MINIPROJETO – TRABALHANDO COM A DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS
BOTÂNICA
Prática 01
Conhecendo os grupos vegetais
Adaptada Manual do curso para atualização de professores dos ensinos fundamental e
médio – Propostas para o ensino de Botânica – Instituto de Biociências – USP
Dentre os organismos denominados de “vegetais”, existe uma diversidade muito grande
de filos
(= divisões). São as clorofilas as responsáveis pela coloração verde das plantas.
Os vegetais podem ser encontrados em ambientes terrestres e aquáticos. Os principais
grupos
são facilmente reconhecidos, desde que aprendamos a “enxergá-los”. É necessário para
isso, que estimulemos nossa capacidade de observação e percepção com relação à
diversidade de formas e cores. Destacamos a seguir, alguns grupos que facilmente
podem ser encontrados nos ambientes que nos cercam:
Briófitas (Filo Bryophyta)
Assim como as algas, as briófitas são organismos fotossintetizantes avasculares.
Porém, seus gametas estão sempre protegidos por estruturas multicelulares,
denominadas de arquegônios e anterídios. O arquegônio envolve a oosfera (gameta
feminino), enquanto que o anterídio envolve os anterozóides (gametas masculinos).
Estas estruturas protegem os gametas da dessecação e representam um avanço para
sobrevivência ao ambiente terrestre. Porém, ainda são bastante dependentes da água,
pois seus gametas masculinos apresentam flagelos, e precisam nadar num meio aquoso
para alcançar a oosfera. São formas macroscópicas e delicadas, atingindo apenas alguns
centímetros de comprimento. O gametófito constitui-se na fase dominante. Podemos
reconhecer os antóceros, as hepáticas e os musgos. Estes últimos apresentam estruturas
que lembram raízes, caules e folhas, porém estas não possuem xilema e floema, e
portanto, não podem ser assim denominadas.
Pteridófitas
São organismos fotossintetizantes e vascularizados (presença de raiz, caule e folhas).
Assim como nas briófitas, seus gametas estão sempre protegidos por arquegônios e
anterídios. São geralmente maiores que as briófitas e apresentam o esporófito como
fase dominante. As pteridófitas podem ser distintas das demais plantas vasculares
terrestres pela ausência de sementes. Estão distribuídas em quatro filos atuais. São
exemplos de pteridófitas as cavalinhas, os licopódios, as selaginelas e as samambaias.
Estas últimas, geralmente possuem folhas compostas (frondes) com esporângios
organizados em soros.
Objetivos
Conhecer o grupo das Briófitas e das Pteridófitas
Objetivos específicos
Identificar os representantes das Briófitas e Pteridófitas
Identificar os ambientes de ocorrência
Conhecer os ciclos de vida
Identificar as estruturas reprodutivas
Identificar as interações ecologicas
Metodologia
A aula se dividirá em duas partes, a primeira parte será realizada no Sede do Polo de
Educação Ambiental (PEAMA/IFES), como uma abordagem sobre os grupos vegetais:
Briófitas, Pterófitas apresentada em data show. A segunda parte será uma caminhada na
reserva do PEAMA, onde os alunos se dividiram em grupos de seis pessoas. Os alunos
receberão uma ficha para identificação dos espécimes coletados, onde haverá uma série
de campos a serem preenchidos com informações sobre o individuo coletado.
Na folha de registros, haverá campos sobre o determinado espécime encontrado.
12345678-
Nome do coletor;
Nome do grupo vegetal;
Hábitat: (mata secundária/capoeira)
Área encontrada (declive, planície).
O espécime apresenta estruturas reprodutivas
O espécime se encontra em população, solitário;
O espécime se encontra próximo a áreas úmidas;
O espécime se encontra em uma relações ecológicos
Após a coleta de dados, cada grupo entregará ao pibidiano as fichas de registros
folha para conferência da sucessibilidade da aula prática.
Já no fim da aula prática, cada aluno receberá um questionário sobre o
funcionamento da
aula.
Avaliação
Os alunos serão avaliados na participação da aula, no interesse com a atividade
prática e na qualidade em que desenvolveram a atividade proposta.
Prática 02
Macrófitas aquáticas e algas
Algas
São organismos fotossintetizantes avasculares e portanto, sem organização de raiz,
caule e folhas. Podem ser microscópicos ou macroscópicos. A maioria é aquática, mas
também é possível encontrar algas crescendo sobre troncos de árvores ou em solo
úmido. Estão agrupadas em vários filos que podem ser reconhecidos pela organização
do talo, pigmentação e tipo de material de reserva que apresentam. No ambiente
terrestre ou de água doce, são comuns as algas verdes (Chlorophyta).
Objetivos
Conhecer a diversidade de plantas aquáticas (macrófitas), e algas;
Conhecer a importância das macrofitas aquáticas para a reprodução dos mais diversos
organismos aquáticos;
Conhecer a importância das algas para o planeta.
Metodologia
A aula prática será realizada no laboratório de Ecologia e Produção de Plâncton do
Campus de Alegre. A aula se iniciará com uma abordagem sobre o tema proposto pelo
palestrante da área, a palestra será demonstrativa, apresentando dessa forma os
exemplares de macrofitas e algas. Logo no inicio os alunos receberão uma ficha para
preenchimento sobre as informações disponibilizadas no decorrer da aula. No fim da
aula cada aluno receberá um filo de alga ou macrofita aquática, para que em casa façam
uma pesquisa sobre determinado filo, abordando importância ecológica, importância
econômica, diversidade do filo. A pesquisa terá que ser entregue na próxima aula de
Biologia tendo a mesma requisitos de avaliação.
Avaliação
Os alunos serão avaliados na participação da aula (preenchimento da ficha) e na
elaboração da pesquisa sobre o determinado tema.
Prática 03
Adaptada Manual do curso para atualização de professores dos ensinos fundamental e
médio – Propostas para o ensino de Botânica – Instituto de Biociências – USP
Diversidade floral
No ensino de botânica, o tema flor geralmente aparece com certo destaque, seja nos
livros didáticos, seja nas apostilas elaboradas por professores e escolas.
A flor surgiu como novidade evolutiva há, no mínimo, cerca de 130 milhões de anos,
no Cretáceo. O surgimento e a fixação desse caráter provocou uma verdadeira revolução
no mundo dos vegetais. Existem ainda inúmeras controvérsias sobre como seriam essas
flores mais antigas. Alguns fósseis indicam que seriam pequenas e com estruturas
reduzidas. Outros revelam flores com peças desenvolvidas e multiplicadas.
Independentemente dessa discussão, é certo que o surgimento da flor representou a
fixação da conquista definitiva do ambiente terrestre e o domínio desse ambiente por
esse incrível grupo de plantas que a possuem: as angiospermas. O próprio nome
Angiospermas já contém a característica principal e aquela que define uma flor. Esse
nome é formado por duas palavras de origem grega: ageion, que significa vaso, urna,
envoltório; e
sperma, que quer dizer semente. Portanto, temos aqui a primeira definição. O que
define uma flor não é a presença de pétalas coloridas ou de perfume, mas sim de uma
estrutura que serve de envoltório para a semente: o carpelo, a partir do qual temos o
pistilo: ovário, estilete e estigma. O conjunto de pistilos forma o gineceu.
Associado ao gineceu, existe, na maioria das flores, o androceu, que é o conjunto de
estruturas associadas a produção do grão-de-pólen e à sua liberação: estames, por sua
vez constituídos de filete,
antera e conectivo. Algumas flores possuem gineceu e androceu, e são chamadas de
monoclinas (mono= um, kline= leito). Outras plantas possuem flores somente com
androceu (flores estaminadas) e somente com gineceu (flores pistiladas). São plantas
com flores diclinas (di= dois). Envolvendo as estruturas reprodutivas, androceu e
gineceu, pode haver uma ou mais séries de folhas modificadas. A(s) série(s) mais
interna(s), mais próxima(s) dessas estruturas reprodutivas, chama-se corola, e cada uma
de suas peças é chamada pétala. A(s) série(s) mais externa(s) chama-se cálice e suas
peças, sépalas. De forma geral, pétalas são coloridas e chamativas e sépalas são verdes
e pouco atraentes aos nossos olhos.
Note-se, porém, que aqui existe uma gama enorme de possibilidades: pétalas pouco
vistosas e
sépalas atraentes, pétalas e sépalas pouco chamativas e androceu atraente, pétalas e
sépalas
chamativas, e assim por diante1. Uma flor pode, inclusive, não ter pétalas, ter somente
sépalas. Às vezes, sépalas e pétalas são tão semelhantes que é quase impossível
distinguir umas das outras. Nesse caso, as chamamos tépalas. Existem ainda situações
em que sépalas ou pétalas são soldadas entre si. Então teremos flores gamopétalas,
gamossépalas ou ambas. Às vezes, o androceu é soldado às pétalas. Às vezes, ainda,
tudo é soldado: sépalas, pétalas e androceu são unidos - pelo menos na base - e se
soldam ao ovário. Aí teremos as diferentes posições do ovário: súpero, se ele não for
soldado ou ínfero, se for. Finalmente, as flores podem se apresentar isoladas, solitárias,
ou reunidas em grupos, as inflorescências. Há numerosos tipos de inflorescências. Os
tipos mais gerais são os racemos (popularmente chamados de “cachos”), que
apresentam crescimento indeterminado; as cimeiras, que têm seu crescimento limitado
por uma flor de desenvolvimento apical; e os capítulos, inflorescências nas quais as
flores estão dispostas em um receptáculo plano, simulando, o conjunto todo, uma única
flor.
Figura 1. Representação esquemática de uma flor (Vidal & Vidal, 2000).
Objetivos
- Reconhecer a diversidade floral em termos morfológicos;
- Reconhecer as estruturas reprodutivas das angiospermas.
Metodologia
A aula se iniciará com uma apresentação em data show sobre flores – estruturas
reprodutivas, abordando as estruturas das flores, funcionalidade de cada estrutura,
importância das flores para as plantas entre outros aspectos. Logo em seguida será
disponibilizado para cada aluno uma flor para o reconhecimento prático da estrutura
florística, será proposto que façam um desenho do material disponibilizado, legendando.
Ao fim da aula será aplicado um questionário sobre o funcionamento da aula.
Avaliação
Os alunos serão avaliados no decorrer da aula, quanto ao interesse, participação com
atividade. Serão avaliados também mediante ao desenho feito, levando em consideração
principalmente a ligação do desenho com as estruturas das plantas identificadas.
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Projeto diversidade dos seres vivos_Botanica