ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE VISEU DEPARTAMENTO DE GESTÃO Análise Financeira 2 º semestre Caderno de exercícios Luís Fernandes Rodrigues Caso 2.01 Foi possível obter da Sociedade A, S. A., o Balanço e a Demonstração de Resultados relativos ao exercício do ano N-1, reportado a 31 de Dezembro, que a seguir se apresentam (valores expressos em milhares de euros): Balanço de 31/12/N-1; (valores em milhares de euros) Activo Activos Fixos Tangíveis Inventários Clientes Dep. Ordem Cap. Próprios 135.000 62.250 47.250 12.000 Total do Activo 256.500 Capital Reservas Resultado Liquido Total dos Capitais Próprios Passivo 100.000 22.847 17.703 140.550 Financiamentos m/l. P. Fornecedores Total do Passivo Total dos CP e do Passivo 59.500 56.450 115.950 256.500 Demonstração de Resultados, em 31/12/N-1 (valores em milhares de euros) Produção 427.500 Custos Operacionais Variáveis 256.500 Custos Operacionais Fixos (excluindo amortizações) 118.995 Amortizações do Exercício Total dos Custos Operacionais R.A.J.I. 13.500 388.050 38.505 Encargos Financeiros Líquidos 9.000 Resultado antes de Impostos 29.505 Imposto sobre o Rendimento 11.802 Resultado Líquido do Exercício 17.703 1. Todo o Passivo a médio e longo prazo era constituído por empréstimos de financiamento, tendo sido incluída no Passivo a curto prazo uma importância de 50 milhões de €, referente a parte desses empréstimos com vencimento no ano N. 2. Os dividendos relativos aos lucros do ano N - 1, no montante total de 9 milhões de €, foram pagos aos accionistas, em Abril do ano N. A conta de exploração em 31/12/N era a seguinte (valores em milhares de €): Análise Financeira - 2º Semestre Conta de Exploração da Sociedade A, S.A., em a 31/12/N Vendas Custos Operacionais Variáveis 450.000 270.000 Custos Operacionais Fixos (excluindo amortizações) 123.420 Amortização e depreciação do Exercício 10.000 R.A.J.I. 46.580 Encargos Financeiros Líquidos 7.500 Resultado antes de Impostos 39.080 Imposto sobre o Rendimento 15.632 Resultado Líquido do Exercício 23.448 A análise das Demonstrações Financeiras, referentes a 31/12/N, permitiu concluir o seguinte: a) O rácio RAJI/Activo era de 0,19408333; b) O valor das depreciações do AFT, contabilizadas no exercício N, corresponderam a 10% do valor líquido que esse AFT apresentava no balanço reportado a 31/12/N c) O grau de cobertura do AFT (Capitais permanentes / AFT) era, nessa mesma data, de 1,91498; d) Os graus de liquidez eram os seguintes: Geral 2,88647891; Reduzida 0,83501711 e Imediata 0,01030885. Outros dados: O capital da sociedade manteve-se estável no valor de 100.000 €. Em relação aos lucros do ano N, o Conselho de Administração propôs o pagamento de um dividendo por acção no montante de 1,2 €. No exercício do ano N, não foi efectuado qualquer registo, nem nas contas de "Provisões", nem nas contas de "Acréscimos e Diferimentos". A empresa não possui quaisquer investimentos financeiros. Pedidos 1- Apresente o balanço da Sociedade, em 31/12/N, indicando os valores de cada uma das seguintes rubricas: Activo Fixo; Inventários; Dividas de Terceiros a curto prazo; Disponibilidades; Capitais Próprios (subdividindo-os em Capital, Eeservas e Resultados Líquidos); Dívidas a Terceiros a curto prazo; Dívidas a Terceiros a médio e longo prazos. 2- Relativamente ao ano N, determine os graus de alavancagem operacional, financeira e combinada. 3- Com auxilio dos indicadores constantes do enunciado e de outros que considere relevantes caracterize a rentabilidade da empresa. 2 Análise Financeira - 2º Semestre Caso 2.02 A empresa ABC, S.A. apresentou os seguintes elementos contabilísticos no triénio N/ N+2 Balanços Históricos (valores em u.m.) Descrição N N+1 N+2 Aplicações Investimentos Activo fixo tangível 63.500 68.500 69.500 (33.500) (28.500) (30.500) Mercadorias 30.000 44.000 70.000 Perdas por imparidades. (2.000) (3.000) (4.200) Clientes 52.680 58.600 70.000 Perdas por imparidades (3.200) (4.000) (5.100) 2.320 4.600 10.600 109.800 140.200 180.300 20.000 20.000 25.000 5.000 5.000 8.000 (14.700) (4.300) (14.700) 10.400 14.600) 44.000 44.000 50.000 Empréstimos Bancários 15.000 31.000 37.000 Fornecedores 40.500 44.500 50.000 109.800 140.200 180.300 Depreciações Acumuladas Inventários Contas a receber – A. Corrente Meios financeiros Total de Aplicações Origens Capital Próprio Capital realizado Reservas Resultados Transitados Resultados Líquidos Contas a pagar – A não corrente Empréstimos Bancários Contas a pagar – A corrente Total de Origens 3 Análise Financeira - 2º Semestre Rubricas da Demonstração de Resultados (valores em u.m.) Descrição Vendas N N+1 N+2 128.500 189.700 226.100 Compras 90.000 128.000 146.000 Fornecimento serviços externos 22.000 30.000 41.000 Pessoal 10.000 8.000 14.000 Gastos de financiamento 11.000 20.000 28.000 Depreciações do exercício 5.000 5.500 6.000 Perdas por imparidades 1.200 1.800 2.500 Informações adicionais: 1. A empresa, está isenta de pagamento de imposto sobre o rendimento 2. A repartição dos custos em fixos e variáveis é a seguinte: Custos variáveis – CMVMC, FSE, Perdas por imparidades. Custos fixos – os restantes. 3. Em 30 de Março de N+3, a Assembleia-geral da empresa, decidiu distribuir 6.000 u.m. dos resultados apurados no exercício N+2. 4. As existências de mercadorias constantes no Balanço de 31 de Dezembro de N-1 ascendiam a 34.000 u.m.. 5. Não se verificaram nem custos nem proveitos extra-exploração, no período em análise. Pretende-se: 1. A análise da evolução da rendibilidade de exploração da empresa com recurso à teoria do CVR no período N a N+2. Comente os valores obtidos. 2. Sabe-se que a empresa realizou um novo investimento em N+3 no valor de 10.000 u.m., e que optou como fonte de financiamento pelo recurso a novo aumento de capital social de igual montante. Este tinha como fonte alternativa um empréstimo bancário a médio e longo prazo cuja taxa de juro era de 30% ao ano. Comente, quantificando, a decisão tomada pelos responsáveis da empresa, tendo presente que a rendibilidade económica (ROI) se irá manter, em N+3 ao nível do ano anterior. 4 Análise Financeira - 2º Semestre Caso 2.03 A empresa NEW, SA dedica-se à comercialização por grosso de brinquedos. Relativamente à actividade da empresa e respectivas demonstrações financeiras conhece-se que da totalidade dos custos de exploração, apenas são variáveis o CMVMC e 60% dos FSE. Pretende-se que: 1. Analise a evolução da rentabilidade de exploração e do risco económico da empresa. Para o efeito deve calcular os seguintes indicadores: ponto crítico, margem de segurança, rácio de margem bruta, grau económico de alavanca e meios libertos brutos. 2. Analise a evolução da rentabilidade dos capitais próprios utilizando o modelo aditivo e discutindo o efeito financeiro de alavanca. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PREVISIONAIS N N+1 Vendas 335.400 436.020 Custo das Merc.Vend e das Matérias Consum 193.500 251.550 Fornecimentos e Serviços Externos 29.225 37.993 Gastos c/ o Pessoal 64.500 83.850 Gastos de Depreciação e Amortização 5.100 7.200 Perdas por Imparidade 3.000 3.300 16.945 21.507 312.270 405.400 23.130 30.620 Outros Gastos e Perdas 1.200 0 Outros Rendimentos e Ganhos 3.000 0 RAJI 24.930 30.620 Gastos Financeiros 16.770 26.161 RAI 8.160 4.459 Imposto Sobre o Rendimento 3.264 1.784 Resultados Líquidos do Período 4.896 2.675 Dividendos 4.000 2.000 896 675 Outros Gastos e Perdas de Exploração Total dos custos de Exploração Resultados de exploração Resultados Líquidos Retidos 5 Análise Financeira - 2º Semestre BALANÇOS PREVISIONAIS N N+1 ACTIVO Activos Fixos Tangíveis Amortizações e Depreciações Acumuladas Activos Fixos Intangíveis Activo Fixo Mercadorias Perdas por Imparidade Ac. em Inventários Inventários Clientes c/corrente Perdas por Imparidade Ac. em Clientes Outras Contas a Receber Activos Correntes Disponibilidades ACTIVO TOTAL LIQUIDO 55.000 63.200 (19.500) (29.100) 12.300 0 47.800 34.100 53.100 77.200 (5.000) (6.200) 48.100 71.000 58.280 111.600 (2.000) (4.100) 10.700 10.600 66.980 118.100 5.200 2.300 168.080 225.500 CAPITAIS PRÓPRIOS Capital Resultados Transitados Resultado Líquido do Período Capital Próprio 6.400 17.000 42.450 47.846 896 675 49.746 65.521 10.000 0 34.860 67.000 60.000 75.795 9.474 12.184 4.000 5.000 108.834 159.979 168.080 225.500 PASSIVO Passivo não Corrente Financiamentos Obtidos Fornecedores Estado e Outros Entes Públicos Accionistas Passivo Corrente TOTAL DO PASSIVO E CAP. PRÓPRIOS 6 Análise Financeira - 2º Semestre Caso 2.04 Tendo em conta os seguintes elementos Descrição Vendas N N+1 N+2 112.000 168.000 210.000 20% 25% 30% 36.000 84.000 147.000 Resultados líquidos 8.000 12.000 1.2000 Resultados líquidos retidos 5.000 12.000 1.200 Depreciações do exercício 8.000 14.000 15.000 Gastos de financiamento 6.000 6.500 10.000 Imposto s/ rendimento 5.000 8.000 800 50.000 85.000 93.000 125.000 180.000 202.000 84.000 115.000 170.000 Taxa de inflação Ponto crítico Capitais próprios Aplicações de fundos CMVMC Informações Adicionais: 1. Não se verificam nem movimentos extra-exploração, nem proveitos extra-exploração Pretende-se que analise a: 1. Rendibilidade de exploração 2. Rendibilidade dos capitais investidos ao longo do triénio N a N+2 3. Implicações na Rendibilidade dos Capitais Próprios de uma redução de 2% no custo médio dos capitais alheios Elabore os comentários tidos por convenientes para cada um dos pontos anteriores 7 Análise Financeira - 2º Semestre Caso 2.05 Foi possível obter da Sociedade W, S. A., o Balanço e a Demonstração de Resultados relativos ao exercício do ano N-1, reportado a 31 de Dezembro, que a seguir se apresentam (valores expressos em milhares de euros): Balanço de 31/12/N-1; (valores em milhares de euros) Activo Cap. Próprios + Passivo Activos Fixos Tangíveis 118.000 Capital 100.000 Reservas 18.678 Inventários 49.800 Resultado Liquido 14.600 Clientes 40.800 Total dos Capitais Próprios 133.278 Financiamentos m/l. P. Fornecedores 50.200 26.722 Total do Passivo 76. 922 Meios financeiros Total do Activo 1.600 210.200 Total dos CP e do Passivo 210.200 Demonstração de Resultados, em 31/12/N-1 (valores em milhares de euros) Produção 342.000 Custos Operacionais Variáveis 205.960 Custos Operacionais Fixos (excl. Depreciação) 90.490 Depreciação do Exercício 14.750 Total dos Custos Operacionais R.A.J.I. 311.200 30.800 Encargos Financeiros Líquidos 7.200 Resultado antes de Impostos 23.600 Imposto sobre o Rendimento 9.440 Resultado Líquido do Exercício 14.160 1. Todo o Passivo a médio e longo prazo era constituído por empréstimos de obrigacionistas e o Passivo a curto prazo apresentava a seguinte decomposição (valores em milhares de euros): Fornecedores 2.633 EOEP 1.089 Emp. Bancários 23.000 2. Dos lucros do ano N- 1, foi afecta e paga aos accionistas, em Abril do ano N, uma importância de 7.200 mil euros, a título de dividendos. 3. A conta de exploração em 31/12/N era a seguinte (valores em milhares de €): 8 Análise Financeira - 2º Semestre Conta de Exploração da Sociedade B, S.A., em a 31/12/N Produção 360.000 Custos Operacionais Variáveis 216.706 Custos Operacionais Fixos (excl. Depreciação) 94.944 Depreciação do Exercício 15.000 Total dos Custos Operacionais 326.850 R.A.J.I. 33.350 Encargos Financeiros Líquidos 6.500 Resultado antes de Impostos 26.850 Imposto sobre o Rendimento 10.740 Resultado Líquido do Exercício 16.110 A análise das Demonstrações Financeiras, referentes a 31/12/N, permitiu concluir o seguinte: a) O rácio RAJI/Activo era de 0,14344; b) O valor das amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo, contabilizadas no exercício N, é de 120.000 (que correspondem a 12.5% do valor líquido que esse imobilizado apresentava no balanço reportado a 31/12/N); c) O grau de cobertura do imobilizado (Capitais permanentes / Imobilizado corpóreo e incorpóreo) era, nessa mesma data, de 1,7; d) Os graus de liquidez eram os seguintes: Reduzida 1,709 e Imediata 0,13. e) Ao longo do ano N, os empréstimos bancários e obrigações de curto prazo, apresentaram a evolução seguinte (valores em milhares de euros): Reembolsos efectuados 18000 Novos empréstimos 2000 Transferido do passivo a médio e longo prazo 7000 6. O capital social esta dividido em acções de valor nominal igual a 10 € cada. No ano N, o passivo é formado pelas contas do ano N-1 e o passivo de médio e longo prazos contínua a ser constituído apenas por empréstimos obrigacionistas; sabe-se ainda que do ano N-1 para o ano N a Conta EOEP sofreu um acréscimo de 411 milhares de euros. 7. No exercício do ano N, não foi efectuado qualquer registo, nem nas contas de "Imparidades", nem nas contas de "Diferimentos", nem ainda na de investimentos financeiros. 9 Análise Financeira - 2º Semestre Pedidos 1- Apresente o balanço da Sociedade, em 31/12/N, indicando os valores de cada uma das seguintes rubricas: imobilizações; existências; dividas de terceiros a curto prazo; disponibilidades; capitais próprios (subdividindo-os em capital social, reservas e resultados líquidos); dívidas a terceiros a curto prazo; Dívidas a terceiros a médio e longo prazos. 2- Relativamente ao ano N, determine os graus de alavancagem operacional, financeira e combinada. 3- Elabore o diagnóstico económico-financeiro da empresa. 10