CÉLULA ORGANÓIDES CITOPLASMÁTICOS Unidade estrutural básica do ser vivo É a menor unidade estrutural básica do ser vivo. É descoberta em 1667 pelo inglês Robert Hooke, que observa uma célula de cortiça (tecido vegetal morto) usando o microscópio. O corpo humano tem cerca de 100 trilhões de células. CÉLULA ANIMAL CÉLULA VEGETAL Cito plasma Célula liquído CÉLULA VEGETAL MEMBRANA PLASMÁTICA Formada por uma dupla camada de fosfolipídios, bem como por proteínas espaçadas. Algumas proteínas estão associadas a glicídios, formando as glicoproteínas. Controla a entrada e a saída de substâncias. Citoesqueleto Sustentação • É uma estrutura formada por um emaranhado de fibras protéicas como a actina e miosina responsáveis pela contração e distensão muscular. CITOESQUELETO • O citoesqueleto forma um arcabouço interno para o grande volume do citoplasma, sustentando-o da mesma forma que uma estrutura metálica sustenta um prédio. • As diferentes atividades do citoesqueleto dependem de três diferentes tipos de filamentos protéicos: Filamentos de Actina Microtúbulos Filamentos Intermediários Ribossomos Subunidade menor Subunidade maior Fusão das subunidades São estruturas citoplasmáticas formadas por duas subunidades proteícas revestidas por uma fita de RNAribossômico. Sua função no citoplasma é de produzir proteínas (síntese proteíca). Estas organelas podem ser encontradas em qualquer célula por isso podem ser chamadas de organelas universais. Origem dos Ribossomos S= Svedberg, descreve a taxa de sedimentação durante a centrifugação, que depende do tamanho, peso e forma da partícula RIBOSSOMOS BACTERIANOS O Prêmio Nobel de Química de 2009 foi concedido a três cientistas: os norte-americanos Venkatraman Ramakrishnan e Thomas Steitz e a israelense Ada Yonath. Os estudos realizados por eles sobre os ribossomos abriram caminhos para a produção de novos antibióticos. Seus trabalhos foram os primeiros a mostrar imagens dos ribossomos com uma definição que permitia interpretar as posições atômicas da estrutura, facilitando o entendimento de sua conformação e funcionamento. Ribossomos produzem proteínas que, por sua vez, controlam a química em todos os organismos vivos. Hoje, os antibióticos curam várias doenças por meio do bloqueio da função dos ribossomos bacterianos. Se o ribossomo não funciona, a bactéria não pode sobreviver. É por isso que os ribossomos são um importante alvo para novos antibióticos. RIBOSSOMOS Nos eucariontes, além de dispersos, aparecem associados ao Retículo Endoplasmático, sendo este denominado rugoso ou granular = ergastoplasma. Os ribossomos associam-se ao RNAmensageiro para formar os polissomos ou polirribossomos. Possíveis destinos das proteínas Retículo Endoplasmático É um conjunto de canais presentes no interior da célula, formados pela invaginação da MP. Retículo Endoplasmático Estes canais apresentam funções específicas Rugoso como o transporte de substâncias, desintoxicação celular e formação de aminoácidos. Em algumas regiões de sua superfíce Retículo encontramos ribossomos fixados, Endoplasmático realizando síntese proteíca Liso E nas regiões onde não existem ribossomos ocorre intensa síntese de lipídios Retículo endoplasmático rugoso ou granular Retículo endoplasmático liso ou agranular Retículo Endoplasmático O Retículo forma vesículas de secreção ou de transporte que levarão suas produções para o Complexo de Golgi. Retículo endoplasmático agranular 1. A principal reação química de desintoxicação realizada pelo retículo agranular é a tranformação da amônia em uréia. OBS: 75% do sangue que chega ao fígado, leva substâncias importantes, como as vitaminas e as proteínas. No entanto, chega também a amônia produzida no intestino e derivada especialmente de proteínas animais para ser transformada em uréia. Se o órgão estiver lesionado, a amônia passará direto para a circulação e alcançará o cérebro, provocando, no início, alterações neuropsíquicas (mudanças de comportamento, esquecimento, insônia, sonolência) e, depois, pré-coma ou coma. DESINTOXICAÇÃO O princípio geral da inativação consiste em TRANSFORMAR as moléculas ou substâncias químicas (medicamentos/drogas) lipossolúveis - que penetram nas células e se integram às suas membranas em compostos ionizáveis altamente hidrossolúveis, passíveis de serem eliminados rapidamente do organismo por diversas vias, principalmente pela urina. OBS: O aumento do R.E.L após a administração de barbitúricos, esteróides, hidrocarbonetos, explica a tolerância progressiva a estas substâncias (aumento da capacidade de detoxificação). 2. Mobilização de Glicose: Quando existe necessidade de glicose no organismo entre as refeições ou durante o exercício muscular, as reservas hepáticas destes monossacarídeos armazenadas como inclusões de glicogênio são mobilizadas para a corrente sangüínea e parte do processo ocorre no REL (desfosforilação) 3. Armazenamento e liberação de cálcio: Em quase todos os tipos celulares, o acúmulo endomembranoso se produz por transporte ativo mediante uma bomba de cálcio, dependente de pequenos elementos tubulares ou, mais comumente, vesiculares, às vezes denominados calciossomo, que são considerados componentes do REL e integrantes do chamado compartimento seqüestrador de cálcioEste sistema membranoso especializado alcança seu máximo grau de desenvolvimento no músculo estriado, com o nome de retículo sarcoplasmático. HIPERTROFIA E ESTRESSE O retículo endoplasmático granular é responsável pela síntese e enrolamento de proteínas que serão secretadas. Cerca de 95% das proteínas nas células estão) normais (enroladas). As outras 5% correspondem a proteínas desenroladas (unfolded protein) e mal enroladas (misfolded protein). O acúmulo destas proteínas no lúmen do RE causa o chamado stress neste organoide. Quando as funções do RE são seriamente afetadas, este inicia os sinais apoptóticos. O stress no RE está relacionado com várias doenças, entre as quais diabetes, doenças neurodegenerativas, tais como, isquemia, doença de Alzheimer. Complexo de Golgi É um conjunto de sacos achatados que desempenha diversas funções: Armazenamento de substâncias. Eliminação das secreções. Formação dos Polissacarídeos. (Amido e glicogênio). Forma os lisossomos COMPLEXO DE GOLGI São bolsas membranosas e achatadas, que podem: • armazenar e transformar substâncias que chegam via retículo endoplasmático. • eliminar substâncias produzidas pela célula, mas que irão atuar fora dela = enzimas digestivas do pâncreas ou muco, p.ex (secreção celular) •produzir os lisossomos. •Formar a lamela média em células vegetais •Produzir o acrossomo nos espermatozoides. Lisossomos São organelas oriundas do Complexo de Golgi que possuem no seu interior enzimas digestivas (hidrolases). Participam do processo de digestão intra celular e ainda são responsáveis pela autólise e pela autofagia. LISOSSOMO Estrutura que apresenta enzimas digestivas capazes de digerir um grande número de produtos orgânicos. Realiza a digestão intracelular. É importante nos glóbulos brancos e de modo geral para a célula já que digere as partes desta Visualização histoquímica dos lisossomos. Micrografias eletrônicas de duas secções de uma célula corada para revelar a localização da fosfatase ácida, uma enzima marcadora de lisossomos. Na figura da direita embaixo do lisossomo podemos observar duas vesículas pequenas que se acredita, estejam carregando hidrolases ácidas a partir do aparelho de Golgi. •Uma de suas funções pode ser liberar enzimas dentro de um heterofagossomo (uma vesícula formada pela fagocitose de uma bactéria ou outro objeto) e fazer com que o objeto seja destruído. Para liberar as enzimas, o lisossomo se "funde" ao heterofagossomo fazendo parte dele e liberando suas enzimas. Digestão celular. Cr: corpo residual; D: dictiossoma; E: endossoma; L.p: lisossoma primário; L.s : lisossoma secundário; V.s : vesícula de secreção Vacúolo digestivo • É uma pequena bolsa citoplasmática (visível ao M.E.). Presente nas células de protozoários e células animais com a função de digestão intra- celular. Autofagia Todas as células praticam autofagia (do grego autos, próprio, e phagein, comer), digerindo partes de si mesmas com o auxílio de seus lisossomos. sendo uma atividade indispensável à sua sobrevivência . No dia-a-dia da vida de uma célula, a autofagia permite destruir organelas celulares desgastadas e reaproveitar alguns de seus componentes moleculares. Na silicose (“doença dos mineiros”) Certas doenças degenerativas do organismo humano ocorrem pela liberação de enzimas lisossômicas dentro da célula: certos casos de artrite, doença das articulações ósseas. Centríolos Túbulos protéicos São estruturas citoplasmáticas formadas por dois conjuntos de tubos proteícos. Sua função no citoplasma é: Túbulos protéicos • produzir as fibras para a São nove conjuntos de túbulos organizados de 3 em 3. organização da divisão celular (fibras do áster) •formar cílios e flagelos. A partir do questionamento ao que está escrito na última frase da afirmativa III da questão: “[...]... Os cloroplastos e as mitocôndrias são as únicas organelas, com exceção do núcleo, que possuem DNA próprio,.[...].”, levantou-se a discussão sobre a presença de DNA nos centríolos. Após pesquisa na literatura atual do ensino médio, constatou-se que nenhuma obra descreve tal presença. “Cada centríolo é uma estrutura cilíndrica, formada por noves grupos de três microtúbulos protéicos...”. (Sônia Lopes, 2002, p. 129, Ed. Saraiva). “Um centríolo é um pequeno cilindro com parede constituída por nove conjuntos de três microtúbulos...”. (Amabis e Martho, 2001, p. 108, Ed. Moderna). “Um centríolo é formado por nove túbulos triplos, ligados entre si e dispostos de maneira a formar um cilindro. Cada túbulo do conjunto triplo nada mais é do que um microtúbulo....” (Cesar e Sezar, 2003, p. 71, Ed. Saraiva). A literatura atual do ensino superior também vem ao encontro desses conceitos. “Os centríolos são estruturas cilíndricas constituídas de nove tríplex de microtúbulos....” (Carvalho e Recco-Pimentel, 2001, p. 211, Ed. Manole). “Cada centríolo é constituído por um material amorfo no qual estão colocados 27 microtúbulos. Esses microtúbulos dispõem-se em 9 feixes, cada um deles com três microtúbulos paralelos....” (Junqueira e Carneiro, 2005, p. 121, Ed. Guanabara Koogan). Com base nessas descrições, corrobora-se, de forma bastante evidente, a não existência de DNA nos centríolos, que contêm apenas microtúbulos de constituição protéica (Tubulinas). CENTRÍOLOS São estruturas cilíndricas, geralmente encontradas aos pares. Estas organelas não podem ser encontradas em organismos do Reino Monera , fungos e nos Vegetais superiores. Estrutura de um cílio PEROXISSOMOS São encontrados em todas as células eucarióticas responsáveis por reações oxidativas utilizando oxigênio molecular. Contêm enzimas oxidativas, como catalase e urato oxidase. São envolvidos por apenas uma membrana e não contêm DNA e nem ribossomos, todas as suas proteínas devem ser importadas do citosol. Enzimas (oxidases e catalases) + compartimentos (destacados do REG) = peroxissoma Micrografia eletrônica de peroxissomos em uma célula de fígado de rato. As inclusões paracristalinas eletrodensas (mais escuras) são enzimas urato oxidase. A catalase converte o peróxido de hidrogênio, conhecido como água oxigenada (H2O2), em água e gás oxigênio. A água oxigenada se forma normalmente durante a degradação de gorduras e de aminoácidos, mas, em grande quantidade, pode causar lesões à célula. 2 H2O2 + Enzima Catalase → 2 H2O + O2 GLIOXISSOMOS Em vegetais, as células das folhas e das sementes em germinação possuem peroxissomos especiais, conhecidos como glioxissomos. Nas células das folhas, essas estruturas atuam em algumas reações do processo de fotossíntese, relacionadas à fixação do gás carbônico. Nas sementes, essas organelas são importantes na transformação de ácidos graxos em substâncias de menor tamanho, que acabarão sendo convertidas em glicose e utilizadas pelo embrião em germinação. As células animais não contêm glioxissomos e, portanto, não convertem lipídios em açucares. Mitocôndrias São estruturas citoplasmáticas que apresentam no seu interior um conjunto de enzimas oxirredutoras, e seu próprio material genético. São responsáveis pela respiração celular MITOCÔNDRIA Dentro delas se realiza o processo de extração de energia dos alimentos que será armazenada em moléculas de ATP (adenosina trifosfato). É o ATP que fornece energia necessária para as reações químicas celulares. CÉLULA VEGETAL PAREDE CELULÓSICA Constituída por celulose (polissacarídio) e também por glicoproteínas (açúcar + proteína), hemicelulose (união de certos açúcares com 5 carbonos) e pectina (polissacarídio). A celulose forma fibras, enquanto as outras constituem uma espécie de cimento; juntas formam uma estrutura muito resistente. Plastos São estruturas citoplasmáticas que apresentam no seu interior um conjunto de pigmentos absordores de luz, e seu próprio material genético. São responsáveis pela Fotossíntese Estão presentes em células de algas e de vegetais. CLOROPLASTO É a sede da fotossíntese, pois contém moléculas de clorofila que capturam a energia solar e produzem moléculas como glicose que poderá ser utilizada pelas mitocôndrias para a geração de ATP. Vacúolo de Suco Celular É uma grande bolsa citoplasmática (visível ao M.O.) presente nas células vegetais com a função de armazenamento de substâncias de reserva ou pigmentos acessórios. VACÚOLO DE SUCO CELULAR Estrutura derivada do retículo endoplasmático que pode conter líquidos e pigmentos, além de diversas outras substâncias. Eletromicrografia de célula vegetal onde podemos notar bem evidenciado o vacúolo, como uma região clara no centro da foto (as regiões escuras em volta do vacúolo são cloroplastos). Membrana Plasmática Citoplasma : Hialoplasma Mitocôndrias (9) Lisossomos (8) Retículo Endoplasmático rugoso (4) Retículo Endoplasmático liso (10) Complexo de Golgi (6) Citoesqueleto Ribossomos (5) Grânulos de secreção (7) núcleo: Carioteca (3) Nucleoplasma (2) Nucléolo Cromatina (1)