estacas: são medidas pelo comprimento entre as cotas da ponta e do arrasamento,
para as estacas moldadas no local o comprimento medido é entre as cotas do topo do bulbo e
do arrasamento da estaca concluída. A base da estaca (bulbo), se houver, é considerada para
efeito de medição como um metro de estaca cravada e concretada. Não deve ser incluída na
medição o corte das estacas e a perda do seu excesso, inclusive do tubo metálico, se for o
caso.
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10.5
Tubulões e caixões: são medidos por metro de camisa implantada e cheia de concreto
e por metro cúbico de concreto da base alargada. Os caixões são medidos por metro de camisa
implantada e por metro cúbico de material de enchimento e de alargamento de base, se
houver.
11
CRITÉRIOS DE PAGAMENTO
11.1
Os serviços aceitos e medidos só são atestados como parcela adimplente, para efeito
de pagamento, se juntamente com a medição de referência, estiver apenso o relatório com os
resultados dos controles e de aceitação.
11.2
O pagamento é feito, após a aceitação e a medição dos serviços executados, com
base no preço unitário contratual, o qual representa a compensação integral para todas as
operações, transportes, materiais, perdas, mão-de-obra, equipamentos, controle de qualidade,
encargos e eventuais necessários à completa execução dos serviços.
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DER/PR ES-OA 07/05 OBRAS DE ARTE ESPECIAIS: FUNDAÇÕES