4 | Jornal Médico julho 2015 Entrevista Rui Santos Ivo, presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS): “Estamos empenhados na melhoria da governação económico-financeira das instituições do SNS” Rui Santos Ivo preside à Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) desde setembro de 2014, depois de 3 anos como vice-presidente. Em entrevista à Just News, comenta a situação económico-financeira do SNS, aborda a questão dos concursos para colocação de médicos de MGF e faz uma análise à atividade do Centro de Conferência de Faturas. Just News ( JN) – Que análise faz à situação económico-financeira do SNS? Rui Santos Ivo (RSI) – O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem prosseguido uma trajetória de sustentabilidade e de ganhos em saúde que se traduzem na melhoria de diversos indicadores de saúde e no aumento do acesso a cuidados de saúde, apesar do ambiente de crise económico-financeira e da vigência, até ao ano passado, do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF). Podemos dizer que apresenta hoje uma situação financeira equilibrada e com bons indícios de sustentabilidade futura, comparativamente ao início do PAEF, em que o EBITDA dos hospitais do setor empresarial do Estado era de 243 milhões de euros negativos, passando para 28 milhões de euros positivos em 2014. Já a dívida do SNS a fornecedores era de 3249 mil milhões de euros, reduzindo-se para 1493 milhões de euros, em maio de 2015. As várias medidas desenvolvidas, seja ao nível da organização dos serviços, na área do medicamento, o pagamento das dívidas, o modelo de financiamento e contratualização, permitiram poupanças nos custos operacionais e também reforçar a situação financeira das instituições hospitalares e das ARS. Este foi um trabalho de todo o SNS, cujos resultados são reveladores de uma gestão eficaz, equilibrada, responsável e transparente, com ganhos em termos de acesso e qualidade para a população. Devo, a este propósito, salientar o esforço efetuado por parte da Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. (ACSS), em estreita articulação com o Ministério da Saúde, em particular o trabalho desenvolvido ao nível da melhoria da governação económico-financeira das instituições, bem como do rigor no seu acompanhamento, através de um conjunto de procedimentos e instrumentos de monitorização que importará continuar a aprofundar. Destaco também o benchmark de indicadores publicados regularmente no microsite de monitorização do SNS, que divulga informação sobre o desempenho económico-financeiro e assistencial dos hospitais e dos CSP. Mais recentemente, e nesta linha de objetivos, a ACSS criou uma unidade dedicada ao Acompanhamento da Atividade Hospitalar. JN – A dívida aos fornecedores tem vindo a cair nos últimos anos, tendo sido, inclusive, um dos objetivos acordados com a Troika. Num momento de crise, como foi possível esta diminuição da dívida? RSI – O pagamento das dívidas aos fornecedores, essencial ao saneamento financeiro do SNS, permite evoluir para um quadro de normalidade na relação com as empresas de bens e serviços, em particular de medicamentos e dispositivos médicos. Este esforço para a sustentabilidade do SNS exigiu o empenho de todos, conjugado com outras medidas estruturantes, como os acordos com a indústria farmacêutica, os processos de aquisição pública de bens e serviços, bem como o combate ao desperdício e à fraude. Importa, ainda, frisar que o pagamento destas dívidas contribui para a atividade de todo um setor económico de indústrias da saúde, com especial importância ao nível da exportação de medicamentos e outros serviços e o reforço das atividades de investigação. No fim de 2014, o valor de pagamentos a fornecedores em atraso dos hospitais E.P.E. era de 560 milhões de euros, mais de 300% abaixo do existente no final de 2011 – 1830 milhões de euros. JN – Que balanço faz dos concursos para recrutamento para profissionais de saúde? RSI – O balanço que faço é muito positivo, pois, os últimos anos significaram a retoma da realização de concursos de recrutamento, nomeadamente nas carreiras médica e de enfermagem, bem como o reforço dos processos de planeamento e a coordenação com as ARS e tendo em atenção a oferta e as necessidades existentes. Foi também possível concluir processos atrasados há vários anos, em particular os concursos para o grau de consultor da carreira médica, alguns que se arrastavam desde 2002. A par destas ações, têm vindo a ser efetuados recrutamentos em todas as carreiras e grupos de trabalhadores, incluindo o recurso a processos de contratação urgente prevista no estatuto dos hospitais E.P.E., somando mais de 3 mil contratações em 2013, 2014 e 2015. De 2012 a 2015, foram publicitadas 4972 vagas para médicos especialistas e só em 2015 já foram contratados mais de 1184 enfermeiros, em adição aos mil de 2014. Para 2015 estava prevista a contratação de 2 mil profissionais de enfermagem, valor que estimamos vir a ser largamente ultrapassado. Também neste período, em coordenação com a Ordem dos Médicos e os restantes órgãos do internato médico, foi feito um grande esforço no sentido de aumentar as vagas do internato médico, nomeadamente em especialidades com elevada carência, como é o caso da MGF. Em 2011, as vagas disponíveis para ingresso no ano comum eram de 1526 e este ano foram de 1950. Esta é claramente uma medida que terá os seus resultados a médio prazo. No espaço de três anos, foram já contratados cerca de 1200 médicos de família. Ao nível do tipo de concursos e para responder às necessidades, foi dado pleno uso a uma possibilidade existente na legislação que assenta em procedimentos destinados apenas aos médicos que terminam cada época do internato, visando assim colocar os médicos disponíveis onde são mais necessários. Foram, em paralelo, abertos concursos destinados a qualquer médico, com vínculo ou não ao SNS, os quais têm permitido trazer alguns médicos para o SNS, e também promover a mobilidade intrainstituição e inter-região – estes resultados, frequentemente, não são compreendidos e têm gerado polémicas equívocas, muitas vezes decorrentes de desconhecimento das regras em vigor sobre concursos na Administração Pública. Tem igualmente havido concursos em todas as modalidades, de âmbito nacional, regional e institucional. Mas o certo é que, no caso da carreira médica, o SNS tem contratado e recrutado todo e qualquer médico qualificado que esteja disponível para nele trabalhar. Ainda no que concerne à carreira médica, desde o início do PAEF, o número total de médicos no SNS passou de 24.074 para 25.710, em 2015. Na carreira de Enfermagem, com a contratação de 1184 enfermeiros em 2015, inverte-se a tendência de diminuição do total de enfermeiros no SNS, passando já no início do segundo semestre de 2015 para mais de 39 mil profissionais. JN – Num momento em que se tem discutido a questão dos concursos, a propósito da colocação de médicos especialistas em MGF, quer explicar-nos os objetivos dos concursos abertos e fechados no SNS? RSI – Os objetivos são muito claros. Os concursos ditos ”fechados” decorrem de uma norma prevista no regime do internato médico e destinam-se a colocar médicos que terminam as épocas da formação médica especializada, o internato médico. julho 2015 Jornal Médico | 5 Entrevista Por norma, são desenvolvidos dois concursos anuais, após a conclusão da primeira e da segunda épocas do internato médico, em geral em maio-junho e novembro. Os concursos ditos “abertos” correspondem ao regime geral da Administração Pública, significando que aos mesmos podem concorrer os já funcionários e todo e qualquer trabalhador externo. No SNS, tem-se recorrido a este tipo de concursos para a especialidade de MGF, para algumas especialidades hospitalares e para enfermeiros. Pode concorrer a estes concursos qualquer médico ou enfermeiro, do setor privado, social ou de fora do país, desde que detentor das respetivas qualificações académicas e profissionais. No caso dos médicos de família, este mecanismo contribuiu para que o SNS absorva profissionais de fora do seu universo e dê uma resposta mais ajustada às necessidades das regiões carenciadas e/ou periféricas. JN – O que está a ser feito para atrair os médicos de MGF para zonas carenciadas? RSI – As regiões com maiores carências são, atualmente, o Algarve e Lisboa e Vale do Tejo com taxas de cobertura de 73,7% e 77,8%, respetivamente, e ambas as regiões com evoluções positivas face a 2014. Para além dos processos de colocação dos médicos que terminam o internato, e com o objetivo de reduzir as desigualdades de acesso dos utentes aos CSP, foram aprovados incentivos remuneratórios para fixar médicos de MGF e de outras especialidades em zonas geográficas mais carenciadas. Também procedemos à contratação de médicos aposentados – cujo regime foi recentemente melhorado – e alguns de nacionalidade estrangeira e continua a ser promovido um regime especial de mobilidade geográfica. Uma outra medida que começará a ter efeitos no final do corrente ano decorre do aumento significativo das vagas do internato médico que ocorreu nos últimos anos. Não podemos esquecer que nestes anos os médicos de família disponíveis para colocação são aqueles que entraram no internato entre 2008 e 2011. Nesses anos entraram, em média, cerca de 300 médicos especialistas em MGF por ano, sendo que de 2011 até 2015 entraram, em média, mais de 450 por ano. Isto significa que, a curto prazo, o SNS disporá de médicos suficientes para completar a cobertura de utentes nos CSP, mesmo considerando as aposentações. Com este propósito, iniciámos a publicação regular de informação dos utentes por médico de família, por ACES e respetivas unidades funcionais de prestação de cuidados de saúde, o que, de forma transparente, deve promover uma melhor dinâmica na gestão dos recursos disponíveis e das necessidades de utentes, possibilitando assim o conhecimento das práticas a nível nacional e a plena responsabilização de todos os intervenientes. JN – Que análise faz relativamente aos concursos de progressão na carreira médica, destacando-se o grau de consultor e de assistente graduado sénior? RSI – O importante na carreira médica é o conjunto de medidas que vêm sendo concretizadas desde o Acordo celebrado em 2012 e que permitiu valorizar e retomar verdadeiramente a carreira, com concursos de ingresso, concursos de habilitação ao grau de consultor e concurso para assistente graduado sénior. Volto a salientar que neste período foram concluídos os concursos para grau de consultor de 2002 e 2005, que se encontravam parados, num total de 2816 médicos. Estão agora a decorrer mais dois concursos, um de 2012, com 2233 candidatos – com 58 júris com trabalhos concluídos – e outro de 2015, com cerca de 1300 candidatos. Isto introduz normalidade nos ciclos bienais previstos para a abertura destes concursos. Para a categoria de assistente graduado sénior foram desenvolvidos dois concursos, um de 130 vagas, em 2013, e outro mais recente, com 140 vagas, reforçando a orientação de desenvolver o acesso a todas as categorias da carreira médica. Está um terceiro em preparação. Sendo relevante o progresso efetuado na carreira médica, importa referir que a ACSS tem vindo a trabalhar ativamente em medidas semelhantes para a carreira de Enfermagem e, também, para outras, como a de técnicos de diagnóstico e terapêutica e de técnicos superiores de saúde. Estas últimas estão, aliás, em fase de revisão dos respetivos quadros legais, em particular para as 18 profissões de técnicos de diagnóstico e terapêutica, para os farmacêuticos, os psicólogos e os nutricionistas, bem como os demais técnicos superiores de saúde. Espero, sinceramente, que estas ações de reforço das várias carreiras de profissionais de saúde sejam concluídas até final do ano, permitindo criar as condições necessárias à evolução. São ações de importante estímulo a todos os profissionais que diariamente contribuem para os excelentes resultados do SNS. JN – Relativamente à revisão de carreiras, como reage às críticas da FNAM, que considera a nova legislação “uma destruição da formação e das carreiras médicas”? RSI – Tenho muita dificuldade em compreender tal posição, pois, como a FNAM bem sabe, visto que tem participado ativamente nos diferentes processos negociais, incluindo o que ainda decorre, o que foi feito nos últimos anos tem resultado exatamente na situação inversa à que descreve. As medidas tomadas recriaram condições para a valorização da carreira médica, melhorando as condições remuneratórias e de progressão. Aliás, quero referir que, nestes processos, a ACSS teve uma participação muito ativa, mobilizando muitos recursos técnicos, sendo com grande satisfação que avalio os bons resultados alcançados. Suponho que a razão da sua questão decorre da recente revisão do internato médico. Que também visou precisamente o oposto! O processo de revisão traduziu-se num longo processo negocial, que começou em 2011, contando com a participação de todos os parceiros, incluindo a FNAM, e que está agora a ter o seu corolário. Aliás, este processo decorre das propostas de um grupo de trabalho concluídas em 2012 e no qual os sindicatos médicos, FNAM e SIM e a Ordem dos "A curto prazo, o SNS disporá de médicos suficientes para completar a cobertura de utentes nos CSP, mesmo considerando as aposentações." Médicos participaram ativamente. Com a revisão do regime jurídico do internato médico pretendeu-se, acima de tudo, agilizar o processo, melhorar as condições da formação médica especializada, com vista a responder mais adequadamente às necessidades dos candidatos e do sistema de saúde, concretamente no que respeita à garantia da qualidade da formação médica e tendo presente a profissionalização introduzida com o 6.º ano do Mestrado Integrado em Medicina, matéria esta que vai ser analisada por um grupo de trabalho criado pela nova legislação. JN – Que mais-valias traz a alteração do regime de licenciamento das unidades de saúde? RSI – O regime de licenciamento das unidades privadas de saúde foi totalmente revisto, em termos jurídicos e de requisitos técnicos. Foi possível modernizar toda esta realidade que, em muitos casos, mantinha regras duais e conflituantes, gerando custos de contexto desnecessários e criando dificuldades na sua aplicação, ainda com indefinição das entidades responsáveis pelo mesmo. A ACSS coordenou e desenvolveu todo este processo que, em 2014, ficou concluído, com a aprovação de um novo regime de licenciamento das unidades de saúde que, mantendo a qualidade e segurança na prestação de serviços, teve como objetivo essencial simplificar processos, reduzir custos aos operadores e aumentar a responsabilização dos prestadores privados, sem comprometer a qualidade e melhorar a transparência do relacionamento entre o Estado e estas entidades privadas. O Governo instituiu como entidade coordenadora do licenciamento a Entidade Reguladora de Saúde (ERS), continuando a ser necessário haver um esforço colaborativo entre a ERS, a ACSS e as ARS para assegurar a implementação do novo sistema de licenciamento. E, igualmente, em boa colaboração com a Direção-Geral da Saúde e as ordens profissionais. Considero essencial este novo quadro em que devem operar os prestadores sociais e privados, sendo que o mesmo irá também contribuir positivamente para um outro processo em curso, o da renovação do regime de convenções. JN – Como está a decorrer a atividade do Centro de Conferência de Faturas? RSI – A avaliação que faço é muito positiva. Em 2014 o Centro de Conferência de Faturas (CCF) iniciou um novo ciclo de atividade, com o segundo contrato e um novo operador (2014-2016). Trata-se de um instrumento essencial à boa gestão, dos serviços fornecidos por operadores privados, desde as farmácias às unidades privadas de saúde, em especial nas áreas do medicamento, dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica e de cuidados continuados. Para termos uma ideia da dimensão desta atividade, em 5 anos, foram conferidos 450 milhões de documentos, num valor total de 8 mil milhões de euros, dos quais resultou o apuramento de 150 milhões de euros em irregularidades. O volume financeiro abrangido pela conferência passou de 1,4 mil milhões de euros, em 2011, para 1,7 mil milhões, em 2014, representando já mais de 50% do universo potencial para conferência. O CCF começou a atuar essencialmente na área do medicamento, mas as áreas foram sendo alargadas, primeiro para os MCDT e depois para os cuidados de diálise e os cuidados continuados integrados. Está em implementação a conferência dos cuidados respiratórios domiciliários e em fase de desenvolvimento um processo específico para os medicamentos dispensados em farmácia hospitalar. Em paralelo, o SNS tem vindo a evoluir para processos eletrónicos, estando em fase de implementação a desmaterialização do processo de prescrição e dispensa de medicamentos, bem como a faturação eletrónica, os quais se traduzirão em maior rapidez e eficiência. O CCF é uma importante ferramenta de eficiência na utilização dos dinheiros públicos e um poderoso meio de combate à fraude, área que continua a ser reforçada e alargada. Através da ACSS, o CCF dá ainda suporte às atividades do grupo interinstitucional de combate à fraude e de resposta a processos que se encontram em investigação judicial. Para além de contribuir para a deteção de erros e potenciais situações de fraude, que são depois investigadas, o CCF atua como meio de prevenção e dissuasão de práticas irregulares. JN – Quais são as principais áreas que beneficiam com os fundos europeus Portugal 2020? RSI – O Programa Portugal 2020 irá funcionar como promotor e facilitador do acesso aos diferentes fundos, em coordenação com as ARS, no âmbito de uma equipa criada para o efeito. Concretamente, e tal como resulta do Decreto-Lei n.º 137/2014, a Comissão Interministerial de Coordenação (CIC Portugal 2020) homologou a designação da ACSS, enquanto organismo intermédio do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE). Neste papel, ficará responsável pela coordenação técnica de tipologias que visam a “promoção da inclusão social e combate à pobreza e à discriminação” e o “acesso a serviços sustentáveis, de grande qualidade e a preços comportáveis, mormente cuidados de saúde e serviços sociais de interesse geral”, o que passará pela formação de profissionais do setor da saúde, sensibilização e (in)formação no âmbito das reformas nos serviços sociais e de saúde e suporte ao doente em casa/na comunidade através do uso de tecnologias. JN – Por que razão a ACSS mudou para o Parque de Saúde? RSI – A mudança de instalações para o Parque de Saúde de Lisboa prende-se com uma estratégia de otimização de recursos e meios que tem vindo a ser desenvolvida no âmbito do Ministério da Saúde e que se enquadra no Programa de Reorganização e Ocupação do Espaço (PROE), desenvolvido pela ACSS em conjunto com a Secretaria-Geral do Ministério e o Gabinete do Senhor Ministro da Saúde. No caso da ACSS, a concentração de serviços no Parque de Saúde de Lisboa corresponde a uma etapa de consolidação da instalação da instituição em edifícios próprios, a qual tivera uma primeira fase de concentração dos serviços em dois edifícios fronteiros na Avenida João Crisóstomo, mas arrendados, pondo fim a uma dispersão de serviços e colaboradores em 6 edifícios espalhados pela cidade de Lisboa. Essa realidade, para além de fortemente geradora de ineficiências e elevados custos, levava à falta de articulação e contacto entre os serviços. Com esta mudança, a ACSS criou melhores condições de trabalho para os seus colaboradores e permitiu-lhe consolidar a redução de custos em manutenção de edifícios e rendas já antes iniciada, ocupando edifícios património do Estado e, no caso da ACSS, gerar uma poupança de cerca de 500 mil euros por ano. O Parque de Saúde de Lisboa já acolhe vários organismos da área da saúde, para além do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, o INFARMED, o Centro Regional de Lisboa do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, entre outros. O edifício sofreu algumas obras de remodelação e posso dizer que estamos muito bem instalados e que os colaboradores estão satisfeitos, pois, o local é não só aprazível como dispõe de condições logísticas que facilitam o dia-a-dia de todos quantos aqui trabalham. Perfil Licenciando-se em 1987, Rui Santos Ivo iniciou a sua carreira profissional como farmacêutico hospitalar no Hospital Egas Moniz, em Lisboa. Foi vice-presidente do INFARMED (1994-2000) e, posteriormente, presidente (2002-2005). Entre 2000 e 2005, foi também administrador e membro eleito para o CA da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), em Londres, e de 2006 a 2008 trabalhou para a Comissão Europeia. De 2008 a 2011, foi diretor executivo da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) e em 2011 foi nomeado vice-presidente da ACSS. É professor auxiliar convidado na Faculdade de Farmácia da UL.