Ciências Humanas e suas
Tecnologias - História
Ensino Fundamental, 7º Ano
Colonização Holandesa no Brasil
HISTÓRIA, 7º Ano do Ensino Fundamental
A colonização holandesa no Brasil
A CONQUISTA E A DOMINAÇÃO HOLANDESA
Belém
São Luís
Fortaleza
DOMÍNIO
HOLANDÊS
Olinda
Recife
DOMÍNIO
ESPANHOL
Linha do tratado de Tordesilhas
Salvador
Natal
Paraíba
A invasão holandesa fez
parte do projeto da
Holanda (Países Baixos)
de ocupar e administrar o
nordeste brasileiro por
intermédio da Companhia
Holandesa das Índias
Ocidentais.
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A colonização holandesa no Brasil
A COLONIZAÇÃO HOLANDESA NO BRASIL
• Os holandeses tinham grande interesse no
açúcar brasileiro, não só porque
dominavam o comércio do produto na
Europa, mas também porque havia muito
capital holandês investido nos engenhos
brasileiros.
• Os comerciantes de Flandres eram antigos
parceiros comerciais dos portugueses.
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A colonização holandesa no Brasil
• Como possuíam uma importante frota
mercante, muito capital e o controle
sobre boa parte das rotas comerciais
terrestres, os flamengos,
frequentemente, comercializavam
mercadorias que os portugueses
exploravam em suas colônias, a
exemplo do açúcar.
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A colonização holandesa no Brasil
• Tudo corria bem na parceria entre
portugueses e holandeses até que a União
Ibérica fez do Brasil uma colônia espanhola.
• Os holandeses se viram ameaçados em seu
lucrativo comércio e, como solução para a
possível quebra financeira, decidiram ocupar
a área produtora de açúcar, isto é, o nordeste
brasileiro.
• A fim de realizar essa empreitada foi criada,
em 1621, a Companhia das Índias Ocidentais.
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A colonização holandesa no Brasil
A TENTATIVA DE OCUPAÇÃO
• A primeira tentativa de ocupação ocorreu na
Bahia, em 1624, e durou apenas um ano por
causa da resistência local e do bloqueio
marítimo imposto pela esquadra espanhola.
• Em 1630, os holandeses retornaram, dessa vez
para Pernambuco, que, além de concentrar
grande parte da produção de açúcar, era uma
região menos policiada que a capital da
colônia.
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A colonização holandesa no Brasil
Imagem: Nicolaas Baur (1767–1820)
/ Frota holandesa na baía de Argel,
1818 / Rijksmuseum Amsterdam /
public domain.
Em 8 de maio de 1624, a esquadra holandesa deu entrada na
barra da cidade da Bahia. Porém, o Governador Diogo de
Mendonça Furtado, como já estava avisado a respeito da
expedição, tratara de aprimorar as fortalezas de Santo
Agostinho e de Itapagipe para melhor proteger a cidade. Para
isso, convocou gente do recôncavo e vizinhanças a fim de se
juntarem aos integrantes da tropa.
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Governador de Pernambuco
Matias de Albuquerque
Fortes Holandeses no Rio Amazonas
Ilha de Marajó
Forte Adriaanz’s
Belém
Forte Orange
Forte Nassau
Imagem: inconnu / Matias de Albuquerque
/ Creative Commons CC0 1.0 Universal
Public Domain Dedication.
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A colonização holandesa no Brasil
A OCUPAÇÃO
• Entre 1630 e 1634, empreenderam a
conquista da capitania, tendo de enfrentar a
resistência portuguesa, comandada pelo
governador Matias de Albuquerque.
• Gradativamente, em função da
desorganização da lavoura canavieira, da
destruição dos engenhos na luta pelo controle
da região e da fuga de escravos, deu-se a
rendição local.
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A colonização holandesa no Brasil
• Após a rendição das tropas ibéricas, os
flamengos fundaram uma colônia
administrada por João Maurício de Nassau,
que estabeleceu um período de paz na
região.
• A companhia das Índias liberou crédito para
os proprietários reconstruírem seus engenhos
e comprarem escravos.
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A colonização holandesa no Brasil
• Além disso, Nassau urbanizou o Recife,
sede do governo holandês no Brasil, e
implantou uma política de tolerância
religiosa, que permitia a liberdade de
culto a católicos e judeus, uma vez que
os holandeses eram protestantes.
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Imagem: Peter Schenk the Elder (1660–1711) After Frans Post
(1612–1680) / Vista da Cidade Maurícia (Recife), 1645 / Museu
Nacional de Belas Artes / public domain.
MAURITSSTAD Recife 1637-1644
O conde Johann Moritz von NassauSiegen tem um lugar especial na
História do Brasil. Conhecido pelo
nome "brasileiro", Maurício de
Nassau, governou a colônia
holandesa no nordeste do Brasil, com
a capital em Recife, de 1637 a 1644.
Imagem: Willen Jacobz Delff / retrato gravado de
Maurício de Nassau a partir de pintura de Michel de
Mierveld, 1637 / Museu do Estado de Pernambuco /
public domain.
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A colonização holandesa no Brasil
• Depois de consolidar seu domínio em
Pernambuco, os holandeses expandiram-no
para o Maranhão e Sergipe.
• A dominação holandesa, em sua maior
extensão, cobria o litoral nordestino desde
São Luís até o rio Vaza-Barris, no atual estado
de Sergipe.
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A RESTAURAÇÃO PORTUGUESA E A
INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA
• Em 1640, com o apoio da burguesia, dos
padres jesuítas e de uma política de
alianças com outros países, sobretudo
com a Inglaterra, Portugal libertou-se do
domínio espanhol, reconquistou sua
soberania política e parte do antigo
império colonial.
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A colonização holandesa no Brasil
• As boas relações entre holandeses e os
colonos que viviam no Brasil entraram em
crise a partir de 1644, quando Nassau foi
chamado de volta para a Europa e a
Companhia das Índias Ocidentais mudou o
pagamento dos empréstimos feitos aos donos
dos engenhos, intensificando a cobrança de
impostos.
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A ECLOSÃO DA INSURREIÇÃO
PERNAMBUCANA
• No ano de 1645, eclodiu a Insurreição
Pernambucana, um movimento
armado que culminou com a expulsão
dos holandeses.
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A colonização holandesa no Brasil
• A luta contra a Companhia das Índias
Ocidentais foi um movimento interno,
promovido pelos habitantes da colônia, e
contando com uma ajuda muito discreta de
Portugal, que, nesse período, ainda lutava
para se reestruturar como país independente.
• A guerra pela expulsão dos holandeses foi
liderada pelos donos de engenhos e durou
quase uma década.
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HOLANDESES SAEM DO BRASIL
• Finalmente, em 1654, após um cerco
marítimo, os flamengos retiraram-se
de Pernambuco.
• Levaram, porém, mudas de cana e
técnicas de produção de açúcar.
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• Isso lhes permitiu implantar nas Antilhas
holandesas um rentável empreendimento
açucareiro, passando a exercer pesada
concorrência internacional ao açúcar
brasileiro, que perdeu mercado no final do
século XVII.
• O declínio do comércio do açúcar brasileiro
gerou uma grave crise econômica em Portugal
e o empobrecimento dos senhores de
engenho.
Representação romântica da batalha dos
Guararapes entre portugueses e holandeses
Representação romântica da batalha dos
Guararapes entre portugueses e holandeses
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Representação romântica da
Batalha dos Guararapes
entre portugueses e
holandeses.
Imagem: Victor Meirelles (1832–1903) / Batalha dos Guararapes, from 1875 until 1879 / Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro) / public
domain.
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CONCLUSÃO
• A ocupação holandesa no nordeste brasileiro é
vista como um passado que não deveria ter sido
encerrado pela reconquista de 1645-1654, pois a
política holandesa teria formado um Brasil mais
forte economicamente e, desde o seu início,
urbano. Essa visão é superficial: para negá-la,
bastaria observar o desenvolvimento das colônias
holandesas nas Antilhas, por exemplo, que
atualmente estão tanto no Terceiro Mundo
quanto o Brasil.
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A colonização holandesa no Brasil
• Em contrapartida, a política holandesa
restringia muito mais as possibilidades
econômicas do nordeste do que a portuguesa,
bem como limitava o plano social, com a crise
entre brancos e judeus, negros e índios.
Assim, durante os 24 anos de dominação foi
criado uma grande segregação religiosa-racial.
Moeda do
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Brasil Holandês,
de 1645
A MOEDA HOLANDESA NO
BRASIL
Veja a imagem disponível em:
http://numismaticabentes.blogspot.com.br/
2010/10/as-primeiras-moedas-brasileiras4-parte.html
Moeda do
Brasil holandês,
de 1645.
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• No entanto, não devemos deixar de lado
os pontos positivos da política
holandesa, e, principalmente, do Conde
Maurício de Nassau.
• Com sua base urbana, Nassau trabalhou
para impedir o poder dos senhores de
engenho e das oligarquias agrárias,
incentivando assim a transformação da
sociedade pernambucana de agrária para
urbana.
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• Além disso, foram muitos os esforços em
melhorias para a população local, que viu
em Nassau um governante que os ajudou
com suas políticas de combate à fome e à
monocultura e de higiene e saneamento
básico.
• A comunidade judaica na América até os
nossos dias cita, orgulhosa, os tempos de
colônia em Pernambuco, onde desfrutava de
liberdade religiosa impensável na época
para os padrões europeus e católicos.
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• Se podemos falar de algum erro do governo
holandês, que acabou por gerar a revolta e a
perda de Pernambuco, foi o de não ter
incentivado mais os holandeses a acessar a
terra. Desse modo, os portugueses, apesar de
dominados, tinham a economia em suas
mãos, autêntica base do projeto econômico
da Companhia Holandesa das Índias
Ocidentais.
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A colonização holandesa no Brasil
• A colonização holandesa foi, portanto, urbana
e burguesa, diferindo assim da instalada pelos
portugueses, extremamente agrária. Não
podemos afirmar se uma ou outra seria
melhor para o futuro desenvolvimento do
país, pois só podemos observar o produto de
uma delas, sendo, portanto, superficial fazer
paralelismos com o desenvolvimento de
colônias holandesas em outros locais.
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• O máximo que podemos afirmar é que, de
1630 a 1654, parte do Brasil viveu sobre outro
sistema social que, em razão de problemas
internos causados por ele próprio, foi
combatido e derrotado por sua classe social
dominante e insatisfeita.
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HERÓIS DA BATALHA DOS
GUARARAPES
FELIPE CAMARÃO
Filipe Camarão foi um dos grandes heróis da Batalha
de Guararapes, travada nos montes Guararapes.
Antônio Filipe Camarão foi um indígena brasileiro da
tribo potiguar, nascido no início do século XVII, em
Igapó, Natal, na então capitania do Rio Grande ou, de
acordo com alguns historiadores, na capitania de
Pernambuco.
Imagem: Autor desconhecido / Retrato de
Filipe Camarão, séc. XVII / Museu do
Estado de Pernambuco (Recife) / public
domain.
Tinha como nome de nascença Poti ou Potiguaçu,
que significa camarão. Ao ser batizado e convertido ao
catolicismo em 1614, recebeu o nome de Antônio e
adotou Filipe Camarão em homenagem ao soberano
D. Filipe II (1598-1621).
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VIDAL DE NEGREIROS
No contexto das invasões
holandesas do Brasil (1624-1654),
lutou contra os holandeses quando
da invasão de Salvador na Bahia
(1624). Voltou a se envolver no
conflito participando de todas as
fases da Insurreição Pernambucana
(1645-1654), quando mobilizou
tropas e meios nos sertões
nordestinos.
Imagem: Autor desconhecido / Retrato de André
Vidal de Negreiros, séc. XVII / Museu do Estado
de Pernambuco (Recife) / public domain.
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HENRIQUE DIAS
Henrique Dias foi um guerrilheiro negro que se
destacou na luta contra os holandeses, com o seu
batalhão de negros descalços, conforme os pintou
Vítor Meireles.
A atuação de Henrique Dias na primeira e na
segunda batalha dos Guararapes, em 1648 e 1649,
foi digna de um grande militar por estar ao lado de
outros valentes soldados, como Vidal de Negreiros e
Felipe Camarão. Causou duas grandes derrotas aos
holandeses, culminando na rendição final destes,
fato que ocorreu no dia 26 de janeiro de 1654.
Imagem: Autor desconhecido / Retrato de Henrique
Dias, séc. XVII / Museu do Estado de Pernambuco
(Recife) / public domain.
Tabela de Imagens
n° do
slide
2
direito da imagem como está ao lado da
foto
link do site onde se conseguiu a informação
Felipe Menegaz / GNU Free Documentation http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brazil_L
License.
abelled_Map.svg
7 Nicolaas Baur (1767–1820) / Frota
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Angloholandesa na baía de Argel, 1818 /
Dutch_fleet_in_the_bay_of_Algiers_as_support_
Rijksmuseum Amsterdam / public domain. for_the_ultimatum_demanding_the_release_of_
white_slaves_on_august_26_1816_(Nicolaas_Ba
ur,_1818).jpg?uselang=en
8a inconnu / Matias de Albuquerque /
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Matias_
Creative Commons CC0 1.0 Universal Public de_Albuquerque.jpg?uselang=en
Domain Dedication.
12a Peter Schenk the Elder (1660–1711) After http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cidade
Frans Post (1612–1680) / Vista da Cidade _mauricia.jpg
Maurícia (Recife), 1645 / Museu Nacional
de Belas Artes / public domain.
12b Willen Jacobz Delff / retrato gravado de
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Willen_
Maurício de Nassau a partir de pintura de Jacobz_Delff_-_Maur%C3%ADcio_de_Nassau_Michel de Mierveld, 1637 / Museu do
_1637.jpg?uselang=en
Estado de Pernambuco / public domain.
Data do
Acesso
04/08/2012
04/08/2012
04/08/2012
04/08/2012
04/08/2012
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Data do
Acesso
20
Victor Meirelles (1832–1903) / Batalha dos
Guararapes, from 1875 until 1879 / Museu
Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro) /
public domain.
Autor desconhecido / Retrato de Filipe
Camarão, séc. XVII / Museu do Estado de
Pernambuco (Recife) / public domain.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Meirell
es-guararapes.jpg
04/08/2012
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http://commons.wikimedia.org/wiki/File:An%C3 04/08/2012
%B4nimo__Retrato_de_Filipe_Camar%C3%A3o.jpg?uselang
=en
Autor desconhecido / Retrato de André
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:An%C3 04/08/2012
Vidal de Negreiros, séc. XVII / Museu do
%B4nimo_Estado de Pernambuco (Recife) / public
_Retrato_de_Andr%C3%A9_Vidal_de_Negreiros.j
domain.
pg
Autor desconhecido / Retrato de Henrique http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Henriqu 04/08/2012
Dias, séc. XVII / Museu do Estado de
e-Dias_-_MEPE.jpg?uselang=en
Pernambuco (Recife) / public domain.
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