Anais do VII Seminário de Iniciação Científica SóLetras – CLCA – UENP/CJ - ISSN 18089216
AUTO DA COMPADECIDA:
O LIVRO E A MINISSÉRIE NA SALA DE AULA
Juliana Cristina Lopes
(G – UENP / Jac.)
[email protected]
Lais Francielle Alves
(G – UENP / Jac.)
[email protected]
Tania Regina Pereira
(G – UENP / Jac.)
[email protected]
Rafaela Stopa
(Orientadora – UENP / Jac.)
Quando se debate a respeito do uso da mídia televisiva na escola, as
opiniões divergem bastante, principalmente entre professores. Contudo, ainda que muitos não
vejam com bons olhos a relação entre tevê e ensino, é importante levar em conta que se trata
de um meio comunicacional presente em quase todos os lares brasileiros, de modo que
integrá-lo entre alunos e professores pode auxiliar no processo educativo.
Partindo dessa constatação, este artigo tem por objetivo apresentar a
proposta de trabalho elaborada por Eliane Nagamini (2004) para a abordagem, em sala de
aula, da adaptação do livro Auto da Compadecida (1955), de Ariano Suassuna, para a TV,
com roteiro de Adriana Falcão, João Falcão e Guel Arraes (1999). Para tanto, é necessário
retomar o ponto de vista de alguns estudiosos sobre o assunto.
Dentre os pesquisadores que tratam do tema, a professora da Universidade
de São Paulo (USP), Maria Thereza Fraga Rocco, cuja trajetória acadêmica é permeada por
pesquisas a respeito do ensino da literatura, da aplicabilidade dos meios de comunicação no
processo educativo, dentre outros, traz contribuições importantes. Em entrevista concedida ao
site EDUCABRASIL (2000), quando questionada sobre como a televisão está sendo abordada
no meio acadêmico, respondeu:
Houve um tempo em que a TV era ignorada no meio acadêmico, mas isso já passou.
Hoje a televisão é uma realidade inegável no meio acadêmico. Quem ignora a
televisão está fora do tempo, desconhece a própria atualidade dos meios de educação
e formação [...]. (ROCCO, 2000)
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Seu intuito é compreender a televisão e sua linguagem, concomitantemente,
com pesquisas que buscam analisar como um veículo da mídia pode servir ao ensino.
Notamos que Rocco acredita ser possível educar através da tevê, mas com o cuidado de se
despertar nos telespectadores a análise crítica do que assistem.
Como a pesquisadora comenta, o debate é atual, pois a tevê surgiu nos anos
50 e não parou de crescer: há programas variados, que além de propagarem sons e
informações, trazem a difusão de imagens. Tais fatores podem fazer com que crianças, jovens
e adultos deixem o livro de lado por um programa televisivo, porque nela tudo é rápido,
pronto e acabado, caindo, assim, no gosto das pessoas.
É comum que obras literárias de autores renomados e consagrados pelo
público se tornem filmes ou minisséries, fazendo com que o aluno adquira o hábito de
“assistir ao livro”. Sobre isso, é ainda Rocco quem lembra que não se deve substituir um
suporte pelo outro, ao contrário, deve-se buscar o aproveitamento daquilo que cada linguagem
tem a oferecer.
Pode-se trabalhar muito com a TV, em sala de aula, mas conhecendo bem o que é
próprio do veículo, a começar pelo ritmo, pelo timing da TV que é imposto ao
telespectador de cima e de fora. A TV tem um ritmo muito seu e que corre em outra
velocidade que não aquela que imprimimos a nossa forma pessoal de vida. O mesmo
não se dá em relação ao livro. A leitura de livros corre paralela ao ritmo de nós
mesmos, pois nós imprimimos ao ato de ler um determinado timing — que é o
nosso. (ROCCO, 1996, p. 122)
Assim, caberia à escola e ao professor de língua portuguesa atuar na
interação entre essas linguagens. Ainda a respeito da tevê, é interessante destacar o ponto de
vista da professora Sylvia Magaldi, que defende a sua inclusão entre métodos de ensino, pois
seríamos “captados” por ela, devido a sua capacidade de despertar estímulos emocionais e
sensoriais.
Quanto ao seu conteúdo, é indispensável reconhecer que não é
completamente satisfatório, porém, até mesmo programas considerados “baixaria” podem
levar ao aprendizado. Numa pesquisa, tomou-se como exemplo o Programa do Ratinho, que,
conforme relata Magaldi, ao ser trabalhado por uma equipe de professores, foi capaz de
despertar inúmeras emoções, além de, aos olhos dos alunos, o apresentador que dá nome ao
programa ter sido visto como justiceiro, ao resolver os problemas dos envolvidos. Dessa
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forma, a criança desenvolve sua percepção a respeito do par justo x injusto, e amplia, por
meio da experiência televisiva, sua visão e entendimento de mundo.
Naturalmente, não se defende que programas desse estilo sejam trabalhados
à revelia em sala de aula. A abordagem deverá ser sempre cuidadosa e planejada. Retomando
Rocco, a estratégia deve visar o desenvolvimento da criticidade do aluno.
É preciso lembrar que embora apresente vários pontos positivos, introduzir a
tevê no ambiente escolar ainda é, em muitos casos, difícil, pois o processo ensinoaprendizagem sempre teve como auxiliar majoritário o livro. Daí a importância de unir
linguagem verbal e visual para a construção de diferentes modos de compreender, que
adaptem as novas linguagens que vêm surgindo. Para isso, é fundamental preparar os
professores para que saibam lidar com essa mudança e estejam dispostos a formar alunos
capazes de decodificar as diversas formas de propagação do saber, ampliando assim seus
próprios conhecimentos.
Após as reflexões sobre a presença da TV na educação, é possível partir
para a proposta de Eliana Nagamini, que é mestre em Teoria Literária e Literatura comparada
pela Universidade de São Paulo (USP) e atualmente é professora da Universidade Cruzeiro
Do Sul e doutoranda em Ciências da Comunicação (ECA/USP). Tem experiência nos temas
literatura, educação, comunicação, linguagens e adaptações.
Em seu livro Literatura, televisão, escola: estratégias para leitura de
adaptações (2004), parte da coleção “Aprender e ensinar com textos”, coordenada por
Adilson Citelli e Ligia Chiappini, a autora apresenta estratégias para leituras de adaptações
feitas pela tevê, bem como aponta as divergências entre linguagem literária e televisiva, de
maneira que possa auxiliar o educador no processo pedagógico.
Ao apresentar o livro de Nagamini, a professora da FFLCH / USP, Ivone
Daré Rabello ressaltou que:
A adaptação de obras literárias para outras linguagens é um fato da realidade
cultural da vida contemporânea, e, como tal, pode e deve ser tratado e
trabalhado na sala de aula como mais um instrumento que contribui pra o
desenvolvimento de leitores - aqueles que estão na sala de aula talvez leiam
pouca literatura mas certamente assistem a muito a tevê, apenas decodificando
o imediato e sem indagar-se sobre a significação. (2004, p. 11, grifos do autor)
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Note-se que, para Rabello, em sintonia com as reflexões propostas por
outros pesquisadores, o intuito ao se utilizar as adaptações, não é o de substituir um meio de
ensino, e sim, propor novas estratégias que auxiliem nesse processo.
Nagamini explica que a validade do trabalho com produções adaptadas, dáse porque a presença da literatura na tevê é essencial para a compreensão, por parte do aluno,
das diferentes possibilidades de leituras. Assim como ressalta que as adaptações apresentadas
estimulam o comércio, e consequentemente, a leitura de livros.
Por outro lado, a emissora pode modificar o texto original de acordo com as
suas necessidades, isto é, o texto poderá ser dirigido a um público específico e em função
disso receber uma determinada adaptação que pode tanto adicionar quanto reduzir elementos
da obra literária. Nesse caso, cabe ao leitor analisar se ela sofreu prejuízo ou não. É o que a
pesquisadora propõe para abordagem, em sala de aula, da adaptação para a tevê do livro Auto
da Compadecida.
O livro foi escrito por Ariano Suassuna, que nasceu em 1927, em João
Pessoa, estado da Paraíba. Ainda na infância, mudou-se para Itaperoá, no sertão, onde
permaneceu até os 15 anos, e foi nessa época que formou sua personalidade de sertanejo. Em
1942, foi para o Recife, matriculou-se no Colégio Americano Batista e começou a escrever
para o recém-inaugurado Teatro dos Estudantes, de Pernambuco.
Em 1947, concluiu sua primeira peça intitulada Uma mulher vestida de sol,
também adaptada para televisão anos mais tarde. No ano de 1955, escreveu a sua mais famosa
peça, Auto da Compadecida, baseada em histórias populares nordestinas.
Como o título esclarece, trata-se de um auto, que de acordo com Maussaud
Moisés (2004, p. 45), é uma peça breve, cujo tema é sempre religioso. No caso do livro em
questão, o termo Compadecida diz respeito à Virgem Maria, aquela que se compadece, pois o
desenrolar da história se dá pela intercessão que a santa faz em defesa dos personagens
pecadores.
Nesta peça, os personagens João Grilo e Chicó são amigos que trabalham na
padaria das personagens chamadas simplesmente de Padeiro e Mulher do padeiro, que
maltratam bastante os dois empregados. João Grilo, por vingança dos maus tratos que sofria,
planeja inúmeras peripécias para tirar dinheiro de ambos, tais como fingir que o cachorro da
patroa havia deixado um testamento e o divertido episódio do gato que descome dinheiro, que
João Grilo vende para a mulher do padeiro.
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Com o desenrolar da trama aparecem ainda o personagem Antônio Moraes,
um fazendeiro muito rico que vivia na região, Severino e Cangaceiro, responsáveis pela morte
dos demais personagens. Assim, quando morrem (com exceção de Chicó, Frade e Antônio
Moraes) todos vão para o céu, onde acontecerá o julgamento pelos atos de cada um. Nesse
momento, há a apresentação do Encourado, que tenta apontar as falhas dos personagens para
assim levá-los para o inferno, e em sentido contrário, a Compadecida, que tenta mostrar suas
boas ações no sentido de salvá-los. A palavra final é dada por Manuel, que seria Jesus Cristo.
Ao final, todos são salvos do inferno: o Cangaceiro e Severino vão para o
céu; os personagens Padre, Sacristão, Bispo, Padeiro e Mulher do padeiro vão para o
purgatório. João Grilo é o único que recebe uma nova chance e volta a terra, graças a Virgem
Maria que intercede por todos eles. Ao regressar, João Grilo descobre que ficou com todo o
dinheiro do cachorro da Mulher do padeiro, e frustra-se ao saber que Chicó havia prometido
tudo a Virgem Maria caso o salvasse. Diante da promessa àquela que intercede por ele, João
Grilo não vê saída e acaba por cumpri-la.
Por meio das personagens Sacristão, Bispo e Padre é possível perceber a
contestação daqueles que escondem seus interesses pessoais por trás da batina, bem como os
verdadeiros sentimentos no personagem frade. Além disso, no desfecho, notamos a
intensidade da devoção de João Grilo por Nossa Senhora, quando fala:
[...] Se fosse a outro santo, ainda ia ver se dava um jeito, mas você achou de
prometer logo a Nossa Senhora! Quem sabe se eu não escapei por causa disso?
O dinheiro fica como se fosse os honorários da advogada. Nunca pensei que
essa também aceitava pagamento! (2005, p. 176)
Assim, o autor enfatiza a religiosidade e a devoção do povo nordestino,
baseando-se, conforme aponta Nagamini (2004), em textos anônimos da tradição popular,
como fragmentos do folheto O dinheiro de Leonardo Gomes de Barros (1865-1918), que se
refere ao fato da herança e do enterro do cachorro realizado em latim; o romance popular
anônimo História do cavalo que defecava dinheiro, que inspira o trecho do gato que descome
dinheiro e a gaita que ressuscita mortos ao ser tocada; além do auto popular também anônimo
O castigo da soberba, que corresponde ao julgamento dos pecadores e a intercessão de Nossa
Senhora.
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Na adaptação da obra para a tevê, o início de ambos, livro e minissérie, é
basicamente o mesmo, com a ressalva de que na minissérie foram incluídos alguns
personagens que não fazem parte do texto original e também foram retirados alguns que não
se faziam necessários à linguagem televisiva.
O personagem Palhaço, por exemplo, que na peça tem a função de situar o
espectador, interagindo com o público no seu decorrer, como se nota pelo fragmento: “Peço
desculpa ao distinto público que teve de assistir a essa pequena carnificina, mas ela era
necessária ao desenrolar da história [...]” (2000, p. 116); na minissérie não apareceu e sua fala
diluiu-se na narrativa, visto que os próprios cenários e a atuação dos atores situam o
espectador.
Em uma comparação entre obra e minissérie, há ainda, mais dois
personagens que foram omitidos na minissérie: o Sacristão e o Encourado. Na mesma
proporção, na minissérie há o surgimento de três novos personagens: Rosinha, Vicentão e
Cabo Setenta, porém esses personagens apresentados pela tevê não surgem do imaginário do
adaptador, elas são derivadas das peças O santo e a porca (1957), e A pena e a lei (1959), do
mesmo autor da obra.
Partindo desses elementos, Nagamini propõe a abordagem que utiliza o livro
e a minissérie como instrumentos didático-pedagógicos em sala de aula. Sua proposta busca
articular as vivências do professor às atividades de pesquisador numa feliz união entre
docência e pesquisa. Também propõe a interação entre literatura, televisão e escola, através da
leitura comparada entre a TV e o livro, lembrando sempre que o professor precisa restringir
seu trabalho ao tempo de exibição do programa.
Por meio da estratégia sugerida, pode-se trabalhar com a análise da
caracterização dos personagens e a sua composição pelos atores, assim como discutir a
construção do cenário das duas obras. Outra maneira é propor aos alunos uma encenação da
peça ou de partes dela. Para isso, o professor deve se utilizar primeiro do livro e estimular
momentos de discussão e descoberta da obra literária na escola, e em seguida analisar a
adaptação para que se comparem as possíveis semelhanças ou diferenças entre elas.
Segundo Nagamini, ao integrar as duas linguagens, tem-se por objetivo
“fornecer um conjunto de referências teóricas e práticas sobre o processo de transposição e
possíveis contribuições para a formação do leitor no espaço escolar” (2004, p. 19).
Ainda nas palavras da pesquisadora:
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Procuramos mostrar como as adaptações podem se constituir em poderosa
instância para ampliar e diversificar a leitura, tanto de textos ficcionais,
literários, como da própria linguagem televisiva.
E importante destacar que o desenvolvimento do estudo das adaptações não
reduz o trabalho com a Literatura, ao contrário, pode trazer novas discussões
para a sala de aula, na medida em que opera com a linguagem literária e da TV,
estabelecendo um diálogo entre Literatura e Comunicação. (NAGAMINI,
2004, p. 206).
A estratégia apresentada pela autora, sem dúvida, é muito válida e
interessante, e tem o intuito de trabalhar com a televisão, daí a escolha recair sobre a
minissérie. Destacamos, porém que, para a sala de aula, devido à falta de tempo, talvez seja
mais recomendável que o professor utilize o filme ao invés da minissérie em função de o
primeiro ser mais curto.
O texto de Ariano Suassuna, Auto da Compadecida, é um excelente
exemplo de aplicação dessa proposta, pois seu conteúdo é bem conhecido e divertido. Além
disso, tem uma linguagem informal e de fácil assimilação. Importante destacar que também
podem ser trabalhados em sala de aula obras como Vidas Secas, de Graciliano Ramos,
Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, Dom Casmurro, de
Machado de Assis, O primo Basílio, de Eça de Queirós, entre outros.
Assim, concluímos que a tevê pode ser um instrumento de grande utilidade
na sala de aula, pois abordar sua interação com o livro proporciona ao aluno o contato com
diferentes linguagens. Desse modo, é fundamental que o professor aponte as especificidades
de cada criação e extraia os pontos em comum e os divergentes, para que o aluno possa, em
sua leitura, captar conhecimentos que enriqueçam sua compreensão.
Referências
AUTO da Compadecida (minissérie completa). Direção de Guel Arraes. Brasil: Sony
Pictures, 2000. 2DVDs (104 min.). son., color.
BRITO, João B. Texto literário e filme: como ler o confronto? In:______. Literatura no
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MAGALDI, Sylvia. É possível educar com a TV? In: TVE BRASIL. Debate: televisão e
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<http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/dte/tetxt5.htm>. Acesso em: 10 ago. 2009.
MOISÉS, Massaud. Auto. In: ______. Dicionário de termos literários. 12. ed. rev. e ampl.
São Paulo: Cultrix, 2004.
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NAGAMINI, Eliana. Literatura, televisão e escola: estratégias para leitura de adaptações. São
Paulo: Cortez, 2004.
RABELLO, Ivone Daré. O trabalho de leitura. In: NAGAMINI, Eliana. Literatura, televisão e
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ROCCO, Maria T. F. Leitura e escrita na escola: algumas propostas. Em Aberto, ano 16, n.
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SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. Rio de Janeiro: Agir, 2005.
Para citar este artigo:
LOPES, Juliana Cristina; ALVES, Laís Francielle; PEREIRA, Tânia Regina. Auto da
Compadecida: o livro e a minissérie em sala de aula.In: VII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA SÓLETRAS - Estudos Linguísticos e Literários. 2010. Anais... UENP –
Universidade Estadual do Norte do Paraná – Centro de Letras, Comunicação e Artes.
Jacarezinho, 2010. ISSN – 18089216. p. 406 -413.
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Juliana Cristina Lopes