Operários do
COMPERJ enfrentam
intransigência da
patronal e traição do
sindicato.
Trabalhadores querem 15% de aumento, não desconto assistencial na PLR e
melhores condições de trabalho, entre outras reivindicações.
Operários que trabalham nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ),
em Itaboraí, na região leste do Estado do Rio de Janeiro, entraram em greve nesta quarta-feira (05).
As principais reivindicações dos trabalhadores são melhores condições de trabalho e reajuste salarial
de 15%. e deve persistir por tempo indeterminado.
Segundo um operário que está à frente da greve, a situação não é nova. “No ano passado,
foram cinco paralisações reivindicando questões semelhantes, também sem o apoio do sindicato. Tem
consórcio em que falta água, então chega no fim do dia e não tem o que beber ou como tomar banho,
são muitos meses de muita humilhação e exploração. Comida estragada, inseto no rango, bife verde,
assédio moral, 50°C ou até 54°C trabalhando sem parar. Muitos desmaiam trabalhando e alguns são
demitidos por isso”, disse. Há também, quem não receba seus salários desde o Natal. Ao todo mais de
20 mil trabalhadores aderiram à greve.
Comando de Greve e Negociação deve ser eleito em assembléia
e controlado pelos operários em luta
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Plano de Construção, Montagem e
Manutenção Industrial de São Gonçalo, Itaboraí e Região (SINTICOM), filiado à CUT, teve o carro
incendiado pelos trabalhadores que protestavam na BR-116. Diante da postura omissa e a tentativa de
defender as propostas da patronal os operários atearam fogo em um dos carros do sindicato.No dia
seguinte, dois trabalhadores foram gravemente feridos por tiros disparados contra o piquete da greve.
A CSP-Conlutas se solidariza e apoia incondicionalmente a luta dos operários dos canteiros de
obras do COMPERJ. Exigimos das empreiteiras o imediato atendimento do reajuste salarial defendido
pelos operários. Exigimos o atendimento de todas as reivindicações que garanta o regular pagamento
dos salários e melhores condições de trabalho. Os trabalhadores devem em ASSEMBLÉIA, eleger um
Comando de Greve e Negociação, controlado pelos operários em luta, que dirija as mobilizações e
negocie com a patronal.
Governo Dilma e Petrobrás tem responsabilidade nesta situação
A situação nos canteiros está sem controle.Há muitas ilegalidades e que são de conhecimento
da Petrobras, que é a responsável pelo financiamento da obra. Não é de hoje a persistência das
irregularidades nos canteiros da obra. São recorrentes as greves pelos mesmos motivos.
Segundo o governo, esta é um das principais obras do PAC, são bilhões de reais de
financiamento público para construir um dos maiores polos petroquímicos do país. É inaceitável que os
trabalhadores sejam humilhados desta forma pelas empreiteiras.
Os trabalhadores devem exigir da Petrobrás e do Governo Dilma o atendimento das
reivindicações dos trabalhadores e o fim das humilhações no canteiro da obra. Afinal, quem paga a
conta das empreiteiras é o governo e a Petrobrás.
Todo apoio à greve dos operários do COMPERJ
Pelo atendimento de todas as reivindicações da categoria!
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apoio a greve do comperj