Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental
Componente curricular: BIOINDICADORES AMBIENTAIS
Aula 1-2
Professor Antônio Ruas
1. Créditos: 30
2. Carga horária semanal: 2 (4 concentradas)
3. Semestre: 1°
4. Ementa.
5. Roteiro: ver impresso
I. Ementa
Ementa:
Estudo dos principais bioindicadores ambientais, ênfase em organismos
aquáticos. Noções teóricas e práticas de coleta, e acondicionamento das
amostras. Análise laboratorial de amostras biológicas e identificação dos
organismos mais representativos. Análise de dados, aplicação de índices,
interpretação dos resultados obtidos e elaboração de relatórios.
• III. Objetivos
Objetivo(s):
Proporcionar aos alunos conhecimento básico sobre qualidade de vida,
indicadores gerais e bioindicadores de qualidade do ar e da água. Criar
situações de experiências em pesquisa bibliográfica, de campo e de
laboratório envolvendo bioindicadores, com relatos científicos destas práticas
em trabalhos escritos e seminários.
Cronograma/Conteúdo Programático:
Data Nº da
Assunto
Aula
Apresentação da disciplina. Introdução aos seminários.
02/03
1
Vídeo e debate sobre tema relacionado à Ecologia.
Introdução aos indicadores ambientais, bioindicadores,
16/03
2
percepção sobre o tema. Conceitos e importância.
Bioindicadores da qualidade do ar. Relações com
parâmetros gerais de qualidade de vida. Trabalho
solicitado:
importância
da
qualidade
do
ar
e
23/03
3
indicadores importantes.
Bioindicadores da qualidade da água 1. Relações com
30/03
4
parâmetros gerais de qualidade de vida
Bioindicadores da qualidade da água 2. Trabalho
solicitado: importância da qualidade da água e
06/04
5
indicadores importantes.
Introdução à fitorremediação. Trabalho de campo e
laboratório. Observação e coleta de material em curso
13/04
6
contaminado e poluído.
Bioindicadores da qualidade da água 4.
Bactérias e
algas.
Organismos
macrobentônicos:
estudo
à
20/04
7
distância.
Bioindicadores da qualidade da água 5. Diversidade
27/04
8
ecológica e qualidade da água.
04/05
9
Avaliação I.
11/05
10 Avaliação II. Apresentação de seminários 1.
18/05
11 Avaliação III. Apresentação de seminários 2.
25/05
12 Avaliação geral da disciplina e recuperação.
Metodologia do Ensino:
Desenvolvida com aulas expositivas construtivas para a integração dos
temas abordados nos enfoques biológicos, ecológicos e aplicados,
complementados com saída de campo e práticas de laboratório.
É composta também de estudo e trabalho em grupos para preparação de
seminários, sobre os grupos. de bioindicadores estudados. Está facultado o
acesso dos alunos a materiais de aula no sítio http://professorruas.yolasite.com/
Critérios de Avaliação:
Serão realizadas três avaliações, equivalentes a dez (10).
A primeira avaliação consiste em prova teórica com questões objetivas de
escolha simples, múltipla ou dissertativas.
A segunda avaliação consiste na apresentação dos trabalhos solicitados em
aula e dos relatórios referente às práticas de campo e laboratório (grupos de
2-5 integrantes).
A terceira avaliação consiste da apresentação de seminário resultante de
trabalho dos grupos (2-5 integrantes) sobre bioindicadores. Neste avaliação
50% da nota refere-se ao texto em forma de artigo e 50% refere-se à
apresentação oral do trabalho.
Critério de avaliação: o conceito deriva da média aritmética das três
avaliações (P1, P2 e P3). O aluno deverá atingir média final igual ou superior
a 6,0 para aprovação, sendo os conceitos assim distribuídos: |6,0-7,5 (C);
|7,5-9,0 (B); |9,0-10| (A). Os arredondamentos são realizados na primeira
casa decimal segundo critério estatístico.
Ocorrerá uma recuperação na forma de exame final, dissertativo, para os
alunos que não alcançarem a média seis
Sugestões de assuntos para os seminários:
1. Projeto de monitoramento da qualidade da água com a utilização de
bioindicadores.
2. Projeto de monitoramento da qualidade do ar a utilização de
bioindicadores.
Referências Bibliográficas Básicas (Leituras Obrigatórias):
FELLENBERG, G. 1980. Introdução aos problemas da poluição
ambiental. Editora
Pedagógica e Universitária Ltda. São Paulo. 196p.
KLEEREKOPER, H. 1990. Introdução ao estudo da Limnologia, Segunda
edição.
Editora da Universidade/ UFRGS, Porto Alegre. 329p.
KNIE, J.L. W. & LOPES, E.W.B. 2004. Testes ecotoxicológicos: métodos,
técnicas e
aplicações. Gráfica Coan, Florianópolis, SC, 289p.
MAIA, N.B.; MARTOS, H.L. & BARRELLA, W., 2001. Indicadores
ambientais:
conceitos e aplicações. EDUC – Editora da PUC – SP, 285p.
MARTOS, H.L. & Maia, N.B., 1997. Indicadores Ambientais. Sorocaba,
266p.
• II. Referências bibliográficas
Referências Bibliográficas Complementares:
MAGALHÃES, A. P. Jr. 2007. Indicadores Ambientais e Recursos
Hidricos. Editora Bertrand Brasil, 688p..
PEREIRA, N. S. 1981. Terra Planeta Poluído. 1º Volume. Sagra Editora e
Distribuidora
Ltda. Porto Alegre, 170p.
PEREIRA, N. S. & PEREIRA, J. Z. F. 1983. Terra Planeta Poluído. 2º
Volume. Sagra
Editora e Distribuidora Ltda. Porto Alegre, 208p.
PINTO-COELHO, R. M. 2002. Fundamentos em Ecologia. Editora Artes
Médicas Sul
Ltda, Porto Alegre. 252p.
• O que são bioindicadores?
• Bioindicadores são espécies, grupos de espécies ou
comunidades biológicas cuja presença, quantidade e distribuição
indicam a importância de impactos ambientais em um
determinado ecossistema. Vêm sendo aplicados principalmente
aos ambientes aéreo e aquático.
• As plantas bioindicadoras, devido sua sensibilidade às
alterações no ambiente, oferecem significativa resposta aos
poluentes atmosféricos, apresentando modificações em suas
estruturas.
• No ambiente aquático, numerosos grupos de organismos são
usados para indicar condições ecológica e alterações antrópicas.
• Qualidade de vida, percepção e bioindicadores.
• Bassani, M. cita Neri (1997) para definir qualidade de vida:
• " um constructo multidimensional referenciado a critérios sociais normativos
e intrapessoais, a respeito das relações atuais, passadas e prospectivas que o
indivíduo maduro ou idoso faz de suas relações com o meio ambiente".
• Avaliar esta definição. Procurar confluências com a definição de
Promoção da Saúde, baseadas na Conferência de Ottawa (1986):
• "...o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua
qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação no controle desse
processo. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social,
os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer
necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente... Assim, a
promoção à saúde não é responsabilidade exclusiva do setor da saúde, e vai
para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global."
•
• Qualidade de vida, percepção e bioindicadores.
• Numa dimensão de psicologia ambiental, a autora ainda
menciona a qualidade ambiental como indicador de qualidade de
vida, segundo Wiesenfeld (1995):
• " qualidade ambiental é um termo complexo e multidimensional que engloba
os diferentes componentes da avaliação ambiental. Baseia-se em noções
extraídas das referências pessoais do indivíduo e para cada classe de
edificações ambientais, (residências, oficinas, escolas) com o que se obtêm os
elementos salientes do contructo para cada dimensão e se adquire uma
informção completa sobre o indicadores objetivos e subjetivos da qualidade
ambiental"
• Depreende-se que qualidade ambiental está relacionada a
conceitos, ações antrópicas e percepções.
• O uso de bioindicadores dependerá de definições àcerca
destas dimensões.
•
• Qualidade de vida, percepção e bioindicadores.
• Finalizando esta parte, a autora apresenta os fenômenos
estudados na psicologia ambiental:
• Espaço pessoal;
• Privacidade;
• Territorialidade;
• Aglomeração;
• Commons;
• Estresse.
• Utilização de bioindicadores de poluição em condições
temperadas e tropicais.
• Conceituações importantes:
• Bioindicação, com origem na ecotoxicologia, o uso dos seres
vivos para a verificação e avaliação dos efeitos da poluição
ambiental, no ar, água ou solo.
• Emissão, do poluente;
• Dispersão, no meio ambioente;
• Imissão, de origem alemão, as concentrações ambientais;
• Efeitos, do poluente na saúde ambiental.
• Utilização de bioindicadores de poluição em condições
temperadas e tropicais.
• Conceituações importantes:
• Bioindicadores:
• Qualquer ser vivo é um bioindicador, porque reage com as
alterações ambientais.
• Arndt (1996), especifica como "organismos ou comunidades
que reagem a alterações ambientais com a modificação de suas
funções vitais normais e/ou da sua composição química,
permitindo conclusões a respeito das condições ambientais".
igem na ecotoxicologia, o uso dos seres vivos para a verificação e
avaliação dos efeitos da poluição ambiental, no ar, água ou solo".
•
• Utilização de bioindicadores de poluição em condições
temperadas e tropicais.
• Conceituações importantes:
• Bioindicadores de reação, resposta ou sensitivos:
• Indicadores da presença de estressores, ou agentes poluentes.
• São detalhados como organismos apontadores ou indicadores
ecológicos. Indicam o impacto da poluição através de mudanças
populacionais, desaparecimento ou redução em indicadores de
diversidade.
• Podem ser usados como monitores passivos, ou organismos
presentes, quando a avaliação é principalmente qualitativa.
• Fitorremediação, fitorremediadores.
•
• Utilização de bioindicadores de poluição em condições
temperadas e tropicais.
• Uso dos bioindicadores de poluição:
• Verificação do impacto da poluição;
• Integração de fatores endógenos e externos, conceito aplicado
às plantas bioindicadoras principalmente.
• Detecção de estresse crônico.
• Prova de impacto;
• Informar causas do efeito observado;
• Demonstrar a distribuição espacial do impacto;
• Inferir riscos potenciais;
• Complementar o monitoramento físico e químico.
• Exercício.
• Qual a importância dos bioindicadores e como podem ser
usados em programas ambientais no Brasil?
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Bioindicadores - Professor Antônio Ruas